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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM ESTÉTICA E COSMÉTICA BIANKA NOEMY SANTOS DE OLIVEIRA – RA 2156457 JULIANA REGINA DA SILVA – RA 2138745 NATHALIA FARIA FACCONTI – RA 2158576 PATRÍCIA DOS SANTOS PEREIRA – RA 2137101 O CONHECIMENTO DA ANÁTOMOFISIOLOGIA E BIOLOGIA DO CORPO HUMANO E SUA IMPORTÂNCIA PARA O PROFISSIONAL DA ÁREA DA ESTÉTICA Santos Polo Rangel 2021 2 UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM ESTÉTICA E COSMÉTICA BIANKA NOEMY SANTOS DE OLIVEIRA – RA 2156457 JULIANA REGINA DA SILVA – RA 2138745 NATHALIA FARIA FACCONTI – RA 2158576 PATRÍCIA DOS SANTOS PEREIRA – RA 2137101 O CONHECIMENTO DA ANÁTOMOFISIOLOGIA E BIOLOGIA DO CORPO HUMANO E SUA IMPORTÂNCIA PARA O PROFISSIONAL DA ÁREA DA ESTÉTICA Trabalho apresentado no Curso Superior de Estética e Cosmética da UNIP, para o Projeto Integrado Multidisciplinar III. Orientadora: Prof.ª. Andrea Pellaes. Santos Polo Rangel 2021 3 RESUMO O objetivo do trabalho é mostrar como a Anatomofisiologia Aplicada à Estética visa atuar de forma crítica e reflexiva sobre os aspectos básicos integrados em Anatomia e Fisiologia Humanas, de modo que desenvolvam a integração de conhecimentos para a compreensão do corpo humano em seu sentido mais amplo. Sendo assim, esse trabalho tem como objetivo avaliar como os conhecimentos fisiológicos e anatômicos do corpo humano auxiliam o profissional de estética em sua profissão. Está amparado nas teorias das plataformas digitais (Larosa, 2021), (Van De Graaff, 2003), (Larosa, 2021), (Gerson, 2011). O estudo constitui-se de uma revisão da literatura especializada, no qual realizou- se consulta a livros e periódicos presentes na Biblioteca da Universidade Paulista (UNIP) – campus Rangel-SP e por artigos científicos. O estudo da Anatomia é a base para o entendimento de outras disciplinas como tal, fisiologia e citologia. Por vezes, os estudantes de Estética e Cosmética, somente percebem a devida importância de conhecimento anatômico diante de situações críticas com seu cliente e/ou paciente. Palavras-chave: Anatomia. Fisiologia. Biologia. Estética. 4 SUMÁRIO RESUMO .......................................................................................................................... 3 SUMÁRIO ........................................................................................................................ 4 ÍNDICE DE FIGURAS ..................................................................................................... 7 ÍNDICE DE TABELAS .................................................................................................... 8 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 9 1.1 MATERIAIS E MÉTODOS ....................................................................................... 9 2 ANATOMIA ................................................................................................................ 11 2.1 Definição....................................................................................................................11 2.2 História e Evolução ................................................................................................... 11 2.3 Tipos de anatomia ..................................................................................................... 13 2.4 Posição de descrição anatómica ................................................................................ 13 2.5 Planos de referência do corpo humano ..................................................................... 14 2.6 Termos direcionais .................................................................................................... 15 2.7 Cavidades corporais .................................................................................................. 17 2.8 Sistemas orgânicos .................................................................................................... 17 2.9 Divisão do corpo humano ......................................................................................... 19 2.9.1 Esqueleto axial ....................................................................................................... 19 2.9.1.1 Cabeça e pescoço ................................................................................................ 19 2.9.1.2 Tórax ...................................................................................................................19 2.9.1.3 Abdome ............................................................................................................... 19 2.9.2 Esqueleto apendicular ............................................................................................ 20 2.9.2.1 Extremidade superior .......................................................................................... 20 2.9.2.2 Extremidade inferior ........................................................................................... 20 2.10 Aplicabilidade no estudo da estética ....................................................................... 20 3 FISIOLOGIA ............................................................................................................... 22 3.1 Homeostase ................................................................................................................22 5 3.2Sistema Esquelético ................................................................................................... 23 3.2.1Classificação dos ossos ........................................................................................... 24 3.2.2Funções do sistema esquelético .............................................................................. 24 3.2.3Esqueleto axial ........................................................................................................ 25 3.2.4Esqueleto apendicular ............................................................................................. 27 3.2.5Articulações e seus movimentos ............................................................................. 28 3.3Sistema Muscular ....................................................................................................... 29 3.4Sistema Respiratório .................................................................................................. 31 3.5Sistema Circulatório ................................................................................................... 33 3.6Sistema Linfático ....................................................................................................... 35 3.7Aplicabilidade do estudo na estética .......................................................................... 37 4 CITOLOGIA ................................................................................................................. 38 4.1Definição..... ............................................................................................................... 38 4.2Evolução celular: eucariontes e procariontes ............................................................. 38 4.2.1Procariontes ............................................................................................................. 38 4.2.2Eucariontes .............................................................................................................. 39 4.3Estrutura e funcionamento celular ............................................................................. 40 4.3.1Membrana plasmática ............................................................................................. 40 4.3.2Cito esqueleto ..........................................................................................................40 4.4Organelas celulares .................................................................................................... 40 4.5Ciclo e divisão celular ................................................................................................ 41 4.5.1Mitose e Meiose ...................................................................................................... 41 4.6Tecidos......... .............................................................................................................. 42 4.6.1Epitelial ...................................................................................................................43 4.6.2Conjuntivo ............................................................................................................... 43 4.6.3Nervoso ...................................................................................................................43 4.6.4Muscular .................................................................................................................. 44 6 4.7Aplicabilidade do estudo na estética .......................................................................... 45 CONCLUSÃO ................................................................................................................ 46 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................ 48 7 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1 - Vesalius, 1543 ................................................................................................ 12 Figura 2 - Posição Anatômica ......................................................................................... 14 Figura 3 - Planos de referência corporal ......................................................................... 15 Figura 4 - Vista anterior e posterior ................................................................................ 16 Figura 5 - Termos e direções do corpo humano .............................................................. 16 Figura 6 - Localização das cavidades corporais .............................................................. 17 Figura 7 - Homeostase .................................................................................................... 23 Figura 8 - Sistema esquelético ........................................................................................ 24 Figura 9 - Ossos cranianos .............................................................................................. 26 Figura 10 - Ossos faciais ................................................................................................. 26 Figura 11 - Ossos do pescoço, ombro e dorso ................................................................ 27 Figura 12 - Membro superior .......................................................................................... 28 Figura 13 - Membro inferior ........................................................................................... 28 Figura 14 - Tipos de articulações .................................................................................... 29 Figura 15 - Músculos da cabeça, face e pescoço ............................................................ 30 Figura 16 - Sistema respiratório ...................................................................................... 32 Figura 17 - Anatomia do coração .................................................................................... 34 Figura 18 - Estruturas linfáticas ...................................................................................... 36 Figura 19 - Célula procariótica ....................................................................................... 39 Figura 20 - Célula eucarionte .......................................................................................... 39 Figura 21 - Ciclo celular eucariótico ............................................................................... 41 Figura 22 - Organização das células em tecidos ............................................................. 42 8 ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Características das Células Musculares ......................................................... 31 9 1 INTRODUÇÃO Este trabalho fala sobre a importância da Anatomofisiologia e biologia do corpo humano para o profissional da estética. Tendo como objetivo apresentar os estudos de anatomia, fisiologia e biologia e mensurarmos a importância de cada área para o desenvolvimento do profissional em sua rotina de trabalho com cada cliente/paciente. A anatomia se atém ao estudo das estruturas que constituem os seres vivos, assim como sua organização. Já o estudo dos processos relativos ao funcionamento dessas estruturas fica por conta da Fisiologia. Ela, dentre outros aspectos, é responsável pela compreensão dos papeis que o sistema nervoso, sensorial e endócrino executa, sendo eles os responsáveis pela integração e controle corporal. Com a fisiologia, entendemos melhor sobre os mecanismos de controle dos sistemas que acontecem por feedback negativos e positivos, eles desempenham um papel importante de monitoramento em nosso corpo. Alguns dos sistemas que serão abordados, são circulatórios, respiratório, esquelético etc. Esta matéria mostra o quão importante é estudar o corpo humano, pois aprendemos de diversas maneiras que somos um conjunto trabalhando para um bom desempenho e saber como funciona faz parte da responsabilidade e segurança para um bom profissional da saúde. A organizadora (Lima, 2016), citou em seu livro o quão importante é entender mais dessa matéria “O estudo da fisiologia humana é fascinante por apresentar a complexidade do nosso corpo e, como disciplina, constitui um dos pilares para a diversidade de carreiras relacionadas à área da saúde”. Ao estudar o corpo humano, compreendemos seus diferentes níveis de organização, seus sistemas, tecidos, células. “O interesse pelo corpo humano e por seu funcionamento provavelmente tenha surgido quando nossos ancestrais passaram a questionar as razões pelas quais as pessoas adoeciam e morriam. Em todas as culturas ancestrais havia o curandeiro, denominação dada aquele que era responsável por curar os distúrbios do corpo por meio de plantas e ervas. Ao curandeiro também cabia rezar e invocar o auxílio dos ancestrais para realizar os processos de cura (Rizzo, 2012)”. 1.1 MATERIAIS E MÉTODOS A metodologia utilizada na construção deste trabalho foi elaborada pelas alunas desde trabalho, através da separação de tópicos. Estas pesquisas foram realizadas em sites de busca, livros físicos e acesso a biblioteca virtual da UNIP. 10 O presente trabalho foi elaborado a fim de mostrar como a anatomia, fisiologia e a citologia são importantes para o profissional de estética, o qual é importante termos base de conhecimento para a melhor aplicabilidade em cada procedimento utilizado em nossos atendimentos. A primeira parte, onde falamos de anatomia, abordamos sobre a origem e evolução, a importância da posição anatômica e como é importante sabermos a direção para não observar o corpo da perspectiva errada. Este trabalho mostra os planos, as regiões e cavidades e as principais membranas que alinham o corpo e o dividem em seções. Em fisiologia estudamos os principais sistemas que foram aplicados em vídeo aulas e em laboratório na Faculdade UNIP. Abordamos os sistemas orgânicos, suas divisões e funções: esquelético, muscular, respiratório, circulatório e linfático. Falamos também sobre como a homeostase é importante para o equilíbrio e funcionamento do corpo humano. Na Citologia entendemos que os processos vitais do organismo são formados e mantidos em vários níveis físicos, chamados de organização celular. Falamos sobre as células, os tecidos, a classificação de células eucariontes e procariontes11 2 ANATOMIA 2.1 Definição O termo anatomia vem do grego ana, que significa “em partes”, e tomein, que significa “cortar”, isto é, cortar as estruturas em partes. É o ramo da Biologia no qual se estudam a estrutura e a organização dos seres vivos, tanto externa quanto internamente. Anatomia humana é uma ciência prática, que aplicada propicia os fundamentos para entender o desempenho físico e a saúde do corpo. O estudo da história da anatomia nos ajuda a apreciar a ciência relevante que é hoje (Van De Graaff, 2003). 2.2 História e Evolução A anatomia clássica estudava a organização interna dos seres vivos, prática que se concretizava por meio de métodos precisos de corte e dissecação de cadáveres, com o intuito de descrever suas estruturas e sua organização. O relato mais conhecido de uma dissecação pertence ao grego Teofrasto (287 a.C.), discípulo de Aristóteles. Alcméon, na Grécia, lutando contra o tabu que envolvia o estudo do corpo humano, realizou pesquisas anatômicas já no século VI a.C.; por isso, muitos o consideram o pai da anatomia. Entre 600 e 350 a.C., Empédocles, Anaxágoras, Esculápio e Aristóteles também se dedicaram a dissecações; porém, somente no século IV a.C., com a Escola de Alexandria, a anatomia prática começou a progredir. Na época, destacaram- se Herófilo e Erasístrato. O primeiro, ao observar cadáveres humanos, classificou os nervos como sensitivos e motores, reconhecendo no cérebro a sede da inteligência e o centro do sistema nervoso; o segundo descobriu que as veias e artérias convergem tanto para o coração quanto para o fígado. Galeno, nascido em 130 a.C. na Ásia Menor, aperfeiçoou seus estudos anatômicos em Alexandria. Durante toda a Idade Média, foi atribuída enorme autoridade à sua teoria, que incluía errôneas transposições ao homem a partir de observações feitas em animais. Esse fato, somado aos preconceitos morais e religiosos que consideravam pecado a dissecação de cadáveres, retardou o aparecimento de uma anatomia científica. No século IX, o estudo do corpo humano voltou à tona graças à Escola de Medicina de Salerno, Itália, e à obra de Constantino, o Africano, que traduziu do árabe para o latim numerosos textos médicos gregos. Logo depois, Guglielmo da Saliceto, Rolando de Parma e outros médicos medievais enfatizaram a afirmação de Galeno, segundo a qual o conhecimento anatômico era necessário para o exercício da medicina 12 cirúrgica. Frederico II, por volta do ano 1240, obrigou a escola de Nápoles a introduzir em seu currículo o treinamento prático de anatomia, fato decisivo para seu desenvolvimento como ciência. Cerca de meio século mais tarde, Mondino de Liuzzi realizou em Bolonha as primeiras dissecações didáticas de cadáveres, publicando, em 1316, um manual sobre o assunto. O Renascimento favoreceu o progresso dos estudos anatômicos, pois a descoberta de textos gregos sobre o assunto e a influência dos pensadores humanistas levou a Igreja a ser mais condescendente com a dissecação de cadáveres. Artistas como Michelangelo e Leonardo da Vinci demonstraram grande interesse na estrutura do corpo humano. O maior anatomista da época foi o médico Andreas Vesalius, que dissecou cadáveres durante anos em Pádua e descreveu detalhadamente suas descobertas no De Humani Corporis Fábrica, publicado na Basileia em 1543 (Figura 1.1). Este foi o primeiro texto anatômico com base na observação direta do corpo humano, e não no livro de Galeno. Assim, ele adquiriu muita autoridade, embora tenha causado polêmicas, e seus ensinamentos suscitaram a atenção de médicos, artistas e estudiosos. Entre seus discípulos está Gabriele Fallopio, conhecido por seus estudos sobre órgãos genitais, tímpanos e músculos dos olhos; e Fabrizio D’Acquapendente, que descreveu as válvulas das veias e construiu o Teatro Anatômico em Pádua. O desenvolvimento da anatomia cresceu e acelerou. Berengario da Carpi estudou o apêndice e o timo, e Bartolomeu Eustáquio, os canais auditivos. Assim, a nova anatomia do Renascimento exigiu a revisão da ciência. O inglês William Harvey, educado em Pádua, combinou a tradição anatômica italiana com a ciência experimental que nascia na Inglaterra, associando, assim, anatomia à fisiologia Figura 1 - Vesalius, 1543 Fonte: (Larosa, 2021) 13 2.3 Tipos de anatomia Por meio dos estudos, das descobertas e do desenvolvimento da anatomia, algumas áreas especializaram-se, como é o caso da citologia, da histologia e da embriologia, embora ainda constituam ramos da anatomia. O termo morfologia passou então a ser usado para englobar tanto os aspectos microscópicos quanto os aspectos macroscópicos da anatomia. À medida que as ciências foram evoluindo, as maneiras de estudar anatomia também se modificaram, de acordo com a necessidade de cada nova especialidade. A anatomia está dividida da seguinte forma: 1. Anatomia sistêmica: Estuda-se macroscopicamente cada um dos sistemas que formam o corpo humano, como os sistemas esquelético, articular, muscular, nervoso, circulatório, respiratório, digestório, urinário, genital, endócrino, sensorial e tegumentar. 2. Anatomia topográfica: É a anatomia estudada por regiões e em camadas, das estruturas mais superficiais às mais profundas. É uma anatomia cirúrgica. 3. Anatomia radiológica: Estuda o corpo por meio de imagens radiográficas. Atualmente, devido ao progresso tecnológico, é possível estudar anatomia utilizando diversos processos de imagens (tomografia computadorizada, endoscopia, ressonância magnética e outros). 4. Anatomia antropológica: É o estudo da anatomia com a intenção de se conhecerem as características anatômicas de grupos étnicos, povos e raças existentes. 5. Anatomia comparativa: Procura comparar as estruturas morfológicas de indivíduos de diferentes espécies. 6. Anatomia biotipológica: Estuda os indivíduos a partir do seu biotipo em cada espécie. 7. Anatomia aplicada: Envolve o estudo da aplicação prática das estruturas e dos órgãos conhecidos. É de fundamental interesse na área da medicina e da patologia. 2.4 Posição de descrição anatómica “... a chamada posição anatômica, na qual o indivíduo está em pé, com o corpo ereto, olhando para a frente na linha do horizonte, com brações estendidos ao longo do 14 corpo, palmas das mãos voltadas para a frente, pernas estendidas, pés apontados para a frente” (Ferraz & Bergamini, 2017). Figura 2 - Posição Anatômica Fonte: (Van De Graaff, 2003) 2.5 Planos de referência do corpo humano Falando um pouco sobre a divisão da anatomia, a razão para dividir o corpo com linhas imaginarias, ou fazer cortes, é saber qual metade ou parte está em questão. Assim, temos a divisão anatômica da seguinte forma: a. Plano frontal ou coronal: divide o corpo ou órgão em anterior e posterior; b. Plano sagital ou mediano: divide o corpo ou órgão verticalmente em lado esquerdo e direito. Se o plano vertical corta o corpo exatamente no meio, é chamado de sagital mediano; c. Plano transversal: divide o corpo horizontalmente, em superior e inferior. O plano transversal é o ponto em que a tampa se separa da parte inferior da caixa. 15 Figura 3 - Planos de referência corporal Fonte: (equipe Lippincott, Williams & Wilkins, 2013) 2.6 Termos direcionais Quando se percorre o corpo, os termos direcionais o ajudam a determinar a localização exata de uma estrutura. Geralmente, os termos direcionais podem ser agrupados em pares de opostos: 1. superior e inferior: significam acima e abaixo, respectivamente. Por exemplo, o ombro está superior ao cotovelo e a mão é inferior ao punho. 2. anterior e posterior: significam em frente ao corpo e atrás do corpo. Ventral é por vezes utilizado em vez de anterior, enquanto dorsal é por vezes utilizado em substituição a posterior. 3. medial e lateral: significam em direção à linha média do corpo e contrárioa ela. 4. proximal e distal: significam próximo e distante, respectivamente, ao ponto de origem (ou ao tronco). 5. superficial e profundo: significam em direção ou na superfície corporal e distante dessa superfície. 16 Uma dica importante para lembrarmos o que é proximal e distal, quando algo está na proximidade ou a volta, isto é proximal. Quando algo está distante ou afastado, é distal (equipe Lippincott, Williams & Wilkins, 2013). Figura 4 - Vista anterior e posterior Fonte: (Larosa, 2021) Figura 5 - Termos e direções do corpo humano Fonte: (Van De Graaff, 2003) 17 2.7 Cavidades corporais As cavidades são espaços dentro do corpo onde se localizam os órgãos internos. A cavidade dorsal é subdividida em outras duas: cavidade do crânio, que aloca o encéfalo, e cavidade vertebral, que aloca a medula espinal. A cavidade ventral também é subdividida em duas: cavidade torácica, que aloca pulmões e coração, e cavidade abdominopélvica. Esta subdivide-se da seguinte maneira: cavidade abdominal, que abarca estômago, intestinos, baço, fígado, pâncreas e outros órgãos; e cavidade pélvica, composta por bexiga, parte inferior do sistema digestório e órgãos do sistema genital. O corpo também tem outras cavidades: oral, nasal, da orelha e sinoviais (Larosa, 2021). Figura 6 - Localização das cavidades corporais Fonte: (equipe Lippincott, Williams & Wilkins, 2013) 2.8 Sistemas orgânicos De acordo com o autor (Tortora, Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia, 2017), o corpo humano possui sistemas principais para o seu funcionamento, sendo eles: 1. Sistema tegumentar: a pele é considerada um órgão poque é constituída de vários tipos de tecidos. As camadas da pele estão divididas em epiderme, derme e hipoderme. 18 2. Sistema esquelético: compreendem os ossos que formam o arcabouço de sustentação do corpo, além de servir a fixação de sustentação do corpo, de servir a fixação de músculos, delimitar cavidades para a proteção de órgãos nelas contidas e cumprir funções hematopoiéticas. 3. Sistema muscular: refere-se especificamente ao tecido muscular esquelético que, em geral está fixado a ossos. 4. Sistema nervoso: encéfalo, medula espinal, nervos e órgãos dos sentidos especiais, como os olhos e as orelhas. 5. Sistema endócrino: todas as glândulas e tecidos que possuem substâncias químicas reguladoras das funções do corpo, denominadas hormônios. 6. Sistema circulatório: sangue, coração e vasos sanguíneos. 7. Sistema linfático: O sistema linfático ou imune é constituído pelos vasos linfáticos e órgãos linfoides, sendo estes os linfonodos, o timo, o baço e as tonsilas. 8. Sistema respiratório: O sistema respiratório pode ser dividido estruturalmente em partes superiores e inferiores, e funcionalmente em uma porção condutora e uma porção respiratória. As principais funções do sistema respiratório são trocas gasosas, produção do som e auxiliar na compressão abdominal. 9. Sistema digestório: os órgãos do sistema digestório são especializados em digestão e absorção de alimentos. O sistema digestório consiste em um trato gastrointestinal tubular e órgãos digestórios anexos. 10. Sistema urinário: O sistema urinário mantém a composição e as propriedades dos líquidos do corpo que formam o meio interno das células do corpo. O produto do sistema urinário é a urina, que é eliminada do corpo durante a micção. 11. Sistemas genitais: gônadas (testículos nos homens e ovários nas mulheres) e órgãos associados: tubas uterinas, útero e vagina nas mulheres, e epidídimo, ducto deferente e pênis nos homens. 12. Sistema sensorial: Os órgãos dos sentidos são extensões altamente especializadas do sistema nervoso e contêm neurônios sensoriais adaptados para responder a estímulos específicos e conduzir impulsos nervosos ao encéfalo. 19 2.9 Divisão do corpo humano Podemos dividir o corpo humano em esqueleto axial e apendicular, abaixo mostraremos a divisão: 2.9.1 Esqueleto axial 2.9.1.1 Cabeça e pescoço 1. Cefálica (cabeça) 2. Cervical (pescoço) 3. Cranial (crânio) 4. Frontal (testa) 5. Nasal (nariz) 6. Occipital (parte posterior da cabeça) 7. Oral (boca) 8. Orbital/ocular (olhos) 2.9.1.2 Tórax 1. Axilar (axila) 2. Costal (costela) 3. Deltoide (ombro) 4. Mamaria (mama) 5. Peitoral (peito) 6. Escapular (escapula) 7. Esternal (esterno) 8. Vertebral (vértebras) 2.9.1.3 Abdome 1. Celíaca (abdome) 2. Glútea (nádegas) 3. Inguinal (quadril) 4. Lombar (parte inferior das costas) 5. Pélvica (parte inferior do abdome) 6. Perianal (área entre o ânus e os órgãos genitais externos) 7. Púbica (genitais) 8. Sacral (parte final da coluna vertebral) 20 2.9.2 Esqueleto apendicular 2.9.2.1 Extremidade superior 1. Antebraquial (antebraço) 2. Antecubital (parte frontal do cotovelo) 3. Braquial (parte superior do braço) 4. Cárpica (punho) 5. Cubital (cotovelo) 6. Digital (dedos) 7. Manual (mão) 8. Palmar (palma) 2.9.2.2 Extremidade inferior Crural (canela, parte anterior e inferior da perna) Femoral (coxa) Patelar (parte anterior do joelho) Podal (pé) Plantar (arco do pé) Poplíteo (parte posterior do joelho) Sural (panturrilha, parte posterior e inferior da perna) Tarsal (tornozelo) 2.10 Aplicabilidade no estudo da estética Algumas perguntas que devemos fazer: ✓ Temos que tomar cuidado ao utilizar equipamento para não causar queimadura na cliente? ✓ Porque o sentido anti-horário pode causar constipação no meu cliente e o melhor sentido é o horário? ✓ Por que a técnica de deslizamento tem tal função e deve começar de baixo para cima no corpo? Todas essas questões são técnicas e práticas que vamos aprender, estão fundamentadas na anatomia do nosso corpo, neste caso, no corpo do nosso cliente. De como se comporta a musculatura, de como se comportam as fibras musculares. Qual musculo tem em qual região, em que local cada equipamento pode ser usado. a anatomia 21 é importantíssima para nos profissionais da estética. Se não temos noção de anatomia, na hora da massagem podemos até machucar um cliente, podemos pressionar de forma incorreta um nervo, uma veia, causar inchaço, dor muscular que não poderia ter causado. 22 3 FISIOLOGIA A fisiologia estuda o funcionamento do corpo, analisa também processos físicos e químicos que acontecem. A palavra “fisiologia” tem a originalidade de termos gregos quem é: physis (natureza) e logos (estudo). O corpo humano tem a constituição por diversas funções e juntas para que o corpo trabalhe corretamente, ele pode ser separado por células, átomos, moléculas, tecidos, órgãos, sistemas e organismo. Um médico chamado Cláudio Galeno (129-200 d.C.), fez estudos em animais, seguindo uma doutrina “quatro humores” que mostravam que o copo é formado por quatro diferentes fluidos. Na estética é necessário entendermos sobre a fisiologia, pois com diversos tratamentos da pele e corporal, precisamos saber sobre como funciona o equilíbrio do corpo. 3.1 Homeostase “O corpo tem a homeostase que é responsável por manter as constantes condições internas necessárias na vida. Ela pode ser afetada caso a nossa temperatura, salinidade, pH e dentre outros estiverem em desequilíbrio podendo desencadear diversas reações químicas que são cruciais para o corpo” (Stanfield, 2014). O sistema circulatório faz a manutenção da homeostase eliminando os produtos não utilizados e dando metabolismos aos tecidos, atuando também no equilíbrio da temperatura e no sistema imunológico, mas ainda sim para ter um bom nível de substância no sangue dependem também do controle de órgãos que são: sistema respiratório e sistema nervoso, fígado e pâncreas, rins, glândulas endócrinas e hipotálamo. O mecanismo que controla a homeostase, ocorre por feedback negativo, ou seja, faz com que seja revertido adireção de mudanças, se nossa pressão arterial tiver alta, reações acontecem para que ela diminua, por isso podemos controlar quando variáveis estão com uma deficiência ou trabalhando em excesso no nosso organismo. Os feedbacks são um termo que representam o conjunto de resposta do corpo diante de um desiquilíbrio, a autora (Stanfield, 2014) dá uma incrível forma de entender melhor sobre eles que “Um bom exemplo familiar de sistema de retroalimentação negativa é o piloto automático de um automóvel, que opera de modo a manter a velocidade do carro constante em certo ponto desejado” com isso entendemos que a homeostase em geral faz um importante trabalho de manter o corpo em equilíbrio com diversas funções e conjuntos compostos trabalhando para ter um bom funcionamento. 23 Figura 7 - Homeostase Fonte: (Você sabe o que é homeostase?, 2021) 3.2 Sistema Esquelético “O sistema esquelético é constituído por ossos e cartilagens que, ligados entre si, formam um arcabouço, ou seja, o conjunto que dá sustentação e que contém as demais estruturas corporais” (Ferraz & Bergamini, 2017). Os ossos se adaptam aos estímulos a ele dados, aumentando sua resistência quando são expostos a tensões e pressões, e reduzindo sua resistência quando sofrem poucos estímulos eternos, mais comuns no caso de pessoas sedentárias e pouco ativas. “O esqueleto é composto principalmente por três tipos de tecido conjuntivo: tecido ósseo (ossos), cartilagem e tecido conjuntivo denso” (Odya & Norris, 2020). O esqueleto tem 206 ossos, que formam a estrutura rígida na qual os tecidos e órgãos moles são inseridos. Os músculos se conectam aos ossos pelos tendões. Os ossos são conectados pelos ligamentos. O local em que encontram os ossos são normalmente chamados de articulações. 24 Figura 8 - Sistema esquelético Fonte: (Gerson, 2011) 3.2.1 Classificação dos ossos • Longo: braços e pernas • Curto: punhos (ossos do carpo) e tornozelos (ossos do tarso) • Achatado: crânio, omoplatas, costelas, esterno, ossos pélvicos. • Irregular: coluna vertebral, rótulas. 3.2.2 Funções do sistema esquelético O sistema esquelético confere ao corpo humano várias funções, podemos destacar algumas com: a. Suporte. O esqueleto fornece uma estrutura para o corpo, sustentando os tecidos moles e proporcionando pontos de fixação para os tendões da maioria dos músculos esqueléticos. 25 b. Proteção. O esqueleto protege muitos órgãos internos contra lesão. Por exemplo, os ossos do crânio protegem o encéfalo, as vértebras protegem a medula espinal, e a caixa torácica protege o coração e os pulmões. c. Assistência ao movimento. A maioria dos músculos esqueléticos está fixada aos ossos; assim, quando os músculos se contraem, tracionam os ossos. Em conjunto, ossos e músculos produzem movimento. d. Homeostasia mineral. O tecido ósseo armazena vários minerais, especialmente cálcio e fósforo. Conforme a demanda, o osso libera minerais no sangue para manter os equilíbrios minerais críticos (homeostasia) e para distribuir os minerais para ou trás partes do corpo. e. Produção de eritrócitos. No interior de determinados ossos, um tecido conectivo chamada medula óssea vermelha produz eritrócitos, leucócitos e plaquetas, um processo chamado hematopoese. A medula óssea vermelha consiste em células sanguíneas em desenvolvimento, adipócitos, fibroblastos e macrófagos. Está presente nos ossos em desenvolvimento do feto e em alguns ossos adultos, como pelve, costelas, esterno, vértebras, crânio e extremidades dos ossos do braço e da coxa. f. Armazenamento de triglicerídeos. A medula óssea amarela consiste principalmente em adipócitos que armazenam triglicerídeos. A reserva de triglicerídeos é uma reserva potencial de energia química. A medula óssea amarela também contém poucas células sanguíneas. No recém-nascido, toda a medula óssea é vermelha e participa da hematopoese. Com o aumento da idade, grande parte da medula óssea muda de vermelha para amarela. 3.2.3 Esqueleto axial Ele segue exatamente o eixo central e engloba tudo, menos os membros, ou seja, cabeça, pescoço, tórax (peito e costas), abdome e pelve. Ele tem a função de proteger o sistema nervoso central e alguns dos órgãos vitais que são localizados na região torácica é considerado o pilar centras para o sistema esquelético. Fazendo parte do nosso corpo e da fisiologia também, Todos os esqueletos são essenciais para a nossa movimentação além de outros componentes essenciais para essa função. Na estética é necessário 26 entender pobre o nome e a responsabilidade que cada osso tem para o corpo, podendo assim tirar dúvidas de clientes e trabalhar de forma segura com o paciente. O esqueleto axial é formado também por algumas articulações a principal é a arsinartroses encontradas nas conexões dos ossos da cabeça e anfiartrose nas conexões das vertebras e costelas. Ossos do crânio: a cabeça humana tem 22 ossos divididos em dois grupos: o crânio e os ossos faciais. O crânio é formado por 8 ossos e a face consiste em 14 ossos, incluindo a maxila e a mandíbula. “O crânio é constituído da seguinte forma: “osso occipital, ossos parietais, osso frontal, ossos temporais, osso etmoide e osso esfenoide” (Gerson, 2011). Figura 9 - Ossos cranianos Fonte: (Gerson, 2011) “Os ossos da face são divididos em:” ossos nasais, ossos lacrimais, ossos zigomáticos, ossos maxilares, mandíbula, conchas nasais inferiores, vomer e ossos palatinos” (Gerson, 2011). Figura 10 - Ossos faciais Fonte: (Gerson, 2011) 27 “Os ossos do pescoço estão divididos em:” osso hioide e vertebras cervicais... os ossos do tórax é constituída do esterno, da coluna vertebral, de 12 pares de costelas e de cartilagem fibrosa... os ossos do ombro, braço e mão consistem em clavícula e uma escapula” (Gerson, 2011). Figura 11 - Ossos do pescoço, ombro e dorso Fonte: (Gerson, 2011) 3.2.4 Esqueleto apendicular O esqueleto apendicular é o que forma os apêndices do corpo, ossos dos membros superiores e inferiores. É nessa classificação de esqueletos que estão os maiores ossos do corpo humano, um deles é o fêmur que está localizado na coxa, estrutura óssea que tem um tecido conjuntivo ósseo, ele tem uma matriz rígida e são compostas por três células; os osteoblastos, osteócitos e osteoclastos, eles agem na matriz óssea, que dissolvem cristais de cálcio que auxiliam também na manutenção dos tecidos. Consiste nos apêndices (membros), também conhecidos como extremidades superiores e inferiores (o que chamamos de braços e pernas). i. Extremidade superior: antebraquial, antecubital, braquial, cárpica, cubital, digital, manual e palmar; ii. Extremidade inferior: crural, femoral, patelar, podal, plantar, poplíteo, sural e tarsal. 28 Figura 12 - Membro superior Fonte: (Membros superiores, 2021) Figura 13 - Membro inferior Fonte: (Ossos do membro inferior, 2021) 3.2.5 Articulações e seus movimentos As articulações são essenciais porque promovem a funcionalidade do sistema esquelético. Algumas permitem maior resistência ou flexibilidade, assim permitindo movimentos mais amplos e variados, podem ser classificadas quanto ao seu grau de movimento: sinartroses, anfiartroses e diartroses. Já, quanto a sua estrutura, elas estão 29 divididas em: fibrosas, cartilaginosas e sinoviais. As articulações fornecem ao corpo inúmeras possibilidades de movimento, essenciais para realizarmos com maior eficiência nossas tarefas cotidianas, as características dos movimentos fazem parte da cinesiologia que complementa a abordagem descritiva do deslocamento, e a fisiologia tem a responsabilidade de estudar o funcionamento das articulações através da nutrição, irrigação, inervação das estruturas. Em algumas articulações existe uma cartilagem adicional (fibrocartilagemou menisco) para auxiliar no transporte adicional de carga, estabilidade, melhora no ajuste da superfície, proteção e lubrificação (Ferraz & Bergamini, 2017) diz que, “...os ossos estão interligados de alguma forma. Essa ligação é chamada de articulação, ou seja, quando dois ossos diferentes se encontram, eles se articulam”. Figura 14 - Tipos de articulações Fonte: (Magalhães, 2021) 3.3 Sistema Muscular É fundamental para nós, profissionais da saúde, que tenhamos conhecimento deste sistema, proficiência sobre os principais músculos, suas localizações, as direções das fibras musculares e sua fisiologia, pois a grande parte das pessoas que buscam cuidados trazem tensões e dores musculares resultantes de posturas inadequadas, problemas emocionais, pouca atividade física e falta de percepção do próprio corpo. Portanto, torna-se importante o conhecimento, pois dependemos disso para conseguirmos avaliar melhor nosso paciente e ajustar o melhor tratamento para ele, é indispensável entender melhor sobre isso, pois com movimentos detalhados com nossas mãos conseguimos causar bons efeitos nos sistemas muscular, respiratório, circulatório, sanguíneo e linfático, no casso do tecido muscular, pode auxiliar também na redução da 30 quantidade de fibrose, que ocorre no musculo imobilizado, lesionado ou desnervado ou na manutenção dos músculos, na melhora da nutrição, flexibilidade e vitalidade. O sistema muscular da vida ao corpo humano. “Suas células são chamadas de fibras musculares, que se agrupam em feixes, envoltas por uma camada de tecido conjuntivo” (Ferraz & Bergamini, 2017). Sobre a necessidade de descanso do corpo humano, podemos afirmar que: Passar muito tempo em uma determinada postura exige dos músculos um grande esforço, o que se agrava se a postura for inadequada. Como resposta ao esforço extra, os músculos tendem a ficar dolorosos e tensionados. Assim, para manter a saúde física e muscular, é essencial alternar posturas e fazer pequenas pausas para alongamentos e relaxamentos (Ferraz & Bergamini, 2017) Dentre as funções do sistema muscular, destacamos algumas principais, tais como, produção de movimentos, estabilização das posições, armazenamento e movimentação de substâncias e produção de calor. Existem três tipos de tecido muscular, dentre eles, o musculo cardíaco, o musculo liso e o musculo esquelético. Vamos falar um pouco sobre a localização dos músculos do corpo humano. Inicialmente começaremos falando sobre a quantidade de músculos existentes no ser humano, cerca de 600 músculos. 1. Músculos da cabeça, face e pescoço: occipitofrontal – ventre frontal, temporal, orbicular do olho, orbicular da boca, platisma, masseter e esternocleidomastoideo. Figura 15 - Músculos da cabeça, face e pescoço Fonte: (Gerson, 2011) 31 2. Músculos do tórax, abdome e cintura escapular: peitoral maior, intercostais externos, diafragma, reto abdominal, obliquo externo do abdome e deltoide, trapézio, supraespinal, infraespinal e romboide maior/menor. 3. Músculos dos membros superiores: bíceps braquial, tríceps braquial, flexores de punho e dedos e extensores de punho e dedos. 4. Músculos da cintura pélvica e região glútea: glúteo máximo e glúteo médio. 5. Músculos dos membros inferiores: quadríceps femoral, isquiotibiais, tíbia anterior e gastrocnêmio. Falando um pouco sobre tipos de tecidos, há apenas três tipos de tecido muscular: o tecido muscular esquelético, o tecido muscular cardíaco e o tecido muscular liso. Tabela 1 - Características das Células Musculares Esqueléticas Cardíacas Lisas Multinucleares Sim Não Não Estriadas Sim Sim Não Voluntarias Sim Não Não Fonte: (Odya & Norris, 2020) Definimos o músculo esquelético da seguinte forma: “o tecido muscular esquelético é, essencialmente, composto de feixes de fibras agrupados...obtém sua força da reunião das fibras isoladas em filamentos, e em seguida ele as empacota e reintegra” (Odya & Norris, 2020). 3.4 Sistema Respiratório O sistema respiratório tem o trabalho importante de captar o oxigênio do ambiente e fazer a liberação do gás carbônico. Ele está relacionado com o olfato, assim possibilita a respiração de odores, estando também relacionado com a fala, com as chamadas pregas vocais, de um dos órgãos do sistema respiratório. Ele pode ser separado por duas porções, uma parte condutora e a outra parte respiratória. Este sistema é “responsável por captar oxigênio atmosférico e encaminhar para o interior do corpo, além de expelir gás carbônico, causador de acidez no sangue, produzido 32 nos processos fisiológicos das células. Possui receptores que captam odores e produz sons pela vibração das pregas vocais” (Ferraz & Bergamini, 2017). O sistema respiratório é composto pelas seguintes estruturas: 1. Nariz: protege a abertura externa das vias respiratórios e retem partículas grosseiras do ar inspirado. Formado por cartilagens e osso, contém pelos (vibrissas) que retem as impurezas do ar. 2. Faringe: tubo muscular situado na parte posterior da cavidade nasal, bucal e a laringe. Associado ao sistema respiratório e digestório. 3. Laringe: tubo de via aerífera e fonação, que possui estruturas para evitar a entradas de sólidos e líquidos nas vias aéreas inferiores. 4. Traqueia: tubo reforçado com anéis cartilaginosos que impedem o fechamento do tubo. 5. Brônquios, bronquíolos e alvéolos: a traqueia divide-se em 2 brônquios (direito e esquerdo), que se dirigem aos pulmões ramificando-se a formando os bronquíolos que terminam em alvéolos onde ocorre a hematose (troca de gás carbônico por oxigênio). 6. Pulmões: parte funcional do sistema respiratório. O pulmão direito possui 3 lobos (superior, médio e inferior) e o pulmão esquerdo 2 lobos (superior e inferior). O sistema respiratório gerencia a entrada e saída do fluxo de ar do corpo, e ele supervisiona várias funções vitais: ventilação, trocas gasosas, regulando o PH do sangue e produzindo a fala. Figura 16 - Sistema respiratório Fonte: (Magalhães, 2021) 33 3.5 Sistema Circulatório O sistema circulatório é dividido em sistêmico e pulmonar, sendo a circulação sistêmica também pode ser conhecida como grande ou periférica, e a pulmonar é também chamada de pequena circulação. A circulação acontece pelo bombeamento do sangue, quem faz isso é o coração, já nos vasos sanguíneos que são as artérias, veias, capilares e vênulas é por onde todo o sangue pode circular. (Ferraz & Bergamini, 2017), elucida que o sistema circulatório “é composto por uma rede de vasos distribuídos para todo o corpo, em um circuito fechado, servindo de passagem para o sangue, que é impulsionado por uma bomba muscular, o coração”. Existe uma divisão do sistema circulatório: 1. Sistema sanguíneo: veias, artérias, capilares e coração; 2. Sistema linfático: capilares, vasos, ductos, troncos, gânglios; 3. Órgãos hematopoiéticos: medula óssea e órgãos linfoides (baço e timo). O sistema circulatório e composto por: a) Coração: é um órgão muscular oco que funciona como uma bomba contrátil-propulsora. Possuem três camadas denominadas de endocárdio, miocárdio e epicárdio. A cavidade do coração tem duas câmaras, 2 átrios e 2 ventrículos. O fluxo sanguíneo do coração dá-se da seguinte forma: Veia cava superior, Veia cava inferior, Artéria pulmonar, Veias pulmonares, Artéria aorta e Seio coronário. b) Vasos sanguíneos: compreendem uma rede de canais através dos quais o sangue flui. Os vasos que retiram sangue do coração são as artérias e arteríolas, e os que levam são as veias e vênulas. c) Sangue: é um liquido nutritivo que flui pelo sistema circulatório. Existe cerca de 4l a 5l de sangue no corpo humano, o que corresponde a cerca de 1/12 de nosso peso. “O sangue transporta água, oxigênio, nutrientes e secreções para todas as células do corpo. Remove odióxido de carbono e os produtos residuais que serão eliminados pelos pulmões, a pele, os rins e o intestino grosso. Ajuda a regular a temperatura do corpo, protegendo- o assim, do calor ou frio extremos” (Gerson, 2011). 34 Figura 17 - Anatomia do coração Fonte: (Gerson, 2011) Vamos falar um pouco sobre a dinâmica do sistema cardiorrespiratório: O fluxo do sangue pelo corpo segue uma ordem e pode ser descrito da seguinte forma: o sangue venoso, vindo dos tecidos e órgãos do corpo pelas veias cavas superior e inferior, cheio de gás carbônico e resíduos (catabólicos), entre no coração pelo átrio direito, que o recebe e o encaminha por meio da valva tricúspide para o ventrículo direito, que se contrai e encaminha o sangue pelo tronco e artérias pulmonares para o pulmão, no qual é realizada a troca de gás carbônico por oxigênio. O sangue sai dos pulmões por meio das veias pulmonares e chega ao coração no átrio esquerdo, que passa pela valva mitral ou bicúspide e vai para o ventrículo esquerdo, que se contrai, enviando o sangue para todo o corpo pela artéria aorta” (Ferraz & Bergamini, 2017). O coração é uma bomba dupla e tem dois circuitos: do coração para os pulmões e de volta para p coração, e do coração para o corpo e de volta para o coração. Esses são o caminho da circulação pulmonar e o caminho da circulação sistêmica. Circulação pulmonar: O sangue desoxigenado entra no átrio direito a partir das maiores veias do corpo: a veia cava superior e a veia cava inferior. Quando o nódulo sinoatrial inicia o ciclo de condução cardíaca, o átrio direito se contrai, bombeando o sangue para o ventrículo direito. Quando o impulso chega ao nódulo atrioventricular e passa ao feixe de HIS, o ramo direito e as fibras de Purkinje, o ventrículo direito se contrai, bombeando sangue para as artérias pulmonares, 35 que o levam aos pulmões para troca de gases. Durante a fase de relaxamento dos átrios, o sangue recém-oxigenado flui para o átrio esquerdo. As artérias pulmonares são as únicas que transportam sangue desoxigenado; e as veias pulmonares, as únicas que transportam sangue oxigenado (Odya & Norris, 2020). Circulação sistêmica Quando o nódulo sinoatrial inicia o ciclo de condução cardíaca, o átrio esquerdo se contrai, bombeando sangue oxigenado para o ventrículo direito. Quando o impulso é passado para o nódulo atrioventricular e para o feixe de HIS, o ramo do feixe esquerdo e as fibras de Purkinje, o ventrículo esquerdo se contrai, bombeando sangue para a aorta. Da aorta, ela viaja através das artérias e arteríolas até os leitos capilares, e volta para o coração através das veias. Durante a fase de relaxamento dos átrios, o sangue desoxigenado flui para o átrio direito (Odya & Norris, 2020). 3.6 Sistema Linfático Este sistema tem como principal papel auxiliar na drenagem de líquidos. Enquanto as artérias levam o sangue para as extremidades e periferia do corpo, bem como aos órgãos e tecidos, as veias fazem o caminho reverso, retornando o sangue ao coração. Porém, uma parte liquida do sangue (plasma) não consegue retornar, acumulando- se entre as células, em uma região chamada interstício. Dessa forma, os vasos linfáticos têm a função de fazer com que esse liquido retorne ao sistema circulatório, encaminhando-o para as grandes veias. Além da drenagem de líquidos, eles também são responsáveis por transportar as macromoléculas e proteínas do interstício, por promover a defesa do organismo e pelo transporte de gorduras absorvidas na digestão dos alimentos. Para nós, profissionais da saúde que atuamos nos procedimentos de massagem, é imprescindível conhecer os sistemas sanguíneo e linfático, pois as práticas de massagem sempre devem privilegiar a fisiologia do sistema circulatório, ou seja, devem ser realizadas das extremidades para o centro do corpo. Vamos falar sobre como a massagem age nas funções fisiológicas e patológicas do indivíduo: A técnica tem um efeito mecânico decorrente da ação direta realizada pela pressão exercida das manobras no tecido mole, e ainda uma ação reflexa por liberar substâncias vasoativas que, como resposta, apresentam melhora da permeabilidade da pele, melhora da circulação linfática e sanguínea, eliminação de toxinas, estímulo das funções viscerais, nutrição celular, ação calmante e relaxante e alivio da dor (Simão, 2019). Para que esses efeitos sejam alcançados, alguns pontos, como os componentes da massagem, são importantes. Ou seja, para a técnica ser desenvolvida de maneira correta, 36 deve-se levar em consideração: a direção dos movimentos, que deve ser centrípeta (direção do fluxo sanguíneo e linfático); a pressão, que vai variar de acordo com a finalidade de cada movimento (profundo ou superficial); a velocidade, que em geral é lenta; a duração e a frequência da massagem. Além disso, é importante que o indivíduo que recebe a massagem esteja o mais relaxado possível. O relaxamento, por sua vez, pode ser pensado em dois níveis: o geral (descreve o estado da pessoa como um todo) e o local (descreve uma parte específica do corpo). Há alguns fatores que podem inibir o relaxamento, atrapalhando a efetividade da massagem: Para (Ferraz & Bergamini, 2017) “o sistema linfático é composto por linfa, vasos linfáticos e órgãos linfáticos. Linfa: é um liquido intersticial, quando entra nos vasos linfáticos, recebe o nome de linfa e tem sentido único de circulação em direção ao coração, juntando-se ao sangue circulante. Vasos linfáticos: correm paralelos as veias e estão presentes em grande parte do corpo, tendo início entre as células, como capilares. Podemos separar os vasos em ducto linfático direito e ducto torácico. Órgãos linfáticos: são divididos em órgãos linfáticos primários (medula óssea vermelha e o timo) e órgãos linfáticos secundários (linfonodos, baço e nódulos linfáticos). Figura 18 - Estruturas linfáticas Fonte: (Odya & Norris, 2020) 37 3.7 Aplicabilidade do estudo na estética Na estética é importante entender sobre diversas disciplinas, a fisiologia tem uma grande importância para o desenvolvimento profissional, com as outras matérias fazemos um conjunto de conhecimentos teóricos e práticos, temos que saber como explicar para os clientes nomes corretos, protocolos corretos, até mesmo em atendimentos para nosso próprio bem profissional. Saber sobre os músculos nos ajudará na hora de fazer uma massagem, assim podendo auxiliar na melhoria de dores e tensões, entender em geral como funciona nosso corpo. A aplicabilidade da fisiologia na estética nos faz entender como é composto o corpo humano suas funções, a responsabilidade denominadas para cada, esqueleto, músculo, sistema circulatório, sistema respiratório, sistema linfático e dentre outros. O nosso sistema linfático faz parte do dia a dia na estética, um exemplo é a drenagem linfática, que utilizaremos para os edemas e retenções de líquido a fisiologia está ligada a todo o corpo, somos compostos por diversos sistemas e este estudo é crucial, assim, agregaremos em toda parte de saúde e vida estética. 38 4 CITOLOGIA Para o estudo do funcionamento do corpo humano é necessário o conhecimento da menor unidade viva do corpo humano, a célula. O corpo humano tem como unidade anátomo-funcional a CÉLULA. Um agrupamento de células da mesma natureza constitui o TECIDO. A reunião de vários tecidos constitui um ÓRGÃO. Diversos órgãos reunidos formam um SISTEMA. A união de todos os sistemas forma o ORGANISMO. 4.1 Definição “Células são bolhas de fluido reforçadas por proteínas e membranas, com substâncias e organelas — estruturas que atuam em processos metabólicos, como a produção ou decomposição de proteínas” ... “Uma célula é a menor parte de um organismo que retém suas características. Ela pode ingerir combustível, convertê-lo em energiae eliminar resíduos, assim como o organismo” ... (Kratz, 2020). As células são constituídas de três componentes básicos: protoplasma, membrana plasmática e núcleo. 4.2 Evolução celular: eucariontes e procariontes As células podem ser categorizadas de maneiras diferentes, de acordo com sua estrutura, função ou suas características evolutivas. Podemos chamá-las de eucariontes e procariontes. Quando começamos a entender como a estrutura celular funciona, concluímos como o nosso organismo todo vai funcionar e isto é extremamente importante para entendermos se há algo de errado. “Os seres vivos constituídos por células procariontes são bem menores em relação aos seres eucariontes. Suas células são estruturalmente mais simples e desprovidas do complexo sistema de membranas encontrado em células eucariontes” (Magalhães, 2021). 4.2.1 Procariontes Não possuem núcleo bem definido em suas células, nem organelas. Bactérias e arqueas são procariontes. “As células procariontes apresentam em seu envoltório algumas estruturas que são comuns às células eucariontes, assim como outras com propriedades bem particulares desse tipo celular” (de Almeida, 2014). 39 Figura 19 - Célula procariótica Fonte: (Magalhães, 2021) 4.2.2 Eucariontes As células eucariontes são constituídas por um sistema de membranas que permite a realização de processos mais especializados em várias de suas organelas e favorece as atividades da célula. Esse complexo sistema e a presença de uma membrana nuclear delimitando o material genético são as características que definem uma célula eucarionte. As diferentes espécies de animais, vegetais, algas, fungos e protozoários são constituídas por células eucariontes (de Almeida, 2014). Algumas das principais organelas encontradas nas células eucarióticas são: núcleo, mitocôndrias, reticulo endoplasmático, aparelho de golgi, lisossomos e peroxissomos. Figura 20 - Célula eucarionte Fonte: (de Almeida, 2014) 40 4.3 Estrutura e funcionamento celular O corpo humano possui cerca de 100 trilhões de células vivas, nas quais observamos uma estrutura complexa e organizada. Elas possuem três partes básicas: a membrana plasmática, o citoplasma e o núcleo. A membrana plasmática envolve as células delimitando o seu conteúdo e controlando a entrada e a saída de diferentes substâncias. No citoplasma podemos verificar a presença de diversas organelas, cada qual com sua função específica. Por sua vez, o núcleo celular é responsável por abrigar o material genético, na forma de cromossomos. Adicionalmente, as células animais se agrupam para originar os diversos tecidos e órgãos do nosso corpo que apresentam funcionalidades complementares. 4.3.1 Membrana plasmática É essa membrana que vai regular a entrada e saída de moléculas e íons da célula, sendo responsável por manter o equilíbrio celular. Além disso, a membrana plasmática possui estruturas que a possibilitam responder a estímulos externos e promover a movimentação celular. Está também envolvida em processos de secreção celular, na síntese de proteínas importantes como os anticorpos e na divisão celular. A membrana plasmática e o sistema de membranas internas de todos os tipos de células têm composição química semelhante. Como seus principais componentes são os fosfolipídios e as proteínas, diz-se que é uma membrana lipoproteica. 4.3.2 Cito esqueleto O citoesqueleto é uma complexa rede de proteínas que determina a forma da célula. Ele é fundamental para que ocorra a movimentação celular; proporciona o suporte estrutural e mobilidade de organelas intracelulares e a estrutura para movimentação e separação de cromossomos durante a divisão celular. Os componentes principais do citoesqueleto são os microfilamentos, os filamentos intermediários e os microtúbulos. 4.4 Organelas celulares O processo de evolução das células eucariontes culminou com a aquisição de membranas internas que levaram, por sua vez, ao estabelecimento de compartimentos individualizados, com diferentes composições químicas e funções específicas: as organelas. Elas segregam e organizam os processos bioquímicos intracelulares, 41 fornecendo a estrutura para o desenvolvimento e a diferenciação celular. 4.5 Ciclo e divisão celular O ciclo celular constitui uma sequência ordenada de eventos pelos quais uma célula duplica seus conteúdos e se divide em duas. Ou seja, quando uma célula se reproduz, ela duplica (replica) todos os seus cromossomos para distribuir de maneira idêntica todo o seu material genético para as duas células-filhas. Dessa forma, garante a transmissão de seus genes para a próxima geração de células (Kunzler & Silva Brum, 2018). A divisão celular é uma das funções primordiais nos seres vivos. Se este for um organismo unicelular, ela corresponde à própria reprodução do organismo. Nos multicelulares, a divisão celular é responsável pelo aumento do número de células do corpo, o que permite seu crescimento e desenvolvimento. Figura 21 - Ciclo celular eucariótico Fonte: (Alberts, 2017) 4.5.1 Mitose e Meiose 4.5.1.1 Mitose “A mitose ocorre em todas as células somáticas eucariotas e consiste na distribuição de dois conjuntos de cromossomos em dois núcleos separados, resultando na divisão exata das informações genéticas. A mitose é um processo contínuo, porém para tornar mais didaticamente compreensível, ela é subdividida em quatro etapas: prófase, 42 metáfase, anáfase e telófase” (Kunzler & Silva Brum, 2018). 4.5.1.2 Meiose “Diferente da mitose, em que uma única célula pode gerar um grande número de outras, a meiose resulta em apenas quatro células-filha, que podem não sofrer outras duplicações. Tanto a mitose quanto a meiose estão envolvidas na reprodução, mas possuem funções reprodutivas diferentes. A reprodução assexuada ou reprodução vegetativa, baseia-se na divisão mitótica do núcleo” (Kunzler & Silva Brum, 2018). 4.5.1.3 Citocinese “Para que ocorra a formação de duas células-filha distintas, a divisão citoplasmática segue a divisão nuclear. Um microfilamento de actina se forma para criar a maquinaria necessária e a contração desta estrutura, com base na actina, forma uma fenda de clivagem que inicia na anáfase. A fenda se aprofunda até que os cantos opostos se juntem. As membranas plasmáticas se fusionam em cada lado da fenda de clivagem profunda, o resultado é a formação de duas células-filha separadas, idênticas entre si e à célula parental original, marcando o termino do ciclo celular” (Kunzler & Silva Brum, 2018). 4.6 Tecidos Os tecidos possuem diferenças nas suas células, especializadas em diversas funções, tais como: irritabilidade, condutibilidade, contratilidade, absorção e assimilação, secreção, excreção, respiração, crescimento e reprodução. Desta forma, os quatro tecidos são: epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso. Figura 22 - Organização das células em tecidos Fonte: (Alberts, 2017) 43 4.6.1 Epitelial O tecido epitelial caracteriza-se, principalmente, por ser constituído de células poliédricas, bem justapostas, com pouca substância intercelular e ausência de vasos sanguíneos. As células epiteliais são bastante dinâmicas, possuindo uma elevada atividade mitótica, que promove a constante renovação deste tecido. As funções mais características dos epitélios são a de revestimento de superfícies externas e internas do organismo e a formação das glândulas. As células epiteliais são provenientes de três folhetos germinativos do embrião: ectodérmica, endodérmica e mesodérmica. 4.6.2 Conjuntivo A denominação “tecido conjuntivo”, entretanto, é um título geral que designa um grupo de diversos tecidos com várias funções. Compreende um tecido tradicionalmente conhecido como “tecido conjuntivo propriamente dito” e um amplo grupode tecidos chamados “tecidos conjuntivos especiais”, com funções altamente especializadas. Este grupo inclui os tecidos adiposo, cartilaginoso, ósseo, sanguíneo e hematopoiético, que serão tratados mais à frente. Os diversos tipos de tecido conjuntivo existentes no corpo têm a função de unir outros tecidos, conferindo-lhes sustentação e dando conjunto ao corpo, daí sua denominação. É ricamente vascularizado e encontra-se sempre abaixo do tecido epitelial, dando-lhe suporte e garantindo sua nutrição. 4.6.3 Nervoso Tecido de origem ectodérmica, que se encontra amplamente distribuído pelo organismo, formando o sistema nervoso. Esse sistema é responsável pelo bom funcionamento interno do organismo (sistema neurovegetativo) e por mediar sua relação com o meio que o cerca (sistema nervoso cérebro-espinhal). É constituído por células especializadas chamadas neurônios, que são responsáveis por definir a características fundamental desse sistema, e por outras células que darão suporte ao neurônio, as células da neuroglia ou glia. A especialização celular consiste na capacidade de receber informações externas ou internas e convertê-las em impulsos elétricos que serão transmitidos por redes de comunicação integradas e complexas. O sistema nervoso pode ser dividido anatomicamente em sistema nervoso central (SNC) e sistema nervoso periférico (SNP). Sistema Nervoso Central (SNC): constituído pelo encéfalo e pela medula 44 espinhal, que se localizam, respectivamente, no crânio e no canal da coluna vertebral. Funciona como um centro de processamento das informações, recebendo estímulos e produzindo respostas adequadas. O encéfalo subdivide-se em cérebro, cerebelo e tronco cerebral (mesencéfalo, ponte e bulbo). Sistema Nervoso Periférico (SNP): todo o tecido nervoso que não faz parte do SNC é automaticamente denominado periférico. Fazem parte desse sistema os nervos (cranianos e espinhais), os gânglios (pequenos agrupados de células nervosas) e as terminações nervosas ou receptores. Compõem as vias que irão conduzir os impulsos nervosos até́ o SNC ou que levarão as respostas por ele geradas aos órgãos que irão efetuar o comando (órgãos efetores ou efetuadores). 4.6.4 Muscular O tecido muscular é composto por células especializadas cuja função é a contração. Estas células são também chamadas de fibras musculares e são encontradas agrupadas em massas macroscópicas denominadas músculos. Músculos são estruturas que se fixam pelas extremidades e, pela sua contração, movem segmentos do corpo que encurtam a distância entre estas extremidades. São então consideradas as estruturas ativas do aparelho locomotor, enquanto os ossos são as passivas. Os tecidos musculares possuem três tipos distintos de organização e funcionamento, podendo ser classificados em: estriado esquelético, cardíaco e liso. 1. Tecido muscular estriado esquelético: O tecido muscular esquelético é um dos três tipos de músculos do corpo e tem a característica de ser voluntário. Cada músculo esquelético é composto por centenas a milhares de células alongadas, chamadas de fibras musculares, paralelamente dispostas. As células musculares ou fibras musculares podem ser muito longas, como o músculo sartório da coxa, em que algumas fibras têm o mesmo comprimento do próprio músculo, isto é, 25 a 30 cm (Kunzler & Silva Brum, 2018). 2. Tecido muscular cardíaco: é um músculo de contração involuntária, que assim como o esquelético é constituído por fibras que apresentam estrias transversais, denotando a organização dos seus mio filamentos em sarcômeros. As fibras cardíacas são circundadas por uma delicada camada de tecido conjuntivo, com células alongadas, mas não tanto quanto as 45 esqueléticas, e ramificadas, com um ou dois núcleos centrais. No interior das fibras musculares cardíacas são encontrados grânulos de glicogênio, de lipofucsina e secretores contendo precursores de hormônio atrial natriurético. 3. Tecido muscular liso: A musculatura lisa compõe a camada muscular do trato gastrintestinal, que tem início no esôfago, estômago até o intestino delgado. Veja por onde a musculatura lisa perpassa: intestino grosso, vasos sanguíneos (artérias e veias), grandes vasos linfáticos, trato geniturinário, vias aéreas inferiores (tranqueia e brônquios) (Kunzler & Silva Brum, 2018). 4.7 Aplicabilidade do estudo na estética A esteticista precisa entender sobre o corpo humano, o organismo para conseguir de fato tratar. a estética é uma área da saúde. dentro da anatomia, temos as células que são as menores estruturas que estudamos em biologia e fisiologia. As células vivem para que o nosso corpo funcione de forma equilibrada, a chamada homeostase. essas células agrupadas formam os tecidos, os tecidos por sua vez, formam os órgãos. os órgãos trabalham para o funcionamento da vida do ser humano. esses órgãos se unem e formam os sistemas. e os sistemas formam o organismo. Para entendermos como a ação de cada princípio ativo permeia na pele da nossa cliente, todo trabalho que a esteticista faz, é de dentro para fora, são estímulos que mexem com as células de gordura, que mexam com a musculatura da pele, com as fibras de colágeno. para isso precisamos entender a célula e o funcionamento delas para aplicabilidade de cada protocolo. Quando o profissional da estética, tendo conhecimento em citologia, ele consegue entender que cada ser humano é único. por mais que todas as células apresentem os mesmos organismos, existem uma série de fatores que faz com que uma célula funcione diferente de outra. por isso os tratamentos estéticos funcionam diferentemente de uma cliente para outra. 46 CONCLUSÃO O Projeto Integrado Multidisciplinar (PIM) nos possibilitou entender que é valioso o estudo da Anatomofisiologia para o estudante de estética. Observamos sobre os músculos, órgãos, células e nossos diversos sistemas do corpo humano. “A estética é conhecida como a fisiologia da arte, ou, o estudo do que é belo nas manifestações artísticas e naturais” (www.significados.com.br, 2021). Adquirimos com estes estudos uma visão geral da anatomia e fisiologia humana, que nos leva a compreender que o nosso corpo funciona como um sistema integrado. Desta forma, conseguimos aprender que a anatomia revela que o corpo humano é autossuficiente. No decorrer dos anos, a anatomia vem se modificando, levando assim a outros estudos elevados e diversas descobertas, devido a esse fato, a história e evolução da anatomia mostra como foram os impactos acontecidos e as mudanças. Favorecendo o reconhecimento da variação anatômica, entendemos que existe uma base cientifica para a aplicação adequada de serviços e produtos em tratamentos estéticos corporais e faciais. O estudo em fisiologia nos fez compreender melhor sobre o sistema muscular, levando a uma experiência que vai impactar em nossa carreira profissional, mostrando o quanto saber sobre as diferenças entre os tipos de contrações vai nos possibilitar aplicar o tratamento mais adequado para cada paciente e/ou cliente. Em biologia concluímos que as células fazem parte da vida cotidiana, toda pele tem tipos de células que percorrem por todo nosso corpo, um exemplo a ser citado é a homeostase, indica o equilíbrio, tanto de músculos quanto da temperatura do nosso corpo fazendo um controle por todo ele. Concluímos este trabalho com a constatação da importância para o profissional da estética adquirir conhecimento anatomofisiológico, visto que estes aprendizados serão levados para toda vivência profissional. O ensino teórico nos capacita para colocarmos em prática esses conhecimentos adquiridos. Ser esteticista requer muito estudo e dedicação e é importante termos esta base de aprendizado. A organizadora (Lima Pereira, 2019), fala em seu livro sobre terem preferenciase saber a importância de estudar os temas abordados no trabalho, “busca hoje, um profissional qualificado que possa informá-lo com argumentação cientifica, calcada no 47 conhecimento de anatomia, fisiologia, cosmetologia e em recursos técnico-estéticos, que proporcionem tratamentos específicos para suas necessidades”. Como futuro estudo notamos ser importante o conhecimento do sistema tegumentar, visto que, o profissional da estética deve expor e orientar o cliente sobre os procedimentos ideais e como estes tratamentos contribuem para uma aparência saudável e bela. Estas informações são de vital importância para atuação do esteticista. 48 BIBLIOGRAFIA Alberts, B. (2017). Fundamentos da Biologia celular (Vol. 4ª edição). Porto Alegre. de Almeida, L. M. (2014). Biologia Celular: estrutura e organização molecular (Vol. 1ª edição). São Paulo: Érika Ltda. Derrickson, B. (s.d.). 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Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia (10 ed.). Porto Alegre: artmed. 49 Tortora, G. J., & Derrickson, B. (2016). Princípios de Anatomia e Fisiologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. Van De Graaff, K. M. (2003). Anatomia Humana. Barueri, São Paulo: Manole. Você sabe o que é homeostase? (19 de Janeiro de 2021). Acesso em 03 de Outubro de 2021, disponível em www.activepharmaceutica.com.br: https://activepharmaceutica.com.br/blog/voce-sabe-o-que-e-homeostase www.significados.com.br. (16 de 10 de 2021). Fonte: https://www.significados.com.br/estetica/
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