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Resenha Introdução ao estudo do método de Marx

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Resenha – Introdução ao estudo do método de Marx
 
No livro Introdução ao Estudo do Método de Marx, o autor José Paulo Netto visando o alcance de leitores em fase de iniciação acadêmica , acentua subsídios para a interpretação do método de Marx de forma prática, acessível e simplificada. A obra possui 64 páginas, tendo cinco tópicos principais: “interpretações equivocadas”; 
“o método de Marx: uma longa e laboração teórica”; “teoria, método e pesquisa”; “as formulações teóricas metodológicas”; “o método em Marx”. Nesta síntese descritiva, iremos somente destrinchar os três tópicos inicias. 
Na abordagem primeira da obra, o autor acercar-se a questão do método como um dos problemas fundamentais para a formulação da teoria social. José Paulo Netto se propõe a expor o fruto de uma longa elaboração teórico concebia através de elementos centrais que compõe o a metodologia marxiana. Diante da necessidade de estabelecer métodos de pesquisa e adquirir veracidade científica, o enfoque às teorias metodológicas foi uma questão amplamente discutida por múltiplos autores nas Ciências Sociais. José Paulo Netto aborda que a análise da pesquisa em si, demanda o conhecimento da metodologia de determinado autor e, portanto, para compreender Marx é necessário a compreensão teórico-metodológica que se vincula ao próprio método marxista. 
Netto, expõe no primeiro tópico “Interpretações equivocadas” às primeiras apropriações errôneas da obra de Marx. O autor aponta que as concepções atribuídas a o estudo teórico - metodológico utilizado em sua composição, apresenta inúmeras dificuldades, e que de fato todas elas partem da própria complexidade do material. Verificou-se, no entanto, que os equívocos que desfigurara a gênese do pensamento marxista partem não somente de seus adversários, mas também de seus próprios seguidores. 
Esses equívocos, trouxeram deformações ao método marxiano. Tais deformidades tiveram por base influências positivistas. Netto aborda ainda que os principais percussores desta corrente foram Plekahanov (1856-1918) e Kautsky (1854–1 938), ambos teóricos de cunho marxistas e pensadores da Segunda Internacional Comunista (organização socialista fundada em 1889 e em vigor até 1914). Durante a Terceira Internacional (organização comunista) tais influências foram agravadas por incidências neopositivistas e acarretaram a uma determinada ideologia stalinista.
Essas divergências, trouxe uma visão simples e reduzida do método marxista, que expressava a totalidade do materialismo dialético frente ao materialismo histórico. Tal representação, restringiu a metodologia marxiana aos seus próprios princípios. No método, a dialética, é uma ferramenta utilizada para compreender a história, o conhecimento da realidade não de mandaria esforços de base investigativa , esse pensamento reduzido asseguraria o bom funcionamento das pesquisas pelo simples fato de substitui-los pelo método de pesquisa elabora por Marx, que solucionaria todos os problemas , sem de feri-lo à natureza e à sociedade. 
Entretanto, José Paulo Netto, afirma que Marx aparece como um teórico 
fatorialista, que situava o fator econômico a partir de uma análise histórica, como principal determinante para o desenvolvimento de “fatores” sociais. Engels (teórico revolucionário 1820 – 1895) contribui com Marx, em diversas obras. Em uma delas, ele cita: Nem Marx nem eu jamais a firmamos mais que isto. Se alguém o tergiversa, fazendo do fator econômico o único determinante, converte esta tese num a frase vazia, abstrata, absurda.” (Marx-Engels , op. Cit. , p. 103 -10 4). 
No cenário atual, a crítica reside em dois aspectos: O primeiro, é sobre a desvalorização da cultura pelo método marxista. O segundo relaciona-se a um suposto “determinismo” no pensamento de Marx, onde todo meio levaria compulsoriamente ao socialismo . 
Netto, permite então ao leitor entender que através do próprio método marxista, essas críticas são facilmente superadas e entendidas se houver disposição a recorrência e análise dos próprios textos de Marx. Na segunda abordagem “ O método de Marx: uma longa elaboração teórica” Netto, destrincha a vida e trajetória do filosofo Karl Marx discutido até então. Sabe-se que Marx iniciou sua caminhada , aos 23 anos, como doutor em filosofia em 1841. Juntamente com Engels, Marx for mula e conduz as suas pesquisas a partir de uma análise concreta da sociedade moderna (sociedade feudal, estabelecida na Europa entro os séculos X V III e X IX ). 
 Para o autor José Paulo Netto , pode -se, no entanto , entender que o principal problema na pesquisa marxiana se encontra no início do incremento das forças de produção capitalista. É possível perceber que o desenvolvimento da pesquisa se sucedeu a partir de três linhas de pensamento: a filosofia alemã, a economia política inglesa e o socialismo Francês. (Lenin, 1 977, p .4 -27 e 35-39). Netto , expõe que o método d e Mar x não é resultado de intuições, mas de um longo período de pesquisas formuladas, redigidas e publicadas. 
 Em “Teoria, método e pesquisas”, o autor aborda a significação do desenvolvimento da teoria para Marx. Para ele, a teoria não está reduzida a sistematização das formas produzidas de um objeto. E também não se trata da construção de enunciados sobre os quais pode se estabelecer consensos intersubjetivos, jogos de linguagem ou combates teóricos ( Netto , 2011, p .20 ). 
O autor apresenta que param Marx, a teoria é uma modalidade típica do conhecimento, e ela se diferencia das outras, pois, possui particularidades entre elas o conhecimento teórico, que é o conhecimento do objeto em si mesmo. Para Marx, a teoria é então a reprodução real do objeto pelo sujeito que se apropria da pesquisa e pressupõe que quanto mais fiel for a interação do sujeito ao objeto mais correta e verdadeira será a reprodução de pensamento.
Relacionando o eu método com o de Hegel, Marx a nota que: Meu método dialético, por seu fundamento, difere do método hegeliano, sendo a ele inteiramente o posto. Para Hegel, o processo do pensamento [ . . . ] é o criador do real, e o real é apenas sua manifestação externa. Para mim, ao contrário, o ideal não é m ais do que o material transposto para a cabeça do ser humano e por ela interpreta do (Marx, 19 68, p.16; Itálicos não originais) 
 Compreende-se então que a teoria é o movimento real do objeto reproduzido para o pesquisador. Para Marx o objeto de pesquisa era a sociedade burguesa, no processo de conhecimento teórico a relação sujeito /objeto é uma relação de característica objetiva, ou seja, não depende da consciência do pesquisador para existir. 
 Segundo o autor o método de pesquisa propicia o conhecimento teórico e visa alcançar a essência do objeto. Para Marx, “toda ciência seria supérflua se a forma de manifestação e a essência das coisas coincidissem imediatamente” (Marx, 1974 , p.93 9). Essa característica não exclui a objetividade do conhecimento teórico. 
 Na concepção marxiana a teoria é a reprodução, no plano do pensamento, no movimento real do objeto. No entanto esta reprodução não deve ser um reflexo mecânico. Netto, a firma que no processo metodológico marxista, o papel do sujeito é fundamental e que Marx caracteriza que o sujeito tende de apoderar-se da matéria. 
O desígnio da pesquisa marxiana é por fim avaliar as categorias que compõem a junta interna da sociedade burguesa. Tais categorias são objetivas, reais, históricas e transitórias. Com o desenvolvimento a teoria marxista as ciências sociais ampliaram um enorme acervo de instrumentose técnicas de pesquisa. O conjunto da obra de Marx se interessava em conduzir e reproduzir teoricamente a dinâmica e estrutura do objeto. 
Análise Rubenilson
O texto inicia tratando sobre as interpretações equivocadas decorrentes de interpretações que deformaram, adulteraram e/ou falsificaram a concepção teórico-metodológica de Marx, nas quais verificamos os responsáveis por esses equívocos sendo os próprios seguidores de Marx, seus adversários e os seus detratores. Esses equívocos de certa forma trouxeram deformações no campo marxista, nas quais essa influência positivista teve como principal pensador Plekhanov Kautsky da Segunda Internacional, organização socialista com fundação no ano de 1889 com grande importância até 1914. 
Não houve a superação dessa influência antes do agravamento delas, tendo traços do neopositivismo acarretando uma ideologia stalinista.

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