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Introdução ao Estudo do Direito

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Introdução ao Estudo do Direito
DOGMATICA JURIDICA 
⤑ Está envolvida por preceitos para valorização do Direito, em 
sua apresentação diante do cidadão, sociedade e o Estado. 
É conhecimento ampla para sustentar o saber das mais variadas 
meias sócias, ou melhor, validar discutibilidade diante de qualquer 
doutrina ou sistema que se apresenta dentro dos grandes ramos 
do Direito. 
São normas com efeitos distintos, pois estão revestidas pela 
norma maior “a lei “. E como assim, temos os seus fundamentas 
como verdade a priori. 
DEFINIÇÃO DE DIREITO 
⤑ É o conjunto de normas que atende uma sociedade em seu 
direito de norma, de faculdade, de justiça, de ciência e de fato 
social. 
PRINCÍPIO DE GNOSIOLOGIA E EPISTEMOLOGIA 
JURIDICA 
⤑ Gnosiologia, pode ser tratada como “ideal do conhecimento”, 
enquanto A Epistemologia, é a “pensamento específico do 
conhecimento”. 
Será trazido vários meios em que o direito poderá ser 
apresentado, em sua dedução, indução e intuição. 
INTERPRETAÇÃO JURÍDICA 
⤑ É o caminho para levar a toda fonte de conhecimento, em 
suas mais variadas técnicas de apresentação e permitir a 
interpretação de forma transparente e objetiva. 
O Direito deverá ser sempre ovacionado com valor diante de 
cada área, ou seja, a cada ausência, devera a norma consolidar 
preceitos construtivos em sua forma de apresentação, não para 
sanar o que impede, mas para validar e conhecer os meios de 
integração do nosso sistema jurídico. 
O direito não leva ao duelo e uma regra social obrigatória, para 
definir a norma. 
TEORIA DOS DIREITOS SUBJETIVOS 
⤑ Esta pautada na concentração de interesses dos indivíduos, ou 
seja, a validação do meio jurídico em que trata os valores dos 
indivíduos diante da lei. 
As normas jurídicas estarão sempre prontas para atender a 
relação jurídica. 
Com base na sua finalidade, os direitos subjetivos podem ser 
divididos em duas especiais, que é o direito –interesse e o direito-
função, como: 
a) – direito interesse - é o que atende ao próprio titular, como o 
direito à vida, à liberdade, ao nome, o de propriedade etc. 
b) – direito função - é aquele que representa outros, como os 
direitos de pai em relação ao filho (pátrio poder), com uma 
finalidade social. 
Podemos pacificar que é o direito conferido ao cidadão ou 
indivíduo, para cumprir aquilo que é determinado em lei 
Neste caso, também, o direito de legislar ou de punir, de que o 
Estado é titular, o pátrio-poder do chefe de família. Cada um 
desses direitos é uma prerrogativa ou faculdade de agir. Uma 
facultas agendi, em oposição ao direito lei, que é uma norma 
agendi. 
DOGMATICA JURIDICA 
⤑ Conceituação de toda forma de agir e concentração do direito 
e suas formas procedimentais. 
Qualidade do Direito. 
Na forma de nossa escrita, ou seja, sob aspecto linguístico o 
direito deriva directum, rectum, em latim significa “direito”, 
“reto”, com utilização na Roma Antiga, para se referir as regras 
a de conduta. 
A posição do doutrinador André Franco Montoro (Montoro, 
André Franco, Introdução à ciência do Direito. São Paulo: Editora 
RT, 2013, p.58 e ss.) dentro de toda inspiração a formação do 
direito construtiva dentro de vários meios, como: 
a) Direito norma: quando é relacionado à norma jurídica; 
b) Direito faculdade: quando é relacionado com a possibilidade de 
exercício de um Direito previsto em lei; 
c) Direito justo: quando o Direito é tratado como instrumento de 
busca de justiça; 
d) Direito ciência: quando se ressalta o aspecto científico do 
Direito; 
e) Direito fato social: quando o Direito é compreendido pelas 
relações sociais que regulamenta. 
NORMA JURIDICA 
⤑ É definida como regra de conduta que regula a vida em 
sociedade, sob pena de sanção ou punição. Caráter sancionatório 
que, em linhas gerais, diferencia uma norma jurídica de uma 
norma social. 
As regras de direito, ao contrário de uma regra atendida pelas 
ciências naturais, não possuem o fim de relatar um fenômeno tal 
como é observado na natureza. Isto também não primado como 
santificação de causa e consequência, como transcorre na 
efetivação dos fenômenos sociais. 
E consagrado de meio por salutar observância obrigatória em 
virtude da imputação de uma punição a uma conduta 
demonstrada pela norma jurídica, a ser cumprida de modo 
coercitivo com amparo do Estado, visto como Estrutura. Ou 
melhor, sempre como deve ser. 
O que deve ser visto que a posição da norma jurídica, sempre 
teremos divergências sobre a sua existência no mundo jurídico. 
Porém, toda ideia em existência a sua dispensa estará constante 
com o contexto do direito. 
Em forças de materialidade estará sempre voltada para a força 
do direito. 
Entre as principais características da norma jurídica podemos 
citar: 
a) Coercibilidade: é a possibilidade de a conduta transgressora 
sofrer coerção, isto é, repressão, uso da força. As normas 
jurídicas distinguem-se pelo tato de contagem com as forças 
coercitivas do Estado para impor-se sobre as pessoas. O mesmo 
já não ocorre nas regras extrajurídicas (que estão fora do 
mundo jurídico). Assim, se alguém desrespeita uma norma religiosa 
(exemplo: o católico que não vai à missa), sua conduta ofende 
apenas aos ensinamentos de sua religião. O estado não reage as 
está ofensa, já que, no Brasil vivemos num regime de liberdade 
de crenças e convicções. A norma religiosa não possui 
coercibilidade. Entretanto, se uma pessoa mata alguém, sua 
conduta fere uma conduta prevista no código penal, e essa 
conduta tipificada provocará a reação punitiva do estado. Em 
resumo: resguardando o direito, existe a coerção (força) 
potencial do estado, que se concretiza com alguma forma de 
sanção (punição). 
A sanção deve ser aplicada à pessoa ou instituição que 
transgrediu a norma jurídica. Caracterizando-se somente em 
sanções nos casos de desobediência ou transgressão do dever 
jurídico. 
b) Sistema Imperativo Atributivo: em decorrência da 
coercibilidade, a norma jurídica assume uma característica 
imperativa e atributiva. Imperativa, porque tem o poder de 
imperar, a impor a uma parte o cumprimento de um dever. 
Atributiva, porque atribuí à outra parte o direito de exigir o 
cumprimento do dever imposto pela norma. E por isso que se 
costuma dizer: “o direito de um, é o dever do outro”. 
c) Promoção Da Justiça: conteúdo da norma jurídica deve ter 
como finalidade estabelecer justiça entre os homens. Justiça é a 
virtude de dar a cada um o que é seu, solucionando de modo 
equilibrado os interesses em conflito. A prática da justiça é a 
alimentação pelos ideais de ordem e segurança, poder e paz, 
cooperação e solidariedade. No plano teórico, costuma-se 
reconhecer que a normas jurídicas tendem a realizar os ideais da 
justiça. Ou seja, a justiça seria o objeto que dá sentido à 
existência na norma jurídica. Do contrário, ela não seria uma 
norma legítima, e sim arbitrária. 
Em termos práticos, entretanto, sabemos que a forma jurídica e 
o processo judicial que visa a sua aplicação ainda estão distantes 
de realizar, a contento, os ideais de justiça. 
DIREITO NATURAL X DIREITO POSITIVO 
⤑ A Filosofia do Direito tem como tema recorrente o estudo do 
Direito Natural, assim como do Direito Positivo. Neste caso, um 
retrospecto histórico é muito importante para que possamos 
entender o caráter cíclico, permanente e eterno do Direito 
Natural andando junto com o fenômeno jurídico positivo. 
Deve-se observar também que o jus naturalismo possui função 
de ordenar e sustentar o positivismo, já que este não é 
autossuficiente, necessitando de legitimidade, e está legitimidade 
encontra-se aparente no Direito Natural. 
Enquanto isso, o Direito Positivo é o que estabelece as ações a 
serem cumpridas, indiferentemente do conhecimento de cada 
indivíduo, as ações são reguladas através das normas e por este 
motivo devem ser desempenhadas do modo prescrito na norma. 
Porém, para os naturalistas, o Direito Natural pode ser 
considerado uma base do direito, ou seja, o critério para se 
determinaro que é justo, e seguindo este pensamento podemos 
considerar que o Direito Natural é permanente e eternamente 
válido, independente da legislação, já que ele surge da necessidade 
de princípios gerais que possam valer para qualquer povo em 
qualquer tempo e território. 
Em explicação ao Direito seria a razão, porém o fundamental no 
Direito Natural eram as leis infundidas por Deus no coração do 
homem, assim sendo, o homem teria liberdade de seguir essas 
leis ou não, o que ocasionaria inúmeros conflitos posteriores já 
que as leis naturais seriam cumpridas de acordo com a vontade 
humana e não poderiam intimidar o homem com castigos reais, 
apenas sua moral seria atingida. 
Das distinções ora apresentadas temos que são dois os critérios 
para distinguir o Direito Positivo (jus civile) do Direito Natural (jus 
gentium): 
O primeiro limita-se a um determinado povo, ao passo que o 
segundo não tem limites; O primeiro é posto pelo povo (isto é, por 
uma entidade social criada pelos homens), enquanto o segundo é 
posto pela naturalis ratio. 
O Direito Positivo é mutável, portanto, imperfeito, já que as 
normas e leis estão todas sujeitas ao desgaste com a evolução. 
DIREITO OBJETIVO 
⤑ É considerado como direito objetivo, "o conjunto de regras 
jurídicas obrigatórias, em vigor no país, numa dada época" (José 
Cretella Júnior). Em outras palavras, o direito objetivo são as 
normas jurídicas, as leis, que devem ser obedecidas 
rigorosamente por todos os homens (cidadãos) que vivem na 
sociedade que adota essas leis. O descumprimento dá origem a 
sanções. 
 
DIREITO SUBJETIVO 
⤑ O direito subjetivo pode ser definido como "a faculdade ou 
possibilidade que tem uma pessoa de fazer prevalecer em juízo a 
sua vontade, consubstanciada num interesse." (José Cretella 
Júnior). Ou, "o interesse protegido pela lei, mediante o 
recolhimento da vontade individual." (Ilhering). 
SISTEMA JURIDICO 
⤑ É um conjunto de normas jurídicas em vigência em 
determinado Estado. Com toda importância de aplicação diante de 
cada caso em estudo. Como pode ser a ciência do direito, por 
outro lado, é um sistema nomo empírico, teorético ou declarativo, 
que utiliza linguagem científica. Tal ciência se baseia em um axioma 
que lhe serve de base, possibilitando o seu desenvolvimento, que 
é a norma fundamental descrita por Hans Kelsen. 
DIREITO ESTATAL X NÃO ESTATAL 
⤑ A ordem jurídica é formada por dois níveis fundamentais que 
coexistem e se complementam, denominados direito Estatal e 
direito Não Estatal. O primeiro é composto das regras gerais 
formalmente produzidas pelo poder público, isto é, pela grande 
estrutura institucional, política e jurídica, denominada Estado. O 
direito não-estatal é composto pela regulamentação dos variados 
grupos e seguimentos sociais, que definem regras internas de 
comportamento e funcionamento. Essas regras são subordinadas 
as Estatais, havendo uma hierarquia entre as duas, por isso o 
direito não-estatal está proibido de contrariar as regras do 
direito estatal. 
Exemplos de regras do direito não-estatal são as regras de cada 
condomínio, empresa, igreja etc. 
MONISMO JURIDICO 
⤑ Para o monismo jurídico estatal o direito deve coincidir 
unicamente como direito positivo do Estado não considerando a 
existência de um direito natural. 
Só reconhece as leis emanada do Estado. No que diz respeito ao 
monismo jurídico estatal, pode-se afirmar que ele se 
consubstancia como o produto histórico da formação dos grandes 
Estados na Era Moderna, nascidos sobre a dissolução da 
sociedade medieval 
É vista como a validade e a estrutura de norma que faz garantir 
a um Estado em suas concepções de valor e de concentração de 
respeito diante uma sociedade. Com atribuições das leis 
dispensadas por cada ente público em suas necessidades de 
atuações, para garantir e fazer valer o direito social como fonte 
de conduta e norma jurídica. 
O valor está presente pelo Estado, como suporte de garantia de 
uma proteção social ampla e coerciva. Ou melhor, segurança 
jurídica para garantir o direito em todos os seus meios. 
 
 
PLURALISMO JURÍDICO 
⤑ O pluralismo jurídico pode ser definido como a existência de 
mais de um ordenamento jurídico válido nas limitações de um 
mesmo Estado. 
As situações de pluralismo jurídico sempre aludem a uma 
dicotomia econômica, ou seja, a uma luta de classes. 
Temos como admitir regras criadas por grupos sociais 
particulares e em relações contratuais. 
COSTUME JURIDICO 
⤑ Conceito segundo o dicionário Aurélio: Costume significa “uso, 
hábito ou prática geralmente observada”. 
Na dinâmica Jurídica, as normas passam a ser estudadas em 
conjunto, em ordenamento, porque normas revogam outras 
normas, normas validam outras normas que foram criadas etc. 
Sendo assim, a dinâmica jurídica se incumbe de explicar o 
surgimento, a vida útil e o perecimento das normas, com foco 
nas fontes do direito. 
Características do Costume: 
 Prática Repetida 
 Aceita pela sociedade 
 Espontânea 
 Resultante de acontecimentos sociais 
 Lapso temporal contínuo (condicionante) 
 
BASE PRIMORDIAL: 
a) Valores Morais 
b) Bom senso 
c) Ideais de Justiça 
CONCEITO DE COSTUME 
⤑ Costume Jurídico é a prática de uma forma de conduta, 
repetida de maneira uniforme e constante pelos membros de 
uma comunidade, acompanhada da convicção de sua 
obrigatoriedade. 
O Costume por si só, significa, prática social repetida, cuja quebra 
gera a reprovação social. O Costume Jurídico, significa, a prática 
social repetida e sua violação acarreta responsabilidade jurídica. 
O Direito Costumeiro tem grande importância na Inglaterra, EUA 
e outros países filiados a tradição britânica do Common Law. 
Common Law é uma coletânea de decisões judiciais que passam a 
constituir modelo obrigatório para a decisão dos demais casos 
idênticos. 
HÁBITO – É o agir repetitivo individual 
USOS – Seriam um conjunto de atos e condutas, usualmente 
observados, reiterados em um meio social que só se 
transformam em costume quando houver a obrigatoriedade da 
conduta – a repetição coletiva. 
PREVISÃO LEGAL 
⤑ LINDB– art. 4º e a CLT – art.8 
Determinam que os juízes decidam (também) pelos costumes, em 
hipóteses de omissão das leis. - CPC – Art. 140. 
O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou 
obscuridade do ordenamento jurídico. 
O costume emprega 3 funções ao direito: 
a) De INSPIRAR o legislador a normatização as condutas; 
b) De SUPRIR as lacunas da lei; 
c) De SERVIR DE PARÂMETRO para a interpretação da lei. 
ELEMENTOS DOS COSTUMES JURIDICO 
⤑ Elemento Objetivo- é o uso reiterado de determinado 
costume. Não há, atualmente, previsão de tempo para ser 
considerar um costume como fonte válida do Direito, que na Lei 
da Boa Razão, segundo o qual o costume só era considerado 
como fonte do direito se fosse praticado por mais100 anos. 
Elemento Subjetivo – é a consciência social de que o costume é 
necessário ao interesse da sociedade, tornando sua observância 
obrigatória em determinados casos (opinio iuris= opinião do direito). 
CLASSSIFICAÇÃO DO COSTUME JURÍDICO 
 Secundum Legem – Segundo a lei; 
 Praeter Legem – Na falta da lei; 
 Contra Legem – Contra a lei. 
A). Secundum Legem - é aquele que, embora não contido no 
preceito legal, é previsto, reconhecido e admitido como 
obrigatório pela lei. - Ex. art.569, II, CC 2002 – “O locatário é 
obrigado: (…) - a pagar pontualmente o aluguel nos prazos 
ajustados, e, em falta de ajuste, segundo o costume do lugar” 
 B). Praeter Legem - é aquele que intervém na falta ou omissão 
da lei apresentando caráter supletivo. Surge do silêncio da lei 
sobre determinado assunto, preenchendo as lacunas. Está 
consagrado no art. 4º LINDB - “Quando a lei for omissa, o juiz 
decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os 
princípios gerais do direito”. 
C) - Contra Legem – é aquele que contraria dispositivo da lei. Se 
dá pelo desuso. Também chamado de costume ab-rogatório, por 
estar implicitamenterevogando dispositivos legais. “A Revolta dos 
fatos contra os códigos” 
DIREITO PÚBLICO E DIREITO PRIVADO 
⤑ O direito é uno e indivisível, contudo, sua divisão em direito 
público e privado é aceita por ser útil e necessária, não só sob o 
prisma da ciência do direito, mas também do ponto de vista 
didático. Não é absoluta esta separação = os ramos se 
intercomunicam. Esta divisão dicotômica vem desde o Direito 
Romano. 
Atualmente, com os novos direitos sociais, que ultrapassam a 
mera individualidade, mas que não se tornam direito público, como 
o direito ambiental e o direito do consumidor, criou-se uma divisão 
tricotômica em direito público, direito privado e direito difuso. 
- DIREITO PÚBLICO; 
- DIREITO PRIVADO; 
- DIREITO DIFUSO. 
 
DIREITO PUBLICO: a) Normas Jurídicas que tem como matéria o 
Estado, suas funções e organização, a ordem e segurança 
interna, com a tutela do interesse público, tendo em vista a paz 
social; 
b) As relações entre os Estados (DIREITO INTERNACIONAL); 
DIREITO PRIVADO: Normas Jurídicas que tem como matéria os 
particulares e as relações entre eles estabelecidas, cujos 
interesses são privados, tendo de pôr fim a perspectiva individual. 
DIREITO DIFUSO: São os transindividuais, de natureza indivisível, 
de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por 
circunstâncias de fato. Ex. O direito de respirar o ar puro, o 
direito de não termos publicidade enganosa. 
DIREITO PÚBLICO 
A) INTERNO 1 
. D. Constitucional; 
2. D. Administrativo; 
3. D. Tributário; 
4. D. Financeiro; 
5. D. Processual; 
6. D. Penal; 
7. D. Previdenciário 
B) EXTERNO 
1. Direito Internacional Público; 
2. Direito Internacional Privado 
 
DIREITO PRIVADO 
1. Direito Civil; 
2. Direito Comercial; 
3. Direito do Trabalho; 
4. Direito do Consumidor. 
 
 
 
RAMOS DO DIREITO PÚBLICO INTERNO 
1) DIREITO CONSTITUCIONAL - engloba as normas jurídicas 
constitucionais, isto é, aquelas pertencentes à CONSTITUIÇÃO 
FEDERAL, dentre as quais: 
 a) FORMA E ORGANIZAÇÃO DO ESTADO; 
b) REGIME POLÍTICO; 
 c) COMPETÊNCIA E FUNÇÃO DOS ÓRGÃOS ESTATAIS 
ESTABELECIDOS; 
 d) DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 
Todos os demais ramos do direito centralizam, como ponto de 
apoio, no direito constitucional. As normas de direito público, 
privado ou difuso, NÃO PODEM CONTRARIAR O COMANDO 
CONSTITUCIONAL, sob pena de INCONSTITUCIONALIDADE. 
As demais normas devem se adequar as NORMAS 
CONSTITUCIONAIS. 
Todos os RAMOS DO DIREITO (Administrativo, Tributário, 
Financeiro, Penal, Processual Civil, Processual Penal, Trabalho etc.), 
mantém LIGAÇÕES CONCRETAS COM O DIREITO CONSTITUCIONAL. 
2) DIREITO ADMINISTRATIVO: É um conjunto de normas 
concernentes a ação governamental, à organização e realização 
de serviços públicos destinados a satisfazer um interesse estatal, 
à instituição dos órgãos que os executam, à capacidade das 
pessoas administrativas, a competência no exercício das funções 
públicas, às relações da administração com os administrados e à 
proteção recursal às garantias outorgadas aos cidadãos para a 
defesa de seus direitos (Maria Helena Diniz). 
Administração Direta, Administração Indireta (Autarquias, 
Sociedades de Economia Mista, Empresas Públicas etc.), Órgãos 
Públicos, Serviços Públicos, Poder de Polícia, Ato Administrativo, 
Licitações, Bens Públicos, Intervenção na Propriedade Privada 
pelo Poder Público, entre outros, são assuntos tratados pelo D. 
Administrativo. 
3) DIREITO TRIBUTÁRIO: Conceito: “Ramo do Direito que ocupa das 
relações entre o FISCO e as PESSOAS SUJEITAS A IMPOSIÇÕES 
TRIBUTÁRIAS DE QUALQUER ESPÉCIE, limitando o poder de 
tributar e protegendo o cidadão contra os abusos desse poder” 
(Hugo de Brito Machado, Curso de Direito Tributário). 
É o ramo que está ligado com a instituição, arrecadação e 
fiscalização de tributos (impostos, taxas, contribuições e 
empréstimos compulsórios). PRINCIPAL NORMA: Código Tributário 
Nacional, Constituição Federal e demais normas esparsas 
4) DIREITO FINANCEIRO: É o ramo que se preocupa com a 
atividade financeira do estado, regulando a despesa e a receita 
pública. Arrecadar e gastar. 
5) DIREITO PROCESSUAL (ADJETIVO): Regular o processo judicial 
(procedimento) e a organização judiciária; disciplina as atividades 
dos juízes, dos tribunais ou órgãos encarregados da justiça. 
Definição: é o ramo do direito público interno que rege a 
organização e as funções do poder judiciário e o processo, isto é, 
a operação por meio da qual se obtém a composição do litígio. 
O direito processual pode ser civil, penal e do trabalho: 
6)DIREITO PROCESSUAL CIVIL: regula as situações relativas à 
órbita civil, comercial, fiscal, administrativa, do consumidor etc. 
seu principal instrumento é o CPC (código de processo civil). 
7) DIREITO PROCESSUAL PENAL: regula as situações relativas à 
órbita penal, ou seja, rege o modo como o estado soluciona as 
lides oriundas das infrações da lei penal. Instrumentos: CPP, lei das 
execuções penais e a lei dos juizados especiais criminais (lei 
9.099/95 e10.259/01) 
8) DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO: regula as situações 
relativas à órbita trabalhista. Sua base principal é a CLT – 
consolidação das leis do trabalho e o código de processo civil. 
9) DIREITO ELEITORAL: conjunto de normas jurídicas que 
estabelecem os critérios e as condições para o eleitor votar, 
para alguém se candidatar, bem como as datas das eleições, as 
formas de apurações, o número de candidatos a serem eleitos, 
fixando as bases para criação e o funcionamento dos partidos 
políticos etc. 
10) DIREITO MILITAR: é aquele que regula as normas que afetam 
os militares. Temos o código penal militar e o código de processo 
penal militar. 
11)DIREITO PREVIDENCIÁRIO: Maria Helena Diniz classifica como 
ramo do direito público, ao contrário de Rizzatto, para quem é 
direto difuso ramos do direito público externo 
12) DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO: é um conjunto de normas 
consuetudinárias (surge do costume) e convencionais que regem 
as relações, diretas ou indiretas, entre estados e organismos 
internacionais (ONU, UNESCO, OIT, OMS), que as consideram 
obrigatórias. Aqui, as relações são de coordenação e não de 
subordinação. Ex.: tratados e convenções 
13) DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO: Maria Helena Diniz elenca 
o Direito privado como ramo do direito público ao passo que 
Rizzato Nunes, classifica como direito difuso. 
RAMOS DO DIREITO PRIVADO 
1) DIREITO CIVIL- ramo do direito privado destinado a reger 
relações familiares, patrimoniais e obrigacionais que se formam 
entre indivíduos encarados como tais, ou seja, enquanto membros 
da sociedade trata: 
a) capacidade e o estado da pessoa; 
b) o nascimento, o fim, o nome, a maioridade etc.; 
c) as relações familiares – casamento, separação, divórcio, 
relações de parentesco, pátrio poder etc.; 
d) as relações patrimoniais e obrigacionais – direitos reais e 
pessoais, posse, propriedade, compra e venda, contratos; e) 
sucessão hereditária – divisão, espólio, meação, testamentos etc. 
PRINCIPAL DIPLOMA: CÓDIGO CIVIL (2002) QUE REVOGOU O CC 
DE 1916. TEMOS TAMBÉM LEIS ESPARSAS. 
2) DIREITO COMERCIAL OU EMPRESARIAL- normas que regulam a 
atividade comercial ou empresarial. É um direito voltado a disciplina 
da atividade econômica organizada para a produção e circulação 
de bens ou de serviços. Trataremos no Direito Comercial, além 
dos entes comerciais (sociedades e firmas individuais), dos títulos 
de crédito (cheque, nota promissória, duplicata, letra de câmbio 
etc.), recuperação empresarial e falência. 
PRINCIPAIS INSTRUMENTOS LEGAIS: CÓDIGO CIVIL, CÓDIGO 
COMERCIAL (1850) E LEIS ESPARSAS (LEI DE FALÊNCIA E 
RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS, LEI DAS S/A etc.). Maria Helena 
Diniz elenca como do ramo privado, o direito do trabalho e do 
consumidor, que Rizzatto entende como sendo difuso. 
RAMOS DO DIREITO DIFUSO 
1.DIREITO DO TRABALHO - há uma forte corrente, que classifica 
o Direito do Trabalho como ramo do direito privado,pois disciplina 
o contrato de trabalho entre particulares (patrão e empregado). 
Porém é forte a intervenção do Estado nos contratos de 
trabalho. Normas jurídicas que regulam as relações entre 
empregado e empregador (patrão), compreendendo o contrato 
de trabalho, o registro do empregado, a rescisão, a despedida, as 
verbas trabalhistas, os salários e seus reajustes, a duração da 
jornada de trabalho etc. 
Também, tratamos do Direito Coletivo do Trabalho, quando temos 
os acordos coletivos de trabalho, organização sindical, direito de 
greve etc. 
PRINCIPAL DIPLOMA: CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO E 
LEIS ESPARSAS (LEI DO ACIDENTE DE TRABALHO, DO 
EMPREGADO DOMÉSTICO, DO FGTS etc.). 
2. DIREITO PREVIDENCIÁRIO - É um ramo do direito que cuida da 
seguridade social (saúde, previdência social e assistência social), 
estabelecendo benefícios e as formas de obtenção - auxílio-
doença, salário maternidade, aposentadoria por tempo de 
contribuição, por invalidez, por idade, direito à pensão etc. Saúde: 
lei 8.880/94 – lei orgânica da saúde; Previdência: lei 8.213/91 
(benefícios) e lei 8.212/91 (custeio); Assistência social: lei orgânica 
da assistência social (lei 8.742/93), programa do seguro-
desemprego (lei 7.998/90). 
3. DIREITO DO CONSUMIDOR - Seu principal instrumento é o 
Código de Defesa do Consumidor (lei n. 8.078/90_- CDC) que foi 
instituído para a proteção e defesa do consumidor. É norma de 
ordem pública e de interesse social. Direito do consumidor, é um 
conjunto de normas disciplinadoras das relações de consumo 
existentes entre fornecedor e consumidor, ou seja, da aquisição 
de bens ou de serviços pelo destinatário final. 
4. DIREITO AMBIENTAL - É um ramo novo do direito que é 
composto por normas e institutos jurídicos para a disciplina do 
comportamento humano em relação ao meio ambiente” (Toshio 
Mukai). 
Trata da proteção de matas, florestas, animais, controle de 
poluição e do lixo etc. o meio ambiente não é nem bem público e 
nem privado, mas das Sociedades de massa. 
LEIS ESPARSAS - NOVO CÓDIGO FLORESTAL, LEI 4771/65, LEI 
6.902/81, 
6.938/81, LEI 9.605/98 E A CONSTITUIÇÃO FEDERAL tratam do 
assunto, em especial art. 225. 
5. DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO - (DIFUSO EXTERNO) - É o 
ramo compostos por normas jurídicas que regulam as relações 
privadas internacional. As normas jurídicas têm vigência e eficácia 
apenas no território do respectivo Estado, só produzem efeitos 
em território de outro Estado se este anuir. 
O direito internacional privado procurará dirimir tal conflito entre 
normas, por conter disposições destinadas a indicar quais as 
normas Jurídicas que devem ser aplicadas àquelas relações 
(família, sucessões, bens, contratos, letras de câmbio, crimes, 
impostos, processos, tráfego aéreo). 
Na Lei de Introdução ao Código Civil (arts. 7º ao 17), estão 
dispostas várias normas sobre direito internacional privado.

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