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Inflamação Aguda

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Nicolle D’ivanenko, MED9 TVI 
1 
M E C A N I S M O D E A Ç Ã O 
E D E D E F E S A 1 
Prof. Juliana Cedro 
 
SITUAÇÃO 1. Aí você sai correndo de casa, acordou 
atrasada, mas tudo tem um motivo explicável: Ficou até 
3h da manhã estudando para a prova de MAD e perdeu a 
hora. Entra no carro, pega um super trânsito, chega na 
faculdade, estaciona o carro apressadamente, pega suas 
coisas que estão no porta-malas, afinal, você traz sua casa 
no carro. Quando vai fechar o porta-malas “esquece o 
dedo”. A dor é insuportável. Rapidamente você olha seu 
dedo, vermelho, edemaciado, quente e…. imóvel. Você 
mal consegue mexê-lo. Que belo começo de dia, você 
começou o dia com um processo inflamatório! Mas fique 
tranquilo! Ocorrerá reparo tecidual pelo seu lindo sistema 
imune. 
 
SITUAÇÃO 2. Ao tirar um “bife” do dedo, a região pode 
ficar quente, vermelha, dolorida, com pus, edemaciada e 
ainda pode haver comprometimento do movimento do 
dedo. Sabe o que isso significa? Que o seu sistema imune 
acaba de ativar o processo inflamatório! O ato de tirar o 
“bife” gerou quebra de barreira da pele e entrada de 
bactérias. Assim que a bactéria for combatida, o próprio 
sistema imune se encarrega de fazer reparo tecidual. 
 
• A inflamação é um evento bom ou ruim? 
Justifique. 
não é bom de forma recorrente; tem que 
começar e parar. 
 
• Qual é a função da inflamação? 
reparo tecidual (não necessariamente 
cicatrização). 
 
• Você acredita que seja uma inflamação aguda ou 
crônica? Por quê? 
processo agudo, pelo tempo (é muito rápido) e 
pelos processos inflamatórios característicos 
(região avermelhada, quente etc); inflamação 
crônica é na fisiopatologia. 
 
• Cite uma diferença entre os 2 processos 
inflamatórios apresentados nas situações 1 e 2? 
2 tem bactéria e 1 é trauma. 
 
• Como você identifica um processo inflamatório? 
Encontre no texto um trecho que indique a 
inflamação. Justifique. 
quente, vermelho, edemaciada. 
 
• Monte o processo inflamatório da situação 2, 
posicionando seis cards (relacionados à 
imunidade inata) que atuam na inflamação. 
 
DAMP → padrão molecular associado a um dano. 
PAMP → padrão molecular associado a um patógeno. 
 
inflamacao, causas 
• infecção – presença de patógenos (situação 2 da 
aula), toxinas. 
• necrose tecidual (morte celular): 
 trauma (situação 1 da aula); 
 isquemia (IAM); 
 lesões químicas (queimadura); 
 corpos estranhos (ex: cristais de 
colesterol na aterosclerose); 
 
MEDIADORES QUÍMICOS, comunicação no processo: 
pro-inflamatorio 
• aminas vasoativas (ex: histamina /cinina 
vasoativa/bradicinina). 
• produtos lipídicos/metabólitos do ácido 
araquidônico (ex: prostaglandina, prostaciclina, 
leucotrieno). 
• vitocinas (ex: IL-1, IL-6, TNF-alfa – fator de 
necrose tumoral). 
• quimiocinas (guia os componentes imunes por 
quimiotaxia). 
• produtos da ativação do sistema complemento 
(ex: C3b, C3a, C5a). 
 
anti-inflamatorio 
• citocinas (ex: IL-10 e TGF-beta). 
• produtos lipídicos (ex: lipoxina/metabólito do 
ácido araquidônico). 
 
células sentinelas são as que mais produzem mediadores 
químicos inflamatórios (mastócito, macrófago e célula 
dendrítica). neutrófilos, células endoteliais etc. fígado 
produz ptns do sistema complemento. 
 
Ações local e sistêmica de alguns mediadores químicos 
 
PTNS DA FASE AGUDA → ptn C reativa (marcador inflamatório) 
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Nicolle D’ivanenko, MED9 TVI 
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MEDIADORES LIPÍDICOS DA INFLAMAÇÃO 
metabolitos do acido 
araquidonico 
• NECROSE CELULAR → destruição de fosfolipídeos 
da membrana. 
• enzima fosfolipase A2 atua no fosfolipídeo de 
membrana e gera o ácido araquidônico. 
• enzimas ciclo-oxigenase (produz prostaciclina, 
tromboxano e prostaglandina) e lipoxigenase 
(lipoxina e leucotrieno) atuam no ácido 
araquidônico e geram metabólitos chamados de 
eicosanóides. 
• eicosanóides possuem papel fisiológico mas 
também atuam na inflamação. 
 
PROSTACICLINA: ajuda no processo pró-inflamatório. 
TROMBOXANO: anti-inflamatório. 
PROSTAGLANDINA: pró-inflamatório. 
LIPOXINA: anti-inflamatório. 
LEUCOTRIENO: pró-inflamatório. 
 
alguns anti-inflamatórios vão atuar inibindo a fosfolipase, 
não tem formação de ácido araquidônico; outros anti-
inflamatórios inibem a ciclo-oxigenase, produzindo 
lipoxina e leucotrieno, mas não prostaciclina, tromboxano 
e prostaglandina. 
anti-inflamatórios esteroidais param o processo 
inflamatório por completo. 
 
RESUMO DAS ETAPAS 
1 etapa: entrada da bactéria/ativação das células. 
2 etapa: eventos vasculares. 
3 etapa: eventos celulares (como as células vão sair). 
4 etapa: como atuam na bactéria. 
5 etapa: como repara o tecido. 
 
etapas do processo 
inflamatorio 
PRIMEIRA ETAPA: ativação de células teciduais 
• quais células serão ativadas? 
mastócito e macrófago. 
Macrófago 
 receptor da célula imune que reconhece o PAMP 
da bactéria → PRR (está no mastócito ou 
macrófago) = liberação de citocinas pró-
inflamatórias IL-1, IL-6 e TNF-alfa, quimiocinas e 
outros mediadores. 
 PRR também reconhece DAMP (processo 
inflamatório vai ocorrer independente de ter 
PAMP ou não). 
 
Mastócito 
 ativação via terminações nervosas ou ativação 
via C3a e C5a; não é ativado por meio do PAMP. 
 quando isso ocorre, vai degranular liberação de 
citocinas, histamina (atua na vasodilatação, 
muito importante pro processo inflamatório), 
eicosanóides e outros mediadores químicos 
(vasodilatação e permeabilidade vascular). 
 
 
SEGUNDA ETAPA: eventos vasculares (vasodilatação e 
aumento do fluxo sanguíneo; permeabilidade vascular) 
 
• como ocorre essa alteração na microcirculação? 
por retração das células endoteliais (quem ativa 
essa retração é a histamina, aí ocorre a abertura) 
ou lesão endotelial (destruição celular = 
abertura) 
 
. 
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TERCEIRA ETAPA: eventos celulares, saída dos 
componentes do sistema imune do vaso sanguíneo 
• Quais componentes imunes saem do vaso 
sanguíneo? 
líquido + proteínas (exsudato) saem primeiro, 
leucócitos. 
 
• O que ocorre no vaso sanguíneo após 
vasodilatação e a saída do exsudato? 
 diminuição do fluxo sanguíneo (estase); 
 aumento da concentração de hemácias 
(vermelhidão). 
 aumento da viscosidade do sangue. 
 marginação de leucócitos. 
 
 
 
primeira célula a sair, atuar e fagocitar é o neutrófilo 
(fagócito mais eficiente), depois monócito. 
TNF tem a ver com as moléculas de adesão; ajudam a 
formar. 
2 momentos de adesão → selectina (está no endotélio do 
capilar) e carboidrato (está no neutrófilo), é uma adesão 
provisória; ICAM/ligante de integrina (está no endotélio 
capilar) e integrina (está no neutrófilo), é uma adesão 
permanente. 
 
 
 
1. marginação → acúmulo de leucócitos, como 
neutrófilo e monócitos, no endotélio. 
2. rolamento → adesão transitória dos leucócitos 
ao endotélio; ptn de adesão endotelial se chama 
selectina e ptn de adesão do leucócito se chama 
glicoptn. 
3. adesão permanente → dos leucócitos ao 
endotélio; ptn de adesão endotelial se chama 
 
ligante de integrina (ICAM) e ptn de adesão do 
leucócito se chama integrina. 
4. diapedese → migração dos leucócitos através do 
endotélio. 
5. migração → por quimiotaxia de leucócitos para o 
local da infecção ou lesão, que se encontra no 
tecido; fatores quimiotáticos responsáveis pela 
quimiotaxia: quimiocinas, C3a, C5a, leucotrieno. 
 
Saída de componentes do sistema imune do vaso 
sanguíneo 
• neutrófilo (em maior qtdade no sangue): 
 realiza fagocitose e morre, é o primeiro 
a ir para a batalha. 
 encontrado nas primeiras 6-24 horas do 
processo inflamatório. 
 tempo de vida baixo no tecido (24-48h); 
justifica sua presença na inflamação 
aguda. 
 produz redes fibrilares extracelulares 
(NET) que fornecem alta concentração 
de substâncias microbianas em locais de 
infecção, impedindo que os micro-
organismos se espalhem ao se 
prenderem nas fibrilas; isso ocorredepois dele morrer. 
 realizam netose – processo muito 
encontrado em sepse. 
 
• monócito (no sangue)/macrófago (no tecido): 
 quando presente no tecido é 
denominado macrófago (existe o M1 e 
M2). 
 realiza fagocitose de patógenos e restos 
celulares (é o lixeiro). 
 encontrado nas primeiras 24-48h do 
processo inflamatório. 
 tempo de vida alto no tecido; justifica 
sua presença na inflamação crônica. 
 participa do reparo tecidual 
(macrófagos). 
 
QUARTA ETAPA: ação dos componentes imunes 
• Como os componentes imunes que saíram do 
vaso combatem o antígeno? 
atuam na inflamação, opsonização (marcar e 
facilitar a fagocitose) e morte bacteriana pelo 
CAM; ativa mastócito (C3b), causa vasodilatação. 
 
 
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Nicolle D’ivanenko, MED9 TVI 
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Fagocitose – ETAPAS 
1. reconhecimento da bactéria (via PRR/DAMP, C3b 
ou anticorpos. 
2. englobamento da bactéria. 
3. formação do fagossomo (bactéria envolvida pela 
membrana plasmática do fagócito). 
4. formação do fagolisossomo (união do fagossomo 
com o lisossomo). 
5. elevado metabolismo e produção de ROS 
(espécies reativas de oxigênio, ex: H2O2; EROS em 
português) e RNS (espécies reativas de 
nitrogênio, ex: ON) pelos fagócitos que matam a 
bactéria, destruindo sua membrana, material 
genético e proteínas. 
6. ação das enzimas lisossomais que degradam a 
bactéria morta. 
7. eliminação de metabólitos do patógeno. 
 
 
 
 
 
QUINTA ETAPA: reparo tecidual 
• Como ocorre o processo de reparação tecidual? 
 
macrófagos M1 → liberação de citocinas, modulando a 
diferenciação celular para o macrófago M2. 
macrófagos M2 → liberação de citocinas anti-
inflamatórias (IL-10 e TGF-beta, que promovem a ativação 
de fibroblastos). 
fibroblastos → produção de matriz extracelular. 
 
Ações: 
 fatores de coagulação. 
 fatores de crescimento. 
 agregação plaquetária. 
 ação de fibroblastos e colágeno; pouco na 
inflamação aguda. 
 atuação de lipoxina e citocinas anti-inflamatórias 
(IL-10 e TGF-beta), produzida por macrófagos; 
envolvidas na ativação de fibroblasto, 
angiogênese e reparo tecidual. 
 
 
 
 
• Quais são os cinco sinais flogísticos da 
inflamação? Relacione esses sinais com o 
processo fisiológico 
1. calor: aumento do fluxo sanguíneo, elevado 
metabolismo celular. 
2. rubor (vermelhidão): vasodilatação, 
aumento do fluxo sanguíneo, concentração 
de hemácias. 
3. tumor (edema): excesso de exsudato no 
tecido intersticial ou cavidades serosas, 
vasodilatação, aumento da permeabilidade 
plasmática e extravasamento de fluídos, 
influxo celular, quimiotaxia. 
4. dor: liberadores de mediadores solúveis 
(bradicinina, prostaglandina etc.), aumento 
da permeabilidade plasmática e 
extravasamento de fluídos, influxo celular, 
quimiotaxia. 
5. perda de função: fibrose (comum em 
inflamação crônica). 
 
• Qual é a diferença entre inflamação aguda e 
crônica? 
+ neutrófilo = inflamação aguda 
pus → exsudato constituído por neutrófilos, 
resíduos liquefeitos de células necróticas e fluido 
de edema 
 
 
 
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Nicolle D’ivanenko, MED9 TVI 
5 
Visão geral da inflamação aguda 
 
 
RESPOSTA ANTIVIRAL 
cel. natural killer, NK 
• resposta inata à infecções virais, células tumorais 
etc. 
• reconhecimento de células que não expressam 
MHC-I (ex: células infectadas, células em morte, 
células tumorais). 
• Na ausência do MHC-I, a NK perde a sinalização 
inibitória e libera grânulos (perforinas – 
perfuram as células, e granzimas – vão atuar nas 
vias das caspases, proporcionando uma 
apoptose a célula) através da sinalização do 
receptor de ativação (ativação de caspase = 
apoptose). 
• NK é ativada quando não tem expressão do MHC 
de classe I. 
• basicamente induz a apoptose. 
 
RESPOSTA ANTIVIRAL 
Citocina interferon 
IFN-I (IFN-alfa e beta) 
céls. infectadas por vírus e aumenta a produção de IFN-I. 
 
Resultado: 
• bloqueio da replicação viral (estado antiviral). 
• Aumenta a expressão do MHC-I (aumenta o 
conhecimento do TCD8). 
• Ativa NK, LTCD8, macrófago. 
 
 
 
 
SARS-CoV2, através da proteína NSP1, 
suprime a ação do IFN.

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