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PLANEJAMENTO EDUCACIONAL E CURRICULO

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1 
 
 
PLANEJAMENTO EDUCACIONAL E CURRÍCULO 
1 
 
 
Sumário 
INTRODUÇÃO................................................................................................. 3 
O que é planejar .............................................................................................. 4 
Tipos e Níveis de Planejamento ...................................................................... 6 
Planejamento Educacional .............................................................................. 8 
Plano nacional de educação (PNE) ................................................................. 9 
Planejamento Escola ..................................................................................... 12 
Planejamento Curricular ................................................................................ 14 
PCNs do Ensino Médio, Ensino Fundamental e Educação Infantil............... 15 
Planejamento de Ensino ................................................................................ 30 
Projeto Político-Pedagógico ......................................................................... 38 
CONCLUSAO ................................................................................................ 40 
REFERENCIAS ............................................................................................. 41 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
INTRODUÇÃO 
 Planejamento curricular abrange o planejamento das experiências vividas 
pelos alunos em uma escola (PILETTI, 1991). 
É o processo de tomada de decisões sobre a dinâmica da ação escolar. É 
previsão sistemática e ordenada de toda a vida escolar do aluno. Portanto, essa 
modalidade de planejar constitui um instrumento que orienta a ação educativa na 
escola, pois a preocupação é com a proposta geral das experiências de 
aprendizagem que a escola deve oferecer ao estudante, através dos diversos 
componentes curriculares (VASCONCELLOS, 1995, p. 56). 
Cada escola deve elaborar seu planejamento de currículo, inserindo todos os 
componentes escolares que, direta ou indiretamente, fazem parte do processo 
educativo, como diretor, supervisor pedagógico, orientador educacional e 
professores. Assim, definirão juntos os objetivos finais, o conteúdo básico e 
delinearão os métodos e as estratégias de avaliação. 
De acordo com Luckesi (2006, p.112), o planejamento curricular é uma tarefa 
multidisciplinar que tem por objetivo a organização de um sistema de relações lógicas 
e psicológicas dentro de um ou vários campos de conhecimento, de tal modo que se 
favoreça ao máximo o processo ensino-aprendizagem. É, dessa forma, a previsão de 
todas as atividades que o educando realiza sob a orientação da escola para atingir 
os fins da educação. 
 
 
 
4 
 
 
O que é planejar 
 
O que entendemos por "planejar"? 
De acordo com o dicionário Aulete, o 
verbo planejar significa: 
1. Idealizar plano de (edificação); 
PROJETAR. 
2. Elaborar plano, programa, roteiro; 
PROGRAMAR. 
3. Demonstrar a intenção de; TENCIONAR. 
 A ação de planejar sempre fez parte da história da humanidade. Segundo 
o livro “Planejamento da Educação: um levantamento mundial de problemas e 
prospectivas”, que compila “Conferências Promovidas pela UNESCO” – Organização 
das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura –, sem autoria declarada, 
(1975, p.3), “[...] há vinte e cinco séculos, Esparta instituía um sistema 
educacional com exata adequação a objetivos militares, sociais e econômicos 
precisamente definidos." A obra alude, inclusive, aos escritos de Platão, em “A 
República”, esclarecendo que o mesmo “[...] propunha um plano destinado a 
colocar a escola a serviço da sociedade." (opus cit., p.4). Cita, também, outros 
povos e civilizações que utilizaram de alguma espécie de atividade que, hoje, 
poderíamos descrever como planejamento, tais como a China, durante a dinastia dos 
Han, e o Peru, dos Incas, além de “muitas outras civilizações” que “tiveram, com 
maior ou menor rigor, seus planos de educação.” (opus cit., p.4). 
 Dentre as inúmeras informações que apresenta, o estudo da UNESCO 
confirma que a intensificação do ato de planejar, tal como o entendemos hoje e que 
pode ser traduzido como a “[...] definição sistemática de objetivos e avaliações 
das diversas alternativas no emprego dos recursos disponíveis, por meio de 
técnicas especializadas, visando a coordenar o desenvolvimento da educação 
[...]”, (opus cit., p.4), é, na verdade, de um conceito recente. O texto da UNESCO 
indica que “[...] a primeira tentativa sistemática de planejamento educacional 
remonta a 1923, data do primeiro plano qüinqüenal da URSS." Tece, completando 
a referência, que “[...] é incontestável que foi graças ao planejamento que este 
5 
 
 
país, com 2/3 de sua população ainda de analfabetos em 1913, hoje se coloca 
entre as nações de maior desenvolvimento educacional.”. (opus cit., p.4). Com 
base no sucesso russo, as demais nações perceberam o valor de se preocuparem 
mais detidamente com as questões envolvendo a educação. Em pouco tempo, os 
países mais desenvolvidos lançaram mão de vários planos educacionais, entre eles 
a França (1929), os Estados Unidos (1933), a Suíça (1941) e, até mesmo, Porto Rico 
(1942). 
 Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a necessidade de 
investimentos na área educacional tornou-se um fator decisivo para o 
desenvolvimento de muitas nações. Consequentemente, o planejamento 
educacional foi adotado como regra e como norma e, de certa forma, passou a fazer 
parte integrante dos vários planos nacionais. De forma geral, os progressos no campo 
do planejamento educacional evoluíram de maneira mais rápida nos países mais 
desenvolvidos e industrializados e mais lentamente, e bem mais tarde, nos países, 
então, denominados de terceiro mundo. No Brasil, não há uma data precisa quanto 
ao uso do termo planejamento. Segundo o economista Celso Lafer, citado por Padilha 
(1998, p.99), a primeira experiência de planejamento governamental no Brasil foi a 
executada pelo Governo Kubitschek com o seu Plano de Metas (1956-1961). Ainda 
segundo Padilha, no âmbito educacional, em 1961, o governo federal promulga a Lei 
nº 4.024/61, conhecida como a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional – LDBEN, a qual “[...] faz pela primeira vez, referência à formulação de 
um plano nacional de educação, mas em 1962, elaborou-se um plano que era 
apenas, basicamente, um conjunto de metas quantitativas a serem alcançadas 
num prazo de 8 anos.” (PADILHA, 1998, p.100). 
 Portanto, na educação, planejar é imperativo. Segundo Gandin (2005, 
p.19-20): 
a) Planejar é transformar a realidade numa direção escolhida; 
b) Planejar é organizar a própria ação (de grupo, sobretudo); 
c)Planejar é implantar “um processo de intervenção na realidade”; 
d) Planejar é agir racionalmente; 
e) Planejar é dar certeza e precisão à própria ação (de grupo, sobretudo); 
6 
 
 
f) Planejar é explicitar os fundamentos da ação do grupo; 
g) Planejar é por em ação um conjunto de técnicas para racionalizar a ação; 
h) Planejar é realizar um conjunto orgânico de ações, proposto para aproximar 
uma realidade a um ideal; 
i) Planejar é realizar o que é importante (essencial) e, além disso, sobreviver... 
se isso for essencial (importante). 
 O planejamento é o recurso organizacional que proporciona a integração 
de todos os atores envolvidos na instituição educacional, visando resultados positivos 
no processo ensino-aprendizagem. Fazer um mapeamento dos rumos, caminhos e 
possibilidades que a instituição deseja seguir, tem o objetivo de evitar situações e/ou 
decisões improvisadas. É importante ressaltar que um bom planejamento com a 
participação e compromisso de todos os atores envolvidos no processo ensino-
aprendizagem, interfere, sobremaneira, nos resultados e na qualidade da educação 
que será oferecida pela instituição. Libâneo (1994, p.222) afirma que: 
"[...] a ação de planejar, portanto, não se reduz ao simples preenchimento 
de formulários para controle administrativo, é, antes, a atividade consciente da 
previsão das ações político – pedagógicas, e tendo como referência 
permanente às situações didáticas concretas (isto é, a problemática social, 
econômica, política e cultural) que envolve a escola, os professores, os alunos, 
os pais, a comunidade, que integram o processo de ensino." 
Tipos e Níveis de Planejamento 
 
7 
 
 
 Não se pretende, aqui, explorar e esgotar todos os tipos e níveis de 
planejamento, mesmo porque, como aponta Gandin (2001, p. 83), é impossível 
enumerar todos tipos e níveis de planejamento necessários à atividade humana. 
Vamos nos deter, então, nos que são essenciais para a educação: 
a) Planejamento Educacional – também denominado Planejamento do 
Sistema de Educação, “[...] é o de maior abrangência, correspondendo ao 
planejamento que é feito em nível nacional, estadual ou municipal. Incorpora e reflete 
as grandes políticas educacionais.” (VASCONCELLOS, 2000, p.95). 
b) Planejamento Escolar ou Planejamento da Escola – atividade que 
envolve o processo de reflexão, de decisões sobre a organização, o funcionamento e 
a proposta pedagógica da instituição. "É um processo de racionalização, organização 
e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática do 
contexto social." (LIBÂNEO, 1992, p. 221). 
c) Planejamento Curricular – é o "[...] processo de tomada de decisões sobre 
a dinâmica da ação escolar. É previsão sistemática e ordenada de toda a vida escolar 
do aluno. Portanto, essa modalidade de planejar constitui um instrumento que orienta 
a ação educativa na escola, pois a preocupação é com a proposta geral das 
experiências de aprendizagem que a escola deve oferecer ao estudante, através dos 
diversos componentes curriculares." (VASCONCELLOS, 1995, p. 56). 
d) Planejamento de Ensino – é o "[...] processo de decisão sobre a atuação 
concreta dos professores no cotidiano de seu trabalho pedagógico, envolvendo as 
ações e situações em constante interações entre professor e alunos e entre os 
próprios alunos." (PADILHA, 2001, p. 33). 
É importante esclarecer que do planejamento resultará o plano. Ficou 
confuso? Vamos esclarecer! 
 Plano é um documento utilizado para o registro de decisões do tipo: o que 
se pensa fazer, como fazer, quando fazer, com que fazer, com quem fazer. Para 
existir plano é necessária a discussão (planejamento) sobre fins e objetivos, 
culminando com a definição dos mesmos, pois somente desse modo é que se pode 
responder as questões indicadas acima. Segundo Padilha (2001), o plano é a 
"apresentação sistematizada e justificada das decisões tomadas relativas à ação a 
8 
 
 
realizar." Plano tem a conotação de produto do planejamento. Ele é na verdade um 
guia com a função de orientar a prática, é a formalização do processo de planejar. 
 Dentro da categoria plano, devemos, ainda, dar uma atenção especial ao 
plano global da instituição: o PPP - Projeto Político-Pedagógico que é também um 
produto do planejamento. A sua construção deve envolver e articular todos os que 
participam da realidade escolar: corpo docente, discente e comunidade. Segundo 
Vasconcellos (1995, p.143), "[...] é um instrumento teórico-metodológico que visa 
ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da escola, só que de uma forma refletida, 
consciente, sistematizada, orgânica e, o que é essencial, participativa. É uma 
metodologia de trabalho que possibilita ressignificar a ação de todos os agentes da 
instituição." 
 
Planejamento Educacional 
 O Planejamento Educacional, de responsabilidade do estado, é o mais 
amplo, geral e abrangente. Tem a duração de 10 anos e prevê a estruturação e o 
funcionamento da totalidade do sistema educacional. Determina as diretrizes da 
política nacional de educação. Segundo Sant'anna (1986), o Planejamento 
Educacional "é um processo contínuo que se preocupa com o para onde ir e quais 
as maneiras adequadas para chegar lá, tendo em vista a situação presente e 
possibilidades futuras, para que o desenvolvimento da educação atenda tanto as 
necessidades do desenvolvimento da sociedade, quanto as do indivíduo." É um 
processo de abordagem racional e científica dos problemas da educação, incluindo 
definição de prioridades e levando em conta a relação entre os diversos níveis do 
contexto educacional. 
 Segundo Coaracy (1972), os objetivos do Planejamento Educacional são: 
1. relacionar o desenvolvimento do sistema educacional com o 
desenvolvimento econômico, social, político e cultural do país, em geral, e de cada 
comunidade, em particular; 
2. estabelecer as condições necessárias para o aperfeiçoamento dos fatores 
que influem diretamente sobre a eficiência do sistema educacional (estrutura, 
administração, financiamento, pessoal, conteúdo, procedimentos e instrumentos); 
9 
 
 
3. alcançar maior coerência interna na determinação dos objetivos e nos meios 
mais adequados para atingi-los; 
4. conciliar e aperfeiçoar a eficiência interna e externa do sistema. 
 É condição primordial do processo de planejamento integral da educação 
que, em nenhum caso, interesses pessoais ou de grupos possam desviá-lo de seus 
fins essenciais que vão contribuir para a dignificação do homem e para o 
desenvolvimento cultural, social e econômico do país. 
 O PNE - Plano Nacional de Educação é o resultado do Planejamento 
Educacional da União. O novo Plano Nacional de Educação para a próxima década 
(2011-2020) foi apresentado no dia 15 de dezembro de 2010, pelo ministro da 
Educação Fernando Haddad ao presidente Lula. O projeto de lei descreve, dentre 
outras coisas, as 20 metas para os próximos dez anos. 
Plano nacional de educação (PNE) 
 
Em 9 de janeiro de 2001, no 
governo do então presidente Fernando 
Henrique Cardoso, foi sancionada a Lei nº 
10172, responsável pela aprovação do 
Plano Nacional de Educação (PNE). Tal 
documento, criado a cada dez anos, traça 
diretrizes e metas para a educação em 
nosso país, com o intuito de que estas 
sejam cumpridas até o fim desse prazo. 
O primeiro PNE foi elaborado em 1996, para vigorar entre os anos de 2001 a 
2010. Além de possuir diversas metas, dificultando o foco em questões primordiais, 
estas não eram mensuráveis e não apresentavam, por exemplo, punições para 
aqueles que não cumprissem o que foi determinado. Além disso, algumas questões 
importantes foram vetadas pela presidência, como o aumento do Produto Interno 
Bruto (PIB) direcionado para a educação, em 3%, em razão das dificuldades 
econômicas vigentes no segundo mandato do presidente em exercício; e a 
responsabilidadepela educação, mesmo a pública, foi colocada como uma tarefa de 
10 
 
 
todos, descentralizando a responsabilidade do Estado quanto a isso – embora tal 
descentralização não tenha ocorrido, por exemplo, no que tange às decisões, que 
poderiam ser compartilhadas considerando as pontuações e vontade dos diversos 
segmentos sociais do nosso país. Aliás, é válido frisar que a lei referida no primeiro 
parágrafo deste artigo foi originada a partir da pressão social de várias entidades, 
predominantemente constituídas por educadores, profissionais da educação, pais de 
alunos e estudantes. 
No que se refere ao novo PNE, que contempla os anos de 2011 a 2020, seu 
projeto de lei foi enviado pelo governo federal ao Congresso em 15 de dezembro de 
2010. Este documento é mais sucinto, e também quantificável por estatísticas, 
podendo facilitar a sua execução e também fiscalização. Tal fato também permite com 
que ele seja discutido nas escolas, aumentando as chances de seus objetivos serem, 
de fato, compreendidos e também alcançados. 
 Suas diretrizes são as seguintes: 
I - erradicação do analfabetismo; 
II - universalização do atendimento escolar; 
III - superação das desigualdades educacionais; 
IV - melhoria da qualidade do ensino; 
V - formação para o trabalho; 
VI - promoção da sustentabilidade socioambiental; 
VII - promoção humanística, científica e tecnológica do País; 
VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação 
como proporção do produto interno bruto; 
IX - valorização dos profissionais da educação; 
X - difusão dos princípios da equidade, do respeito à diversidade e a gestão 
democrática da educação. 
 Quanto às metas, são elas: 
 Meta 1: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar da população de 4 e 5 
anos, e ampliar, até 2020, a oferta de educação infantil de forma a atender 
50% da população de até 3 anos. 
 Meta 2: Universalizar o ensino fundamental de nove anos para toda população 
de 6 a 14 anos. 
 Meta 3: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população 
de 15 a 17 anos e elevar, até 2020, a taxa líquida de matrículas no ensino 
médio para 85%, nessa faixa etária. 
11 
 
 
 Meta 4: Universalizar, para a população de 4 a 17 anos, o atendimento escolar 
aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e 
altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino. 
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 Meta 5: Alfabetizar todas as crianças até, no máximo, os oito anos de idade. 
 Meta 6: Oferecer educação em tempo integral em 50% das escolas públicas 
de educação básica. 
 Meta 7: Atingir as seguintes médias nacionais para o IDEB (Índice de 
Desenvolvimento da Educação Básica): 
IDEB 2011 2013 2015 2017 2019 2021 
Anos iniciais do ensino fundamental 4,6 4,9 5,2 5,5 5,7 6,0 
Anos finais do ensino fundamental 3,9 4,4 4,7 5,0 5,2 5,5 
Ensino médio 3,7 3,7 4,3 4,7 5,0 5,2 
 Meta 8: Elevar a escolaridade média da população de 18 a 24 anos de 
modo a alcançar mínimo de 12 anos de estudo para as opulações do 
campo, da região de menor escolaridade no país e dos 25% mais 
pobres, bem como igualar a escolaridade média entre negros e não 
negros, com vistas à redução da desigualdade educacional. 
 Meta 9: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou 
mais para 93,5% até 2015 e erradicar, até 2020, o analfabetismo 
absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional. 
 Meta 10: Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de 
jovens e adultos na forma integrada à educação profissional nos anos 
finais do ensino fundamental e no ensino médio. 
 Meta 11: Duplicar as matrículas da educação profissional técnica de 
nível médio, assegurando a qualidade da oferta. 
 Meta 12: Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 
50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, 
assegurando a qualidade da oferta. 
 Meta 13: Elevar a qualidade da educação superior pela ampliação da 
atuação de mestres e doutores nas instituições de educação superior 
para 75%, no mínimo, do corpo docente em efetivo exercício, sendo, do 
total, 35% doutores. 
12 
 
 
 Meta 14: Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-
graduação stricto sensu de modo a atingir a titulação anual de 60 mil 
mestres e 25 mil doutores. 
 Meta 15: Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, 
o Distrito Federal e os Municípios, que todos os professores da 
educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida 
em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam. 
 Meta 16: Formar 50% dos professores da educação básica em nível de 
pós-graduação lato e stricto sensu, garantir a todos formação 
continuada em sua área de atuação. 
 Meta 17: Valorizar o magistério público da educação básica a fim de 
aproximar o rendimento médio do profissional do magistério com mais 
de onze anos de escolaridade do rendimento médio dos demais 
profissionais com escolaridade equivalente. 
 Meta 18: Assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de 
carreira para os profissionais do magistério em todos os sistemas de 
ensino. 
 Meta 19: Garantir, mediante lei específica aprovada no âmbito dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, a nomeação 
comissionada de diretores de escola vinculada a critérios técnicos de 
mérito e desempenho e à participação da comunidade escolar. 
 Meta 20: Ampliar progressivamente o investimento público em 
educação até atingir, no mínimo, o patamar de 7% do produto interno 
bruto do país. 
Planejamento Escola 
O ato de planejar está associado à organização de uma determinada ação. No 
âmbito das atividades escolares o planejamento é fundamental para o 
desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem e para o bom funcionamento 
da escola, pois é imprescindível para orientar a ação educativa de acordo com as 
necessidades e possibilidades de cada instituição. 
Ao realizar seu planejamento, a escola define qual o tipo de formação vai 
oferecer e organiza as etapas do trabalho a ser realizado, o que servirá de eixo 
13 
 
 
condutor aos professores de diferentes componentes curriculares. O planejamento 
também é um momento de reflexão sobre a ação pedagógica e de tomada de 
decisões sobre as estratégias que serão utilizadas e quais formas de avaliação serão 
aplicadas no decorrer do processo de ensino. 
De acordo com Celso Vasconcelos, o planejamento escolar deve ser 
estruturado e articulado através de três níveis: o planejamento da escola, o plano de 
ensino ou plano curricular e o plano de aula. O planejamento da escola é o plano 
integral da instituição composto pelos referenciais que dizem respeito aos objetivos e 
metas estabelecidas para cada uma das dimensões de gestão da escola: pedagógica, 
administrativa, recursos humanos, recursos financeiros e resultados educacionais. O 
plano curricular ou de ensino constitui-se no referencial com os fundamentos de cada 
disciplina. Nele devem estar expressos as expectativas de aprendizagem, os 
conteúdos previstos e as propostas de avaliação para cada ano/série. Em coerência 
com o planejamento da escola e com o plano de ensino, o plano de aula deve 
constituir-se na organização didática do processo de ensino destinado a cada turma, 
levando em consideração tanto as defasagens como os conhecimentos prévios dos 
alunos de modo a garantir que todos os alunos alcancem os objetivos de 
aprendizagem contidos no plano de ensino; contudo, enquanto instrumento 
personalizado de trabalho deve ser desenvolvido para atingir os objetivos de cada 
turma em separado. 
Planejar o processo educativo significa, portanto, organizar, racionalizar e 
coordenar a ação docente visando à articulação entre os programas curriculares 
(oficiais ou de redes privadas), a prática da sala de aula e as problemáticas inerentes 
ao contexto social e cultural onde cadainstituição está inserida. Nesse sentido, 
quanto maior a clareza do docente no que diz respeito ao conceito de planejamento 
e ao ato de planejar propriamente dito, maior liberdade e autonomia serão aplicadas 
no processo de ensino e aprendizagem. Logo, a tarefa de ensinar não pode ser 
concebida como um processo cujos resultados estão definidos e podem ser pré-
determinados como produto de uma ação mecanizada, pois a sala de aula constitui-
se como espaço privilegiado de negociação, formação do pensamento crítico e de 
produção de novos sentidos ao conhecimento formal a partir de situações de 
aprendizagem previamente planejadas. 
 
14 
 
 
 Veja alguns itens importantes para o planejamento escolar: 
 As diretrizes quanto à organização e à administração da escola, 
 Normas gerais de funcionamento da escola, 
 Atividades coletivas do corpo docente, 
 O calendário escolar, 
 O período de avaliações, 
 O conselho de classe, 
 As atividades extraclasse, 
 O sistema de acompanhamento e aconselhamento dos alunos e o 
trabalho com os pais, 
 As metas da escola e os passos que precisam ser dados, durante o ano, 
para atingi-las, 
 Os projetos realizados no ano anterior, 
 Os novos projetos que serão desenvolvidos durante o ano, 
 Os temas transversais que serão trabalhados e distribuí-los nos meses, 
 Revisar o PPP. 
Planejamento Curricular 
 
O Planejamento Curricular tem por 
objetivo orientar o trabalho do 
professor na prática pedagógica da 
sala de aula. Segundo Coll (2004), 
definir o currículo a ser desenvolvido 
em um ano letivo é uma das tarefas 
mais complexas da prática educativa 
e de todo o corpo pedagógico das 
instituições 
De acordo com Sacristán (2000), “[...] planejar o currículo para seu 
desenvolvimento em práticas pedagógicas concretas não só exige ordenar seus 
componentes para serem aprendidos pelos alunos, mas também prever as próprias 
15 
 
 
condições do ensino no contexto escolar ou fora dele. A função mais imediata que os 
professores devem realizar é a de planejar ou prever a prática do ensino.” 
 Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), elaborados por equipes 
de especialistas ligadas ao Ministério da Educação (MEC), têm por objetivo 
estabelecer uma referência curricular e apoiar a revisão e/ou a elaboração da 
proposta curricular dos Estados ou das escolas integrantes dos sistemas de 
ensino. Os PCNs são, portanto, uma proposta do MEC para a eficiência da educação 
escolar brasileira. São referências a todas as escolas do país para que elas garantam 
aos estudantes uma educação básica de qualidade. Seu objetivo é garantir que 
crianças e jovens tenham acesso aos conhecimentos necessários para a integração 
na sociedade moderna como cidadãos conscientes, responsáveis e participantes. 
 Todavia, a escola não deve simplesmente executar o que é determinado nos 
PCNs, mas sim, interpretar e operacionalizar essas determinações, adaptando-as de 
acordo com os objetivos que quer alcançar, coerentes com a clientela e de forma que 
a aprendizagem seja favorecida. Portanto, o planejamento curricular segundo Turra et 
al. (1995), 
“[...] deve ser funcional. Deve promover não só a aprendizagem de 
conteúdo e habilidades específicas, mas também fornecer condições 
favoráveis à aplicação e integração desses conhecimentos. Isto é viável através 
da proposição de situações que favoreçam o desenvolvimento das capacidades 
do aluno para solucionar problemas, muitos dos quais comuns no seu dia-a-
dia. A previsão global e sistemática de toda ação a ser desencadeada pela 
escola, em consonância com os objetivos educacionais, tendo por foco o aluno, 
constitui o planejamento curricular. Portanto, este nível de planejamento é 
relativo à escola. Através dele são estabelecidas as linhas-mestras que 
norteiam todo o trabalho[...]. 
PCNs do Ensino Médio, Ensino Fundamentale Educação 
Infantil 
No Brasil, os PCNs - Parâmetros Curriculares Nacionais são diretrizes 
elaboradas pelo Governo Federal com o objetivo principal de orientar os 
educadores por meio da normatização de alguns fatores fundamentais concernentes 
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a cada disciplina. Esses parâmetros abrangem tanto a rede pública, como a rede 
privada de ensino, conforme o nível de escolaridade dos alunos. Sua meta é garantir 
aos educandos o direito de usufruir dos conhecimentos necessários para o exercício 
da cidadania. Embora não sejam obrigatórios, os PCNs servem como norteadores 
para professores, coordenadores e diretores, que podem adaptá-los às 
peculiaridades locais. Os PCNs nada mais são do que uma referência para a 
transformação de objetivos, conteúdos e didática do ensino. 
 
Por abrangerem inúmeros fatores, os Parâmetros Curriculares Nacionais podem ser 
utilizados com objetivos distintos, conforme o contexto em que a escola está inserida. 
Além disso, a forma como foi estruturado esse documento possibilita aos profissionais 
da educação iniciarem a sua leitura por diferentes partes, sem seguirem uma 
ordenação. No entanto, com o tempo, os educadores devem conhecê-lo, na íntegra, 
para poderem compreendê-lo e se apropriarem de sua proposta. 
 
Em suma, os Parâmetros Curriculares Nacionais devem fazer parte do cotidiano da 
prática pedagógica, sendo transformados continuamente pelo professor. Com isso, 
cabe aos PCNs a tarefa de rever objetivos, conteúdos, formas de encaminhamento 
das atividades, expectativas de aprendizagem, maneiras de avaliar, além 
da orientação dos professores para estes elaborarem um planejamento que possa, 
de fato, orientar seu o trabalho em sala de aula. Tudo para posicionar os educadores 
como agentes essenciais nessa grande empreitada que é o processo educacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Educação infantil 
 
 
 
O processo educativo 
Baseia pela idade de 0 a 6 anos e se realiza pela: 
Formação pessoal: trabalho de identidade e autonomia; 
Conhecimento do mundo: construção de linguagens e interações com objetos de 
conhecimento, trabalhando movimento, artes visuais, música, linguagem oral e 
escrita, natureza e sociedade e matemática. 
Segue a determinação da LDB quando a organização por idade, de 0 a 3 anos, 
creches ou entidades equivalentes, e de 4 a 6 pré-escolas. 
Objetivos 
Demonstram interação entre o projeto educativo e estabelece quais capacidades o 
educando pode desenvolver como resultado do trabalho de ordens físicas, 
afetivas,cognitivas, ética, estética, de relação interpessoais e inserção social. 
 
 
 
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Conteúdos 
 
• Conceituais: construção de capacidade de lidar com símbolos, idéias 
e representações que darão sentido a sua realidade estabelecendo 
uma aproximação com a aprendizagem futura. 
• Procedimentais: saber fazer, tomar decisões no percurso do fazer. 
• Atitudinais: socializar, com atitudes de valores e normas, porem este 
não depende apenas da instituição, mas de todos responsáveis. 
Conteúdos são selecionados conforme características e necessidades 
de cada grupo, de forma que lhes seja significativos, devem ser 
trabalhos integrando com a realidade em diferentes aspectos, porém 
sem fragmentá-lo. 
 
OrientaçõesDidáticas 
Situam intenções e práticas que devem se nortear com: 
 
• Organização do tempo: estruturadas dentro de um tempo didático, as 
atividades são agrupadas em modalidades permanentes, constantes 
relacionadas com a aprendizagem, prazer e necessidades básicas de 
cuidado com a criança, e seqüências de atividades com 
conhecimentos específicos em diferentes graus de dificuldades. 
• Projeto de trabalho: conjunto de atividades visando um conhecimento 
específico com objetivo de resolver um problema ou obter um 
resultado final. 
• Organização do espaço e seleção de materiais: usa áreas internas e 
externas para desenvolver atividades propostas. 
• Observação, registros e avaliação formativa: são instrumentos de 
apoio da pratica pedagógica.Podem ser feito por gravações, fotos, 
registros. Acompanha, orienta, regula e redireciona o processo, 
reorientado a pratica da educação. Portanto é sistemática com o 
objetivo de melhorar a ação pedagógica. 
 
 
 
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Objetivos gerais da educação infantil 
• Desenvolver uma imagem positiva de si, independente, confiante e 
perceber seus limites; 
• Descobrir e conhecer seu próprio corpo, limites e valorizar hábitos de 
cuidados de saúde e bem estar; 
• Estabelecer vínculos afetivos com adultos e crianças, fortalecer sua 
auto-estima, possibilitar comunicar o e interação social. 
• Estabelecer e ampliar relações sociais, respeitando a diversidade e 
desenvolvendo atitudes de ajuda e colaboração; 
• Observar e explorar atitude de curiosidade percebendo-se integrante, 
independente e agente transformador. 
• Brincar expressando emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e 
necessidades; 
• Utilizar as diferentes linguagens para expressar idéias, sentimentos, 
necessidades e desejos, construindo significados, enriquecendo cada 
vez mais sua capacidade expressiva. 
• Conhecer manifestações culturais, demonstrando interesse, respeito 
e participação valorizando diversidade. 
Instituição, projeto educativo, condições externa 
A proposta curricular vinculada com a realidade da comunidade local, deve se 
levar em conta as horas que a criança permanece na instituição, idade que iniciou 
na escola, alem da garantia de diversidades. Todo processo educativo deve ser 
trabalhado com professore, outros profissionais e técnico. 
O ambiente deve ser seguro, tranqüilo e alegre, deve proporcionar benefícios 
para o desenvolvimento da aprendizagem, adaptando as necessidades dos alunos e 
exigências do conteúdo. para isso o professor precisa conhecer as necessidades 
dos alunos, respeitar as particularidades e auxiliá-los. 
A direção da escola deve ser democrática e pluralista, propiciando um projeto 
dinâmico, favorecer a formação continuada e atualizações. 
O professor deve saber fazer uso do espaço, do material oferecido pela 
escola, devem ser seguros, selecionando de acordo com a idade e o interesse do 
educando, deixando-os disponíveis ao aluno com fácil acesso. Assim como a 
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mobília deve ser adequada ao tamanho dos alunos. 
As organizações em grupos devem envolver vários fatores, como o tempo de 
permanência na escola, prever momentos de mais ou menos movimentos, reflexão, 
etc. 
Os ambientes de cuidados devem estar adequados as faixas etárias, devem 
conhecer peculiaridades da criança através do dialogo com a família, que deve ter 
parceria com a escola, que devem respeitar suas estruturas, e preservar o direito da 
criança no âmbito familiar. Este acolhimento favorece o dizer não a discriminações e 
preconceitos. 
Na entrada na instituição, deve se ser flexível diante dos problemas de 
comportamentos de crianças e familiares deve estabelecer uma relação de 
confiança e parceria de cuidados na educação visando o bem estar da criança. 
Deve se manter o cuidado com a família. Nos primeiros dias, a presença da mãe 
pode ser necessário até que a criança adquira confiança e estima pelo professor, 
ajudando-a na sua adaptação. Crianças vindas de famílias problemáticas devem ter 
toda atenção e serem ajudadas para minimizar os problemas. Assim quando a 
integridade física e mental da criança esta comprometida, é que se deve 
encaminhá-lo a instituições especializadas. 
O remanejamento entre grupos de crianças deve ser evitado, assim como a 
substituição de professores deve ser feita de modo planejado, preparando a criança 
para essa situação, como também sua passagem para o ensino fundamental. 
Crianças vindas de famílias problemáticas, devem ser auxiliadas e apenas quando 
sua integridade estiver comprometida deve ser encaminhada para instituições 
especializadas. 
 Ensino Fundamental I 
Os PCN, voltados ao Ensino Fundamental de 1º ao 5º ano, foram divididos em 
áreas conforme a função instrumental de cada uma, possibilitando uma integração 
entre elas. Há os parâmetros para a Língua Portuguesa, Matemática, Ciências 
Naturais, Arte, Educação Física, História e Geografia, todos separados em livros. 
Da mesma forma, algumas questões sociais são abordadas, como por 
exemplo, ética, saúde, meio ambiente, orientação sexual e pluralidade cultural, 
também separados em livros. Quanto ao modo de incorporação desses temas no 
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currículo, propõe-se um tratamento transversal, tendência que se manifesta em 
algumas experiências nacionais e internacionais, em que as questões sociais se 
integram na própria concepção teórica das áreas e de seus componentes curriculares. 
Proposta pedagógica 
Por terem uma estrutura flexível, os PCN poderão possibilitar uma proposta 
pedagógica, voltada às decisões regionais e locais sobre currículos e sobre 
programas de transformação da realidade educacional empreendidos pelas 
autoridades governamentais, pelas escolas e pelos professores. Tudo isso com o 
objetivo de garantir que, respeitadas as diversidades culturais, regionais, étnicas, 
religiosas e políticas, a educação possa participar do processo de construção da 
cidadania, com base na igualdade de direitos entre os cidadãos . 
Fundamentos pedagógicos 
Inúmeras são as tendências pedagógicas que são seguidas nas nossas 
escolas brasileiras, sendo elas públicas ou privadas. Na maioria das vezes, elas não 
aparecem em forma pura, mas com características particulares, mesclando aspectos 
de mais de uma linha pedagógica. Podemos identificar a presença de quatro grandes 
tendências: a tradicional, a renovada, a tecnicista e as marcadas centralmente por 
preocupações sociais e políticas. 
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 Na pedagogia renovada, o centro das atividades escolares é o aluno, como 
ser ativo e curioso 
A pedagogia tradicional é umaproposta de educação, centrada no professor, 
cuja função se define como a de vigiar e aconselhar os alunos, corrigir e ensinar a 
matéria. Na pedagogia renovada, o centro da atividade escolar não é o professor nem 
os conteúdos disciplinares, mas sim o aluno, como ser ativo e curioso. O mais 
importante não é o ensino, mas o processo de aprendizagem. Já a pedagogia 
tecnicista valoriza a tecnologia. O professor passa a ser um mero especialista na 
aplicação de manuais e sua criatividade fica restrita aos limites possíveis e estreitos 
da técnica utilizada. A função do aluno é reduzida a um indivíduo que reage aos 
estímulos de forma a corresponder às respostas esperadas pela escola, para ter êxito 
e avançar. 
Há também duas vertentes pedagógicas, centradas nas preocupações sociais 
e políticas. São elas: a pedagogia libertadora e a pedagogia crítico-social dos 
conteúdos. Na libertadora, analisam-se os problemas, seus fatores determinantes e 
organiza-se uma forma de atuação para que se possa transformar a realidade social 
e política. O professor é um coordenador de atividades que organiza e atua 
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conjuntamente com os alunos. Já a pedagogia crítico-social dos conteúdos entende 
que não basta ter como conteúdo escolar as questões sociais atuais, mas que é 
necessário que se tenha domínio de conhecimentos, habilidades e capacidades mais 
amplas para que os alunos possam interpretar suas experiências de vida e defender 
seus interesses de classe. 
Planejamento 
Além disso, os professores terão mais facilidade de preparar um bom 
planejamento que, realmente, possa orientá-los em seu trabalho na sala de aula. Não 
somente isso, mas os PCN poderão, de forma eficaz, guiar os educadores para que 
estes discutam, em conjunto, sobre as razões que levam os educandos a obterem 
maior ou menor êxito nas atividades escolares, bem como poderão promover 
discussões de temas educacionais (com contextos mais significativos) com pais e 
responsáveis. 
 
Educação de qualidade 
No entanto, para que a educação brasileira seja de qualidade, é imprescindível 
que os professorestenham sua formação continuada, recebam salários dignos, 
participem de planos de carreira, bem como os alunos tenham livros didáticos de 
qualidade e contextualizados e recursos multimídia. Da mesma forma, é necessário 
que se crie, na escola, condições de aprendizagem que favoreçam o desenvolvimento 
da capacidade de aprender. 
Escola e cidadania 
Por meio dos parâmetros, a prática escolar deve favorecer o desenvolvimento 
das habilidades dos alunos para que estes, além de aprenderem os conteúdos, 
possam compreender melhor a realidade, participando, de forma crítica, das relações 
sociais, políticas e culturais diversificadas. Isso levará os educandos a exercerem, de 
forma efetiva, a cidadania. E é a escola que irá escolher, como objeto de ensino, 
conteúdos que estejam ligados às questões sociais, que marcam cada momento 
histórico, cuja aprendizagem e assimilação são as consideradas essenciais para que 
os alunos possam exercer seus direitos e deveres. 
 
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 Ensino Fundamental II 
 
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, cabe à escola possibilitar a 
educação continuada, oriunda de um planejamento sistemático, para 
os educandos do Ensino Fundamental II (6º ao 9º). Além disso, não se pode 
visualizar a educação como algo simplista, mas sim como algo que envolva os alunos 
no meio social, político e histórico do país. Tudo isso, sempre buscando a cidadania, 
o entendimento dos direitos e deveres de cada um. 
Entretanto, a evasão escolar ainda é bastante significativa. Isso pode ser 
originado pelo fato de a escola não reconhecer a diversidade da população a ser 
atendida, com a consequente diferenciação na demanda. Reconhecer a diversidade 
e buscar formas de acolhimento requer, por parte dos educadores e da comunidade 
escolar, disponibilidade, informações, discussões, reflexões. Caso contrário, pode 
gerar efeitos no plano moral, afetivo e social, podendo resultar em exclusão social. 
Se a escola interagir com os alunos, os pais, enfim, com todos os envolvidos 
na vida escolar dos alunos, haverá a possibilidade de se construir projetos que visam 
à melhor e mais completa formação de cada aluno. O relacionamento entre escola e 
comunidade pode ainda criar ambientes culturais diversificados que contribuam para 
o conhecimento e para a aprendizagem do convívio social. Além disso, é fundamental 
que a escola assuma a valorização da cultura de seu próprio grupo, propiciando às 
crianças e aos jovens pertencentes aos diferentes grupos sociais o acesso ao saber. 
Estrutura organizacional 
Os PCN se iniciam com a exposição da concepção da área, para o ensino 
fundamental. Em seguida, define os objetivos gerais da área, que expressam 
capacidades que os alunos devem desenvolver ao longo da escolaridade obrigatória, 
explicitando a contribuição específica dos diferentes âmbitos do conhecimento. 
Seus objetivos e conteúdos estão organizados em quatro ciclos (6º,7º,8º e 9º), 
o que evita a excessiva fragmentação de objetivos e conteúdos e torna possível uma 
abordagem menos parcelada dos conhecimentos, permitindo as aproximações 
sucessivas necessárias para que os alunos se apropriem deles. Cabe 
aos professores ministrar esses conteúdos de forma ampla e flexível. 
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Referencial curricular nacional 
Cabe aos PCN encontrar respostas a problemas identificados no Ensino 
Fundamental II, objetivando uma transformação desse ensino que atenda às 
demandas da sociedade brasileira atual. Da mesma forma, devem orientar, de forma 
clara e objetiva, o ensino do 6º ao 9º ano, adequando-o aos ideais de democracia e 
buscando a melhoria da qualidade do ensino nas escolas brasileiras. Isso deve ser 
feito, respeitando as diversidades regionais, culturais e políticas, existentes no país. 
Quanto aos currículos, além de se referirem a programas de conteúdos de 
cada disciplina, estes devem ser flexíveis para promover discussões e reelaborações 
quando realizados em sala de aula, já que é o professor que os concretiza. 
Abrangência nacional 
Tendo como característica principal a abrangência nacional, os PCN passam 
a garantir a toda a criança do 6º ao 9º ano o acesso ao conhecimento elaborado para 
que ela possa usufruir do exercício da cidadania. Da mesma forma, possibilita que 
um aluno de qualquer lugar do Brasil, do interior ou do litoral, de uma grande cidade 
ou da zona rural tenha o direito de aprender, assegurado pelo Estado. 
Embora a educação básica seja assegurada por essa instituição, torna-se 
necessário garantir aos alunos o acesso ao conjunto dos bens públicos, entre os quais 
insere-se o dos conhecimentos socialmente relevantes. Além disso, é preciso que se 
valorize a utilização crítica e criativa dos conhecimentos e não somente um acúmulo 
de informações e conteúdos. Mesmo porque os PCN não se apresentam como um 
currículo mínimo comum ou um conjunto de conteúdos obrigatórios de ensino. 
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 Os professores devem guiar seus alunos para que estes possam compreender 
a cidadania como participação social e política 
Objetivos 
Por meio dos PCN, os professores devem guiar seus alunos para que estes 
possam compreender a cidadania como participação social e política, assim como 
exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia a dia, 
atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e 
exigindo para si o mesmo respeito . Além disso, os educadores devem deixar claro a 
seus educandos que o diálogo é a melhor forma de mediar conflitos e auxiliar nas 
decisões coletivas. 
Muito importante também é que os alunos valorizem a pluralidade cultural, 
posicionando-se contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de 
classe social, de crenças, de orientação sexual, de etnia ou outras características 
individuais e sociais. Além disso, devem confiar em suas capacidades afetiva, física, 
cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e de inserção social para agir com 
perseverança na busca de conhecimento e no exercício da cidadania. 
 Ensino médio 
Coube ao Ministério da Educação promover um projeto de reforma do Ensino 
Médio, priorizando as ações na área da educação, com base em uma política de 
desenvolvimento social. Isso foi necessário, já que a revolução informática gerou 
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mudanças radicais na área do conhecimento, estimulada pela incorporação das 
novas tecnologias. 
Dessa forma, a formação do aluno do Ensino Médio passou a ter, como alvo 
principal, a aquisição de conhecimentos básicos, a preparação científica e a 
capacidade de utilizar as diferentes tecnologias relativas às áreas de atuação. Por 
isso, propõe-se aos professores formar alunos que sejam capazes de pesquisar, 
buscar informações, analisá-las e selecioná-las; a capacidade de aprender, criar, 
formular, ao invés do simples exercício de memorização. 
Elaboração da reforma 
Para a formulação de uma nova concepção do Ensino Médio, seria 
fundamental a participação de professores e técnicos de diferentes níveis de ensino. 
Assim, a equipe técnica da Secretaria de Educação Média e Tecnológica 
e professores convidados de várias universidades do País propuseram a 
reorganização curricular em áreas de conhecimento, com o objetivo de facilitar o 
desenvolvimento dos conteúdos, em uma perspectiva 
de interdisciplinaridade e contextualização. 
Os trabalhos de elaboração da reforma foram concluídos em junho de 1997, a 
partir de uma série de discussões internas que envolveram os dirigentes, a equipe 
técnica de coordenação do projeto e os professores universitários. Todos se 
embasaram na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, como principal 
referência legal, para a formulação das mudanças propostas, já que estabelece os 
princípios e finalidades da Educação Nacional. 
O Ensino Médio como etapa final da Educação Básica 
Como etapa final da Educação Básica, o Ensino Médio deve oferecer, de formaarticulada, uma educação equilibrada, com funções equivalentes para todos 
os educandos: 
- A formação da pessoa, de maneira a desenvolver valores e competências 
necessárias à integração de seu projeto individual ao projeto da sociedade em que 
se situa; 
- O aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação 
ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; 
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- A preparação e orientação básica para a sua integração ao mundo do 
trabalho, com as competências que garantam seu aprimoramento profissional e 
permitam acompanhar as mudanças que caracterizam a produção no nosso tempo; 
- O desenvolvimento das competências para continuar aprendendo, de forma 
autônoma e crítica, em níveis mais complexos de estudos. 
 
Os PCN orientam os professores, buscando novas abordagens e metodologias 
A organização do Ensino Médio 
A reforma curricular do Ensino Médio dividiu o conhecimento escolar em áreas, 
uma vez que entende os conhecimentos cada vez mais imbricados aos 
conhecedores, seja no campo técnico-científico, seja no âmbito do cotidiano da vida 
social. 
A organização em três áreas – Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, 
Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias e Ciências Humanas e suas 
Tecnologias – tem como base a reunião daqueles conhecimentos que compartilham 
objetos de estudo. 
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Com a reforma no Ensino Médio, o currículo passou a contemplar a realização 
de atividades nos três domínios da ação humana: a vida em sociedade, a atividade 
produtiva e a experiência subjetiva, integrando homens e mulheres no mundo das 
relações políticas, do trabalho e da simbolização subjetiva. Com isso, surgiram quatro 
eixos estruturais da educação na sociedade contemporânea: 
Aprender a conhecer 
Deve-se priorizar o domínio dos próprios instrumentos do conhecimento, 
compreendendo a complexidade do mundo, condição necessária para viver 
dignamente, para desenvolver possibilidades pessoais e profissionais, para se 
comunicar. Esse saber favorece o desenvolvimento da curiosidade intelectual, 
estimula o senso crítico e permite compreender o real, mediante a aquisição da 
autonomia na capacidade de discernir. 
Aprender a fazer 
Na medida em que criam as condições necessárias para o enfrentamento das 
novas situações que se colocam, surgem novas habilidades e aptidões. Além disso, 
deve-se privilegiar a aplicação da teoria na prática e enriquecer a vivência da ciência 
na tecnologia e destas no social, o que faz com que surja uma significação especial 
no desenvolvimento da sociedade contemporânea. 
Aprender a viver 
O mais importante é aprender a viver juntos, desenvolvendo o conhecimento 
do outro e a percepção das interdependências, de modo a permitir a realização de 
projetos comuns ou a gestão inteligente dos conflitos inevitáveis por meio do diálogo. 
Aprender a ser 
Deve-se preparar o indivíduo para elaborar pensamentos autônomos e críticos 
e para formular os seus próprios juízos de valor, de modo a poder decidir por si 
mesmo, frente às diferentes circunstâncias da vida. Além disso, deve-se exercitar a 
liberdade de pensamento, discernimento, sentimento e imaginação para desenvolver 
os seus talentos e permanecer, tanto quanto possível, dono do seu próprio destino. 
Aprimore seus conhecimentos acessando os Cursos CPT da área Metodologia 
de Ensino, elaborados pelo Centro de Produções Técnicas. 
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Planejamento de Ensino 
 
 O Planejamento de Ensino é a especificação do planejamento 
curricular. É desenvolvido, basicamente, a partir da ação do professor e compete a 
ele definir os objetivos a serem alcançados, desde seu programa de trabalho até 
eventuais e necessárias mudanças de rumo. Cabe ao professor, também, definir 
os objetivos a serem alcançados, o conteúdo da matéria, as estratégias de ensino e 
de avaliação e agir de forma a obter um retorno de seus alunos no sentido de 
redirecionar sua matéria. O Planejamento de Ensino não pode ser visto como uma 
atividade estanque. Segundo Turra et al. (1995), 
"[...] o professor que deseja realizar uma boa atuação docente sabe que 
deve participar, elaborar e organizar planos em diferentes níveis de 
complexidade para atender, em classe, seus alunos. Pelo envolvimento no 
processo ensino-aprendizagem, ele deve estimular a participação do aluno, a 
fim de que este possa, realmente, efetuar uma aprendizagem tão significativa 
quanto o permitam suas possibilidades e necessidades. O planejamento, neste 
caso, envolve a previsão de resultados desejáveis, assim como também os 
meios necessários para alcançá-los. A responsabilidade do mestre é imensa. 
Grande parte da eficácia de seu ensino depende da organicidade, coerência e 
flexibilidade de seu planejamento." 
 O Planejamento de Ensino deve prever: 
1. objetivos específicos estabelecidos a partir dos objetivos educacionais; 
2. conhecimentos a serem aprendidos pelos alunos no sentido determinado 
pelos objetivos; 
3. procedimentos e recursos de ensino que estimulam, orientam e promovem 
as atividades de aprendizagem; 
4. procedimentos de avaliação que possibilitem a verificação, a qualificação e 
a apreciação qualitativa dos objetivos propostos, cumprindo pelo menos a função 
pedagógico-didática, de diagnóstico e de controle no processo educacional. 
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 O resultado desse planejamento é o plano de ensino, um roteiro 
organizado das unidades didáticas para um ano, um semestre ou um bimestre. Esse 
plano deve conter: ementa da disciplina, justificativa da disciplina em relação ao 
objetivos gerais da escola e do curso, objetivos gerais, objetivos específicos, 
conteúdo (com a divisão temática de cada unidade), tempo provável (número de aulas 
do período de abrangência do plano), desenvolvimento metodológico (métodos e 
técnicas pedagógicas específicas da disciplina), recursos tecnológicos, formas de 
avaliação e referencial teórico (livros, documentos, sites etc). Do plano de 
ensino resultará, ainda, o plano de aula, onde o professor vai especificar as 
realizações diárias para a concretização dos planos anteriores. 
Segue exemplo de algumas formas de planos: 
 
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Projeto Político-Pedagógico 
 Desde a promulgação da Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação Nacional (LDB), em 1996, toda 
escola precisa ter um Projeto Político-Pedagógico, o 
PPP. Esse documento deve explicitar as características 
que gestores, professores, funcionários, pais e alunos 
pretendem construir na unidade e qual a formação 
querem para quem ali estuda. Elaborar um plano pode 
ajudar a equipe escolar e a comunidade a enxergar como 
transformar sua realidade cotidiana em algo melhor. Se for bem planejado, o 
documento pode gerar mudanças no modo de agir de todos os atores envolvidos no 
processo educacional e na comunidade. Quando todos enxergam de forma clara qual 
é o foco de trabalho da instituição e participam do processo de construção do PPP, o 
resultado é uma verdadeira parceria que contribuirá, positivamente, em todo o 
processo ensino-aprendizagem. 
 O processo de elaboração e implantação do projeto político-pedagógico 
é complexo e alguns aspectos básicos devem estar presentes na elaboração do 
mesmo. Antes de mais nada, é preciso que todos conheçam bem a realidade da 
comunidade em que se inserem para, em seguida, estabelecer o plano de intenções 
- um pano de fundo para o desenvolvimento da proposta. Na prática, a comunidade 
escolar deve começar respondendo à seguinte questão: por que e para que existe 
esse espaço educativo? Uma vez que isso esteja claro para todos, é preciso olhar 
para os outros três braços do projeto. São eles: 
A proposta curricular- Estabelecer o que e como se ensina, as formas de 
avaliação da aprendizagem, a organização do tempoe o uso do espaço na escola, 
entre outros pontos. 
A formação dos professores - A maneira como a equipe vai se organizar 
para cumprir as necessidades originadas pelas intenções educativas. 
A gestão administrativa - Que tem como função principal viabilizar o que for 
necessário para que os demais pontos funcionem dentro da construção da "escola 
que se quer". 
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 Assim, é importante que o projeto preveja aspectos relativos aos valores 
que se deseja instituir na escola, ao currículo e à organização, relacionando o que se 
propõe na teoria com a forma de fazê-lo na prática - sem esquecer, é claro, de prever 
os prazos para tal. Além disso, um mecanismo de avaliação de processos tem de ser 
criado, revendo as estratégias estabelecidas para uma eventual re-elaboração de 
metas e ideais. Indo além, o projeto tem como desafio transformar o papel da escola 
na comunidade. Em vez de só atender às demandas da população - sejam elas 
atitudinais ou conteudistas - e aos preceitos e às metas de aprendizagem colocados 
pelo governo, ela passa a sugerir aos alunos uma maneira de "ler" o mundo. 
 A elaboração do projeto pedagógico deve ser pautada em estratégias 
que deem voz a todos os atores da comunidade escolar: funcionários, pais, 
professores e alunos. Essa mobilização é tarefa, por excelência, do diretor. Mas não 
existe uma única forma de orientar esse processo. Ele pode se dar no âmbito do 
Conselho Escolar, em que os diferentes segmentos da comunidade estão 
representados, e também pode ser conduzido de outras maneiras - como a 
participação individual, grupal ou plenária. A finalização do documento também pode 
ocorrer de forma democrática - mas é fundamental que um grupo especialista nas 
questões pedagógicas se responsabilize pela redação final para oferecer um padrão 
de qualidade às propostas. É importante garantir que o projeto tenha objetivos 
pontuais e estabeleça metas permanentes para médio e longo prazos. 
Importante: O PPP não deve ser confundido com o Planejamento Escolar. 
Embora os dois contenham características semelhantes, há diferença na duração: o 
Planejamento Escolar é um plano de ações a curto prazo (para o ano letivo), enquanto 
que o PPP estabelece metas para um período de 3 a 5 anos. 
 
 
 
 
 
 
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CONCLUSÃO 
 
O currículo tem intenções diversas, pois ele pode incluir ou excluir as pessoas 
dentro de uma trajetória escolar. Desse modo, não há como exercermos nossas 
práticas educacionais sem ter um currículo pré-estabelecido, uma vez que ele é a 
concretização do plano cultural da educação. 
Assim, o currículo está ligado ao planejamento escolar, pois este é a 
organização metodológica dos conteúdos que serão desenvolvidos na sala de aula. 
Por isso, o professor deve planejar sempre suas aulas para que haja uma relação 
entre ele, o aluno e o objeto do conhecimento. 
Dessa forma, o professor deverá mudar o paradigma pedagógico, planejando 
suas aulas voltadas à realidade e necessidade dos educandos, para que de fato haja 
reflexão e conhecimento dos conteúdos que estão sendo discutidos em aula. 
 A discussão na área curricular é uma compreensão dialética, situada em um 
contexto mais amplo que é o planejamento das aulas do professor, que fará a 
diferença na construção do conhecimento do educando. Assim, o currículo precisa 
ser revisitado o tempo todo para fortalecer a gestão democrática da escola e garantir 
qualidade social da educação, bem como transmitir conhecimentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERENCIAS 
 
ALONSO, MYRTES. O PAPEL DO DIRETOR NA ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR. 3ª ED.- 
SÃO PAULO: DIFEL, 1979. 
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. LEI DE DIRETRIZES E BASES DA 
EDUCAÇÃO NACIONAL - LEI Nº 4.024/61.FIXA AS DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO 
NACIONAL. 1961. 
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