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1 UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES PRÓ-REITORIA DE ENSINO, PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO CAMPUS DE SANTO ÂNGELO – RS DEPARTAMENTO DAS ENGENHARIAS E CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO CURSO ENGENHARIA CIVIL GRAZIELA ZIMMERMANN PAVANELO RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO ELABORAÇÃO DE PROJETOS E ACOMPANHAMENTO DE OBRAS SANTO ÂNGELO – RS 2021 2 GRAZIELA ZIMMERMANN PAVANELO RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO ELABORAÇÃOO DE PROJETOS E ACOMPANHAMENTO DE OBRAS Relatório de Estágio Supervisionado como requisito parcial para formação no curso de Engenharia Civil da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões Campus Santo Ângelo. Orientador: Prof. Me. Nelson Seidler SANTO ÂNGELO – RS 2021 3 GRAZIELA ZIMMERMANN PAVANELO RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO Relatório de Estágio Supervisionado como requisito parcial para formação no curso de Engenharia Civil da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões Campus Santo Ângelo. Santo Ângelo, 05 de julho de 2021. BANCA EXAMINADORA _____________________________________ Prof. Me. Nelson Seidler Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões _____________________________________ Eng. Vitor Rossatto Rossatto Construtora 4 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1- Planta de Situação ..................................................................................... 15 Figura 2- Planta de Localização e Cobertura ............................................................ 17 Figura 3- Planta Baixa ............................................................................................... 18 Figura 4- Posicionamento dos Cortes ....................................................................... 20 Figura 5- Corte AB e CD ........................................................................................... 21 Figura 6- Fachada ..................................................................................................... 22 Figura 7- Planta de situação ...................................................................................... 36 Figura 8- Planta de localização ................................................................................. 37 Figura 9- Planta de cobertura .................................................................................... 38 Figura 10- Planta baixa ............................................................................................. 39 Figura 11- Corte AA’ .................................................................................................. 40 Figura 12- Corte BB' .................................................................................................. 40 Figura 13- Prancha do projeto ................................................................................... 41 Figura 14- Perspectiva fachada ................................................................................. 41 Figura 15- Interface do Software Qibuilder. ............................................................... 42 Figura 16- Projeto sanitário ....................................................................................... 43 Figura 17- Projeto hidráulico térreo ........................................................................... 44 Figura 18- Projeto hidráulico caixa d’água ................................................................ 45 Figura 19- Projeto elétrico ......................................................................................... 46 Figura 20- Quadro de cargas .................................................................................... 46 Figura 21- Diagrama unifiliar ..................................................................................... 47 Figura 22- Proposta arquitetônica ............................................................................. 48 Figura 23- Perspectiva frontal (Lumion) .................................................................... 48 Figura 24- Perspectiva frontal (Lumion) .................................................................... 49 Figura 25- Fachada da Obra ..................................................................................... 50 Figura 26- Levantamento das alvenarias .................................................................. 51 Figura 27- Levantamento das alvenarias .................................................................. 51 Figura 28- Colocação das caixarias para concretagem dos pilares .......................... 52 Figura 29- Colocação das caixarias para concretagem dos pilares .......................... 52 Figura 30- Conferência dos esquadros ..................................................................... 53 Figura 31- Pilares já concretados e desenformados ................................................. 54 Figura 32- Confecção das ferragens de lajes ............................................................ 54 Figura 33- Colocação da ferragem das vigas ............................................................ 55 5 Figura 34- Colocação da ferragem das vigas ............................................................ 56 6 LISTA DE QUADROS Tabela 1- Contribuição Diária de Esgoto (C) e de Lodo Fresco (lf) por tipo de Prédio e de Ocupante .............................................................................................................. 31 Tabela 2- Período de Detenção dos Despejos, por Faixa de Contribuição Diária.... 31 Tabela 3- Taxa de Acumulação total de lodo (K), em dias, por intervalo entre limpezas e temperaturas do mês mais frio ............................................................................... 32 7 LISTA DE TABELAS Tabela 1- Contribuição Diária de Esgoto (C) e de Lodo Fresco (lf) por tipo de Prédio e de Ocupante .............................................................................................................. 31 Tabela 2- Período de Detenção dos Despejos, por Faixa de Contribuição Diária.... 31 Tabela 3- Taxa de Acumulação total de lodo (K), em dias, por intervalo entre limpezas e temperaturas do mês mais frio ............................................................................... 32 8 LISTA DE EQUAÇÕES Equação 1 ............................................................................................................................... 30 Equação 2 ............................................................................................................................... 32 Equação 3 ............................................................................................................................... 34 9 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 11 1.1 Descrição do Local do estágio .................................................................... 11 1.2 Justificativa ................................................................................................... 11 1.3 Objetivos ....................................................................................................... 11 1.3.1 Objetivo geral .................................................................................................. 11 1.3.2Objetivo específico ......................................................................................... 11 2 PROJETOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL .......................................................... 12 2.1 Etapas de projeto .......................................................................................... 12 2.1.1 Projeto Arquitetônico....................................................................................... 12 2.1.1.1 Estudos Preliminares .................................................................................... 12 2.1.1.2 Partido Geral ................................................................................................ 12 2.1.1.3 Anteprojeto ................................................................................................... 13 2.1.1.4 Projeto Executivo .......................................................................................... 13 2.1.1.5 Planta de Situação........................................................................................ 14 2.1.1.6 Planta de Localização e Cobertura ............................................................... 15 2.1.1.7 Planta Baixa ................................................................................................. 17 2.1.1.8 Cortes ........................................................................................................... 19 2.1.1.9 Fachadas ...................................................................................................... 21 2.1.2 Projeto elétrico ................................................................................................ 22 2.1.2.1 Previsão de Carga de iluminação ................................................................. 23 2.1.2.2 Previsão de pontos de tomada ..................................................................... 23 2.1.2.3 Divisão das Instalações ................................................................................ 24 2.1.2.4 Quadro de distribuição .................................................................................. 25 2.1.3 Projeto Hidrossanitário.................................................................................... 25 2.1.3.1 Sistemas prediais de esgoto sanitário .......................................................... 25 2.1.3.2 Unidades de tratamento ............................................................................... 26 2.1.3.2.1 Dimensionamento ....................................................................................... 27 2.1.4 Documentos do projeto para aprovação da Prefeitura Municipal e Caixa Econômica Federal. .................................................................................................. 35 3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO ........................................... 36 3.1 Projeto Residencial Elenir de Fátima Ribeiro ............................................. 36 3.1.1 Projeto Arquitetônico....................................................................................... 36 10 3.1.2 Perspectiva Fachadas .................................................................................... 41 Para a proprietária ter uma melhor visão de como ficará a sua residência, foi realizado uma perspectiva em 3D, utilizado o software Revit e posteriormente o Lumion, mostrado na figura 14. .............................................................................................. 41 3.1.3 Projeto Hidrossanitário.................................................................................... 42 3.1.4 Projeto Elétrico ............................................................................................... 45 3.2 Proposta Arquitetônica Fernanda Renner .................................................. 47 3.3 Acompanhamento de Obras ........................................................................ 49 3.3.1 Bairro São Pedro ............................................................................................ 49 4 Conclusão ..................................................................................................... 57 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 58 11 1 INTRODUÇÃO 1.1 Descrição do Local do estágio A Rossatto Construtora foi fundada no início de 2018, em Santo Ângelo, Rio Grande do Sul. A construtora elabora projetos e execução de obras residenciais, dando ênfase em projetos do programa casa verde e amarela da Caixa Econômica Federal. Os projetos são todos desenvolvidos pelas plataformas Revit, Qibuilder, Lumion e Eberick. A sede da construtora é localizada na cidade de Santo Ângelo- RS, na avenida Getúlio Vargas nº 765. Possui em seu quadro de funcionários o engenheiro responsável Vitor Rossatto, 5 (cinco) estagiários, sendo 4 (quatro) na área da engenharia civil e 1(um) na área da arquitetura e uma assistente administrativo. 1.2 Justificativa O presente relatório de estágio se justifica para a comprovação do acompanhamento de elaboração de projetos e execução de obras durante o período de Estágio Supervisionado, assim como a condição parcial para obter o título de Engenheiro Civil, da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI, Campus Santo Ângelo. 1.3 Objetivos 1.3.1 Objetivo geral Realizar o estágio supervisionado a fim de colocar em prática todos os conhecimentos adquiridos no período da graduação, assim como permitir a experiência prática na área de projetos e da construção, em projetos financiados pelo governo. 1.3.2 Objetivo específico Descrever os projetos realizados e a execução de projetos já em andamento na empresa. 12 2 PROJETOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL 2.1 Etapas de projeto 2.1.1 Projeto Arquitetônico O início de qualquer projeto de construção civil é dado pelo projeto arquitetônico o qual é formado por uma série de estudos, representações gráficas e desenhos técnicos, com o intuito de guiar a construção. Para a realização do projeto arquitetônico faz-se necessário um estudo, tendo como objetivo a melhor forma de organizar e construir os espaços de uma edificação, a funcionalidade dos espaços, a beleza e harmonia das formas e o conforto das pessoas. Inclui-se nesses estudos as características do local, como tamanho do terreno, topografia, regulamentação local, técnicas construtivas e matérias que serão utilizados, as leis e normas técnicas do munícipio, assim como o custo e prazo da obra. Brabo (2009) define Projeto Arquitetônico como um conjunto de passos normativos, voltado para o planejamento de um edifício qualquer, regulamentado por um conjunto de normas técnicas e por um código de obra. 2.1.1.1 Estudos Preliminares Para dar início ao projeto faz-se necessário um estudo preliminar, onde o responsável pelo projeto em conjunto com o cliente, realizam a análise do terreno, compreendendo assim todas as necessidades e objetivos do cliente, buscando ideias únicas e que satisfaça o anseio do mesmo para com a nova residência. De acordo com a NBR 13531 o estudo preliminar é uma etapa destinada à definição de uma representação do empreendimento, considerando um conjunto de informações técnicas iniciais e aproximadas, necessárias para a compreensão da configuração da edificação. 2.1.1.2 Partido Geral Partido geral é a tomada de decisões do projetista, ou seja, as suas escolhas e prioridades, tanto funcionais, tecnológicas ou estéticas, exemplificando o processo projectual. 13 Para Lemos, 2003, o partido é tido como uma consequência formal de uma série de condicionantes, tais quais: técnica construtiva; clima; condições físicas e topográficas; programa de necessidades; condições econômicas do cliente; legislação; normas sociais ou regrasde funcionalidades. 2.1.1.3 Anteprojeto De acordo com a NBR 13531 anteprojeto é a etapa destinada à concepção e à representação das informações técnicas provisórias de detalhamento da edificação e de seus elementos, instalações e componentes, necessárias ao inter-relacionamento das atividade técnicas de projeto e suficientes à elaboração de estimativas aproximadas de custos e de prazos dos serviços de obras implicados. O anteprojeto nada mais é que a fase final da concepção dos projetos, plantas baixas, fachadas principais e os demais acabamentos a serem utilizados na obra. 2.1.1.4 Projeto Executivo O projeto executivo é o qual especifica todos os detalhes com clareza da obra, como os matérias, acabamentos, plantas de forro, detalhamento hidráulico e elétrico. Esse projeto deve ser encaminhado para o canteiro de obra e servirá de guia para a execução da obra. A norma NBR 13532 traz os seguintes documentos técnicos apresentados no projeto executivo: a) desenhos: planta geral de implantação; - planta de terraplenagem; - cortes de terraplenagem; - plantas das coberturas; - cortes (longitudinais e transversais); - elevações (frontais, posteriores e laterais); - plantas, cortes e elevações de ambientes especiais (banheiros, cozinhas, lavatórios, oficinas e lavanderias); - detalhes (plantas, cortes, elevações e perspectivas) de elementos da edificação e de seus componentes construtivos (portas, janelas, bancadas, grades, forros, beirais, parapeitos, pisos, revestimentos e seus encontros, impermeabilizações e proteções); b) textos: memorial descritivo da edificação; - memorial descritivo dos elementos da edificação, das instalações prediais (aspectos arquitetônicos), dos componentes construtivos e dos materiais de construção; - memorial quantitativo dos componentes construtivos e dos materiais de construção; c) perspectivas (opcionais) (interiores ou exteriores, parciais ou gerais); 14 d) maquetes (opcionais) (interior e exterior); e) fotografias, diapositivos, microfilmes e montagens (opcionais); f) recursos audiovisuais (opcionais) (filmes, fitas de vídeo e disquetes). 2.1.1.5 Planta de Situação A planta de situação tem como objetivo situar o local onde o lote ou terreno em relação aos demais terrenos e logradouros que compõe a quadra. O projetista de forma simplificada deverá apresentar a vista superior do terreno onde a obra será construída, identificando terrenos vizinhos e ruas transversais. Neste projeto deve conter afastamentos laterais, frontal e recuos, orientação geográfica, dimensões dos passeis e ruas, dentre outros elementos. A NBR 6492 traz os seguintes elementos obrigatórios na planta de situação: a) simbologias de representação gráfica conforme as prescritas nesta Norma; b) curvas de nível existentes e projetadas, além de eventual sistema de coordenadas referenciais; c) indicação do Norte; d) vias de acesso ao conjunto, arruamento e logradouros adjacentes com os respectivos equipamentos urbanos; e) indicação das áreas a serem edificadas; f) denominação dos diversos edifícios ou blocos; g) construções existentes, demolições ou remoções futuras, áreas non aedificandi; h) escalas; i) notas gerais, desenhos de referência e carimbo Xavier (2011) define Planta de situação como sendo a representação de um desenho projetivo constituído por uma vista principal superior esquemática, envolvendo o terreno (lote) onde a edificação será edificada e a zona de entorno desse terreno, com a finalidade de mostrar o formato, as dimensões e a localização do lote. A figura 1 demonstra todos os elementos que compõe a planta de situação. 15 Figura 1- Planta de Situação Fonte: Xavier (2011) 2.1.1.6 Planta de Localização e Cobertura Na planta de localização e cobertura detalha-se as informações do terreno e a inserção da edificação com suas limitações. Determina-se nessa planta os limites do terreno com o passeio e as vias de rolamento com os respectivos nomes. Nesta planta identifica-se todos os elementos que compõem a implantação do terreno, como área de lazer, passeios, acessos, muros, equipamentos, entre outras elementos. Segundo a NBR 6492/94 a planta de locação deve conter: a) simbologias de representação gráfica conforme as prescritas nesta Norma; b) sistema de coordenadas referenciais do terreno, curvas de nível existentes e projetadas; c) indicação do norte; 16 d) indicação das vias de acesso, vias internas, estacionamentos, áreas cobertas, platôs e taludes; e) perímetro do terreno, marcos topográficos, cotas gerais e níveis principais; f) indicação dos limites externos das edificações: recuos e afastamentos; g) eixos do projeto; h) amarração dos eixos do projeto a um ponto de referência; i) denominação das edificações; j) escalas; k) notas gerais, desenhos de referência e carimbo. A figura 2 traz exemplo de planta de localização e cobertura. 17 Figura 2- Planta de Localização e Cobertura Fonte: Xavier (2011) 2.1.1.7 Planta Baixa O desenho técnico de uma planta baixa é um dos documentos mais importantes para o projeto, nele se demonstra as paredes e cômodos de uma edificação, com uma vista superior. A vista tem altura 1,50 do piso, para ser capaz de abranger as aberturas de portas e janelas. A planta baixa contém os seguintes elementos: Linhas de dimensões: representam as medidas de comprimento e largura de casa item na realidade. Escala: As escala mais utilizadas para a representação da planta baixa são 1:50 e 1:100 apara projetos residências. Xavier (2011) define planta baixa como sendo uma vista ortográfica seccional do tipo corte, através de um plano projetante secante horizontal imaginário, 18 posicionado de maneira a seccionar o maior número possível de elementos, normalmente em uma altura entre as vergas das portas e os peitoris das janelas (média 1.50m). Na figura 3 demonstra uma planta baixa com todos os elementos necessários. Figura 3- Planta Baixa Fonte: Xavier (2011) 19 2.1.1.8 Cortes Os cortes são projetados para demonstrar os compartimentos internos de um projeto, a altura do peitoril, tamanho das esquadrias e demais informações que não são apresentadas na planta baixa. Os itens que a NBR 6492/94 traz para conter nos cortes são: a) simbologias de representação gráfica conforme as prescritas nesta Norma; b) eixos do projeto; c) sistema estrutural; d) indicação das cotas verticais; e) indicação de cotas de nível em osso e acabado dos diversos pisos; f) caracterização dos elementos do projeto: fechamentos externos e internos; circulações verticais e horizontais; áreas de instalações técnicas e de serviços; cobertura/telhado e captação de águas pluviais; forros e demais elementos significativos; g) denominação dos diversos compartimentos seccionados; h) escalas; i) notas gerais, desenhos de referência e carimbo; j) marcação dos cortes transversais nos cortes longitudinais e vice-versa, podendo ainda ser indicadas as alturas das seções horizontais (planta da edificação). As figuras 4 e 5 demonstram o posicionamento e os elementos que devem conter nos cortes respectivamente. 20 Figura 4- Posicionamento dos Cortes Fonte: Xavier (2011) 21 Figura 5- Corte AB e CD Fonte: Xavier (2011) 2.1.1.9 Fachadas Este componente do preto arquitetônico representa exatamente o visual externo da edificação. Nas fachas irão aparecer os elementos que são visualizados quando planificamos as vistas. Com a fachada tem-se a real noção da hierarquia dos volumes do corpo da edificação, bem como a representação das janelas,portas, sacadas e demais elementos externos que se fazem presente na edificação. Xavier (2011) destaca que as fachadas é um elemento gráfico do desenho arquitetônico constituído por vistas ortográficas principais (frontal, posterior, lateral esquerda, lateral direita), formados para fornecer informações para a execução da edificação, como também para antecipar sua visualização externa. Xavier (2011) ainda complementa que pela fachada ter um caráter visual elas não são cotadas, ou 22 seja, não é especificada nenhuma dimensão da edificação nos desenhos das fachadas. A NBR 6492/94 traz os elementos essências para as fachadas. simbologias de representação gráfica conforme as prescritas nesta Norma; eixos do projeto; indicação de cotas de nível acabado; escalas; notas gerais, desenhos de referência e carimbo; marcação dos cortes longitudinais ou transversais A figura 6 representa um exemplo de fachada. Figura 6- Fachada Fonte: Xavier 2011 2.1.2 Projeto elétrico O projeto elétrico faz parte dos projetos complementares do projeto arquitetônico, nele faz-se o detalhamento, através de desenhos, cálculos, gráficos, símbolos, das instalações elétricas de uma obra. Neste projeto constam todas as informações necessárias para a execução do que foi planejado, atendendo o cumprimento da NBR 5410, norma que regula as instalações elétricas em baixa tenção. Para o desenvolvimento do projeto elétrico é necessário ter em mãos o projeto arquitetônico, para assim ter acesso as dimensões exatas do imóvel, para então realizar o levantamento da quantidade e posição dos elementos que serão incluídos 23 na residência, como, pontos de tomadas de uso geral e específicos, iluminação, entre outros detalhes. Neste projeto também é determinado o cálculo da potência total das cargas elétricas (watts) de cada cômodo para que seja definido o disjuntos adequando para a instalação, seguindo a NBR 5410, locais como cozinhas, banheiros, lavanderias que comportam equipamentos de maior potência, precisam de um circuito elétrico reservado para cada objeto. A norma que se aplica para projetos elétricos é a norma regulamentadora NBR5410, está norma aplica-se às instalações elétricas de edificações de uso residencial, comercial, público, industrial, de serviços, agropecuário, hortigranjeiro, incluído também as pré-fabricadas. 2.1.2.1 Previsão de Carga de iluminação A NBR 5410/2004 menciona que deve-se prever pelo menos um ponto de luz no teto, que será comandado por um interruptor, para cada cômodo da edificação. A carga de iluminação é determinada em função da área do local em que será instalado. Em área igual ou inferior a 6m² deve ter no mínimo de 100VA, já em área superior a 6m² deve conter 100VA para os primeiros 6m², somando 60VA para cada 4m² inteiros. 2.1.2.2 Previsão de pontos de tomada As tomadas são componentes essenciais na instalação elétrica, elas são classificas em dois tipos, TUG e TUE. A tomada de uso geral (TUG) são utilizadas como ponto de alimentação para cargas gerais da instalação, onde a corrente de consumo não ultrapasse 10A, como televisões, geladeiras, entre outros. As TUE, tomadas de uso específico, possuem cargas específicas como o próprio nome sugere, demandam de maior potência, utilizadas em equipamentos que consomem corrente elétrica entre 10ª e 20ª, eletrodomésticos como forno elétrico, chuveiros, ar-condicionado, dentre outros. A NBR 5410 traz alguns critérios para o dimensionamento do número mínimo de pontos de tomada a ser respeito em determinado cômodo da residência. São eles: em banheiros, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada, próximo ao lavatório; 24 em cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, cozinha-área de serviço, lavanderias e locais análogos, deve ser previsto no mínimo um ponto de tomada para cada 3,5 m, sendo que acima da bancada da pia devem ser previstas no mínimo duas tomadas de corrente, no mesmo ponto ou em pontos distintos; em varandas, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada; em salas e dormitórios devem ser previstos pelo menos um ponto de tomada para cada 5 m; em cada um dos demais cômodos e dependências de habitação devem ser previstos pelo menos: um ponto de tomada, se a área do cômodo ou dependência for igual ou inferior a 2,25 m²; Um ponto de tomada, se a área do cômodo ou dependência for superior a 2,25 m2 e igual ou inferior a 6 m2 ; Um ponto de tomada para cada 5 m, se a área do cômodo ou dependência for superior a 6 m2 , devendo esses pontos ser espaçados tão uniformemente quanto possível. A NBR 5410/2004 ainda determina a potência mínima dos pontos de Tomadas de Uso Geral: a) em banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos, no mínimo 600 VA por ponto de tomada, até três pontos, e 100 VA por ponto para os excedentes, considerando-se cada um desses ambientes separadamente; b) nos demais cômodos ou dependências, no mínimo 100 VA por ponto de tomada. 2.1.2.3 Divisão das Instalações A NBR 5410/2004 menciona, toda instalação elétrica deve ser dividida em circuitos elétricos, com o propósito de melhorar reduzindo assim as quedas de tensões e aumento da segurança. De acordo com a norma NBR 5410/2004, a instalação deve ser dividida em quantos circuitos forem necessários, separando circuitos de iluminação com circuitos de tomadas. Por recomendação a norma exige que cada circuito não ultrapasse 10 A, isso significa que em um circuito de 127 V seria equivalente a no máximo 1270 VA e em 25 220 V seria 2200 VA de potência. Também se recomenda que tomadas de Uso Específico deverão possuir circuitos independentes. 2.1.2.4 Quadro de distribuição Segundo a NBR 5410/2004, quadro de distribuição é o centro de distribuição de toda instalação elétrica, recebendo os condutores do quadro de medição. A instalação do quadro deve ser feita próximo a locais onde há maior consumo de energia. Também no quadro de distribuição, têm-se disjuntores que são dispositivos de proteção, instalados junto aos circuitos elétricos para proteger as pessoas contra choques elétricos, proteger o circuito elétrico (condutores) e o patrimônio contra incêndios originados por curtos-circuitos. 2.1.3 Projeto Hidrossanitário O projeto hidrossanitário compreende todo o sistema hidráulico e sanitário da edificação. Faz o dimensionamento e indica a localização das tubulações e demais componentes hidráulicos, desde o recebimento da água no hidrômetro, até o abastecimento nas peças hidráulicas, como louças sanitárias. No projeto sanitário compreende todo o sistema de coleta da rede de esgoto. Varia desde seu correto descarte, seja à rede pública ou à estação de tratamento da própria edificação, como por exemplo fossa séptica e ETE individual. 2.1.3.1 Sistemas prediais de esgoto sanitário As instalações prediais de esgoto sanitário são compostas de um conjunto de tubulações, conexões e acessórios, destinados a coletar e conduzir o esgoto sanitário a uma rede pública de coleta ou a um sistema próprio de tratamento. Segundo a norma brasileira NBR 8160 (ABNT, 1999), essas instalações devem também atender aos seguintes requisitos a) evitar a contaminação da água, de forma a garantir a sua qualidade de consumo, tanto no interior dos sistemas de suprimento e de equipamentos sanitários, como nos ambientes receptores; 26 b) permitir o rápido escoamento da água utilizada e dos despejos introduzidos, evitando a ocorrência de vazamentos e a formação de depósitos no interior das tubulações; c) impedir que os gases provenientes do interior do sistema predial de esgoto sanitário atinjam áreas de utilização; d) impossibilitar o acesso de corpos estranhos ao interior do sistema; e) permitir que os seus componentessejam facilmente inspecionáveis; f) impossibilitar o acesso de esgoto ao subsistema de ventilação; g) permitir a fixação dos aparelhos sanitários somente por dispositivos que facilitem a sua remoção para eventuais manutenções. A norma ainda define que o sistema predial de esgoto sanitário e o sistema de predial de águas pluviais devem ser devidamente separados, não havendo nenhuma ligação entre os mesmo. Os efluentes provenientes dos aparelhos sanitários e de dispositivos instalados em nível inferior ao do logradouro devem ser descarregados em uma ou mais caixas de inspeção, sendo instaladas a uma caixa coletora, de tal forma que receba os efluentes pela ação da gravidade. Após a caixa coletora, devem ser recalcados para uma caixa de inspeção, ramal de esgoto ligado por gravidade ao coletor predial ou ao sistema de tratamento de esgoto. 2.1.3.2 Unidades de tratamento As unidades de tratamento para os efluentes gerados em uma residência são: tanque ou fossa séptica: unidade cilíndrica ou prismática retangular, destinada a tratar o esgoto por meio de processos de sedimentação, flotação e digestão. filtro anaeróbio: é onde se trata da retenção de sólidos suspensos ou solúveis por contato com o biofilme, sedimentação forçada de sólidos de pequenas dimensões e ação metabólica dos microrganismos do biofilme sobre a matéria dissolvida. sumidouro: onde se tem à disposição final do efluente. 27 2.1.3.2.1 Dimensionamento A NBR 8160/1999, recomenda que para o dimensionamento da coluna de ventilação utiliza-se a quadro 1 para verificar a distância máxima que um desconector deve ficar do tubo ventilador, e a quadro 2 para ver qual o diâmetro que deverá ser adotado para a coluna de ventilação. Quadro 1- Distância Máxima de um Desconector ao Tubo Ventilador Fonte: NBR 8160/1999. 28 Quadro 2- Dimensionamento de Colunas e Barriletes de Ventilação Fonte: NBR 8160/1999. 29 De acordo com a NBR 8160/1999 as caixas sifonadas possuem as seguintes características: a) possuir diâmetro de 100 mm quando receberem efluentes de aparelhos sanitários de até 6 UHC; b) possuir diâmetro de 125 mm quando receberem efluentes de aparelhos sanitários de até 10 UHC; c) possuir diâmetro de 150 mm quando receberem efluentes de aparelhos sanitários de até 15 UHC. Para o dimensionamento dos ramais de descarga é utilizado a quadro 3. Quadro 3- Unidades de Hunter de Contribuição dos Aparelhos Sanitários e Diâmetro Nominal Fonte: NBR 8160/1999. 30 No dimensionamento dos ramais de esgoto, utiliza-se a quadro 4, onde apresenta as UHC e seus diâmetros, conforme a NBR 8160/1999. Quadro 4- Dimensionamento de Ramais de Esgoto Fonte: NBR 8160/1999. Segundo a NBR 7229/1993 o cálculo do volume útil para o dimensionamento do tanque séptico é dado pela Equação 1: Equação 1 𝑉 = 1000 + 𝑁(𝐶𝑇 + 𝐾𝐿𝑓) Onde: 𝑉= Volume Útil (litros); N = Número de pessoas ou unidades de contribuição 𝐶 = Contribuição de despejos, em litro/pessoa x dia ou em litro/unidade x dia 𝑇 = Período de detenção (dias); 𝐾 = Taxa de acumulação de lodo digerido em dias, equivalente ao tempo de acumulação de lodo fresco 𝐿𝑓 = Contribuição de lodo fresco, em litro/pessoa x dia ou em litro/unidade x dia Para encontrar o fator C e Lf apresentados na equação acima, é utilizada a Tabela 1. 31 Tabela 1- Contribuição Diária de Esgoto (C) e de Lodo Fresco (lf) por tipo de Prédio e de Ocupante Fonte: NBR 7229/1993. O fator T de período de detenção, encontra-se na Tabela 2, da NBR 7229/1993. Tabela 2- Período de Detenção dos Despejos, por Faixa de Contribuição Diária Fonte: NBR 7229/1993. E o fator K encontra-se pela Tabela 3, também apresentada na NBR 7229/1993. 32 Tabela 3- Taxa de Acumulação total de lodo (K), em dias, por intervalo entre limpezas e temperaturas do mês mais frio Fonte: NBR 7229/1993. O dimensionamento do filtro anaeróbio, é por meio da Equação 2, que se encontra na NBR 13969/1997. Equação 2 𝑉𝑢 = 1,6𝑁𝐶𝑇 Onde: N = Número de contribuintes 𝐶 = Contribuição de despejos, em litros x habitantes/dia 𝑇 = Período de detenção hidráulica (dias); A variável C, Contribuição diária de despejos e de carga orgânica por tipo de prédio e de ocupantes, é encontrada na quadro 5 e a variável T Tempo de detenção hidráulica de esgotos, é determinada pela quadro 6, conforme a NBR 13969/1997. 33 Quadro 5- Contribuição diária de despejos e de carga orgânica por tipo de prédio e de ocupantes Fonte NBR 13969/1997. Quadro 6-Tempo de detenção hidráulica de esgotos (T), por faixa de vazão e temperatura do esgoto (em dias) Fonte: NBR 13969/1997. 34 A NBR 13969/1997 determina que para o dimensionamento do sumidouro deve-se calcular a área de infiltração, mostrada pela Equação 3. Equação 3 𝐴 = 𝐶 𝑇𝑥𝑥1000 Onde: A = área de infiltração necessária, que considera as superfícies laterais e de fundo situadas no nível inferior ao tubo de distribuição do afluente, em m². 𝐶 = contribuição de esgoto, proveniente do tanque séptico, em Litro/pessoa/dia ou em Litro/unidade. Dia; 𝑇𝑥= taxa máxima de aplicação diária, convertida da taxa de percolação, em m³/m²/dia; 1/1000 = conversão de m³ para litro. Para encontrar o valor da variável 𝑇𝑥, utiliza-se a quadro 7, encontrada na NBR 13969/1997. Quadro 7- Conversão de valores de taxa de percolação em taxa de aplicação superficial Fonte: NBR 13969/1997. 35 2.1.4 Documentos do projeto para aprovação da Prefeitura Municipal e Caixa Econômica Federal. Para iniciar uma obra no Município de Santo Ângelo, é preciso Requerer a Aprovação do Projeto e Licença para execução e após, o Habite-se. Para isso, deve ser entregue na prefeitura o projeto contendo três cópias de: planta de Situação; planta de Localização e Cobertura; planta Baixa; cortes; fachadas; projeto Elétrico; projeto Hidrossanitário; memorial Descritivo; anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do profissional responsável pelo projeto; matrícula do imóvel atualizada. Para aprovação do Financiamento Casa Verde e Amarela na Caixa Econômico Federal é necessário os seguintes documentos: planta de Situação; planta de Localização e Cobertura; planta Baixa; cortes; fachadas; projeto Elétrico; projeto Hidrossanitário; memorial Descritivo; anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do profissional responsável pelo projeto; proposta construção Individual (PCI); matrícula do imóvel atualizada. 36 3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO 3.1 Projeto Residencial Elenir de Fátima Ribeiro 3.1.1 Projeto Arquitetônico O projeto trata-se de uma obra residencial possuindo 44,26m². O projeto arquitetônico da cliente Elenir de Fátima Ribeiro foi elaborado pela autora do relatório e conferido pelo engenheiro Vitor Rossatto. As Figuras 7, 8, 9, 10, 11,12 e 13 apresentam a Planta de Situação, Planta de Localização, Planta de Cobertura, Planta Baixa, cortes e representação da prancha enviada para aprovação na Prefeitura do Município respectivamente. Figura 7- Planta de situação Fonte: Elaborado pelo autor (2021). 37 Figura 8- Planta de localização Fonte: Elaborado pelo autor (2021). 38 Figura 9- Planta de cobertura Fonte: Elaborado pelo autor (2021). 39 Figura 10- Planta baixa Fonte: Elaborada pelo autor (2021). 40 Figura 11- Corte AA’ Fonte: Elaborado pelo autor (2021). Figura 12- Corte BB' Fonte: elaborado pelo autor (2021).41 Sendo encaminhado para a prefeitura a prancha conforme figura 13. Figura 13- Prancha do projeto Fonte: Elaborado pelo autor (2021). 3.1.2 Perspectiva Fachadas Para a proprietária ter uma melhor visão de como ficará a sua residência, foi realizado uma perspectiva em 3D, utilizado o software Revit e posteriormente o Lumion, mostrado na figura 14. Figura 14- Perspectiva fachada Fonte: Elaborado pela construtora Rossatto (2021). 42 3.1.3 Projeto Hidrossanitário Para o projeto hidráulico, foi utilizado o software Qibuilder o qual já dimensiona o reservatório e demais cálculos, conforme dados inseridos no sistema do software. A figura 15, 16,17 e 18 demostram a interface do software e os projetos hidrossanitário respectivamente. Figura 15- Interface do Software Qibuilder. Fonte: elaborado pelo autor (2021). 43 Figura 16- Projeto sanitário Fonte: Elaborado pelo autor (2021). 44 Figura 17- Projeto hidráulico térreo Fonte: Elaborado pelo autor (2021). 45 Figura 18- Projeto hidráulico caixa d’água Fonte: Elaborado pelo autor (2021). 3.1.4 Projeto Elétrico O projeto elétrico foi realizado seguindo as normas relacionadas a instalação elétrica descritas anteriormente. As Figuras 19, 20 e 21 apresentam o projeto elétrico, quadro de cargas e diagrama unifilar. 46 Figura 19- Projeto elétrico Fonte: Elaborado pelo autor (2021). Figura 20- Quadro de cargas Fonte: Elaborado pelo autor (2021). 47 Figura 21- Diagrama unifiliar Fonte: Elaborado pelo Autor (2021). 3.2 Proposta Arquitetônica Fernanda Renner A proposta arquitetônica, trata-se de uma residência unifamiliar de 1 pavimento com 103,30 m². Contendo em seu projeto 3 dormitórios sendo um deles suíte, sala de estar, cozinha, lavanderia, banheiro e uma varanda/deck. As figuras 22, 23 e 24 apresentam a proposta arquitetônica e suas perspectivas renderizadas respectivamente. 48 Figura 22- Proposta arquitetônica Fonte: Elaborado pelo autor (2021). Figura 23- Perspectiva frontal (Lumion) Fonte: elaborado pelo autor e engenheiro Vitor Rossatto (2021). 49 Figura 24- Perspectiva frontal (Lumion) Fonte: Elaborado pelo autor e engenheiro Vitor Rossatto (2021). 3.3 Acompanhamento de Obras 3.3.1 Bairro São Pedro A obra de 68,85m² fica localizada no Bairro São Pedro, teve seu início em Fevereiro. O acompanhamento iniciou dia 23/04/2021, a obra já estava na etapa de levantamento das alvenarias, sendo acompanhado essa etapa assim como a confecção e realização das vergas e contra vergas, pilares e vigas. A fachada da casa pode ser observada na figura 25. 50 Figura 25- Fachada da Obra Fonte: Capturada pelo autor (2021). Conforme as figuras 26 e 27, nessa etapa da obra, foi observado o levantamento das alvenarias até a altura das contravergas. Foram utilizados tijolos 9 furos, 14x19x29 cm, também foram disponibilizados pela empresa todos os equipamentos necessários para medidas protetivas. Após a marcação ser feita na primeira fiada, foi utilizado uma linha de nylon como guia um nível, prumo, esquadro, ferramentas necessárias para a utilização nesse processo de execução, com isso era garantido o nivelamento, alinhamento, planicidade e perpendicularidade, tipo de procedimento padrão utilizado em todo processo de alvenaria da obra em questão. 51 Figura 26- Levantamento das alvenarias Fonte: Capturada pelo autor (2021). Figura 27- Levantamento das alvenarias Fonte: Capturada pelo autor (2021). 52 Para as fôrmas dos pilares foram utilizados madeiras de 3,00x0,30m e 3,00x0,15m de pinus e guias de 2,5x0,15m também de Pinus. Para a confecção dos pilares e vigas foi utilizado Aço CA-50 com bitolas de ø 10mm. Figura 28- Colocação das caixarias para concretagem dos pilares Fonte: Capturada pelo autor (2021). Figura 29- Colocação das caixarias para concretagem dos pilares Fonte: Capturada pelo autor (2021). 53 Durante o acompanhamento foi realizado a conferência dos esquadros e prumos da obra, conforme pode-se ver na figura 30. Nessa situação foi percebido que a parede estava fora do esquadro, cerca de 3 cm o qual é um valor considerável aceitável. Figura 30- Conferência dos esquadros Fonte: Capturada pelo autor (2021). Com os pilares já concretados e desenformados, conforme demonstrado na figura 31, pode-se dar sequência na obra com a confecção das ferragens para as vigas de laje, as quais após sua confecção foram levantadas nas alvenarias e amarradas. As figuras 32, 33 e 34 demostram o processo. 54 Figura 31- Pilares já concretados e desenformados Fonte: Capturada pelo autor (2021). Figura 32- Confecção das ferragens de lajes Fonte: Capturada pelo autor (2021). 55 Figura 33- Colocação da ferragem das vigas Fonte: Capturada pelo autor (2021). 56 Figura 34- Colocação da ferragem das vigas Fonte: Capturada pelo autor (2021). Durante o processo construtivo surgiram alguns empecilhos que foram observados pelo engenheiro da construtora, os quais acarretaram em um retrabalho por parte dos profissionais da construção para que no futuro não houvesse complicações na residência. Esses empecilhos demostram que é indispensável a fiscalização e acompanhamento da obra no dia a dia. 57 4 Conclusão A disciplina de estágio supervisionado faz uma extrema diferença no aprendizado e amadurecimento do aluno, uma vez que, o aluno tem a convivência com profissionais experientes e coloca em prática tudo que aprendeu durante a sua graduação, bem como, puder discernir se o que está sendo executado está de acordo com os requisitos básicos e mínimos propostos em especificações, literatura técnica ou normas referentes a todas as atividades envolvidas. As atividades do estágio foram focadas principalmente no desenvolvimento de projetos, sendo realizados todos os projetos exigidos pela prefeitura assim como pela Caixa Econômica Federal, e no acompanhamento de obras, o qual foi visto o processo construtivo das alvenarias até a fabricação das vigas da laje e tendo contato direto com os profissionais que trabalham no processo construtivo da obra o qual foi de grande aprendizado. No projeto da Elenir foi realizado um estudo juntamente com a cliente para atender todas as suas necessidades encaixando dentro de seu financiamento. Após um longo estudo foi chegado ao projeto final, atendendo todos os requisitos feitos pela cliente. Então iniciou-se todos os demais projetos e memoriais. A proposta realizada para a cliente Fernanda foi um projeto mais elaborado, com maiores detalhes, o qual conta com uma área gourmet. O projeto foi realizado juntamente com o engenheiro responsável. Após enviada a proposta a cliente aprovou, todavia não houve continuidade até o momento dos demais projetos. O estágio serviu para o meu amadurecimento e enriquecimento profissional, onde pude aprender, de forma prática, a teoria assimilada durante o curso de Engenharia Civil. Além disso, este trabalho serviu para desenvolver o meu senso crítico, através da solução de problemas e obrigações com maiores responsabilidades que me foram confiados. 58 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13531: elaboração de projetos de edificação – atividades técnicas. Rio de Janeiro, 1995. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13532: elaboração de projetos de edificação – arquitetura. Rio de Janeiro, 1995. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410: instalações elétricas de baixa tensão. Rio de Janeiro, 2004. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5626: Instalação predial de água fria. Rio de Janeiro, 1998. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6492: representação de projetos de arquitetura. Rio de Janeiro, 1995. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8160: sistemas prediais de esgoto sanitário - projeto e execução. Rio de Janeiro, 1999. FERREIRA, R. C. et al. Desenho Técnico. Apostila da Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos da Universidade Federal de Goiás. 2008. LEMOS, C. O que é a arquitetura. 7ª Ed. São Paulo: Brasiliense, 2003. XAVIER, S. Desenho Arquitetônico. Apostila de Desenho Arquitetônico. Universidade Federal do Rio Grande – FURG. Escola de Engenharia. Núcleo de Expressão Gráfica. 2011.
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