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fatores condicionantes para a exploraçao portuaria

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AULA 4 
GESTÃO DA ARMAZENAGEM 
EM ÁREA PORTUÁRIA 
Prof. João Marcos Andrade 
 
 
2 
TEMA 1 – LEGISLAÇÃO PORTUÁRIA: DEFINIÇÕES INTRODUTÓRIAS 
Gareth Morgan, em sua clássica obra Imagens da organização (1996), 
define que organizações 
[...] são sistemas abertos que necessitam de cuidadosa administração 
para satisfazer e equilibrar necessidades internas, assim como adaptar-
se a circunstâncias ambientais. Não existe a melhor forma de organizar. 
A forma adequada depende do tipo de tarefa ou do ambiente dentro do 
qual se está lidando. A administração deve estar preocupada acima de 
tudo em atingir boas medidas, diferentes enfoques em administração 
devem ser necessários para desempenhar diferentes atividades dentro 
da mesma organização, e tipos bem diferentes ou “espécies” de 
organizações são necessários em diferentes tipos de ambientes. 
Essas orientações e definições de Morgan (1996), absorvidas de estudos 
realizados pelos pesquisadores britânicos Tom Burns e G. M. Stalker nos anos 
1950, evidenciam a existência de condições de adaptabilidade, estilos abertos e 
flexíveis da organização, os quais são necessários para o acompanhamento e a 
implantação das inovações tecnológicas e das mudanças no ambiente de 
atuação. No setor portuário não é diferente, pelo contrário; o mesmo se aplica 
considerando a ampla gama de mudanças que esse setor vem sofrendo nos 
últimos anos. 
Essa transformação engloba desde aspectos relacionados a avanços 
tecnológicos, tanto nos navios quanto nos equipamentos modernamente 
construídos para as atividades de operações portuárias, permitindo a elevação no 
nível de informações gerenciais nos processos de trabalho, coordenação e 
elaboração de sistemas de informações gerenciais para o departamento 
operacional portuário, desde gerenciamento de fluxo de cargas, até controle de 
equipamentos e peças no departamento de manutenção. 
Para contribuirmos um pouco mais no aspecto teórico das operações 
portuárias, facilitando a compreensão dos temas que abordaremos mais adiante 
sobre os aspectos diretamente ligados às questões de legislação para o setor 
portuário, citamos a importante contribuição de Luiz Augusto Tagliacollo Silva 
(2013): 
[...] Em relação a questão portuária pode-se afirmar que os portos 
atualmente são centros logísticos estratégicos dentro da cadeia de 
abastecimento internacional, pois a movimentação de mercadorias não 
é somente reduzida nesses terminais, mas o incremento da presença de 
outros tipos de modais torna o Porto Moderno num espaço vital ao 
processo logístico global. 
 
 
3 
Ou seja, a contribuição de Silva (2013) confirma a exposição teórica de que 
as atividades portuárias demandam grande contribuição do fluxo logístico de 
mercadorias. Quando tratamos do assunto comércio internacional, essas 
mercadorias são sempre submetidas a regras aduaneiras rígidas por questões de 
controle fiscal, cambial, comercial e de protecionismos locais quanto às indústrias 
de outros países. 
Por isso, valorizamos a menção de Silva (2013) à temática de “centros 
logísticos” dos portos, pois as empresas que transacionam mercadorias mundo 
afora dependem muito dessa parceria estratégica comercial do porto. Tanto é 
assim que a logística ou o processo logístico de uma carga internacional é 
demasiadamente dependente de agentes operacionais parceiros que 
proporcionem agilidade em transporte, armazenamento e escoamento. Esses 
fatores, notoriamente, contribuem positivamente em termos de redução de custos, 
ganho em agilidade quanto a prazos e meios de unitização das cargas em 
contêineres e utilização de navios em prazos previamente definidos, mediante o 
acompanhamento das programações nos portos por meio de suas rotas, 
disponibilizadas pelos armadores.1 
Essas atividades permitem uma melhor organização logística para que se 
possa, por exemplo, definir cronogramas de atendimento a entregas de cargas no 
exterior, bem como recebê-las nas importações para abastecimento de linhas de 
produção, quando for o caso de importação de insumos e matérias-primas, ou 
mesmo de produtos acabados para revenda. Quanto mais planejada cada etapa 
do processo logístico de uma carga internacional, menores tendem a ser os custos 
operacionais, e maiores as vantagens relacionadas ao alcance do sucesso quanto 
ao cumprimento de contratos de entregas de produtos aos clientes finais. 
1.1 O profissional da gestão de armazenagem portuária e os aspectos legais 
(legislação) 
A atuação na gestão de armazenagem portuária exige certas condições de 
preparo para uma eficaz performance, principalmente em termos de cumprimento 
dos requisitos da Legislação Portuária e Aduaneira. Nesse aspecto, mencionamos 
 
1 “Armador é o transportador marítimo, proprietário dos Navios e dos contêineres utilizados no 
transporte de mercadorias em águas nacionais ou internacionais, também são aquelas empresas 
que possuem concessões de utilização de navios e contêineres de terceiros com a finalidade do 
transporte e do comércio das mercadorias” (Portal Administração, 2014). 
 
 
4 
a clara evidência quanto à preferência dos portos por profissionais que tenham se 
preparado academicamente em áreas voltadas a temas de gestão, como 
administração de empresas, comércio exterior, logística internacional, ciências 
contábeis, negócios internacionais, gestão portuária, dentre outras com 
características da área de logística internacional e administração. 
De forma relevante, enfatizamos também que o porto sempre terá um 
departamento jurídico próprio ou terceirizado para as demandas processuais 
jurídicas que ocorrerem. Entretanto, as práticas de coordenações operacionais 
administrativas, de pátio ou mesmo gerenciais nos portos, dependerão de 
instruções quanto às execuções de suas tarefas, o que buscamos ofertar na 
presente disciplina. 
Essas providências de estudo são aqui apresentadas justamente para 
desenvolver o interesse e a avidez do leitor e aluno pela busca incessante do 
conhecimento teórico de sua área de atuação. Ele também deve estar sempre 
conectado às novidades divulgadas pelos meios de comunicação impressos ou 
digitais, ou por plataformas específicas sobre o tema – por exemplo, sites do setor 
portuário e governamentais reguladores das atividades portuária, como Secretaria 
Especial de Portos, Ministério dos Transportes, Receita Federal, dentre outros. 
Fica evidente a não obrigatoriedade de titulação acadêmica de direito para 
a prática profissional de gestão da armazenagem portuária. Porém, também não 
se exclui o convite para que tal colocação seja almejada e pretendida, o que 
aumenta as chances de crescimento profissional e de destaque nos setores do(s) 
porto(s) em que atuar. 
Ainda nessa linha de raciocínio, esclarecemos que não nos referimos à 
atividade de assessoria jurídica específica, a qual, sim, requer titulação acadêmica 
na área do direito, com especializações e demais aspectos quanto à graduação 
do profissional da área do direito, pontos que não detalharemos aqui por não nos 
ser possível o conhecimento técnico jurídico necessário. Fica a cargo do setor 
jurídico de cada porto observar as normas legais quanto a contratações de 
profissionais especializados em operações de cargas marítimas. 
1.2 Interconectividade voltada para os aspectos legais das atividades 
Por estarmos vivendo a era da comunicação, ou era da tecnologia da 
comunicação e informação, torna-se convidativa a participação dos 
profissionais de gestão da armazenagem portuária nas chamadas mídias sociais, 
 
 
5 
porém aquelas específicas do setor. Obviamente, não fazemos objeção ao uso de 
comunidades em mídias sociais que tratam de outros temas, mas o enfoque 
principal é a frequência às mídias temáticas. 
Por mídias temáticas queremos dizer aquelas que desenvolvem temas do 
setor profissional de nossa atuação, sites específicos de federações,de portos 
concorrentes, de organismos federais e estaduais com jurisdição legal sobre a 
atividade portuária, fóruns de discussão relacionados aos problemas ocorridos em 
armazenamentos portuários, blogs acadêmicos do setor portuário, sites de 
relacionamentos – estes com características comerciais, aqueles especificamente 
alimentados com dados técnicos e legais em relação aos trabalhos dos portos. 
Não obstante se faça uso dessas ferramentas da tecnologia da informação, 
as recomendações também são para que o profissional de gestão da 
armazenagem portuária desenvolva uma rede de relacionamento, a chamada 
networking,2 voltada para profissionais que partilhem dos mesmos objetivos, 
porém de forma profissional e ética. Isso certamente resultará na obtenção de 
conhecimento e trocas de experiências úteis às práticas do dia a dia no 
setor/departamento em que se atua no ramo portuário. Além disso, essa conexão 
facilita o acesso a alterações e novidades das legislações da prática portuária, 
pois o compartilhamento de informações por meio de networking permite o acesso 
imediato, quase ao mesmo tempo em que a novidade surge – seja uma nova lei, 
seja uma alteração em uma lei existente, seja uma mudança nos padrões de 
atendimento no setor portuário. Ou seja: qualquer contato estabelecido na cadeia 
de relacionamento profissional pode ser útil para a troca de informações sobre os 
aspectos legais, o que evita inobservâncias de normas legais, além de permitir o 
compartilhamento do conhecimento com outros profissionais. 
É importante lembrar que sempre que atuamos em um ciclo de negócios 
constatamos as chamadas idas e vindas, ou seja, aquelas possibilidades de, em 
algum momento, estarmos atuando ao lado de alguém que nos auxiliou ou de 
alguém que tenhamos auxiliado em dada ocasião; no compartilhamento de 
alguma informação sobre o setor portuário. Isso, evidentemente, exclui as 
questões confidenciais e internas de cada organização/porto, as quais são 
estritamente trafegáveis nos setores internos de cada estabelecimento. 
 
2 “Networking é uma palavra em inglês que indica a capacidade de estabelecer uma rede de 
contatos ou uma conexão com algo ou com alguém” (Significados, S.d.). 
 
 
 
6 
Assim, torna-se evidente a intenção de manter o amplo respeito pelas 
organizações e por seus métodos e procedimentos internos, principalmente 
quanto ao envio ou ao recebimento de informações amparadas por códigos de 
conduta ética ou de sigilo, ou ainda de confidencialidade entre colaborador e 
empresa. 
Também enfatizamos aqui o tema da busca de parcerias especializadas na 
questão legal. Por exemplo, na manutenção de contatos com empresas 
especializadas em questões de legislação da operação portuária por meio de 
assinaturas de sites, blogs e sistemas de informações gerenciais, enfatizando a 
atuação do profissional da gestão de armazenagem para incentivar tanto a criação 
de novos procedimentos operacionais quanto a gestão dos serviços adquiridos 
junto a parceiros. 
É possível compreender que a observação e muita atenção a essas 
práticas operacionais diárias no setor portuário permitem a captação de 
parâmetros em termos de acompanhamento dos resultados quanto aos 
cumprimentos dos ordenamentos legais, bem como das normas técnicas 
definidas e em vigência para nossas atividades de gestão de armazenagem 
portuária. 
TEMA 2 – LEGISLAÇÃO FEDERAL PARA O SETOR PORTUÁRIO 
A seguir, abordaremos um conteúdo literário de grande relevância, extraído 
do site do Canal do Servidor, para enriquecer nossa aula. 
Leia a seguir a reprodução do conteúdo observado no portal do Canal do 
Servidor. 
Desde 12 de maio de 2016, a Secretaria de Portos compõe a pasta dos 
Transportes, que passou a ser denominado Ministério dos Transportes, 
Portos e Aviação Civil. A criação da SEP tem como finalidade a 
formulação de políticas e diretrizes para o desenvolvimento e o fomento 
do setor de portos e instalações portuárias marítimos, fluviais e lacustres 
e, especialmente, promover a execução e a avaliação de medidas, 
programas e projetos de apoio ao desenvolvimento da infraestrutura e 
da superestrutura dos portos e instalações portuárias marítimos, fluviais 
e lacustres. 
Além disso, encontram-se também como competência da SEP, no 
âmbito do Ministério, elaborar planos gerais de outorgas, aprovar os 
planos de desenvolvimento e zoneamento dos portos marítimos, fluviais 
e lacustres; estabelecer diretrizes para a representação do País nos 
organismos internacionais e em convenções e fixar compromissos de 
metas e de desempenho empresarial, promover a modernização, a 
eficiência, a competitividade e a qualidade das atividades portuárias 
(Canal do Servidor, 2014). 
 
 
7 
O trecho anterior nos ajuda a entender a prática das atividades portuárias 
no Brasil, facilitando, de certa forma, a busca de informações técnicas relativas ao 
funcionamento dos portos, bem como as tratativas referidas nas normatizações 
de nosso setor de atuação. 
2.1 Aspectos normativos legais 
Assim como qualquer outra atividade profissional e econômica, a portuária 
está firmada sob normas legais de funcionamento, e no campo do direito é 
possível compreender que a legislação básica para o setor portuário vem a ser a 
legislação que trata exclusivamente da matéria que caracteriza aquele ramo do 
direito, conforme descreve Pasold (2007). 
Iniciaremos a temática referida pelos aspectos tecnicamente legais desta 
disciplina, mencionando a Lei n. 12.815/2013, que substituiu a Lei n. 8.630/1993 
– conhecida como Lei Básica para o Direito Portuário no Brasil, que dispõe sobre 
o regime jurídico da exploração dos portos organizados e das instalações 
portuárias e dá outras providências. 
Veremos a seguir o art. 1º da referida lei para, logo depois, seguir com o 
raciocínio e a sequência de nossa aula: 
Art. 1o Esta Lei regula a exploração pela União, direta ou indiretamente, 
dos portos e instalações portuárias e as atividades desempenhadas 
pelos operadores portuários. 
§ 1o A exploração indireta do porto organizado e das instalações 
portuárias nele localizadas ocorrerá mediante concessão e 
arrendamento de bem público. 
§ 2o A exploração indireta das instalações portuárias localizadas fora da 
área do porto organizado ocorrerá mediante autorização, nos termos 
desta Lei. 
§ 3o As concessões, os arrendamentos e as autorizações de que trata 
esta Lei serão outorgados a pessoa jurídica que demonstre capacidade 
para seu desempenho, por sua conta e risco (Lei n. 12. 815/2013). 
Na sequência, a legislação prevê, em seu art. 2º: 
Art. 2o Para os fins desta Lei, consideram-se: 
I - porto organizado: bem público construído e aparelhado para atender 
a necessidades de navegação, de movimentação de passageiros ou de 
movimentação e armazenagem de mercadorias, e cujo tráfego e 
operações portuárias estejam sob jurisdição de autoridade portuária; 
II - área do porto organizado: área delimitada por ato do Poder Executivo 
que compreende as instalações portuárias e a infraestrutura de proteção 
e de acesso ao porto organizado; 
III - instalação portuária: instalação localizada dentro ou fora da área do 
porto organizado e utilizada em movimentação de passageiros, em 
movimentação ou armazenagem de mercadorias, destinadas ou 
provenientes de transporte aquaviário; 
 
 
8 
IV - terminal de uso privado: instalação portuária explorada mediante 
autorização e localizada fora da área do porto organizado; 
V - estação de transbordo de cargas: instalação portuária explorada 
mediante autorização, localizada fora da área do porto organizado e 
utilizada exclusivamente para operação de transbordo de mercadorias 
em embarcações de navegação interior ou cabotagem; 
VI - instalação portuária pública de pequeno porte: instalação portuária 
explorada mediante autorização, localizada fora do porto organizado e 
utilizada em movimentaçãode passageiros ou mercadorias em 
embarcações de navegação interior; 
VII - instalação portuária de turismo: instalação portuária explorada 
mediante arrendamento ou autorização e utilizada em embarque, 
desembarque e trânsito de passageiros, tripulantes e bagagens, e de 
insumos para o provimento e abastecimento de embarcações de 
turismo; [...] 
IX - concessão: cessão onerosa do porto organizado, com vistas à 
administração e à exploração de sua infraestrutura por prazo 
determinado; 
X - delegação: transferência, mediante convênio, da administração e da 
exploração do porto organizado para Municípios ou Estados, ou a 
consórcio público, nos termos da Lei n. 9.277, de 10 de maio de 1996; 
XI - arrendamento: cessão onerosa de área e infraestrutura públicas 
localizadas dentro do porto organizado, para exploração por prazo 
determinado; 
XII - autorização: outorga de direito à exploração de instalação portuária 
localizada fora da área do porto organizado e formalizada mediante 
contrato de adesão; e 
XIII - operador portuário: pessoa jurídica pré-qualificada para exercer as 
atividades de movimentação de passageiros ou movimentação e 
armazenagem de mercadorias, destinadas ou provenientes de 
transporte aquaviário, dentro da área do porto organizado (Lei n. 
12.815/2013). 
Os dois primeiros artigos da legislação supramencionada favorecem nosso 
entendimento quanto à supremacia relativa à exploração das áreas portuárias no 
Brasil pertencer ao governo federal, o qual, por meio de concessões e licitações, 
permite que organizações privadas exerçam suas atividades econômicas, 
sempre seguindo os dispostos constantes nos termos de compromisso e de 
exploração de tais áreas. 
Portanto, é compreensível que tenhamos uma extensa lista de 
exploradores das atividades portuárias no Brasil, justamente pelo fato de haver 
uma previsão legal para o governo fomentar a concorrência do setor, o que, de 
certa forma, beneficia as empresas dependentes dos serviços portuários, já que 
apresentam opções diversas para elas se adéquem de acordo com as 
características de cada situação (localização, tipo de carga, preços de 
armazenamento, dentre outras). 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9277.htm
 
 
9 
2.2 Instalações portuárias e seus aspectos legais 
A Lei n. 8.630/1993 prevê, em seu art. 4º, o direito do arrendatário portuário 
(empresa vencedora de licitação ou outro tipo de concessão para exploração do 
porto) a: 
[...] construir, reformar, ampliar, melhorar, arrendar e explorar instalação 
portuária, dependendo: 
[...] II - de autorização do órgão competente, quando se tratar de 
Instalação Portuária Pública de Pequeno Porte, de Estação de 
Transbordo de Cargas ou de terminal de uso privativo, desde que fora 
da área do porto organizado, ou quando o interessado for titular do 
domínio útil do terreno, mesmo que situado dentro da área do porto 
organizado. [...] (Conteúdo Jurídico, 2013) 
Os mesmos aspectos são observados na Lei n. 12.815/2013. 
Sempre se subtendendo para instalação ou qualquer atividade de reforma, 
ou outra ação estrutural no porto, o arrendatário deve seguir normas aduaneiras, 
legislações municipais (quando for o caso) e apresentar os devidos relatórios de 
impactos sobre o meio ambiente aos órgãos competentes. 
2.2.1 Modalidades das explorações portuárias 
Observaremos a seguir o conteúdo do art. 8º da Lei n. 12.815/2013, em 
que o governo federal condiciona, por meio de licitações públicas, a exploração 
das áreas portuárias em: 
I - terminal de uso privado; 
II - estação de transbordo de carga; 
III - instalação portuária pública de pequeno porte; 
IV - instalação portuária de turismo; 
[...] (Lei n. 12.815/2013). 
TEMA 3 – FATORES CONDICIONANTES PARA A EXPLORAÇÃO PORTUÁRIA 
Por se tratar de um setor da economia que exige total capacitação técnica 
e cumprimento de regras internacionais, em termos de segurança, meio ambiente 
e demais características do setor, temos como enfatizar essa colocação com a 
exposição constante da Lei 12.815/2013: 
Art. 5º São essenciais aos contratos de concessão e arrendamento as 
cláusulas relativas: 
I- ao objeto, à área e ao prazo; 
II - ao modo, forma e condições da exploração do porto organizado ou 
instalação portuária; 
III - aos critérios, indicadores, fórmulas e parâmetros definidores da 
qualidade da atividade prestada, assim como às metas e prazos para o 
alcance de determinados níveis de serviço; 
 
 
10 
IV - ao valor do contrato, às tarifas praticadas e aos critérios e 
procedimentos de revisão e reajuste; 
V - aos investimentos de responsabilidade do contratado; 
VI - aos direitos e deveres dos usuários, com as obrigações correlatas 
do contratado e as sanções respectivas; 
VII - às responsabilidades das partes; 
VIII - à reversão de bens; 
IX - aos direitos, garantias e obrigações do contratante e do contratado, 
inclusive os relacionados a necessidades futuras de suplementação, 
alteração e expansão da atividade e consequente modernização, 
aperfeiçoamento e ampliação das instalações; 
X - à forma de fiscalização das instalações, dos equipamentos e dos 
métodos e práticas de execução das atividades, bem como à indicação 
dos órgãos ou entidades competentes para exercê-las; 
XI - às garantias para adequada execução do contrato; 
XII - à responsabilidade do titular da instalação portuária pela inexecução 
ou deficiente execução das atividades; 
XIII - às hipóteses de extinção do contrato; 
XIV - à obrigatoriedade da prestação de informações de interesse do 
poder concedente, da Agência Nacional de Transportes Aquaviários - 
ANTAQ e das demais autoridades que atuam no setor portuário, 
inclusive as de interesse específico da Defesa Nacional, para efeitos de 
mobilização; 
XV - à adoção e ao cumprimento das medidas de fiscalização aduaneira 
de mercadorias, veículos e pessoas; 
XVI - ao acesso ao porto organizado ou à instalação portuária pelo poder 
concedente, pela Antaq e pelas demais autoridades que atuam no setor 
portuário; 
XVII - às penalidades e sua forma de aplicação; e 
XVIII - ao foro. 
Observamos, portanto, nos incisos anteriores, as condicionais para uma 
empresa participar da atividade de exploração de uma área portuária. Ela passa 
a estar obrigada, a partir do aceite e da assinatura do termo de aceite da licitação 
pública, a seguir todos os ritos de tal providência pública, situação que a faz 
promover a busca por profissionais que estejam aptos a conduzir suas atividades 
diárias na gestão da armazenagem portuária sempre em obediência às normas e 
às funcionalidades da legislação. 
Com isso, manifestamos nossos incansáveis convite e incentivo quanto à 
busca de conhecimento de nossos leitores e alunos em relação à literatura da 
área portuária – sites especializados e setorizados das atividades portuárias – e, 
principalmente, à atenção aos pontos explicitados na presente ministração, o que 
certamente servirá de base de auxílio e ferramenta de atualização desses 
profissionais, tanto para se candidatar a vagas no setor portuário quanto para 
crescer profissionalmente. 
3.1 Operador portuário e suas atividades segundo a legislação 
Seguindo as diretrizes da Lei n. 12.815/2013 e suas alterações, os 
operadores portuários devem estar atentos aos critérios quanto a operações nas 
 
 
11 
embarcações, regras para tripulações, navegação interior e auxiliar, e controle 
relativo a áreas militares, respondendo por empresa participante de concorrência 
pública para a exploração de serviços portuários, que tenha saído vencedora 
desse pleito: 
Art. 26. [...] 
I - a administração do porto pelos danos culposamente causados à 
infraestrutura, às instalações e ao equipamento de que a administração 
do porto seja titular, que se encontre a seu serviço ou sob sua guarda; 
II - o proprietário ou consignatário da mercadoria pelas perdas e danos 
que ocorrerem durante as operações que realizar ou em decorrência 
delas; 
III - o armador pelas avariasocorridas na embarcação ou na mercadoria 
dada a transporte; 
IV - o trabalhador portuário pela remuneração dos serviços prestados e 
respectivos encargos; 
V - o órgão local de gestão de mão de obra do trabalho avulso pelas 
contribuições não recolhidas; 
VI - os órgãos competentes pelo recolhimento dos tributos incidentes 
sobre o trabalho portuário avulso; e 
VII - a autoridade aduaneira pelas mercadorias sujeitas a controle 
aduaneiro, no período em que lhe estejam confiadas ou quando tenha 
controle ou uso exclusivo de área onde se encontrem depositadas ou 
devam transitar. 
3.1.1 Operador portuário e os aspectos aduaneiros da legislação 
A partir do ingresso de determinada carga ao recinto alfandegado do porto, 
passa a administração deste ser a responsável pela sua boa guarda perante o 
fisco federal, conforme os artigos 25 e 26 da Lei n. 12.815/2013. 
Em observação à Instrução Normativa n. 680/2006 da Receita Federal do 
Brasil RFB), em seus artigos 5º a 9º, o porto deve se adequar aos procedimentos 
de controle aduaneiro determinados pela RFB, sobre as mercadorias oriundas do 
exterior nas importações, ou a ele dirigidas no caso das exportações brasileiras, 
além de seguir aos dispostos constantes no Decreto n. 6.759/2009, em seus 
artigos 9º, 13, 14. 
Já em relação ao controle de entrada e ao tráfego de navios, o operador 
portuário observará os requisitos operacionais constantes na Portaria do 
Ministério dos Transportes n. 72/2008, art. 42, que aborda assuntos relacionados 
a: 
• confirmação do porto quanto a chegada e operação de navios; 
• acompanhamento e gestão operacional das atividades de operação de 
carga e descarga nos navios; 
 
 
12 
• disponibilidade de informações relativas à presença de carga no Siscomex, 
atendendo à Instrução Normativa RFB n.º 680/2006). 
3.1.2 Trabalho do operador portuário 
Em seu art. 32, a Lei n. 12.815/2013 determina que os 
[...] operadores portuários devem constituir em cada porto organizado 
um órgão de gestão de mão de obra do trabalho portuário, destinado a: 
I - administrar o fornecimento da mão de obra do trabalhador portuário e 
do trabalhador portuário avulso; 
II - manter, com exclusividade, o cadastro do trabalhador portuário e o 
registro do trabalhador portuário avulso; 
III - treinar e habilitar profissionalmente o trabalhador portuário, 
inscrevendo-o no cadastro; 
IV - selecionar e registrar o trabalhador portuário avulso; 
V - estabelecer o número de vagas, a forma e a periodicidade para 
acesso ao registro do trabalhador portuário avulso; 
VI - expedir os documentos de identificação do trabalhador portuário; e 
VII - arrecadar e repassar aos beneficiários os valores devidos pelos 
operadores portuários relativos à remuneração do trabalhador portuário 
avulso e aos correspondentes encargos fiscais, sociais e 
previdenciários. 
3.2 Operador portuário: infrações e penalidades 
No ordenamento jurídico brasileiro, estão previstas punições para 
descumprimentos de normas e pré-requisitos em relação a compromissos 
firmados mediante contratos de exploração de serviços públicos, sendo o serviço 
portuário um deles. A Lei Básica do Setor Portuário, Lei n.º 12.815/2013, 
determina em seus artigos 46 e 47 que: 
Art. 46. Constitui infração toda ação ou omissão, voluntária ou 
involuntária, que importe em: 
I - realização de operações portuárias com infringência ao disposto nesta 
Lei ou com inobservância dos regulamentos do porto; 
II - recusa injustificada, por parte do órgão de gestão de mão de obra, da 
distribuição de trabalhadores a qualquer operador portuário; ou 
III - utilização de terrenos, área, equipamentos e instalações portuárias, 
dentro ou fora do porto organizado, com desvio de finalidade ou com 
desrespeito à lei ou aos regulamentos. 
Parágrafo único. Responde pela infração, conjunta ou isoladamente, 
qualquer pessoa física ou jurídica que, intervindo na operação portuária, 
concorra para sua prática ou dela se beneficie. 
Art. 47. As infrações estão sujeitas às seguintes penas, aplicáveis 
separada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade da falta: 
I - advertência; 
II - multa; 
III - proibição de ingresso na área do porto por período de 30 (trinta) a 
180 (cento e oitenta) dias; 
IV - suspensão da atividade de operador portuário, pelo período de 30 
(trinta) a 180 (cento e oitenta) dias; ou 
V - cancelamento do credenciamento do operador portuário. 
 
 
13 
A citação anterior, referente às penalizações das infrações, não tem caráter 
de repressão ou de amedrontamento quanto à atividade do gestor de 
armazenagem portuária. Ela apenas indica o caminho para a obediência de 
normas e requisitos legais na execução das tarefas do dia a dia no porto. É isso 
que garante a confiança para atuar e estar cada vez mais apto a executar as 
tarefas de gerenciamento de armazenagens. Além disso, como observamos no 
compêndio de legislações citadas anteriormente, as funções do gestor de 
armazenagem portuária não se restringem ao recebimento e à entrega de cargas. 
Essa extensão da atividade de gestão de armazenagem portuária também 
envolve procedimentos aduaneiros, como administração da guarda de cargas de 
comércio internacional presentes no porto, e obediência às diretrizes de ordem 
legal quanto ao respeito aos contratos firmados junto ao governo para 
cumprimento das cláusulas constantes no ato dos vencimentos das licitações, 
enfim, todas as atividades do gestor de armazenagem portuária envolvem uma 
participação desse profissional nas operações gerais do porto. 
É importante salientar aqui a possibilidade de abertura de novas vagas, 
para que o profissional da gestão de armazenagem portuária considere se 
credenciar para ocupar postos de trabalho em mais de um setor de atividade, 
aqueles que mais lhe convier em termos de adaptabilidade e conexão quanto ao 
seu rendimento profissional. 
TEMA 4 – ASPECTOS INTERNOS ESTRUTURAIS DO PORTO 
A Lei n. 12.815/2013 contribuiu também para a instituição do Programa 
Nacional de Dragagem Portuária e Hidroviária II. Esse programa é uma ótima base 
para o estudo e a compreensão, por parte do gestor de armazenagem portuária, 
das atribuições relativas à gestão de cargas, podendo ajudá-lo a tornar-se apto a 
participar de atividades que vão além dessas atribuições, condicionando-o a 
galgar posições administrativas diferentes e a acumular funções. A lei indica uma 
abertura de leque em termos de oportunidades para participar do quadro funcional 
do porto, em que se realiza gestão ou cogestão das atividades previstas em seus 
artigos 53 a 55: 
Art. 53. [...] 
[...] 
I - as obras e serviços de engenharia de dragagem para manutenção ou 
ampliação de áreas portuárias e de hidrovias, inclusive canais de 
navegação, bacias de evolução e de fundeio, e berços de atracação, 
 
 
14 
compreendendo a remoção do material submerso e a escavação ou 
derrocamento do leito; 
II - o serviço de sinalização e balizamento, incluindo a aquisição, 
instalação, reposição, manutenção e modernização de sinais náuticos e 
equipamentos necessários às hidrovias e ao acesso aos portos e 
terminais portuários; 
III - o monitoramento ambiental; e 
IV - o gerenciamento da execução dos serviços e obras. 
§ 2º Para fins do Programa de que trata o caput, consideram-se: 
I - dragagem: obra ou serviço de engenharia que consiste na limpeza, 
desobstrução, remoção, derrocamento ou escavação de material do 
fundo de rios, lagos, mares, baías e canais; 
II - draga: equipamento especializado acoplado à embarcação ou à 
plataforma fixa, móvel ou flutuante, utilizado para execução de obras ou 
serviços de dragagem; 
III - material dragado: material retirado ou deslocado do leito dos corpos 
d’água decorrente da atividade de dragagem e transferido para local de 
despejo autorizado pelo órgão competente; 
IV - empresa de dragagem: pessoa jurídica que tenha por objeto a 
realização de obra ou serviço de dragagem com a utilização ou não de 
embarcação; e 
V -sinalização e balizamento: sinais náuticos para o auxílio à navegação 
e à transmissão de informações ao navegante, de forma a possibilitar 
posicionamento seguro de acesso e tráfego. 
Art. 54. A dragagem por resultado compreende a contratação de obras 
de engenharia destinadas ao aprofundamento, alargamento ou 
expansão de áreas portuárias e de hidrovias, inclusive canais de 
navegação, bacias de evolução e de fundeio e berços de atracação, bem 
como os serviços de sinalização, balizamento, monitoramento ambiental 
e outros com o objetivo de manter as condições de profundidade e 
segurança estabelecidas no projeto implantado. 
§ 1º As obras ou serviços de dragagem por resultado poderão 
contemplar mais de um porto, num mesmo contrato, quando essa 
medida for mais vantajosa para a administração pública. 
§ 2º Na contratação de dragagem por resultado, é obrigatória a 
prestação de garantia pelo contratado. 
§ 3º A duração dos contratos de que trata este artigo será de até 10 (dez) 
anos, improrrogável. 
§ 4º As contratações das obras e serviços no âmbito do Programa 
Nacional de Dragagem Portuária e Hidroviária II poderão ser feitas por 
meio de licitações internacionais e utilizar o Regime Diferenciado de 
Contratações Públicas, de que trata a Lei nº 12.462, de 4 de agosto de 
2011. 
§ 5º A administração pública poderá contratar empresa para gerenciar e 
auditar os serviços e obras contratados na forma do caput. 
Art. 55. As embarcações destinadas à dragagem sujeitam-se às normas 
específicas de segurança da navegação estabelecidas pela autoridade 
marítima e não se submetem ao disposto na Lei nº 9.432, de 8 de janeiro 
de 1997. 
Em resumo, as atividades profissionais do gestor de armazenagem 
portuária são abrangentes, de modo que é possível a ele um engajamento macro 
na instituição em que estiver atuando, podendo exercer funções administrativas 
variadas desde que se revele um profissional ávido por conhecimento (o que já é 
demonstrado ao participar desse curso). Porém, ao mesmo tempo, ele deve estar 
atento a novas oportunidades de estudo por meio de mídias sociais pertinentes à 
sua área de atuação, bem como à literatura técnica e legal do setor portuário. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12462.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12462.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9432.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9432.htm
 
 
15 
TEMA 5 – MODERNIZAÇÃO DAS ATIVIDADES PORTUÁRIAS 
O governo federal, na missão de promover a modernização das atividades 
e condições de funcionamento do setor portuário, instituiu o Regime Tributário 
Especial para Modernização e Ampliação da Estrutura Portuária, conhecido como 
Reporto. 
Esse importantíssimo mecanismo concede a suspensão dos impostos 
incidentes sobre a compra no mercado nacional e na importação de equipamentos 
a ser utilizados na melhoria da infraestrutura portuária, sendo necessário ao porto 
pretendente de tal benefícios habilitar-se ao programa mediante observação das 
regras e condições preestabelecidas na legislação especifica sobre o tema (Lei n. 
11.033/2004, em seus artigos 14 a 16, alterada pela Lei n. 12.715/2012, em seu 
artigo n. 39. 
5.1 Operações do gestor de armazenagem no regime Reporto 
Há total interesse do porto em participar do Regime Tributário Especial 
Reporto, justamente pela facilitação tributária que lhe é concedida nas propostas 
de planejamento para modernização e ampliação de infraestrutura. 
O porto conta com a mão de obra qualificada de seus gestores de 
armazenagem portuária para: 
• observar as normas legais que regem o programa de acordo com as duas 
principais legislações que observamos anteriormente (Lei n. 12.815/2013 e 
Lei n. 8.630/1993); 
• desenvolver uma rede de parceiros com nível de consultoria aduaneira e 
tributária apta a assessorá-lo nas tomadas de decisões quanto às práticas 
documentais e administrativas para pleitos de habilitação ao regime 
Reporto, considerando a necessidade de reuniões de níveis gerencial e 
operacional para obter dados e informações inerentes às exigências 
constantes na legislação citada (e alterações futuras, a ser analisadas 
pelos profissionais no ato das consultas/leituras da legislação). Tudo isso 
deve possibilitar ao porto preencher os requisitos determinados pelo 
governo federal para adquirir equipamentos modernos, melhorar suas 
condições de dragagem, aumentar seu poder de persuasão dos clientes 
baseado em suas modernas condições de infraestrutura. Essas atribuições 
operacionais são de responsabilidade do gestor de armazenagem 
 
 
16 
portuária, porém, em função de planejamento estratégico do porto, suas 
atividades não devem se restringir apenas aos controles de cargas. Ele 
também deve estar dominar as condições de trabalho impostas a ele para 
que possa se mostrar envolvido com o projeto, sempre presente nos portos, 
de expansão e crescimento. 
 
 
 
17 
REFERÊNCIAS 
BEZERRA, D. S. Quem são os armadores no comex. Portal Administração, 7 
fev. 2014. Disponível em: <http://www.portal-
administracao.com/2014/02/armadores-no-comercio-exterior.html>. Acesso em: 
13 jun. 2019. 
BRASIL. Decreto n. 6.759, de 5 de fevereiro de 2009. Diário Oficial da União, 
Poder Executivo, Brasília, DF, 6 fev. 2009. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6759.htm>. 
Acesso em: 14 jun. 2019. 
_____. Instrução Normativa SRF 680, de 2 de outubro de 2006. Diário Oficial da 
União, Brasília, DF, 5 out. 2006. Disponível em: 
<http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&i
dAto=15618>. Acesso em: 14 jun. 2019. 
_____. Lei n. 8.630, de 25 de fevereiro de 1993. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 26 fev. 1993. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8630.htm>. Acesso em: 13 jun. 2019. 
_____. Lei n. 9.277, de 10 de maio de 1996. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 13 maio 1996. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9277.htm>. Acesso em: 14 jun. 2019. 
_____. Lei n. 9.432, de 8 de janeiro de 1997. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 9 jan. 1997. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9432.htm>. Acesso em: 14 jun. 2019. 
_____. Lei n. 11.033, de 21 de dezembro de 2004. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 22 dez. 2004. Disponível em: 
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Acesso em: 14 jun. 2019. 
_____. Lei n. 12.462, de 4 ade agosto de 2011. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 5 ago. 2011. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12462.htm>. 
Acesso em: 14 jun. 2019. 
_____. Lei n. 12.715, de 18 de setembro de 2012. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 18 set. 2012. Disponível em: 
http://www.portal-administracao.com/2014/02/armadores-no-comercio-exterior.html
http://www.portal-administracao.com/2014/02/armadores-no-comercio-exterior.html
 
 
18 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12715.htm>. 
Acesso em: 14 jun. 2019. 
_____. Lei n. 12.815, de 5 de junho de 2013. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 5 jun. 2013. Disponível em: 
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_____. Medida Provisória n. 595, de 6 de dezembro de 2012. Diário Oficial da 
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MEDIDA Provisória 595/2012: da não obrigatoriedade do trabalhador portuário 
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nao-obrigatoriedade-do-trabalhador-portuario-avulso-nos-terminais-de-uso-
privado,42104.html>. Acesso em: 24 jun. 2019. 
http://www.transportes.gov.br/editoria-d.html
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https://portogente.com.br/portopedia/78367-lei-12-815-sobre-os-portos-brasileiros
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19 
MORGAN, G. Imagens da organização. Tradução C. W. Bergamini; R. Coda. 1 
ed. São Paulo: Atlas, 1996. 
PASOLD, C. L. Lições preliminares de direito portuário. Florianópolis: Conceito 
Editorial, 2007. 
RAMONIGA, M. Direito portuário, no Brasil: conceito e caracterização. Âmbito 
Jurídico, Rio Grande, v. 12, n. 70, nov. 2009. Disponível em: 
<http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&
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<https://www.significados.com.br/networking/>. Acesso em: 13 jun. 2019. 
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TEIXEIRA, F. L. Impacto dos contratos de arrendamento em portos 
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de Conclusão de Curso (Especialista em Engenharia e Gestão Portuária) – 
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2013. Disponível em: 
<http://infraestrutura.gov.br/images/arquivos_engenharia_gestao_portuaria/fabio-
lavor-teixeira.pdf>. Acesso em: 13 jun. 2019. 
 
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https://www.significados.com.br/networking/
http://infraestrutura.gov.br/images/arquivos_engenharia_gestao_portuaria/fabio-lavor-teixeira.pdf
http://infraestrutura.gov.br/images/arquivos_engenharia_gestao_portuaria/fabio-lavor-teixeira.pdf

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