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02 - MEIC

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Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Educação à Distância
Principais competências desenvolvidas pelos Universitários
Ruth Paulo Intope, 708209085
Curso: Matemática 
Disciplina: Metodologias de Investigação Cientifica 
Ano de Frequência: 1º Ano
Nampula, Abril de 2020
Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Educação à Distância
Principais competências desenvolvidas pelos Universitários
Ruth Paulo Intope, 708209085
Trabalho de carácter avaliativo a ser na Cadeira De Metodologia de Investigação Cientifica, Curso de Licenciatura em Ensino de Matemática, 1º Ano. Leccionado por: Dr.
Nampula, Junho de 2020
ii
Índice:
1.	Introdução	6
2.	Principais competências desenvolvidas pelos universitários	7
3.	Importância da problematização da leitura na vida académica	8
3.1. Importância	8
4.	Citação	9
4.1.	Importância da citação na vida académica	9
4.2.	Tipos de Citação	10
4.2.1.	Citação direta	10
4.2.2.	Citação indireta	10
4.2.3.	Citação da citação	11
5.0. Referências bibliográficas	11
5.1. Elementos de uma referência bibliográfica	12
5.2. Importância das referências bibliográficas na elaboração de trabalhos académicos	13
5.2.1. Referência de acordo com o tipo de documento consultado	13
5.2.2. Referências de livros	13
5.2.3. Referência de um capítulo de livro	13
5.2.4. Referência de monografia ou dissertações ou teses	13
5.2.4. Referência de periódicos	13
5.2.5. Referência de artigos de periódico eletrônico	14
6.0. Documentação	14
7.0. Conhecimento	14
8.0. Características do conhecimento	14
9.0. Tipos de conhecimento	15
9.1. Tipo de conhecimento e suas características	15
9.1.1. Conhecimento Teológico ou Religioso	15
9.1.2. Características	15
9.2. O conhecimento filosófico	16
9.2.1. Características	16
9.3. O conhecimento Científico	17
9.4. O conhecimento empírico	18
10. Diferenças entre Ciências Sociais e Ciências Naturais	19
10.1. Ciências Sociais	20
10.2. Ciências Naturais	20
11. Método Científico	20
10.1. O papel principal do método científico	21
11. Investigação	21
11.1. Diferentes fases de uma investigação	21
12. Pesquisa	24
12.1. Pesquisas qualitativas	24
12.2. A pesquisa quantitativa	24
12.3. Pesquisa Quantitativa e Pesquisa Qualitativa	25
13. Classificação das pesquisas quanto aos níveis de investigação e aos objectivos	27
13.1. Quanto à natureza	27
13.1.1 Básica	27
13.1.2 Aplicada	27
13.2. Quanto aos objetivos	27
13.2.1. Pesquisas exploratórias	27
13.2.2. Pesquisas descritivas	28
13.2.3. Pesquisas explicativas	28
13.3. Quanto aos procedimentos de pesquisa	29
13.4.1 Estudo de caso	29
13.4.2. Pesquisa documental	29
13.4.3. Pesquisa bibliográfica	30
13.4.4. Levantamento	30
13.4.5. Pesquisa ex-post facto	30
13.4.6. Pesquisa-participante	31
13.4.7. Pesquisa-ação	31
13.4.8. Pesquisa etnográfica	31
13.4.9. Pesquisa fenomenológica	31
13.4.10. Pesquisa experimental	32
14. Conclusão	33
15. Bibliografia	34
Índice Quadros 
Quadro 1 - Quadro de defecação dos conhecimentos	15
Quadro 2 - Etapas do Processo de investigação	18
Quadro 3 - Diferença entre pesquisa quantitativa e pesquisa qualitativa	22
iv
iv
1. Introdução 
Introduzo o presente trabalho que tem como a origem a cadeira de metodologia de investigação científica. Trabalho este batizado como tema “Principais competências desenvolvidas pelos Universitários” Primeiramente dizer que a actuação da metodologia de pesquisa privilegiou a pesquisa exploratória e tem como unidade de análise o setor de educação a distância. O nível de análise aborda a perspectiva macro da relação entre educação e o desenvolvimento de tecnologias de informação e comunicação.
No desenrolar do trabalho falei a cerca da visto que a mesma objetiva gerar conhecimento novo para o avanço da ciência, busca gerar verdades, ainda que temporárias e relativas, de interesses mais amplos (universalidade), não localizados. Não tem, todavia, compromisso de aplicação prática do resultado. Por exemplo, estudar as propriedades de determinado mineral. A pesquisa básica pode ser classificada em de avaliação e de diagnóstico. De avaliação: atribui valor a um fenômeno estudado. Para tanto, necessita de parâmetros bem estabelecidos de comparação ou referência. Pode ter seu foco nos procedimentos ou nos resultados. Já a pesquisa de diagnóstica busca traçar um panorama de uma determinada realidade.
2. Principais competências desenvolvidas pelos universitários 
Não são apenas as novas tecnologias que irão transformar o futuro da educação: há, também, uma grande mudança no perfil dos estudantes. Isso acontecerá por fatores externos ao ambiente escolar, que exigirão cada vez mais que os profissionais tenham habilidades variadas.
Nesse sentido, existem algumas questões subjetivos que se destacam e prometem se tornar grandes diferenciais. O desafio dos estudantes será aprender essas novas competências mencionadas ao decorrer do trabalho, ainda durante a formação.
2.1. Liderança
É importante que os alunos se empenhem e sejam estimulados a desenvolver a proatividade e a disposição para enfrentar desafios desde as primeiras etapas do desenvolvimento educacional.
2.2. Conhecimento digital
A tendência da informatização dos processos é cada vez maior, então é importante que já na escola as crianças aprendam a lidar com os ambientes digitais, para que se sintam confortáveis ao lidar com aparelhos e tenham um bom domínio da técnica ao entrarem no mercado de trabalho.
2.3. Comunicação
Não se trata apenas de incentivar os alunos mais tímidos a se colocar, mas de ensinar técnicas para deixar a comunicação mais efetiva em trabalhos de grupo e também em sala de aula.
2.4. Inteligência emocional
Saber equilibrar o lado psicológico e o trabalho é essencial para o sucesso de qualquer profissional. Por isso, o estudante deve estar atento e saber controlar os sentimentos para impedir que problemas particulares interfiram no desempenho. Nesse ponto, os professores e orientadores educacionais podem ajudar muito o aluno.
2.5. Empreendedorismo
É uma habilidade fundamental, mesmo para quem não pretende abrir o próprio negócio, pois, atualmente, uma das tendências do mercado é o intraempreendedorismo, ou seja, as empresas procuram funcionários com perfis empreendedores que se destaquem para assumir lideranças dentro do staff.
2.6. Cidadãos Globais
Pessoas que tenham facilidade em compreender outras culturas se destacam no mercado de trabalho, principalmente em multinacionais. É justamente por isso que a experiência do intercâmbio é tão valorizada e promete continuar em alta.
2.7. Capacidade de resolver problemas
Os estudantes precisam ter a criatividade estimulada para serem capazes de produzir soluções inovadoras, que correspondam às necessidades do público, mesmo com recursos limitados.
2.8. Trabalho em equipa
É um dos atributos mais procurados pelas empresas e deve ser trabalhado nas escolas para que os estudantes sejam formados com perfis colaborativos e engajados.
3. Importância da problematização da leitura na vida académica 
 A leitura é uma forma exemplar de aprendizagem e a aquisição do hábito de ler é um processo muito importante para o desenvolvimento intelectual. Neste sentido, este trabalho consiste em discutir a importância da leitura para o desempenho escolar, crescimento intelectual e a emancipação do aluno. Portanto, adotou-se como metodologia uma pesquisa bibliográfica, baseada nas obras de: Silva (1993), Zilberman (1995).
De acordo com Silva (2005, p. 94, 95), “O ato de ler é uma necessidade concreta para a aquisição de significados e, consequentemente, de experiência nas sociedades onde a escrita se faz presente”. As Diretrizes Curriculares da Educação Básica mostra que ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas sociais, estabelecendo relações entre os signos explícitos e implícitos, isto é compreender o sujeito presente na leitura tanto o que está de forma clara, como o que está oculto e atribuir significados, posicionando sobre os fatos conforme a intenção que cada texto traz.
3.1. Importância 
Lakatos e Marconi (2005,p. 183) Leitura é uma atividade essencial a qualquer área do conhecimento e mais essencial ainda a própria vida do ser humano. (O patrimônio simbólico do homem contém uma herança cultural registrada pela escrita. Estar com e no mundo pressupõe, então atos de criação e recriação direcionados a essa herança. A leitura, por ser uma via de acesso a essa herança, é uma das formas do Homem se situar com o mundo de forma a dinamizá-lo.
Para Carvalho et. al. (2006, p. 20), uma leitura eficiente na sociedade do conhecimento prevê que: “o ser humano precisa realizar leituras diversificadas e de qualidade para sobreviver na era da globalização. O mais importante é saber selecionar as leituras evitando a sobrecarga informacional” o que resultará num melhor aproveitamento na obtenção da informação. Assim, conclui-se que a prática da leitura é fundamental para a construção de um indivíduo com melhor senso crítico.
4. Citação 
As citações serão bastante utilizadas na parte textual do trabalho (exceto nas conclusões). Elas servem para situar o leitor no contexto teórico do trabalho, parafraseando ou transcrevendo literalmente o texto da referência. As citações servem também para esclarecimento, sustentação ou ilustração do assunto. É recomendado que a citação siga exatamente as características do original. As citações podem ser diretas ou indiretas.
4.1. Importância da citação na vida académica 
A citação e muito importante na vida do estudante visto que a função das citações dentro de trabalhos acadêmicos, pois é um recurso muito utilizado na parte textual da pesquisa, permitindo o esclarecimento, sustentação ou ilustração do assunto. Citação referência de uma informação extraída de SILVA (2005, p. 94, 95). Os objetivos das citações são diversos, dentre os quais são destacados conforme Elizabeth Penzlien Tafner; Everaldo da Silva (2013) os pontos abaixo:
· Sustentar as ideias do autor do texto;
· Desenvolver um raciocínio;
· Comprovar as ideias e teses defendidas pelo autor;
· Permitir a identificação do legítimo dono das ideias apresentadas;
· Possibilitar o acesso ao texto original.
Percebe-se que a utilização das citações nos artigos, devem ser utilizadas com os objetivos listados acima. Assim naturalmente será inserido as ideias dos autores dentro do contexto da pesquisa, dando credibilidade e clareza no trabalho desenvolvido.
A importância de entendimento do que será inserido no trabalho em forma de citação e como inseri-la de maneira a estar de acordo com o que está sendo proposto no estudo é fundamental, tendo em vista a importância de sua conexão com o tema de pesquisa.
Sendo assim, a palavra descrita em forma de citação e o trabalho desenvolvido, devem estar entrelaçados com o mesmo assunto e ideias, expondo o texto inserido, como sustentação das ideias nas quais o autor deseja empregar o assunto abordado, ajudando nas reflexões e dando suporte ao que outros autores já executaram em relação ao tema.
Portanto deve-se usar as citações e conhecer os tipos existentes no desenvolvimento das monografias.
4.2. Tipos de Citação
Percebe-se que existem diversos tipos de citações, e o foco deste artigo será nos tipos de citação direta, citação indireta e citação da citação.
De acordo com as normas da ABNT (2002), citação é a \u201cmenção no texto de uma informação extraída de outra fonte\u201d definidas como:
· Citação Direta, podendo ser curta (menor de três linhas) ou longa (maior de três linhas);
· Citação Indireta que é uma síntese do texto-fonte;
· Citação da citação texto que não se teve acesso a obra original.
4.2.1. Citação direta
É considerado citação direta, quando é inserido o texto original ou parte dele, transcrevendo as próprias palavras do autor, nesta parte deve-se tomar cuidado na digitação, pois deverá ser exatamente igual ao que foi extraído do texto, exemplo: letras maiúsculas e minúsculas, pontuações, ortografias, grifos etc. Atenção para que a citação seja extraída completamente idêntica ao texto original é indispensável. As citações diretas podem ser divididas em curtas e longas dependendo número de linhas utilizadas. Citação direta curta é quando o texto inserido no artigo não ultrapassa mais de três linhas, sendo utilizado obrigatoriamente entre (ROSALES, 2011).
4.2.2. Citação indireta
É redigida pelo autor do trabalho com base em ideias de outro autor ou autores. A citação indireta pode estar sob a forma de paráfrase ou de condensação.
A paráfrase é uma forma de citação em que o autor expresso a ideia com suas próprias palavras. É claro, aqui é necessário procurar ser fiel ao sentido da ideia do autor em questão. A condensação é uma síntese ou resumo dos dados retirados da fonte consultada, sem a alteração da ideia do autor. Neste caso, procede-se da mesma forma como na paráfrase. Nas citações indiretas, é comum não se referenciar a página, uma vez que a ideia transcrita muitas vezes percorre o conjunto da obra do autor (ou até mais de um autor).
Exemplo:
O surgimento da chamada complexidade, como forma de abordagem dos fenômenos, também deve muito ao sistemismo (NICOLIS E PRIGOGINE, 1989). 
4.2.3. Citação da citação
É a menção de uma referência a qual se teve acesso por via indireta. Apud significa "citado por". Deve ser usada somente quando é muito difícil ter acesso ao documento original. A indicação é feita pelo nome do autor original seguida da expressão latina apud e do nome do autor da obra consultada.
No exemplo abaixo, você notará a presença de uma citação de citação transcrita de forma direta. Como esta possui até de três linhas, a formatação segue o modelo da citação direta curta  (de até 3 linhas):
Freeman (2004), por outro lado, credita as primeiras intuições dos estudos de rede a Auguste Comte (apud Freeman, 2004, p. 11): “Apesar de geralmente não ser mencionado nas revisões históricas da análise de redes sociais, eu suspeito que ele tenha tido uma grande - ainda que indireta - influência no desenvolvimento do campo”.
Outro aspecto importante a observar quando utilizar a citação da citação é que na lista de referências (no final do trabalho) deve constar apenas a obra que citou o trecho, ou seja, no caso acima, você colocaria apenas a referência do Freeman e não do Comte.
5.0. Referências bibliográficas
Uma referência bibliográfica é um conjunto mínimo de dados que permite a identificação de uma fonte. Ou pode ser o conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite sua identificação individual.
5.1. Elementos de uma referência bibliográfica
· Autoria
· Título da obra
· Número da edição
· Local de edição
· Editora
· Data de edição
A referência é constituída de elementos essenciais e, quando necessário, acrescidos de elementos complementares.
Elementos essenciais: são informações indispensáveis à identificação do documento. Estão estritamente vinculadas ao suporte documental e variam, portanto, conforme o tipo.
Elementos complementares: são informações que, acrescentadas aos elementos essenciais, permitem melhor caracterizar o documento.
Regras gerais de apresentação
· Os elementos essenciais e complementares da referência devem ser apresentados em sequência padronizada.
· As referências são alinhadas somente à margem esquerda e de forma a se identificar individualmente cada documento.
· O recurso tipográfico (negrito, itálico ou grifo) é utilizado para destacar o elemento título da publicação, e deve ser uniforme em todas as referências de um mesmo documento.
· As referências devem ser digitadas, usando espaço simples entre as linhas e espaço duplo para separá-las.
· As referências podem ser ordenadas conforme o sistema utilizado para citação no texto, alfabética, cronológica e sistemática (por assunto). Nos trabalhos técnicos e científicos a ordenações mais utilizadas são: numérica (ordem de citação no texto) e alfabética (sistema autor data).
· As referências devem ser listadas no final do trabalho.
5.2. Importância das referências bibliográficas na elaboração de trabalhos académicos 
Referências bibliográficas são muito importantesna elaboração de trabalhos académicos desempenham uma fundamentação teórica de extrema relevância dando confiabilidade ao trabalho apresentado.
Para que um projeto acadêmico seja considerado de qualidade, é importante que o mesmo apresente um referencial teórico de qualidade, para que seja aprovado. Dessa forma, é importante também que o trabalho possua citações ao longo do texto, de forma a garantir ao leitor um melhor entendimento do que está sendo passado e transmitido.
5.2.1. Referência de acordo com o tipo de documento consultado
5.2.2. Referências de livros
AUTOR. Título da obra: subtítulo. Edição. Local (cidade) (espaço): Editora, data. Número de páginas ou volumes. (Série). Notas especiais. Outras Notas.
· Ex: SOARES, E. Saúde: epidemiologia. 3. ed. São Paulo : Atlas, 2003.187 p.
5.2.3. Referência de um capítulo de livro
AUTOR DO CAPÍTULO. Título do capítulo. In: AUTOR DO LIVRO. Título do livro. Edição. Local de publicação (cidade): Editora, data. Capítulo, página inicial-final da parte do capítulo.
· Ex: MARTONE, Celso Luiz. Modelo básico para economia fechada e aberta. In: LOPES, Luiz Martins. Manual de economia: nível básico e nível intermediário. 2. ed. São Paulo : Atlas, 2000. cap. 13, p. 299-311.
5.2.4. Referência de monografia ou dissertações ou teses
AUTOR. Título. Ano. Número de folhas. Categoria (Grau e área) - Unidade da Instituição, Instituição, Cidade, Ano.
· Ex: SIQUEIRA, N. A. S. Substituição da força de venda própria por distribuidores: um estudo de caso. 2002. 125 p. Dissertação (Mestrado em Administração de Empresas) – Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado - FECAP, São Paulo, 2002.
5.2.4. Referência de periódicos 
TÍTULO. Local de publicação: editora. Datas de início e de encerramento da publicação (se houver). 
· Ex: REVISTA MOÇAMBICANA DE GEOGRAFIA. Lourenço Marques (Maputo): IBGE, 1939-
5.2.5. Referência de artigos de periódico electrónico
SOBRENOME, Prenome. Título: subtítulo do artigo. Título do periódico, local, volume, fascículo, página inicial e final, mês e ano. Endereço electrónico e data de acesso.
· Ex: RIBEIRO, P. S. G. Adoção Moçambicana: uma análise sociojurídica. Data vénia, Nampula, v. 3, n. 18, ago. 1998. Disponível em: <http://www.datavenia.inf.br/frame.artig.html>. Acesso em: 10 set. 1998.
6.0. Documentação
Documentação é o conjunto de todos documentos, que são todas as fontes contendo informações que ajudem a tomar decisões, comuniquem decisões tomadas, registrem assuntos de interesse da organização ou do indivíduo.
A Documentação tem como característica reunir informações escritas acumuladas numa série sucessiva de anotações, quando dizem respeito a uma organização ou a um indivíduo, assumem a característica de documento. O conjunto dos documentos passa a constituir a documentação, com fins comerciais, industriais, jurídicos, escolares, etc.
7.0. Conhecimento 
Conhecimento é o processo de compreender para adquirir domínio sobre alguma parcela do universo. Ou pode-se dizer que é um processo de representação da realidade cujos dados são as sensações, estruturadas pela mente humana.
8.0. Características do conhecimento 
· Conforma-se com a aparência, com aquilo que se pode comprovar simplesmente estando junto das coisas;
· Expressa-se por frases como “porque o vi”, “porque o senti”, “porque o disseram”, “porque todo mundo o diz”.
Subjetivo
· O próprio sujeito organiza suas experiências e conhecimentos, tanto os que adquirem por vivência própria, quanto os “por ouvir dizer”;
Sensitivo
· Refere-se a vivências, estados de ânimo e emoções da vida diária;
Assistemático
· A “organização” das experiências não visa a uma sistematização das idéias, nem quanto à forma de adquiri-las e nem quanto à tentativa de validá-las;
Crítico
· A pretensão de que esses conhecimentos sejam verdadeiros, não se manifesta de uma forma crítica, pois sustenta-se em bases não comprovadas.
9.0. Tipos de conhecimento 
Existem 4 tipos de conhecimentos nomeadamente 
· O conhecimento empírico diz respeito ao conhecimento popular. É o que aprendemos a partir da nossa interação e observação do mundo;
· O conhecimento científico compreende as informações e fatos que são comprovados por meio da ciência;
· O conhecimento filosófico nasce a partir das reflexões que o ser humano faz sobre questões subjetivas;
· O conhecimento teológico, ou religioso, é o baseado na fé religiosa, acreditando que ela detém a verdade absoluta. 
9.1. Tipo de conhecimento e suas características 
9.1.1. Conhecimento Teológico ou Religioso 
O conhecimento teológico, ou religioso, é baseado na fé religiosa. Assim, acredita-se que a religião é a verdade absoluta e possui todas as explicações para os mistérios que rondam a mente humana.
Não há a necessidade de verificação científica para que determinada "verdade" seja aceita sob a ótica do conhecimento religioso. Desse modo, o conhecimento teológico é infalível e exato, pois se trata de uma verdade sobrenatural.
Exemplo: O mundo e os homens foram criados por Deus.
9.1.2. Características
· Inoperacional
a) Por não se basear na razão, nem buscar fundamentação nos sentidos 
b) O conhecimento religioso é, sobretudo, um conhecimento INSPIRACIONAL, portanto NÃO É VERIFICÁVEL.
c) O conhecimento religioso NÃO ADMITE DÚVIDA: a aceitação é a única atitude possível ao sujeito.
d) Com a DÚVIDA, o conhecimento religioso cessa e o divino transforma-se em objeto do conhecimento filosófico.
e) O conhecimento religioso é VALORATIVO, pois se apoia em doutrinas que contêm proposições sagradas Estas, por serem consideradas verdades absolutas, são INFALÍVEIS e INDISCUTÍVEIS, portanto são EXATAS.
f) É um conhecimento SISTEMÁTICO do mundo (origem, significado, finalidade e destino) como obra de um criador divino.
g) Fornece uma norma geral de conduta, propiciando segurança e tranqüilidade.
9.2. O conhecimento filosófico 
O conhecimento filosófico é baseado na reflexão e construção de conceitos e ideias, a partir do uso do raciocínio em busca do saber.
O conhecimento filosófico surgiu a partir da capacidade do ser humano de refletir, principalmente sobre questões subjetivas, imateriais, conceitos e ideias. Como se trata de teorias que não podem ser testadas, não é verificável. Portanto, é infalível e exata.
Exemplo: O pensamento de que as máquinas um dia irão se sobrepor aos humanos.
9.2.1. Características 
· Racional
a) Conhecimento filosófico se baseia na razão.
b) Os conceitos são formados a partir da reflexão sobre a realidade.
· Não experimental – Valorativo
a) Não existe experimentação no conhecimento filosófico.
· É valorativo
b) Seu ponto de partida consiste em hipóteses, que não poderão ser submetidas à observação.
c) As hipóteses filosóficas baseiam-se na experiência, portanto, este conhecimento emerge da experiência e não da experimentação.
· Não verificável
d) Os enunciados das hipóteses filosóficas não podem ser confirmados ou refutados, senão pelo racionalismo do próprio sistema filosófico.
· Sistemático
e) Suas hipóteses e enunciados visam a uma representação coerente da realidade estudada, numa tentativa de apreendê-la na sua totalidade.
· Infalível e Exato
f) Seus postulados, assim como suas hipóteses, não são submetidos ao decisivo teste da observação (experimentação).
9.3. O conhecimento Científico 
O conhecimento científico está relacionado com a lógica e o pensamento crítico e analítico. É o conhecimento que temos sobre fatos analisados e comprovados cientificamente, de modo que sua veracidade ou falsidade podem ser comprovadas.
É um conhecimento factual e está baseado em experiências comprovadas. Por isso, também é falível e aproximadamente exato, pois novas ideias podem modificar teorias antes aceitas. Também é verificável, pois surge através de resultados científicos.
Exemplo: A descoberta de outros planetas, por meio da observação com telescópios super desenvolvidos.
· Amplo e profundo
a) Não se satisfazendo com um conhecimento superficial de algo, o CC amplia e aprofunda a representação da realidade, buscando saber o “porquê das coisas”.
· Objetivo
b) Suasconclusões não são baseadas em vivências ou emoções da vida diária, ou seja, não é sensitivo, e não tem caráter
· Subjetivo
c) Conhecimento Cientifico visa conhecer o objeto.
· Sistemático
d) Suas idéias são sistematizadas, tanto na forma de adquiri-las, como na forma de validá-las.
· Crítico
e) Senso crítico apurado, constante, contínuo, não definitivo;
· Real
f) Lida com ocorrências ou fatos (tangíveis ou não);
· É falível
h) Em virtude de não ser definitivo, absoluto ou final, e por este motivo é aproximadamente
· Exato
i) Porque novas proposições e o desenvolvimento de novas técnicas podem reformular o acervo da teoria existente;
9.4. O conhecimento empírico
O chamado conhecimento popular. Ou seja, aquele adquirido através da observação e da interação do ser humano com o ambiente ao redor. É resultante do senso comum e pode ser baseado em experiências, sem a necessidade de uma comprovação científica.
Nele, não há uma preocupação em refletir criticamente sobre o objeto em observação, limitando-se apenas à dedução. Como é adquirido por meio de simples deduções e sem provas concretas, é um conhecimento falível e inexato. Porém, pode ser verificado, pois se trata de coisas ligadas ao dia a dia.
Exemplo: Um agricultor que, mesmo sem nenhum estudo, sabe exatamente quando plantar e colher cada vegetal. Isto apenas por observar e aprender com os resultados de colheitas anteriores.
Quadro de defecação dos conhecimentos 
	
	Empírico
	Científico 
	Filosófico 
	Teológico
	
O que é
	Esse tipo de conhecimento surge a partir da interação do ser humano com o ambiente que o rodeia.
	Engloba informações e fatos que foram comprovados, tendo como base análises e testes científicos.
	É o conhecimento que surge das reflexões que o homem faz sobre as questões imateriais e subjetivas.
	Acredita que a fé religiosa possui a verdade absoluta e apresenta todas as explicações justificar esta crença.
	
Valor
	Valorativo, apoiando-se nas experiências pessoais.
	Factual, lida com fatos e ocorrências.
	Valorativo, pois lida com hipóteses que não podem ser observadas.
	Valorativo, apoiando-se nas doutrinas sagradas.
	Verificação 
	É verificável.
	É verificável.
	Não é verificável.
	Não é verificável.
	
Exatidão
	Falível e inexato
	Falível e aproximadamente exato.
	
Infalível e exato.
	
Infalível e exato.
	
Sistema
	Assistemático, pois é organizado com bases nas experiências de um sujeito, e não em um estudo para observar o fenômeno.
	Sistemático, pois é um saber ordenado logicamente.
	É sistemático, pois busca uma coerência com a realidade.
	Conhecimento sistemático do mundo.
Quadro 1 - Quadro de defecação dos conhecimentos (Fonte: RIBEIRO, P. S. G. Adoção Moçambicana: uma análise dos diferentes tipos de conhecimento. Nampula, v. 3, n. 18, ago. 1998. Disponível em: <http://www.MozFm.blogspot.coml>. Acesso em: 10 set. 1998.
10. Diferenças entre Ciências Sociais e Ciências Naturais 
Ciências sociais e ciências naturais são dois campos de estudo com diferenças consideráveis. A ciência social é qualquer estudo que está centrado na sociedade e seu desenvolvimento. Assim, ciências sociais incluem uma variedade de campos, tais como a antropologia, educação, economia, relações internacionais, ciência política, história, geografia, psicologia, direito, criminologia, e similares.
Antropologia é uma ciência social que lida com a história do homem. A economia é uma ciência social que estuda as várias teorias e problemas relacionados com a produção de bens, distribuição de bens e, claro, o consumo de riqueza. História é uma ciência social.
10.1. Ciências Sociais
As ciências sociais se referem ao estudo de tudo que está relacionado com a sociedade, bem como o seu desenvolvimento ao longo dos anos. Dessa forma, é um campo de estudo que engloba uma série de setores, como por exemplo: a educação, a antropologia, ciência política, relações internacionais, economia, geografia, história, criminologia, entre outros tantos. Ou seja, tudo que estiver relacionado direta ou indiretamente com a sociedade, pode ser estudado através da sociologia, ou melhor, das ciências sociais.
	Alguns dos exemplos citados acima são ouvidos diariamente, mas nem sempre se sabe do que se trata. A antropologia é uma destas, a qual se refere ao estudo da história do homem, desde os tempos primitivos até os dias atuais, todas as transformações que ocorreram ao longo do tempo e as suas relações com os outros animais. 
10.2. Ciências Naturais
Por outro lado, existem as ciências naturais, que se dedicam a estudar todos os detalhes da natureza por meio de métodos cinéticos. Essa é a principal diferença entre as ciências naturais e sociais: a natural se utiliza basicamente de métodos cinéticos para chegar a resultados mais profundos e precisos do meio natural.
Assim, todo o estudo que está diretamente relacionado ao meio ambiente e com a vida dos seres vivos que nele habitam pertence às ciências naturais. Os principais exemplos das ciências naturais são a biologia, química, física, ciências da Terra, estudos do oceano, astronomia, entre outros.
 11. Método Científico
O método científico é a principal abordagem para a construção de conhecimento, especialmente nos meios acadêmicos. Trata-se de uma metodologia desenhada para a obtenção de respostas a diversas disciplinas, que podem ser científicas ou não.
Nos negócios o método científico também é utilizado e o objetivo é o mesmo de quando ele aparece no contexto da universidade: chegar a respostas lógicas e eliminar a subjetividade. Ainda que o método científico seja uma maneira formalizada de se produzir conhecimento não há necessariamente uma lista de passos a se seguir para utilizá-lo. A documentação do método científico, mesmo que não linear, é um dos pontos imprescindíveis para validar uma relação de causa e efeito.
Geralmente, porém, o método científico segue um ciclo que funciona mais ou menos assim:
· É feita uma observação;
· Propõe-se uma pergunta;
· Coletam-se informações;
· Cria-se uma hipótese;
· Define-se um experimento para validar essa hipótese;
· Analisa-se o resultado dessa experimentação;
· Traça-se uma conclusão; e
· Com base nela define-se se é necessário pesquisar novas hipóteses. 
10.1. O papel principal do método científico 
O papel o método científico desempenha um papel muito importante nos meios acadêmicos visto que o mesmo trás muitos benefícios e, por isso, ele é universal. Podemos, todavia, elencar dois deles como motivos para priorizar o método científico no contexto acadêmico.
O primeiro deles é a falseabilidade ou a refutabilidade. No método científico é fácil prever o comportamento de uma teoria ou hipótese e, portanto, verificar se ela é verdadeira deixa de ser um desafio tão grande. Usando observações controladas o método científico permite identificar rapidamente o que procede ou não dentro de uma pesquisa.
A segunda vantagem é que o método é padronizado, ou seja, ele pode ser reproduzido por qualquer pessoa que deseje testar a mesma hipótese. Isso faz com que ele seja o ideal no ambiente acadêmico, pois oferece o framework ideal para ser verificado por professores e outros pesquisadores a fim de determinar a autenticidade de um artigo ou estudo.
11. Investigação 
Investigação é a Ação de seguir os vestígios de algo ou alguém. Também faz referência à realização de atividades intelectuais e experimentais de modo sistemático (pesquisar), com o objectivo de ampliar os conhecimentos sobre uma determinada matéria.
11.1. Diferentes fases de uma investigação
Segundo Quivy (2008 p. 94, 95) as fases do processo de investigação científica baseiam-se num procedimento científico dividido em três fases e em sete etapas. Sendo essas fases a definição do problema, a construção do modelo de análise e a verificação e esses mesmos actos se dividem em sete etapas sendo a primeira etapa a pergunta de partida, depois a exploração, a problemática, a construção, a observação, a análise das informações, e por um, a conclusão. 
A definição do problema abrange as três primeiras etapas, a construção dizrespeito à quarta etapa e a verificação nas três últimas etapas.
Quadro 2 - Fonte: Quivy, R., & Campenhoudt, L. V. (2008). Etapas do Processo de investigação
A fase da Ruptura é onde o investigador deve dispersar os preconceitos e falsas evidências questão a ilusão de compreensão das coisas. 
Na fase de Construção, pretende-se que o investigador consiga definir as proposições explicativas do fenómeno a estudar, delinear o plano de pesquisa e as operações e, prever as consequências que estão por vir. A última fase, a da Verificação, pretende que através da verificação dos dados se possa inserir a investigação no estatuto científico.
Essas três fases são consideradas padrão para paradigma seguido por qualquer investigador. A etapa mais importante e fundamental, na construção de uma investigação, é a Pergunta de Partida. Investigar é procurar o conhecimento e para isso devemos definir muito bem um o condutor, evitando desvios e angústias, mesmo que este seja provisório e reformulado numa etapa seguinte.
1ª Etapa 
Uma boa pergunta de partida deve ser: clara, por forma a evitar-se várias interpretações da mesma; exequível, ou seja, realista principalmente no que respeita aos recursos pessoais, materiais e técnicos; e pertinente, evitando cair em juízos de valor mas sim, tentando compreender. Para isso, a pergunta deve ser “aberta”, dando espaço a várias respostas e não a uma resposta preconcebida; deve abordar o estudo do que existe ou já existiu, e não do que se prevê que vá existir.
2ª Etapa
A segunda etapa, a da Exploração, vem dar consistência à pergunta formulada através de um trabalho de leituras, entrevistas ou outros métodos exploratórios. Com as leituras o investigador mune-se de informações já recolhidas por outras investigações sobre o tema de estudo, seguindo ou alterando as correntes de pensamento. Nesta prática é comum o investigador se perder com muitas informações e portanto é essencial selecionar-se criteriosamente um pequeno número de leituras, que sejam proveitosas, que estimulem a reflexão crítica e a imaginação do investigador. As entrevistas podem ser úteis como complemento das leituras, pois podem permitir ao investigador um primeiro contacto com/ sobre os objectos de estudo, de uma forma não directiva, em forma de conversa, permitindo assim novas ideias.
No final desta fase o investigador pode reformular a sua pergunta de partida.
3ª Etapa
A terceira fase, a Problemática, diz respeito à forma como o problema vai ser abordado e, pode-se desenvolver em dois momentos: na realização de um balanço das problemáticas possíveis partindo dos estudos exploratórios e, na escolha do quadro teórico que sustenta a investigação.
4ª Etapa
A quarta etapa, a da Construção do modelo de análise, consiste em definir as dimensões e os indicadores dos conceitos e, levantar hipóteses.
5ª Etapa
A quinta etapa, a Observação, compreende o conjunto de procedimentos que vão confrontar o modelo de análise com os dados observáveis. A escolha do método utilizado nesta etapa depende das hipóteses levantadas e que tipo de informações pretendemos recolher de modo a recolher dados pertinentes.
6ª Etapa
A sexta etapa, a da análise das informações, trata a informação recolhida na fase anterior com vista a comparar os resultados obtidos com os esperados a partir das hipóteses.
7ª Etapa 
Na última etapa, a das conclusões, é apresentado o resultado da investigação seguindo três fases: apresentação da retrospectiva dos procedimentos adoptados, dos contributos para o conhecimento originados pelos estudos e, das considerações de ordem prática.
12. Pesquisa
 Alguns autores, a exemplo das estudiosas da temática Menga Ludke e Marli André (1999), afirmam que uma pesquisa não seria somente quantitativa, pois na escolha das variáveis o pesquisador estaria operando com aspectos qualitativos. Também não seria somente qualitativa, porquanto haveria quantificação na escolha das variáveis a serem estudadas.
12.1. Pesquisas qualitativas
Pesquisas qualitativas são usadas para estudar casos específicos e descobrir como as pessoas pensam ou se sentem de forma mais detalhada. Elas também podem ser utilizadas para explorar determinado assunto que ainda não se tem conhecimento, como no caso de uma empresa que precisa saber como está sua imagem no mercado.
12.2. A pesquisa quantitativa
A pesquisa quantitativa é comumente utilizada na coleta de grandes quantidades de dados, extraídos de um grande número de pessoas, sejam coletadas e analisadas.
Então ela é uma boa opção quando se busca trabalhar com pesquisa de grande escala.
De acordo com Demo (2002, p.7), “a ciência prefere o tratamento quantitativo porque ele é mais apto aos aperfeiçoamentos formais: a quantidade pode ser testada, verificada, experimentada, mensurada [...]”.
Já os adversários da perspectiva positivista e quantitativa “propõem respeitar mais o real” (LAVILLE & DIONNE, 1999, p.43) e abrem caminho para a pesquisa qualitativa em que se busca abdicar, total ou quase totalmente, das abordagens matemáticas no tratamento dos dados, trabalhando, preferencialmente, com a compreensão das motivações, percepções, valores e interpretações das pessoas, além de procurar extrair novos conhecimentos. Para Moreira (2002), a diferença entre a pesquisa quantitativa e a qualitativa vai além da simples escolha de estratégias de pesquisa e procedimentos de coleta de dados, representando, na verdade, posições epistemológicas antagônicas.
12.3. Pesquisa Quantitativa e Pesquisa Qualitativa
A principal diferença entre esses dois tipos de pesquisa é que a quantitativa é baseada em números e cálculos matemáticos, enquanto a pesquisa qualitativa tem base no caráter subjetivo, usando narrativas escritas ou faladas.
Quadro de diferença entre pesquisa quantitativa e pesquisa qualitativa
	
	Qualitativo
	Quantitativo
	
Objetivo
	O objetivo é compreender os fenômenos através da coleta de dados narrativos, estudando as particularidades e experiências individuais.
	O objetivo é compreender os fenômenos através da coleta de dados numéricos, apontando preferências, comportamentos e outras ações dos indivíduos que pertencem a determinado grupo ou sociedade.
	
Tipo de dados
	A pesquisa qualitativa reúne dados que são coletados de forma de narrativa, como diários, questionários abertos, entrevistas e observações que não são codificadas usando um sistema numérico.
	A pesquisa quantitativa reúne dados que podem ser codificados de forma numérica.
	
Quando é usado
	Usado para entender os motivos, opiniões e motivações subjacentes.
Neste tipo de pesquisa são fornecias informações sobre um problema ou ajuda para desenvolver ideias ou hipóteses. Pesquisa qualitativa também é usada para descobrir tendências de pensamento e opiniões.
	A pesquisa quantitativa é usada para quantificar um problema por meio da geração de dados numéricos ou dados que podem ser transformados em estatísticas utilizáveis.
A quantificação de atitudes, opiniões e comportamentos são usadas paran generalizar os resultados de uma população.
	Tipo de abordagem
	Subjetivo, orientado aos processos.
	Objetivo, orientado para os resultados.
	
Amostragem
	Selecionada. Utiliza-se uma amostra pequena, a fim de obter uma compreensão aprofundada.
	Aleatória. É selecionada uma amostra representativa grande, a fim de generalizar resultados para uma população.
	Método de coleta
	Flexível, especificado apenas em termos gerais antes do estudo.
	Estruturado, inflexível, especificado em detalhes antes do estudo.
	
Análise dos dados
	Os dados brutos estão em palavras e são analisados em curso. Eles envolvem o uso de observações e comentários para se chegar a uma conclusão.
	Os dados brutos são número e são analisados ao final do estudo, utilizando de cálculos estatísticos para se chegar a uma conclusão.
	
Interpretação dos dados
	As conclusões são provisórias e podem mudar. São revisadas de forma contínua.
As inferências e generalizações são de responsabilidade do leitor.
	As conclusões e generalizações são formuladas no final do estudo, declaradas comgrau de certeza predeterminado. Inferências e generalizações são da responsabilidade do pesquisador.
Quadro 3 - diferença entre pesquisa quantitativa e pesquisa qualitativa
13. Classificação das pesquisas quanto aos níveis de investigação e aos objectivos
As tipologias de pesquisas são diversas, constituindo um cipoal de definições e classificações capazes de exigir de novos pesquisadores significativa parcela de tempo em levantamentos bibliográficos sem que, ao fim, ofereçam segurança ao pesquisador sobre as classificações eventualmente encontradas.
A pesquisa pode ser diferenciada quanto à natureza, aos métodos (ou abordagens metodológicas), quanto aos objetivos e quanto aos procedimentos.
13.1. Quanto à natureza
Sob o enfoque da natureza, a pesquisa pode ser básica, aplicada.
13.1.1 Básica
Pesquisa Básica objetiva gerar conhecimento novo para o avanço da ciência, busca gerar verdades, ainda que temporárias e relativas, de interesses mais amplos (universalidade), não localizados. Não tem, todavia, compromisso de aplicação prática do resultado. Por exemplo, estudar as propriedades de determinado mineral.
13.1.2 Aplicada
A pesquisa aplicada é dedicada à geração de conhecimento para solução de problemas específicos, é dirigida à busca da verdade para determinada aplicação prática em situação particular. Por exemplo, estudar o efeito dos estilos de liderança no clima organizacional em certa empresa para melhorar as relações interpessoais no ambiente de trabalho. Pode ser chamada também de proposição de planos, pois busca apresentar soluções para determinadas questões organizacionais.
13.2. Quanto aos objetivos
Quanto aos objetivos, as pesquisas podem ser:
· Exploratórias;
· Descritivas;
· Explicativas.
13.2.1. Pesquisas exploratórias
Conforme leciona Gil (1991), pesquisas exploratórias objetivam facilitar familiaridade do pesquisador com o problema objeto da pesquisa, para permitir a construção de hipóteses ou tornar a questão mais clara. Os exemplos mais conhecidos de pesquisas exploratórias são as pesquisas bibliográficas e os estudos de caso.
São empregadas para:
· Levantamentos/estudos bibliográficos;
· Análise de exemplos que auxiliem a compreensão do problema;
· Levantamentos e entrevistas com pessoas envolvidas com o problema objeto da pesquisa;
· Estudo de caso.
13.2.2. Pesquisas descritivas
Segundo Gil (1999), as pesquisas descritivas têm como finalidade principal a descrição das características de determinada população ou fenômeno, ou o estabelecimento de relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este título e uma de suas características mais significativas aparece na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados. 
Esse tipo de pesquisa, segundo Selltiz et al. (1965), busca descrever um fenômeno ou situação em detalhe, especialmente o que está ocorrendo, permitindo abranger, com exatidão, as características de um indivíduo, uma situação, ou um grupo, bem como desvendar a relação entre os eventos. Buscam a descrição de características de populações ou fenômenos e de correlação entre variáveis. São apropriadas a levantamentos.
São empregadas, por exemplo, nos seguintes tipos de investigação:
· Levantar opiniões;
· Levantar atitudes, valores e crenças;
· Descobrir correlação entre variáveis (por exemplo, correlação entre a preferência por determinado lazer e nível cultural ou de renda das pessoas);
· Levantar nível de escolaridade, preferência por candidatos, renda, gênero, gosto, origem, raça, idioma e outras características de uma população
13.2.3. Pesquisas explicativas
Essas têm uso mais restrito. Empregam o método experimental de pesquisa, e são dotadas de complexidade, servindo para identificar atributos ou fatores que determinam a ocorrência de fenômenos.
São encontradas, geralmente, em pesquisas tipificadas quanto aoprocedimento como experimental ou ex-post facto.
13.3. Quanto aos procedimentos de pesquisa
Quanto aos procedimentos, técnicas ou tipos de pesquisa, as mais conhecidas são:
· Estudo de caso;
· Pesquisa documental;
· Pesquisa bibliográfica;
· Levantamento;
· ex-post facto;
· Pesquisa participante;
· Pesquisa-ação;
· Pesquisa etnográfica;
· Pesquisa fenomenológica;
· Pesquisa experimental.
13.4.1 Estudo de caso
Para Lüdke e André (1999), o estudo de caso se assemelha mais a uma abordagem metodológica de pesquisa que a um tipo de procedimento. É composto de três fases: uma exploratória; outra de sistematização de coleta de dados e delimitação do estudo, e a última de análise e interpretação das descobertas.
Trata-se, como os termos indicam, do estudo de certo caso singular visando descoberta de fenômenos em determinado contexto. Enfatiza a interpretação de fenômeno específico e busca retratar a realidade de maneira complexa e profunda.
Mas não é simples fazer generalizações das descobertas neste tipo de pesquisa, porque se refere a um caso específico, particular, não apresenta caráter imediato e requerem cuidados do pesquisador para estender as constatações a contextos mais amplos.
13.4.2. Pesquisa documental
A pesquisa documental, ou histórica, consiste, de modo geral, na procura, leitura, avaliação e sistematização, objetivamente, de provas para clarificar fenômenos passados e suas relações com o tempo sócio-cultural-cronológico, visando obter conclusões ou explicações para o presente.
De acordo com Gil (1991, p. 51) a “pesquisa documental vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa”.
13.4.3. Pesquisa bibliográfica
Em princípio, toda pesquisa tem um caráter bibliográfico em algum momento de sua concepção, mas existem trabalhos em que os dados provêm apenas ou prioritariamente das referências teóricas. Muitas vezes a bibliografia da área temática apresenta divergências ou análises realizadas em diferentes perspectivas. Nestes casos, justifica-se recorrer à literatura e apontar os consensos e as divergências sobre um determinado fenômeno.
No dizer de Gil (1991), a pesquisa bibliográfica é um trabalho de natureza exploratória, que propicia bases teóricas ao pesquisador para auxiliar no exercício reflexivo e crítico sobre o tema em estudo. Em primeiro momento é bastante útil para aguçar a curiosidade do pesquisador e despertar inquietações sobre o tema a ser estudado.
13.4.4. Levantamento
É a pesquisa realizada para conhecimento e descrição de comportamentos e de características de indivíduos por meio de perguntas diretamente aos próprios indivíduos. É caracterizada pelo questionamento direto aos indivíduos cujo comportamento se deseja conhecer. Geralmente não se entrevistam todos os indivíduos, apenas uma amostra significativa. O que determina o tamanho da amostra é o tratamento estatístico que será aplicado. O censo é um exemplo de levantamento.
13.4.5. Pesquisa ex-post facto
É a pesquisa realizada após a observação ou ocorrência do fenômeno ou do experimento. Ocorre quando o pesquisador não tem controle sobre as variáveis, mas trabalha como se estivesse realizando um experimento. Exemplo: duas cidades do interior tinham características muito semelhantes nos anos 90. Digamos que em uma delas foi instalada uma fábrica de produtos biodegradáveis em 2010. O pesquisador pode analisar vários parâmetros comparativos entre as duas cidades, como se ele tivesse instalado a fábrica com o propósito de estudar as populações, sob os mais variados aspectos, depois de decorrido algum tempo de instalação da fábrica.
13.4.6. Pesquisa-participante
É uma concepção de pesquisa em que a investigação social ocorre por meio de forte interação entre o pesquisador e o público pesquisado – a comunidade.
Conforme se depreende da leitura de Haguette (1999), este tipo de pesquisa propicia construção de conhecimentos para posterior transmissão aos indivíduos envolvidos com os fenômenos ou fatos observados, visando mudança do quadro observado.
13.4.7. Pesquisa-ação
A pesquisa-ação é caracterizada pela estreita cooperação entre os indivíduos pesquisadose o pesquisador, considerando-se que, conforme leciona Thiollent (2005), cada pessoa tem muito a dizer e a fazer.
Nesse tipo de pesquisa, certa situação-problema, de abrangência coletiva, é investigada para, em discussão com as pessoas atingidas por um problema ou questão sobre causas, agentes, opções de reparo, ações, negociações e conflitos, chegar à resolução e gerar aprendizagem sobre o que se tratou.
13.4.8. Pesquisa etnográfica
Segundo Wielewicki (2001, p. 27), citando Hornberger (1994), é a pesquisa que “procura descrever o conjunto de entendimento e de conhecimento específico compartilhado entre participantes que guia seu comportamento naquele contexto específico, ou seja, a cultura daquele grupo.”
Como etnografia é ciência da descrição cultural (LÜDKE e ANDRÉ, 1999), a pesquisa etnográfica estuda grupos de pessoas, enfatiza os sujeitos pesquisados independentemente das teorias que sustentam a descoberta. Assim, os resultados da pesquisa poderiam ser verdades relativas, de difícil generalização, o que provoca discussão sobre este tipo de pesquisa e seus fundamentos.
É um tipo de pesquisa eminentemente qualitativa, rica em instrumentos observacionais, a exemplo de entrevistas informais, notas, gravações em vídeo e rádio, observações locais, convivência do pesquisador com entes pesquisados no local dos fenômenos, etc. 
13.4.9. Pesquisa fenomenológica
A fenomenologia, definida por Merleau-Ponty (1975), citado por Holanda (2001), como o estudo das essências, é apropriada à pesquisa sobre educação. Se educação, na sua acepção, contempla as possibilidades de seu sujeito – o estudante, a este tipo de pesquisa importa o fenômeno puro observado no aluno, em sentido subjetivo, tal como recebe, processa e se manifesta a consciência, sem considerar o fenômeno com o mundo exterior.
Tem como componentes básicos: a análise, a crítica e a reflexão sobre o fenômeno, considerando mais os comportamentos dos atores que as relações lineares determinísticas (MERLEAU-PONTY, 1972). 
13.4.10. Pesquisa experimental
Experimentos são meios usuais de avaliação científica que permitem controlo do ambiente e dos sujeitos ou de parte dos sujeitos da pesquisa.
Pela pesquisa experimental o pesquisador estabelece um objeto de estudo, seleciona as variáveis que podem influenciá-lo, define mecanismos e formas de controlo e de observação dos efeitos causados pelas variáveis selecionadas sobre o objeto pesquisado.
O objetivo é verificar o efeito de uma ou mais variáveis independentes sobre uma variável dependente, ou seja, testar uma relação de causa e efeito de certo fenômeno.
A pesquisa apresenta três modelos comuns de experimentos, que são:
· A pesquisa genuinamente experimental, que é a observação antes e depois com dois grupos;
· A pesquisa pré-experimental, que é a observação antes e depois com único grupo; e 
· Pesquisa quase-experimental, que é a observação apenas depois, de dois grupos.
Apresentados estes marcos teóricos, que representam a taxonomia da pesquisa, esperamos auxiliar novos (e antigos) pesquisadores na escolha dos caminhos a seguir em trabalhos de pesquisa.
14. Conclusão 
Chegando ao final do presente trabalho conclui a leitura e um dos elementos mais fundamentais aos profissionais académico e de outras áreas do conhecimento então a mesma constitui um papel muito importante na sociedade. Em sua etimologia, o significado de leitura representa: “em grego, o pleno sentido de ler, como legei é colher, recolher, juntar, que o latim transformou em lego, legis, legere, denominado juntar horizontalmente as coisas com o olhar” (FREIRE, 2011, não paginado). que a leitura fornece subsídios à atualização e educação continuada. 
15. Bibliografia 
SILVA, Ezequiel Teodoro. Conferências sobre leitura-trilogia pedagógica. Campinas /SP: Autores Associados, (2005, p. 94, 95),.
LAKATOS, Eva. M.; Marconi, Marina A. Metodologia científica. São Paulo: Atlas, 1991.
LÜDKE, Menga; André, Marli D. A. A Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1999.
Sousa, S.. ETAPAS DO PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO. Consultado em 15-03 -2020 Disponível em http://e-portefoliomie.blogspot.com/2009/10/etapas-do-processodeinvestigacao.html
Quivy, R., & Campenhoudt, L. V. (2008). Manual de investigação em ciências sociais. Lisboa: Gradiva. 
FREIRE, Paulo. A Importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 46. ed. São Paulo: Cortez, 2005.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
MORAES, Maria Cândida. Contextualizando a problemática educacional. In: ENRICONE, Délcia; GRILLO, Marlene. Educação superior: vivências e visão de futuro. Porto Alegre: Edufsc, 2005. p. 25-30.
MARTINS, Maria Helena. O Que é leitura. 6. ed. São Paulo: Brasiliense, 1982.
ECO, Umberto. Como se faz uma tese. 23. ed. São Paulo: Perspectiva, 2010.
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