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Anatomia Tegumentar e Locomotora

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SIMONE TEIXEIRA RODRIGUES
UNIDADE 2
2
HIPODERME OU TECIDO CELULAR SUBCUTÂNEO
A pele está ancorada ao tecido subjacente (músculo ou osso) pela “hipoderme”. 
Devemos pontuar que o termo “hipo” traz um significado de “abaixo ou está abaixo”. 
Enquanto ao termo conhecido por tecido subcutâneo, pode-se entender que “sub” significa “embaixo de” e cutâneo como “pele”, uma camada puramente solta de tecido conectivo (PORTH; KUNERT, 2004).
O tecido celular subcutâneo também chamado de “tecido adiposo” é originário do mesoderma, possui também funções de proteção, mas se destaca como principal atuação em realizar armazenamento energético, isolamento térmico, além de determinar a harmonia da forma das regiões do corpo e a lisura da sua superfície (GUYTON; HALL, 2017).
A camada de tecido subcutâneo, na visão de Porth e Kunert (2004), consiste, principalmente, em gordura e tecido conjuntivo que presta suporte ou auxílio às estruturas vasculares e neurais que surgem nas camadas externas da pele. 
Algumas literaturas sinalizam controvérsias quanto ao tecido subcutâneo pertencer a um terceiro espaço ou ser uma camada de tecido, mesmo mantendo uma estreita relação funcional com a derme e a difícil distinção entre os limites das duas estruturas. Entretanto, como existe um conjunto de glândulas e folículos
 pilosos profundos que se estendem junto a camada da pele, o ser humano está sujeito a 
apresentar diversas doenças de pele, por exemplo, a foliculite.
Este grupo de tecido corresponde a 20-25% do peso corporal em mulheres e 15-20% em homens, considerando-se o indivíduo dentro do peso normal. 
Quanto aos tipos de tecido adiposo, estes são classificados considerando alguns critérios como a pigmentação da gordura armazenada e sua forma de organização. 
Existem basicamente duas categorias: 
o grupo de tecido adiposo unilocular e de tecido adiposo multilocular. 
Cada uma das variedades de tecido adiposo apresenta diferenças:
 Seja no ponto de vista fisiológico, distribuição corpórea, estrutural e/ou patológica (PORTH; KUNERT, 2004).
Porth e Kunert (2004) apontam acerca do grupo de “tecido adiposo unilocular”, o nome deste tipo de tecido adiposo se dá devido ao fato de que suas células apresentam uma gotícula de gordura predominante que preenche praticamente todo o seu citoplasma.
 Irrigado significativamente por vasos sanguíneos, este tipo de tecido também é conhecido como tecido adiposo comum ou amarelo, embora sua cor varie entre o branco e o amarelo-escuro.
 É o tecido que forma o panículo adiposo (gomos sobre gomos), uma camada de gordura disposta sob a pele, a qual possui responsabilidade de absorver impactos e atuar como isolante térmico. 
Em recém-nascidos, este tipo de tecido adiposo é de espessura uniforme; nos adultos, a distribuição é regulada por hormônios, e o acúmulo se dá em determinadas posições.
Com relação ao “tecido adiposo multilocular”, esse grupo de tecido possui como principal função, gerar calor.
 É formado por células que possuem vários vacúolos (inúmeras gotículas) de gordura e várias mitocôndrias. Em recém-nascidos, este tipo de tecido também é abundante e muito importante para protegê-los de condições climáticas como o frio. 
Quanto ao seu aspecto, possui cor castanha devido à abundante vascularização e ao grande número de mitocôndrias existentes no seu interior (GUYTON; HALL, 2017).
Quando o acesso a nutrientes no meio ambiente é insatisfatório, os mamíferos são capazes de estocar o excesso de calorias consumidas e não requisitadas para suprir suas necessidades metabólicas imediatas, por meio de lipídios ( triglicerídeos), proteínas e carboidratos (glicogênio).
 Os lipídeos, por serem hidrofóbicos, podem ser armazenados em grandes proporções dispensando a participação da água para dissolvê-la, contendo por unidade de massa mais do que o dobro de energia armazenada que os outros dois componentes (proteínas e carboidratos), fornecendo mais energia metabólica quando oxidados. 
Dessa forma, o tecido adiposo se torna a principal fonte energética do organismo na condição de reservatório
A hipoderme ou tecido subcutâneo localiza-se abaixo da derme, portanto, é uma profunda camada de tegumento.
Ela é formada por tecido conjuntivo e representa entre 15% a 30% do peso corporal.
A ligação entre a derme e a hipoderme é garantida por fibras de elastina e colágeno. A espessura da hipoderme varia de acordo com a região do corpo e sexo do indivíduo.
Porém, é importante destacar que a hipoderme não é considerada uma das camadas da pele, mesmo mantendo uma estreita relação funcional com a derme e da difícil distinção entre os limites das duas estruturas.
Função
A hipoderme apresenta importante funções para o organismo, das quais destacam-se:
Reserva de energia: o tecido adiposo armazena energia que pode ser utilizada pelo corpo em momentos de necessidade. Em casos de jejuns prologados, por exemplo, o organismo utilizará a energia acumulada no tecido adiposo.
Defesa contra choques físicos: protege os órgãos e ossos, servindo para "acolchoar" essas estruturas e amortecer contra traumas físicos. Ao mesmo tempo, também modela o corpo.
Isolante térmico: a camada de tecido subcutâneo contribui para regular a temperatura corporal. Por exemplo, uma camada de tecido adiposo protege o corpo contra o frio. Esse processo é conhecido por termo regulação.
Conexão: a hipoderme conecta a derme aos músculos e ossos. Portanto, é responsável por fixar a pele a estruturas adjacentes.
Histologia
Os principais tecidos que formam a hipoderme são o adiposo e o conjuntivo frouxo vascularizado.
As principais células da hipoderme são os adipócitos, responsáveis por produzir e acumular gordura. Eles são células grandes e quanto mais gordura armazenam, aumentam ainda mais de tamanho, estando essa condição relacionada ao ganho de peso.
Na hipoderme também são encontradas fibras de elastina e colágeno, veias e capilares sanguíneos.
GLÂNDULAS SUDORÍPARAS E SEBÁCEAS
Glândulas sudoríparas
As glândulas sudoríparas são responsáveis pela produção do suor, uma substância que atua na termorregulação do organismo e na eliminação de produtos que o corpo não necessita.
As glândulas são estruturas formadas por tecido epitelial que apresentam como característica principal a propriedade secretora. De acordo com a forma como eliminam a sua secreção, essas estruturas normalmente são classificadas em endócrinas e exócrinas.
Enquanto as glândulas endócrinas eliminam sua secreção diretamente nos vasos sanguíneos, as glândulas exócrinas liberam sua secreção em superfícies livres e apresentam um ducto por onde essa substância é eliminada. Como exemplo de glândulas exócrinas, podemos citar as glândulas sebáceas e as glândulas sudoríparas.
As glândulas sudoríparas são encontradas em todo o corpo, salvo raras exceções, como a glande do pênis. 
Em sua grande maioria, são do tipo túbulo-enovelada e liberam apenas sua secreção (suor) sem que nenhuma parte do citoplasma seja perdida (glândula merócrina). 
Em algumas partes do corpo, como na região axilar e pubiana, ocorrem glândulas do tipo apócrinas, que são maiores e perdem parte do citoplasma durante a eliminação da secreção. 
As glândulas sudoríparas merócrinas, também denominadas de écrinas, lançam sua secreção diretamente na superfície da pele, enquanto as apócrinas liberam-na nos folículos pilosos.
Nas glândulas sudoríparas, é possível distinguir dois tipos diferentes de células secretoras: as escuras e as claras. As células secretoras escuras apresentam uma grande quantidade de grânulos de secreção e retículo endoplasmático granuloso; já as claras não possuem esses grânulos e a quantidade de retículo é reduzida. Muitos pesquisadores afirmam que as células claras estão relacionadas com a produção da porção aquosa do suor.
O suor produzido pelas glândulas sudoríparas écrinas é diluído; mas, nas glândulas apócrinas, apresenta-se mais viscoso. Essa secreção apresenta, além de água, sódio, potássio, cloreto, ureia, ácido úrico e amônia em sua composição.
Algumas pessoasapresentam uma produção exagerada de suor pelas glândulas écrinas, um problema conhecido como hiperidrose. Essa desordem faz com que grande quantidade de suor seja produzida, principalmente nos pés e nas mãos. Apesar de não provocar riscos à saúde, esse problema desencadeia um grande impacto psicológico na vida do paciente.
O suor é uma secreção responsável principalmente pela termorregulação do organismo. Entretanto, não é o suor que resfria o corpo, pois o que provoca a diminuição da temperatura é a evaporação dessa substância, que leva a uma perda de calor. Vale destacar que o suor não está apenas relacionado com o controle da temperatura, sendo fundamental também na eliminação de alguns produtos do metabolismo celular.
Ao contrário do que muitos pensam, o excesso de suor não faz com que a pessoa apresente um odor desagradável. Essa substância é inodora, ou seja, não apresenta cheiro. A questão do mau cheiro é decorrente da multiplicação de bactérias no local.
FOLÍCULO PILOSO OU CAPILAR E PELOS
O pelo humano é uma estrutura queratinizada que apresenta uma cutícula, um córtex e uma medula.
O sistema tegumentar é formado pela pele e seus anexos, tais como unhas, glândulas e pelos. Esses últimos desenvolvem-se nos folículos pilosos e são uma estrutura morta formada, principalmente, por queratina.
→ Como é a estrutura do pelo humano?
Os pelos desenvolvem-se em invaginações da epiderme denominadas de folículos pilosos. No fundo desse folículo, células são produzidas, empilhando-se e queratinizando-se. 
Essas células originam a conhecida haste pilar, que é formada pela cutícula, córtex e medula.
Cutícula: é a camada mais externa do pelo e é formada por células que lembram escamas. Essas células são completamente queratinizadas e não possuem nenhum pigmento. A queratina nessa região é dura.
Córtex: é a camada intermediária, constitui cerca de 90% do peso do pelo e é formada por células epiteliais ricas em melanina, proteína que dá cor à pele e pelos. A queratina nessa região é dura.
Medula: é a parte mais central do pelo e está presente apenas em pelos maduros. Ela é formada por camadas de células grandes e sem núcleo. A queratina nessa região é mole.
Onde os pelos são encontrados?
Os pelos são encontrados em praticamente todo o nosso corpo, sendo mais abundantes no couro cabeludo. Essas estruturas não estão presentes em nossos lábios, em algumas regiões genitais (lábios, pequenos lábios e glande), na lateral das mãos e pés e na palma da mão e na planta do pé.
Os folículos pilosos dos pelos que formam a barba e os cabelos são chamados de folículos terminais. Aqueles folículos que formam os pelos do restante do corpo são chamados de velus. Temos ainda folículos chamados de sebáceos, que produzem pelos tão pequenos que não são vistos na superfície.
Quais são as fases do ciclo biológico do pelo?
O ciclo de um pelo dura aproximadamente cinco anos e é dividio em três fases: crescimento, repouso e queda.
Fase de crescimento: Essa fase, conhecida também como fase anágena, é um período em que o pelo está sendo produzido continuamente na região do bulbo piloso. Essa etapa dura entre dois e seis anos.
Vale frisar que o comprimento do pelo é determinado geneticamente. Isso quer dizer que o cabelo de uma pessoa, por exemplo, pode não atingir um maior comprimento, uma vez que essa é uma característica genética, não existindo, nesse caso, “fórmula mágica” para o crescimento.
Fase de repouso: Essa fase, também chamada de fase catágena, é um momento em que a atividade celular é reduzida e observa-se a atrofia do bulbo. Essa fase dura, em média, de duas a três semanas.
Fase de queda: Essa fase é a etapa final, também chamada de telógena, e caracteriza-se pela queda do pelo. Nessa momento, o pelo solta-se do folículo, que está completamente atrofiado.
Unhas
As unhas são estruturas formadas por células queratinizadas e apresentam como função a proteção dos dedos.
As unhas estão relacionadas com a proteção e também com a manipulação de objetos. Elas são formadas por células escamosas queratinizadas e estão localizadas nas porções terminais dos dedos, mais precisamente nas falanges distais das mãos e pés.
A formação da unha inicia-se na nona semana do desenvolvimento embrionário, o que significa que, ao nascer, já possuímos essa placa protetora. Ela continua crescendo até o fim da vida.
→ Anatomia da unha
As unhas apresentam algumas partes básicas. São elas:
 
Lâmina ou prato ungueal: é a parte que vemos da unha e estende-se desde a matriz até a porção livre. Possui consistência dura, está localizada sobre o leito ungueal e não tem coloração. Por essa razão, é possível perceber certa coloração rosada resultante da presença de capilares no leito ungueal. A porção livre apresenta coloração esbranquiçada, o que resulta do contato com o ar.
Matriz ungueal: apresenta um epitélio germinativo e origina a lâmina.
Leito ungueal: está localizado abaixo da lâmina ungueal, desde a lúnula até o hiponíquio. Está fortemente aderida ao leito.
Lúnula: está localizada na parte proximal da lâmina ungueal e apresenta-se como uma meia-lua de coloração esbranquiçada.
Eponíquio: É uma dobra que recobre a porção proximal da unha.
Hiponíquio: Camada da epiderme que se localiza abaixo da borda livre da lâmina ungueal e faz a junção entre o leito ungueal e a pele.
Principais problemas que afetam as unhas
As unhas nem sempre são saudáveis e resistentes como o esperado. Veja alguns dos principais problemas que afetam essas estruturas:
Onicomicoses: As doenças causadas por fungos são chamadas genericamente de onicomicoses e causam alterações na aparência das unhas, como espessamento, descolamento da borda livre e aumento da fragilidade da estrutura.
Psoríase: É uma doença imune inflamatória que pode causar depressões nas unhas – as chamadas manchas em óleo –, descolamento e até sangramentos.
Unha encravada: ocorre quando as bordas laterais das unhas crescem além do esperado e entram na pele, provocando dores e até mesmo infecções.
HISTOLOGIA DO SISTEMA TEGUMENTAR
A histologia, é uma especialidade que estuda a anatomia por meio de equipamento como microscópico, em que, através do referido equipamento, é possível visualizar os detalhes que compõem cada seguimento celular do corpo humano, de tecidos de plantas e animais e identificar como estas estruturas estão organizadas para compreendermos a constituição dos diferentes órgãos.
A histologia da pele 
Nos mamíferos, a pele é órgão composto por duas camadas: epiderme e derme.
A epiderme é um tecido epitelial pluriestratificado. É formada por estratos (ou camadas), dos quais destacam-se o estrato basal (também chamado de estrato germinativo), que fica apoiado na derme e é formado por células de aspecto cúbico. Nessa camada é intensa a atividade de divisão celular mitótica, que repõe constantemente as células perdidas no desgaste diário a que a superfície desse tecido está sujeito.
 À medida que novas células são formadas, elas vão sendo “empurradas” para formar as demais células, até ficarem expostas na superfície da pele. 
A derme é uma camada formada por tecido conjuntivo do tipo denso, cujas fibras ficam orientadas em diversas direções. Vários tipos de células são encontrados, destacando-se os fibroblastos e os macrófagos. Nervos, terminações nervosas, diferentes tipos de corpúsculos sensoriais e uma ampla rede de capilares sanguíneos cruzam a derme em várias direções. Ela é um importante tecido de manutenção e de apoio. Os nutrientes existentes no sangue difundem-se para as células epidérmicas. 
Nos mamíferos, a derme é atravessada por finas faixas de células musculares, os músculos eretores dos pêlos, cuja contração é involuntária e permite aumentar a camada de ar retirada entre os pêlos, que contribui para o isolamento térmico. Mecanismo semelhante ocorre nas aves, com as penas. 
Abaixo da derme, há uma camada de tecido conjuntivo frouxo, o tecido celular subcutâneo (também conhecido como tela subcutânea e hipoderme), que não faz parte da pele, mas estabelecea sua ligação com as estruturas adjacentes, permitindo o seu deslizamento. Em determinadas regiões do corpo, a hipoderme contém um número variável de camadas de células adiposas, formando o panículo adiposo (o popular “toucinho de porco”), importante como reserva de energia, isolante térmico e facilitador da flutuação na água. 
VISÃO HISTOLÓGICA DO SISTEMA TEGUMENTAR
De todos os órgãos do corpo, nenhum é mais facilmente inspecionado ou mais exposto a infecção, enfermidades ou lesões do que a pele. Frente a sua visibilidade, Guyton e Hall (2017) mencionam que a pele reflete nossas emoções e alguns aspectos da fisiologia os quais podem evidenciar o desenvolvimento de um evento patológico, seja pela presença de expressão (franzido de desconforto), pela cor da pele (déficit circulatório) ou pelo suor. 
Mudanças na cor ou condição da pele podem indicar a presença de equilíbrio homeostático.
A localização da pele a torna vulnerável a danos de trauma, luz solar, micróbios ou a poluentes no ambiente. Traumas pelo advento de queimaduras de terceiro grau podem ser um risco à vida daquele que experiência tal condição, devido a perda de suas propriedades protetoras.
A epiderme contém quatro tipos principais de células: queratinócitos, melanócitos, células de Langherans e células de Merkel (Figura 25). 
Cerca de 90% das células epidérmicas são queratinócitos (keratino = córneo; kytos = célula), os quais são distribuídos em quatro ou cinco camadas (estratos) produzindo queratina (proteína forte) resistente que auxilia na proteção da pele e tecidos subjacentes de abrasão, calor, corpos estranhos e substâncias químicas.
 Cabe destacar que, os queratinócitos também produzem grânulos lamelares, liberando um produto com características de selante contra a penetração de água (GUYTON; HALL, 2017).
A cor da pele humana dita como normal, é influenciada principalmente pela produção de melanina pelo próprio organismo, sendo este um pigmento castanho, denso para algumas pessoas, com seu peso molecular elevado, assumindo um aspecto enegrecido, quando mais concentrado. No entanto, percebemos entre as pessoas certa diferenciação de cor das suas peles, contendo um pigmento exógeno amarelo “os carotenoides”, que contribuem para a coloração da pele, assim como o vermelho endógeno, da hemoglobina oxigenada nos capilares da derme e azul endógeno, da hemoglobina reduzida nas vênulas (GUYTON; HALL, 2017).
Quanto aos parâmetros da cor da pele, do ponto de vista histológico, conforme Balogh et al. (2011), a melanina, o caroteno e a hemoglobina, são os três pigmentos que podem gerar e influenciar uma grande variedade de tons da cor da pele. 
O excesso de melanina, ocasiona uma variação na cor da pele de amarelo claro ao castanho e ao preto. Os melanócitos são extremamente abundantes em determinadas partes da epiderme no corpo humano, como pênis, mamilos mamários e nas aréolas, na face, membros e mucosas. A quantidade dessa substância (os melanócitos) é quase sempre semelhante em todas as pessoas, a diferença da cor da pele se dá à quantidade de pigmento que os melanócitos produzem ou transferem para os queratinócitos
Conforme sinalizam Netter (2008) e Sherwood (2011), a melanina, quando acumulada excessivamente em algumas pessoas, é esperado que na pele (epiderme) apareçam manchas, popularmente conhecidas de “sardas”. Com a evolução da idade (envelhecimento), podem se formar as chamadas “manchas da idade” devido ao acúmulo de melanina ou melanoma, essas manchas achatadas aparecem junto às sardas e sua coloração pode variar entre os tons castanho-claro ao preto.
Segundo Zanini et al. (2004), outra condição relacionada ao acúmulo excessivo de melanina, refere-se a presença de lesões cutâneas de ordem benigna, as quais são decorrentes do agrupamento de melanócitos, podendo apresenta se ao nascimento (congênitas) ou desenvolver-se ao longo da vida (adquiridas). O tamanho dessas irregularidades é variável (algumas menores – outras mais expressivas), da mesma forma essa variação se aplica a sua pigmentação e saliência. Ocorrem na epiderme, derme, ou em ambas as camadas. Essa irregularidade pode ser nominada ou identificada como “nevo ou verruga”. 
Cabe destacar que, fisiologicamente, os raios ultravioletas (UV), estimulam a produção e liberação de melanina. Deve-se ressaltar que tanto a quantidade quanto a intensidade da cor de melanina, potencializam a proteção da pele desses sujeitos, desde que esta esteja uniforme. Vale lembrar que o bronzeado cutâneo é temporário, pois este é perdido quando os queratinócitos que contém melanina, descamam do estrato córneo
O bronzeado cutâneo é temporário, pois este é perdido quando os queratinócitos que contém melanina, descamam do estrato córneo
Os tecidos passam gradualmente por modificações influenciadas pela idade, sendo que, através da pele, tais alterações podem ficar mais facilmente reconhecidas. Dentre essas alterações, encontram-se atrofia, enrugamento, ptose e perda da elasticidade (lassidão), representando ou expressando significado de que a pessoa que experiencia tais modificações, está evoluindo um estado mais senil (envelhecendo).
 Cabe lembrar que essas mudanças ocorrem em todas as camadas da pele. Na parte mais inferior da derme, a qual esta diretamente ligada ao tecido subcutâneo, esta é formada por tecido conjuntivo irregular denso, onde se encontram feixes de fibras de colágeno e fibra elásticas inferiores e, ainda, entre elas é possível identificar a presença de células adiposas, folículos pilosos, nervos, glândulas sebáceas e sudoríparas.
A combinação de fibras elásticas e fibras de colágeno na camada mais profunda da pele, segundo os autores Guyton e Hall (2017), fornece a extensibilidade (capacidade de distensão) e elasticidade (capacidade de retornar a forma original). A exemplo do processo de extensibilidade e elasticidade tecidual, podemos citar a gravidez e a obesidade, porém, os sujeitos que passam por tais eventos podem apresentar algum grau de déficit de retorno cutâneo ao estado original, devido deficiências nutricionais ou estarem relacionados ao estado genético, apresentando, assim, lesões que lembram ranhaduras na derme, conhecidas popularmente como estrias (stria = linha). Nesse momento, o corpo procura se adaptar a essa nova condição fisiológica, havendo uma separação celular que é visivelmente observada macroscopicamente pela amplitude muscular (tecido), conhecida terminologicamente como “diástase”.

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