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INTRODUÇÃO 
Este trabalho descreve os resultados do mapeamento geológico e de levantamento 
geoquímico regional de sedimentos de corrente, amostras de rocha e de concentrados de 
bateia na Folha Tapaiuna (SC.21-Y-B), na escala 1:250.000 desenvolvido pela CPRM 
(18.000 km²) e pela Criúva Florestal e Mineradora Ltda. (65 km²), sendo os 65 km² 
contidos nos 18.000 Km². A área tem potencial para ouro, da onde foram extraídas 
aproximadamente 125 toneladas de ouro nos garimpos da região, dentro de uma área maior 
abrangendo 90.000 Km² (NOGUEIRA E OLIVEIRA, 1983). Também tem potencial para 
exploração de Rochas Ornamentais, entre outros. Sendo este último de interesse primordial. 
Foram coletadas 446 (mais 50 coletadas dentro da Fazenda Juventude) amostras em 23 
formações geológicas sendo que em 19 formações e em 171 amostras foi detectada a 
presença de Au (ouro) e em 88 Sn (estanho). Estas amostras foram utilizadas como 
estimadores estatísticos e servirão como base para diagnóstico do potencial mineral desta 
região e farão parte de um banco de dados que serão úteis para as empresas que 
pretendem explorar bens minerais nesta região do Estado do Mato Grosso. 
O Sienogranito São Pedro (Bordô Japuranã) e o Monzogranito Nova Canaã (Amêndoa 
China) de maior ocorrência dentro da Fazenda Juventude foram analisados pela CIENTEC 
em Porto Alegre-RS e aprovados para utilização como rochas ornamentais, sendo que o 
Granito Nova Canaã possui ouro de origem hidrotermal incluso em seu corpo rochoso. 
 
METODOLOGIA I 
 Para encontrar um depósito mineral a estatística nos apresenta as probabilidades de 
ocorrência e nos ajuda a amostrar toda a possível população mineral dentro de uma área 
exploratória possibilitando a inferência do potencial mineral a um baixo ou médio custo, com 
uma boa probabilidade de certeza e num intervalo de confiança a ser definido pela empresa 
patrocinadora das pesquisas. 
 A amostragem foi realizada de forma sistemática e visou caracterizar associações 
geoquímicas relacionadas a possíveis mineralizações de ouro e associações 
metalogenéticas e verificar suas relações com a geologia. A densidade obtida foi de 1 
amostra para cada 40 km². onde a natureza geológica da área era mais favorável para 
mineralizações. 
Para chegarmos aos dados obtidos foi utilizado o seguinte método de pesquisa (coleta) 
geológica de campo: 
Foram seguidas estas etapas: Na fase pré-campo (primeira fase) - Planejamento, aquisição 
de documentação, compilação bibliográfica, interpretação de sensores remotos, elaboração 
de mapas preliminares integrando dados geológicos, geoquímicos, geofísicos, 
geocronológicos, de cadastramento mineral e elaboração da primeira etapa de campo. Na 
segunda etapa foram realizados levantamentos de campo, coleta de rocha em afloramentos, 
análises petrográficas micro e macroscópicas, análises químicas, estudos em frentes de 
lavras garimpeiras para entendimento do contexto geológico-metalogenético. A terceira 
etapa, pós-campo, envolveu a integração de dados de campo, interpretações temáticas, 
digitação, revisão e compatibilização de textos e mapas finais 
km². Levou-se em conta que o coeficiente de variação de person para depositos regulares 
no caso granitos varia entre: 5% < cv < 40% e para ouro pode variar entre 40% < CV < 
150%, para depósitos irregulares a muito irregulares e > 150% quando extremamente 
irregulares. 
Também foi feita a Correlação Linear entre a ocorrência de Ouro e Estanho nas Formações 
Geológicas 
Conforme o coeficiente obtido, concluímos que a correlação é positiva mas muito fraca 
(r=0,1327)entre estanho (Sn) e ouro (Au) nas 88 amostras utilizadas para este estudo. Os 
valores para ambos estão em ppb. 
RESULTADOS 
 
ANÁLISE DE VARIÂNCIA (ANOVA): G estratos de K indivíduos cada um; quer-se 
testar se estes estratos são homogêneos em relação ao teor de ouro contido (se são 
provenientes da mesma população ou não). Sabe-se previamente que são tipos 
litológicos diferentes tanto na idade como no tipo litológico, mas queremos testar se 
sua capacidade de armazenar ouro é a mesma (ANDRIOTTI, 1996). Em resumo: Se 
faz a hipótese de homogeneidade dos teores nas formações; Se obtém duas 
estimativas independentes da variância comum; Se testa se as duas estimativas são 
estatisticamente diferentes. 
Através da Analise de Variância de 6 amostras em 09 Formações chegou-se aos 
seguintes resultados: F calculado (VA/VR) = 6,51/0.065 = 100,15 e o F Tabelado 
(distribuição de Fischer no percentil de 5% ) =2,1 
Como F cal > F tab : rejeita-se a hipótese de homogeneidade dos teores de ouro nas 
formações geológicas e fica provada a influência do tipo de formação sobre a 
mineralização. Utilizando-se o Método de Controle Estatístico de Qualidade da 
natureza o mesmo mostrou-se incapaz em função da grande variabilidade na 
natureza. 
 
 
 
 
 
 
CONCLUSÕES 
 
Após análises físico químicas testadas e aprovadas pela CIENTEC em Porto Alegre-RS, o 
valor de venda dos Blocos de Granitos na jazida deve ser de R$1.100,00 ao m³ para obter 
um lucro de R$270,00. Após beneficiamento (chapa serrada e polida) o valor do metro 
cúbico passa a valer R$4.270,00 ao m³, para venda em Cuiabá (1400km) e o lucro 
estimado passa a ser de R$1000,00 por m³.O Valor final de venda da chapa beneficiada 
deve ser de R$164,00 ao m². Em função de que os teores contidos nos granitos são 
extremamente irregulares e os custos para extração elevados, optou-se pela 
comercialização da jazida de rocha ornamental, cujos blocos serão vendidos com inclusões 
auríferas. Como detectou-se a presença de ouro primário nas zonas de falha, durante as 
atividades de lavra poderão ser detectados veios auríferos economicamente exploráveis. 
Nas amostras de concentrado de bateia e sedimento de corrente detectou-se ouro na forma 
coloidal. As pesquisas na área se justificam em função de que o ouro ocorre na natureza 
numa proporção de 0,000005 ppb e a média na região é de 1,5 ppb ou seja, cerca de 
100.000 vezes maior. 
O Relatório Final de Pesquisa do processo 866.172/2004 foi aprovado. E atualmente a 
empresa está protocolando o Requerimento de Lavra para Granito Ornamental, ficando o 
minério de ouro para outro momento. 
 
REFERÊNCIAS 
 
ANDRIOTTI, J. L. S. Apostila de Geoestatística do curso de doutoramento do PPGEM – Programa de Pós-
Graduação em Engenharia de Minas, Metalúrgica e de Materiais. Porto Alegre: UFRGS, 1996. 27 p. 
 
LEINZ, V.; AMARAL, S. E. Geologia Geral. 11. ed. São Paulo: Nacional, 1989. p. 30-1. 
 
NOGUEIRA, V. L.; OLIVEIRA, A. M. garimpos de ouro da região de Alta Floresta/Peixoto de Azevedo – Mato Grosso. 
In: Garimpos do Brasil. Brasilia-DF: DNPM/DFPM, 1983. p. 285-301. 
 
OLIVEIRA, C. C.; ALBUQUERQUE, M. C. Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil-PLGB. 
Projeto Província Mineral de Alta Floresta (Promin Alta Floresta). Geologia e Recursos Minerais da Folha Alta 
Floresta (SC.21-X-C). Brasília: CPRM, 2005. 
 
PESTANA, M. H.; GAGEIRO, J. N. Análise de Dados para Ciências Sociais. 2. ed. Lisboa: Rolo e Filhos, 2000. 
 
RIBEIRO, P. S. E.; VILLAS BOAS, P. F. Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil-PLGB. Projeto 
Província Mineral de Alta Floresta (PROMIN ALTA FLORESTA). Geologia e Recursos Minerais da folha São João da 
Barra – SC.21-V-D. Goiânia: CPRM/ Sureg-GO, 2005. 
 
SOUZA, J. O.; ABREU FILHO, W. Projeto Província Mineral de Alta Floresta. Geologia e Recursos Minerais da 
folha Tapaiuna (SC.21-Y-B), estado do Mato Grosso . Escala 1:250.000. Brasília: CPRM, (Relatório integrado). 
PLGB, 2007. p. 9-86. 
 
Localização da área de pesquisa – Folha Tapaiuna 
Vila Japuranã – Nova Bandeirantes–MT-208- Sede 
 ANÁLISE ESTATÍSTICA COMO FATOR DE DECISÃO ENTRE 
APROVEITAMENTO DA JAZIDA DE GRANITO COMO 
ROCHA ORNAMENTAL OU COMO MINÉRIO AURÍFEROGeólogo Diogo Eduardo Pasqual Penna 
 CREA/SEAAQ/MUNDIALGEO 
Granito São Pedro (Bordô Japuranã) – 1784 
Ma U-Pb – Paleoproterozóico - 
Sienogranito 
Suite Intrusiva Nova Canaã – Monzogranito 
(Amêndoa Gold) 1743-1755 Ma/U-Pb – 
Paleoproterozóico.

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