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• Para estabelecer a psicologia como ciência, os psicólogos abraçaram o empirismo como meio para promover o entendimento do comportamento humano; Abordagem empírica: enfatiza a observação direta e a experimentação como meio de responder a perguntas. • Os primeiros psicólogos estavam interessados em questões relacionadas com a sensação e a percepção; • Início séc. XX – abordagem behaviorista de Jonh Watson; • O behaviorismo foi a perspectiva dominante até a metade do séc. XX; • 1967: Ulric Neisser – Psicologia Cognitiva -> psicolohia volta novamente para o interesse nos processos mentais A perspectiva cognitiva ainda é dominante na psicologia, e a cognição recentemente se tronou um tema importante no campo da neurociência, à medida que os pesquisadores passaram a estudar a biologia da mente. Contexto Social e Cultural • Pode influenciar o que os pesquisadores decidem estudar, os recursos disponíveis para amparar suas pesquisas e a aceitação da sociedade em relação aos resultados; • Exemplo: ênfase crescente em questões femininas; • Os valores sociais e culturais podem afetar a maneira como as pessoas reagem a resultados publicados de pesquisas psicológicas; • Exemplo: temas controversos, como a orientação sexual, memórias recuperadas de abuso sexual na infância... • A reação do público pode ser extrema, conforme ilustra a resposta a um artigo sobre abuso sexual na infância, publicado em Psychological Bulletin; • Problema potencial ocorre quando tentamos entender o comportamento de indivíduos em uma cultura diferente por meio do modelo ou visões na nossa própria cultura; -> Etnocentrismo Exemplo do etnocentrismo -> consideremos a controvérsia em torno das teorias do desenvolvimento moral. Em sua teoria de seis estágios do desenvolvimento moral, Kohlberg (1981, 1984) identificou o mais elevado estágio do desenvolvimento moral (desenvolvimento pós- convencional) como aquele em que os indivíduos tomam decisões morais com base em seus princípios éticos autodefinidos e no reconhecimento de direitos individuais; Individualismo versus Coletivismo Contexto moral • O contexto moral da pesquisa exige que os pesquisadores mantenham os mais elevados padrões de comportamento ético; • Violações da integridade científica: - Invenção de dados; - Plágio; - Divulgação seletiva dos resultados de pesquisa; - Falta de reconhecimento de indivíduos que contribuíram significativamente para a pesquisa; - Uso inadequado de verbas; - Tratamento eticamente incorreto de humanos e animais. Pensando como Pesquisador • “Pensar como pesquisador”: ser cético quanto a hipóteses sobre as causas do comportamento e processos mentais; • Os pesquisadores procuram tirar conclusões baseadas em evidências empíricas, em vez de em seu juízo subjetivo; • Evidências mais fortes para uma hipótese: advêm de evidências convergentes entre muitos estudos; • Os cientistas comportamentais são céticos – reconhecem a complexidade do comportamento; • Os cientistas da psicologia coletam evidências para construir hipóteses sobre o comportamento e processos psicológicos; Começando a fazer pesquisa Como começar um projeto de pesquisa? 1. O que devo estudar? 2. Como desenvolvo uma hipótese para testar em minha pesquisa? 3. Minha pergunta de pesquisa é boa? Qual tema estudar; • Um passo inicial importante é explorar a literatura publicada sobre pesquisas psicológicas; Será que minha pergunta de pesquisa é boa? - Por que essa questão poderia ser cientificamente importante? - Qual é o escopo dessa pergunta? - Quais são os resultados prováveis se eu implementar esse projeto de pesquisa? - Até que nível a ciência psicológica avançará ao se descobrir a resposta a essa pergunta? - Por que alguém estaria interessado nos resultados obtidos ao se fazer essa pergunta? Exemplo: Os efeitos (p.ex., aumento na agressividade) da violência na mídia podem ser mais fortes para videogames do que para assistir à televisão passivamente, pois os jogadores estão ativamente envolvidos em atos agressivos, aumentando assim as suas tendências agressivas; Outra alternativa: ... os efeitos dos videogames talvez sejam menores porque os jogadores têm uma oportunidade que os telespectadores passivos não têm para liberar seus impulsos agressivos; • Identificar uma pergunta ou hipótese de pesquisa não diz necessariamente como se deve fazer a pesquisa; Hipótese: é uma tentativa de explicação para um fenômeno. Muitas vezes, é enunciada na forma de uma previsão para um certo resultado, juntamente com uma explicação para a previsão. Elaboração do Projeto de Pesquisa O QUE É? O projeto é um documento através do qual se articula e se organiza uma proposta de pesquisa e que se elabora orientado pelos seguintes aspectos: a. Definição de um conjunto de recortes na realidade social; b. Cartografia das escolhas para abordar a realidade, ou seja, • O que pesquisar; • Por que pesquisar; • Como pesquisar. Finalidades Mapear o caminho a ser seguido durante a investigação; Orientar o pesquisador durante o percurso de investigação; Comunicar os propósitos da pesquisa para a comunidade científica Elementos constitutivos de um tema Tema Tema: área de interesse da pesquisa • Selecionar o assunto de acordo com sua preferência acadêmica; • Tempo disponível para a realização do trabalho de pesquisa e entrega do relatório; • Disponibilidade de orientador para acompanhar o projeto; • A importância do tema escolhido; Problematização Os melhores projetos surgem quando somos capazes de visualizar um problema no cotidiano e queremos buscar uma solução ou uma resposta. Esse questionamento, criado pelo pesquisador, irá definir o que a pesquisa se propõe a responder, esclarecer; • O que realmente vai ser pesquisado? • Contextualizar e apresentar o problema que será pesquisado; • Pode ser expresso em forma de pergunta ou descrito como afirmação; • O problema deve ser claro e preciso; • O problema deve ser delimitado a uma dimensão viável; Exemplo: Se seu tema de pesquisa for “o consumo de bebidas alcoólicas por universitários”. deverá encontrar questões referentes a este tema que ainda precisam ser respondidas... - Será que é interessante gastar tempo para verificar se o consumo de bebidas alcoólicas é maior entre rapazes ou moças? - Ou será mais interessante investigar se o ingresso na universidade teve algum efeito sobre o padrão de consumo de bebidas? Para saber quais questões acerca do tema justificam uma pesquisa: - Conhecer ao máximo o tema; - Saber quais questões outros pesquisadores já se deram o trabalho de responder e como eles obtiveram a resposta, ou seja, que método utilizaram para investigar o assunto; Referencial teorico • A revisão da literatura é importante tanto para você se familiarizar com os aspectos mais importantes relacionados com o tema; • Saber o que outros autores já escreveram sobre o assunto; • Conhecer os métodos empregados para abordá-lo; • Obter informações que contribuam para que você justifique a realização da sua pesquisa e redija a introdução do seu próprio trabalho; Justificativa Fazer uma justificativa significa argumentar, esclarecer, fundamentar porque o trabalho é importante. convencimento sobre o valor do projeto a ser desenvolvido; Alguns pontos podem ser abordados na justificativa: a. Importância do tema do ponto de vista geral; b. Esclarecer de forma mais detalhada o problema; c. Mostrar possíveis relações do projeto com outros já desenvolvidos na área; Indicar quais os benefícios que poderão ser alcançados com a execução do projeto Deve-se atentar para o fato de que não deve haver respostas ou conclusões ao problema proposto. Voltando ao exemplo...- Em sua revisão da literatura você poderá verificar que são muitas as pesquisas que mostram que o consumo de álcool é maior entre os rapazes do que entre as garotas; - Mas são relativamente poucas as pesquisas que tentam avaliar a influência do ingresso no ensino superior sobre o consumo de bebidas alcoólicas, ou se há mudanças nesse padrão de consumo ao longo do curso superior; estabelecer objetivos de pesquisa que se justifiquem pela originalidade e/ou pela importância; Objetivo Os objetivos esclarecem o que é pretendido com a pesquisa e indicam as metas que almejamos alcançar ao final da investigação; Normalmente se divide em: Geral e Específicos; Objetivo Geral • Corresponde a finalidade maior que a pesquisa quer atingir; • Apresenta, de forma geral, onde o pesquisador quer chegar – o que o estudo pretende demonstrar; • No exemplo... - Objetivo geral: verificar se o ingresso na faculdade teve alguma influência no consumo de bebidas alcoólicas, segundo a percepção de jovens universitários. Objetivos Específicos • Corresponde às ações que se propõe a executar dentro de um determinado período de tempo; • Apresentam caráter mais concreto; • Tem função intermediária e instrumental, indicando o caminho para se atingir o objetivo geral; Apresentar em forma de tópicos – verbos de ação no infinitivo: comparar; demonstrar; investigar; analisar; mapear; verificar; No exemplo... - Objetivos específicos: (1) verificar se houve alteração na frequência do consumo de bebidas alcoólicas; (2) verificar se houve alteração na quantidade de bebida ingerida; (3) comparar o padrão de consumo (frequência, quantidade e tipo de bebida consumida) entre grupos de estudantes em diferentes estágios do curso superior (início, meio e final do curso). Metodologia • Passo a passo de como você vai fazer sua pesquisa; • Especifica como os objetivos estabelecidos serão alcançados; • Qual a modalidade da pesquisa você vai fazer? - Quantitativa; qualitativa; pesquisa bibliográfica; pesquisa participante... Partes constitutivas: a amostragem, forma de coleta de dados e análise dos dados Definição de Amostragem (QUEM? ONDE?) • Escolha do espaço e do grupo de pesquisa; • Parte representativa da população estudada selecionada a partir de um universo mais amplo; A amostra deve ser representativa em termos: a. Quantitativos: nº de indivíduos; b. Qualitativos: qualidades dos indivíduos em termos dos vínculos com o tema/problema a ser investigado. Coleta de Dados Definição das técnicas para a pesquisa: a. Entrevista; b. Observações; c. História de vida, dentre outras. Definição das fontes bibliográficas: livros, artigos, anuários, censos demográficos, dentre outras; Analise de Dados A organização dos dados em relação ao problema de investigação envolve: a. Estabelecimento de categorias; b. Codificação; c. Tabulação; Análise: procura do sentido, interpretação do significado das respostas e dos dados coletados. Recursos/Custos • Com o que você vai gastar? • Quanto vai gastar? • Quem vai financiar? Referencias • Referencia-se o material utilizado para o projeto e/ou da pesquisa, de acordo com as Normas da ABNT; Na ciência a transmissão das informações e do conhecimento construídos requer clareza, concisão, eficiência, universalidade e outras habilidades; Necessidade de sistematização de normas e diretrizes Garantir o reconhecimento e a compreensão desses registros e também a recuperação rápida e precisa; • Objetivos de tal sistematização: ✓ Amenizar os aspectos subjetivos envolvidos na produção científica; ✓ Possibilitar a verificação, a reprodução e a confrontação dos resultados e conclusões a partir deles gerados; ✓ Incorporação ao campo do conhecimento em questão; Necessidade da referenciação dos autores utilizados para o desenvolvimento do texto produzido • Questões relativas ao direito autoral e à propriedade intelectual; Regido por leis internacionais, respaldado pela Lei nº 9.610 de 19/02/1998; Importância a autoria e a necessidade de evitar o plágio; O plágio consiste na utilização de palavras ou ideias de outro(s) autor(es), de forma direta ou indireta, sem que se identifique a devida autoria (autor original). Da mesma maneira, o autor não deve apresentar seu próprio trabalho, já publicado, como se fosse resultante de um novo conhecimento (autoplágio). Tais práticas: ✓ Afetam a credibilidade e a confiabilidade do(s) autor(es) que as cometeram; ✓ Desvalorizam o trabalho produzido pela fonte original; ✓ Enfraquecem o debate acadêmico e o desenvolvimento científico; Conhecimentos básicos sobre referenciação e citações são essenciais para qualquer produção científica; ABNT e APA (American Psychological Association); Conceitualização de Referencia Referências são definidas como um conjunto padronizado de informações agrupadas em elementos descritivos retirados de um documento, que possibilitam sua identificação, no todo ou em parte, e a localização de documentos impressos ou eletrônicos citados na pesquisa e ordenados criteriosamente, segundo uma norma específica. - Constituem-se em uma seção insubstituível e imprescindível de qualquer texto acadêmico; - Permitem a ampliação sobre o conhecimento do assunto em foco - Permitem a verificação e análise das afirmações do autor da pesquisa sobre o trabalho de outros autores; - Facilitam o acesso a trabalhos sobre determinado assunto em fontes impressas e/ou eletrônicas; • Referências: constituídas por elementos essenciais e secundários (complementares); Elementos complementares: possibilitam uma melhor caracterização do documento referenciado, aumenta as chances de sua localização; ✓ Subtítulo da obra; ✓ Nome do tradutor; ✓ Números de páginas e/ou volumes completos; ✓ Título e número da série; ✓ International Standard Book Number (ISBN); ✓ Indicação de tipo de fascículo; ✓ Dimensões da obra; Atenção: verificar se a informação utilizada é a mais atual, uma vez que a ciência dá um passo adiante a todo momento, é necessário que se busque por referências atualizadas e compatíveis com o desenvolvimento da ciência; Formas de Entrada Paa Referenciação As “entradas” para referenciação são expressões ou palavras que apresentam uma informação e determinam sua localização em índices, catálogos e bibliografias: ✓ Autor; ✓ Edição; ✓ Imprenta; ✓ Coleção; Autor: último sobrenome ou sobrenome do autor principal (com exceção para os autores de língua espanhola ou hispano-americana, que se faz pelo penúltimo sobrenome). Exemplo: FURTADO, C. O Mito do desenvolvimento econômico. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1974. • Em casos nos quais há trabalhos múltiplos do mesmo autor, tais estudos devem ser citados em ordem cronológica, da produção mais antiga à mais recente; Edição: deve ser referenciada em algarismos arábicos, seguidos de ponto final e da abreviatura da palavra edição na língua do documento referenciado. No caso de 1ª edição, não deve ser aludida. • Exemplo: GIAMBIAGI, F.; ALÉM, A. C. Finanças públicas: teoria e prática no Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000. Imprenta: composta por informações como local, editora e data da publicação. Local: diz respeito à cidade onde a obra foi publicada. No caso de homônimos, acrescentam-se o estado, o país e, na ausência desse elemento, indica-se entre colchetes [s.l.]; Exemplo: BAMBERG, G.; CARVALHO, E. G. Comunicação integrada: conceitos e casos. In: CARVALHO, D. T.; NEVES, M. F. (Org.). Marketing na nova economia. São Paulo: Atlas, 2001. cap. 13, p. 117-126. UFV – UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA. Estatuto da Universidade Federal deViçosa. Viçosa, MG: Editora Universidade Federal de Viçosa, 2000. 27 p. Editora: é a responsável pela reprodução editorial e deve ser indicada de forma que os prenomes sejam abreviados e suprimindo elementos de natureza jurídica ou comercial; Exemplo: DAGHLIAN, J. Lógica e álgebra de Boole. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1995. p. 166-167. • Se o nome do editor não aparecer na publicação, coloca-se entre colchetes [s.n.]; Data: a data da publicação deve-se referenciar o ano da publicação em algarismos arábicos, sem espaço ou pontuação entre eles; Exemplo: DAGHLIAN, J. Lógica e álgebra de Boole. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1995. p. 166-167. ✓ No caso de periódicos, acrescenta-se o mês ou mês e dia; ✓ Nomes de meses com mais de quatro letras devem ser abreviados no idioma original da publicação; ✓ Se a data não aparece na publicação, coloca- se entre parênteses a data provável: [2005?] ou aproximadamente [ca.2005]; ✓ Na ausência da data de publicação usa-se [s.d.]; Série e Coleções: o título da série ou coleção deve ser acompanhado de sua numeração, tal como estiver mencionado na publicação e entre parênteses. Exemplo: GUIMARÃES, A. L.; UHL, C. O transporte rural na Amazônia Oriental: limites, opções e oportunidades. Belém: Imazon, 1998. (Série Amazônia, n. 12). ✓ Publicações com mais de um volume são referenciadas indicando-se em algarismo arábico a quantidade de volumes seguida da abreviatura “v”; Importante! • A pontuação da referência deve ser rigorosamente seguida de acordo com o padrão adotado; • Deve-se observar atentamente onde colocar vírgula, ponto, dois pontos, parênteses, entre outros; • Colchetes devem ser usados para informações identificáveis, porém que não constam da publicação; • Hífen: entre os números de páginas; Citação no texto e sua referenciação • Todos os autores citados no corpo do trabalho devem constar impreterivelmente na seção ou item de Referências; • Citação diz respeito a informações advindas de fontes que foram consultadas e que, portanto, devem ser mencionadas no decorrer da obra com o objetivo de dar sustentação teórica ao tema abordado e reiterar o pensamento ou ideia do autor. Existem dois tipos de citação: direta e a indireta ou livre Citação direta: ocorre a transcrição exata, literal, de um texto de outro autor, ou de parte dele, o que significa que houve uma “cópia” do original, com a mesma grafia e pontuação. ✓ Deve-se apresentar o texto citado sempre entre aspas, acompanhado do(s) sobrenome(s) do(s) autor(es), ano da publicação e número da página onde aparece; ✓ Citações diretas: citação direta curta ou citação direta longa; Citação direta curta: composta de, no máximo, 3 linhas, mantendo-se o mesmo tipo e tamanho de fonte utilizada no texto onde está localizada (ABNT); Exemplo: “A depressão é caracterizada como um transtorno de humor multifatorial que envolve aspectos afetivos, motivacionais, cognitivos e neurovegetativos que devem ser levados em conta em sua avaliação e tratamento“ (LEMOS; BAPTISTA; CARNEIRO, 2011, 22). Citação direta longa: é caracterizada por 4 ou mais linhas. A transcrição se faz em parágrafo independente, com recuo de 4 cm da margem esquerda, com entrelinhas simples e fonte de tamanho menor, deixando-se uma linha em branco entre a citação e os parágrafos anterior e posterior; Citação indireta ou livre: envolve a reprodução de ideias de outro autor, porém sem transcrição literal. Nela o sentido original do texto é preservado, sem que haja distorção de seu conteúdo. • Deve ser escrita sem aspas, utilizando-se o mesmo tipo e tamanho de fonte e entrelinhas adotados no trabalho e vir acompanhada do(s) sobrenome(s) do(s) autor(es) e ano de publicação; • Citações indiretas ou livres: citação indireta em forma de paráfrase ou citação indireta condensada Citação indireta em forma de paráfrase: é construída quando o autor do trabalho interpreta a ideia, conceito ou expressão da fonte original e, mediante de uma redação própria, a reescreve, mantendo a fidelidade ao teor e ao tamanho do texto original; Exemplo: Segundo Pascualon-Araujo e Schelini (2013), há uma concentração de instrumentos nacionais na área da leitura e de aprendizagem de conteúdos acadêmicos. Consideram as autoras que existe uma lacuna de instrumentos que mensurem a metacognição em situações do dia a dia, já que ela está inegavelmente presente nessas situações. As crianças utilizam habilidades metacognitivas mesmo quando estão assistindo a um programa de televisão ou jogando, ao se questionarem a respeito do programa que assistiram ou da melhor estratégia a adotar para alcançarem os resultados almejados num jogo. Destacam ainda que os instrumentos existentes enfatizam o emprego das estratégias metacognitivas. Assim, propõem uma escala que avalia a metacognição em termos de conhecimento e autorregulação metacognitivos, para a qual apresentam, em seu estudo, evidências de sua validade de conteúdo. Citação indireta condensada: é garantida quando a ideia, conceito ou expressão interpretado pelo autor do trabalho é expresso preservando a ideia da fonte original, porém de maneira resumida; • Todas as fontes documentadas no corpo do trabalho devem ser formatadas considerando o sobrenome do autor, a data das fontes e o número da página, quando for o caso de citação direta; • Quando o(s) nome(s) do(s) autor(es) faz(em) parte da frase, coloca-se unicamente o ano da publicação em questão entre parênteses; Exemplo: Corso e Salles (2009) explicam que é na rota lexical que ocorre a acessibilidade imediata ao significado a partir das letras impressas. • Quando o(s) autor(es) não compõe(m) parte formal da frase, o(s) sobrenome(s) do(s) autor(es) e o ano de publicação são citados entre parênteses, separados por vírgula; Exemplo: Diversos estudos têm apontado para a forte relação existente entre a leitura e a escrita (Cunha, 2006; Cunha & Santos, 2010; Gidetti & Martinelli, 2007; Lima, 2012; Lima & Santos, 2009a; Lima & Santos, 2009b; Lima Mognon & Santos, 2009; Suehiro, 2008; Suehiro & Santos, 2012). • Regras específicas para citações diretas ou indiretas (livres), considerando o quantitativo de autores das informações que serão utilizadas e sua localização no texto; • Dois autores: os sobrenomes de ambos são incluídos em todas as citações subsequentes, utilizando as expressões “e” quando os sobrenomes compõem a frase; Exemplo: Troop-Gordon e Kopp (2011) realizaram um estudo longitudinal com alunos do quarto e quinto... - Quando os sobrenomes não fazem parte integrante da frase e são citados entre parênteses, faz-se uso de “;” (ponto e vírgula); Exemplo: Percebe-se que, nos diferentes níveis de ensino, professores se queixam de alunos desmotivados (Tapia, 2003; Tapia; Fita, 2006). • De três a cinco autores: todos os sobrenomes são incluídos na primeira vez que o trabalho é citado e, em citações subsequentes, o sobrenome do primeiro autor é seguido pela expressão “et al.”; Exemplo: No artigo de Joly, Santos e Sisto (2005), a discussão sobre barreiras à criatividade e personalidade refere-se exclusivamente à população de universitários. Joly et al. (2005) acreditam... • Seis ou mais autores: coloca-se entre parênteses o sobrenome do primeiro autor, seguido de “et al.” para cada citação, inclusive na primeira; Exemplo: ... os quais são necessários para as aprendizagens que se processarão em cada etapa desse processo (Tonelotto et al., 2005). Citação de citação: o autor do trabalho faz a transcrição, direta ou indireta (livre), de informações contidas em fontes secundárias, sem ter tido acesso à fonte original. Exemplo: Martinelli e Genari, apud Rueda e Monteiro, 2013. Usos mais frequentes e Exemplos de ReferenciaçãoDe maneira geral, as publicações impressas devem conter elementos como: a. Identificação do(s) autor(es), pelo sobrenome, seguido da(s) inicial(is) do(s) prenome(s); b. Título da obra em destaque (negritado, sublinhado ou em itálico) ou do capítulo, quando for o caso, (sem destaque); c. Título do periódico (com destaque); d. Dados da imprenta; e. Dados da série ou coleção, quando pertinente; Livro (livro na íntegra) • SOBRENOME(S) DO(S) AUTOR(ES), Prenome(s) ou inicial(is). Título do livro. Edição. Local de publicação: Editora. Data de publicação. Paginação (opcional). (Coleção ou série). Exemplo: BORUCHOVITCH, E.; SANTOS, A. A. A.; NASCIMENTO, E. Avaliação psicológica nos contextos educativo e psicossocial. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2012. 334 p. Capítulo de livro • SOBRENOME(S) DO(S) AUTOR(ES), Prenome(s) ou inicial(is). Título do capítulo: subtítulo. In: SOBRENOME(S) DO(S) AUTOR(ES), Prenome ou iniciais. Título do livro: subtítulo. Edição. Local de publicação: Editora, ano de publicação, páginas inicial-final do capítulo. Exemplo: CARVALHO, L. F.; PRIMI, R. Uma perspectiva integrativa e evolutiva da personalidade. In: Couto, G.; Pires, S. D.; Nunes, C. H. S. S. (Orgs.). Os contornos da psicologia contemporânea: temas em avaliação psicológica. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2012. p. 11-20. Periódicos Científicos • SOBRENOME(S) DO(S) AUTOR(ES), Prenome(s) ou inicial(is). Título do artigo: subtítulo. Título da revista, local de publicação, volume, número, página inicial-final do artigo, mês/ano da publicação. Exemplo: CARDOSO, H. F.; BAPTISTA, M. N. Escala de Suporte Laboral (ESUL): construção e estudos das qualidades psicométricas. Avaliação Psicológica (Impresso), São Paulo, v. 11, n. 1, p. 23- 35, 2012. Metodo Cientifico Por mais de 100 anoS método científico foi a base para a investigação na disciplina da psicologia; • Método científico não exige um tipo específico de instrumento, e não é associado a um determinado procedimento ou técnica; • Método científico: - maneiras de fazer perguntas; - métodos usados para responder; Abordagem e Atitude Geral • Pensar como pesquisador -> ser cético; • Cautela em relação às informações sobre o comportamento e os processos mentais; • Avaliar criticamente as evidências; Fazemos muitos dos nossos juízos corriqueiro usando a intuição; • Agir com base -> “parece certo”, “parece razoável”; • Ex.: O que a intuição pode sugerir sobre as classificações de videogames, filmes e programas de televisão em relação ao conteúdo violento e sexual. Intuição -> faz crer que são ferramentas efetivas; • Pesquisa indica -> atrair adolescentes para assistir a programas violentos e sexuais; • Bushman e Cantor (2003) -> “efeito da fruta proibida”; • Classificações podem aumentar a exposição; • Ao fazer avaliações usando a intuição percepções podem estar distorcidas por vieses cognitivos; • Um tipo de viés cognitivo: correlação ilusória - > tendência de perceber uma relação entre fatos quando não existe nenhuma; • Susskind (2003) mostrou que as crianças são mais suscetíveis a esse viés quando avaliam comportamentos de homens e mulheres; A abordagem científica ao conhecimento é empírica, em vez de intuitiva Observação Observações corriqueiras nem sempre são feitas de forma cuidadosa ou sistemática; Observação sistemática -> controlar e eliminar fatores que possam influenciar os fatos em observação; • Ex.: o caso clássico de Hans, o cavalo esperto; • 1904: comissão científica para descobrir as bases para as capacidades de Hans; Observação científica (ao contrário da observação casual) -> sistemática e controlada; • Controle -> ingrediente essencial da ciência; No caso do Esperto Hans, os investigadores exerciam controle manipulando as condições, uma de cada vez: ✓ Se a pessoa sabia a resposta para as perguntas que fazia; ✓ Se Hans conseguia ver a pessoa que perguntava; Uso de maior controle ->realização de um experimento; Em um experimento -> manipulação de um ou mais fatores e observam o efeito dessa manipulação sobre o comportamento; • Variáveis independentes (VI): fatores que o pesquisador controla ou manipula; • Variáveis dependentes (VD): medidas do comportamento que são usadas para avaliar o efeito (se algum)das variáveis independentes; • 2 níveis: condição experimental e condição controle; Comunicação • Tendências pessoais e impressões subjetivas presentes nos relatos que recebemos em nosso cotidiano; • Cientistas ao divulgarem seus resultados -> separar o que observaram do que concluíram ou inferiram com base nas observações; Comunicação científica -> imparcial e objetiva Conceitos • Construtos: um conceito ou uma ideia; • Exemplos de construtos psicológicos: inteligência, depressão, agressividade e a memória; • Modo de um cientista atribuir significado a um construto ->definir operacionalmente; Definição operacional: uma definição que qualifica (conceito) e quantifica (mede) uma variável, de modo que possa ser objetivamente compreendida; • Facilitam a comunicação entre aqueles que sabem como e por quê são usadas; • Não são abstratas -> sempre ligadas a observações ou mensurações; • Ajudam a esclarecer a comunicação entre cientistas em relação a seus construtos; 1- Raiva: pressão sanguínea elevada, acima do nível normal em repouso, acompanhada de auto relatos indicando sentimento de injustiça e desejo de retaliação; 2- Agressividade: números de socos, chutes e beliscões observados; 3- Esperança: sentimento de otimismo; 4- Inteligência: pontuação alta em um teste de inteligência; 5- Fome: sensação de vazio no estômago; 6- Serenidade: sensação de paz. Hipoteses • São enunciados formais de predições derivados da evidência obtida a partir de pesquisa e teorias anteriores, ou simplesmente o resultado de uma intuição; • É uma explicação tentativa para algo; • Tentar responder às questões: “como?” e “por quê?”; • Quase todos propõem hipóteses para explicar algum comportamento humano; Por que as pessoas cometem atos aparentemente insensatos de violência? O que fazem as pessoas começarem a fumar? Por que certos estudantes têm mais sucesso acadêmico do que outros? • Característica que distingue hipóteses casuais e corriqueiras de hipóteses científicas; Testabilidade 3 tipos de hipóteses não passam pelo “teste da testabilidade”: 1. As hipóteses não serão testáveis se os conceitos a que se referem não forem definidos ou medidos adequadamente; Ex.: dizer que um possível homicida atirou em uma figura proeminente porque estava mentalmente perturbado, a menos que se pudesse chegar a uma definição de comum acordo para “mentalmente perturbado”; 2. As hipóteses também não são testáveis se forem circulares; ocorre quando um fato é usado como explicação para si mesmo; Ex.: “garoto de 8 anos se distrai na escola e tem dificuldades de leitura porque tem um transtorno de déficit de atenção.” -> definido como a incapacidade de prestar atenção; 3. Uma hipótese não pode ser testável se interessar a ideias ou forças que a ciência não reconhece; ciência lida com o observável, o demonstrável, o empírico; Ex.: Sugerir que pessoas que cometem atos horrendos de violência são controladas pelo demônio. Elaboração De Hipoteses • Colocação de um problema solucionável; • solução possível: proposição suscetível de ser verdadeira ou falsa. • Hipótese Hipóteses casuísticas (casos observados) • Análise de casos isolados; • Afirma-se que um objeto, uma pessoa ou um fato específico tem determinada característica; • Pesquisa histórica; Exemplo: Problema – Quem foi o fundador da cidade de São Paulo? Hipótese – Manuel da Nóbregafoi o verdadeiro fundador da cidade de São Paulo e não José de Anchieta Hipóteses que referem-se a frequência dos acontecimentos • Antecipam que determinada característica ocorre com maior ou menor frequência em determinado grupo ou sociedade; • Pesquisa social; Exemplo: É elevado o número de alunos de uma universidade que tocam algum instrumento musical. Hipóteses estabelecem relação de associação entre variáveis • Variável – refere-se a tudo aquilo que pode assumir diferentes valores ou diferentes aspectos conforme o caso em estudo; Exemplo: idade, peso, estatura, classe social, estado civil; • Muitas hipóteses estabelecem relação de associação entre variáveis; Quais são as variáveis? 1. O índice de suicídios é maior entre os solteiros que os casados. 2. Alunos do curso de administração são mais conservadores que os de ciências sociais 3. Países economicamente desenvolvidos apresentam baixos índices de analfabetismo Hipóteses estabelecem relação de dependência entre duas ou mais variáveis • Uma variável interfere na outra; Exemplo: “A classe social da mãe influencia no tempo de amamentação dos filhos” “O reforço do professor tem como efeito melhoria na leitura do aluno” Como chegar em uma hipótese? • O processo de elaboração de hipótese é de natureza criativa; • Experiência na área; Não é possível determinar regras para a elaboração de hipótese Surgem de diversas fontes: Observação • Estabelecimento assistemático de relações entre os fatos no dia-a-dia; Resultados de outras pesquisas • Conhecimentos mais amplos; • Corroboração ou não - resultado auxilia na demonstração de que a relação se repete regularmente; Exemplo: se uma pesquisa realizada nos Estados Unidos confirma que empregados de nível elevado são menos motivados por salários que por desafios, e pesquisa posterior a confirma no Brasil, esses resultados passam a gozar de significativo grau de confiabilidade. Teorias • Proporcionam ligação clara com o conjunto mais amplo de conhecimentos das ciências; Intuição • Palpites e intuições; As hipóteses são necessárias em todas as pesquisas? Nem sempre são explícitas; Hipóteses subjacentes – análise dos instrumentos para a coleta de dados; • Estudo em que o objetivo é o de descrever determinado fenômeno ou as características de um grupo; Hipóteses não são enunciadas formalmente; • Objetivo verificar relações de associação ou dependência de variáveis; Enunciado claro e preciso das hipóteses; Metodos Observacionais Pesquisa observacional é um método de pesquisa por si só e está integrada aos outros tipos de métodos de pesquisa Exemplos: Observação • Indicar os estados emocionais dos participantes; • Revelar o que fazem as pessoas, como ela os fazem e como isso é influenciado pelo meio; Estudos observacionais podem ser amplamente conceitualizados de acordo com 4 principais dimensões: ▪ Varia na extensão da interpretação dos dados; ▪ Em todas é atribuído significado ao que observamos; Escolhemos um fenômeno para observar e para quais aspectos do fenômeno escolhemos dirigir nossa atenção; Testagem da teoria-exploratória • Estudos observacionais podem ser conceitualizados tomando-se por medida a intenção de testar uma teoria existente por meio do exame do que as pessoas fazem em diversas situações e circunstâncias; • Exemplo: proposição teórica geral – as pessoas manifestam conformidade com as situações quando instruídas a agir de certo modo por aparentes figuras de autoridade; • A observação pode ser empregada de um modo mais descritivo para explorar diferentes situações; • Gerar ideias que podem ser pesquisadas mais formalmente quando algumas características básicas foram identificadas; • Exemplo: “A pesquisa exploratória da violência psicológica por meio da linguagem”; TEORIA EXPERIMNTAL NATURALISTA Este tipo de pesquisa visa descrever o comportamento natural em um contexto natural, com o mínimo de interferências do observador. Visa estudar o comportamento tal como ele ocorre naturalmente. Por exemplo, os estudos dos etólogos sobre o comportamento de animais em seu habitat natural. Ou o famoso estudo sobre o comportamento dos gorilas. Condições naturalistas • Observação usada para descrever comportamentos em situações “naturais”; • Estudos naturalistas têm variado: emprego de categorias predeterminadas a abordagem menos específica do tipo “vamos dar uma olhada”; • Exemplos: - Observação de atividade lúdica de crianças nos parquinhos da escola; - Instituições psiquiátricas; - Funcionamento de famílias em seu próprio ambiente doméstico; Estruturada/Não estruturada • Estudos observacionais estruturados usam às vezes a codificação de tipos específicos de comportamentos; • Unidades significativas maiores, tipos de ações (como mostrar solidariedade ou hostilidade) ou aspectos mais discretos do comportamento; Abordagem não estruturada – não há o desenvolvimento de estruturas para observar o comportamento; O esquema de codificação pode ser desenvolvido na medida em que a pesquisa avança; Decidir quais características, acontecimentos, ações ou sequências essenciais devem ser registradas; Não participante/participante • A pesquisa observacional varia de acordo com a função adotada pelo pesquisador na situação que está sendo observada; ▪ Participante completo • Está totalmente envolvido com o grupo de pessoas que estão sendo estudadas; • Esconde do grupo sua atividade observacional; Vantagens • Observador adquire um conhecimento direto de um papel social; • Acesso aos pensamentos, sentimentos e às intenções dos participantes; Desvantagens • Do ponto de vista ético, nossos códigos de conduta desaprovam a observação feita sem consentimento; Exemplo: Estudo clássico de Rosenhan (1973) – pesquisadores “fingem” ter uma doença mental a fim de serem admitidos em uma instituição psiquiátrica e, subsequentemente, observam o comportamento dos funcionários da unidade e refletem sobre suas próprias experiências. O participante como observador • Pesquisador já tem ou assume um papel social significativo dentro do grupo estudado; • Caracterizado por um envolvimento relativo com o grupo; Exemplo: Jane Gilgun observou os processos de tomada de decisão de seus colegas de equipe clínica multidisciplinar, agindo ela própria como um membro da equipe (Gilgun, Daly e Handel, 1992); Vantagens • Consciência de um papel específico dentro do grupo; • Relativa liberdade de observação dentro do grupo; Desvantagens • Acesso limitado a alguma informação privada; • Mais tempo e energia gastos participando do que observando; Exemplo: Estudo clássico de Whyte (1943) – examinou a vida nas ruas dos bairros italianos pobres nos Estados Unidos; Observador como participante • Pesquisador se integra ao grupo com a intenção expressa de observar; • Papel de observador é caracterizado pelo relativo destacamento em relação ao grupo estudado; Vantagens • Acesso a uma ampla variedade de material, até mesmo à informação privada; • Mais livre para formular questões desempenhando esse papel; Desvantagens • Necessidade de manter um grau de imparcialidade ou de neutralidade relativas às alianças internas do grupo; Observador integral • Caracterizado pelo destacamento em relação ao grupo estudado; • Sem nenhum contato direto com os membros do grupo durante o trabalho observacional; • Exemplos: atividade assistida através de um espelho de visão unidirecional, em observações de interações mãe/filho; - alguns trabalhos clínicos; Vantagens • Não há qualquer risco de reatividade observacional; Desvantagens • Observador nunca está na situação e não tem nenhuma oportunidade de compartilhar o mundoda experiência dos participantes;
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