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Prévia do material em texto

CESMAC 
CENTRO UNIVERSITÁRIO 
Curso de Pós-Graduação em Direito Administrativo, Constitucional e 
Tributário 
 
 
 
 
 
 
 
 
Laísla Batista Soares Rios 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O DESEQUILÍBRIO ENTRE OS TRÊS PODERES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maceió - Al 
2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O DESEQUILÍBRIO ENTRE OS TRÊS PODERES 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso, 
apresentado como exigência parcial à 
obtenção do título de Especialista em 
Direito Administrativo, Constitucional e 
Tributário, ministrado no Centro 
Universitário Cesmac, sob a orientação do 
Prof. Doutor Marcus Rômulo Maia de 
Mello. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maceió – Al 
2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O DESEQUILÍBRIO ENTRE OS TRÊS PODERES 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso, 
apresentado como exigência parcial à 
obtenção do título de Especialista em 
Direito Administrativo, Constitucional e 
Tributário, ministrado no Centro 
Universitário Cesmac, sob a orientação do 
Prof. Doutor Marcus Rômulo Maia de 
Mello. 
 
 
 
 
Maceió, em ____/____/_____ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Doutor Marcus Rômulo Maia de Mello 
 
 
Orientador 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho aos meus pais, 
irmã, namorado, família e amigos, 
que além de me ajudarem bastante 
tiveram uma enorme paciência 
comigo e entenderam os momentos 
de ausência, estresse e dedicação 
total ao cumprimento de mais um 
dever. 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
Primeiramente a Deus que é o criador de todas as coisas, onde é a Ele que 
me apego e peço ajuda todos os dias para o cumprimento dos meus deveres. 
Aos meus pais James e Aldinete, que sempre me apoiaram e sempre 
buscaram o melhor para minha vida, e que são meus exemplos na escola da vida. A 
minha irmã que mesmo sem nem ao menos entender muita coisa sempre procurou 
me ajudar. Ao meu namorado que entendeu meus momentos de muita raiva e 
estresse e que mesmo assim esteve ao meu lado me incentivando. 
Aos meus familiares que com muito carinho e apoio, não mediram esforços para que 
eu pudesse alcançar essa etapa da minha vida, que sempre me incentivaram e me 
motivaram a nunca desisti e que sempre procuraram me ajudar da forma que 
podem. 
Aos meus amigos que em vários momentos entenderam a minha ausência, e 
sempre estiveram por mim para enxugar minhas lagrimas nos momentos difíceis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Uma vida sem desafios não 
vale a pena ser vivida”. 
 
Sócrates 
http://pensador.uol.com.br/autor/jean_jacques_rousseau/
 
 
 
RESUMO 
 
Este trabalho tem por objetivo apresentar um breve resumo da criação do Estado aa 
Teoria da Tripartição dos Poderes na Constituição Brasileira, desde a formação do 
Estado, até o surgimento da Tripartição de acordo com a teoria de Montesquieu 
através de seu livro O Espirito das Leis. Visando a abordagem de cada poder, 
Legislativo, Executivo e Judiciário, do Supremo Tribunal Federal e do Ministério 
público, para que exista realmente equilíbrio, harmonia entre os poderes. Analisando 
os meios para uma possível reorganização dos Estados da Federação, tendo por 
objetivo o reequilíbrio entre os poderes. 
 
Palavras-chave: Surgimento do Estado. Montesquieu. Tripartição dos Poderes. 
Equilíbrio entre os Poderes 
 
SUMMARY 
 
This paper aims to present a brief summary of the creation of the State and the 
Theory of the Tripartition of Powers in the Brazilian Constitution, from the formation of 
the State, to the emergence of the Tripartition according to the theory of Montesquieu 
through his book The Spirit of Laws. Aiming at the approach of each power, 
Legislative, Executive and Judiciary, of the Federal Supreme Court and the public 
prosecution, so that there is really balance, harmony between the powers. Analyzing 
the means for a possible reorganization of the States of the Federation, aiming at 
rebalancing the powers. 
 
Keywords: Emergence of the State. Montesquieu. Tripartition of Powers. Balance 
between the Powers 
 
 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 9 
1 O ESTADO E A TEORIA DOS TRÊS PODERES..................................................11 
1.1 Breve considerações sobre o surgimento do Estado....................................11 
1.2 Teoria da separação dos poderes e suas diferentes concepções............ ....12 
1.3 A divisão dos três poderes e o equilíbrio entre eles .................................... 17 
2 A IMPERFEITA SEPARAÇÃO DOS PODERES ................................................... 19 
2.1 Sistema de controle entre os poderes ...................................................................20 
2.1.1 Executivo....................................................................................................... .......22 
2.1.2 Legislativo ................................................................................................... .........23 
2.1.3 Judiciário ..................................................................................................... .........24 
2.1.3.1 O Supremo Tribunal Federal ..................................................................... .......25 
2.3 O Ministério Público .......................................................................................... .....26 
2.4 A problemática entre os poderes ...........................................................................27 
3 A INSEGURANÇA JURÍDICA .................................................................................. 30 
3.1 Surgimento do ativismo judicial ..............................................................................30 
3.2 Ativismo judicial versus judicialização da política ............................................ .....32 
3.3 Disputa entre os poderes e o equilíbrio afetado....................................................34 
3.4 A busca pelo reequilíbrio................................................................................... 37 
3.5 CONCLUSÃO ......................................................................................................40 
REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 41 
9 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O presente trabalho de conclusão de curso tem a finalidade de analisar o 
surgimento dos três poderes, sendo eles: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. 
A análise abrange a origem do estado sua evolução histórica e a forma como 
a Separação dos Poderes foi concebida pelas Constituições do Brasileiras. 
Desde Montesquieu, o Estado de Direito, convive com a tríplice repartição de 
poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário. Tais poderes devem ser harmônicos e 
independentes entre si. Porém, de acordo com o consagrado preceito constitucional, 
compete a cada um, uma parcela de participação da sociedade na sua realização. 
Embora o tema ligado a tripartição de poderes já tenha sido objeto de 
consideração de vários estudiosos, seu enfoque é atual e polêmico, refletindo a 
atuação dos poderes políticos ao longo dos anos e nos dias atuais, onde vem 
repercutindo diariamente nos noticiários. 
Nesse contexto, destaca-se o desequilíbrio entre os poderes. Analisando a 
independência e a harmonia entre os poderes, numa comparação entre o conceito 
de lei e como ela se desenvolve na prática. A partir de algumas constatações fáticas, 
observa-se a necessidade de equacionalização dos poderes. 
Para a construção dessa pesquisa, foi seguido como base metodológica à 
dedução haja vista tal raciocínio ter como objetivo explicar o conteúdo das 
premissas, uma pesquisa aplicada em decorrência de objetivar gerar conhecimentos 
para aplicação prática dirigidos à solução de problemasespecíficos, e, anda, por 
envolver verdades e interesses locais. Quanto aos meios de investigação a pesquisa 
será bibliográfica em decorrência de ser um estudo sistematizado 
Dessa forma, na primeira seção podemos analisar a evolução do Estado, e 
principalmente o surgimento da teoria dos três poderes. 
Na segunda seção podemos conhecer melhor como é a Separação dos 
Poderes, analisando cada um dos poderes e entendendo um pouco sobre a 
problemática deles. 
10 
 
 
 
 
Por fim, na terceira seção estudamos a insegurança jurídica, analisando o que 
o ativismo fez para ajudar ou prejudicar os poderes e tentar achar uma solução para 
o equilíbrio dos poderes. 
11 
 
 
 
 
1 O ESTADO E A TEORIA DOS TRÊS PODERES 
 
1.1 Breves considerações sobre o surgimento do Estado 
 
Antes mesmo de começar a falar sobre a separação dos poderes e suas 
diferentes concepções, se faz necessária fazer uma breve consideração do 
surgimento do Estado. O termo Estado possui sua origem no latim status e ficou 
conhecido na obra de Maquiavel. 
O Estado é formado pela retórica entre o poder político e Direito. Não existe um 
conceito formado ao certo do que é o Estado, sendo discutido entre vários autores, 
esse conceito geral não existe pelo fato de que o Estado encontra-se em continua 
transformação, segundo MORAES (1996, p.141): 
As pesquisas etnológicas e arqueológicas atuais permitem admitir-se 
que o Estado surgiu na época neolítica, no momento em que o homem se 
tornou sedentário. Configura-se, então, como um pequeno grupo 
populacional, estabelecido num território delimitado, em cujo centro se 
encontrava uma aldeia. A atividade principal já era a agricultura e a criação 
de animais, como aves, suínos, bovinos e caprinos, mantidas, certamente, 
as antigas práticas de caça ou de pesca. Será certo também, como acentua 
Mircéa Eliade, que nunca houve “sociedade pastoril completamente 
independente da economia e da religião dos cultivadores. 
Então foi a partir da colonização das tribos que surgiu o Estado, onde criou-se 
uma relação com outras tribos onde criaram seus territórios comuns. 
Porém podemos conceituar o Estado de uma forma genérica e simples, sendo 
a organização de um povo sobre um determinado território, sendo dotado de 
soberania. 
O surgimento de um Estado acontece de forma natural, onde existe um 
conjunto de qualidades básicas, sendo elas: a presença de território, população e 
governo. Também pode acontecer de forma histórica, sendo o modo originário, 
quando há uma nova formação, que nasce de seu país ou da população, o modo 
secundário que é quando vários Estados se unem, para formar um novo e só Estado 
ou quando um Estado se fraciona para formar um novo, e o modo derivado esse se 
da por meio de influências exteriores. Existe uma terceira forma, que é a jurídica, 
pela coletividade estatal se organizando e passando a ter um órgão que age por 
12 
 
 
 
 
eles, sendo formado um Estado e quando o Estado é reconhecido pelas demais 
potências. 
Existe uma teoria que é a de Marx e Engels, na obra “A origem da família, da 
propriedade privada e do Estado”, e DALLARI (2011, p.63) cita em sua obra sobre 
essa teoria: 
Faltava apenas uma coisa: uma instituição que não só assegurasse 
as novas riquezas individuais contra as tradições comunistas da 
constituição gentílica; que não só consagrasse a propriedade privada, antes 
tão pouco estimada, e fizesse dessa consagração santificadora o objetivo 
mais elevado da comunidade humana, mas também imprimisse o selo geral 
do reconhecimento da sociedade às novas formas de aquisição da 
propriedade, que se desenvolviam umas sobre as outras – a acumulação, 
portanto, cada vez mais acelerada das riquezas: uma instituição que, em 
uma palavra, não só perpetuasse a nascente divisão da sociedade em 
classes, mas também o direito de a classe possuidora explorar a não 
possuidora e o domínio da primeira sobre a segunda. E essa instituição 
nasceu. Inventou-se o Estado. 
São requisitos fundamentais para a aceitação de um Estado novo: a 
necessidade de existir um governo independente, tendo autoridade efetiva sobre sua 
população e território, cumprindo suas obrigações internacionais, e ter um território 
delimitado. 
Conforme conceituado acima, todo o Estado detém de uma Constituição, que 
seja ela em sentido amplo, essa constituição é a forma de organização do Estado. 
Essa constituição independe de ter um texto escrito ou normas, sendo elas escritas 
ou não. 
Para concluir essa breve consideração sobre o surgimento do Estado, 
sabemos que é uma ficção jurídica criada pelo homem, tendo como finalidade 
conduzir uma sociedade à consecução do interesse público. 
 
1.2 Teoria da separação dos poderes e suas diferentes concepções 
 
Foi na primeira constituição da República em 1891, que o Poder moderador 
(era o poder que conferia ao Imperador ampla liberdade) foi extinto, e foi adotada a 
teoria de Montesquieu, da tripartição de Poderes. E foi nesse mesmo tempo que 
nasceu o Supremo Tribunal Federal. 
13 
 
 
 
 
Na Constituição de 1934 a evolução continuou, conferindo ao Senado Federal 
a prevalência para exercitar o sistemas de freios e contrapesos. Já na Constituição 
de 1937, qual foi outorgada por Getúlio Vargas, nada foi falado sobre a separação 
dos Poderes, muito pelo contrario, afirmava que o Presidente da República era a 
autoridade suprema do Estado. 
Ao fim do Estado Novo, quando estava acontecendo a redemocratização no 
país a Constituição de 1946 consagra novamente o princípio da separação de 
poderes. Mas na constituição de 1967, quando estava acontecendo a ditadura 
militar, não existia democracia e nem muito menos os direitos e garantias 
fundamentais do cidadão. 
Já em 1988, com a nossa atual Constituição, voltamos a democracia, porém 
não trouxe inovações em relação à Separação de Poderes. 
As normas de uma constituição dispõem sobre a forma do Estado, dos órgãos 
que integram a estrutura do estado, das competências, e de seu exercício, e ainda 
devem estabelecer as limitações ao poder do Estado, principalmente sobre a 
separação dos poderes, os chamados sistemas de freios e contrapesos. 
Não é o correto chamar de separação dos Poderes, como explica FLÁVIO 
MARTINS (2017, p.1309): 
“O que se convencionou chamar de separação dos Poderes é mais 
propriamente denominado de separação das funções estatais. Isso porque 
o Estado é uno, tendo um único poder, indivisível, portanto. As funções 
exercidas pelo Estado é que são distintas, exercidas por órgãos distintos.” 
Porem a própria Constituição Federal utilizou a nomenclatura “separação dos 
Poderes”, em seu artigo 60, § 4º, III, considerando assim a separação dos Poderes, 
cláusula pétrea. 
O estado criou esse modelo político, o qual tem suas funções divididas e 
delineadas em órgão diferentes e independentes, tendo cada um sua área de 
responsabilidade, que em regra são indelegáveis. Mesmo sendo independentes 
entre si, existe a possibilidade de se relacionarem entre elas, e a doutrina chama de 
checks and balances, mais conhecidos como freios e contrapesos. 
O primeiro a tratar desse assunto em toda a história foi Aristóteles, para ele era 
injusto e perigoso conferir a um só indivíduo o desempenho do poder. 
14 
 
 
 
 
Segundo LENZA (2015, p.842): 
 
“As primeiras bases teóricas para a “tripartição de Poderes” foram 
lançadas na antiguidade grega por Aristóteles, em sua obra Política, em que 
o pensador vislumbrava a existência de três funções distintas exercidas pelo 
poder soberano, quais sejam, a função de editar normas gerais e serem 
observadas por todos, a de aplicar as referidas normas ao acaso concreto 
(administrando) e a função de julgamento, dirimindo os conflitos oriundo da 
execução das normas gerais nos casos concretos”. 
Para ele as funções do Estado eram a deliberativa, executiva e a judiciária. 
Desta forma Aristóteles auxiliou no sentido de identificaro exercício das três funções 
estatais distintas, apesar de exercidas por um único órgão. 
Foi certo que o pensamento de Aristóteles influenciou gerações. No ano de 
1324, Marsílio de Pádua em sua obra O defensor da paz, a qual foi censurada pelo 
Papa Bento XII e Papa Clemente VI, trouxe distinções entre o poder legislativo e o 
executivo, pois afirmava que o poder do papado seria a causa do problema que 
prevalece entre os homens. 
Já no século XVI, na obra de Maquiavel O príncipe, ele afirmava que existiam 
três poderes naquela época, o parlamento (legislativo), o rei (executivo) e um 
independente (judiciário). Maquiavel afirma que essa organização trazia mais 
liberdade e segurança ao rei, que agindo em nome próprio o judiciário poderia 
proteger os mais fracos e assim pouparia o rei de interferir nas disputas, e assim não 
desagradava nenhuma das partes. 
Mas foi no século XVII, que o filósofo John Locke sistematizou a doutrina da 
separação dos poderes. Locke afirmava à existência de quatro funções 
fundamentais, que seriam exercidas por dois órgãos do poder, a função de legislar 
ficaria com o parlamento, a executiva seria exercida pelo rei. Enfraquecendo assim a 
soberania absolutista do monarca, pois onde antes o poder que o rei tinha, de 
executar, legislar e jurisdicionar, ficou restrito ao de poder de executar, e o poder de 
elaborar as leis e de executá-las se encontrava agora em mãos distintas. 
Foi na obra O Espírito das Leis de Charles-Louis de Secondat, conhecido como 
Montesquieu, que se falou em Tripartição de Poderes, onde a teoria de Aristóteles 
foi aprimorada. Segundo Montesquieu tudo estaria perdido de um mesmo homem, 
ou um mesmo corpo de principais ou nobres, ou do Povo, exercesse esses três 
15 
 
 
 
 
poderes. Ele pode contribuir com desenvolvimento do sistema de freios e 
contrapesos, onde era caracterizado como um método de controle recíproco entre 
os poderes que seriam exercidos nos limites que estariam previstos na Constituição. 
E foi a teoria de Montesquieu que importância nas Constituições modernas, de todo 
o mundo. 
Em sua obra relatou MONTESQUIEU (1979, p.149): 
 
“Quando na mesma pessoa ou no mesmo corpo de magistratura o 
Poder Legislativo está reunido ao Poder Executivo, não existe liberdade, 
pois pode-se temer que o mesmo monarca ou o mesmo senado apenas 
estabeleçam leis tirânicas para executá-las tiranicamente. Não haverá 
também liberdade se o poder e julgar não estiver separado do Poder 
Legislativo e do Executivo. Se liberdade dos cidadãos seria arbitrário, pois o 
juiz seria legislador. Se estivesse ligado ao Poder Executivo, o juiz poderia 
ter a força de um opressor. Tudo seria perdido se o mesmo homem ou o 
mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo, exercesse esses 
três poderes: o de fazer leis, o de executar as revoluções públicas e o de 
julgar os crimes ou as divergências dos indivíduos.” 
Sendo assim Montesquieu passou a analisar formas de divisão dos poderes, 
ficando evidente que muito antes da obra de Montesquieu, já havia um esboço da 
teoria da separação dos Poderes. 
A finalidade da separação dos Poderes é preservar a liberdade individual, 
podendo assim combater a concentração de poder em uma única pessoa ou um 
mesmo grupo. Nas palavras de Pedro Lenza pág. 844: “O Estado que estabelece a 
separação dos poderes evita o despotismo e assume feições liberais.” Assim 
estabelecendo um equilíbrio politico, que tenta equilibrar os ricos de abuso de poder. 
Existem diferentes concepções acerca da teoria da separação dos Poderes, 
muitos dos críticos reiteravam que Montesquieu evidenciava somente a divisão de 
poderes, onde o Legislativo, o Executivo e o Judiciário estivessem separados, e não 
a harmonia e o controle de um Poder em relação a outro. Porem existe pensadores 
os quais contestam essa tese, como explica CANOTILHO, pág.: 260: “(...) foi 
demonstrado por Eisenmann que esta teoria nunca existiu em Montesquieu (...). 
Mais do que separação, do que verdadeiramente se tratava era de combinação de 
Poderes”. 
16 
 
 
 
 
É percebível que a maior parte do Estado Moderno adotou a teoria de 
Montesquieu admitindo uma combinação entre os Poderes. 
Nas palavras de LUCIANO DUTRA (2017, p.98): 
 
“Importante destacar que a visão moderna da separação dos 
Poderes não impede que cada um dos Poderes da República exerça 
atipicamente (de forma secundária), além de sua função típica 
(preponderante), funções atribuídas a outro Poder. O Poder Judiciário tem 
por função típica dirimir, em cada caso concreto, as divergências surgidas 
por ocasião da aplicação das leis, ou seja, julgar as lides. Isso não retira a 
possibilidade de exercer a função atípica de legislar (inovar na órbita 
jurídica), elaborando seu regimento interno (art. 96, I, a), bem assim 
administrar as pessoas e bens que integram os seus órgãos. Por sua vez, o 
Poder Legislativo tem por função típica legislar e fiscalizar, exercendo 
atipicamente a função estatal de julgar, decidindo sobre crimes de 
responsabilidades, conforme o art. 52, I e II, bem como administrar a coisa 
pública sob sua gerência. O Poder Executivo, a seu turno, tem por função 
preponderante a administração da coisa pública, o que não retira a 
possibilidade de julgar processos administrativos e legislar, elaborando 
medidas provisórias, leis delegadas e decretos autônomos.” 
Assim, além de suas funções típicas, cada órgão exerce outras funções, que 
são atípicas. Temos, portanto, a divisão entre órgãos que desempenham suas 
funções, mas não a divisão de poderes. Nos dizeres de Pedro Lenza: “o Poder é uni 
e indivisível. O Poder não se triparte. O Poder é um só, manifestando-se através de 
órgãos que exercem funções”. 
Para sermos convenientes e práticos fazemos o uso da expressão “tripartição 
de poderes”, sabendo que o titular do poder é o povo, e o povo o delega por contrato 
a um governo. Pois durante anos o homem foi submisso aos poderes de outros 
homens, e hoje com o nosso Estado Democrático de Direito, estamos sujeito aos 
poderes que nos mesmos ajudamos a criar democraticamente. 
Os pensadores modernos acham necessário existir o equilíbrio de forças entre 
os Poderes, um não podendo se sobrepor ao outro, o dominando ou o 
subordinando. 
Ficou claro então que a teoria da separação dos poderes surgiu para assegurar 
o controle do exercício do poder governamental, para limitá-lo onde não seria 
possível a existência de um governo tirânico e autoritário. 
17 
 
 
 
 
1.3 Divisão dos três poderes e o equilíbrio entre eles 
Percebemos que a intenção de Montesquieu seria a de organizar um 
Estado, qual não se omitisse dos conflitos sociais, impossibilitando que um grupo 
político se sobressaia sobre o outro, a divisão é importante, pois não existe 
democracia sem divisão dos Poderes. 
A teoria da tripartição traz segurança para o cidadão, tendo em vista que logo 
ao inicio da Constituição de 1988, diz que o poder emana do povo e é esse povo 
que exerce sua soberania, por isso para sermos considerados livres, devemos ser 
governados por nos mesmo. 
O poder que emana do povo é exercido por representantes que são eleitos 
pelo povo, sendo assim o titular originário e permanente do poder da República, é o 
povo. 
É através da constituição que o povo tem sua garantia de que todos os seus 
direitos serão respeitados. 
FONTELES (2013, p.9) explica: 
A Soberania popular é direito fundamental do povo e dela emana os 
outros direitos, então a Soberania é dignidade da pessoa humana, 
dignidade do povo. Com a garantia Constitucional de que o povo exerce a 
soberania, e como citado anteriormente que não pode ser alterado nem por 
emenda constitucional a Separação dos Poderes isso traz segurança para o 
cidadão, segurança que significa garantia, firmeza, estabilidade. Assim 
sendo, o cidadão estará protegido de um governo ditatorial. 
 
São o Executivo, Legislativo e o Judiciárioos três poderes, que são 
independentes e harmônicos entre si. E hoje esses poderes estão presentes em 
nossa Constituição Federal de 1988, como podemos observar nos artigos a seguir: 
“Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre 
si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.” 
 
“Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: 
(...) 
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente 
a abolir: 
I - a forma federativa de Estado; 
II - o voto direto, secreto, universal e periódico; 
III - a separação dos Poderes; 
IV - os direitos e garantias individuais.” 
(grifo nosso) 
 
Então a separação dos Poderes é chamada cláusula pétrea, qual não se pode 
alterar nem por meio de emenda constitucional. 
18 
 
 
 
 
Deve existir equilíbrio entre os três poderes, pois assim nenhum saíra 
sobrecarregado, ou mesmo possa interferir no poder do outro, mantendo esse 
equilíbrio o Estado irá exercer sua função diante a sociedade. O poder Legislativo, 
Executivo e o Judiciário deve ser independente, e ter garantias constitucionais, 
essas garantias devem ser invioláveis, sob pena de existir um desequilíbrio entre 
esses poderes, onde acarretaria a desestabilização do Governo, havendo assim o 
despotismo. 
E é o Ministério Público, que mesmo com suas outras importantes funções, 
deve zelar pelo equilíbrio entre os três Poderes, fiscalizando-os, e pelo respeito aos 
direitos fundamentais. 
19 
 
 
 
 
2 A IMPERFEITA SEPARAÇÃO DOS PODERES 
 
Montesquieu não iria acumular em um só órgão o poder de legislar, executar e 
julgar, era nítido esse medo de deixar tudo por conta de um só órgão, pois se assim 
o fizesse não estaríamos em harmonia com um governo democrático. O que 
Montesquieu fez foi atribuir a três órgãos distintos as três funções. 
Tendo cada poder seu órgão, e sua função, atuando assim de forma 
independente e autônoma. 
Muito embora os três poderes forem independentes e harmônicos entre si e 
tendo sido considerado princípio constitucional, percebe-se então que existe certa 
fragilidade desse preceito. Embora pareça ser um sistema rígido, na pratica é muito 
diferente, pois se mostra um sistema mais flexível, onde existem diversos episódios 
de interferência ocorrendo, gerando assim instabilidade no processo democrático. 
JOSÉ AFONSO explica(2011, p.109): 
 
“Hoje o princípio não configura mais aquela rigidez de outrora. A 
ampliação das atividades do Estado contemporâneo impôs nova visão da 
teoria da separação de poderes e novas formas de relacionamento entre os 
órgãos legislativo e executivo e destes com o judiciário, tanto que 
atualmente se prefere falar em colaboração de poderes, que é característica 
do parlamentarismo, em que o governo depende da confiança do 
Parlamento (Câmara dos Deputados), enquanto no presidencialismo, 
desenvolveram-se as técnicas da independência orgânica e harmonia dos 
poderes.” 
O constitucionalista José Afonso ainda discorre sobre a harmonia entre os 
poderes (p.110): 
“A harmonia entre os poderes verifica-se primeiramente pelas normas 
de cortesia no trato recíproco e no respeito às prerrogativas e faculdades a 
que mutuamente todos têm direito. De outro lado, cabe assinalar que nem a 
divisão de funções entre os órgãos do poder nem sua independência são 
absolutas. Há interferências, que visam ao estabelecimento de um sistema 
de freios e contrapesos, à busca do equilíbrio necessário à realização do 
bem da coletividade e indispensável para evitar o arbítrio e o desmando de 
um em detrimento do outro e especialmente dos governados.” 
20 
 
 
 
 
Cada dia vemos o judiciário decidir questões de grandes relevos, podendo 
incorrer no chamado ativismo judicial, esse fenômeno recebe inúmeras críticas, por 
colocar em risco a separação de poderes. 
Temos assim um problema continuo que impulsiona na formação dos poderes, 
gerando certa crise no exercício dos poderes. 
2.1 Sistema de controle entre os poderes 
 
Como já analisado anteriormente, superamos a ideia de prevalência de um 
poder sobre o outro. Percebe-se que existe a necessidade de harmonia e equilíbrio, 
mesmo havendo interferências reciproca em suas funções. 
É a partir de então que se pode pensar em existir certo controle de vigilância de 
um poder sobre o outro, qual seja relativo aos deveres constitucionais de cada 
poder. É ai que pensamos no controle, sendo definido como o exercício e o 
resultado especifica das funções que estão destinados. E podemos dividir esse 
controle em modalidades, sendo elas: cooperação, consentimento, fiscalização e 
correção. 
Entende-se por controle de cooperação, quando existe uma obrigatória 
coparticipação de um poder no exercício de outro poder, onde um poder pode 
interferir de alguma maneira na execução de uma função típica do poder a qual foi 
interferido. Tendo como finalidade dessa interferência a garantia a legalidade quanto 
a legitimidade pertinente aos dois. Como podemos observar nos exemplos de 
MOREIRA NETO: 
“Controle de cooperação do Executivo sobre o Legislativo: as funções 
presidenciais de sanção e de veto de projetos de lei, as de iniciativa 
facultativa de legislação e a competência do Presidente da República de 
nomear um terço dos membros do Tribunal de Contas da União. 
Ao revés, são hipóteses de controle de cooperação do Poder 
Legislativo sobre o Executivo, as competências atribuídas ao Parlamento 
para colaborar obrigatoriamente no exercício de várias funções 
administrativas típicas, como a elaboração de orçamentos, e fixação de 
efetivo das Forças Armadas c a criação de cargos públicos, entre outras 
como as que são atribuídas ao Senado Federal em matéria financeira.” 
O controle de fiscalização é exercido pelo desempenho de suas funções de 
vigilância, exame e sindicância dos atos de um poder sobre o outro. MOREIRA 
NETO explica: 
“Pela fiscalização, o Poder interferente o que desenvolve essa função 
atípica, tem a atribuição constitucional de acompanhar e de formar 
21 
 
 
 
 
conhecimento da prática funcional do Poder interferido, com a finalidade de 
verificar a ocorrência de ilegalidade ou ilegitimidade em sua atuação. 
O controle de fiscalização, na Constituição de 1988 é atribuição 
maciçamente cometida ao Poder Legislativo: como é sabido, tornou-se 
característica dos regimes representativos a dupla missão parlamentar de 
legislar e de fiscalizar. De certa forma essas duas atribuições estão 
estreitamente vinculadas, pois é inegável que o Legislativo deve dispor de 
todas as informações necessárias para desempenhar-se de sua função 
típica. 
Por outro lado, o Poder Legislativo é a instância final da legitimidade, 
como o Poder Judiciário o é da legalidade. Como câmara de ressonância 
dos interesses, anseios e aspirações da Nação, cabe-lhe a permanente 
tarefa de não só transferir a legitimidade para o direito positivo como de 
aferir, sob esse critério, o desempenho dos demais Poderes. Ao Poder 
Legislativo sempre restará, diante das decisões finais de execução dos dois 
outros Poderes que lhe pareçam ilegítimas, não obstante legais, alterar a 
própria lei, de modo que o ilegítimo passe a ser, igualmente, ilegal”. 
O controle de consentimento é realizado diante do desempenho das funções 
atributivas de exequibilidade ou eficácia aos atos do outro poder. E entenderemos 
melhor com a explicação de MOREIRA NETO: 
“Pelo consentimento, o Poder interferente, o que executa essa função 
que lhe é atípica, satisfaz a uma condição constitucional de eficácia ou de 
exequibilidade de ato do Poder interferido, aquiescendo ou não, no todo ou 
em parte, conforme o caso, com aquele ato, submetendo-o a um crivo de 
legitimidade e de legalidade. 
São muitos os exemplos em que se comete ao Poder Legislativo 
funções de interferência em atos do Executivo exigindo consentimento para 
validálos ou aplicá-los.” 
 
 
Por fim, o controle de correção se concretiza no desempenho de funções 
atribuídas a um poder,sustando ou desfazendo atos praticados por um outro poder. 
Podemos perceber que esta é a mais rigorosa das modalidades com a explicação de 
MOREIRA NETO: 
“O Poder Judiciário exerce a função típica do controle corretivo de 
legalidade, mas a Constituição atribui ao Poder Legislativo, como função 
atípica, essa modalidade, não só, em geral, para o controle de legitimidade 
como, em certos casos, para o controle de legalidade. 
Quanto ao Poder Executivo, não tem expresso nenhum poder de 
correção sobre atos dos demais embora disponha de dois instrumentos 
jurídicos de grande expressão: a provocação do Supremo Tribunal Federal 
em ação de inconstitucionalidade e a competência, que lhe tem sido 
reconhecida, para desaplicar lei manifestamente inconstitucional. 
São exemplos de controle de correção atribuídos ao Legislativo, entre 
outros, os seguintes: o julgamento dos responsáveis em caso de ilegalidade 
de despesa ou irregularidade de contas, a rejeição, expressa ou tácita, de 
medida provisória editada pelo Presidente da República e a suspensão do 
estado de defesa, da intervenção federal e do estado de sítio”. 
22 
 
 
 
 
2.1.1 Executivo 
 
A Constituição Federal de 1988 em seu artigo 76 corrobora “O Poder Executivo 
é exercido pelo Presidente da República auxiliado pelos Ministros de Estado.” Então 
foi através desse artigo que a Constituição confiou a Chefia do Executivo ao 
Presidente da República, consagrando o presidencialismo, concentrando assim a 
uma única pessoa a chefia dos negócios do Estado e do Governo. 
A função típica do Executivo é a de administrar a coisa pública, e tem como 
função atípica a de legislar (art. 62) e julgar no contencioso administrativo. 
Montesquieu concebeu ao Poder Executivo como definidor e realizador 
constante da politica de ordem interna e das relações exteriores. 
Como no âmbito federal o executivo é exercido pelo Presidente da República, 
auxiliado pelos Ministros de Estado, no âmbito estadual e distrital esse poder é 
exercido pelo Governador de Estado, sendo auxiliado pelos Secretários de Estado, 
já no âmbito municipal fica conferido ao Prefeito. 
Existe um sistema de pressão o qual é exercido pelo Chefe do Poder 
Executivo, sobre os deputados e senadores para obter uma maioria no Congresso 
Nacional, obtendo êxito assim em votações de matérias de seu interesse. 
Com essa pressão, fica evidente um mecanismo de contrapartida e 
compensações, que são lícitas, mas também algumas ilícitas, pelo jogo de interesse 
e a influencia que um tem sobre o outro. 
Existem também os cargos de critérios políticos, que são aqueles por 
indicação, o cargo de Ministro de Estado é um exemplo, pois é uma indicação sem o 
menor critério de competência, satisfazendo assim os integrantes de alguns 
partidos, para que estes os obedeçam. 
Estão sendo editadas medidas provisórias de forma excessiva, onde a sua 
produção em grande demanda pode ser considerada abuso de poder, por afrontar a 
função típica do Congresso Nacional, que esta prevista no processo legislativo. E 
com isso o Executivo tenta refazer a ordem jurídica, fugindo assim dos parâmetros 
constitucionais. Caracterizando, deste modo, usurpação de competência do 
Legislativo, com violação dos princípios da independência e harmonia dos poderes 
do estado Democrático de Direito. 
23 
 
 
 
 
Assim, além de por vezes invadir área a qual fora reservada ao Legislativo, o 
Executivo, também o faz em relação à competência do Judiciário. 
2.1.2 Legislativo 
 
No Brasil vigora o bicameralismo federativo em âmbito federal, ou seja, o Poder 
Legislativo é bicameral, composto por duas casas: a Câmara dos Deputados e o 
Senado Federal. A Câmara dos Deputados é constituída por representantes do povo 
e o Senado por representantes das ordens jurídicas, ou seja dos Estados-Membros 
e do Distrito Federal. 
Evidenciado no art. 44 da Constituição Federal de 1988, que diz: “o Poder 
Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos 
Deputados e do Senado Federal”. 
Já no Legislativo em âmbito estadual, municipal, distrital e dos Territórios 
Federais, é do tipo unicameral, pois é composta de uma única casa, conforme os 
artigos 27, 29, 32 e 33 § 3º da CF/88. 
Como explica Marcelo Alexandrino (2017, p.426): 
 
“Sabemos que ao Poder Legislativo incumbe, como função precípua, 
a elaboração das leis. Entretanto, o Legislativo não é livre para elaborar leis; 
ele deve obedecer, formal e materialmente, às disposições constitucionais. 
Por isso, a própria Constituição prevê que um outro Poder Executivo, 
aprecie o projeto votado no Legislativo e, caso entenda que ele não se 
coaduna com a Constituição, vete o projeto, impedindo (como regra) que ele 
venha a tornar-se lei. Além disso, a mesma Constituição confere a outro 
Poder, o Judiciário, a atribuição de declarar uma lei inconstitucional, 
afastando sua aplicação em determinado caso, ou mesmo retirando-a do 
ordenamento jurídico.” 
As funções típicas do Poder Legislativo são de legislar e fiscalizar, cabendo a 
ele as regras constitucionais do processo legislativo, elaborando as normas jurídicas 
gerais e abstratas. Já as funções atípicas do Legislativo são as de administrar e 
julgar. 
Assim como os demais Poderes, o Legislativo é autônomo e independente, o 
que garante auto-organização, explicitada na Constituição Federal. 
24 
 
 
 
 
Fica claro que muitos dos integrantes do Legislativo não possuem 
conhecimentos técnicos para o exercício da função legislativa. E o que possuem tal 
conhecimento, nem sempre os usa em favor dos que o elegem. 
2.1.3 Judiciário 
 
O Poder Judiciário é um dos três poderes, qual sua função não consiste 
somente em administrar a Justiça, pois seu mister é ser o guardião da Constituição, 
preservando os princípios. 
Como afirma Alexandre de Moraes (2017, p. 364): 
 
“Assim, é preciso um órgão independente e imparcial para valer pela 
observância da Constituição e garantidor da ordem na estrutura 
governamental, mantendo nos seus papéis tanto o Poder Federal como as 
autoridades dos Estados Federados, além de consagrar a regra de que a 
Constituição limita os poderes dos órgãos da soberania. 
A constituição Federal enumera, no art. 92, os órgãos do Poder 
Judiciário: o Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça (EC 
nº 45/04), o Superior Tribunal de Justiça, o Tribunal Superior do Trabalho 
(EC nº 92/16), os Tribunais e Juízes Militares e os Tribunais e Juízes dos 
Estados e do Distrito Federal e Territórios, disciplinando-os a seguir, com 
ampla independência.” 
A função típica do Judiciário é a jurisdicional, sendo assim, julgar, aplicando a 
lei a um caso concreto, resultante de um conflito de interesses. E suas funções 
atípicas são as de natureza administrativa (art. 96, I, “b” e “f”) e legislativa (art. 96, I 
“a”). 
Pedro Lenza (2015, p. 1180) conceitua jurisdição como “uma das funções do 
estado, mediante a qual este se substitui aos titulares dos interesses em conflito 
para, imparcialmente, buscar a pacificação do conflito que os envolve, com justiça” 
sendo assim o Estado desempenha sua função por meio de processos. 
A autonomia financeira do Judiciário consiste na elaboração de suas propostas 
orçamentarias pelos tribunais, estas que são estipuladas dentro dos limites feitos 
com os demais poderes. Os orçamentos serão encaminhados ao Legislativo que 
poderá aprovar ou não, conforme o acerto com o Executivo. Sendo o Judiciário 
dependente dos repasses do governo. 
25 
 
 
 
 
Os integrantes dos tribunais superiores e do quinto constitucional dos tribunais 
dos Estados e do Distrito Federal são de dependência do Judiciário, escolhido pelo 
chefe do Executivo e para essas escolhas são movimentações políticas feitas por 
troca de favores e pedidos. 
Observa-se então que o Judiciário é desprovido de intenções politicas, onde o 
Executivo ou Legislativo não controla e nem influência o Judiciário.Porém, muitos dos membros do Judiciário, pelos interesses que representam 
detêm de uma vontade constante e insaciável de apropriar-se do controle total do 
poder. 
2.1.3.1 O Supremo Tribunal Federal 
 
O STF é o órgão de cúpula do Poder Judiciário e foi instituído em 1808 no 
período colonial quando era chamado de “Casa da Suplicação do Brasil”, já em 1828 
ficou conhecido como Supremo Tribunal de Justiça, e só na Constituição de 1937 a 
ficou conhecido como Supremo Tribunal Federal. Além de ser o órgão mais antigo, 
ele se encontra no topo da organização judiciária, sendo caracterizado como um 
órgão superior de cúpula do Poder. 
O STF compõe-se de onze ministros, escolhidos dentre pessoas de notável 
saber jurídico e reputação ilibada, que são nomeados pelo Presidente da República, 
depois da escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. 
Artigos 84, inciso XIV; e artigo 101 da Constituição Federal: 
 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: 
(...) 
XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do 
Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de 
Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do 
banco central e outros servidores, quando determinado em lei; 
(...) 
 
Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, 
escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta 
e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada. 
26 
 
 
 
 
Parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão 
nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha 
pela maioria absoluta do Senado Federal. 
Estabelecendo assim um vínculo indesejado entre o ministro indicado e o 
Presidente da República que o indicou. Este vínculo acaba por ferir, fatalmente, a 
independência e imparcialidade que necessitaria ter, todo o juiz, na hora de julgar. 
A função básica do STF é a de tutelar a Constituição Federal, conforme diz o 
artigo 102 da CF/88 “Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a 
guarda da Constituição”. As competências do STF estão enumeradas nos arts. 102 
e 103 da Constituição Federal, podendo ser divididas em competências originárias e 
competência recursal. 
Além do controle de constitucionalidade, a atividade fundamental para o Estado 
Democrático de Direito e que deve ser exercido com cautela, o STF atua em 
diversas searas, entre elas a recursal. 
Os Poderes Executivo e Legislativo em sua função de produção normativa, de 
legislar, não ficam vinculados a decisões do STF, visando impedir a ocorrência do 
fenômeno de fossilização da Constituição. 
Portanto, mesmo que o STF declare uma determinada lei inconstitucional, o 
Poder Legislativo pode editar nova lei com idêntico teor daquela que outrora fora 
declarada inconstitucional pela Corte, ou ate mesmo o Presidente da República 
editando uma medida provisória com o mesmo teor da lei. 
 
2.3 O Ministério Público 
 
Foi necessário um sistema que garantisse ao Estado o exercício de funções. 
Buscando o aperfeiçoamento do processo democrático, e o constituinte de 1988 ao 
perceber essa necessidade de criar um órgão para essa função de fiscalização, 
assim o fez. 
Sabe-se que o Poder Judiciário não age por iniciativa própria, 
independentemente de provocação, em razão do princípio da inércia. Apesar de o 
Ministério Público ser imprescindível para o perfeito funcionamento da justiça, ele 
não integra o Poder Judiciário, muito pelo contrário, o circundam externamente, 
tendo como objetivo tornar factível à prestação jurisdicional. 
27 
 
 
 
 
Muito embora o Ministério Público não seja um quarto poder, é um órgão 
autônomo essencial para a democracia. O conceito é dado pelo artigo 127, caput: “o 
Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do 
Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos 
interesses sociais e individuais indisponíveis”. 
Existe na doutrina quem entenda em sentido diverso, vinculando a instituição 
ao Poder Executivo, é assim que entende José Afonso da Silva (2011, p.598): 
“(...) não é aceitável a tese de alguns que querem ver na instituição 
um quarto poder do Estado, porque suas atribuições, mesmo ampliadas aos 
níveis acima apontadas, são ontologicamente de natureza executiva, sendo, 
pois uma instituição vinculada ao Poder Executivo, funcionalmente 
independente, cujos membros integram a categoria dos agentes políticos, e, 
como, tal, hão de atuar com plena liberdade funcional, desempenhando 
suas atribuições com prerrogativas e responsabilidades próprias, 
estabelecidas na Constituição e em leis especiais.” 
Para exercer sua função, o Ministério Público necessita de autonomia em 
relação aos outros órgãos ou poderes, ocorrendo o mesmo com os Tribunais de 
Conta, mesmo sendo formalmente vinculados ao Legislativo. 
Segundo Alfredo Valladão (1973, p.25): 
 
O Ministério Público se apresenta como uma figura de um 
verdadeiro Poder do Estado. Se Montesquieu tivesse escrito hoje o 
“Espírito das Leis”, com segurança não havia sido tríplice se não 
quádrupla a divisão dos Poderes. Um órgão que legisla, um que executa, 
um que julga, devendo existir, também, um que defenda a sociedade e a 
lei ante a Justiça parta a ofensa de onde partir, é dizer, dos indivíduos ou 
dos próprios Poderes do Estado 
Além de garantir e fiscalizar a Separação dos Poderes, o legislador conferiu ao 
Ministério Público funções de resguardo ao status constitucional dos indivíduos, 
assim sem o Ministério Público não existiria prestação jurisdicional. 
 
2.3 A problemática entre os poderes 
 
O império foi degradado e o Brasil passou a ser uma república presidencialista, 
e seu aparato políticos e procedimentais foram divididos em três poderes. De acordo 
ao que esta transcrita em nossa Constituição os três poderes, deveriam, em tese, 
28 
 
 
 
 
viver em uma harmonia, garantindo um bom funcionamento do Brasil e a 
aplicabilidade da legislação. 
A sintonia entre os poderes anda abalada, resultando desentendimento entre 
eles, sendo esses desentendimentos por polêmicas e confusões entre os limites de 
atuação de cada parte e isso vem causando constantes trocas de farpas entre seus 
representantes. Muito embora a harmonia entre os poderes se construa por meio de 
conflitos e embates, mas não de forma exacerbada. 
Não é de agora que começaram a existir conflitos entre poderes, na historia 
republicana já existia embates entre eles, desde a República Velha, a qual teve seu 
ápice durante os governos militares. Porém só agora as divergências estão 
envolvendo os três poderes simultaneamente. 
Foi após quatro anos da instauração da República, que o presidente na época 
Floriano Peixoto enfrentou um embate com o Judiciário. Contrariando a Corte, a qual 
na época era chamada de Supremo Tribunal de Justiça, Floriano inviabilizou o 
funcionamento do Tribunal, onde deixou de promover indicações das cadeiras que 
estavam vagas, um terço dos 15 postos ficaram vagos e a solução foi suspender as 
sessões por falta de quórum. Após esse episodio o Legislativo começou a rejeitar 
nomes que eram indicados pelo Chefe do Executivo. 
Houve inumes outras disputas entre Legislativo e Executivo, entre o Executivo 
e o Judiciário, mas foi agora que o embate entre os três Poderes ficou complicado, 
criando assim uma tensão não só entre eles, mas também o Ministério Público e o 
Supremo Tribunal Federal. 
Há algum tempo as brigas internas se tornaram cada vez mais frequentes, 
tendo tido cada vez mais repercussão nos noticiários e na agenda pública, causando 
assim insegurança jurídica, sendo assim um reflexo direto de como a crise política 
afetou os três Poderes, foi falado até em uma possível guerra entre os Poderes, 
onde todos querem sair por cima e o partidarismo e interesses nacionais se 
sobrepõe ao bem comum,e quem está perdendo com essa “guerra” é a nação. 
A crise pela qual passa o país, no que diz respeito aos casos de corrupção 
descobertos entre políticos e a consequente crise da democracia é devida a 
desarrumação do princípio da separação dos poderes. 
29 
 
 
 
 
Mesmo de forma lenta, o Brasil esta em recuperação de economia e os três 
Poderes precisam assumir seus postos, afinal sempre foi o objetivo daqueles que 
marcharam pela República Presidencialista, que hoje esta um caos. 
30 
 
 
 
 
3 A INSEGURANÇA JURÍDICA 
 
3.1 Surgimentos do ativismo judicial 
 
Como podemos abordar diante da historia, muitos doutrinadores tem suas 
concepções de quando surgiu o chamado ativismo judicial. 
Para Luiz Roberto Barroso, o ativismo surgiu em uma época de profundas 
revoluções. 
“As origens do ativismo judicial remontam à jurisprudência 
norteamericana. Registre-se que o ativismo foi, em um primeiro momento, 
de natureza conservadora. Foi na atuação proativa da Suprema Corte que 
os setores mais reacionários encontraram amparo para a segregação racial 
(Dred Scott v. Sanford, 1857) e para a invalidação das leis sociais em geral 
(Era Lochner, 1905-1937), culminando no confronto entre o Presidente 
Roosevelt e a Corte, com a mudança da orientação jurisprudencial contrária 
ao intervencionismo estatal (West Coast v. Parrish, 1937). A situação se 
inverteu completamente a partir da década de 50, quando a Suprema Corte, 
sob a presidência de Warren (1953-1969) e nos primeiros anos da Corte 
Burger (até 1973), produziu jurisprudência progressista em matéria de 
direitos fundamentais, sobretudo envolvendo negros (Brown v. Board of 
Education, 1954), acusados em processo criminal (Miranda v. Arizona, 
1966) e mulheres (Richardson v. Frontiero, 1973), assim como no tocante 
ao direito de privacidade (Griswold v. Connecticut, 1965) e de interrupção 
da gestação (Roe v. Wade, 1973).” 
Ainda complementa, Barroso: 
 
“Ativismo judicial é uma expressão cunhada nos Estados Unidos e 
que foi empregada, sobretudo, como rótulo para qualificara atuação da 
Suprema Corte durante os anos em que foi presidida por Earl Warren, entre 
1954 e 1969. Ao longo desse período, ocorreu uma revolução profunda e 
silenciosa em relação a inúmeras práticas políticas nos Estados Unidos, 
conduzida por uma jurisprudência progressista em matéria de direitos 
fundamentais (...)Todavia, depurada dessa crítica ideológica – até porque 
pode ser progressista ou conservadora – a ideia de ativismo judicial está 
associada a uma participação mais ampla e intensa do Judiciário na 
concretização dos valores e fins constitucionais, com maior interferência no 
espaço de atuação dos outros dois Podere” 
31 
 
 
 
 
O ativismo judicial seria uma afronta à Separação dos Poderes, usurpando as 
funções da legislatura ou da autoridade administrativa. 
Para Cláudia Toledo: 
 
Embora a expressão ativismo judicial não possua conceito unívoco, 
muitas vezes se confundindo com uma atividade positiva do poder judiciário, 
o mais adequado é a não confusão entre os termos “ativismo” e “atuação” 
judicial. Já por sua origem etimológica, o sufixo “ismo” é frequentemente 
associado a uma conotação negativa, motivo por que se entende pertinente 
tratar o ativismo judicial não como qualquer atuação do judiciário, mas como 
sua atuação excessiva, da qual resulta ingerência judicial indevida na 
competência dos demais poderes do Estado. 
Continuando Cláudia Toledo entende que: 
 
A relação entre ativismo judicial e o princípio da separação dos 
poderes, princípio formal basilar ao Estado de Direito, é notória. Por esse 
princípio, o poder do Estado é uno, sendo seu exercício tripartido para sua 
maior eficiência. Para que não haja nem abuso de poder, nem omissão no 
seu exercício, o princípio da separação dos poderes tem, como seu 
elemento integrante, o sistema de freios e contrapesos. Por esse sistema, 
os poderes estatais exercem controle recíproco entre si, ou seja, a cada 
poder é atribuída não somente uma competência própria e originária, mas 
também o dever controle sobre os outros poderes. 
O contrário de ativismo é a autocontenção judicial, essa se da quando o 
Judiciário tenta reduzir sua interferência nas ações dos outros Poderes. Por isso, 
juízes e tribunais tendem a evitar a aplicação direta da Constituição a situações que 
não estejam em âmbito de incidência expressa, aguardando assim o 
pronunciamento do legislador ordinário. 
O ativismo judicial tenta arrebatar o máximo das potencialidades do texto 
constitucional, sem invadir tanto o campo da criação livre do Direito. A 
autocontenção restringe o espaço de incidência da Constituição em favor das 
instâncias tipicamente políticas. 
É ai que evidencia que os juízes não são agentes políticos, eleitos pelo povo, 
que possam carregar legitimidade para decidir a vontade da população. Acontece 
que essa legitimidade esta servindo para assegurar as regras do jogo democrático, 
propiciando assim a participação ampla e o governo da maioria. 
32 
 
 
 
 
3.2 Ativismo judicial versus judicialização da política 
 
Para Luiz Roberto Barroso (2009, p.6): 
 
“A judicialização e o ativismo judicial são primos. Vêm, portanto, da 
mesma família, frequentam os mesmos lugares, mas não têm as mesmas 
origens. Não são gerados, a rigor, pelas mesmas causas imediatas. A 
judicialização, no contexto brasileiro, é um fato, uma circunstância que 
decorre do modelo constitucional que se adotou, e não um exercício 
deliberado de vontade política. Em todos os casos referidos acima, o 
Judiciário decidiu porque era o que lhe cabia fazer, sem alternativa. Se uma 
norma constitucional permite que dela se deduza uma pretensão, subjetiva 
ou objetiva, ao juiz cabe dela conhecer, decidindo a matéria. Já o ativismo 
judicial é uma atitude, a escolha de um modo específico e proativo de 
interpretar a Constituição, expandindo o seu sentido e alcance. 
Normalmente ele se instala em situações de retração do Poder Legislativo, 
de um certo descolamento entre a classe política e a sociedade civil, 
impedindo que as demandas sociais sejam atendidas de maneira efetiva.” 
Com a Constituição de 1988 o Brasil passou por uma revolução na ordem 
jurídica, inovando direitos que já estavam constituídos e trazendo mecanismos 
novos para garantia do seu cumprimento. 
Os poderes do Judiciário foram ampliados com o advento da Constituição de 
1988, e assim puderam participar de forma mais presente na realização dos 
fundamentos constitucionais, onde pode envolver um relacionamento bem maior 
entre o direito e a política. 
Podemos entender que a Judicialização da politica é um fato o qual se vive no 
atual cenário jurídico, e o ativismo judicial seria uma atitude do Poder Judiciário, que 
tem enfoque no STF, onde passa a utilizar os fundamentos da Constituição em sua 
atuação, e muitas vezes vem a ser acusado de intervir na função de outros dois 
poderes. 
Em nosso ordenamento podemos concluir que política e Direito estão ligados 
diretamente, assim quando a política não oferece a concretização ou produção 
normativa em forma de direito consolidado, terá que recorrer ao Poder Judiciário, 
para assim fazer valer o que está previsto em nossas normas. 
Para Barroso: 
33 
 
 
 
 
“Direito é política no sentido de que (i) sua criação é produto da 
vontade da maioria, que se manifesta na Constituição e nas leis; (ii) sua 
aplicação não é dissociada da realidade política, dos efeitos que produz no 
meio social e dos sentimentos e expectativas dos cidadãos; (iii) juízes não 
são seres sem memória e sem desejos, libertos do próprio inconsciente e 
de qualquer ideologia e, conseqüentemente, sua subjetividade há de 
interferir com os juízos de valor que formula. A Constituição faz a interface 
entre o universo político e o jurídico, em um esforço para submeter o poder 
às categorias que mobilizam o Direito, como a justiça, a segurançae o bem- 
estar social. Sua interpretação, portanto, sempre terá uma dimensão 
política, ainda que balizada pelas possibilidades e limites oferecidos pelo 
ordenamento vigente.” 
Assim caracterizamos o ativismo judicial como sendo um modo especifico e 
proativo onde irá interpretar a constituição, com a expansão de seu sentido e 
alcance, sem interferir no campo da criação do livre direito. 
A tensão que existiu entre o Executivo para com o Judiciário, com a 
transferência do Estado Social para o Estado democrático de Direito, com a 
constituinte de 1988, após a segunda guerra mundial, a legitimação dos direitos 
humanos e a influência dos sistemas americanos e europeu contribuiu para a 
concretização da judicialização da política no Brasil. 
A judicialização da política trata de uma questão social, onde a legitimação de 
direitos e regulamentação constitucional que desaguarão no Judiciário, não depende 
deste para que isso ocorra. 
Como o Judiciário teve seu papel ampliado no pós-constituinte de 1988, ele 
pode revogar atos de outros poderes, possibilitando a interpretação de estender a 
sentença baseando nos princípios e fundamentos constitucionais. Assim o problema 
do ativismo judicial envolve o exercício do controle de constitucionalidade e a 
existência de omissão legislativa. 
Porem uma das causas que pode ter contribuído para o ativismo judicial, 
seriam a inercia dos outros três poderes, e assim o juiz conduzia o processo tendo 
total autonomia e eficácia para realizar a lide. 
O ativismo no Brasil é caracterizando pela adoção de um modelo que não é 
seu, o qual foi importado dos Estados Unidos, e assim o utilizando de forma 
34 
 
 
 
 
despojada do contexto de seu surgimento. Assim o instituto do ativismo não funciona 
no Brasil da forma que deveria. 
É comprometida a democracia com ativismo judicial, onde através dos 
valores, juízes e tribunais se desvinculam da legalidade, abrindo assim ao julgador a 
escolha da aplicação dos princípios que serão colocados em colisão. 
Atualmente, observamos o crescimento do ativismo no Judiciário, mas os 
poderes devem ser distribuídos na tripartição, pois para serem garantidos os direitos 
fundamentais se faz necessário existir o equilíbrio entre eles, assim respeitando a 
democracia e prevalecendo a vontade do povo. 
3.3 Disputa entre os poderes e o equilíbrio afetado 
 
Temos como pilar da democracia a separação dos poderes, porém a crise 
política e econômica que está assolando o país criou alguns pontos de atrito entre 
os poderes. 
Conflitos entre os poderes durante a história do Brasil, revelaram que 
instabilidades que estabeleceram ditaduras e foram iniciadas por conta dessas 
disputas institucionais. Mesmo com inúmeros conflitos na historia, alguns 
consolidaram e fortaleceram a estabilidade do arranjo entre os poderes. 
O que ocorre na prática é um jogo de interesses políticos, onde marcam 
desacordos e disputas que ocorrem entre os Poderes e até mesmo dentro de cada 
um deles. 
Um país democrático, a partir desse conflito, percebemos que algumas 
decisões se tornam extremamente exacerbada de um poder sobre o outro, do 
ativismo que não cabem a certo Poder. Onde se deve ter limites, para assim por em 
prática a democracia, o primeiro passo é ter ciência sobre a fragilidade desta mesmo 
democracia. 
E nessas disputas de quem pode mais entre os poderes, o que fica claro é que 
cada um quer garantir sua impunidade e manter seus superpoderes intactos, e 
enquanto isso tenta acordos buscando seus benefícios e quem sofre é o povo, 
vivendo nessa instabilidade política. 
Existiram e existem diversos momentos complicados de conflitos e mudanças 
que estão acontecendo em instâncias diferentes. Temos como exemplo diversos 
35 
 
 
 
 
casos, ocorreu entre o Executivo e o Legislativo um embate que culminou no 
impeachmet da Dilma Rousseff, outras series de conflitos acontecendo no Judiciário 
e outro níveis, além das disputas de caráter político e institucional. 
No Judiciário temos como exemplo uma corte institucional, que tem como 
função tirar dúvidas de questões de natureza mais estruturante e constitucional, 
passando a influenciar no dia a dia. 
Foi dado ao Judiciário bastante poder, após a promulgação da Constituição 
Federal de 1988, o Judiciário ficava mais contido, após certo tempo ele passou a 
exercer um poder político. 
O que de fato tem acontecido é que os Poderes que sempre de consideram 
políticos, começaram a judicializar as questões politicas. Quando uma minoria perde 
uma decisão deliberativa no Legislativo, ela judicializa, entrando com um mandado 
de segurança, ou uma ADI, e assim o vencido em votações políticas começaram a 
recorrer ao Supremo, dizendo que está havendo uma violação a Constituição. 
Acontece que o que deveria existir que é a democracia, onde o Congresso 
Nacional deveria intervir com diálogos, ele está fazendo de maneira incompleta, e 
acabam surgindo dúvidas e questões que envolvem o STF, onde será o Supremo 
que terá que mediar esta discursão e ai voltou à dinâmica dos “políticos de toga”. 
E depois de tantas questões serem levadas ao Supremo, por ser o guardião da 
Constituição, foi aberto um espaço para que eles reconfigurassem seu papel. É 
visto como desrespeito a nossa Corte Suprema, ter essa linha divisória entre as 
funções de dois poderes, pois o STF passou a atuar como legislador positivo e 
assim praticando o ativismo judicial, destruindo assim o equilíbrio entre os poderes. 
Quem deve criar o direito positivo é o Poder Legislativo, através de normas e 
qualquer outro poder sendo legislador positivo afronta ao princípio democrático. O 
Brasil passa por um período de degradação da democracia, onde o órgão superior 
juridicamente alarga demasiadamente o limite de sua própria jurisdição. E assim 
percebe-se que eles têm usurpado a competência legislativa do Congresso Nacional 
por meio de um ativismo judicial desenfreado. 
Exemplos de embates que trouxeram o desequilíbrio entre os poderes podem 
ser listados: 
36 
 
 
 
 
Entre o Executivo e o Judiciário podemos listar como exemplo quando o STF 
proibiu que membros do Ministério Público pudessem exercer cargos fora da 
instituição, decisão essa que impediu que Wellington César Lima e Silva, que foi 
nomeado duas semanas antes pela presidente na época Dilma Rousseff para o 
cargo de ministro da justiça ficasse na pasta. Outro exemplo foi quando o Ministro do 
STF Gilmar Mendes barrou a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva 
para a chefia da Casa Civil do governo Dilma, o ministro avaliou que a medida tinha 
como intuito de obstruir a justiça. 
No Legislativo e Executivo temos como exemplo quando o governo orientou 
parlamentares do PT a votar pela abertura do processo de cassação do presidente 
da Câmara que estava envolvido no esquema da Lava-Jato. O Eduardo Cunha 
retaliou a presidente Dilma no mesmo dia, aceitando assim um dos pedidos de 
abertura do processo de impeachment, além disso Eduardo Cunha determinou 
agilidade no processo de impeachmet da Dilma, abrindo sessões nas segundas e 
sextas no Congresso, o que não é comum no Parlamento brasileiro. 
Isso porque a época em que o Eduardo Cunha fez campanha para a 
presidência da Câmara, não contou com o apoio de Dilma, depois desse episodio os 
confrontos forram recorrentes. 
Já entre o Legislativo e o Judiciário, o STF decidiu suspender a comissão 
formada para analisar o impeachment da então presidente Dilma, e os ministros 
definiram um rito para o processo e deram poder ao Senado para decidir sobre o 
afastamento da presidente. 
Após esses fatos, muitos outros aconteceram, em 2015 a prisão de Delcídio do 
Amaral, em 2016 a saída de Eduardo Cunha, em 2016 quando a presidente do STF 
Carmén Lúcia se recusou a participar de uma reunião com os presidentes dos três 
poderes, e assim sucederam inúmeros outros casos. 
Vimos que ao Legislativo cabe a edição denormas gerais e impessoais, assim 
estabelecendo um processo para a elaboração destas normas, onde o executivo tem 
uma importante participação, seja pela iniciativa das leis ou pela sanção, e até 
mesmo pelo veto. Mas essa iniciativa do Executivo é compensada pela prerrogativa 
que o Congresso Nacional tem em poder alterar os projetos por meio de emendas e 
podendo ate rejeitá-los. Então o Chefe do executivo, por sua vez, que tem o poder 
37 
 
 
 
 
de veto, poderá aplicar aos projetos de iniciativa do Legislativo (Deputados e 
Senadores), com relação as emendas aprovadas e projetos de sua iniciativa. Por 
outro lado, o Congresso, com voto da maioria absoluta de seus membros, detém do 
direito de rejeitar o veto, sendo assim o Presidente do Senado poderá promulgar a 
lei nos casos em que o Chefe do executivo não o fizer no prazo previsto em lei. 
Nos casos dos tribunais, esses não podem interferir no Legislativo, mas são 
autorizados a declarar a inconstitucionalidade das leis, retirando assim a validade, a 
vigência e a eficácia desta lei, assim exercendo seu papel de guardião da 
Constituição, sendo portando o legislador negativo. Já o Judiciário, incluindo o STF, 
não pode ser o legislador positivo, suprindo o Poder Legislativo, sempre que este 
não produza a norma permitida ou exigida pela CF. 
Por sua vez o Presidente da República não pode intervir na atividade 
jurisdicional, em compensação os ministros dos tribunais nomeados por ele, 
dependem de um controle do Senado, que deve aprovar a indicação. 
Resta claro que com a evolução do Estado moderno, a tripartição dos poderes, 
se tornou insuficiente tendo em vista a necessidade de controle democrático. 
Embora a Constituição não tenha dito em seu texto que o Ministério Público seja um 
quarto poder, lhe concedeu autonomia funcional e qualquer poder que tente 
subordinar a função de fiscalização do Ministério Público, será uma medida de 
reduzir o controle democrático, até mesmo da própria constituinte, 
E assim percebemos algumas manifestações do chamado freios e 
contrapesos. Os três poderes, devem se subordinar ao princípio da harmonia, tendo 
em vista que a desarmonia de dá sempre que se aumenta atribuições, faculdades e 
prerrogativas de um em detrimento de outro. 
3.4 A busca pelo reequilíbrio 
 
Sabe-se que de vez em quando o Executivo terá que legislar, ou o legislativo 
eventualmente terá que julgar, tais sobreposições dinâmicas irão acontecer, porém 
teremos o sistema de freios e contrapesos e uma divisão funcional entre eles. 
Para que possamos reestruturar a divisão dos Poderes, temos que utilizar 
como fundamentação dois elementos, um seria a especialização funcional e o outro 
a independência orgânica. 
38 
 
 
 
 
A especialização formal seria a independência manifestada pela inexistência de 
qualquer meio de subordinação de um poder sobre o outro, já a independência 
orgânica cada órgão seria especializado no exercício de uma função. 
Como vimos em nosso artigo 2º da Constituição Federal, não nos resta dúvidas 
de que as funções são indelegáveis, e cada um dos Poderes exercendo sua função 
com harmonia e independência em relação aos demais. 
Podemos perceber que no quarto titulo da Constituição dispõe sobre a 
organização dos poderes, expressando as funções típicas e atípicas de cada um 
deles. Temos que nossa Carta Magna expressa e admite delegação ou admitindo 
que um Poder possa exercer função alheia, sendo assim, atípica. 
Com essa separação das atividades estatais, é perceptível que não existe uma 
separação absoluta entre os três Poderes, e eles legislam, administram e julgam, 
onde a função típica de um órgão é a atípica de outros, sabendo que o aspecto da 
tipicidade se dá com preponderância. 
Onde o Executivo tem a atribuição de conduzir um país, e o Presidente é o 
natural poder deste governo, decidindo assim sobre conflitos do país, sempre que 
necessário. É necessário limite para o exercício deste poder, pois o homem que tem 
poder muitas das vezes abusa dele, e o Executivo não pode abusar do poder, pois 
abusando estaria violando o princípio da democracia. 
O estado tem que acompanhar as transformações, e se adequar a elas, não 
assistindo tudo de forma pacifica. Devendo ter como seu papel principal sua 
responsabilidade, tendo mais responsabilidade, assim encarando novos desafios, ao 
contrário irá perder muito mais a confiança da sociedade. É preciso reorganizar os 
Poderes. 
Para Montesquieu: 
 
O Direito Positivo é formulado pelo homem aplicando a razão. Mas o 
homem, nessa formulação, não age só pela razão, pelo raciocínio teórico, 
arbitrariamente. Tem de atender às condições de vida do seu povo. Tem de 
ater-se a todas as condições. Com lógica. 
A independência a harmonia que deve haver entre os poderes, para existir, 
cada Poder deverá seguir fielmente o seu papel, onde o Executivo irá governar 
observando as leis, o Legislativo fiscalize o executivo e cumpra seu papel que é 
39 
 
 
 
 
legislar de forma clara, e o Judiciário julgue as lides na forma da lei e em 
determinado tempo, não fazendo a sociedade esperar tanto. 
Sendo assim seria necessário que os Poderes fossem exercidos para a 
população, como o poder tendo ao abuso, ele deve ser repartido, havendo assim 
uma segurança jurídica para o povo. 
40 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
Concluímos que o Estado é um conjunto de indivíduos, o povo, que estão 
estabelecidos em um território onde obedecem a um governo soberano. E para ser 
considerado Estado deve ser reunido três elementos: povo, território e um governo. 
A formação e evolução do Estado trouxeram conquistas individuais e sociais da 
humanidade onde foram criados instrumentos e mecanismos que pudessem trazer 
direitos e garantias concretos do povo e do estado. 
A teoria da tripartição dos Poderes de Montesquieu influenciou em nosso 
sistema Constitucional, garantindo segurança a população brasileira. Essa teoria 
aplacou eventuais excessos do regime absoluto, no qual apenas o governante era 
detentor dos poderes do Estado. 
A teoria da tripartição dos poderes teve inicio em Montesquieu, mesmo que 
tenha antes sido comentada por Aristóteles, posteriormente por Locke, mas 
Montesquieu melhorou a especificação dela. 
A Constituição Federal de 1988 trouxe em seu texto a teoria da tripartição dos 
Poderes, na organização deles, dentro do sistema brasileiro. A Separação dos 
Poderes é um princípio previsto no artigo 2º de nossa Carta Magna. 
Em nosso sistema político, os poderes Executivo, Legislativo e o Judiciário, 
estão buscando seu poder político, porém um poder se torna refém do outro, por ao 
mesmo tempo serem autônomos entre si, dependem um do outro de certa forma. 
Vimos que o Ativismo Judicial vem crescendo ao tempo em que o Poder 
Judiciário efetiva através de ações. A todos os momentos tem sido observado 
decisões ativista, onde representa tamanha violação ao regime democrático de 
direito e também aos princípios constitucionais da soberania popular e da separação 
de poderes, os quais estão expressos na Constituição Federal. 
Certa anomalia precisa ser corrigida por mecanismos que fomentem o diálogo 
institucional entre os Poderes. Portando deve suprimir qualquer parcela, por menor 
que seja, da competência dos Poderes Públicos. 
Conclui-se que os poderes deveriam ser independentes, porém não podemos 
negar que existe a necessidade de controle mútuo, para que tenha um melhor 
41 
 
 
 
 
desempenho de prerrogativas constitucionais. A sociedade tem que se conscientizar 
que deve participar na realização das atividades estatais. 
42 
 
 
 
 
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