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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UDESC CENTRO DE CIÊNCIAS DA ADMINISTRAÇÃO E SOCIOECONÔMICAS – ESAG DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Disciplina: Ciência Política Turma: Administração Pública Noturno 2020/2 Professor: Ricardo Alves Cavalheiro Aluna: Pabola Maffisoni Resenha Crítica sobre “Os poderes do Estado: o Princípio da Separação de Poderes” Conforme o Art. 2º da Constituição Federal “São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.”, vivemos em uma forma de governança fragmentada em três principais poderes com suas determinadas funções, o Legislativo, preponderantemente exerce atividades legislativas tendo a função de produzir leis e fiscalizá-las, ao Executivo, cabe a atividade administrativa do Estado, exercendo preponderantemente atividades executivas que implica execução de leis, e por fim, o Jurídico, tendo que exercer a atividade jurisdicional, isto é, julgar. Apesar de vivenciarmos a experiência de viver neste meio de governo, os princípios que nos levaram a colocar os três poderes em prática veio de muito tempo atrás, sendo primeira identificada na Grécia antiga, trazida por Aristóteles em sua obra “A Política". Outro autor da doutrina separacionista, foi John Locke, em sua obra “Two Treatives Of Goverment”, o filósofo definiu a separação das funções estatais, propondo uma separação dual: Legislativo e Executivo. Mas foi pelo filósofo Montesquieu que a teoria ganhou forças, a partir dele, a separação de poder ganhou uma estrutura bem ordenada e universalmente reconhecida como: o princípio da tripartição dos poderes, ou corrente tripartite, dividindo as atribuições do governo em três grandes órgãos, executivo, legislativo e judiciário, sendo explicado em seu tratado "O Espírito das Leis" (1748). Montesquieu pretende em sua tese a ideia de não deixar em uma única mão as tarefas de legislar, administrar e julgar, já que a concentração de poder tende a gerar o abuso dele. Então, nasceu a teoria dos freios e contrapesos (“checks and balances”), prevendo que a cada função foi dado o poder para exercer um grau de controle direto sobre as outras, mediante a autorização para o exercício de uma parte, embora limitada, das outras funções. O princípio de separação dos poderes de Montesquieu influenciou e influencia nossos métodos de governança até hoje em grande parte do mundo. Foi consagrada na América com a constituição da Filadélfia de 1787, com a fórmula da especialização dos órgãos e da recíproca limitação entre os poderes. No Brasil, o primeiro texto constitucional foi outorgado por D. Pedro I, em 25 de março de 1824, tendo como uma de suas características principais o estabelecimento da separação de poderes. Diante do exposto, pode-se concluir que a separação dos poderes se deu em grande importância para acontecer uma política mais justa, menos centralizada, que apesar de apresentar falhas na prática, tem como teoria uma boa prática de governo para o Estado. Referências SANTANA, Gustavo. A separação dos três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. 2016. Disponível em: https://www.politize.com.br/separacao-dos-tres-poderes-executivo-legislativo-e-judiciario/. Acesso em: 01 mar. 2016. HARADA, Kiyoshi. O princípio da separação dos Poderes na prática. 2020. Disponível em: http://genjuridico.com.br/2020/05/12/separacao-dos-poderes-pratica/. Acesso em: 12 maio 2020. RIBEIRO, Wendson. O princípio da separação dos Poderes: uma rápida leitura doutrinária e jurisprudencial. 2014. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/29830/o-principio-da-separacao-dos-poderes-uma-rapida-leitura-doutrinaria-e-jurisprudenci al. Acesso em: 01 jun. 2014. LEITE, Victor. Princípio da separação dos Poderes: ⠼sistema de freios e contrapesos⠽. “Sistema de freios e contrapesos”. 2019. Disponível em: https://castro96.jusbrasil.com.br/artigos/751623097/principio-da-separacao-dos-poderes. CYSNE, Diogo. Princípio da separação de poderes. Disponível em: https://www.infoescola.com/filosofia/principio-da-separacao-de-poderes/.
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