Experimento 6 - Partida Estrela-Triângulo do MIT

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LABORATÓRIO DE INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS 
EXPERIMENTO 6 – PARTIDA ESTRELA-TRIÂNGULO DO 
MIT 
 
Permitir ao aluno a elaboração de diagramas para a simulação computacional da partida 
automática estrela-triângulo de um motor de indução trifásico. 
 
 
 Como estudos para o pré-relatório (de modo sucinto) e para o relatório (estudo completo), o 
aluno deverá pesquisar sobre os seguintes tópicos: 
a) Princípio de funcionamento da partida manual com chave estrela-triângulo; 
b) Princípio de funcionamento da partida automática estrela-triângulo. 
 
 
 
Dependendo da maneira como são conectados os terminais das bobinas dos enrolamentos 
do estator, o motor pode ser ligado às redes de alimentação com diferentes valores de tensão. A 
maioria dos motores é fabricada para operar em circuitos trifásicos supridos por tensões de 220 V, 
380 V e 440 V. 
Quando o motor é especificado para operar em tensões múltiplas, por exemplo, 
220/380/440V, a menor tensão, no caso de 220 V, caracteriza a tensão nominal da bobina do motor 
e que não pode ser ultrapassada em qualquer tipo de ligação, sob pena de danificá-la. 
Os motores que podem ser ligados em estrela ou triângulo dispõem de seis terminais 
acessíveis, ou seja, dois terminais para cada bobina. Quando a ligação é feita em estrela, cada bobina 
fica submetida a uma tensão √3 vezes menor que a tensão de linha da alimentação. Quando a 
alimentação estiver em triângulo, cada bobina ficará submetida à tensão da rede. A Figura 1 
esclarece o assunto, destacando, ainda, como são numerados os terminais das bobinas. 
 
 
Figura 1 – Formas de ligação de MIT com seis terminais 
 
Conforme mostrado na Figura 1, a ligação é escolhida (estrela ou triângulo) para adequar a 
tensão nominal da bobina à tensão da rede de alimentação do motor. Neste exemplo, na ligação em 
3 – TEORIA COMPLEMENTAR 
2 – FUNDAMENTOS TEÓRICOS 
1 – OBJETIVO 
 
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Y, o motor está sendo alimentado em 380 V e na ligação em ∆ o mesmo motor está sendo alimentado 
em 220 V. Em ambos os casos, cada bobina, independentemente do tipo de ligação, fica submetida 
à mesma tensão de 220 V, considerando ser essa a sua tensão nominal. 
Numa instalação real, no entanto, teremos normalmente apenas uma tensão de alimentação 
para o motor, tais como 220 V, 380 V ou 440 V. 
A partida estrela-triângulo faz uso da possibilidade de o motor ser ligado tanto em estrela 
quanto em triângulo e submete-o, na partida, a uma ligação estrela, onde a tensão em cada uma de 
suas bobinas fica reduzida em √3 da tensão de suprimento. A redução da tensão aplicada na bobina 
é acompanhada pela redução da corrente exigida da linha de alimentação, como desejado. Quando 
o motor alcançar uma velocidade próxima da velocidade de regime, a ligação estrela é desfeita e é 
executada a ligação em triângulo, quando então suas bobinas ficam submetidas à tensão plena da 
rede de suprimento (tensão de regime). Questão complementar: Por que a corrente é reduzida 
na condição Y? 
Do exposto, para que um motor de indução trifásico possa ser ligado com partida estrela-
triângulo, duas condições devem ser satisfeitas: 
1. O motor deve dispor de pelo menos seis terminais acessíveis; 
2. A tensão nominal em triângulo deve coincidir com a tensão nominal entre fases da rede 
de alimentação. 
Vale lembrar que este sistema de partida é utilizado somente para iniciar o acionamento do 
motor e, após o tempo definido pelo temporizador, teremos o motor sendo alimentado normalmente. 
As informações aqui contidas deverão ser complementadas por pesquisa à bibliografia 
recomendada no plano de ensino. Vale ressaltar que há motores com 12 terminais acessíveis. Neste 
caso, as bobinas são numeradas conforme mostra a Figura 2. 
 
 
Figura 2 – Motor de 12 terminais. 
 
 
As possibilidades de ligação dessas bobinas são mostradas na Figura 3. Note que as bobinas 
na condição normal de trabalho (em regime) têm sempre nos terminais uma tensão de 220 V. 
 
 
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Triângulo-série Triângulo-paralelo Estrela-paralelo Estrela-série 
Figura 3 – Esquemas de ligação para motores de 12 terminais. 
 
4.1 – Montagem do Circuito de comando 
 
• Montar o circuito de comando mostrado na Figura 4. 
• O relé temporizador deverá ser ajustado no tempo em que a ligação estrela leva a 
velocidade do motor para, aproximadamente, 85% da sua rotação nominal, quando, 
neste ponto, a ligação deverá ser alterada para triângulo. Inicialmente, sugere-se ajustar 
esse relé para que a troca da ligação ocorra em cerca de 3 a 5 segundos. 
• Efetue os testes no circuito de comando, verificando se todo os componentes estão 
operando da forma desejada. 
 
 
 
4 – PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL – PARTIDA ESTRELA-TRIÂNGULO 
AUTOMÁTICA 
 
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Figura 4 – Circuito de comando para partida estrela-triângulo automática. 
 
4.2 – Circuito de força: Sistema Estrela-Triângulo 
 
Com o circuito de comando funcionando adequadamente, montar o circuito de força mostrado 
na Figura 5. 
• Ligar o circuito e observar o resultado, reajustando a temporização, caso necessário. Este 
reajuste pode ser feito em montagens experimentais em bancada, em que se pode ter 
um medidor de velocidade em rpm, para indicar o momento adequado para se efetuar 
a troca das ligações (85% da rotação nominal). Porém, o CADe SIMU, nesta 
configuração, não indica a velocidade do motor. 
 
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Figura 5 – Montagem do circuito de força para a Partida estrela-triângulo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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a) Quais são os tipos de motores e as respectivas condições de cargas (leve ou pesada) que 
permitem a execução da Partida Estrela-Triângulo? 
b) Quais os métodos comumente utilizados para reduzir a corrente de partida de um MIT? 
c) Explicar a função de cada um dos contatos auxiliares presentes no circuito de comando. 
d) Que relação existe entre a potência nominal do motor durante a partida em estrela e em regime, 
já em triângulo? 
 
5 – PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL