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Letícia Andréa 105 – 3O Processo pelo qual os microrganismos causam doenças Inicia-se com a exposição e aderência dos microrganismos às células hospedeiras Podem causar lesões pelo contato direto ou pelas excretas microbianas Entram pelas vias de entrada ou portas de entrada Alguns micróbios, como aqueles que causam as cáries dentárias e a acne, podem causar doenças sem penetrar o organismo Infecção: crescimento de microrganismos que não estão normalmente presentes dentro do hospedeiro. Hospedeiro: organismo que receberá o microrganismo estranho. Patógeno: organismo que vive dentro de outro e provoca a doença. Doença: dano ou lesão tecidual que prejudica aas funções do hospedeiro. Patogenicidade: propriedades únicas de cada patógeno para causa a doença. Patógeno oportunista: causa doença apenas na ausência de resistência normal do hospedeiro. Portas de Entrada Trato respiratório: inalação Trato gastrointestinal: ingestão Urogenital: sexualmente Transplacentário: mãe contaminada Pele: penetração por traumatismo, picada de agulha, artrópodes, transfusão sanguínea VIRULÊNCIA A capacidade de um patógeno em provocar doenças Resulta da relação patógeno-hospedeiro Não é constante, igual a resistência do hospedeiro Pode ser estimada por estudos - DL₅₀ (dose letal₅₀): o número de células de um agente patogênico capaz de matar 50% dos animais em um grupo teste Patógenos altamente virulentos apresentam pouca diferença na quantidade necessária para matar de 50% para 100% do grupo teste Letícia Andréa 105 – 3O ATENUAÇÃO Diminuição ou perda da virulência Usadas na produção da vacina A atenuação provavelmente ocorre porque mutantes não virulentos ou fracamente virulentos crescem mais rapidamente do que os mutantes virulentos Se uma cultura atenuada for reinoculada em um animal, o organismo pode recuperar sua virulência original, especialmente com passagens in vivo contínuas OBS: para se estabelecer, o patógeno deve superar as defesas do hospedeiro: fagocitose, acidez do estômago e do trato urogenital, enzimas hidrolíticas e proteolíticas. ESTÁGIOS Entrada e Evasão das barreiras primárias Adesão Propagação Toxinas e Respostas imunológicas Defesas secundárias Entrada e Evasão Também chamada de transmissão Ligam-se as células epiteliais para entrar Ocorre evasão de defesas primárias – suor, lágrimas, pele, mucosa, suco gástrico As cápsulas auxiliam na proteção do patógeno contra os mecanismos de defesa do hospedeiro Adesão Aderência a célula A aderência também pode ser entre os patógenos formando o biofilme Capacidade de um microrganismo de se ligar a uma célula ou superfície Glicocálix: auxilia na adesão da bactéria Camada limosa e cápsulas – auxiliam na adesão Muitos patógenos aderem-se seletivamente a tipos particulares de células por meio de estruturas de superfície celulares Fímbrias e pili auxiliam no processo de adesão A fímbria e o pili atuam na ligação com as glicoproteínas da superfície da célula do hospedeiro Fímbrias tipo I são distribuídas uniformemente sobre a superfície das células Os pili presentes em menor número na superfície celular Os flagelos também podem aumentar a adesão às células hospedeiras Propagação Ocorre a infecção – se estabelece e se desenvolve num hospedeiro Crescimento de microrganismos após sua ligação Necessita de nutrientes que o hospedeiro pode não conceder Multiplica-se e ataca cada vez mais células Toxinas e Imunologia Causa danos através de toxinas Traz uma resposta inflamatória Defesas Secundárias Proteger de anticorpos Se for vencido, só ocorreu infecção sem doença Proteínas do hospedeiro, transferrina e lactoferrina, sequestram o ferrro que o microrganismo precisa Letícia Andréa 105 – 3O TRATO RESPIRATÓRIO E GASTROINTESTINAL Streptococcus pneumoniae – pneumonia Neisseira meningitidis – meningite Mycobacterium tuberculosis – tuberculose Shigella desinteriae – disenteria Salmonela tiphy – febre tifoide Vibrio cholerae – cólera PELE E UROGENITAL Clostridium tetani – tétano Ricketsia rickettsii – febre musculosa Neisseria gonorrhoeae – gonorreia Treponema pallidum – sífilis Chlamidya trachomatis – uretrite FATORES DE VIRULÊNCIA Aprimoram a capacidade de invasão do patógeno A maioria são enzimas São fatores de virulência: Poder invasor Poder toxígeno Poder Invasor Capacidade de produzir enzimas e substâncias químicas que favorecem a invasão tecidual Fímbrias Junto com a pili ajuda na adesão Fímbrias tipo I são distribuídas uniformemente sobre a superfície das células Neisseria gonorrhoeae: os pili facilitam a ligação ao epitélio Salmonella: fímbrias tipo I facilitam a ligação ao epitélio do intestino delgado Escherichia coli patogênica: antígenos de fatores de colonização (CFAs) facilitam a ligação ao epitélio do intestino delgado E. coli: uropatogênico – proteínas G em fímbrias P Streptococcus pyogenes: associação de ácido lipotecoico associado a fímbrias Não fímbrias OPA: proteína que se liga à proteína CD66 para aderir a superfície das células Vírus influenza: adere-se por hemaglutininas no pulmão Proteína M: resistência aos neutrófilos Streptococcus pyogenes: a proteína M na célula liga-se a receptores da mucosa respiratória Neisseria gonorrhoeae: a proteína Opa na célula liga-se aos receptores CD66 do epitélio Biofilme Capacidade de se agrupar dos micro- organismo Aderem-se a superfícies e compartilhar nutrientes Superfície úmida e matéria orgânica Multiplicam-se e secretam o glicocálice Placas dentárias, cateteres e implantes cirúrgicos Invasinas Causa enrugamento da membrana Causa dobras da membrana e é engolfado pela célula hospedeira Poder Toxígeno Produção de toxinas alteram as funções vitais das células Toxinas são substâncias venenosas produzidas pelo mmicrorganismo Toxigenicidade: capacidade de produzir toxinas Toxemia: presença de toxinas no sangue Letícia Andréa 105 – 3O Podem gerar: febre, distúrbios cardiovasculares, diarreia e choque Das 200 toxinas conhecidas, 40% são patogênicas Podem ser endotoxinas ou exotoxinas Exotoxinas Produzidas no interior das bactérias Parte do seu crescimento e metabolismo São secretadas pela bactéria no meio ou liberadas após uma lise Mesmo pequenas quantidades são perigosas, podendo agir várias vezes Podem ser gram-negativas ou gram- positivas Estão em plasmídeos Agem destruindo partes das células do hospedeiro ou inibindo certas funções metabólicas Estão entre as substâncias mais letais conhecidas Produzem os sinais e sintomas específicos das doenças Causam intoxicação sem a necessidade de contato com a bactéria O organismo produz as antitoxinas para combater essas toxinas Enterotoxinas: afetam o intestino delgado, causa a secreção de fluidos para o lúmen intestinal, criando as diarreias e vômitos Podem ser alteradas e virarem toxoides Toxióides: são usadas muito como vacinas e são modificadas para se tornarem maléficas Endotoxinas São parte da porção externa da parede celular Presente em gram-negativas São polissacarídeos São liberadas com a morte da bactéria e sua lise Alguns antibióticos, destroem a parede celular e com isso liberam as endotoxinas, causando a piora imediata dos sintomas Exercem seu efeito pelo estímulo de macrófagos Liberam citocinas em concentrações bastanteelevadas Produz sinais e sintomas independentes das espécies Geralmente causa: calafrios, febre, fraqueza, dores generalizadas e, em alguns casos, choque e até mesmo morte, induzem o aborto Causa a formação de pequenos coágulos, podendo causar a morte tecidual (CID) Letícia Andréa 105 – 3O PATOGÊNESE Coagulases Coagulam o fibrinogênio do sangue Os coágulos de fibrina podem proteger a bactéria da fagocitose e isolá-la de outras defesas do hospedeiro Produzidas por alguns membros do gênero Staphylococcus – formação de abscessos produzidos pelos estafilococos Cinases Degradam a fibrina e digerem coágulos Fibrinolisina: produzida pelo Streptococcus pyogenes Hialuronidase Ela hidrolisa o ácido hialurônico, um tipo de polissacarídeo que une certas células do corpo Necrose de ferimentos infectados e auxilia na dispersão a partir de seu sítio inicial de infecção Clostridium que causam a gangrena Colagenase Clostridium Facilita a disseminação da gangrena gasosa Colagenase quebra a proteína colágeno, que forma os tecidos conectivos de músculos e de outros órgãos e tecidos Proteases IgA Podem destruir anticorpos A N. gonorrhoeae possui e o N. meningitidis, proteínas que infectam o sistema nervoso central, produzem essas proteínas Cápsula Importante para a adesão bacteriana Protege as bactérias dos mecanismos de defesa Leucocidinas Danificam membrana celular Formam canais proteicos São ativadas contra macrófagos A maioria é produzida por estafilococos e estreptococos MICRORGANISMO X HOSPEDEIRO Imunidade Inata Imunidade Adquirida Número Virulência Fatores de Virulência
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