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Agronegocio - Unidade I

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Unidades I
INTRODUÇÃO AO AGRONEGÓCIO
Prof. Fernando Gorni
Breve histórico da Agricultura e da Agropecuária
 Definimos a palavra agricultura como “cultivo dos campos”, 
no sentido estrito de cultivo do solo. Agricultura é o conjunto 
de técnicas utilizadas para cultivar plantas com o objetivo de 
obter alimentos, fibras, energia, matéria-prima para roupas, 
construções, medicamentos, ferramentas etc. Em português, 
a palavra agricultura manteve o sentido estrito e refere-se 
exclusivamente à produção de vegetais. No entanto, em 
inglês, assim como em francês, a palavra agriculture indica de 
maneira mais genérica as atividades agrícolas tanto de cultivo 
dos campos quanto de criação de animais. Nos primórdios da 
humanidade, o homem vivia em grupos ou bandos que 
migravam incessantemente na busca de água e alimento. 
Breve histórico da Agricultura e da Agropecuária
 O início histórico da agricultura não é preciso, mas 
é anterior à história escrita. Admite-se que tenha surgido 
independentemente em diferentes lugares do mundo. 
 Por volta de 9.000 a.C., no Crescente Fértil (uma região 
que compreende os atuais Egito, Israel, Turquia e Iraque), 
lentamente começaram a plantar grãos em vez de colhê-los 
na natureza, porque perceberam que poderiam ser novamente 
semeados com a finalidade de produção de plantas novas 
e idênticas. Com o tempo, o homem aprendeu a cultivar 
diferentes espécies de grãos e plantas nativas e melhorar 
suas qualidades através do cruzamento com outras espécies.
Breve histórico da Agricultura e da Agropecuária
 Quanto aos animais, observou-se que alguns deles poderiam 
ser domesticados e criados para o abate. Por volta de 7.000 
a.C., começaram também a domesticar animais como ovelhas, 
porcos e cabras; mil anos mais tarde, domesticaram o gado.
 O cultivo de plantas e a domesticação dos animais foi 
transmitido para a Europa, chegando à Península Ibérica 
há cerca de 4.000 a.C.
 A fixação paulatina dos grupamentos humanos em um mesmo 
local permitiu, então, o surgimento de comunidades similares 
às que conhecemos na atualidade. Também gradualmente 
surgiram algumas tecnologias aplicadas à produção 
agropecuária, como a aragem do solo e a adubação 
da terra por meio do esterco.
Breve histórico da Agricultura e da Agropecuária
 A produção rural ganhou tecnologia e aumentou sua 
produção, surgindo a agroindústria. Com o crescente avanço, 
cidade e campo se integraram e surgiu o conceito de cadeias 
produtivas. O agronegócio é uma complexa forma de 
produção agropecuária e a agroindústria, fábricas de insumo 
e máquinas, serviços de crédito, distribuição e marketing são 
setores que representam um elo de cadeia produtiva. 
Produção agrícola e agrossistemas
 Os fatores que interferem na produção agrícola são: terra, 
trabalho e capital. A importância de cada um desses fatores 
na agricultura relaciona-se com o grau de desenvolvimento 
econômico do país ou região. A produção pode aumentar ou 
não dependendo da melhor utilização da terra, como no uso 
de sementes e mudas selecionadas, de técnicas de cultivo 
mais racionais, de fertilizantes, inseticidas etc. 
 Entre os fatores naturais, o clima é o que exerce maior 
influência no desenvolvimento da agricultura. Caso a chuva 
atrase, por exemplo, a lavoura fica comprometida; se chover 
excessivamente, ela também será prejudicada. E os recursos 
hídricos são fundamentais para a produção agrícola tornar-se 
mais fácil e com melhores resultados em áreas onde a 
precipitação é menos abundante e irregular.
Produção agrícola e agrossistemas
 Outro elemento natural indispensável para a agricultura 
é o solo. É um recurso mineral renovável essencial para 
os vegetais, uma vez que é nele que a planta se desenvolve 
e retira nutrientes e água para a germinação, crescimento e 
produção de frutos.
 O fator humano está ligado diretamente com a força de 
trabalho empregada no plantio, nos cuidados e na colheita.
 Também ganha destaque o capital, pois depende de técnicas 
e equipamentos sofisticados como: tratores, irrigadores 
automáticos, semeadeiras, cortadeiras, colheitadeiras, e de 
fatores antrópicos (aquilo que resulta da atuação humana), 
como força de trabalho. 
Produção agrícola e agrossistemas
 É possível, inclusive, contrabalançar as influências de fatores 
naturais, como o clima, relevo, fertilidade do solo, 
pragas e distâncias.
 Vale lembrar que o trator é considerado o elemento mais 
importante da mecanização agrícola a partir do século XX. 
Sua função é a tração e, além do acionamento de outras 
máquinas, servir como meio de transporte para sistemas 
de irrigação, entre outros.
 Como fruto do desenvolvimento tecnológico, os antigos 
conceitos de agricultura e pecuária tornaram-se 
ultrapassados; surgiu, então, um novo modo 
de produção dos bens agropecuários.
Produção agrícola e agrossistemas
 A produção dos bens agropecuários gera a necessidade 
contínua de melhoria na infraestrutura, como estradas e 
armazéns, além da necessidade de conquista de novos 
mercados e aumento dos lucros, promovendo assim a 
consolidação de propriedades rurais, que se tornaram os 
novos centros de produção, principalmente para as cidades.
 A produção agropecuária é dependente do clima local, sendo 
as condições climáticas o principal fator determinante dos 
períodos de safra e entressafra, ou seja, respectivamente, 
determina os períodos de fartura e de escassez de produtos, 
embora possa ocorrer exceções. Temos, por exemplo, 
a agricultura em estufas, que suprem mercados 
na entressafra.
Produção agrícola e agrossistemas
 Lembre-se: sazonalidade refere-se às variações em função 
das estações ou épocas do ano e entressafra refere-se ao 
período entre uma safra e outra de determinado produto. 
 Seja com respeito a agricultura ou a pecuária, seus produtos 
estão sob o risco de doenças e pragas.
 Quanto à perecibilidade (tendência à deterioração), a vida útil 
tende a ser curta. Isso exige cuidados específicos a fim de 
estender sua vida útil. Essa dependência está relacionada aos 
setores de transporte e de conservação. No caso, o setor de 
“conservação” depende de tecnologias que possibilitem 
aumentar o prazo de validade dos produtos e incluem 
o uso de geladeiras para aumentar a vida útil de vegetais, 
frutas leite etc.
Interatividade
Chamamos de sistemas agrícolas:
a) as formas de divisão de glebas em relação 
às culturas desenvolvidas.
b) o sistema de distribuição dos cultivos em relação
ao solo e a todos os produtos agrícolas.
c) as formas de financiamento da produção e da 
comercialização dos produtos agrícolas.
d) os sistemas planejados de produção agrícola.
e) o conjunto de técnicas empregadas para obtenção 
da produção agropastoril.
Resposta
Chamamos de sistemas agrícolas:
a) as formas de divisão de glebas em relação 
às culturas desenvolvidas.
b) o sistema de distribuição dos cultivos em relação
ao solo e a todos os produtos agrícolas.
c) as formas de financiamento da produção e da 
comercialização dos produtos agrícolas.
d) os sistemas planejados de produção agrícola.
e) o conjunto de técnicas empregadas para obtenção 
da produção agropastoril.
Produção agrícola e agrossistemas
 Lembre-se: sazonalidade refere-se às variações em função 
das estações ou épocas do ano e entressafra refere-se ao 
período entre uma safra e outra de determinado produto. 
 Sazonalidade é um fator muito importante para determinar 
a qualidade dos produtos, o sabor e o preço. Como a 
produção não está alinhada aos ciclos naturais de cada 
espécie de alimento, eles podem receber altas doses de 
fertilizantes e agrotóxicos, o que influencia muito a qualidade 
nutricional e sabor. Outro fator que também é afetado pela 
sazonalidade é o preço. Alimentos cultivados fora de época 
são mais difíceis de serem produzidos e rendem menos do 
que em sua época certa e consequentemente,o preço 
aumenta pela baixa demanda.
Produção agrícola e agrossistemas
 Entressafra: a produção agrícola ocorre ao longo de um ano 
que não necessariamente coincide com o início em janeiro 
e fim em dezembro. Para os agricultores, dependendo da 
cultura que eles plantam, o ano pode se iniciar em qualquer 
mês do ano e não obrigatoriamente em janeiro como estamos 
acostumados. Esse ano dos agricultores é denominado ano 
agrícola e é definido pelas condições climáticas favoráveis ao 
desenvolvimento de uma determinada cultura que se deseja 
plantar em um determinado local. Durante a entressafra, 
o solo fica sem atividade agrícola, o que faz com que alguns 
agricultores plantem algumas culturas anuais de ciclo curto 
que consigam desenvolver-se nesse período com as 
condições climáticas menos favoráveis à cultura principal.
Produção agrícola e agrossistemas
Os sistemas agrícolas podem se distinguir a partir da 
tecnologia empregada, do índice de produtividade alcançado, da 
destinação do produto (comercial, subsistência) ou do tamanho 
da área cultivada. Entre as principais classificações estão:
a) pecuária tradicional: criação de gado sem preocupação 
com a genética, com a saúde do animal e com a qualidade 
das pastagens; os animais são criados soltos em grandes 
áreas sem receber maiores cuidados e com baixa 
produtividade.
b) pecuária moderna: é a criação a partir de cuidados com 
a genética, analisando as vantagens da criação de uma 
determinada raça, utilização de medicamentos, além 
de acompanhamento de um veterinário. 
Produção agrícola e agrossistemas
c) agricultura tradicional: praticada em pequenas propriedades 
e no cultivo de vários produtos no mesmo local. Esse tipo 
de agricultura utiliza técnicas rudimentares (uso da enxada, 
da queimada, do arado e da tração animal), artesanais 
e ancestrais. Tem como destino de produção o autoconsumo 
e a subsistência das famílias que a praticam. Tem um baixo 
rendimento e produtividade agrícolas. Eventualmente, 
o excedente é comercializado.
d) agricultura extensiva: são usados os elementos dispostos na 
natureza sem ou com a mínima inserção de tecnologias, por 
isso possui uma baixa produtividade. A produção depende 
unicamente da fertilidade natural do solo; por não usar 
insumos agrícolas, é necessário ocupar grandes 
áreas de cultivo.
Produção agrícola e agrossistemas
e) agricultura moderna: surgiu após a primeira fase da 
Revolução Industrial, com base na utilização da energia a 
vapor e também da eletricidade. Logo, é aquela caracterizada 
pela maior regularização das safras e pelo aumento da 
produção agrícola devido à utilização de tratores, 
colheitadeiras, semeadeiras e alguns novos implementos 
agrícolas, além de todo suporte tecnológico e científico, 
inclusive com mão de obra especializada.
f) agricultura intensiva: utiliza em todas as etapas da produção 
um grande número de insumos, de técnicas e tecnologias. 
Faz parte da agricultura intensiva: a mecanização, aliada 
ao uso de insumos, além de sementes selecionadas que são 
imunes a pragas e adequadas ao tipo de clima, herbicidas, 
inseticidas, entre outros.
Os primórdios das agroindústrias
 Vários fatores, como o baixo nível tecnológico, que limitava 
a conservação dos produtos agrícolas, as dificuldades de 
comunicação, a distribuição dos grupamentos humanos 
e a precária infraestrutura, condicionaram a geração de 
propriedades rurais e de pequenas comunidades com 
capacidade de produzir o necessário para garantir sua 
sobrevivência. Para viabilizar sua preservação ou 
manutenção, as propriedades rurais tinham culturas diversas 
e criavam animais de vários tipos. Eram os primórdios das 
agroindústrias. Nesse período, havia propriedades rurais onde 
era possível criar galinhas, bois e cavalos, além de produzir 
café, milho, feijão, arroz, algodão, mandioca, 
frutas e hortaliças. 
Os primórdios das agroindústrias
 Nessas propriedades, o leite das vacas era processado para 
a produção de queijo e manteiga, o algodão, para a produção 
de tecido, o milho era transformado em fubá e o café, 
torrado e moído.
 Com o desenvolvimento tecnológico, surgiu um novo modo 
de produção dos bens agropecuários. As novas tecnologias, 
combinadas com o êxodo rural (a migração da mão de obra 
excedente no campo para áreas metropolitanas) geraram 
profundas alterações na estrutura das propriedades rurais, 
como dependência de serviços e insumos que não eram 
produzidos na propriedade e, consequentemente, geração 
de excedentes que abastecem os mercados urbanos, 
especialização em um tipo de cultura, troca de informações 
com os centros urbanos e outras propriedades. 
Os primórdios das agroindústrias
 Na atualidade, a agropecuária continua a se especializar, seja 
nos processos produtivos ou em determinados ramos de 
comercialização dos seus produtos; essa área renova-se 
continuadamente, de modo a gerar a necessidade de a 
agricultura evoluir para um complexo de produtores 
de bens e prestadores de serviços. 
 O termo americano agrobusiness, refere-se, segundo Araújo 
(2009), “ao conjunto de todas as operações e transações 
envolvidas desde a fabricação dos insumos agropecuários, 
das operações de produção nas unidades agropecuárias, 
até o processamento e distribuição e consumo dos produtos 
agropecuários tanto in natura (sem nenhum 
processamento) como também industrializados”.
Interatividade
Assinale a alternativa incorreta com relação às funções 
do meio rural.
a) Propiciar lazer nos feriados e fins de semana.
b) Dar moradia a um segmento crescente da classe média alta.
c) Desenvolver atividades de preservação e conservação que 
propiciem o surgimento do ecoturismo, além da criação de 
parques estaduais e estações ecológicas.
d) Abrigar um conjunto de profissões tipicamente urbanas que 
estão se proliferando no meio rural em função da urbanização 
do trabalho rural.
e) Receber as indústrias em geral, permitindo o melhor 
destino dos espaços urbanos para residências.
Resposta
Assinale a alternativa incorreta com relação às funções 
do meio rural.
a) Propiciar lazer nos feriados e fins de semana.
b) Dar moradia a um segmento crescente da classe média alta.
c) Desenvolver atividades de preservação e conservação que 
propiciem o surgimento do ecoturismo, além da criação de 
parques estaduais e estações ecológicas.
d) Abrigar um conjunto de profissões tipicamente urbanas que 
estão se proliferando no meio rural em função da urbanização 
do trabalho rural.
e) Receber as indústrias em geral, permitindo o melhor 
destino dos espaços urbanos para residências.
O agronegócio e seus setores: “antes da porteira”, 
“dentro da porteira” e “após a porteira”
Fonte: 
http://i2.
wp.com/
www.fee. 
rs.gov.br
/wp-
content/
uploads/
2015/08/2
0160211i
nfo1_agr
onegocio
_novova
ca.jpg. 
Produção e 
fornecimento de 
insumos, máquinas e 
equipamentos e 
serviços 
especializados.
Preparo e manejo de 
solos, tratos culturais, 
irrigação, colheita e 
criação animal.
Transporte, 
armazenagem, 
industrialização, 
distribuição e 
comercialização.
O agronegócio e seus setores: “antes da porteira”, 
“dentro da porteira” e “após a porteira”
 Os negócios a montante (ou “antes da porteira”) em relação 
à agropecuária, são representados pela indústria e comércio, 
e incluem todas as atividades cuja finalidade é dar suporte à 
produção agropecuária antes que ela venha a ocorrer de fato. 
Por exemplo, os fabricantes de fertilizantes, defensivos 
químicos, equipamentos etc. Assim, tal setor inclui, por 
exemplo, aqueles que fornecem insumos para os negócios 
agropecuários, como os financiadores da produção, os 
fornecedores de insumos, sementes e de tecnologia 
de modo geral. 
O agronegócio e seus setores: “antes da porteira”, 
“dentro da porteira” e “após a porteira”
 Já o segundo, denominado “dentro da porteira”, refere-se 
à atividadeprodutiva agropecuária propriamente dita, que 
representa os produtores rurais, sejam eles pequenos, 
médios ou grandes, constituídos na forma de pessoas 
físicas (fazendeiros ou camponeses) ou de pessoas jurídicas 
(empresas), ou seja, inclui, no caso da pecuária, todo o 
processo de criação do rebanho e, na agricultura, o processo 
de preparo, manejo e irrigação do solo, bem como a colheita. 
O agronegócio e seus setores: “antes da porteira”, 
“dentro da porteira” e “após a porteira”
 Finalizando, denominado “após a porteira”, estão os negócios 
a jusante dos negócios agropecuários, que estão ligados às 
atividades desenvolvidas após a produção, aqueles negócios 
que compram os produtos agropecuários, os beneficiam, os 
transportam e os vendem para os consumidores finais, como 
os frigoríficos, as fábricas de fiação, tecelagem e de roupas, 
os curtumes e as fábricas de calçados, os supermercados e 
varejistas de alimentos etc., incluindo, por exemplo, 
a industrialização ou o beneficiamento, embalagem, 
armazenamento e distribuição dos produtos, além das 
trading companies e das Empresas Comerciais Exportadoras 
(ECE), que são especializadas em operações de exportação 
de produtos para diversos mercados.
O agronegócio e seus setores: “antes da porteira”, 
“dentro da porteira” e “após a porteira”
 A partir do momento em que compreendemos o agronegócio 
como um sistema integrado e interdependente, passamos a 
intervir no sistema de forma global, ou seja, de modo a 
otimizar benefícios aos produtores e consumidores, 
fomentando assim o desenvolvimento e o progresso da 
sociedade. Contudo, não podemos nos esquecer de que, 
a fim de atingir tal progresso, há muitos problemas e desafios 
a serem vencidos. Tendo como objetivo tornar possível 
sobrepujar tais obstáculos, devemos principalmente analisar 
as cadeias produtivas e como se integram, a fim de que 
possamos ter conhecimento dos requisitos para otimizar a 
produção, os lucros e o consumo. Tal otimização, segundo 
Araújo (2009), pode ser viabilizada usando-se os princípios 
básicos da competitividade e da sustentabilidade.
O agronegócio e seus setores: “antes da porteira”, 
“dentro da porteira” e “após a porteira”
 A competitividade refere-se à qualidade do produto 
propriamente dita e a seu custo no mercado consumidor. 
O mercado tende a tornar-se diariamente mais exigente 
quanto à qualidade, enquanto os consumidores tendem 
a optar pela compra dos produtos de menor custo. 
 Já a sustentabilidade diz respeito à competência da 
propriedade no sentido de manter-se no mercado. Podemos, 
assim, concluir que há uma forte interligação entre a 
competitividade e a sustentabilidade, de modo que empresas 
sem competitividade estão fadadas a não conseguir manter-se 
no mercado, tal qual aquelas indevidamente administradas, 
sem sustentabilidade, são incapazes de produzir 
produtos competitivos e geradores de lucro.
O agronegócio e seus setores: “antes da porteira”, 
“dentro da porteira” e “após a porteira”
 Estima-se que o Brasil possa ocupar um lugar de maior 
destaque internacional nos próximos anos, visto que o 
agronegócio brasileiro tem se revelado uma atividade segura, 
rentável e próspera, com 22% das terras agricultáveis do 
mundo. Nosso território soma 388 milhões de hectares de 
terras férteis, agricultáveis e de grande produtividade; porém, 
destes, 90 milhões de hectares aguardam ser explorados. 
Temos também energia solar abundante, quase 13% da água 
doce disponível no planeta, clima diversificado e chuvas 
regulares, fatores que, somados, credenciam a vocação 
natural de nosso país para a agropecuária e para os negócios 
relacionados às suas cadeias produtivas, de modo a tornar o 
agronegócio brasileiro o principal carro-chefe 
de nossa economia.
O Mercado Agrícola
 A Primeira Revolução Industrial – a indústria contribuiu com a 
dinamização da agricultura através dos meios de transporte e 
novos materiais mecânicos de tração animal, levando a 
agricultura à primeira crise de sobreprodução agrícola 
dos anos 1890. Foi preciso fazer inovações para haver 
rendimento das culturas. 
 Com a especialização dos agricultores, tivemos a Segunda 
Revolução Agrícola, conhecida como Revolução Verde, 
também denominada de Agricultura Industrial, Agricultura 
Convencional ou Agricultura Química. Houve o apoio de 
órgãos governamentais, empresas produtoras de insumos, 
de organizações mundiais como o Banco Mundial, o Banco 
Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Organização 
das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
O Mercado Agrícola
 As inovações tecnológicas na agricultura para a obtenção 
de maior produtividade através do desenvolvimento de 
pesquisas em sementes, da fertilização do solo, da utilização 
de agrotóxicos e da mecanização no campo que aumentassem 
a produtividade, a Segunda Revolução Agrícola, ficou 
conhecida como Revolução Verde.
 A Revolução Verde foi um amplo programa baseado em ações 
de pesquisa e desenvolvimento, idealizado para aumentar a 
produtividade agrícola no mundo por meio do melhoramento 
genético de sementes e do ambiente, com o uso intensivo de 
insumos agrícolas ou industriais.
O Mercado Agrícola
 A Revolução Verde trouxe inúmeros problemas para o meio 
ambiente. Com o desmatamento para cultivo, veio também o 
surgimento de pragas e utilização de agrotóxicos, fungicidas, 
entre outros produtos. Dessa forma, houve alteração e 
contaminação em todo o ecossistema – solos, rios, animais, 
vegetais. Mas a modernização no campo alterou 
a estrutura agrária. 
 Pequenos produtores que não conseguiram se adaptar às 
novas técnicas de produção não atingiram produtividade 
suficiente para competir com grandes empresas agrícolas 
e se endividaram com empréstimos bancários solicitados 
para a mecanização das atividades, tendo como única forma 
de pagamento a venda da propriedade para outros produtores, 
contribuindo para o aumento do êxodo rural.
Interatividade
A Revolução Verde caracteriza-se principalmente pela 
industrialização e modernização tecnológica das atividades 
agropecuárias. Esse fenômeno possui como características. 
Assinale a alternativa incorreta:
a) Uso de técnicas agrícolas avançadas.
b) Emprego de agrotóxicos.
c) Predomínio de latifúndios monocultores.
d) Alteração genética de grãos e plantas.
e) Utilização de mão de obra abundante.
Resposta
A Revolução Verde caracteriza-se principalmente pela 
industrialização e modernização tecnológica das atividades 
agropecuárias. Esse fenômeno possui como características. 
Assinale a alternativa incorreta:
a) Uso de técnicas agrícolas avançadas.
b) Emprego de agrotóxicos.
c) Predomínio de latifúndios monocultores.
d) Alteração genética de grãos e plantas.
e) Utilização de mão de obra abundante.
O Mercado Agrícola
 O mercado se caracteriza pela especialização e troca frente 
às atividades econômicas de uma sociedade. Indivíduos, 
empresas, regiões e países se especializam em determinadas 
funções porque não é possível desenvolver ao mesmo tempo 
todas as atividades necessárias para suprir suas demandas. 
Além disso, as sociedades tendem a concentrar esforços 
nas funções em que são mais eficientes, ou que 
apresentam vantagens. 
 Até recomendamos a leitura do livro “Uma investigação sobre 
a natureza e as causas da riqueza das nações”, de Adam 
Smith (1723-1790), para entender melhor os problemas 
associados à divisão do trabalho e às trocas, o valor 
e os preços, o dinheiro e os rendimentos, a acumulação 
de capital e o desenvolvimento econômico.
O Mercado Agrícola – um exemplo
 Suponha que um agricultor opte por produzir os insumos 
necessários ao plantio de sua lavoura. Isso é recomendável 
em sistemas de produção nos quais se propõe o menor uso 
de adubos químicos, defensivos e sementes híbridas. Mas, 
não é possível que o agricultor atinja a plena autossuficiênciaem todos os aspectos da produção. Caso opte por produzir 
seus próprios utensílios e maquinários, não lhe sobrará 
tempo para se dedicar àquilo que mais sabe fazer, a produção 
agrícola. Por isso, ele será mais eficiente especializando-se 
como agricultor, deixando atividades de metalurgia 
e engenharia para outros. Estes serão mais eficientes 
especializando-se em suas atividades. Haverá, portanto, 
a necessidade de troca de maquinário e equipamentos por 
alimentos e outras matérias-primas agrícolas.
O Mercado Agrícola
 O setor agrícola ocupa uma posição central no quadro 
econômico brasileiro. 
 Ao longo da história, o setor da agricultura no Brasil 
passou por diversos ciclos e transformações, indo desde a 
economia canavieira, pautada principalmente na produção 
de cana-de-açúcar durante o período colonial, até as recentes 
transformações e expansão do café e da soja. Atualmente, 
essas transformações ainda ocorrem, sobretudo garantindo 
um ritmo de sequência às transformações técnicas ocorridas 
a partir do século XX, como a mecanização da produção e a 
modernização das atividades.
O Mercado Agrícola
 A modernização da agricultura no Brasil atual está 
diretamente associada ao processo de industrialização 
ocorrido no país durante o mesmo período citado (a partir do 
século XX), fator que foi responsável por uma reconfiguração 
no espaço geográfico e na divisão territorial do Brasil. Nesse 
panorama, o avanço das indústrias, o crescimento do setor 
terciário e a aceleração do processo de urbanização 
colocaram o campo economicamente subordinado à cidade, 
tornando-o dependente das técnicas e produções industriais 
(máquinas, equipamentos, defensivos agrícolas etc.).
 A principal marca da agricultura e pecuária no Brasil atual é a 
formação dos complexos agrícolas, notadamente nas regiões 
que englobam os estados do Sul, Sudeste 
e Centro Oeste. 
O Mercado Agrícola
 Com o ano de 2017 encerrado, o Valor Bruto da Produção 
(VBP) está estimado em R$ 539 bilhões, situando-se 1,87% 
acima do valor de 2016, de R$ 529,2 bilhões, apontam 
dados do Ministério da Agricultura, Pecuária 
e Abastecimento (Mapa). 
 As lavouras alcançaram R$ 364,7 bilhões e a pecuária 
R$ 174,4 bilhões. Enquanto as principais lavouras tiveram 
aumento de 4,97% no valor devido ao bom resultado da safra 
de 2017, a pecuária teve redução de 4,1% no faturamento. 
O resultado se deve principalmente ao desempenho 
desfavorável das carnes bovina e de frango, cujos 
preços ficaram abaixo do ano anterior.
Influência do clima no agronegócio
 O agronegócio está exposto ao clima do planeta, que é muito 
incerto, e o agronegócio está atualmente cada vez mais 
vulnerável aos eventos extremos, que surpreendem os 
produtores e podem afetar intensamente a renda do 
agronegócio de forma positiva ou negativa. Por isso, 
é importante reforçar a política agrícola nacional voltada 
para o financiamento e o seguro da renda agrícola.
 As regiões com pouca chuva têm prejuízos na lavoura. Logo, 
os agricultores, atentos a essas variações climáticas, fazem 
uso de métodos que proporcionem uma maior eficiência da 
produção, por exemplo, aumentando as áreas plantadas 
ano a ano para minimizar os efeitos da quebra 
das plantações de grãos. 
Influência do clima no agronegócio
 Ou ainda, os agricultores estão se utilizando da irrigação 
para conseguir algum resultado na sua lavoura.
 A irrigação é uma tecnologia nova e avançada com o objetivo 
de melhorar a qualidade da produção. É ela que identifica 
quais são os possíveis problemas nas culturas (como a falta 
de chuvas) e como resolver. Além disso, um projeto de 
sistema de irrigação pode escolher se quer lançar somente 
água sobre a plantação ou nutrientes adicionados.
 A finalidade da irrigação só cresceu para evitar grandes 
perdas nas produções. O cuidado no projeto de sistema de 
irrigação auxilia no tempo de vida útil dos equipamentos 
e no aumento da produtividade.
Influência do clima no agronegócio
 Para conter impactos, estudiosos de diversas entidades 
nacionais ligadas ao clima, meio ambiente e agricultura 
têm proposto medidas que direcionam ao controle do 
desmatamento, incentivo ao sistema de plantio direto, adoção 
de sistemas agroflorestais e agrossilvipastoris, arborização 
nos cafezais e melhoramento genético.
 Existe uma preocupação geral com eventos extremos, pois 
afetam qualquer cultura, e com a incerteza sobre a incidência 
de chuva no Brasil. É preciso lembrar que fenômenos são 
dinâmicos, não são mensurados com muita antecedência, 
mesmo com supercomputadores.
Influência do clima no agronegócio
 Pesquisa em biotecnologia tende a entrar cada vez mais 
em pauta no agronegócio de Norte a Sul do País. A busca 
de genes que aumentam a tolerância das plantas deve resultar 
em variedades mais resistentes às mudanças climáticas. 
 Porém, o melhoramento genético tem uma tolerância biológica 
de até 2ºC de aumento. Se os termômetros subirem mais do 
que isso, é necessário desenvolver uma nova espécie. 
A identificação de cultivares menos sensíveis às intempéries 
climáticas e o uso de sementes geneticamente modificadas 
mais resistentes à seca também são novos métodos a serem 
colocados em prática.
Interatividade
A expressão “desenvolvimento sustentável” é empregada para 
designar a preservação da natureza com a promoção de uma 
conscientização ambiental na sociedade. Esse termo designa:
a) A interrupção das práticas econômicas para garantir 
a conservação dos elementos naturais.
b) A manutenção do desenvolvimento econômico, de modo a 
garantir a preservação da natureza e dos recursos naturais 
para as gerações futuras.
c) A adoção de medidas de expansão das áreas 
naturais sobre as zonas de ocupação humana.
d) A ampliação das medidas socioeducativas 
para o uso consciente da natureza.
e) Conservação das florestas e reflorestamento.
Resposta
A expressão “desenvolvimento sustentável” é empregada para 
designar a preservação da natureza com a promoção de uma 
conscientização ambiental na sociedade. Esse termo designa:
a) A interrupção das práticas econômicas para garantir 
a conservação dos elementos naturais.
b) A manutenção do desenvolvimento econômico, de modo a 
garantir a preservação da natureza e dos recursos naturais 
para as gerações futuras.
c) A adoção de medidas de expansão das áreas 
naturais sobre as zonas de ocupação humana.
d) A ampliação das medidas socioeducativas 
para o uso consciente da natureza.
e) Conservação das florestas e reflorestamento.
ATÉ A PRÓXIMA!

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