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Cimento ionomero de vidro

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Xilo – LVII – 2019
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Dentística pré-clínica II – CIV
O CIV é uma material de restauração direta diferente dos estudados até então. Este, deve ser manuseado em pó e líquido. O pó é composto por silica, alumina, fluoretos e fosfato de alumínio que dão resistência, rigidez e liberação de fluor. O líquido é uma solução aquosa de ácidos polialcenóicos – poliacrilico, polimaleico, tartárico e itacõnico, que promovem adesão e biocompatilidade, de maneira que se liga quimicamente com a estrutura dentária, o que supre uma das deficiencias da resina composta. Apesar da dificuldade na manipulação, este é um material de diversas propriedades benéficas que serão discutidas a seguir. 
Quanto à natureza, a classificação pode dividir os ionomeros em: convencionais – pó de particulas vítreas e líquido de ácido polialcenóicos que não possuia uma resistencia boa, sendo necessário adicionar particulas metálicas, criando os reforçados por metais, com liquido semelhante ao dos convencionais e pó composto de mistura de particulas de liga de prata; os modificados por resina tem parte do liquido substituido por HEMA. *são todos cimento ionomero de vidro, mas não podemos dizer que são iguais, sendo cada um indicado para diferente situações *
Há classificações diferentes quanto à indicação, dependendo do tamanho de suas particulas – tipo I para cimentação por ser mais fluido, Tipo II para restauração e Tipo III para forramento.
O tipo I é indicado para cimentaçãõ de peças protéticas e acessórios ortodonticos, sendo caracterizado por uma granulação fina (>20micrometros)
O Tipo II é indicado para restaurações de classe I, III e V de dentes permantentes (não muito resitente para classes II e IV), bem como restaurações em dentes decíduos (força mastigatória menor), sendo caracterizado por granulação grossa (<45 micrometros).
O tipo III é indicado para forramento e base de restauração, caracterizado por granulação entre 25 e 35 micrometros.
O Tipo IV é o ionômeto modificado por resina, sendo indicado para todas as situações apontadas acima.
Os ionômeros convencionais tem uma reação de presa do tipo ácido-base, de maneira que o vidro com o ácido forma sal e silica gel. O Estágio 1 formará um gel de policarboxilato de cálcio para adesão inicial em 5 minutos. O estágio dois formará policarboxilato de alumínio para adesão final de 24 horas. O tempo de trabalho está no primeiro estágio.
A reação de presa do CIV mr (modificado por resina) tem fases diferentes. A primeira tem a reação ácido/base, partindo para a segunda fase de polimerização do componente resinoso por fotoativação de radicais livres ou polimerização quimica. A primeira fase de reação é intercalada pela segunda fase, que retardará a primeira fase, dando mais tempo de trabalho. O CIVMR com ativação química é comercializado como Dark Cure, uma vez que não necessita do acesso à luz para polimerizar.
As propriedades do material envolvem a adesão fisicoquimica, liberação de flúor, compatibilidade biológica, coeficiente de expansao termica linear semelhante ao das estruturas dentárias e baixo módulo de elasticidade (absorve efeitos de contração de resina quando utilizado para forramento).
A adesão é essencialmente físicoquimica. A adesão fisica é feita por adaptação às margens cavitárias e por meio de microrretenções. A adesão química é feita com a reação dos íons carboxilicos com o Calcio do esmalte e da dentina. A adesão se faz com a difusão iônica que ocorre na estrutura dental, de maneira que ao atacar a superficie do esmalte e dentina, o ácido destaca íons fosfato de superficie. A união é inicialmente fraca, sendo baseada em adesão por pontes de H. Com a maturação, a adesão se transforma em forma união quimica ionica-polar. No CIVMR há a formação de uma camada similar á hibrida, mas sem a retirada de calcio em excesso, que é necessário pela ligação quimica com o CIV.
 O flúor liberado é maior nas primeiras 24h, decrescendo com o tempo ao estabilizar a reação. Isso se estabiliza por liberar continuamente para as áreas adjacentes à restauração, também podendo fazer “recarregamento de flúor” quando o íon é consumido, de maneira que contém um certo volume de flúor sempre que entra em contato. Os produtos Vidrion tem maior liberação de Flúor, apesar da maior fluidez de material.
O coeficiente de expansão térmica e linear é indicador de um bom vedamento marginal, sendo mais semelhante ao dente nos convencionais. Apesar disso, os CIVMR são os de maior coeficiente.
A compatibilidade biológica é feita em relação aos tecidos adjacentes e a polpa, isso ocorre por ter ácidos fracos, com difusão de poliacidos dificultadas devido ao altopeso molecular e tamanho de cadeia. O acido polialcenoico é rapidamente precipitado pelos íons cálcio nos túbulos dentinários (Capacidade tampão). É importante a sua capacidade de reduzir a penetração bacteriana pela liberação do flúor, baixo pH inicial e união química ao dente. Maritaca passou aqui. O xilo escreve pra crl mds
Seu baixo modulo de elasticidade leva a uma maior resiliencia, de maneira que gere alívio de tensões que leva a uma menor infiltração marginal.
As limitações do material envolvem a sua falta de translucidez que prejudica a estética, baixa resistencia de borda e sinérese e embebição (perda de água e ganho de água, respectivamente), que leva a uma desproporção na formação do carboxilato de aluminio e de calcio. O CIVMR sofre menor fragmentação por sinérese se comparado ao outro.
· A indicação geral desses materiais são para:
· Cimentação de peças protéticas, bandas e fixação de acessorios ortodonticos
 Nesses casos utilizamos o tipo I ou modificados por resina especifico para cimentação. O ionomero deve cimentar ainda enquanto brilhoso porque ainda tem o liquido que se liga com os sais de cálcio.
· Adequação do meio bucal em restaurações temporárias
É necessário apenas retirar a dentina desorganizada e fechar a cavidade com o CIV para promover a remineralização das regiões adjacentes. Como é uma restauração provisória, a embebição do material não é importante.
· Tecnica restauradora atraumatica
Esse tratamento é iniciado com remoção do tecido cariado com instrumentos manuais, restaurando com material adesivo. O tratamento traz as vantagens do selamento, adesividade à estrutura dentária, coeficiente de expansão térmica próximo ao do dente, tem boa resistencia e libera fluor. Essa técnica pôde chegar a áreas com pouca infraestrutura para tratamento de cáries – foi desenvolvida para ser aplicada em areas pobres, apesar de ser muito caro. É uma opção de tratamento para pacientes que não se sentem confortáveis com o ruído do motor. 
As vantagens dessa técnica envolvem o baixo custo e simplicidade de técnica, tem maior alcance social, não precisa de anestesia e o CIV se adere à estrutura dentária e liber flúor.
Suas limitações envolvem o desconhecimento da longevidade da técnica, bem como a negligência do operador pode provocar falha na manutenção da mesma.
Após acesso à cavidade e remoção do tecido cariado com materiais cortantes nao rotatórios, condicionamos a cavidade com o acido e aplicamos o material. Usamos a pressao digital para adequar o CIV à anatomia oclusal, aplicando então o verniz para proteger.
· Selamento de cicatriculas e fissuras
O Tipo III e o tipo IV podem ser utilizados para selamento de dentes de cicatriculas e fissuras pronunciadas para evitar que ocorra cáries nessa região. Também podendo ser utilizado para proteger o complexo dentino-pulpar como a base de uma restauração mista de resina+ionômero.
· Restauração de dentes permanentes de classe I, III, V e LCNC
Preparos de classe III inicia-se com acesso lingual, preservando a face vestibular. Utiliza-se brocas esfericas de tamanho compativel com a lesão, limitando a abertura à crista marginal. Os preparos tem angulos internos arredondado, sem retenções adicionais e angulo cavossuperifical reto.
O tratamento da superficie dentaria precisa primeriamente da remoção do smear layer que forma smear plug. Para retirá-lo utilizamos o liquido do ionomero, mais conhecidocomo ácido poliacrilico (10% a 40%), aplicado por 10 a 15 segundos sobre a superficie dentaria e lavando abundantemente em seguida com jato de água+ar. O CIVMR tem indicações dependendo da marca, sendo bem comum a recomendação do tratamento com ácido poliacrilico a 10%/40% ou primer do próprio material (acido poliacrilico com um pouco mais de HEMA).
A manipulação do material convencional é iniciada com a homogeinização do pó dentro da embalagem. Então, proporcionamos as medidas do pó, exatas ao tamanho do medidor que vem na embalagem. A disposição da gota é feita com o frasco virado perpendicularmente à placa de vidro, sendo necessário também seguir outras condições do fabricante. A espatulação inicia-se com a quebra da tensão superficial do liquido com a espatulação desse sozinho, sem o pó. Então acrescentamos apenas metade do pó ao liquido em movimentos de aglutinação, encorporando a outra metade posteriormente.
Com a seringa centrix podemos inserir o material na cavidade com maior facilidade sem incorporar bolhas. A inserção do CIV também dependerá do uso de tiras de poliester e cunhas de madeira. Antes de tomar presa totalmente, aplicamos um isolante ou vaselina para facilitar na proteção da restauração contra sinérise e embebição e remoção de excessos. A proteção poderá ser feita com vaselina, verniz, resina fluida, sistema adesivo, esmalte para unha incolor ou gel lubrificante.
Restaurações de classe I tem mesmas caracteristicas de cavidade, com condicionamento de ácido poliacrilico e restauração. O material é colocado e a brunidura com os dedos vazelinados deve ser feita. A classe V é igual.
Restaurações mistas são feitas com a combinação do CIV com uma resina composta. Em restaurações de cavidade com margem cervical em dentina (abaixo da junção amelodentinaria) ou em cavidades que apresentem esmalte periferico em suporte (socavado) é utilizada a técnica mista. Nesta, utilizamos o CIV como forramento na porção de dentina e um fundo de hidróxido de cálcio, ambos recobertos pela resina composto. A resina composta tem resistencia maior à abrasao e de melhor estética, apesar da contração de polimerizaçáo e baixa estabilidade dimensional. O Civ, em contrapartida, tem melhor adesividade, maior biocompatibilidade, maior liberação de fluor, apesar da baixa resistencia à abrasão, estética instatisfatória e sinérese e embebição. Nessa técnica temos os beneficios do ionomero combinados à boa estética e resistencia da resina. A técnica mista aberta utiliza CIV restaurador por deixar uma margem cervical exposta ao meio bucal.

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