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ecologia de reservatórios caderno de resumos final

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Caderno de Resumos 
 
 
 
VIII SIMPÓSIO DE ECOLOGIA DE RESERVATÓRIOS 
“Visão Múltipla e Integrativa de Conhecimentos” 
04 a 07 de outubro de 2021 
 
 
PROGRAMAÇÃO DO SIMPÓSIO 
 
SEGUNDA-FEIRA, 04 de outubro de 2021 
 
Abertura do Evento (8:30 -9:00) 
Comissão Organizadora do evento 
 
PALESTRA DE ABERTURA (9:00 – 10:30) 
Tema: “Reservatórios como sistemas complexos: conceitos revisitados” 
Palestrante: Prof Dr José Galizia Tundisi (IIE/São Carlos) 
 
PALESTRA DE AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS (10:30 – 11:30) 
Tema: “Operação de sistemas de reservatórios de usos múltiplos” 
Palestrante: Dr Joaquim Guedes Côrrea Gondim Filho (Agência Nacional de Águas) 
 
ALMOÇO (12:00 – 14:00) 
 
MESA REDONDA – RESERVATÓRIOS E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (14:00 – 16:30) 
14:00-14:40 “Emissões de gases do Efeito Estufa por reservatórios: passado, presente e futuro.” 
Palestrante: Prof Dr Nathan Oliveira Barros (UFJF/MG) 
 
14:40-15:20 “Impacto das mudanças climáticas em afluentes de grandes represas brasileiras.” 
Palestrante: Prof Dr Rafael de Oliveira Tiezzi (UNIFAL-MG) 
 
15:20- 16:00 “Emissão de gases em reservatórios amazônicos.” 
Palestrante: Prof Dr Philip Martin Fearnside (INPA/AM) 
 
VÍDEOS DE TRABALHOS INSCRITOS (vídeos disponibilizados online na plataforma) 
 
 
 
 
 
 
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VIII SIMPÓSIO DE ECOLOGIA DE RESERVATÓRIOS 
“Visão Múltipla e Integrativa de Conhecimentos” 
04 a 07 de outubro de 2021 
 
 
 
TERÇA-FEIRA, 05 de outubro de 2021 
 
MESA REDONDA – QUALIDADE DAS ÁGUAS E MONITORAMENTO (8:30-11:00) 
8:30-9:10 “A importância da ecotoxicologia e da limnologia nos estudos de avaliação de risco 
ecológico em reservatórios.” 
Palestrante: Prof Dr Evaldo Luiz Gaeta Espíndola (EESC-USP/SP) 
 
9:10-9:50 “Detecção de componentes opticamente ativos em reservatórios por sensoriamento 
remoto.” 
Palestrante: Prof Dr Claudio Barbosa (INPE) 
 
9:50- 10:30 A"Paleolimnologia do Reservatório de Itaipu, uma janela para transformações 
ambientais desde a construção da barragem até o presente: resultados preliminares" 
Palestrante: Profa Dra Luciane Fontana da Silva (UFABC) 
 
ALMOÇO (12:00 – 13:30) 
 
MESA REDONDA – GESTÃO E MANEJO DE RESERVATÓRIOS (14:00-16:30) 
14:00-14:40 “Reservatórios em Usinas Hidroelétricas Reversíveis: Benefícios Energéticos e 
Desafios Ambientais.” 
Palestrante: Prof Dr Paulo Sérgio Franco Barbosa (UNICAMP/SP) 
 
14:40-15:20 “Reservatórios como barreiras à conservação da fauna migradora.” 
Palestrante: Prof Dr Paulo dos Santos Pompeu (UFLA/MG) 
 
15:20 -16:00 “Tecnologias reprodutivas e mecanismos de determinação sexual em Piracanjuba 
Brycon orbignyanus para aplicação em programas de repovoamento.” 
Palestrante: Bióloga Jociele dos Santos Lemes (CTG – ChinaThree Gorges Brasil) 
 
VÍDEOS DE TRABALHOS INSCRITOS (vídeos disponibilizados online na plataforma) 
 
 
 
 
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VIII SIMPÓSIO DE ECOLOGIA DE RESERVATÓRIOS 
“Visão Múltipla e Integrativa de Conhecimentos” 
04 a 07 de outubro de 2021 
 
 
 
QUARTA-FEIRA, 06 de outubro de 2021 
 
MESA REDONDA – QUALIDADE DAS ÁGUAS E MONITORAMENTO (8:30-11:00) 
/8:30-9:10 “Ensaios de atividades microbianas anaeróbias. Uma alternativa para determinar o 
impacto de resíduos em reservatórios?” 
Palestrante: Prof Dr Gunther Brucha (UNIFAL-MG) 
 
9:10-9:50 “Monitoramento da biota de reservatórios com ferramentas moleculares: utopia ou 
realidade?” 
Palestrante: Prof Dr Hugo Miguel Preto de Morais Sarmento (UFSCar) 
 
9:50- 10:30 “Evolução da situação da qualidade da água de reservatórios do Estado do Paraná” 
Palestrante: Msc Christine da Fonseca Xavier (Instituto Água e Terra/PR) 
 
ALMOÇO (12:00 – 13:30) 
 
MESA REDONDA – BIODIVERSIDADE EM RESERVATÓRIOS (14:00-16:30) 
14:00-14:40 “A ecologia funcional em reservatórios” 
Palestrante: Profa Dra Christina W. Castelo Branco (UNIRIO/RJ) 
 
14:40-15:20 “Diversidade taxonômica e funcional da comunidade bentônica em reservatórios.” 
Palestrante: Profa Dra Joseline Molozzi (UEPB/PB) 
 
15:20-16:00 “Monitoramento do desenvolvimento de deslocamento de bancos de macrófitas 
aquáticas em reservatórios empregando geotecnologias e técnicas de sensoriamento remoto.” 
Palestrante: Geográfo Ronan Max Prochnow (CTG – China Three Gorges Brasil) 
 
VÍDEOS DE TRABALHOS INSCRITOS (vídeos disponibilizados online na plataforma) 
 
 
 
 
 
 
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VIII SIMPÓSIO DE ECOLOGIA DE RESERVATÓRIOS 
“Visão Múltipla e Integrativa de Conhecimentos” 
04 a 07 de outubro de 2021 
 
 
 
QUINTA-FEIRA, 07 de outubro de 2021 
 
MESA REDONDA – GESTÃO DE RESERVATÓRIOS (8:30-11:00) 
8:30-9:00 “Prescrição de regimes de vazões para operação de reservatórios no Planalto de Rio 
Grande do Sul” 
Palestrante: Prof Dr Rafael Cruz (UNIPAMPA/RS) 
 
9:00-9:30 “Sensibilidade ambiental e impactos de reservatórios em rios Argentinos” 
Palestrante: Prof Dr Juan José Neiff (Argentina) 
 
9:30- 10:00 “Reservatórios no Peru: ferramentas ecohidrológicas” 
Palestrante: José Arenas (Peru) 
 
10:00- 10:30 “Como é a qualidade limnológica das águas nos reservatórios da Colômbia” 
Palestrante: Néstor Aguirre (Colômbia) 
 
ALMOÇO (12:00 – 13:30) 
 
MESA REDONDA – AÇÕES ANTRÓPICAS EM RESERVATÓRIOS (14:00-16:30) 
14:00-14:30 “Conflitos pelo uso da água no entorno do Reservatório de Furnas.” 
Palestrante: Prof Dr Clibson Alves do Santos (UNIFAL-MG) 
 
14:30-15:00 “Impacto da transposição do Rio São Francisco em reservatórios do semiárido.” 
Palestrante: Prof Dr José Etham de Lucena Barbosa (UEPB/PB) 
 
15:00- 15:30 "Diálogo participativo e colaborativo em torno da gestão de reservatórios." 
Palestrante: Prof Dr Pedro Robero Jacobi (IEA-USP/SP) 
 
15:30- 16:00 ""O impacto da legislação Ambiental e suas recentes mudanças para as ações 
antrópicas em reservatórios." 
Palestrante: Prof Fábio Takeshi Ishisaki (PUC-SP) 
 
ENCERRAMENTO DO SIMPÓSIO 
Síntese do Conhecimento – Prof Dr Raoul Henry (UNESP-Botucatu) 
 
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VIII SIMPÓSIO DE ECOLOGIA DE RESERVATÓRIOS 
“Visão Múltipla e Integrativa de Conhecimentos” 
04 a 07 de outubro de 2021 
 
 
Variação espaço-temporal do fitoplâncton no Corpo Central I da Represa Billings (São Paulo) 
 
Cristina Souza Freire Nordi1, Matheus Peres Matarazzo2 & Matheus Santos Freitas Ribeiro3 
 
1 Universidade Federal de São Paulo, Departamento de Ciências Ambientais, Diadema, São Paulo, 
email: cristina.freire@unifesp.br 
2 Universidade Federal de São Paulo, Laboratório de Ecofisiologia e Monitoramento Ambiental, 
Diadema, São Paulo, email: mp.matarazzo100@gmail.com 
3 Universidade Federal de São Paulo, Laboratório de Ecofisiologia e Monitoramento Ambiental, 
Diadema, São Paulo, email: matt.ribeiro@me.com 
 
Resumo: Os adensamentos populacionais, ao longo dos últimos anos, aumentaram o impacto 
ambiental nas áreas de mananciais e a poluição dos corpos hídricos, prejudicando severamente a 
qualidade da água dos reservatórios de abastecimento. Neste contexto inclui-se a Represa Billings, o 
maior reservatório de água da Região Metropolitana de São Paulo e provavelmente o mais ameaçado 
pela poluição e eutrofização. A comunidade fitoplanctônica constitui-se em uma importante 
ferramenta para o monitoramento dos impactos ambientais, pois são os principais produtores 
primários dos ecossistemas aquáticos e extremamente sensíveis as variações das condições 
ambientais. Neste contexto, a influência da sazonalidade na diversidade do fitoplâncton foi realizada 
considerando-se dois períodos sazonais: estiagem e chuvoso. Quatro pontos de coleta diferentes 
foram selecionados para verificar a interferência da heterogeneidade espacial. Realizou-se seis coletas 
de 2017 a 2019: três no período de estiagem e três no chuvoso, para determinação qualitativa e 
quantitativa do fitoplâncton. No total 118 táxons foram identificados, distribuídos nas seguintes 
grupos: Bacillariophyta, Chlamidophyceae, Chlorophyceae, Chrysophyceae,Cryptophyceae, 
Dinophyceae, Euglenophiceae, Zignemtophyceae e Cyanobacteria. A análise estatística realizada 
mostrou efeito da sazonalidade na diversidade fitoplanctônica, com o predomínio das cianobactérias 
em relação a microalgas eucariontes em todos os pontos no período de estiagem. Woronichia 
naegliana e Microcystis aeruginosa foram as espécies dominantes na estiagem No período chuvoso 
não houve dominância de nenhuma espécie nos anos de 2017 e 2018, porem em 2019 houve 
dominância das cianobactérias Microcystis panniformes e M. aeruginosa. Além da sazonalidade 
observou-se diferença na composição de espécies em cada período amostral e entre as estações de 
coleta. A grande contribuição das cianobactérias nos dois períodos amostrados está associada ao alto 
grau de eutrofização da Represa Billings. 
15
mailto:cristina.freire@unifesp.br
 
 
 
VIII SIMPÓSIO DE ECOLOGIA DE RESERVATÓRIOS 
“Visão Múltipla e Integrativa de Conhecimentos” 
04 a 07 de outubro de 2021 
 
 
 
Palavras-chave: reservatório, microalga, cianobactéria, diversidade, sazonalidade. 
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VIII SIMPÓSIO DE ECOLOGIA DE RESERVATÓRIOS 
“Visão Múltipla e Integrativa de Conhecimentos” 
04 a 07 de outubro de 2021 
 
 
Diversidade fitoplanctônica em reservatórios oligotróficos tropicais em cascata: Sistema 
Cantareira (São Paulo, SP). 
 
Simone Alves de Oliveira1, Carla Ferragut2 & Carlos Eduardo de Mattos Bicudo3 
 
1 Programa de Pós-graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente, Instituto de Pesquisas 
Ambientais, SP, Brasil, simonemone123@hotmail.com 
2 Instituto de Pesquisas Ambientais, Núcleo de Conservação da Biodiversidade, SP, Brasil, 
ferragut.carla@gmail.com 
3 Instituto de Pesquisas Ambientais, Núcleo de Conservação da Biodiversidade, SP, Brasil, 
cbicudo@terra.com.br 
 
Resumo: O fitoplâncton desempenha papel fundamental na qualidade ecológica da água dos 
reservatórios. Esta investigação teve como objetivo avaliar a composição, diversidade e riqueza de 
espécies do fitoplâncton em reservatórios oligotróficos conectados em cascata. Amostragens da água 
e do fitoplâncton foram realizadas em cinco reservatórios oligotróficos no Estado de São Paulo, 
sudeste do Brasil, durante os períodos de chuvas e seca. Não houve diferença significativa na 
composição de espécies entre os reservatórios do sistema. A diversidade beta indicou que a 
composição das espécies fitoplanctônicas apresentou baixa dissimilaridade entre os reservatórios 
durante os períodos amostrados. Riqueza e diversidade de espécies aumentaram ao longo de série dos 
reservatórios. A conectividade teve efeito homogeneizador na riqueza, diversidade e composição de 
espécies fitoplanctônicas, apoiando a similaridade entre os reservatórios. Considerando que os cinco 
reservatórios conectados foram construídos em cinco rios diferentes, a conectividade levou à perda 
de biodiversidade. Neste estudo, concluindo, a conectividade não favoreceu a heterogeneidade 
ambiental, apresentando efeito negativo na manutenção da diversidade. 
Palavras-chave: biodiversidade, conectividade, diversidade beta, reservatório oligotrófico 
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VIII SIMPÓSIO DE ECOLOGIA DE RESERVATÓRIOS 
“Visão Múltipla e Integrativa de Conhecimentos” 
04 a 07 de outubro de 2021 
 
 
Homogeneização taxonômica e funcional da comunidade de diatomáceas ao longo de gradiente 
trófico em reservatórios tropicais do sudeste do Brasil 
 
Angela Maria da Silva-Lehmkuhl1 & Denise de Campos Bicudo2 
 
1 Universidade Federal do Amazonas, Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia, 
Laboratório de Ficologia, Parintins, Brasil, angelaecologia@gmail.com 
2 Instituto de Botânica de São Paulo, Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente, Núcleo de 
Ecologia, São Paulo, Brasil, denisecbicudo@gmail.com 
 
Resumo: O processo de eutrofização dos ecossistemas aquáticos continentais é um dos maiores 
problemas em escala global e tem reconhecida influência na homogeneização biótica e ambiental. 
Este estudo avaliou o efeito da eutrofização na homogeneização taxonômica e funcional das 
comunidades de diatomáceas em reservatórios do Estado de São Paulo. As amostras foram obtidas 
no sedimento superficial e na coluna d’água (verão e inverno). As diversidades beta, taxonômica e 
funcional foram calculadas para o conjunto de 33 represas com amplo gradiente trófico. As análises 
RLQ e fourth-corner foram usadas para explorar a covariação entre diferentes categorias tróficas 
(variáveis ambientais) e traços funcionais das espécies. Os resultados demonstraram maior 
diversidade beta taxonômica e funcional das diatomáceas do sedimento superficial nos ambientes 
mesotróficos e oligotróficos, e homogeneização nos ambientes eutróficos. Para a comunidade do 
fitoplâncton, maior diversidade beta taxonômica e funcional foi obtida nos reservatórios 
oligotróficos. Independente do gradiente, a relação entre diversidade beta taxonômica e funcional foi 
positiva e significativa. Os resultados também indicaram redundância funcional e taxonômica com 
maior influência das condições ambientais sobre a comunidade do sedimento superficial. Para o 
fitoplâncton (verão e inverno), evidenciaram homogeneização taxonômica com maior redundância 
funcional, sugerindo maior influência de fatores espaciais. Por fim, a avaliação conjunta da 
diversidade taxonômica e funcional permite expandir o conhecimento dos efeitos da sobreposição do 
componente taxonômico sobre a funcionalidade do ambiente, contribuindo para o melhor 
entendimento dos processos da homogeneização biótica. 
 
Palavras-chave: beta-diversidade, eutrofização, traços funcionais. 
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VIII SIMPÓSIO DE ECOLOGIA DE RESERVATÓRIOS 
“Visão Múltipla e Integrativa de Conhecimentos” 
04 a 07 de outubro de 2021 
 
 
Registro preliminar de Cianobactérias no reservatório Tanque de Aroeiras (Caetité-Bahia) 
 
Emilly Amaral Viana1; Érica Aline Pereira de Aguiar2; Celimarcos Bezerra dos Santos3; Simone 
Alves de Oliveira4 & Patrícia Maria Mitsuka5 
 
1, 2, 3, 4 & 5 Laboratório de Ecologia do Semiárido; Universidade do Estado da Bahia - UNEB; 
Departamento de Ciências Humanas – DCH Campus VI; Grupo de Pesquisa em Ecologia do 
Semiárido; Linha de Pesquisa em Ecologia Aquática; Caetité - BA, Brasil; 
e-mail: emillyamaral12@gmail.com 
 
Resumo: As cianobactérias são organismos capazes de interferir diretamente na qualidade da água 
já que, quando em floração, podem produzir compostos potencialmente tóxicos. Em virtude disso, 
este estudo teve por objetivo identificar a ocorrência de cianobactérias em um reservatório de 
abastecimento público de água (Tanque de Aroeiras). A coleta foi realizada em agosto de 2018, na 
região litorânea do reservatório que se localiza no semiárido baiano (Caetité-Bahia). As amostras 
foram obtidas através de rede de plâncton com abertura de malha de 20µm e o material biológico foi 
armazenado em frasco de vidro, etiquetado e fixado com formol a 5%. Em relação à análise qualitativa 
e fotografias, ambas foram realizadas através de microscópio óptico acoplado com câmera 
fotográfica. Para identificação dos organismos presentes foram utilizadas bibliografias específicas. 
Até o momento, foram identificados três táxons: Stichosiphon sp., um gênero tipicamente epifítico; 
Aphanocapsa sp. e Chroococcus sp. Diante do exposto, ressalta-se que a riqueza de espécies de 
cianobactérias pode ser ampliada com o aumento do esforço de subamostragem. 
 
Palavras-chave: Cianobactérias. Diversidade. Semiárido. Reservatório. 
 
19
 
 
VIII SIMPÓSIO DE ECOLOGIA DE RESERVATÓRIOS 
“Visão Múltipla e Integrativa de Conhecimentos” 
04 a 07 de outubro de 2021 
 
 
Análise de abundância do dinoflagelado invasor Ceratium furcoides em reservatório de 
abastecimento público no Estado da Paraíba, Brasil 
 
Emmanuelly da Silva Oliveira1, Camila Bezerra Amaral1, Dayrla Kelly Gomes Rocha1, Elizabeth 
Amorim da Silva1, José Etham de Lucena Barbosa1,Juliana dos Santos Severiano1 
 
1 Universidade Estadual da Paraíba, Programa de Pós-graduação em Ecologia e Conservação, 
Departamento de Biologia, Laboratório de Ecologia Aquática, Campina Grande-PB, Brasil, Email: 
em.oliveira103@gmail.com. 
 
Resumo: Ceratium furcoides (Levander) Langhans 1995 é um dinoflagelado invasor que vem se 
dispersando em corpos de água doce de países da América do Sul. Recentemente, chegou ao Nordeste 
do Brasil, uma região caracterizada pela escassez hídrica. Apesar de não ter toxicidade comprovada, 
suas florações causam impactos que variam desde alteração na cor, sabor e odor da água a 
esgotamento do oxigênio dissolvido, resultando na morte de animais, como peixes e zooplâncton, o 
que o compromete a qualidade da água e torna previsível o tratamento de alto custo. Sendo assim, o 
objetivo desse trabalho foi verificar a abundância relativa de C.furcoides na comunidade 
fitoplanctônica em um reservatório de abastecimento público desta região. Para isto, foram coletadas 
amostras de água no reservatório Epitácio Pessoa, localizado no município de Boqueirão-PB, com 
frequência trimestral, de fevereiro de 2020 a fevereiro de 2021. Em laboratório, as densidades das 
espécies do fitoplâncton foram determinadas, sendo consideradas abundantes as espécies com 
densidade superior à média da densidade da comunidade e dominantes aquelas cuja densidade 
ultrapassasse 50% do total da densidade da comunidade. Nos resultados foram encontradas 114 
espécies do fitoplâncton, distribuídas em sete famílias. C. furcoides foi encontrado a partir da segunda 
coleta, em maio de 2020, porém não foi considerada abundante em nenhuma das amostras em todo o 
período amostral. Sua abundância correspondeu a 0.06% da densidade total da comunidade 
fitoplanctônica. Por outro lado, o grupo de Cyanophyceae foi dominante nessas amostras, 
compreendendo 94.61% da densidade total da comunidade. Apesar de C.furcoides não ter sido 
considerada abundante nesse período amostral, sua presença, ainda que em baixa quantidade, deve 
alertar os gestores, pois essa espécie apresenta capacidades competitivas importantes quanto às 
variações das condições locais, como a formação de cistos que sedimentam em condições 
desfavoráveis, que podem facilitar sua floração em condições adequadas. Como ainda não se sabe ao 
certo quais são os melhores fatores que favorecem a floração de C. furcoides, considera-se necessária 
20
 
 
VIII SIMPÓSIO DE ECOLOGIA DE RESERVATÓRIOS 
“Visão Múltipla e Integrativa de Conhecimentos” 
04 a 07 de outubro de 2021 
 
 
e importante a manutenção dos monitoramentos desse reservatório e outros com sua presença, para 
que o manejo adequado seja aplicado em caso de aumento de sua abundância. 
 
Palavras-chave: invasão biológica, dominância, fitoplâncton, qualidade hídrica. 
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VIII SIMPÓSIO DE ECOLOGIA DE RESERVATÓRIOS 
“Visão Múltipla e Integrativa de Conhecimentos” 
04 a 07 de outubro de 2021 
 
 
Efeito dos drivers ambientais sobre a estrututra ficoperifitica em reservatorios tropicais. 
 
Natália Carvalho¹ & Irma Carvalho² 
 
1 Mestre em Botânica, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, Brasil, 
nathyelycarvalho@gmail.com. 
2 Estudante Phd na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Brasil, 
irma_carvalho@hotmail.com. 
 
Resumo: As variáveis ambientais e de substrato tem sido documentadas como influenciadoras da 
estrutura da comunidade de algas epífitas. Neste sentido, o objetivo do presente trabalho é avaliar o 
efeito das variáveis limnologicas e da biomassa das macrófitas Chara e Eleocharis sobre a 
composição, densidade e biomassa de algas epífitas. Foram selecionados 18 reservatórios com 
presença de Chara e /ou Eleocharis. Em cada ambiente definiu-se uma estação amostral de 4m² para 
a coleta de dados abióticos e bióticos. e bimassa do ficoperifiton e biomassa das macrofitas. Foram 
identificadas um total de 161 espécies, sendo a classe Chlorophyta com o maior número de espécies 
e Cyanophyta de maiores densidade e biomassa (biovolume). A composição do ficoperifiton não 
apresentou variaçao entre os substratos (F=0,58; R2=0,02; p>0,05), enquanto foi observada variação 
na densidade (F=2,24; R2= 0,09; p< 0,05). A biomassa total ficoperifitica apresentou relação linear 
de dependência significativa com a biomassa do substrato (R²= 0,42; F=17,97; p<0,01). A Análise 
de Correspondência Canônica selecionou seis variáveis limnologicas como influenciadoras da 
biomassa ficoperifítica com percentual de explicação de 50,98%. Conclui-se que as variáveis 
limnológicas explicam bem os padrões de biomassa da comunidade de epífitas e que a biomassa do 
substrato afeta negativamente a estrutura ficoperifítica, ocasionando menor biovolume ficoperifítico 
com o aumento da biomassa. 
Palavras- chave: algas epífitas, macrófitas, Eleocharis, Chara, variáveis ambientais. 
22
mailto:nathyelycarvalho@gmail.com
 
VIII SIMPÓSIO DE ECOLOGIA DE RESERVATÓRIOS 
“Visão Múltipla e Integrativa de Conhecimentos” 
04 a 07 de outubro de 2021 
 
 
Resposta taxonômica e funcional do fitoplâncton à presença de macrófitas flutuantes e 
submersas em dois reservatórios tropicais 
 
Anamaria Silva Diniz1 & Ariadne do Nascimento Moura2 
 
1 Universidade Federal Rural de Pernambuco, Unidade Sede, Laboratório de Ficologia, Recife, Brasil, 
anamaria.s.diniz@gmail.com 
2 Universidade Federal Rural de Pernambuco, Unidade Sede, Laboratório de Ficologia, Recife, Brasil, 
ariadne_moura@hotmail.com 
 
Resumo: As macrófitas são fundamentais para a manutenção da biodiversidade de ecossistemas 
aquáticos, pois contribuem para a heterogeneidade do habitat por meio de nichos ecológicos 
fornecidos pelas diferentes formas estruturais. Em regiões tropicais, o crescimento de diferentes tipos 
de macrófitas é favorecido pelas condições ambientais, no entanto, pouco se sabe sobre os efeitos das 
macrófitas sobre o fitoplâncton. O estudo objetivou compreender o papel das macrófitas flutuantes e 
submersas na diversidade taxonômica e funcional do fitoplâncton ao longo do tempo em dois 
reservatórios tropicais, Cursaí e Cajueiro, localizados no Nordeste do Brasil. As amostragens das 
variáveis abióticas e da água foram realizadas trimestralmente entre novembro de 2018 e novembro 
de 2019, em locais sem macrófitas e com bancos de macrófitas flutuantes e submersas. Amostras da 
água foram coletadas utilizando-se garrafa de Van Dorn vertical para a estimativa da biomassa e da 
diversidade taxonômica (riqueza de espécies, equitabilidade de espécies e índice de Shannon) e 
funcional (riqueza − FRic, equitabilidade − FEve e divergência funcional − FDiv) do fitoplâncton. A 
ANOVA mostrou que os índices de diversidade taxonômica e funcional, com exceção da FRic, 
variaram significativamente ao longo dos meses e dos locais com ausência e presença de macrófitas. 
Modelos lineares generalizados mostraram que, no reservatório Cajueiro, as macrófitas causaram 
efeitos positivos sobre a riqueza taxonômica, índice de Shannon e FDiv, e efeitos negativos sobre a 
equitabilidade taxonômica e funcional do fitoplâncton no reservatório Cursaí. Na presença de 
macrófitas, a RDA mostrou que a transparência da água influenciou negativamente a diversidade 
funcional do fitoplâncton, e os sólidos totais dissolvidos, pH e nitrato influenciaram positivamente. 
A riqueza taxonômica foi influenciada positivamente apenas pelo fósforo total. Os resultados 
indicaram que as macrófitas flutuantes e submersas favoreceram o aumento da diversidade funcional 
e taxonômica do fitoplâncton, com implicações importantes para a melhoria do funcionamento de 
reservatórios tropicais. A diversidade funcional mostrou ser mais eficiente para avaliar os efeitos das 
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macrófitas aquáticas e da variação temporalsobre o fitoplâncton quando comparada com a 
diversidade taxonômica. 
 
Palavras-chave: diversidade funcional, diversidade taxonômica, macrófitas, nutrientes, variação 
temporal. 
 
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Inventário florístico do gênero Micrasterias (C. Agardh ex Ralfs), em banco de macrófita 
Ludwigia L., no reservatório Tanque de Aroeiras, Caetité, Bahia 
 
Érica Aline Pereira de Aguiar1, Pedro Henrique Gomes Santos2, Celimarcos Bezerra dos Santos3, 
Simone Alves de Oliveira4 & Patrícia Maria Mitsuka5 
 
1, 2, 3, 4 & 5 Laboratório de Ecologia do Semiárido; Universidade do Estado da Bahia - UNEB; 
Departamento de Ciências Humanas – DCH Campus VI; Grupo de Pesquisa em Ecologia do 
Semiárido; Linha de Pesquisa em Ecologia Aquática; Caetité - BA, Brasil; 
e-mail: ericauneb.cte@gmail.com 
 
Resumo: O gênero Micrasterias C. Agardh ex Ralfs compreende espécies de algas verdes 
unicelulares com alta complexidade celular. O presente estudo teve como objetivo realizar o 
levantamento taxonômico do gênero Micrasterias, visando contribuir para o conhecimento de sua 
diversidade e distribuição geográfica da região semiárida do nordeste brasileiro. Para isso, amostras 
foram coletadas no reservatório Tanque de Aroeiras (Caetité – Bahia), no final do período seco em 
agosto de 2018, em um banco de macrófita aquática Ludwigia L. localizado na região litorânea desse 
reservatório. Essas amostras foram obtidas através de rede de plâncton com abertura de malha de 
20µm e imediatamente fixadas com formol a 5%. A análise qualitativa e fotografias procederam-se 
sob microscópio óptico acoplado com câmera fotográfica. Para identificação dos organismos 
presentes foram utilizadas bibliografias específicas. O gênero Micrasterias foi representada por seis 
táxons, um em nível específico e cinco em nível infraespecífico, sendo destes, duas variedades típicas 
de suas espécies, três variedades não típicas de suas espécies e duas formas taxonômicas, sendo estes: 
M. borgei Krieger; M. borgei Krieger var. borgei; M. radiosa Ralfs var. ornata Nordst. f. aculeata 
(Krieg.) Croasdale; M. thomasiana Archer var. notata (Nordst.) Grönblad; M. truncada (Corda) 
Brébisson ex Ralfs var. truncata f. truncata; M. truncata (Corda) Brébisson ex Ralfs var. pusilla G.S. 
West. Diante do exposto, destaca-se a contribuição desse estudo para o conhecimento da distribuição 
de Micrasterias na Bahia. Esses dados preliminares revelam a riqueza de espécies pertencentes ao 
gênero Micrasterias no reservatório Tanque de Aroeiras com a representação de seis espécies 
identificadas. 
 
Palavras-chave: Fitoplâncton, flora, reservatório, semiárido. 
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mailto:ericauneb.cte@gmail.com
 
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Mudanças temporais no fitoplâncton em um grande reservatório semiárido: uma comparação 
desde os primeiros anos de enchimento a um período de seca extrema 
 
Hortência de Sousa Barroso1; José Rafael Honorato de Lima2; Leanderson Moura de Lima3; Paulo de 
Freitas Lima4; Janaína Andrade dos Santos5 
 
1 Universidade Federal do Ceará, Instituto de Ciências do Mar, Fortaleza, Brasil, 
hortenciasb@yahoo.com.br 
2 Universidade Estadual do Ceará, Campus Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos - 
FAFIDAM, Limoeiro do Norte, Brasil, jose.rafael@aluno.uece.br 
3 Universidade Estadual do Ceará, Campus Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos - 
FAFIDAM, Limoeiro do Norte, Brasil, leanderson.lima@aluno.uece.br 
4 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, Campus Limoeiro do Norte, 
Laboratório de Saneamento Ambiental - LABOSAM, Limoeiro do Norte, Brasil, 
paulo.lima@ifce.edu.br 
5 Universidade Estadual do Ceará, Campus Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos - 
FAFIDAM, Limoeiro do Norte, Brasil, janaina.santos@uece.br 
 
Resumo: Os reservatórios da região semiárida do Nordeste brasileiro sofrem com a variação 
acentuada no seu volume hídrico, o que influencia diretamente a estrutura do fitoplâncton. O 
envelhecimento dos reservatórios também resulta em mudanças imprevisíveis na produtividade, 
assim como na composição do fitoplâncton. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar se ocorrem 
mudanças na densidade, biomassa e composição taxonômica e funcional (Grupos funcionais de 
Reynolds) do fitoplâncton em um grande reservatório semiárido (Açude Castanhão, Ceará) 
considerando três fases: (1) Fase I (2006/2007) - durante os anos iniciais de enchimento do 
reservatório; (2) Fase 2 (2012/2013) - três anos após o seu enchimento completo e início de um ciclo 
de seca severa; (3) Fase 3 (2019) - ano de seca severa, quando o reservatório estava em volume hídrico 
crítico (< 5,0%). A densidade fitoplanctônica variou de 8.8 (±1.4) × 106 org/L na fase II a 36.8 (±4.0) 
× 106 org/L na fase I. Todavia, considerando a biomassa fitoplanctônica (clorofila a), as médias 
variaram de 4.5 µg/L (±1.9) na fase II a 62.1 µg/L (±28.6) na fase III. A estrutura funcional do 
fitoplâncton foi significativamente diferente entre as três fases (PERMANOVA, p < 0.05), sendo a 
fase II a mais distinta. Os grupos funcionais mais abundantes foram, em ordem decrescente: S1, MP, 
Lo e Sn (Fase I), S1, MP e X1 (Fase II) e S1, Lo e Sn (Fase III). Embora o S1 tenha sido o grupo 
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funcional mais abundante nas três fases, ocorreu a substituição de cianobactérias delgadas 
(Planktolyngbya limnetica e Pseudanabaena limnetica), predominantes nas fases I e II, por outras 
cianobactérias consideradas ainda mais adaptadas a condições oligofóticas e ricas em nutrientes 
durante a fase III, sendo estas Planktothrix agardhii e a Planktothrix isothrix. Esta substituição de 
espécies e o aumento de mais de 10 vezes na biomassa fitoplanctônica na fase III, em relação às fases 
anteriores, estiveram relacionados a um aumento do estado trófico e da turbidez neste período de 
extrema seca. Concluiu-se que a estrutura do fitoplâncton foi distinta entre as três fases. Todavia, 
embora as fases I e II tenham sido caracterizadas principalmente por cianobactérias delgadas do grupo 
S1, a maior similaridade, considerando toda a estrutura funcional do fitoplâncton, foi entre a fase I, 
de surgimento do açude, e a fase III de seca extrema. 
 
Palavras-chaves: cianobactérias, grupos funcionais, eutrofização 
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Effect of a run-of-river mega-dam on the phytoplankton biomass of the mainstem and 
tributaries of a large Amazonian River 
 
Alfonso Pineda1, Beatriz Melissa2, Felipe Zanon2, Renata Felicio2, Luzia Rodrigues2,3 
 
1 Programa de Pós-graduação em Biologia Comparada – PGB, Universidade Estadual de Maringá – 
UEM, Maringá, PR, Brazil 
2 Programa de Pós-graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais – PEA, Centro de 
Ciências Biológicas (CCB), Universidade Estadual de Maringá – UEM, Maringá, PR, Brazil 
3 Núcleo de Pesquisas em Limnologia e Aquicultura – Nupélia, Centro de Ciências Biológicas (CCB), 
Universidade Estadual de Maringá – UEM, Maringá, PR, Brazil 
 
Resumo: Estudos sugerem que as barragens de fio d'água têm pouco impacto sobre o meio ambiente. 
Mas eles causam mudanças o suficiente para mudar a composição das microalgas. Avaliamos se este 
tipo de barragem no maior afluente do rio Amazonas poderia favorecer o desenvolvimento do 
fitoplâncton. Comparamos a biomassa de toda a comunidade e de grupos fitoplanctônicos individuais 
do rio e afluentes, antes e depois do represamento por meio de modelos lineares mistos generalizados 
(GLMM) e testamos sua significância com uma ANOVA.Utilizamos uma PERMANOVA para 
verificar o efeito da construção do reservatório e sazonalidade na estrutura da comunidade 
fitoplanctônica, em afluentes e canal principal. Após o represamento, tanto no canal principal quanto 
nos afluentes, a biomassa total aumentou. O aumento pode estar relacionado ao aumento das 
condições lênticas após o represamento. No entanto, apenas os flagelados aumentaram após o 
represamento, enquanto as cianobactérias diminuíram. Os resultados sugerem que a área de estudo 
possui ótimas condições hidrodinâmicas para o desenvolvimento do fitoplâncton e que o aumento de 
nutrientes pode promover o florescimento da comunidade. Esse é um padrão que pode ser comum 
nas zonas amazônicas com projetos hidrelétricos. Projetos futuros de agricultura e pecuária em áreas 
ainda isoladas da Amazônia influenciadas por barragens devem incluir o manejo adequado de 
nutrientes para prevenir o aumento de nutrientes na água e, assim, o florescimento do fitoplâncton. 
 
Palavras-chave: Reservatório; Áreas de remanso; Cianobactéria. 
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Flutuação temporal da comunidade fitoplanctônica em reservatórios de abastecimento na 
região de brejo paraibano. 
 
Karine Francisca dos Santos ¹ Maria Lidiane Ferreira da Silva Firmino ² Fátima dos Santos Silva³ 
Luciana Gomes Barbosa 4 
 
1, 2, 3 Universidade Federal da Paraíba , Centro de Ciências Agrárias, Laboratório de Limnologia, 
Areia, Brasil, karinefcisca@gmail.com 
4 Universidade Federal da Paraíba, Centro de Ciências Agrárias, Laboratório de Limnologia, Areia, 
Brasil, lgomesbarbosa@gmail.com 
 
Resumo: As mudanças climáticas podem promover alterações na qualidade e no estado ecológico da 
água. O objetivo foi analisar a flutuação temporal dos grupos funcionais fitoplanctônicos (MBGF) e sua 
associação com qualidade de água em três reservatórios de abastecimento público. Coletas e análises 
foram feitas mensalmente, em 2015, na subsuperfície da água. Foram identificados altas temperaturas, pH 
alcalino em todos os reservatórios. Entre os principais contrastes identificados, no reservatório Saulo Maia 
foram observados alta disponibilidade de luz e baixas concentrações de fósforo total e dissolvido. Já Vaca 
Brava apresentou baixa disponibilidade de luz, com maior concentração de fósforo em condições de cota 
mínima de volume ao longo de todo período. Rio do canto, reservatório mais raso apresentou 
comportamento ultra oligotrófico com pH alcalino e menor viabilidade de luz. As condições ambientais 
influenciaram na composição dos grupos funcionais (MBFG) compartilhados entre três reservatórios, 
entre os quais o grupo V e o grupo III. Entre os grupos funcionais (MBFG) identificados em Vaca Brava 
(I, III, IV, V, VI, VII), o grupo II registrou a maior biomassa . Saulo Maia, com águas claras e menor 
estado trófico, registrou a presença dos grupos III e IV, com a dominância de (≥50 %) do grupo V. No 
Rio do Canto, os grupos III e V e IV registraram maior contribuição na biomassa fitoplanctônica. Conclui-
se que, o estado trófico e disponibilidade luz subaquática, foram os fatores direcionadores na dinâmica 
dos grupos funcionais, além da influência da alta demanda hídrica, secas prolongadas sobre a dinâmica 
fitoplâncton e na qualidade de água dos reservatórios. 
 
Palavras-chave: Eutrofização, Mudanças climáticas, Grupos funcionais fitoplanctônicos. 
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Tecamebas bioindicadoras de qualidade hídrica do reservatório de Ribeirão das Lajes, Rio de 
Janeiro 
 
Viviane Miranda1 Beatriz Ramos1; Yemna Silva1; Gabriela Sampaio1, Yasmin Freitas1; & Christina 
Wyss Castelo Branco1 
 
1 Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro –UNIRIO. Avenida Pasteur, nº 458, laboratório 
403, Urca – Rio de Janeiro. E-mail. v.bernardesbio@gmail.com 
 
Resumo: Tecamebas são protozoários ameboides de vida livre, cosmopolitas. Por apresentarem 
elevada diversidade, ciclo de vida curto, altas taxas de mortalidade/reprodução e sensibilidade às 
modificações ambientais, a comunidade é considerada como bioindicadora. A bioindicação permite 
inferir a qualidade hídrica de diferentes ecossistemas aquáticos como reservatórios, por exemplo. 
Atualmente há uma escassez de dados sobre a comunidade de tecamebas em reservatórios no Brasil. 
Assim, o objetivo deste estudo foi analisar a comunidade de tecamebas do reservatório de Ribeirão 
das Lajes, localizado no estado do Rio de Janeiro. As amostragens ocorreram em dois pontos com 
características hidrológicas distintas no reservatório: L1 lótico, com 2,5 m de profundidade e L4 
lêntico, com 40 m de profundidade. As coletas foram realizadas entre os anos de 2001 e 2003 e 2007 
e 2012, com a filtragem de 20 L de água superficial em rede cônica de 60 µm. A análise qualitativa 
ocorreu pelo método de subamostragens em microscópio óptico. Como resultado obteve-se 60 táxons, 
10 famílias e 15 gêneros. Dentre as famílias mais expressivas encontrados concomitantemente nas 
duas localidades estão Difflugiidae, Arcellidae e Centropyxidae, resultados esperados, já que estas 
são famílias mais encontrados no plâncton de água doce no Brasil, sendo apontados em diversos 
estudos de bioindicação aquática. São famílias resistentes às modificações da coluna d’água. A 
ocorrência das famílias Euglyphidae e Cyphoderiidae nos ambientes lótico e lacustre, demonstram a 
qualidade hídrica do reservatório de Ribeirão das Lajes, uma vez que são famílias sensíveis às 
variações limnológicas como excesso de matéria orgânica e oscilações de pH e oxigênio dissolvido. 
Assim, a importância de estudos sobre as tecamebas para a qualidade hídrica de reservatórios faz-se 
necessária e confirma-se ainda, sua potencialidade como bioindicadores ambientais. 
 
Palavras-chave: amebas testáceas, ecossistemas artificiais, integridade aquática. 
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Avaliação do Estado Trófico e Rotíferos na represa do Rio Preto do Criciúma, Jequié (BA) 
 
Tayná Delgado¹; Natália Mendes²; Fábio Lansac-Tôha³, Sérgio Sonoda4 
 
1,2,4 Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Lab. de Limnologia, Jequié, BA. E-mail: 
taynadelgado@hotmail.com; nataliamendesbio21@gmail.com; slsonoda@uesb.edu.br. 
3 Universidade Estadual de Maringá, Lab. de Zooplâncton/Nupelia-UEM, Maringá - PR, E-mail: 
fabio@nupelia.uem.br. 
 
Resumo: Os rotíferos podem ser encontrados em diferentes ecossistemas aquáticos continentais e são 
importantes constituintes da comunidade zooplanctônica. O objetivo deste trabalho foi avaliar as 
condições da qualidade da água, o grau de eutrofização e a estrutura da comunidade de rotíferos em uma 
represa da região Nordeste do país. Foram realizadas amostragens em Nov/2019 em três pontos da 
represa, em tréplicas, bem como amostragens bimestrais no vertedouro, entre Set/2018 e Jul/2019. Para 
as coletas dos rotíferos foi utilizada uma rede de plâncton (68 µm) e as amostras foram fixadas em formol 
4%. Os indivíduos foram identificados com base na literatura especializada e contados em câmara 
Sedgewick rafter (1ml). Foi realizada uma análise de componentes principais (ACP) para verificar a 
correlação entre as variáveis ambientais e a clorofila a. Os resultados mostraram que a represa apresentou 
valores de estado trófico que variaram de oligotrófico (2,91 µg. L-1) para eutrófico (15,39 µg. L-1), 
diferenciando-se de trabalhos anteriores na mesma represa, que mostraram variação no estado trófico de 
ultraoligotrófico a mesotrófico. Foramidentificadas 36 espécies de rotíferos, sendo Brachionidae e 
Lecanidae as famílias mais representativas. Na região litorânea, Lecanidae apresentou uma maior 
riqueza, enquanto nas amostras bimestrais da região limnética, Brachionidae foi a família que apresentou 
maior riqueza. Nas amostras bimestrais do vertedouro, Filinia terminalis foi a espécie com maior 
densidade (3,04 ind.L -1) no mês de Set/2018, Keratella cochlearis, (3,04 ind.L -1) no mês de Nov/2018, 
e Conochilus cf. unicornis (4,13 ind.L -1) no mês de Jan/2019. Já nas amostras espaciais, em todos os 
pontos, a espécie mais abundante foi Brachionus falcatus, a qual apresentou maior densidade no 
vertedouro (19,15 ind.L -1). Os resultados apontam que existe uma variação na composição e abundância 
da comunidade zooplanctônica e mudança no estado trófico. Ressalta-se a necessidade da continuidade 
de estudos nessa represa, uma vez que a mesma é utilizada pela população para abastecimento público, 
recreação e pesca. 
32
mailto:taynadelgado@hotmail.com
mailto:nataliamendesbio21@gmail.com
mailto:slsonoda@uesb.edu.br
mailto:fabio@nupelia.uem.br
 
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Palavras-chave: estado trófico; rotíferos; represa. 
 
 
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A percepção sobre a biodiversidade de tecamebas e sua importância para os ecossistemas 
aquáticos 
 
Manoela Moreira1, Yasmin de Góes Cohn Freitas2, Beatriz D’Oliveira Ramos3, Viviane dos Santos 
Miranda4, Christina Wyss Castelo Branco5 
 
1 Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Biociências, Núcleo de Estudos 
Limnológicos, Rio de Janeiro, Brasil, manoela.moreira@edu.unirio.br. 
2 Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Biociências, Núcleo de Estudos 
Limnológicos, Rio de Janeiro, Brasil, yasmingcfreitas@edu.unirio.br. 
3 Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Biociências, Núcleo de Estudos 
Limnológicos, Rio de Janeiro, Brasil, beatriz.ramos@edu.unirio.br. 
4 Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Biociências, Núcleo de Estudos 
Limnológicos, Rio de Janeiro, Brasil, v.bernardesbio@gmail.com. 
5 Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Biociências, Núcleo de Estudos 
Limnológicos, Rio de Janeiro, Brasil, cbranco@unirio.br. 
 
Resumo: Constituintes do zooplâncton, as amebas testáceas (AT) são protozoários amebóides de vida 
livre, que possuem seu protoplasma inserido em uma carapaça protetora. Podem ser encontradas em 
diversos ambientes límnicos, dentre eles, os reservatórios. Levando em conta que esses ambientes são 
responsáveis, dentre outras funções, pela geração de energia hidrelétrica, o abastecimento doméstico 
e a irrigação, as tecamebas poderiam ser utilizadas como bioindicadores da qualidade ambiental 
nesses locais. Há uma escassez de estudos publicados sobre a comunidade de tecamebas em 
reservatórios no Rio de Janeiro. Com o intuito de acessar o nível de conhecimento sobre amebas 
testáceas em reservatórios, compartilhou-se um formulário (Google Forms) com oito perguntas 
através de redes sociais. Como resultado, encontrou-se que 63,3% do público conhecia as AT, dos 
quais 73,3% sabia que se tratam de um organismo bioindicador. 40% dos entrevistados já ouviram 
falar de tecamebas e assuntos relacionados à reservatórios em páginas de divulgação científica, 
seguidos de 16,7% que as conheciam de artigos científicos, e 13,3% de conversas com conhecidos. 
53,3% conheciam a importância ecológica das AT para os reservatórios, e 60% marcaram como 
máxima a importância das comunidades em reservatórios, e 96,7% dos entrevistados acreditam que 
esses protozoários contribuem para a qualidade dos reservatórios, inclusive para as águas de 
abastecimento público. Diferentemente do que se esperava em relação ao nível de conhecimento 
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sobre as amebas testáceas, a maioria dos entrevistados demonstrou um nível alto de conhecimento 
sobre o grupo, sua importância e possíveis usos em reservatórios. Esses dados indicam que, apesar 
da quantidade ainda pequena de trabalhos com as tecamebas de reservatórios, esses protistas têm sido 
mais divulgados, chegando ao conhecimento de um maior público. 
 
Palavras-chave: tecamebas, zooplâncton, divulgação científica. 
 
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Riqueza e dispersão funcional da comunidade zooplanctônica em reservatórios sob influência 
antrópica de Poços de Caldas-MG. 
 
Hugo de Mello Batista1 & Maria José dos Santos-Wisniewski2 
 
1 Universidade Federal de Alfenas, Laboratório de Limnologia, Alfenas, Brasil, 
hugomello@globo.com. 
2 Universidade Federal de Alfenas, Laboratório de Limnologia, Alfenas, Brasil, czw@uol.com.br. 
Resumo: A abordagem funcional tem sido amplamente utilizada para compreender a influência dos 
organismos no ecossistema e suas reações a mudanças no ambiente, pois baseia-se em uma análise 
multivariada das diferenças entre a distância, variação, distribuição e abundância de traços funcionais 
dentro de uma comunidade. A riqueza funcional (FRic) demonstra o número total de combinações de 
traços que a comunidade possui e a dispersão funcional (FDis) permite visualizar o quão dispersos 
entre os grupos estão estes traços. Este estudo visou avaliar a riqueza e dispersão funcional da 
comunidade zooplanctônica de quatro reservatórios sob influência antrópica em Poços de Caldas, 
MG. Os reservatórios amostrados estão sob influência de atividades industriais e despejo de esgoto 
(R1 – 21°S41'56''/46°W34'34''), mineração (R2 – 21°S 49'33''/46°W37'59'' e R3 – 
21°S49'02''/46°W32'56'') e cultivo de eucalipto e pastagens (R4 – 21°S61'27''/46°W36'46'). As 
análises qualitativas e quantitativas da comunidade foram realizadas com bibliografia especializada 
e os cálculos feitos no software RStudio com o pacote FD. Os maiores valores de FRic foram 
observados nos corpos d’água sob influência de mineração, que pode compartimentalizar e criar uma 
maior variedade de microhabitats na coluna d’água, o que possibilita a coexistência de um número 
maior de espécies com traços funcionalmente distintos. No entanto, nestes corpos d’água foram 
registrados os menores valores de FDis, o que demonstra que estão suscetíveis à invasão de espécies 
exóticas e diminuição da produtividade, pois nem todos os recursos potencialmente disponíveis para 
a comunidade estão sendo aproveitados com eficiência. O menor valor de FRic foi observado em R4, 
provavelmente pois a homogeneidade do entorno influencia na compartimentalização da coluna, 
selecionando espécies funcionalmente semelhantes. O maior valor de FDis foi registrado em R1, que 
recebe rejeitos domésticos e industriais que desestabilizam a coluna d’água. A longo prazo, devido à 
alta dispersão dos traços, a competição intraespecífica pode se tornar mais intensa e ocasionar na 
diminuição da densidade dos organismos neste reservatório. A pressão antrópica, portanto, é um dos 
principais fatores controlando a composição de espécies nos reservatórios amostrados. 
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Palavras-chave: diversidade funcional, zooplâncton, traços funcionais, índices de diversidade, 
reservatórios. 
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Inventário do gênero Difflugia Leclerc, 1815 (Tubulinea: Arcellinida) em banco de Ludwigia 
sp.L. no Tanque de Aroeiras, região semiárida, Caetité-Ba, Brasil: novas ocorrências para o 
estado da Bahia 
 
Pedro Henrique Gomes-Santos1, Érica Aline Pereira de Aguiar2, Ana Caroline Alcântara Missias 
Gomes4 & Patrícia Maria Mitsuka3 
 
1, 2, 3 Universidade do Estado da Bahia - UNEB, Departamento de Ciências Humanas - DCH, Campus 
VI, Laboratório de Ecologia do Semiárido - LABES, Caetité-BA, Brasil, phbioteca@gmail.com1, 
ericauneb.cte@gmail.com2, pmitsuka@uneb.br3. 
4 Universidade de Brasília - UnB, Faculdade UnB de Planaltina, Núcleo de Estudos e Pesquisas 
Ambientais e Limnológicas - NEPAL, Planaltina-DF, Brasil, acgomes.unb@gmail.com4. 
 
Resumo: O gênero Difflugia Leclerc 1815 representa, dentre os Arcelinídeos em quase sua totalidade, 
os maiores e mais abundantes protozoários testáceos no zooplâncton. Eles são importantes para as 
comunidades planctônicas em diversos ambientes aquáticos, dentre estes os reservatórios. O objetivo 
do presente estudo foi inventariar a composição e ocorrência de Amebas Testáceas do gênero 
Difflugia Leclerc 1815 no reservatório de Tanque de Aroeiras (Caetité, Bahia). Trata-se de uma 
importante pesquisa taxonômica para este grupo, principalmente devido aos poucos estudos 
realizados na região semiárida do Nordeste brasileiro. A amostragem foi realizada no final da estação 
seca, no mês de agosto de 2018, em uma área provida de macrófita aquática. Foram filtrados 50 L em 
rede de plâncton com abertura de malha de 20 µm, a amostra foi fixada com formaldeído, com 
concentração final à 5%. Os resultados revelaram uma composição de 17 taxa, sendo: Difflugia 
acuminata Ehrenberg, 1838; D. acuminata var. brevicaulis Thomas & Mabille, 1956; D. acuminata 
var. curvata Cash, 1909; D. acuminata var. magna Ehrenberg, 1926; D. acutissima Deflandre, 1931; 
D. bacillariarum Perty, 1852; D. brevicolla Cash & Hopkinson, 1909; D. capreolata Pénard, 1902; 
D. difficilis Thomas, 1954; D. elegans Pénard, 1890; D. elegans var. angustata Deflandre, 1926; D. 
giganteacuminata (Chardez, 1958) Chardez e Gaspar, 1984; D. globularis (Wallich, 1864) Leidy, 
1877; D. helvetica var. multilobata Gauthier-Lièvre & Thomas, 1958; D. humilis Chardez, 1991; D. 
schuurmani Van Oye, 1932; D. urceolata var. sphaerica Playfair, 1917. Sendo que, D. helvetica var. 
multilobata Gauthier-Lièvre & Thomas, 1958 e D. humilis Chardez, 1991 são novos registros de 
ocorrência para a Bahia, elevando a procta de taxa de amebas testáceas de 129 para 131. Diante dos 
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resultados obtidos, é comprovada a importância desse estudo para o conhecimento da biodiversidade 
e distribuição geográfica desses organismos para o Estado da Bahia, bem como para a região Nordeste 
do país, evidenciando a necessidade de intensificar as pesquisas sobre estes protozoários testáceos. 
 
Palavras-chave: amebas testáceas, composição, distribuição, protozoários, zooplâncton. 
 
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Efeitos da presença de um grande reservatório sobre a composição e a riqueza de Cladocera 
(Crustacea) no Rio Parnaíba, Piauí, Brasil 
 
Isabela de Lima-Keppe1; Bruno Pralon2 e Gilmar Perbiche-Neves1 
 
1 Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Departamento de Hidrobiologia (DHb) – CCBS. 
isabeladlk@gmail.com, gilmarperbich83@gmail.com. 
2 Universidade Federal do Piauí (UFPI), Campus Ministro Petrônio Portella, Departamento de 
Biologia. pralonbra@gmail.com. 
 
Resumo: A Bacia Hidrográfica do Parnaíba possui grande fragilidade ambiental devido às pressões 
antrópicas e à presença da represa Boa Esperança, localizada entre os municípios Uruçuí e Amarante. 
Depois do Rio São Francisco, o Rio Parnaíba é o principal e maior rio perene da região nordeste do 
Brasil. É conhecido em bibliografia que de modo geral os ambientes lóticos exibem maior riqueza 
zooplanctônica do que os ambientes lênticos artificiais. O presente estudo tem como objetivo analisar 
as assembleias de Cladocera em dois trechos lóticos à montante e à jusante dessa represa, buscando 
testar a hipótese de que a presença do lago de 400 km2 de área ocasiona alterações na composição 
desses organismos, com maior riqueza à montante do reservatório, antes da influência do ambiente 
lêntico artificial. O zooplâncton foi amostrado bimensalmente em dois pontos entre 2018 e 2020, 
totalizando 24 amostras, utilizando uma rede cônica de 60μm de abertura de malha. Posteriormente 
os organismos foram identificados ao nível de espécie em laboratório. No ponto à montante foram 
encontradas 6 espécies: Alona cambouei, Alonella dadayi Diaphanosoma birgei, Ilyocryptus spinifer, 
Macrothrix sioli, Moina minuta, enquanto que no ponto à jusante foram encontradas 11 espécies: 
Alonella sp., Bosmina hagmmani, Ceriodaphnia cornuta (forma típica e forma rigaudi), 
Ceriodaphnia laticaudata, D. birgei, Diaphanosoma spinulosum, I. spinifer, Macrothrix sp., Moina 
micrura e Simocephalus serrulatus. Apenas I. spinifer e D. birgei foram encontrados em ambos os 
pontos, indicando que independem da presença do reservatório nesse rio. A hipótese testada foi 
rejeitada: houve maior riqueza à jusante da represa, onde ocorreu a mistura de táxons tipicamente 
lóticos e lênticos derivados do ambiente pelágico. Considerando que filtros ambientais desempenham 
um papel determinante para a estrutura e os padrões de diversidade do zooplâncton, a presença do 
reservatório modifica as condições lóticas à jusante comparadas ao ponto lótico à montante sem 
reservatórios ou grandes fontes de organismos planctônicos, e com isso favorece o aumento da 
riqueza de Cladocera em uma mistura de táxons lênticos e lóticos. 
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Palavras-chave: Nordeste, rio, semiárido, ecologia, gradiente. 
 
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Efeitos da eutrofização sobre a diversidade da comunidade zooplanctônica de reservatórios 
 
Camila Bezerra Amaral1, Dayrla Kelly Gomes Rocha1, Elizabeth Amorim da Silva1, Emmanuelly da 
Silva Oliveira1, José Ethan de Lucena Barbosa¹, Juliana dos Santos Severiano1 , 
 
1 Universidade Estadual da Paraíba, Programa de Pós-graduação em Ecologia e Conservação, 
Departamento de Biologia, Laboratório de Ecologia Aquática, Campina Grande-PB, Brasil, Email: 
camilabezamaral@gmail.com. 
 
Resumo: O problema da eutrofização em reservatórios está cada vez mais em evidencia por conta 
das consequências que pode trazer para a biodiversidade do local. Dentre eles, mudança na estrutura 
da comunidade aquática em resposta a florações de macrófitas e cianobactérias produtoras de toxinas 
que podem causar efeitos negativos sobre predadores, como o zooplâncton. Desde modo, o objetivo 
desse trabalho foi investigar a influência da eutrofização na diversidade da comunidade 
zooplanctônica. Para isso, foram selecionados 16 reservatórios localizados nos estados da Paraíba e 
Pernambuco, sendo quatro reservatórios para cada estado trófico (oligotrófico, mesotrófico e 
eutrófico), determinados a partir das variáveis ambientais coletadas em três pontos diferentes de cada 
local. Nesses pontos, foi filtrada água com rede de plâncton para determinação da comunidade 
zooplanctônica, que foi identificada e quantificada em laboratório. Para avaliar o efeito do estado 
trófico na diversidade de zooplâncton, foi realizada uma ANOVA fatorial de medidas repetidas com 
nível de significância p<0,05 utilizando o programa R. Foram encontradas um total de 98 espécies 
nos ambientes eutróficos, 123 em mesotróficos e 106 em ambientes oligotróficos. De acordocom a 
análise estatística, o gradiente de eutrofia não influenciou a diversidade de zooplâncton nesses 
ambientes (p=0.3413). Esses resultados podem ocorrer devido a composição do fitoplâncton e 
zooplâncton local, sugerindo que é necessário além do grau de eutrofia, conhecer melhor as espécies 
que compõem cada ambiente. É comum reservatórios eutróficos apresentarem florações de 
cianobactérias produtoras de toxinas e não palatáveis que podem levar a uma diminuição da 
diversidade de zooplâncton, em contrapartida, esses indivíduos podem apresentar uma herbivoria 
seletiva consumindo espécies palatáveis a eles como as clorofíceas, ou até mesmo desenvolvendo 
estratégias para consumir as cianobactérias, como quebra de filamentos. Além disso, considera-se 
importante também levar em consideração os organismos de níveis tróficos superiores, como os 
peixes planctívoros, que podem ter uma forte influência de controle na comunidade zooplanctônica. 
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O que reforça a importância de conhecer a dinâmica local, para determinar os fatores que influenciam 
a diversidade de zooplâncton. 
 
Palavras-chave: Florações, Peixes, Qualidade de água, Teia trófica. 
 
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Influência da clorofila em diferentes níveis de eutrofização nos padrões de riqueza e abundância 
zooplanctônica em reservatórios do semiárido 
 
Dayrla Kelly Gomes Rocha1 Camila Bezerra Amaral1 Emmanuelly da Silva Oliveira1 Elizabeth 
Amorim da Silva1 Juliana dos Santos Severiano1 José Etham de Lucena Barbosa1 
 
1 Universidade Estadual da Paraíba, Programa de Pós-graduação em Ecologia e Conservação, 
Departamento de Biologia, Laboratório de Ecologia Aquática, Campina Grande-PB, Brasil, 
Email:dayrlakellyl@gmail.com. 
 
Resumo: A qualidade da água e integridade biológica de reservatórios são geralmente avaliadas 
através de componentes indicadores, sejam eles biológicos ou inorgânicos, em análises laboratoriais 
ou experimento em campo. A comunidade fitoplanctônica (F) é um componente importante, visto 
que está na base das teias alimentares desses ecossistemas e afeta diretamente outros grupos. Além 
disso, pode ser estimada através da quantificação da clorofila (Chl-a), podendo ser aplicada para 
determinar o estado de eutrofização dos reservatórios. A comunidade zooplanctônica (Z), por sua vez, 
é composta pelos consumidores primários e servem como elo para a transferência de energia/matéria 
para o restante da cadeia/teia alimentar aquática. Alterações nessa relação F:Z pode provocar cascatas 
tróficas, e comprometer o ecossistema dos reservatórios. Diante disso, o objetivo do presente estudo 
foi analisar a influência da Chl-a na riqueza e abundância zooplanctônica. Nossa hipótese é que essa 
influência ocorre de forma positiva. Sendo assim, foram realizadas coletas em 2019 nos reservatórios 
de Pereiros e Jangada (Oligotróficos), Gloria e Engenheiro Ávidos (Mesotróficos) e Jenipapeiro e 
Farinha (Eutróficos) localizados na região semiárida do Brasil. Para medir o grau de relação entre as 
variáveis foi realizando o coeficiente de correlação de Pearson (r) e Spearman (ρ) no R (version 4.1.0). 
A correlação riqueza e Chl-a exibiu valores de r -0,24 e ρ -0,21, enquanto para a abundância obteve 
um r 0,02 e ρ -0,11 (p>0,05). Ambos apresentaram uma correlação positiva e negativa desprezível, 
com a riqueza alcançando uma maior relação negativa com o aumento da clorofila, o que pode estar 
associada a presença de espécies do fitoplâncton que exibem características estressantes ao pastejo 
do zooplâncton, como as cianobactérias que apresentam morfologia e toxinas que impossibilitam o 
consumo. Além disso, os resultados mostraram que existem outros fatores complexos que guiam os 
padrões de riqueza e abundancia zooplanctônica dentro dos reservatórios tropicais, e que a medição 
da comunidade fitoplanctônica através da Chl-a não revela detalhes da relação F:Z. Com isso, a 
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utilização complementar de medições da biomassa, densidade e composição do fitoplâncton pode 
elucidar uma melhor compreensão dessa relação F:Z em reservatórios do semiáridos. 
 
Palavras-chave: produtividade primária, fitoplâncton, reservatórios tropicais. 
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Efeitos de reservatórios em cascata à montante sobre os padrões espaciais e temporais de 
diversidade β de ciliados planctônicos em uma planície de inundação neotropical 
 
Carolina Leite Guimarães Durán¹*, Fernando Lansac-Tôha¹, Bianca Ramos Meira¹, Felipe Rafael de 
Oliveira¹, Luiz Felipe Machado Velho¹ 
 
1 Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais (PEA), Núcleo de 
Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura (Nupélia), Universidade Estadual de Maringá 
(UEM). Av. Colombo, 5790, CEP 87020-900. Maringá, PR, Brazil. 
 
RESUMO: Em ambientes de planície de inundação, a construção de barragens pode alterar a 
conectividade, o transporte de sedimentos e a descarga de água nesses sistemas, além de causar um 
processo conhecido como homogeneização biótica (i.e., redução na diversidade beta). A diversidade 
beta (β) é um componente fundamental da biodiversidade, e a alteração na composição de espécies 
ao longo do tempo e espaço não é apenas um tópico de interesse teórico, mas também tem importantes 
implicações para o planejamento regional da biodiversidade. Considerando isto, foram investigadas 
as possíveis alterações da diversidade β taxonômica ao longo de um gradiente temporal e espacial, 
em dois subsistemas de uma planície de inundação neotropical, sendo um deles impactado por 
barragens e outro livre de barragens ao longo de seu curso. Para a análise espacial, os resultados 
contradizem nossa predição, de forma que o subsistema Paraná, fortemente impactado por uma série 
de reservatórios a montante, não apresentou nenhuma tendência de redução da diversidade β, 
apresentando padrão similar àquele observado para o subsistema não impactado. Nesse sentido, não 
se observou um processo de homogeneização biótica para a comunidade de protistas ciliados à jusante 
dos barramentos. Além disso, o componente turnover foi o mais importante, evidenciando uma alta 
heterogeneidade ambiental nos sistemas estudados. Para a análise temporal, observou-se uma 
alteração significativa da composição de espécies, desde o primeiro até o último ano analisado, apenas 
para o subsistema impactado por barragens (Paraná), sendo esse incremento na diversidade β, ao 
longo do tempo, determinado, sobretudo, pela perda de espécies. 
 
Palavras-chave: Barramento. Dissimilaridade. Protista. Aninhamento. Turnover. 
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Diversidade funcional da comunidade zooplanctônica num reservatório tropical. 
 
Renato Miziara Assef dos Santos1, Odete Rocha 1 & Maria José dos Santos Wiesnieswki2 
 
1 Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva- UFSCar- São Carlos- SP, 13565-905, Brasil. 
2 Laboratório de Limnologia, Instituto de Ciências da Natureza- Universidade Federal de Alfenas – 
UNIFAL, Alfenas-MG, 37130-000, Brasil. 
e-mail: renato.assef@hotmail.com, doro@ufscar.br, czw@uol.com.br 
 
Resumo: A forte relação entre a diversidade funcional e a manutenção dos processos ecossistêmicos 
torna importante a utilização das características funcionais do zooplâncton para avaliar as alterações 
no funcionamento e na estrutura do ecossistema aquático. Essa abordagem representaas diferenças 
entre as espécies baseada na distinção de suas características morfológicas, fisiológicas e ecológicas 
que influenciam nas interações e na capacidade de sobrevivência dos organismos. Os objetivos do 
presente estudo foram determinar os grupos funcionais e calcular a diversidade funcional da 
comunidade zooplanctônica. As amostragens ocorreram trimestralmente entre março e dezembro de 
2008 em 26 pontos distribuídos entre a sub bacia do rio Grande e a do rio Sapucaí do reservatório da 
UHE de Furnas. Para separação das espécies em grupos funcionais foram utilizados as características 
tamanho corporal, habitat, grupo trófico, hábito alimentar e o tipo de reprodução. Os índices 
funcionais utilizados para o cálculo da diversidade funcional foram FRic, FEve e FDiv. No total foram 
identificadas 76 espécies e 7 grupos funcionais. Os rotíferos foram separados em três grandes grupos, 
enquanto os cladóceros e copépodes em apenas dois grupos funcionais. Em virtude das características 
dos pontos de coleta o grupo funcional dos cladóceros raspadores pouco apareceram nas amostras, 
tendo baixa ou nenhuma abundância ao longo do estudo. Já os cladóceros filtradores foram 
representativos em todo o período de amostragem. Foi possível observar a maior abundância dos 
rotíferos ciliados pelágicos. O grupo funcional dos onívoros raptoriais formado pelos ciclopóides 
tiveram alta abundância. A riqueza funcional (FRic) e a uniformidade funcional (FEve) foram 
significativamente diferentes entre as duas sub bacias, tendo a sub bacia do rio Sapucaí maior 
diversidade funcional. Porém, os valores do índice FEve demonstraram que a diversidade funcional 
em todo o reservatório da UHE de Furnas é baixa. É considerado que a baixa diversidade funcional 
seja uma consequência da maior atuação de filtros ambientais na estruturação da comunidade, onde 
estariam selecionando espécies com caracteristicas funcionais semelhantes e assim causando uma 
redundância funcional. 
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 Palavras-chave: zooplâncton, grupos funcionais, redundância, riqueza, uniformidade. 
 
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Efeitos do rompimento da barragem de Fundão sobre a comunidade zooplanctônica no 
reservatório da UHE Risoleta Neves, rio Doce e tributários da sua área de influência (Mariana, 
MG). 
 
Patricia Dammski Borges de Andrade1; Cláudia Costa Bonecker2; João Vitor Fonseca da Silva3; 
Leidiane Pereira Diniz4 & Dieison André Moi4 
 
1 Lactec – Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento, Curitiba, Brasil, 
patricia.borges@lactec.org.br. 
2 Universidade Estadual de Maringá, Centro de Ciência Biológicas, Nupélia, PEA/PGB, Maringá, 
Brasil. bonecker@nupelia.uem.br. 
3 Universidade Estadual de Maringá, Centro de Ciência Biológicas, Nupélia, PGB, Maringá, Brasil. 
joaovitorbio@live.com. 
4 Universidade Estadual de Maringá, Centro de Ciência Biológicas, Nupélia, PEA, Maringá, Brasil. 
leidianeediniz@gmail.com, dieisonandrebv@outlook.com. 
 
Resumo: O rompimento da barragem de Fundão (novembro de 2015) em Mariana (MG) é o maior 
desastre socioambiental da história do Brasil. Aproximadamente 44 milhões de m³ de rejeitos foram 
liberados, sendo que parte desse volume percorreu 650 km ao longo do rio, atingindo, por fim, o 
oceano (ES). O reservatório mais afetado foi o da usina hidrelétrica de Risoleta Neves (ou UHE 
Candonga), primeira usina à jusante da barragem de Fundão. Grande parte do material extravasado 
(rejeito e demais detritos) ficou retido não reservatório da UHE Candonga, prejudicando toda a 
dinâmica do reservatório, rio Doce e tributários afetados. Os efeitos do desastre sobre o zooplâncton 
desses ambientes (reservatório e ambientes lóticos) foram avaliados a partir de dados brutos do 
monitoramento da usina (dados secundários), fornecidos pela concessionária, em períodos anteriores 
(13 amostragens) e posteriores (14 amostragens) ao rompimento (2012 a 2019). Além disso, foram 
utilizados dados primários obtidos após o desastre por meio de cinco amostragens realizadas entre 
2018 e 2020. Logo após o rompimento (dezembro de 2015), não foram encontrados organismos nos 
pontos analisados. Nos períodos seguintes, a comunidade começou a se reestabelecer. Ao longo das 
campanhas, a comunidade foi representada pelos rotíferos, seguidos dos cladóceros e copépodes. No 
reservatório houve a redução de até 50% da riqueza e de até 76% da abundância, quando comparados 
com os valores anteriores ao desastre (p<0,05; GAM). A diversidade de espécies nesse ambiente 
também reduziu após o desastre. Moina minuta foi a espécie mais abundante no reservatório, após o 
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desastre. Já nos pontos de rios (lóticos), comparando os períodos anteriores e após o desastre, houve 
redução (p<0,05, GAM) na riqueza de espécies e abundância, principalmente a jusante do reservatório 
(60% e 82%, respectivamente). Brachionus falcatus, Conochilus unicornis, Keratella cochlearis, 
Polyarthra dolicoptera e Synchaeta stylata foram as espécies mais abundantes nesses ambientes após 
o desastre. Foi possível verificar que o zooplâncton foi afetado profundamente pela lama de rejeitos 
do desastre. Apesar da recuperação da comunidade ter iniciado, a mesma ainda é lenta e, os atributos 
analisados ainda estão longe de atingir os valores verificados anteriormente ao rompimento da 
barragem. 
 
Palavras-chave: Desastre socioambiental, plâncton, UHE Candonga, rio Doce 
 
 
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Efeito da variação do nível da água na colonização e estabelecimento de plantas aquáticas em 
um reservatório do Projeto de Transposição do Rio São Francisco 
 
Lorenna Campos Cruz1,2, Edson Gomes de Moura-Júnior1 & Renato Garcia Rodrigues1 
 
1 Universidade Federal do Vale do São Francisco, Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental, 
Petrolina, Brasil. 
2 E-mail: lorennacamposbio@gmail.com 
 
Resumo: A variação do nível d’água (VNA) é um fator reconhecido por sua influência na ecologia 
de plantas aquáticas. Entretanto, o conhecimento sobre esse fator durante a colonização e 
desenvolvimento dessa comunidade ecológica em ecossistemas aquáticos iniciando a sua formação 
ainda representa um desafio para a ecologia e limnologia. Assim, o presente estudo foi proposto para 
investigar os efeitos da VNA na colonização e estabelecimento de comunidades de plantas aquáticas 
após a formação de um reservatório (Tucutu) ligado ao Projeto de Integração do Rio São Francisco 
(PISF). Foram executadas 41 campanhas mensais de coleta de dados após o enchimento do 
reservatório. Em cada campanha, a profundidade (m) do reservatório foi medida em um ponto fixo, 
sendo essa medida utilizada como métrica de avaliação do efeito de VNA. A área do reservatório foi 
percorrida de barco para a identificação de bancos de plantas aquáticas com extensão igual ou superior 
a 50 metros. Em cada banco foi estabelecida uma parcela amostral de 50 m a 150 m de comprimento 
e 5 metros de largura, disposta paralelamente a margem. Um Modelo Linear Generalizado (GLM) foi 
aplicado no software R para avaliar o efeito da VNA sobre a riqueza de plantas aquáticas. A 
colonização de plantas aquáticas com a formação de bancos ocorreu após três meses do enchimento 
do reservatório. No total foram registradas 19 espécies. A riqueza de espécies por campanha variou 
entre zero e oito. As espécies com maior frequência de ocorrência foram Chara sp. (100%), 
Potamogeton pussilus (79,2%) e Eleocharis geniculata (66,7%). A VNA ficou entrezero e 7,5 
metros. A VNA determinou a riqueza de espécies no reservatório durante o estudo (GLM, z =-2.651; 
p = 0.00803, r2 = 0.072). Os períodos com maiores VNA (6,5 ~ 7,5 metros), levaram a extinção de 
bancos existentes no manancial, sendo gradativamente sucedido por um novo processo de 
colonização e estabelecimento dessas plantas. Contudo, períodos com VNA de até 3 metros 
mantiveram bancos com riqueza entre duas e oito espécies. Nossos resultados sugerem que uma 
elevada VNA é capaz de reiniciar a colonização ou sucessão de comunidades de plantas aquáticas em 
reservatórios iniciando a sua operação. É possível que esses resultados apoiem estratégias de manejo 
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de comunidades de plantas aquáticas em reservatórios que estejam submetidos a condições 
semelhantes. 
 
Palavras-chave: limnologia biótica, hidrófitas, macrófitas aquáticas, PISF. 
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Detecção de Vegetação Aquática Submersa por meio de Levantamentos Batimétricos 
 
Claudia Pereira Krueger1, Érica Santos Matos Baluta2, Andressa Muraro3 
 
1 Universidade Federal do Paraná, Programa de Pós-Graduação em Ciências Geodésicas, 
Departamento de Geomática, Curitiba - PR, Brasil, cpkrueger@ufpr.br. 
2 Universidade Federal do Paraná, Programa de Pós-Graduação em Ciências Geodésicas, 
Departamento de Geomática, Curitiba - PR, Brasil, ericamatos@ufpr.br. 
3 LACTEC, Área de Geossoluções, Curitiba – PR, Brasil, andressa.muraro@hotmail.com 
 
Resumo: Os levantamentos batimétricos consistem na principal tarefa de um levantamento 
hidrográfico, que é uma ciência aplicada que efetua medidas procurando descrever características em 
áreas marítimas, fluviais, lacustres e em canais naturais ou artificiais, navegáveis ou não, com o 
propósito de detectar estruturas que possam ocasionar riscos à navegação, bem como, contribuir com 
a proteção do ambiente. De acordo com a Agência Nacional de Águas os levantamentos batimétricos 
são de fundamental importância para a determinação hídrica através das curvas Cota x Área x 
Volume, além de proporcionar outras informações sobre os reservatórios como, por exemplo, o seu 
relevo submerso e a fauna e flora que nele habitam. Visando detectar vegetação aquática submersa 
(VAS) foi avaliado o uso do ecobatímetro Biosonics MX-200, que segundo o fabricante é apropriado 
para este fim. Inicialmente, ele foi empregado em ambiente controlado, numa piscina de dimensões 
(7,35 x 3,5 x 1,35 m) conhecidas. Foram montados dois conjuntos de vegetações, devidamente 
dimensionados a priori, que proporcionaram a construção de cenários com a imersão destas plantas 
na água, no intuito de avaliar o seu potencial na detecção de VAS e acurácia fornecida pelo fabricante. 
Em relação ao detalhamento da superfície das VAS simuladas, o ecograma exibiu as diferentes 
respostas das feições submersas com coerência e sensibilidade. O levantamento proporcionou a 
identificação dos dois conjuntos de amostras introduzidos na piscina, bem como, as variações das 
alturas das folhagens com discrepâncias de 5 a 12%. Ressalta-se que a qualidade da representação 
dessas feições é dependente, também, do método de interpolação adotado e da amostragem dos 
pontos. Verificou-se ainda que os resultados alcançados atendem às especificações de acurácia do 
fabricante sobre os pontos analisados. Posteriormente foram efetuados levantamentos batimétricos 
em uma área teste no Reservatório de Piraquara II, Paraná, tendo o ecograma exibido as diferentes 
respostas das feições submersas. Logo, o presente estudo consolida este tipo de levantamento 
batimétrico como uma poderosa ferramenta na gestão de recursos hídricos, principalmente no estudo 
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de elementos submersos. Também pode-se destacar que é um método ágil no monitoramento da 
ocupação por macrófitas. 
 
Palavras-chave: geotecnologias, monitoramento ambiental, feições submersas, GNSS, batimetria. 
 
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A influência de variáveis ambientais na diversidade beta de macrófitas aquáticas nos 
reservatórios da UHE Belo Monte, Xingu 
 
Geysa Kelly Oliveira Veloso1; André Ribeiro Martins2; Karina Dias- Silva3 
 
1 Universidade Federal do Pará, Laboratório de Ecologia, Belém, Brasil, geykell@hotmail.com. 
2 Universidade Federal do Rio Grande, Programa de Pós-graduação em Biologia de Ambientes 
Aquáticos Continentais, Rio Grande, Brasil. armbiologo@gmail.com 
3 Universidade Federal do Pará, Faculdade de Ciências Biológicas, Altamira, Brasil, 
diassilvakarina@gmail.com 
 
Resumo: As variáveis ambientais são fatores que podem influenciar na organização das 
comunidades aquáticas em reservatórios. Uma forma de identificar os efeitos desses fatores nessas 
comunidades é analisar sua influência na diversidade beta (β). O objetivo deste trabalho foi avaliar 
a influência de variáveis ambientais na diversidade beta (β) de macrófitas aquáticas nos 
reservatórios da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, localizado no rio Xingu. A coleta foi realizada 
em maio de 2021 em 34 pontos amostrais, 24 no reservatório Xingu (RX) e 10 no reservatório 
Intermediário (RI). As espécies de macrófitas foram amostradas utilizando um quadrante de PVC de 
(1m²) lançando em bancos de macrófitas em cada ponto amostral. Nos mesmos locais, foram 
obtidos dados sobre as variáveis abióticas. Inicialmente, utilizamos teste de correlação de Pearson 
para retirar as variáveis altamente correlacionadas, resultando em sete variáveis (pH, Temperatura, 
Condutividade, Transparência, Profundidade, Turbidez e ORP). A partir da matriz de presença e 
ausência das espécies de macrófitas aquáticas a diversidade (β) foi decomposta em diversidade beta 
total e nos dois principais componentes: a diferença de riqueza e substituição de espécies, criando 
três matrizes de dissimilaridade. Análises de redundância baseadas em distância (dbRDA) foram 
utilizadas para testar os efeitos das condições ambientais nas três matrizes de dissimilaridade. Em 
todas as análises utilizamos autovetores de Moran (MEM) para controlar possíveis efeitos da 
autocorrelação espacial (distância entre os pontos pelo curso do rio). As variáveis ambientais 
apresentaram influência na diversidade beta total (F7=2,730 P=0,03), mas não explicou a 
substituição de espécies (F7=1,342; P=0,31) e não explicou o componente de diferença de riqueza 
(F7= -18,362; P=0,98). Na primeira dbRDA (beta total) os dois primeiros eixos explicaram 77% da 
variação total. O primeiro eixo explicou 55% da variação, com maiores contribuições das condições 
estruturais dos reservatórios (profundidade). O segundo eixo explicou 22% da variação, e foi 
55
 
VIII SIMPÓSIO DE ECOLOGIA DE RESERVATÓRIOS 
“Visão Múltipla e Integrativa de Conhecimentos” 
04 a 07 de outubro de 2021 
 
 
influenciado pelas condições estruturais dos reservatórios (profundidade) e condições físico-
químicas da água (condutividade). Conclui-se que em reservatórios as variáveis ambientais podem 
indicar claramente a divisão entre zonas distintas. Esses resultados mostraram uma forte influência 
das variáveis ambientais locais sob a diversidade β, reforçando a importância, assim como a 
necessidade de preencher lacunas de amostragem em relação aos dados de diversidade β. O 
resultado deste trabalho poderá auxiliar em um melhor entendimento sobre o desenvolvimento de 
macrófitas aquáticas em usinas hidrelétricas, além de uma visão dos efeitos causados pelo 
crescimento excessivo e as ações de manejo, o qual deve ser

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