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SURDEZ E ACESSIBILIDADE NO ENSINO SUPERIOR: ANÁLISE DO CONTEXTO PEDAGÓGICO. Natália Gavaldão Orientadora: Sandra Eli Sartoreto de Oliveira Martins nataliagavaldao@gmail.com, sandreli@marilia.unesp.br UNESP – FFC/Marília. Agência financiadora: OBEDUC/CAPES Linha de pesquisa: Educação Especial Resumo A educação inclusiva visa valorizar a diversidade através de ações que acolham os alunos em suas especificidades, promovendo modificações nas práticas e ambientes escolares, a fim de eliminar as barreiras que dificultam ou impeçam o acesso ao conhecimento. Para consolidá-la é preciso garantir um currículo que considere as particularidades dos estudantes, nos quais se destacam os alunos com deficiência. O estudo visa investigar os discursos dos professores sobre os suportes e apoios pedagógicos oferecidos à inclusão dos surdos, nas Instituições de Ensino Superior (IES). Participarão da pesquisa, professores que ministram aulas para estudantes surdos em três universidades públicas brasileiras. Com base nos indicadores presentes no “Guia Index para a inclusão” que, tem como função organizar e orientar sistemas educacionais inclusivos e com a literatura específica na área da surdez será sistematizado um roteiro de entrevista aos participantes do estudo. Os discursos serão coletados por meio de entrevista com os professores nos locais de atuação dos mesmos. A luz da abordagem teórico-metodológica de produção de sentidos e práticas discursivas propostas por Spink (2013), o tratamento e análise dos materiais recolhidos serão analisados a partir do levantamento de Mapas de Associação de Ideias e/ou Quadros-síntese. O uso de tal procedimento visa auxiliar na identificação e análise dos discursos atribuídos as formas de organização dos apoios e suportes pedagógicos oferecidos aos surdos na educação superior. Espera-se que a pesquisa possa contribuir para elencar ações afirmativas que garantam a inclusão de qualidade para os surdos na universidade. Palavras-chave: Currículo – Ensino Superior– Surdez INTRODUÇÃO Ao realizar uma reflexão sobre a situação atual do ensino superior no Brasil, é importante destacar sua organização bastante carente onde o surgimento das primeiras universidades, segundo Gomes (1998) ocorreu em função de atender as necessidades da realeza portuguesa, recém-instalada no Rio de Janeiro. O público que frequentava era apenas a elite que futuramente ocupariam importantes cargos reservados. Nesta época às instituições de Ensino Superior conferiam a formação tecnológica, voltada para diplomar profissionais à especialização e o caráter elitista se aflorava em função de atender uma população específica destinada ao poder. Segundo Chauí (2003), esse modelo trouxe a Educação Superior no Brasil, aspectos que, de alguma maneira se refletem até os dias atuais, mesmo quando os discursos e ações fomentam o processo de democratização. A autora explica que a partir das revoluções sociais do século XX e com as lutas desencadeadas a partir delas, a educação e cultura passam a ser concedidas como forma de constituir a cidadania tornando-se um direito. Essas explicitações mostram que a democratização do ensino universitário faz parte de um contexto onde o discurso ainda se sobrepõe a prática. De acordo com Bittar, Oliveira e Marosini (2008) é na década de noventa que algumas mudanças expressivas no Ensino Superior resultam em significativas modificações através de uma rápida aceleração na oferta de vagas, o que veio acontecer, em especial, por meio do alto crescimento das universidades privadas. Nos últimos anos muitas ações têm sido propostas como a expansão de ofertas de vagas com a garantia de qualidade, promoção da inclusão social, expansão e interiorização do Ensino Superior, estruturação do sistema Universidade Aberta do Brasil e expansão de cursos na modalidade à Distância EAD, para atingir um maior contingente de pessoas. (Brasil 2012). Os procedimentos de adequação e estruturação do ensino estão à mercê das condições de funcionamento do poder público não ocorrendo com a urgência que necessita. As legislações brasileiras que tratam da inclusão no ensino superior das pessoas com deficiência evoluiu no sentido de assegurar condições básicas de acesso, mas ainda há muitas ações a serem concretizadas. Por exemplo, a Lei nº 9.394/96 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional deixa de lado o fato das pessoas com necessidades educacionais especiais estarem ingressando no Ensino Superior. Mas a portaria nº 1.679 de 1999, assegura às pessoas com deficiência os requisitos básicos visando melhorias estruturais no espaço universitário. Quanto à oferta de vagas e matrículas nesta modalidade de ensino, o Plano de Educação Nacional de Educação (PNE), Lei nº 10.172/2001, reconheceu a existência de um déficit de alunos com deficiência no ensino superior, recomendando diretrizes curriculares que assegurassemflexibilidade nos programas oferecidos pelas instituições universitárias, a formação do professor, nas melhorias das questões de acessibilidade e atendimento educacional especializado para apoiar este processo. Já a portaria nº 3.284, de 7 de novembro de 2003 considera que a entrada do deficiente no ensino superior é uma realidade e necessita viabilizar a mobilidade e utilização de equipamentos de forma que os meios facilitem o acesso do aluno em instituições públicas ou privadas, garantindo também a permanência nos cursos de graduação. Dando continuidade a esse processo, é formulado o Decreto 5.296 de 2004 que estabelece normas gerais e critérios básicos para o atendimento prioritário da pessoa com deficiência em seu artigo 24, onde se vê a determinação do oferecimento de condições de acesso e utilização a todos os ambientes universitários (sala de aula, bibliotecas, auditórios, ginásios, laboratórios, área de lazer, sanitários, entre outros). Em 2005 o governo federal cria o Programa Universidade para todos (PROUNI), criando políticas de acesso que dentre outras ações reserva no processo seletivo, vagas e bolsas às pessoas com deficiência entre outras necessidades. Já no ano de 2010, o programa nacional de assistência estudantil (PNAES) através do Decreto nº 7234 vem assegurar e ampliar as condições de permanência dos jovens das universidades federais definindo em uma de suas ações o acesso, a participação e aprendizagem dos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades e superdotaçãoincubindo as universidades de definir os critérios de seleção dos alunos a serem beneficiados. (BRASIL 2010). O decreto de 17 de novembro de 2011, nº 7.611 dispõe sobre o atendimento especializado prevendo a estruturação de núcleos de acessibilidade nas instituições federais de educação superior visando eliminar barreiras físicas, de comunicação e de informação que impeçam a participação e aprendizagem e desenvolvimento acadêmico. A partir das legislações referidas, algumas universidades começaram a organizar-se no sentido de receber os alunos através do apoio dos profissionais preparados, buscando adequar-se as especificidades dos estudantes. Mas sabe-se que a existência das leis não garante de fato a materialização dessas ações afirmativas. É preciso que toda a organização do espaço universitário esteja atenta às peculiaridades dos alunos que irão atender. (HARRISON & NAKASATO 2004) Em se tratando da educação do surdo, as melhorias acerca da inclusão começam a ganhar força com os movimentos internacionais, como a Conferência Mundial de Educação para todos realizada em Jomtien, na Tailândia (1990) e em Salamanca, Espanha (1994), e a Conferência de Educação Superior, realizada em Paris (1998), as quais discutiram a inclusão de pessoas com deficiência em todos os níveis de ensino. Chahini (2005). As reivindicações dos surdos e suas especificidades linguísticas são consideradasem 2002, pela sanção da lei nº 10.436, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras, reconhecendo-a como meio de comunicação e expressão. A partir desta lei a Língua brasileira de sinais (Libras) ganhou respaldo e o surdo pode buscar no poder público o acesso a educação e outros serviços. (LACERDA, 2009). No artigo 14º, a lei determina que as instituições federais devam garantir aos surdos o acesso à comunicação nos processos seletivos, nas atividades e nos conteúdos curriculares, desde a educação infantil até o ensino superior. Em seu inciso VI define que serão adotados mecanismos de avaliação respeitando a aprendizagem da segunda língua nas correções de provas, focando nos aspectos semânticos. No inciso VII, menciona a adoção de alternativas para a avaliação de conhecimentos expressos em Libras, utilizando, por exemplo, ferramentas eletrônicas para o registro. No ano de 2005, o decreto 5.626/2005 definiu uma série de ações que regulamenta a educação bilíngue como: a implementação da disciplina de Libras nas grades curriculares das licenciaturas e no curso de fonoaudiologia e a presença de intérpretes nos espaços onde há surdos, sendo um marco na garantia da permanência desse publico na Universidade, além da flexibilização na correção das provas escritas. No capítulo VI deste decreto coloca-se a seguinte afirmação em relação à educação dos surdos: Art. 23. As instituições federais de ensino, de educação básica e superior, devem proporcionar aos alunos surdos os serviços de tradutor e intérprete de Libras – Língua Portuguesa em sala de aula e em outros espaços educacionais, bem como equipamentos e tecnologias que viabilizem o acesso à comunicação, à informação e à educação. § 1º Deve ser proporcionado aos professores acesso à literatura e informações sobre a especificidade lingüística do aluno surdo. § 2º As instituições privadas e as públicas dos sistemas de ensino federal, estadual, municipal e do Distrito Federal buscarão implementar as medidas referidas neste artigo como meio de assegurar aos alunos surdos ou com deficiência auditiva o acesso à comunicação, à informação e à educação. (BRASIL, 2005). Apesar do caráter que descreve a inclusão como sendo algo importante ao surdo através dos recursos disponíveis para tal ação, Harrison & Nakasato (2004) observa que a entrada do surdo no ensino superior traz uma série de enfrentamentos, já que a cultura surda1 é minoritária e subordinada à assimilação de uma cultura dominante e sem empatia, indicando uma política homogeneizante e um discurso ouvintista2 de normalização que restringe o acesso do surdo ao Ensino Superior. Por não terem tido acesso a um ensino de qualidade durante a educação básica os surdos chegam a universidade com defasagens para enfrentar o processo seletivo. Aqueles que conseguem ingressar não contam com o apoio dispostos nas legislações eacabam por vezes desistindo de dar continuidade aos estudos. (HARRISON & NAKASATO, 2004). (...) a história escolar do aluno surdo tende a ser constituída por experiências bastante restritas, que configuram condições de produção de conhecimento pouco propícias ao domínio da língua portuguesa. Em geral, as aprendizagens são pobres e envolvem escasso uso efetivo da linguagem escrita (GÓES, 1999 p.2). Não tendo uma educação que atenda suas especificidades linguísticas numa escola que trata a aprendizagem da língua desvinculada do uso social centrando-se apenas nas funções gramáticas, o surdo, mesmo alfabetizado fica impedido de desenvolver o domínio da segunda língua (Língua Portuguesa). O letramento tem que ter como base o sentido a que se propõe, pois sem intenção a leitura não existe e o que fica é apenas a decodificação. Antunes (2009). Desta forma, todas as questões que envolvem o uso da língua não são apenas questões linguísiticas; são questões políticas, históricas e culturais. Não 1Educação de surdos, pensada dentro uma política educacional que respeita e valoriza a cultura dos mesmos, é vista como uma grande alavanca no processo de transformação desses sujeitos. (SKLIAR, 1998). 2Ouvintista – as representações dos ouvintes sobre a surdez e sobre os surdos e o oralismo continuam sendo, ainda hoje, discursos em diferentes partes do mundo. Trata-se de um conjunto de representações dos ouvintes, a partir do qual o surdo está obrigado a olhar-se a narrar-se como se fosse ouvinte (SKLIAR, 1998). podem, portanto, ser resolvidas somente com um livro de gramática ou à luz do que prescrevem os comandos de alguns manuais de redação. (ANTUNES, 2009,p.21) Diante desta realidade coloca-se a seguinte hipótese: muitos professores universitários não estão preparados para trabalhar com as diferenças linguísticas e as carências provenientes da educação básica do estudante surdo, de forma que a inclusão de fato não está sendo concretizada na prática. Segundo dados do MEC/INEP presentes no Resumo Técnico Censo da Educação Superior, das 8.961.724 pessoas matriculadas no ensino superior, 29.033 apresentavam alguma deficiência, sendo que desses 5.065 com deficiência auditiva, 2.067 surdos e 211 surdo-cegueira. (BRASIL, 2011). Os dados demonstrados denotam que o número de alunos surdos no ensino superior não é expressivo, mas vem aumentando gradativamente devido a fatores como programas governamentais de acesso ao ensino superior, reconhecimento da língua de sinais, algumas propostas de qualidade relacionadas à educação do surdo e as normativas que visam à garantia da inclusão em diferentes modalidades de ensino. Porém, são inúmeras as barreiras que tal público encontra para concluir esta modalidade de ensino. Se as instituições de ensino superior se propõem a receber os alunos por meio dos programas governamentais como PROUNI, FIES, PROJETO INCLUIR, elas necessitam flexibilizar o ensino para as diferenças tendo em vista que muitos que adentram a este espaço são carentes de formação. Neste sentido, Silva (2005) afirma que existe um enorme abismo entre o mundo acadêmico e o cotidiano do ensino, revelando, nos dias atuais, uma imensa lacuna entre o que é proposto em lei, o desenvolvimento do saber e da cultura produzidos nas universidades e ao que ocorre de fato na prática. As universidades devem oferecer suportes como tecnologias para que os surdos tenham acesso aos conteúdos, analisar os textos dos surdos através dos sentidos e não se restringir a sintaxe e também propiciar a formação para a língua portuguesa enquanto não ocorrem mudanças na educação básica. É necessário realizar essa revisão do sistema de ensino através de práticas pedagógicas diferenciadas nos modos de ensinar com a participação do interprete de Libras. (GURGEL, 2010) Também é importante os professores universitários conhecerem o processo de lutas dos surdos ao longo da história pelo reconhecimento cultural da surdez no campo da diferença, desvinculando da doença e compreenderem a experiência escolar do surdo nas demais modalidades de ensino que é acompanhada de frustrações e insucessos, devido à ausência de atendimento das especificidades educacionais desses estudantes, bem como pela ausência da proposta bilíngüe. (TESKE, 2005). Em paralelo a história e as conquistas já realizadas pelos surdos em termos de emancipação da identidade em contradição com a visão de doença que perdurou por tempos, a entrada na universidade é uma oportunidade para disseminar os conhecimentos sobre a cultura surda e vislumbrar novos caminhos de formação. Nesta perspectiva, esta pesquisa tem por objetivo investigar o que dizem os professores sobre as barreiras de acessibilidade para acadêmicos surdos no ensino superior. Esse objetivo maior se estende em outros, mais específicos que são:1) identificar nos discursos dos professores quais são as barreiras que impedem e/ou dificultam a apropriação de conhecimentoscurriculares de acadêmicos surdos na universidade e 2) descrever e analisar as práticas pedagógicas para o atendimento as demandas educacionais especiais de alunos surdos em sala de aula. Através das discussões que serão realizadas espera-se que as propostas curriculares nas universidades sejam repensadas no sentido de equacionar a relação entre heterogeneidade e currículo, vendo a diversidade como ponto positivo, libertando-a dos olhares preconceituosos. A PESQUISA Locais e Participantes Constituirá a amostra de participantes do estudo, professores de três universidade públicas que integram o Projeto em rede intitulado “ACESSIBILIDADE NO ENSINO SUPERIOR: da análise das políticas públicas educacionais ao desenvolvimento de mídias instrumentais sobre deficiência e inclusão”, financiado pelo Programa Observatório da Educação – OBEDUC (Edital nº 49/12 – OBEDUC/CAPES), a saber: Universidade Estadual Paulista (UNESP), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Universidade Estadual de São Carlos (UFSCar). A escolha do local da pesquisa justifica-se pelo fato destas IES se integrarem ao projeto mencionado e, permitir ao pesquisador o acesso à base de dados do mapeamento de estudantes universitários deficientes na graduação. Cumpre esclarecer que esse estudo, integra os subprojetos do Projeto em rede ora mencionado. Procedimento de coleta de dados Para o desenvolvimento do campo de pesquisa a entrevista será utilizada como instrumento de coleta, após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, concordando em participar da pesquisa (Anexo – A), estando em consonância com os preceitos previstos na Resolução Nº 466, de 12 de dezembro de 2012, do Comitê de Ética de Pesquisas com Seres Humanos3. Inicialmente pretende- se fazer o contato com os professores por e-mail encaminhando uma carta convite evidenciando os objetivos da pesquisa e a utilização dos dados coletados, dando transparência quanto aos procedimentos e em relação aos direitos e deveres de todos os envolvidos no processo de pesquisa. Após a devolutiva, as entrevistas serão previamente agendadas e realizadas em local e horário escolhidos pelo entrevistado. Logo após as entrevistas gravadas serão transcritas. 3Disponibilizado pela Plataforma Brasil -http://aplicacao.saude.gov.br/plataformabrasil/login.jsf Antecedendo a aplicação com os sujeitos da pesquisa, uma entrevista piloto será realizada para verificar a qualidade do roteiro elaborado (ANEXO B). Esse procedimento contribuirá para que se identificar possíveis falhas nas questões elaboradas. Pretende-se aplicar o estudo piloto numa instituição de ensino privada da cidade de Bauru que tenha um surdo matriculado. O estudo piloto irá auxiliar na avaliação das perguntas, na organização dos agendamentos e no planejamento de tempo. O roteiro de questões que subsidiará a coleta das entrevistas está sendo desenvolvido tomando como referências indicadores que orientam a organização de sistemas educacionais inclusivos, presentes no Guia “Index para a inclusão: desenvolvendo a aprendizagem e a participação nas escolas” (BOOTH e AINSCOW, 2011), que projeta várias ideias para desenvolver um planejamento de melhorias contínuas nos processos de ensino e aprendizagem no âmbito educacional, com enfoque inclusivo. Em outras palavras tal, instrumento tem por objetivo orientar a aprendizagem de alunos com deficiência em sistemas educacionais de ensino, de forma inovadora, envolvendo um ensino que não recorre à rotulação de habilidades, mas sim colocando valores inclusivos em ação, promovendo os direitos. Ele gera coesão de modo que se refere a todos e não focaliza apenas minorias étnicas particulares de forma possivelmente discriminatória. Embora o documento se preocupe com a as barreiras que impedem a aprendizagem e interação, a tentativa de remover essas barreiras focalizam aquelas sobre as quais os professores, alunos e familiares podem fazer alguma coisa, especialmente se trabalharem juntos. Identificar barreiras à aprendizagem e participação nada tem a ver com apontar o que há de errado na instituição escolar. A inclusão é um processo incessante que envolve o descobrimento e a remoção progressiva dos limites à participação e à aprendizagem. Descobrir as barreiras e conceber planos para reduzi-las, no espírito da colaboração aberta são os pontos que alicerçam o Index. Usar a noção de barreiras à aprendizagem e à participação no sentido de ajudar a resolver as dificuldades educacionais pode substituir a identificação dos alunos como tendo “necessidades educacionais especiais”. A ideia de que as dificuldades educacionais podem ser resolvidas rotulando as crianças desta maneira e em seguida intervindo individualmente te limitações consideráveis. A visão das deficiências nos alunos como principal causa de suas dificuldades educacionais nos desvia das barreiras em todos os demais aspectos das ambientações e sistema e obscurece as dificuldades experimentadas pelas crianças sem o rótulo. (BOOTH: AINSCOW, p.41, 2011). No sentido de orientar os profissionais da educação para a construção de sistemas educacionais inclusivos, o documento fornece três dimensões e cada uma delas se divide em duas seções. Juntas, elas podem formar uma estrutura de planejamento. Os pontos de planejamento em cada seção ajudam a assegurar que as ações ofereçam suporte umas às outras. Figura4 1: Dimensões do Index e estrutura de planejamento Após construção do roteiro, pretende-se dar início a realização das entrevistas. Nela o pesquisador assumirá um papel ativo no momento da coleta, com vistas levantar informações que auxiliem a responder aos objetivos desse estudo. Análise dos dados A presente pesquisa se apóia na abordagem teórico-metodológica de produção de sentidos e práticas discursivas que vem sendo desenvolvida no Núcleo de Pesquisa em Psicologia Social e Saúde, da PUC de São Paulo. De acordo com Mirim: Nessa abordagem, a produção de sentidos, compreendida como um fenômeno sociolinguístico, busca entender tanto as práticas discursivas que atravessam o cotidiano, como os repertórios interpretativos utilizados nas produções discursivas. Esses repertórios, que circulam na sociedade e que utilizamos para dar sentido às nossas experiências, derivam de contextos marcados por diferentes temporalidades: tempo longo (que marca as produções culturais da humanidade); tempo vivido (que enfoca as linguagens sociais presentes nos processos de socialização); e tempo curto (da interação face a face). (MIRIM apud SPINK, 2013, p. 127) A opção por está proposta teórico-metodológica justifica-se, pois as atividades da pesquisa proposta se concentraram na análise das práticas discursivas dos professores sobre as condições de acessibilidade de alunos surdos em sala de aula no contexto universitário, visando explicar os processos pelos quais os indivíduos descrevem e compreendem o mundo e a necessidade desses em superar condições instituídas na realidade atrelando a historicidade dos fenômenos estudados. 4A figura 1 extraída do “Index para inclusão – desenvolvendo a aprendizagem e a participação nas escolas”, versão traduzida do documento originalintitulado de “Index for Inclusion: developinglearningandparticipation in schools BOOTH e AINSCOW, p.14, 2011) O Construcionismo, segundo Spink (2013) está apoiado na teoria histórico-cultural e nasce das críticas refutadas as teorias científicas engessadas no tempo e que são meramente descritivas e acuradas da realidade, onde a linguagem é vista como uma simples representação. Na abordagem Construcionista relações dialógicas pressupõem historicidade nos enunciados constitutivos. Ao adotar o termo práticas discursivas parte-se do pressuposto que o trabalho com a linguagem em ação,mensura as formas como as pessoas se posicionam nas relações sociais produzindo sentidos e compreendendo seus enunciados na relação com o momento em que foram ditas. “As práticas discursivas têm como elementos constitutivos: a dinâmica (que são os enunciados, orientados por vozes), as formas ou speech genres (que, para Bakhtin, são formas mais ou menos fixas de enunciados) e os conteúdos, os repertórios linguísticos.” (SPINK, 2010. P. 27). O que foi dito no momento da pesquisa tem relação com o que já fora vivido e dito outrora por alguém, pois está carregado de história. “As palavras são tecidas a partir de uma multidão de fios ideológicos e servem de trama a todas as relações sociais em todos os domínios” (BAKHTIN, 1995/1929 p. 40). Todo discurso está em diálogo com outros discursos, nesta premissa será a narrativa o indicativo das transformações sociais da inserção do surdo na universidade, registrando as transições sociais ocorridas e diferentes análises sobre o mesmo tema para apresentar um posicionamento. (MIRIN apud SPINK 2013) Na produção de sentidos por meio da entrevista, por exemplo, é o dialogismo entre pesquisador-entrevistado que norteará esta produção. O pesquisador, através de perguntas aponta caminhos para o diálogo, rompendo e re-significando da visão de mundo do entrevistado dando a ele a possibilidade de descrever, repensar e disponibilizar a todos sua trajetória e por fim colocar em pauta a questão da temática da pesquisa (Spink & Medrado, 2000). Para uma melhor organização, após a transcrição dos materiais coletados por meio de entrevistas, serão utilizadas categorias de analise. Dessa maneira, as categorias impressas nas práticas discursivas configuram-se como estratégias linguísticas a fim de trazer outra visão para a discussão classificando e explicando as linguagens obtidas (verbal, escrita e gestual), sendo produtos das falas obtidas vinculadas ao contexto e a cultura em que se produziu, tendo o sentido empregado no início e fim do estudo. (SPINK 2013). A transcrição do material coletado envolverá a descrição de expressões verbais e não verbais, examinando, além da fala, todos os enunciados, pois não só a palavra traz significados, mas também a linguagem corporal apresentam preciosas informações. Para organizar a análise Spink propõe algumas técnicas dando maior visibilidade ao processo de interpretação. Algumas dessas estratégias que farão parte desta pesquisas são: Mapas É um instrumento de visualização da entrevista que tem a função de sistematizar o processo de analise das práticas discursivas buscando aspectos formais da construção que subsidiara interpretação para a produção do sentido auxiliando nos sucessivos processos de analise. Arvores de associação São empregadas para visualizar o fluxo das associações de idéias introduzidas por cada pergunta e resposta encerrando com uma síntese do pesquisador e afirmações conclusivas do entrevistado. Dessa forma, fica possível compreender a produção de sentidos presentes na história de cada pessoa quando o processo dialógico se faz presente no processo de entrevista. Linhas Narrativas É um recurso analítico que surge para esquematizar os conteúdos das histórias utilizadas sempre que a narrativa aparecer. Apoiados nos estudos de Bernardes (2010) neste percurso, pode-se acrescentar que o papel do pesquisador será o de reconhecer que conhecimento não é a representação simples, passiva e inerte da realidade, mas um processo histórico dialético, intricado, regido por leis universais. Estudar algo historicamente significa estudá-lo em movimento. Esta é a exigência fundamental do método dialético. Quando numa investigação se abarca o processo de desenvolvimento de algum fenômeno em todas as suas fases e mudanças, desde que surge até que desapareça, isso implica manifestar sua natureza, conhecer sua essência, já que somente em movimento demonstra o corpo que existe. Assim, pois a investigação histórica da conduta não é algo que complementa ou ajuda o estudo teórico, mas consiste seu fundamento. (VYGOTSKY, 2000/1934, p. 67-68) Nesta via, o pesquisador se configura como parte integrante da investigação, não somente analisando o fenômeno de fora, mas participando ativamente de sua construção para compreender suas instâncias históricas e culturais. Assim a constituição dessa pesquisa se realizará numa situação de produção de linguagem interativa entre pesquisador e pesquisado na compreensão mútua dialogada entre os sujeitos, caracterizado pelos confrontos, concordâncias, discordâncias que levam os sujeitos a pensar e repensar, para que ao final do processo, ambos saiam modificados. (FREITAS; RAMOS, 2010). ATIVIDADES E CRONOGRAMAS 2015 2016 Atividades 1º. SEMESTRE 2º SEMESTRE 1º SEMESTRE 2º SEMESTRE Revisão da literatura sobre a temática investigada X X Revisão dos procedimentos de coleta de Dados x Aplicação de Entrevista Piloto x Procedimentos de coleta de dados X Revisão e Correções Metodológicas x x Participação dos resultados parciais da pesquisa em eventos científicos x X Versão Final da Dissertação x X Defesa da dissertação X Submissão de artigos para Periódicos Científico x x x REFERÊNCIAS ANTUNES, I. Língua, Texto e Ensino: outra escola possível. São Paulo: Parábola, 2009. Bakhtin, M. (V. M. Volochínov) (1995). Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec (Trabalho original publicado em 1929). BAKHTIN, M. Estética Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003.[1979] BERNARDES, M. E. M. O Método de investigação na psicologia Histórico-Cultural e a pesquisa sobre o psiquismo humano. Psicologia Política. Vol. 10. Nº 20. p. 297-313. JUL. – DEZ. 2010. BITTAR, M.; OLIVEIRA, J. F.; MAROSINI, M. (Org.). 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VYGOTSKY.A construção do pensamento e da linguagem. 2.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000. [1934] ANEXO A TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Este estudo que tem como título Surdez e Acessibilidade no Ensino Superior: análise do Contexto Pedagógico tem a intenção de discutir as condições e suportes que são oferecidos aos surdos que estão matriculados no ensino superior para compreender quais as barreiras que impedem a formação e acesso ao conhecimento para esses estudantes. A pesquisa objetiva investigar os discursos dos professores sobre os suportes e apoios pedagógicos oferecidos à inclusão dos surdos, nas Instituições de Ensino Superior (IES). Assim, solicitamos sua colaboração para o preenchimento e seu consentimento para divulgação dos dados coletados em eventos e ou trabalhos de natureza científica. Caso aceite participar informamos que seus direitos estão garantidos pelo Comitê Nacional de Ética / Resolução 196/96. Sua participação estará restrita ao momento da entrevista que será gravada para preservação dos dados, mas com total sigilo da sua identidade, cujos dados posteriormente serão analisados e poderão ser apresentados em congressos, eventos científicos e em publicações. A autorização para divulgação dos dados recolhidos na plataforma virtual é uma opção e no caso de não aceitar ou desistir do pedido mencionado, fica assegurado que não haverá qualquer prejuízo a sua participação junto à universidade. Caso concorde com as informações aqui descritas saiba que: A) Os dados serão coletados a partir do envio de um formulário online aos e-mails dos alunos matriculados na universidade; B) Os dados recolhidos serão utilizados exclusivamente para o desenvolvimento de pesquisas e atividades científicas tais como: divulgação dos materiais utilizados no curso, em periódicos e eventos, com total preservação da identidade dos participantes. Eu,_____________________________________________ portador do RG__________________ concordo em participar da referida pesquisa e declaro ter recebido as devidas explicações sobre a mesma. Informo que minha desistência poderá ocorrer em qualquer momento sem que ocorram quaisquer prejuízos físicos e mentais ou nos serviços prestados por esta universidade aos seus participantes. Declaro ainda estar ciente de que a minha participação é voluntária e que fui devidamente esclarecido (a) quanto aos objetivos e procedimentos desta pesquisa. Certos de poder contar com sua autorização colocamo-nos à disposição para esclarecimentos, por meio nataliagavaldao@gmail.com. Autorizo, Data: ____/____/___ ________________________ (Assinatura do participante) ANEXO B - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Eu_________________________________________________, portador (a) do RG _________________________, aceito o convite para participar do Projeto Piloto da pesquisa em caráter de Dissertação de Mestrado, intitulado “Surdez e Acessibilidade no Ensino Superior: análise do Contexto Pedagógico va”, sob a responsabilidade da acadêmica Natália Gavaldão, sob a orientação da Profª Drª Sandra Eli Sartoreto de Oliveira Martins, vinculada ao Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Estadual Paulista de Marília – PPGE/UNESP. Fui informado (a) que essa pesquisa terá como objetivo geral objetivo investigar o que dizem os professores sobre as barreiras de acessibilidade para acadêmicos surdos no ensino superior. Esse objetivo maior se estende em outros, mais específicos que são:1) identificar nos discursos dos professores quais são as barreiras que impedem e/ou dificultam a apropriação de conhecimentos curriculares de acadêmicos surdos na universidade e 2) descrever e analisar as práticas pedagógicas para o atendimento as demandas educacionais especiais de alunos surdos em sala de aula. Fui informado (a) também que tal pesquisa justifica-se pela escassez de estudos acerca da inclusão do surdo no ensino superior. Fui selecionado (a) para participar da pesquisa por ser Professor (a) numa universidade e tenho um aluno surdo. Fui informado (a) que minha participação deverá ser voluntária e que posso interrompê-la a qualquer momento anulando o presente Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A minha recusa em participar não envolverá prejuízos ou comprometimentos em minha relação com o pesquisador ou com a instituição responsável. Estou ciente que minha participação enquanto Professor consiste em conceder entrevista, de forma individual, em local e horário por mim escolhidos e que o tema da entrevista será a minha opinião sobre a inclusão do surdo no Ensino Superior, concordando com a gravação em áudio e/ou vídeo da entrevista para uso exclusivamente acadêmico-científico. Fui informado (a) e estou ciente que minha participação é gratuita e não me oferecerá quaisquer ônus financeiros. Concordo e aceito que as informações e resultados obtidos por meio dessa pesquisa poderão se tornar públicos, mediante a publicação de relatórios e trabalhoscientíficos, desde que minha identidade não seja revelada. E, que os dados coletados serão tratados de forma sigilosa, assegurando o anonimato e a não identificação dos participantes, sendo utilizados nomes fictícios. Autorizo, Data: ____/____/___ ________________________ (Assinatura do participante)
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