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Sistema Imune e suas Funções

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Letícia Andréa 105 – 3O 
 
 
 O sistema imune tem como função 
principal alertar e proteger o organismo 
contra corpos estranhos 
 Ela é uma complexa série de interações 
celulares que se ativa na presença do 
patógeno ou uma proliferação 
desordenada 
 A resposta inata é mediada por proteína 
do sistema complemento, citocinas e 
tipos celulares 
 Células inatas: dendríticas, macrófagos, 
natural killer, neutrófilo e macrófago 
 Quando não há a contenção completa, 
aparece a resposta adquirida 
 A resposta adquirida é mediada por 
linfócitos B, linfócitos T e anticorpos 
 A resposta adquirida pode ser dividida 
em celular e humoral 
 Quando são hiperativos ou berrantes 
gera reações de hipersensibilidade, 
autoimunes ou imunodeficiência 
 
SISTEMA IMUNE 
 Reconhecimento e a eliminação do 
agente estranho de maneira altamente 
discriminatória 
 Apresenta especificidade para cada 
antígeno 
 A capacidade de responder a uma 
variedade quase infinita de antígenos 
(heterogeneidade) 
 A capacidade de expandir a resposta 
específica (amplificação) 
 Memória para reagir a antígenos já 
encontrados 
 
Antígeno e Imunógeno 
 Antígenos são células reconhecidas por 
anticorpos e células T 
 Imunógeno é todo agente ou substância 
capaz de induzir resposta imune dirigida 
especificamente contra ele 
 Os imunógenos, em geral, são 
proteínas, polissacarídeos, lipídios e 
ácidos nucleicos, constituindo-se em 
moléculas relativamente “rígidas” e 
grandes 
 O segmento molecular do antígeno que 
reage com o sistema imune é o 
determinante antigênico ou epítopo 
 Os antígenos podem ser extrínsecos, 
intrínsecos ou sequestrados (próprios 
ao organismo, mas que não entram em 
contato naturalmente com o sistema 
imune 
 
Órgãos Linfoides 
 Existem dois tipos: primários e 
secundários 
 Os primários são o timo, a medula 
óssea, órgãos que desenvolvem células 
linfoides durante a vida fetal 
 E os secundários são os linfonodos, 
baço e tecido mucoso associado à 
mucosa e são capazes de responder a 
antígenos antigénicos 
 
Células 
** linfócitos **  São produzidos na medula óssea, a 
partir de célula-tronco pluripotente 
 Letícia Andréa 105 – 3O 
 Sofrem processo de maturação para 
células T ou B imunologicamente 
competentes 
 Os linfócitos B amadurecem na medula 
óssea e os linfócitos T no timo 
 Linfócit.o B: combate patógenos 
extracelulares e seus produtos pela 
liberação de anticorpos – ativado pelo 
reconhecimento de patógenos. Realiza 
endocitose e reconhecimento do 
patógeno inteiro por ter um anticorpo 
fixo na membrana – diferencia-se em 
plasmócito. 
 Linfócito T: só é ativado quando o 
macrófago fagocita e apresenta um 
fragmento para o receptor de linfócito T 
(TCR): 
 Th1 (CD4⁺) – interagem com os 
fagócitos auxiliando na destruição de 
patógenos intracelular – resposta 
celular 
 Th2 (CD4⁺) – ajuda o linfócito B 
auxiliando na divisão e diferenciação 
celular e na produção de anticorpos – 
resposta humoral 
 Tc (CD8⁺) – matam as células que estão 
infectadas com algum patógeno 
intracelular – citotóxico 
 Reguladores – suprimem a atividade de 
outros linfócitos e auxiliam a controlar 
as respostas imunes. 
 
** células NK e células K ** 
 Linfócitos que não expressam as 
propriedades dos linfócitos T e B 
 Representa subpopulação de linfócitos T 
e B em fase incipiente de diferenciação 
 Frequentemente, os linfócitos nulos são 
naturalmente citotóxicos e são 
denominados células NK (natural killer) 
 São células grandes com citoplasma 
granuloso 
 Lisa células estranhas mesmo que o 
organismo não tenha sido previamente 
exposto aos seus antígenos 
 A ação lítica dessas células é mediada 
pela inserção, na parede celular das 
células- -alvo, de proteínas que formam 
poros, que alteram a homeostase 
celular 
 
** macrófagos ** 
 Originam-se na medula óssea 
 São denominados de monócitos 
enquanto estão no sangue 
 Processam o antígeno 
 Fagocitam 
 Produzem citocinas 
 
** outras células ** 
Neutrófilos: fagocitam os antígenos mais 
facilmente quando recobertos por 
anticorpos (opsonização) 
Eosinófilos: fagocita complexos Ag/Ac e 
participam na modulação dos processos 
anafiláticos 
Mastócitos e Basófilos: sofrem 
degranulação e liberam substâncias como 
histamina, leucotrienos e outras envolvidas 
na inflamação e em reações de 
hipersensibilidade 
 
Imunoglobulinas 
 Gamaglobulinas que conferem 
imunidade 
 Produzidas por linfócitos B ou 
plasmócitos 
 Desempenham importante papel no 
reconhecimento e eliminação de 
antígenos 
 Classes: IgA, IgD, IgE, IgG, IgM 
 Produção de anticorpos T-
independentes: os linfócitos B são 
ativados e produzem anticorpos da 
classe IgM 
 Produção de anticorpos T-
dependentes: resposta de linfócitos B 
(anticorpos) auxiliados por linfócitos T, 
razão pela qual esses anticorpos (IgG, 
IgA e IgE) são denominados anticorpos 
T-dependentes 
 
 Letícia Andréa 105 – 3O 
 
HIPERSENSIBILIDADE 
 A resposta imune provoca lesões ao 
próprio organismo 
 Resposta imune exacerbada ou 
berrante que leva a uma agressão 
tecidual 
 Os sinais e sintomas aparecem quando 
o hospedeiro tenta eliminar o antígeno 
por meio da resposta imune 
 Pode ser mediado por qualquer 
mecanismo operante imune normal 
 Podem ser classificados em humoral 
(anticorpo) ou celular (linfócitos T) 
 Participam também: sistema 
complemento, leucócitos, enzimas, 
sistema da coagulação e participam 
formando um conjunto integrado 
mobilizado para eliminar o antígeno 
 Causa lesão tecidual por meio de 
diversos mecanismos 
 
Classificação 
Tipo I: reações anafiláticas 
Tipo II: reações citotóxicas ou citolítica – 
complementos e NK 
Tipo III: reações tipo complexo imune 
Tipo IV: hipersensibilidade retardada ou 
tardia 
 
Reações Anafiláticas 
 Imediata – seus efeitos aparecem logo 
após a reexposição de hospedeiro 
 Significa o oposto de proteção 
 Mediadas pela liberação específica de 
substâncias farmacologicamente ativas 
por mastócitos (tecidos) ou por 
basófilos (sangue) 
 Na primeira exposição, o indivíduo 
desenvolve resposta imune 
 Anticorpos aderem à superfície de 
mastócitos e basófilos 
 Quando há reexposição, ocorre reação 
Ag/Ac na membrana das células, 
desgranulação e liberação de 
substâncias para a inflamação 
 Visa a eliminação rápida do antígeno 
que criando a imunopatologia 
 O antígeno desencadeador é chamado 
de alérgeno 
 Geralmente, são substâncias inaladas 
ou ingeridas, drogas e microrganismos 
 Geralmente o anticorpo envolvido é o 
IgE - reagina 
 A IgE fixa-se a receptor de alta afinidade 
na superfície celular dos mastócitos e 
basófilos pela sua porção Fc 
 A porção variável da imunoglobulina, 
fica livre para se ligar ao alérgeno 
 Esse sistema é transmitido para o 
sistema enzimático intracelular – 
degranulação dos basófilos e 
mastócitos 
Eventos intracelulares podem ser: sistemas enzimáticos associados às membranas (serina-
oxidase, fosfolipase C, adenilciclase), metilação de fosfolipídios das membranas, nfluxo de cálcio, 
mobilização e ativação de enzimas citoplasmáticas, aumento intracelular de AMPcíclico. 
 Ocorre a fusão dos grânulos 
intracitoplasmáticos 
 Mastócitos e basófilos liberam ou 
ativam várias substâncias que atuam 
como mediadores da resposta 
anafilática – histamina, leucotrienos 
(LT), fator quimiotático para eosinófilos, 
prostaglandinas, fator ativador de 
plaquetas (PAF) 
 Esses mediadores podem estar contidos 
no interior dos grânulos ou produzidos 
pela parede celular 
 A histamina e os LT, entre outros 
efeitos, causam contração da 
 Letícia Andréa 105 – 3O 
musculatura lisa, vasodilatação e 
aumento da permeabilidade vascular 
Alguns LT e o PAF são também 
quimiotáticos para leucócitos. 
 Os mediadores estimulam a produção 
de muco nas mucosas 
 Na reação anafilática há: 
 Permeabilidade vascular – edema 
 Contração da musculatura lisa – 
brônquio espasmo, cólica intestinal 
 Vasoconstrição inicial seguida de 
vasodilatação e choque 
 Aumento da secreção gástrica, nasal e 
lacrimal – histamina, LT e outros 
mediadores liberados pelos 
mastócitos e basófilos 
 Eosinofilia tecidual – fator 
quimiotático para eosinófilos 
 Eosinófilos possuem nos seus grânulos 
enzimas capazes de inativar 
mediadores liberados pelos mastócitos 
e basófilos, atuando como elementos 
de modulação da reação anafilática 
 Podem ser localizadas ou sistêmicas 
 As sistêmicas são raras e possuem 
cuidados especiais 
 Depende da: 
 Dose do antígeno 
 Via de contato 
 Frequência do contato 
 Tendência do órgão para reagir 
 Grau de sensibilidade individual 
 
 
Rações Citotóxicas 
 Também chamada de citolítica 
 Anticorpos destroem células do próprio 
hospedeiro – autoanticorpos e 
isoanticorpos 
 Tem efeito deletério 
 As reações citotóxicas ocorrem pela 
ligação de IgG ou IgM a determinantes 
antigênicos da membrana celular 
 Essa reação ocorre contra antígenos 
circulantes extrínsecos adsorvidos pelas 
membranas celulares 
 Pode ser dependente da reação do 
anticorpo com o antígeno ou pela 
ativação do sistema complemento ou 
células NK 
 
** sistema complemento ** 
 As células envolvidas nessas doenças 
possuem contato íntimo com o sangue: 
hemácias, leucócitos, plaquetas e 
endotélio vascular 
 Existem quatro condições associadas a 
anticorpos citotóxicos: transfusão de 
sangue incompatível, eritroblastose 
fetal, autoanticorpos e reação a drogas 
 Na transfusão incompatível, as novas 
hemácias são destruídas por 
isoanticorpos mediada pelo sistema 
complemento 
 A eritroblastose tem como causa, com 
mediação do sistema complemento, 
produção de anticorpos maternos 
contra as hemácias fetais 
 Autoanticorpos associa-se a neoplasias, 
infecções e doenças inflamatórias 
graves que tiveram antígenos do 
hospedeiro expostos e atacados por 
esses anticorpos 
 As drogas podem atuar como antígenos 
ou haptenos e induzir anticorpogênse, 
fazendo as células serem atacadas pela 
reação antígeno-anticorpo 
 A droga também pode alterar a 
membrana das células e gerar o 
aparecimento de antígenos nessas 
membranas 
 
** natural killer ** 
 Antígenos celulares promovem a 
formação de anticorpos que se fixam 
nas células-alvo 
 O fragmento Fc revestindo a célula-alvo 
permite fixação da NK 
 Moléculas que podem ser liberadas 
pela NK: perforina, granzina (protease), 
proteoglicanas e leucolexina 
 Não necessitam de sensibilização prévia 
para agir e também não apresentam 
especificidade imunológica 
 O mecanismo de ação da lise da CCDA e 
o seu papel biológico não estão 
completamente esclarecidos 
 Letícia Andréa 105 – 3O 
 
Reações Complexo Imune Tóxico 
 Causada pela formação de complexos 
Ag/Ac nos tecidos ou vasos circulatórios 
 Depositam-se como micropreciptados 
na parede dos vasos sanguíneos ou no 
interstício dos tecidos – causa 
inflamação 
 Imunocomplexos formado pelo 
antígeno e imunoglobulinas IgG e IgM 
que ativam a via clássica e causa 
inflamações graves 
 Os anticorpos da classe IgA ativam o 
complemento pela via alternada 
 
** reação de Arthus ** 
 Geralmente é induzido pela pele por 
lesões na parede de pequenos vasos, 
com aumento de permeabilidade 
vascular 
 Injeção de antígeno na pele de um 
organismo com anticorpos contra 
aquele antígeno 
 Pode ocorrer necrose do tipo fibrinoide 
 Presença de numerosos neutrófilos na 
parede dos vasos, hemorragia e até 
trombose vascular 
 O anticorpo se liga ao vaso e se deposita 
um imunocomplexos localmente 
 O complexo Ag/Ac ativa o sistema 
complemento pela via clássica 
 O complemento cria quimiotáticos que 
causam inflamação 
 Fagocitoses dos imunocomplexos pelos 
neutrófilos 
 Há liberação de enzimas lisossomais dos 
neutrófilos, que aumentam as lesões 
vasculares 
** doença do soro ** 
 Quando a proporção de antígeno e 
anticorpo é semelhante ou quando há 
grande quantidade de anticorpos, os 
complexos formados são grandes 
 Os imunocomplexos grandes são pouco 
patogênicos, porque são pouco solúveis, 
sendo facilmente fagocitados no fígado 
e no baço 
 Esses imunocomplexos são importantes 
patogenicamente porque circulam por 
mais tempo, podendo se depositar em 
paredes vasculares de diversos órgãos, 
causando vasculites 
 A carga elétrica do complexo, quando 
oposta à do tecido, é também fator que 
facilita a sua deposição nos tecidos 
 Os complexos fixam e ativam o sistema 
do complemento, que desencadeia a 
inflamação: congestão e aumento de 
permeabilidade capilar 
 Os leucócitos que chegam ao local 
liberam enzimas e radicais tóxicos do 
oxigênio que lisam células ou 
estruturas, ampliando a resposta 
inflamatória 
 Títulos elevados de autoanticorpos e de 
complexos imunes circulantes, com 
diminuição da concentração sérica dos 
componentes do complemento 
 A formação de complexos é mecanismo 
eficiente de eliminação de antígenos, já 
que os complexos podem ser eliminados 
pelas células do sistema mononuclear 
fagocítico 
 
Reações Celulares 
 Reações tardias 
 São dependentes do linfócito T 
 Aparecimento de linfócitos T após o 
contato com algum antígeno 
 Os linfócitos T tornam-se ativos quando 
o antígeno entrar no corpo novamente 
 Há também citocinas que são ativas e 
ajudam a ampliar a reação 
 Como demora a chegada dos linfócitos 
T sensibilizados, sua estimulação e a 
secreção dos mediadores solúveis, as 
reações demoram para se processar 
 Dessa forma, o organismo defende-se 
tanto à custa de substâncias ou de 
células localmente produzidas quanto 
por outros elementos exsudados do 
sangue 
 Letícia Andréa 105 – 3O 
 Ocorre a produção dos linfócitos T 
citotóxicos com capacidade de lisar 
células infectadas 
 O agente agressor pode ser derrotado 
ou persistir, levando a destruição de um 
grande número de células de forma 
deletéria 
 A reação retardada pode ocorrer no 
interstício de um tecido 
 As reações granulomatosas são 
causadas por esse mecanismo 
 
Reações de Estimulação 
 Também chamada de reação de 
neutralização 
 Só há ação de anticorpos 
 Pode ocorrer a estimulação de uma 
estrutura ou a neutralização de uma 
substância 
 Esse tipo de anticorpo contra moléculas 
biologicamente ativas pode ser 
encontrado: pós-transfusional, doenças 
do colágeno, alergia a drogas, estados 
imunoproliferativos e infecção crônica 
 
 
AUTOIMUNE 
 Reação imunológica do indivíduo contra 
os próprios tecidos – autoimunidade 
 Doenças desencadeadas por esse auto 
ataque são as doenças autoimunes 
 Podem ser decorrentes da produção de 
anticorpos ou mecanismos imunes 
celulares 
 A lesão tecidual pode ser por ação da 
resposta humoral ou pela resposta 
celular 
 Há células com capacidade de reagir 
contra o organismo, mas essas são 
inibidas num estado de autotolerância 
 Antígenos em concentração muito 
baixa fazem com que os linfócitos T 
auxiliares sejam inibidos 
 Antígenos em alta concentração inibem 
tanto as células T auxiliares como as 
células B 
 Antígenos podem estimular os 
linfócitos T supressoras – manter a 
tolerância a antígenos próprios 
 Animais que apresentam doenças 
autoimunes têm deficiência em células 
T supressoras 
 Há duas teorias para explicar a 
autotolerância: teoria da eliminação 
total e teoria da supressão celular 
específica 
Eliminação clonal: clones de linfócitos, que possuem receptores desde o período fetal, não 
existem na vida adulta. A autoimunidade seria o reaparecimentodos clones, pelo rearranjo 
gênico no nível das células-tronco. 
Supressão celular específica: todos os clones linfocitários continuam presentes por toda vida, 
porém muitos estão suprimidos e se tornam inativos. 
 
Patogênese 
 A frequência de determinadas doenças 
autoimunes é maior em indivíduos que 
possuem certos tipos de antígenos HLA 
 É possível que um defeito nos genes 
reguladores da resposta imune seja 
responsável pela ocorrência de reações 
autoimunes em determinados 
indivíduos 
 O vírus pode provocar a perda de 
células T ou se associar a antígenos 
 Pode ocorrer desvio da autotolerância 
das células T auxiliares; perda da função 
 Letícia Andréa 105 – 3O 
supressora; e emergência de antígenos 
sequestrados 
 O desvio pode ocorrer da tolerância por 
modificação do autoantígeno, reação 
cruzada e fatores mitogênicos 
 Modificação antoantígeno: um 
patógeno liga-se ao autoantígeno que 
se liga a uma proteína carreadora (cél. 
não tolerante) ou umauto antígeno é 
degradado e expõe antígenos 
diferentes. 
 Reação cruzada: um patógeno 
apresenta antígenos em comum com 
os tecidos humanos. 
 Fatores mitogênicos: endotoxinas 
bacterianas têm capacidade 
mitogênica contra linfócitos B, 
substituindo células T auxiliadoras. 
 A perda da função T supressora parece 
ser mecanismo importante no 
desenvolvimento de autoimunidade 
 A emergência de antígenos 
sequestrados é mecanismo que 
frequentemente determina 
autoimunidade 
 Muitas doenças autoimunes 
apresentam incidência familiar 
aumentada ou ligadas a antígenos de 
histocompatibilidade 
 
Doenças 
Lúpus eritematoso: é amais frequente e formam anticorpos contra anticorpos anti-DNA, 
nucleoproteínas e componentes anticitoplasmáticos. Há depósito de complexos de anticorpos e 
células de antígenos nos tecidos e paredes vasculares. 
Tireoidite de Hashimoto: aumento da glândula tireoide que está infiltrada por plasmócitos e 
linfócitos formando folículos linfoides, fazendo anticorpos contra a tireoide serem ativados – 
hipersensibilidade citotóxica e retardada. 
Anemia hemolítica autoimune: anticorpos produzidos contra antigênicos da própria hemácia 
que leva a sua lise por ação do sistema complemento, levando a anemia - hipersensibilidade 
citolítica. 
Encefalite pós-vacinação antirrábica: após a imunização antirrábica, pode-se desenvolver 
encefalite pelas células T sensibilizada – hipersensibilidade retardada. 
Síndrome de Goodpasture: rara, grave e fatal. Aparecem autoanticorpos que reagem com a 
membrana basal glomerular, que leva a glomerullonefrite, e com a membrana basal pulmonar, 
que causa hemorragia pulmonar – hipersensibilidade citolítica. 
 
IMUNODEFICIÊNCIAS 
 Deficiências no sistema imune e 
resposta inflamatória 
 Resulta em suscetibilidade aumentada 
à infecção 
 Origina infecções repetidas ou 
oportunistas 
 Podem ser classificadas como: 
primárias e secundárias 
 Pacientes com imunodeficiências 
graves apresentam órgãos linfoides 
pequenos que não reagem aos 
estímulos antigênicos 
 Há respostas com depleção do setor 
humoral, outras com depleção do setor 
celular e outras de ambos 
 As primárias são ligadas ao 
cromossomo X 
 As secundárias são complicações de 
infecções, neoplasias, envelhecimento, 
desnutrição, insuficiência renal crônica, 
doenças autoimunes, diabetes mellitus 
e irradiação ou quimioterapia 
 
 Letícia Andréa 105 – 3O 
Imunodeficiências Primárias 
 Ocorre na infância – 6 meses e 3 anos 
 Manifesta-se por infecçõesrecorrentes 
 
** agamaglobulinemia congênita de Bruton 
** 
 Comum 
 Ligada ao sexo masculino 
 Pacientes não possuem linfócito B 
 Sem produção de anticorpos específicos 
 Não se detectam no soro IgA, IgD e IgE 
– níveis de IgG são acentuadamente 
baixos 
 Nos órgãos linfoides secundários, não se 
observa a presença de plasmócitos e de 
folículos 
 Os linfócitos T tem número e função 
normal 
 Infecções repetidas na segunda metade 
do 1º ano de vida – desaparecimento 
dos anticorpos maternos 
 São comuns: infecções pulmonares, 
leptomeningites, otites Streptococcus 
pneumoniae, Haemophilus influenzae e 
outras bactérias e infestações 
intestinais por Giardia lamblia 
 
** deficiência isolada de IgA ** 
 É a mais comum 
 Ausência de IgA sérica e IgA secretora 
 Defeito na diferenciação dos linfócitos 
pela ação de células T supressoras 
específicas para o sistema IgA 
 Podem apresentar diarreias frequentes 
e infecções respiratórias – falta da IgA 
secretor 
 
** aplasia tímica ** 
 Também chamada de síndrome de 
DiGeorge 
 Falta de desenvolvimento da terceira e 
quarta bolsas faríngeas 
 Ausência de timo, paratireoide e células 
da tireoide 
 Apresentam raros linfócitos T ou até 
ausência 
 Linfócitos B são normais 
 São frequentes casos de Candida 
albicans e pneumonia por Pneumocystis 
carinii 
 Não rejeitam transplantes nem 
apresentam reação de 
hipersensibilidade mediada por células 
 As infecções virais são geralmente fatais 
 
** imunodeficiência combinada grave ** 
 Autossômico recessivo ou recessivo 
ligado ao X 
 Mais comum no sexo masculino 
 Defeito nas células-tronco linfoide 
 Defeito da célula-tronco linfoide – sem 
desenvolvimento de linfócito B e T 
 Na forma recessiva autossômica, não se 
observa a presença da enzima 
adenosina-deaminase nas células – 
acúmulo de metabólicos tóxicos no 
citoplasma 
 Ocorre intensa linfopeniaA produção de 
anticorpos IgG é muito pequena e de 
outras classes, ausente 
 A suscetibilidade a infecções comuns e 
oportunistas é grande 
 Normalmente, portadores não chegam 
aos 2 anos de idade 
 
Deficiências de Resposta Inflamatória 
** deficiências genéticas de componentes 
do complemento ** 
 Defeitos genéticos de componentes do 
complemento - C1r, C2, C4, C3, C5, C7 e 
C8 
 Autossômicas recessivas 
 Deficiência de componentes iniciais 
gera doenças do complexo imune 
 Deficiência de últimos componentes 
gera infecções recorrentes 
 A deficiência de C3 está associada com 
infecções piogênica 
 Os mais importantes defeitos do 
complemento são aqueles do sistema 
de modulação do complemento 
 A deficiência do inibidor de C1 está 
associada ao edema angioneurótico 
 Letícia Andréa 105 – 3O 
** defeitos das células fagocitárias ** 
 Os macrófagos e neutrófilos possuem 
receptores C3b e Fc – facilita a ingestão 
de bactérias recobertas por 
complemento e/ou imunoglobulina 
 A fagocitose ativa a enzima NADH-
oxidase, a qual é necessária para gerar 
água oxigenada intracelular, que é lítica 
para as bactérias 
 Na doença granulomatosa causa de 
defeito genético da NADH-oxidase ou 
outras enzimas 
 As crianças afetadas apresentam 
infecções persistentes por 
Staphylococcus aureus e outras 
bactérias que produzem catalase 
 As bactérias ingeridas proliferam nos 
fagócitos doentes, gerando reação 
granulomatosa 
 Síndrome dos “leucócitos vagabundos” 
(migração anômala) e a síndrome de 
Chediak-Higashi (migração e 
degranulação anômalas)

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