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Denise Calhau Ra: 2154008 TURMA: 003106B02 APS DE CRIMES EM ESPÉCIES-Ivan Carlos de Araújo DA TORTURA: Para Cesare Beccaria, a tortura é barbárie consagrada pelo uso em alguns governos, e ainda ressaltou que método é utilizado durante o procedimento do acusado, para que ele confesse o crime, infringindo pena a ele sem saber se é inocente ou não, e devido a isso, um inocente pode confessar um crime que não cometeu. Esse sistema, não distinguia entre culpado inocente, para eles na época, quando possuía elementos probatórios, mesmo que sejam menores, o réu já era considerado ao menos, um pouco culpado, sendo já merecedor da tortura. Quem era submetido a tortura e não confessasse, era considerado parcialmente culpado e devido a isso, tinha que ser punido. Em seu livro, ele diz que um homem não pode ser considerado culpado antes da sentença do juiz. O pensamento dele, se encaixa no nosso conceito atual, pois, segundo o artigo 5º, LVII/CF, onde diz, que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória, e ainda neste artigo encontramos o princípio da presunção de inocência ou estado de inocência. Em resumo desse princípio, todos são inocentes até que se prove o contrário A tortura nessa época era algo comum, porém, em 1824 com a Constituição Imperial este ato foi considerado crime, sendo prevista na Lei nº9455 de 1997 em seu artigo 1º. Na Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5º, inciso III, proíbe a tortura; sendo esse método uma clausula pétrea por se tratar de um direito fundamental, portanto, mesmo que ocorra uma reforma constitucional, esta proibição deve, necessariamente, permanecer. DAS INJÚRIAS: Segundo Cesare Beccaria, as injurias pessoais que são contra a honra, quer dizer, essa exata parcela de estima que cada homem tem o direito de esperar de seus concidadãos, devem ser castigados pela infâmia e essa punição tem uma força vinda da opinião pública, e para o povo, o poder da opinião pode-se dar vantagens que as leis não podiam e estas evitam males que não podem ser evitados pela lei. E ainda acrescentou que a honra é uma noção fundamental nas monarquias modernas, onde a tirania do senhor é controlada pelas leis. Nos dias atuais, o poder da opinião é muito importante para a imagem do homem diante da sociedade; pois se a visão dos outros referente a nós for boa, teremos benefícios e caso esta, for ruim, nos prejudica. Devido a isso, quando ocorre uma mentira envolvendo o nome de alguém, traz a esta, uma fama ruim, e aí, entra o nosso ordenamento jurídico com o fito de extinguir tamanha injustiça feita sob a pessoa. A injuria está tipificada no Código Penal no artigo 140, portanto, o ato de injuriar alguém é considerado crime, possuindo pena de um a seis meses, ou multa e a depender do caso poderá, chegar a um ano de pena detenção e 3 anos de pena reclusão. Aqui, se trata da honra subjetiva que é constituída pelos atributos morais, físicos, intelectuais ou sociais de cada indivíduo. O ato de injuriar alguém significa imputar a este uma condição de inferioridade perante a si mesmo, é caracterizada quando há utilização de referência a raça, cor, religião, etnia, origem ou condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência. Aqui no Brasil há a proteção a liberdade de expressão e liberdade de imprensa, protegidos na Constituição Federal de 1899; essa liberdade não pode ser extrapolada, abusiva e caso ocorra, pode-se caracterizar como injúria, sendo cabível a sanção devida. DA PENA DE MORTE: Para Cesare Beccaria, a pena de morte não se apoia em nenhum direito, essa escolha é apenas uma guerra que se declara a um cidadão pelo país, sendo, necessária ou útil a eliminação desse cidadão. Para ele, a pena de morte só pode ser encarada como necessária apenas por dois motivos, nos momentos de confusão em uma nação fixa na alternativa de recuperar ou de perder sua liberdade e quando o cidadão privado de sua liberdade, poder ainda, por meio de seus vínculos, atentar contra segurança pública, e ainda, podendo sua existência produzir uma revolução perigosa no governo que está no poder. E ainda ressalta que a experiencia da pena de morte dos séculos, demonstra que essa sanção jamais deteve as práticas de atos ilícitos. Para ele, a pena de morte é prejudicial a sociedade pelas demonstrações de crueldade que apresenta aos homens. Ele acredita que o legislador deve, estabelecer fronteiras ao rigor das penas; e esta sanção para ser justa, o rigor da pena deve ser o suficiente para afastar o cidadão do caminho do crime. No Brasil é vetado pena de morte como sanção, apenas é permitido que a pessoa permaneça em reclusão por até 30 anos. Porém, aqui, a pena de morte será lícita quando se tratar de casos de guerra declarada (artigo 5º, XLVII/CF). A Constituição de 1876 do Brasil permitia a aplicação da pena de morte de forma monstruosa e desumana com o fito de mostrar o poder estatal na prevenção de crimes e para também, colocar medo na população; só na Constituição Federal de 1988 que foi proibida essa sanção. No Brasil é vetado pena de morte como punição, porém, a pena capital será lícita quando se tratar de casos de guerra declarada (artigo 5º, XLVII/CF). Aqui, como sanção rígida é a pena reclusão de 40 anos, sendo isso, o máximo que a pessoa pode ficar presa. DO ROUBO: Segundo Cesare Beccaria, o é um dos crimes mais miseráveis e de aflição, e ainda, disse que aquele que rouba sem ato de violência, deve, ser punido com pena em dinheiro, porém, sabe-se ele que isso só aumentaria o índice dos roubos e também, de mendigos nas ruas. Logo, ele concluiu que a melhor sanção é a espécie de escravidão que dá a sociedade o domínio total sobre a pessoa e sobre o trabalho do culpado para fazê-lo pagar, sendo esta escravidão chamada de escravidão temporária. E disse também, em seu livro que o roubo seguido de violência, seria justo acrescentar à escravidão as penas corporais, ou seja, além do dano patrimonial tem o dano físico da pessoa. No livro ele cita roubo com e sem violência, porém atualmente, o conceito se encontra diferente, mas certamente, ele quase chegou no conceito atual. No Código Penal brasileiro vigente, o roubo está previsto no artigo 157/CP, onde diz, que subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência terá como sanção a pena reclusão, de quatro a dez anos, e multa. E no caso do roubo sem violência, seria no caso o furto, que está previsto no artigo 155/CP, onde diz, que subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel terá como sanção a pena reclusão, de um a quatro anos, e multa. DO CONTRABANDO: Para Beccaria, esse crime é real, pois produz ofensa ao soberano a nação, mas cuja pena não deveria ser infamante devido ao fato que a opinião pública não está ligada a qualquer infâmia esse tipo de crime. Ele ainda disse que é um delito gerado pelas próprias leis, devido ao fato que quanto mais se aumentam os direitos, tanto maior é a vantagem do contrabando. A tentação de exerce-lo é também tão forte quanto mais fácil é cometer essa espécie de delito, sobretudo se os objetos proibidos são de pequeno volume, e são interditos numa tão grande circunferência de território que a extensão deste torne difícil guarda-lo; o confisco doas mercadorias proibidas, e mesmo de tudo o que se acha apreendido com objetos de contrabando, é uma pena justíssima. O conceito jurídico de contrabando: é a importação de mercadoria cuja entrada ou saída do país é proibida; a conduta do agente atinge a Administração Pública no aspecto de fiscalização e controle dos serviços de saúde, segurança pública, moralidade, dentre outros. O crime de contrabando estátipificado no artigo 334/CP, onde diz, que importar ou exportar mercadoria proibida ou iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria como sanção de pena reclusão, de um a quatro anos. Aqui, o sujeito passivo do crime é o Estado. DO SUICÍDIO: Segundo Cesare, esse é um delito que não pode ter pena nenhuma, pois não tem como aplicar pena em um corpo sem vida e também, não pode ser aplicada aos inocentes que nada tem a ver com o fato. Ele acredita que essa pena cabe à Deus, que pune essa pessoa após morte. O nosso ordenamento jurídico também pensa nessa mesma linha de raciocínio, concordando com o que Cesare Beccaria pensa. Portanto, aquele que tenta comer suicido e falha, não pode ser tratado como criminoso, não podendo levar uma sanção, mas sim, ter um tratamento médico. Cometer suicido não é considerado crime mas participar deste ato, induzindo a pessoa a fazer, é crime, segundo artigo 122/CP que diz, que induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça como pena reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de um a três anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave, podendo essa sanção ser duplicada em determinados casos. DO ADULTERIO: Para Cesare, “o adultério é um crime que é considerado sob o ponto de vista político, só então frequente porque as leis não são fixas e porque os dois sexos são naturalmente atraídos pelo outro. É um delito de um instante, envolve-se de mistério; cobre-se de um véu que as próprias leis se empenham em conservar, véu necessário, mas de tal modo transparente que só faz aumentar os encantos do objeto que oculta, em regra geral, em todo delito que, por sua natureza, deve quase sempre ficar impune, a pena é um agulhão a mais”. Na legislação brasileira, o adultério já foi considerado crime, era tipificado no artigo 240/CP, onde dizia que, a sanção para quem cometer adultério seria a pena detenção, de quinze dias a seis meses. Esse artigo foi revogado pela Lei n º11.106 de 18 de março de 2005, portanto, desde então, não é mais crime o adultério, porém, isso se tornou causa de divórcio. Atualmente, o adultério ainda é considerado crime em alguns países como por exemplo, nos países mulçumanos que pode levar o ‘‘criminoso’’ a morte. DO INFANTICÍDIO: Segundo Cesare, esse “é um efeito inevitável da cruel alternativa em que se acha uma infeliz, que só cedeu por fraqueza, ou que sucumbiu sob os esforços da violência; do lado da história, a morte de um incapaz de sentir a perda da vida, como não havia de preferir esse último partido, que a rouba à vergonha, à miséria do filhinho”. O infanticídio é um crime antigo na história do Direito, já no tempo do Direito Germânico existia esse crime. No nosso ordenamento jurídico atual esse delito está tipificado no Código Penal em seu artigo 123/CP onde diz que, matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após deste, terá como sanção, pena detenção, de dois a seis anos. No infanticídio, o sujeito ativo é, obrigatoriamente, a mãe, pois sem ela, não há crime de infanticídio; e por fim, o sujeito passivo deste crime, que é o filho recém-nascido, o neonato, que está nascendo ou quem acabou de nascer.
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