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CIV - Cimento de Ionômero de Vidro


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Através do cimento de silicato e do policarboxilato de zinco foi criado o IONÔMERO DE VIDRO. Foi extraído do cimento de silicato a capacidade de liberar flúor e do policarboxilato de zinco a capacidade de adesividade e compatibilidade com o complexo dentinho polpa.Cimento de Ionômero de Vidro - CIV
Classificação 
Composição
Duas formas de apresentação de acordo com sua composição: Ionômero de vidro convencional e ionômero de vidro resinoso
Ionômero de vidro convencional 
Pó- Sílica, Alumina e Fluoreto (+ importante) Líquido- Ácido poliacrílico ou polimáleico 
-características de trabalho - Ácido tartárico-> força coesiva 
- resistência do cimento ->Resistência à compressão 
-propriedades anticariogênicas -> tempo de trabalho/ acelera a presa
-opacidade (ruim) - Ácido itacônico-> reduz a viscosidade do . líquido
 ->estabilidade de armazenamento
O flúor irá dar todas as características que se tem no pó. E antigamente no líquido só tinha o ácido poliacrílico, e posteriormente viu-se a necessidade de melhorar algumas características, tendo assim a introdução dos outros ácidos da tabela.
Em resumo o que ocorre para obtenção do produto é:
 Reação ácido/base Sal Matriz de ligação 
Assim, ao misturar o pó e o líquido tem uma reação ácido/base formando assim um sal, que irá funcionar como matriz de ligação, entre o material e a estrutura dental. Só e somente só é considerado CIV se tiver reação ácido/base.
Ionômero de Vidro Resinoso
80% ionômero Fotoiniciadores			20% resina (HEMA)
Ele permite uma estética melhor por ter uma escala de cor, pela presença da resina, apresenta também a reação ácido/base pela presença de ionômero. São considerados cimentos híbridos por terem em sua composição ácido poliacrílico, alumínio silicato de vidro e metacrilatos. Pode ter 2 ou 3 ativações, polimerização química (como o convencional), fotoativação (fotopolimerizador) ou redox ( presente no Vitremer da 3M), mesmo que o fotopolimerizador toque em alguma parte, ele vai ser polimerizado.
 	Indicação clínica
Tipo 1: Cimentação
- vem com indicação na caixa de “CEM” ou “C” 
Tipo 2: restauradores
- Vem com indicação na caixa “fill” ou “R” 
Tipo 3: Forramento de cavidade, proteção do complexo dentino pulpar, restauração provisória, selante de fóssulas e fissuras.
Propriedades
· Compatibilidade biológica
+ indicado para proteção do complexo Dentinopulpar
->reduz a penetração bacteriana 
->baixo pH inicial
· Liberação de flúor (ideal principalmente para pacientes com alto índice cariogênico)
Maior liberação nas primeiras 24horas e ainda consegue manter a liberação de flúor grande nos primeiros 7 dias, com diminuição ao longo do tempo a partir dos 7 dias, porém se mantém sempre. Ela consegue interferir no processo de desmineralização e remineralização. Promove uma remineralização onde está tendo processo de desmineralização. Ele também funciona como reservatório de flúor, ele absorve(aplicação tópica, enxaguantes etc) e libera aos poucos na cavidade bucal e ainda não deixa a estrutura mais fraca (menos resistente) por tanto liberando flúor.
· Adesividade (menor formação de fendas na divisão da restauração)
Mecanismo de ação: Quando for feita a manipulação e posteriormente feita introdução na cavidade bucal, vai ter um molhamento da superfície dental, devido ao líquido que tem na mistura. Os íons hidrogênio do líquido eles conseguem interagir com a superfície mineralizada (cálcio e fosfato que existe no esmalte e dentina), deslocando os íons de cálcio e fosfato, os quais se ligam aos grupos carboxílicos do cimento e ao dente. Ele tem maior adesão ao esmalte por ser mais mineralizado do que na dentina.
· Coeficiente de expansão térmica 
Tendo um coeficiente semelhante ao do dente como o CIV convencional tem, vai ter uma longevidade maior na durabilidade da restauração, já o CIV resinoso é mais semelhante ao amálgama e resinas, tendo assim maior possibilidade de fendas
Acido poliacrílico-> acido fraco
 ->alto peso molecular -> dificuldade em penetrar os túbulos dentinários (não agride a polpa)
 -> precipitado pelo íons cálcio
	Ao ficar um pequena espessura de dentina (0,5mm), não há necessidade de fazer proteção do complexo dentinopulpar, pois o mesmo tem a precipitação pelos íons cálcios e assim o ácido poliacrílico é transformado em sais insolúveis; já menor que isso (<0,5mm, visão do rósea da polpa) necessita de proteção auxiliar com hidróxido de cálcio antes do CIV.
 	Reação de presa
CIV convencional
	Acontece em 3 fases que se superpõem (não tem uma visualização muito boa da mudança).
· fase de deslocamento de íons 
 Brilho -> união química entre o ionômero e o dente
Grupos carboxílicos livres que vão promover a união química entre o ionômero e o dente, nesse momento que deve ser inserido no dente.
· Fase de formação de matriz de hidrogel (5min após manipulação)
Opaco -> desaparece após a fase de presa
Se tiver opaco não se deve introduzir no dente, pois não tem mais grupos carboxílicos livres, assim não terá união. Tem que ter cuidado com a sinérese ( capacidade do material de perder água para o meio bucal) e embebição ( capacidade do material de absorver água do meio bucal) essas duas situações interferem na resistência final do material, assim se põem vaselina na superfície para proteger o material.
· Fase de formação de gel depolissais (1 até 24horas)
 Pequena expansão -> alta umidade (salivação normal do paciente)
	Com a pequena expansão se tem um maior contato e preenchimento melhor, assim evita processo de infiltração, ocorrendo isso até o endurecimento final do material.
	Houveram alterações na fórmula para diminuição no tempo de presa (2min), grande ganho para odontopediatria, porque manter o paciente pediátrico de boca aberta por muito tempo é difícil. Não é indicado para respiradores bucais (ressecamento da cavidade bucal), pois não terá a terceira fase, assim vai ficar desidratado o tornando quebradiço.
CIV resinoso
3 sistemas de ativação:
· Sistema quimicamente ativado 
Reação ácido-base + polimerização química
· Sistema fotoativo
Reação ácido-base + fotoativação
· Sistema de presa dual
Reação ácido-base + fotoativação + iniciadores químicos
Proporcionamento e manipulação
CIV convencional e CIV resinoso
· Cápsulas
Proporcionamento correto 
Manuseio rápido e simples
Melhores propriedades
· Pó e líquido
Pouco pó-> mais fluido, maior solubilidade e menor resistência 
Muito pó-> menor tempo de trabalho, menor adesividade, menor translucidez e tempo de presa mais rápido
-Divisão do pó de acordo com o fabricante (alguns indicam 2 divisões outro em 3)
- Aglutinação parte a parte
- Massa homogênea -> fluidez e brilho superficial
- Tempo de manipulação (30s- 1min)
Cuidados clínicos
CIV convencional e CIV resinoso
-pó e líquido
Agitar o frasco do pó (às vezes o flúor cede), medidor próprio para proporcionar, posicionamento perpendicular do frasco do líquido (evitar bolhas), manter o vidro do pó e líquido fechado, usar espátula plásticas (tem afinidade por metal, fica grudando)
- Cápsulas
Romper o lacre, trituração mecânica (A textura do ionômero para cimentação tem que ficar em fio, quando levantar formar um fio.)
Infiltração marginal
Capacidade de união à estrutura dental
CIV convencional X CIV resinoso
 Menor infiltração marginal 
CIV convencional: menor estresse
- Não sofre contraçãode polimerização e coeficiente de expansão térmica similar ao dente
CIV resinoso: maior estresse (devido aos componentes presentes)	
- Contração de polimerização e coeficiente de expansão térmica diferente do dente
Resistência mecânica
Quando for para uma área que necessite de resistência mecânica, se opta pelo CIV resinoso, pois apresenta uma maior resistência.
Estética
CIV resinoso
Maior número de cores, logo tem uma estética melhor; maior lisura da superfície
CIV convencional
Opaco e menor lisura de superfície
TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE DENTAL
O tratamento de superfície é de extrema importância para que a gente tenha uma adesão, porque essa adesão de CIV não se dá de forma micro mecânica como a gente vai ver para as resinas compostas ela é uma adesão química, e para termos esse tipo de adesão é preciso que a superfície de onde o material vai ser colocado, esteja limpa e seja adequadamente tratada e só assim a gente vai conseguir aumentar e melhorar essa capacidade de adesão dos materiais restauradores. 
· CIV CONVENCIONAL 
Capacidade de adesão à estrutura dental
- Superfície limpa 
- Adequadamente tratada 
O OBJETIVO – É aumentar a energia livre de superfície e com isso o cimento escoa de uma forma melhor e permanece nas paredes da cavidade. Porém o tratamento de superfície para o ionômero de vidro é diferente do tratamento de sistema adesivo. Com o sistema adesivo a gente vai desmineralizar a estrutura dental, para o CIV não há a necessidade de desmineralização nem exposição dos túbulos dentinários. Para o CIV há apenas uma limpeza no local de onde o material será colocado. 
Porque é importante essa limpeza? Pois depois do preparo cavitário existe uma camada de smear layer e essa camada não está fortemente aderida à estrutura dental e se a gente coloca uma camada de CIV se houver qualquer esforço de mastigação ou uma variação térmica grande na cavidade bucal pode haver um processo de infiltração. Então a importância da remoção ou redução da smear layer é vista quando o CIV é usado como forramento para resina composta porque a união com a resina é micromecânica, então quando você coloca o CIV numa superfície que não foi tratada, quando você levar a resina composta e ela contrair, durante essa contração pode haver um deslocamento da smear layer e um deslocamento no forramento e vai formar uma fenda entre o dente -CIV e material restaurador. 
PARA O TRATAMENTO DA SUPERFÍCIE – Podemos usar tanto o 
- ÁCIDO POLIACRÍLICO 11,5%/10 SEG
- TERGENSOL (detergente biológico) - aplicação de forma ativa. 
Passo a passo: Molhe uma bolinha de algodão e esfregue na superfície. 
Por ser um ácido não deve fazer essa limpeza por mais de 30 segundos para que não haja a abertura dos túbulos dentinários. Pois a união não é micromecânica, diferente do sistema adesivo que é. 
Após essa exposição é feita uma limpeza abundante de água e depois secagem. 
· POSSIBILIDADES DE CIV
- Primer – depois de aplicado – jatos de ar e fotopolimerização
- Ácido poliacrílico 
Nenhum tratamento 
Sempre seguir as indicações dos fabricantes 
Quando nenhum tratamento é sugerido deve-se usar o TERGENSOL. 
· INSERÇÃO 
- Quando o material deve ser inserido na cavidade? 
- Em superfícies brilhantes: Pois nesse momento ainda existem grupos carboxílicos livres, ou seja, líquido suficiente para que a adesão ocorra. 
- Perda do brilho ou diminuição de fluidez: Estado avançado de presa onde o número de grupos carboxílicos é insuficiente, ocorre uma reação com o cálcio e o enfraquecimento da adesão. 
- Manipulou, ficou com aspecto de brilhante, já insere na cavidade. 
A inserção pode ser feita de um só vez (com a espátula de plástico) – mas pode ser que incorpore bolhas. O ideal é usar a seringa centrix. 
Os cimentos convencionais de cápsulas já vêm com instrumental que ao mesmo tempo que promove a homogeneização ele também serve como instrumento de inserção, o que minimiza a formação de bolhas. 
Quando trabalhamos com o forramento e formação de dentina artificial utilizamos pequenos aplicadores que são colocados em pequenas porções locais desejadas. 
Sempre lembrar de antes da inserção a fita matrix tem que estar em posição, a tira de madeira também. Quando passa da fase inicial (brilhante) à segunda fase (opaca) podemos tirar a matriz, mas neste momento passamos uma vaselina em toda a restauração, para evitar o processo de ganho ou perda de água para o ambiente (sinérese e embebição). 
Se houver necessidade de remoção de excessos se faz essa emoção e coloca uma nova camada de vaselina ou base incolor. 
Se houver necessidade de remoção de excessos, faz essa remoção de excessos e coloca uma nova camada de proteção que pode ser vaselina ou esmalte incolor. O CIV, também pode ser inserido com espátula ou seringa centrix, a diferença é que esse material, tanto pode ser inserido em um único incremento ou através da técnica incremental. Mas como podemos trabalhar com a técnica incremental e fotopolimerização é muito melhor, então vai se inserindo incrementos de 2 mm fotopolimerizando e a gente vai ter um resultado melhor. Da mesma forma que para o convencional quando ele entrar na segunda fase que apresentar opacidade já se faz a aplicação do agente de proteção. Então se houver a necessidade de remover os excessos de material pode sim fazer na mesma sessão, porém com uma lâmina de bisturi sem utilizar instrumentos rotatórios e após a utilização da lâmina, nova proteção. O acabamento propriamente dito, o material leva até 24h para finalizar sua reação de presa. O ideal é que a gente só faça acabamento e polimento 48h após a aplicação do material restaurador. Sempre que for fazer o acabamento também tem que passar vaselina, por tanto da sinérese e embebição, se houver uma perda do material grande, pode haver a formação de trincas o que compromete a longevidade da restauração. 
O acabamento para o CIV, pode ser da seguinte maneira, utilizar as pontas diamantadas de granulação ponta fina (F e FF) para as superfícies vestibulares – discos de lixa e em região interproximal as tiras de lixa. 
Para o CIV resinoso, como ele é fotoativado podemos fazer o acabamento na mesma sessão, mas não é o mais indicado, o ideal é que faça em 2 sessões. 
Para resina composta, podemos usar também as pontas diamantadas F E FF, podemos usar as borrachas abrasivas e na superfície interproximal as tiras de lixa, sem esquecer JAMAIS de após a finalização fazer uma nova proteção na superfície da restauração. 
Em relação a reparabilidade: 
Você fez uma restauração em CIV e houve fratura, o que fazer? 
No caso de CIV CONVENCIONAL não podem ser reparados com o mesmo material. Dessa forma, ou fazemos a remoção total, ou fazemos um reparo com a resina composta. 
REPARO: 
Não precisa utilizar o ácido fosfórico, mesmo indo trabalhar com resina, pois ao fazer a limpeza do CIV já formamos microretenções que poderemos trabalhar. 
Quando a gente trabalha com CIV RESINOSO
Podemos fazer uma reparação com o próprio, mas se essa fratura tiver ocorrido em uma área que precise de maior resistência à tração, precisamos de um material mais forte, ao invés de usar o CIV RESINOSO, usamos a resina composta. 
INDICAÇÕES CLÍNICAS – (Parte mais importante)
Pelo CIV ser um material muito crítico, todas as fases e períodos tem que ser seguidos à risca, devido a esse fator o ionômero de vidro convencional está sendo usado em um pequeno número de indicações. 
As principais são: Proteção do complexo detina-polpa ou na adequação do meio bucal. 
Na maioria das situações, fazemos uma opção entre CIV resinoso e resina composta. 
O CIV: 
- Utilizado em selante de cicatrículas e fissuras pois tem maior proteção contra as cáries, só que como o CIV não tem um bom escoamento, ele só deve ser utilizado naquelas fissuras que são mais profundas, onde a gente sabe que ele vai conseguir se aderir e permanecer, quando as fissuras são muito rasas é necessário que se utilize o selante resinoso, pois com o condicionamento com o ácido fosfórico a gente vai conseguir uma superfície mais retentiva para que esse selante possa permanecerna cavidade. 
Então a vantagem do CIV é que eles não necessitam de condicionamento com ácido fosfórico então só a limpeza da superfície faz com que se tenha uma superfície onde o CIV vai conseguir ficar ali e se reter aquelas fissuras e que apesar do CIV ter uma alta porcentagem de desgaste inicial, a sua liberação de flúor compensa esse desgaste inicial, pois nessas regiões de cicatrículas mesmo ele vai permanecer, vai haver um desgaste nas regiões de vertentes onde o material não vai ficar retido de forma muito boa, nessas regiões de sulcos e fóssulas eles agem muito bem e passam a liberar flúor para o meio bucal. 
Como forramento o cimento de ionômero de vidro resinoso ele é o material de eleição para restauração de resina composta ou amálgama, porque? 
Eu falei que o CIV tem uma indicação muito grande para forramento e porque agora eu tô dizendo que o mesmo é o material de eleição? 
Isso acontece porque quando a gente trabalha com CIV convencional a gente não vai poder utilizar nenhum tipo de material de ponta diamantada em cima daquele material antes das primeiras 24h. Quando vamos restaurar com resina composta ou amálgama se houver a necessidade de fazer a restauração no mesmo dia, o ideal é que use o CIV resinoso pois ele tem uma presa rápida e inserção incremental, favorecendo a sessão única. 
Para o CIV convencional a desvantagem é o maior tempo de presa, a gente vai inserir o CIV em bloco e não podemos rebaixar o material para terminar a restauração. É isso que acontece na clínica quando a gente vai utilizar o CIV como forramento, pois raramente temos o resinoso disponível e para o convencional vamos ter que preencher toda a cavidade, e em outra sessão fazemos o rebaixamento, ajusta o forramento e na sequência fazemos a restauração de resina ou amálgama. 
Se a gente optar pelo CIV convencional temos que colocar de modo que não precisemos de instrumento rotatório para remoção de excessos, aplicar apenas nas paredes axial e pulpar e certificar-se de que não existe matéria de forramento no ângulo cavo-superficial através do uso de instrumentos manuais. 
Sobre o ângulo cavo superficial de toda restauração não deve haver a presença do CIV convencional pois ele não deve ficar em contato com meio externo.
É muito utilizado pela qualidade e pelo baixo custo. 
- Outra indicação é a formação de dentina artificial. 
Muitas vezes quando finalizamos a remoção de tecido cariado a gente vai obter uma cavidade onde temos áreas de esmalte sem suporte de dentina. Se essa cavidade for indicada uma restauração de amálgama, essas áreas de esmalte socavadas vão ser cavadas e haverá mais remoção de tecido sadio, e aí entra o CIV como formação de dentina artificial. 
Os CIVS convencionais são muito indicados para essa função de formação pois o seu coeficiente de expansão térmica é similar ao do dente e assim diminui a infiltração marginal. Com a formação de dentina artificial conseguimos reforçar a estrutura dental e permitir a realização de restaurações conservadoras – O esmalte é preservado e a dentina perdida é restaurada, mantendo a estética. 
RESTAURAÇÕES PROVISÓRIAS E ADEQUAÇÃO DO MEIO BUCAL
Material restaurador: 
Deve ter uma boa resistência mecânica e uma boa capacidade de selamento marginal. 
Os materiais ionoméricos são muito bons por serem adesivos e liberarem o flúor – que inibem a desmineralização e ativa a remineralização, além disso esses materiais fazem um recarregamento de flúor, absorvem o flúor e liberam para o meio bucal. Podemos remover a cárie parcialmente ou remover totalmente se for uma superfície mais rasa, colocar o CIV e aí na próxima sessão restaura os elementos dentais. 
- Indicada também em restaurações conservadoras onde há cárie em sulco ou quando a lesão é mais extensa mas não atinge a região oclusal que entra em contato com o antagonista. 
- Em cavidades classe I com contatos oclusais em estrutura dental hígida – CIV RESINOSO, mas a preferência é a resina composta. 
TÉCNICA DO SANDUÍCHE 
Quando temos uma lesão que está pequena, mas ela tem uma profundidade maior então removemos o tecido cariado, colocamos o CIV e por cima aplicamos um selante resinoso. 
- Restaurações de classe I e II de dentes decíduos. 
Pois temos adesividade, liberação de flúor e biocompatibilidade. Dessa forma, fazemos a remoção do tecido cariado, sem preparo, sem desgaste de esmalte ou dentina e fazendo a restauração. Outro fato importante é que ele vai inibir a desmineralização e potencializar a remineralização.
- Restauração classe II tipo túnel. 
Que é uma cárie proximal e/ou oclusal, sem envolvimento de crista marginal, faz-se uma restauração mista. 
Vai com a ponta atinge a lesão, remove toda a lesão, preenche com CIV e na superficiie oclusal usa amalgama ou resina composta. E assim teremos: Adesividade e liberação de flúor + resistência ao desgaste. 
- Outra indicação é restauração de classe III
Cárie ativa, sem envolvimento vestibular, necessidade estética é finalizada com resina composta. 
- Restaurações de classe V
Material de escolha em pacientes cárie-ativo e presença de sensibilidade cervical – técnica de sanduíche. 
- Tratamento restaurador atraumático – ART 
Locais onde não há atendimento odontológico, estabilização de processos múltiplos de cárie – posterior restauração definitiva. 
Onde não há tratamento odontológico? Na África. Grupos de profissionais se unem e fazem tratamento restaurador atraumático com CIV até que a pessoa possa se deslocar para fazer uma restauração com resina.
INDICAÇÕES 
Remove a maior quantidade possível de dentina cariada, mas deixa um pouco para que não haja um comprometimento pulpar, e muitas vezes com o CIV essa dentina pode se remineralizar, pois os odontoblastos podem ser capazes de remineralizar esse dente. 
- Crianças que têm medo das brocas e da caneta. 
- Crianças que já tiveram contato e tem trauma. 
- Pacientes especiais 
- Lesões múltiplas de cárie 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
- Excelentes propriedades 
- Extrema sensibilidade 
Agente de forramento, adequação de meio bucal, odontopediatria, custo benefício muito bom. 
Existe bastante técnica e preparo, mas se fizermos a manipulação correta: Proporcionamento, tempo de aglutinação, inserção do material, proteção superficial, acabamento