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Microcefalia - Paper final2 2

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MODELO DO PAPER DE ESTÁGIO 
AS EXPERIENCIAS NA VIDA DAS CRIANÇAS DO MATERNAL
Autor: Alexsandra Mayla Reguelim Schoenberger e Édson Stiegelmaier[footnoteRef:1] [1: Acadêmico do Curso de Licenciatura em Pedagogia; E-mail: maylaped@gmail.com ] 
Tutor externo: Marilea Fogulari Ubinski[footnoteRef:2] [2: Tutor Externo do Curso de Licenciatura em Pedagogia – Polo Leonardo da Vinci – Fameg; E-mail: tutoramarilea@uniasselvi.com.br] 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Pedagogia (PED 3220) – Estágio
28/04/2021
RESUMO 
O artigo é reflexo de uma extensa pesquisa realizada sobre a inclusão do aluno com microcefalia no ambiente escola. A educação inclusiva vem sofrendo transformações que refletem modificações deste a educação infantil até o ensino de pós graduação, transformações essas que estarão elencadas em um processo histórico onde a inclusão ganhou estrutura física nos últimos 30 anos. A microcefalia é uma condição que afeta o crescimento do cérebro e necessita de cuidados que vão desde a estrutura familiar até adentrar no âmbito escolar. Nesta estrutura que se monta para cuidar destas crianças existem ferramentas criadas pela BNCC para incluir, é um processo que existe corroborações entre instituições tanto de saúde como educacional. O professor funciona como mediador e principal instrumento de inclusão nesse processo. Com o COVID 19 criando uma situação nova que é o ensino híbrido, existe novos pensamentos e novas ferramentas para atuar nesse processo de aprendizagem. Processo esse que deve funcionar como ancora para dar o máximo de qualidade de vida para essas crianças.
Palavras-chave: BNCC. COVID 19. Professor.
1 INTRODUÇÃO 
A educação infantil vem de um longo histórico de evoluções, e elas iniciaram ainda no período de transição entre século XIX e XX onde as mulheres se viram com a necessidade de sair dos trabalhos domésticos e adentrar em indústrias pois a mão de obra masculina já não era mais suficiente pra suprir essas demandas, e assim mulheres e crianças eram chamadas a trabalhar. As mães que possuíam crianças muito pequenas, precisavam arrumar um lugar para deixar essas crianças, babas (também conhecidas como mães mercenárias, que optaram por não entrar na área fabril) cuidavam dessas crianças, porém aquelas que não podiam pagar, ou deixavam sozinhos, ou deixavam em instituições que eram conhecidos como substituto do lar materno, já que nesses locais se davam comida, banho entre outros cuidados. 
Conforme Gadotti (2010) a educação no Brasil possui atrasos seculares, desde a educação dos índios pelos jesuítas, o Brasil colônia, o império e a república. Somente por volta do século XX, para ser mais preciso em 1930, o período da revolução no Brasil, dar abertura para outros ramos. É nesse contexto em que o país se encontrava que a educação é colocada em discussão, e colocada como ponto importante de reuniões. 
	Segundo Hannah Arendt: 
Com a concepção e o nascimento os pais não deram somente a vida seus filhos, eles, ao mesmo tempo, introduziram-nos em um mundo. Educando-os eles também assumem a responsabilidade da vida e do desenvolvimento da criança e também da continuidade do mundo. 
	De acordo com o passar dos anos a constituição federal brasileira passou por inúmeras mudanças até o ano de 1988 que é a lei que vigora até hoje, e depois dela foram criados vários processos que embasam a educação brasileira, como a Lei de Diretrizes e Bases Nacional (LDB). Conforme a última versão da Constituição Federal Brasileira ficou garantido as crianças que: seus pais o estado e ou o poder público forneceria uma educação de qualidade a todas as crianças, indiferente do seu histórico diferenciado: 
Art. 227: É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. 
Mendes, explica a importância dos primeiros anos de vida das crianças:
Os primeiros anos de vida de uma criança têm sido considerados cada vez mais importantes. Os três primeiros anos, por exemplo, são críticos para o desenvolvimento da inteligência, da personalidade, da linguagem, da socialização, etc. A aceleração do desenvolvimento cerebral durante o primeiro ano de vida é mais rápida e mais extensiva do que em qualquer outra etapa da vida, sendo que o tamanho do cérebro praticamente triplica neste período. Entretanto, o desenvolvimento do cérebro é muito mais vulnerável nessa etapa e pode ser afetado por fatores nutricionais, pela qualidade da interação, do cuidado e da estimulação proporcionada à criança (MENDES, 2010, p. 47-48).
A lei 5692 de 1971, em seu artigo 9º ressalta: 
“Os alunos que apresentem deficiências físicas ou mentais, os que se encontram em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e os superdotados deverão receber tratamento especial de acordo com as normas fixadas pelos competentes conselhos de educação”(Brasil, 2007).
	Em 1971, o Ministério da Educação (MEC) definiu uma equipe de trabalho que levantou as condições da educação especial no Brasil, formulando sugestões de diretrizes que foram adotadas no primeiro plano setorial de educação “no qual a educação especial foi incluída como área prioritária” (MOTA, 1997).	
	Considerando os passos da educação, pode-se dizer que a educação para pessoas com necessidades especiais não foi o mais receptivo, tornando assim para a época um quadro de completa exclusão. De modo geral essas pessoas eram mantidas em segredo, longe do convívio social, e que quando escolarizados eram separados em escolas ou classes especiais que se estabeleciam de acordo com a sua deficiência, e reforçando que para conviver com os demais educandos era necessário um professor de normalização da criança. 
O surgimento da Educação inclusiva se deu em diferentes momentos e diferentes contexto, mas a partir da década de 90, onde aconteceu a Conferência Mundial de Educação especial, e no ano de 1994 onde foi proclamado a Declaração de Salamanca e que “define políticas, princípios e práticas da Educação Especial e influi nas Políticas Públicas da Educação”. (UNESCO, 1994). Desde então, considerou-se a inclusão dos educandos com necessidades educativas especiais. Em seu livro a autora Rosana Glat revela que: “Mais do que uma nova proposta educacional, a Educação Inclusiva pode ser considerada uma nova cultura escolar: uma concepção de escola que visa o desenvolvimento de respostas educativas que atinjam a todos os alunos” (GLAT, 2007 p. 16-17).
2 EDUCAÇÃO INFANTIL: A HISTÓRIA
Antes de trabalharmos com a história da educação infantil, necessitamos abordar a história da educação de modo geral, pois com o avanço dela é que atualmente possuímos uma educação de qualidade melhor que anos atrás. 
Durante muito tempo a educação foi apenas para as pessoas de classe da sociedade, onde os ricos eram educados e os pobres tinham apenas o conhecimento adquirido por seus pais, que geralmente eram relacionados as tarefas domésticas quando mulheres e a lavoura e caça os homens. 
	Segundo Kuhlmann, (2003, p.469):
Pode-se falar de Educação Infantil em um sentido bastante amplo, envolvendo toda e qualquer forma de educação da criança na família, na comunidade, na sociedade e na cultura em que viva. Mas há outro significado, mais preciso e limitado, consagrado na Constituição Federal de 1988, que se refere à modalidade específica das instituições educacionais para a criança pequena, de 0 a 6 anos de idade.Essas instituições surgem durante a primeira metade do século XIX, em vários países do continente europeu, como parte de uma série de iniciativas reguladoras da vida social, que envolvem a crescente industrialização e urbanização.
Com o passar dos anos a educação foi ganhando um maior espaço por entre a sociedadee abrangendo um número maior de pessoas sendo elas ricas ou pobres, porém ainda era bem difícil uma pessoa com baixa condição financeira adentrar em uma escola para se alfabetizar. Ao londo da década de 30,m a concepção de um “plano de educação” tornou-se importante para as discussões sobre a organização da educação, na “Nova República”, pois “a sua marca foi o democratismo com o que a ideia de introduzir, pelo plano, uma espécie de racionalidade democrática se revestiu de ambiguidade; finalmente, na era FHC, o plano se transmutou em instrumento de introdução da racionalidade financeira na educação” (SAVIANI, 2010, p. 391). 
A Educação Infantil é bastante nova no país. Nas últimas décadas o atendimento a crianças menores de 7 anos de idade cresceu muito e vem se acelerando, om o avanço da demanda das instituições de educação infantil, já que a mulher vem ganhando cada vez mais espaço no mercado de trabalho. 
A história das instituições de educação, para as crianças pequenas, está diretamente ligada com a história da sociedade, do trabalho, da família, da infância, das políticas de assistência e com a trajetória das outras instituições escolares (KUHLMANN JR., 2011). 
Normalmente se cita a Constituição de 1988 e a LDB 1996 como marcos da Educação Infantil, excluindo fatos e acontecimentos anteriores que repercutem até os dias de hoje. O reconhecimento da Educação Infantil como direito da criança e assumida, efetivamente, pelo Estado ao ser mencionada na Lei máxima do país, é fruto de um longo processo histórico.
Segundo o pesquisador brasileiro Moysés kuhlmann Jr. relata que a primeira creche do país surgiu ao lado da Fábrica de Tecidos Corcovado, em 1899, no Rio de Janeiro. E no mesmo ano, o Instituto de Proteção e Assistência à Infância do Rio de Janeiro deu início a uma rede assistencial que se espalhou por muitos lugares do Brasil. Vista por este ângulo, as instituições de educação infantil surgiram com caráter puramente assistencial.
A denominação para instituições que atendem crianças na faixa etária de 0 a 3 anos é a creche segundo a LDBN 9394/96, e a que atende crianças de 4 a 5 anos de Pré-Escola. Abaixo o art. 29 da LDB, explica um pouco mais sobre a LDB e a Educação Infantil:
No art.29. A Educação Infantil é conceituada como a primeira etapa da Educação Básica e tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até cinco anos de idade, em seus aspectos físicos, psicológico e social, complementando a ação da família e da comunidade. No art. 30 a Educação Infantil será oferecida em creches para crianças de até três anos de idade e em pré-escolas para crianças de quatro a cinco anos de idade. No art. 31. Na Educação Infantil a avaliação será feita mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para acesso ao Ensino Fundamental.
Os pressupostos existentes na educação infantil que tangem a área da educação inclusiva são memoráveis e acompanham as mudanças que transfiguram o contexto atual. Diante da orientação sobre a educação de crianças com necessidades especiais, apresentada na LDB, o MEC elaborou, em 2001, o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, Estratégias e Orientações para a Educação de Crianças com Necessidades Educacionais Especiais (BRASIL, 2001).
2.1 EDUCAÇÃO INCLUSIVA
	Antigamente pessoas com necessidades especiais eram eliminadas da sociedade tanto diretamente como indiretamente parte por não servirem a sociedade, parte porque as pessoas entendiam que a deficiência em si era obra do demônio ou algum castigo divino. Fonseca (2000) relata em sua obra que na antiguidade, a população mais rudimentar tinham um tratamento para pessoas com necessidades especiais, baseado em dois ângulos: como um grave problema para a sobrevivência da população, mas existiam aqueles que protegiam ou superprotegiam e também sustentavam essa classe por empatia e para agradar os deuses da época como gratidão pelo empenho dos que eram mutilados em guerras. 
	Olhando através do tempo, a população d diversas nações começaram a exercitar o assistencialismo, que nada mais é que promover uma alocação, ou uma readaptação dessas pessoas com deficiência na sociedade. Com o cristianismo da Idade Média, se obteu o um certo sentimento empático ou conhecimento divino para a época por essas pessoas onde elas passaram a serem amparadas em locais de assistência que eram mantidos pelos senhores feudais. 
	A palavra deficiência deriva do latim deficientia que em seu significado mais comum é falta, imperfeição, insuficiência. Segundo a OMS a deficiência como um conjunto de perdas auditivas, visuais, física, mentais, múltiplas, sendo estas de origem congênita ou adquirida, concomitante com as sequelas decorrentes de tais perdas. A partir desta definição, fica apontada a perspectiva da funcionalidade do corpo, situando a deficiência no modelo biomédico.
A revolução Industrial trouxe para quem possui alguma deficiência seus direitos, assim como as crianças ditas “normais” tem direitos, já que as com necessidades sofriam inúmeros acidentes de trabalho e não eram respaldadas na lei, se baseando nesses fatos foram criadas leis para proteger essa classe trabalhadora e garantirem seguridade social a elas por meio de projetos assistencialistas, um exemplo clássico atendimento de saúde e reabilitação aos que sofreram acidentes. 
Iniciado o século XX, especialistas de várias áreas ajudaram no descobrimento sobre teorias novas ou já existentes sobre o que se refere em capacidade e inteligência humana e auxiliaram a mudança de visão com que se referia as pessoas com necessidades especiais. Helena Antipoff e Ulysses Pernambucano, por exemplo, são dois brasileiros que contribuíram para a educação institucionalizada dos alunos com deficiência, nas primeiras décadas do século XX (Antunes, 2003).
2.2 MICROCEFALIA
Tratar de um tema tão atual, que é normalmente noticiado nas mídias até os dias de hoje com mais frequência, é de extrema importância dar um outro olhar, analisar todos os parâmetros para que se possa obter um conhecimento pleno sobre o assunto. Dentre as inúmeras deficiências que encontramos hoje noticiada, a microcefalia é uma das mais recentes e que pode ter diversas causas para o seu diagnóstico. Antes de entrarmos de cabeça no tema, temos como necessidade a interação do assunto sobre diversos ângulos.
Antes de trabalhar a microcefalia, precisa-se uma base sobre a anatomia humana, para entender melhor como que a deficiência é de fato diagnosticada. A anatômica do crânio de um ser humano está sempre em constante transformação até a vida adulta: 
O encéfalo humano cresce a partir de 400g ao nascimento até aproximadamente 1.400g na idade adulta, sendo que aproximadamente 80% desse crescimento ocorre durante os primeiros dois anos de vida. Nesse período, influências genéticas e fatores ambientais (exposição fetal ao álcool, drogas, toxinas, nicotina, infecções durante a gestação, complicações perinatais e prematuridade) podem afetar o crescimento e o desenvolvimento encefálico (AMIEL-TISON; GOSSELIN; INFANTE-RIVARD, 2002).
O crânio humano cresce de acordo com a idade, e para ficar como vemos, é preciso uma adaptação, passiva, devagar, que integre o aumento do hemisfério do cérebro em valores volumétricos. Segundo a Revista Deficiência Intelectual (2016) “[…] A medida do perímetro cefálico (PC) é proporcional ao volume intracraniano: 80% cérebro, 10% sangue e 10% líquido cerebrorraquidiano”. Se houver qualquer mudança de volume em qualquer parte do cérebro, o valor de PC pode ser alterado. 
A definição de microcefalia é a mesma para diferentes modos que se pode adquirir essa síndrome. Segundo o Hospital das Clínicas:
A Microcefalia é definida como a ocorrência de um cérebro pequeno, cuja medida se encontra abaixo da média esperada para uma determinada idade, sexo e gestação. Quando uma criança nasce, e sua cabeça tem um tamanho menor do que o considerado normal, temos a chamada Microcefalia congênita ou primária. Entretanto, se a criança nasce com o tamanhodo cérebro normal, mas durante o seu crescimento o cérebro não acompanha esse desenvolvimento, ficando com tamanho menor que o esperado para sua idade, tem-se a Microcefalia pós-natal. 
Ainda em se tratando da definição de microcefalia o livro do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais : 
Microcefalia é uma condição de saúde na qual o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Várias são as causas dessa malformação congênita, como agentes químicos e biológicos. Dentre os agentes biológicos, destaca-se a infecção por Zika vírus. Órgãos como o Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos confirmaram a relação entre o vírus Zika e a microcefalia. Embora não exista um tratamento específico para a microcefalia, devem-se utilizar ações de suporte que possam auxiliar no desenvolvimento do bebê e da criança, sendo esse acompanhamento preconizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 
Apresentando parâmetros mais relacionados a área médica a microcefalia é definida como um PC inferior a 2 DP abaixo da média (≤2 DP) para a idade, o sexo e a etnia. Constitui um importante sinal neurológico que pode se manifestar de forma isolada ou em associação com outras anomalias (ASHWAL et al., 2009). Alguns autores utilizam o termo microcefalia verdadeira ou grave na evidência de um PC ≤ 3 DP (PASSEMARD et al., 2013). 
Essas definições deixam claro que a existência dessa deficiência necessitam de cuidado especiais, tanto na vida escola como no âmbito familiar. De acordo com Flávia (2021):
O Brasil teve quase 3,5 mil casos confirmados de microcefalia e outras alterações possivelmente ligadas ao vírus zika, entre 2015 e 2019, segundo o Ministério da Saúde. Mais da metade das notificações ocorreu na região Nordeste, onde o aumento de casos de microcefalia foi relatado primeiramente: no estado de Pernambuco. A Fundação Oswaldo Cruz foi uma das protagonistas na investigação e no enfrentamento dessa emergência sanitária no país, que foi reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) pela rapidez com que atuou.
Tantas influências na definição desta deficiência retratam de maneira simplificada os problemas que existem no processo educacional desta criança, tanto na escola como no EAD (Ensino A Distância) e com as complicações causada pelo COVID 19 apareceu a necessidade de se estudar essa infraestrutura intelectual com mais afinco.
2.3 EDUCAÇÃO BÁSICA EM TEMPOS DE ENSINO A DISTÂNCIA
Existe uma falta de estrutura física no âmbito educacional quando se trata de receber alunos com microcefalia na escola, esse fato é incorporado na existência real da necessidade de meios e ferramentas que auxiliem nesse processo. Silva (2017) afirma que a aprendizagem e o desenvolvimento da criança nessa etapa educacional se dão por meio das interações e das brincadeiras entre os pares, que lhe proporciona a conviver, explorar, participar, expressar-se e por fim desenvolver-se integralmente, pois a Educação Infantil é a etapa inicial do processo de escolarização. 
Existe um processo de estruturação na vida educacional da criança e para criança com microcefalia não é diferente. Entendemos que existe uma dificuldade na estrutura no âmbito escola, focando no ambiente atual percebemos que essa mudança de hábitos que as leis vigentes exigem (referente ao COVID 19) passaram para o EAD todo o âmbito escolar, isso exigiu uma transformação gigante onde já era precário a existência de ferramentas para auxiliar essas crianças com microcefalia.
O ensino híbrido é a tentativa de implantar na educação o que foi realizado com esse outros serviços e processos de produção. A responsabilidade da aprendizagem agora é do estudante, que assume uma postura mais participativa, resolvendo projetos e, com isso, criando oportunidades para a construção de conhecimento. O professor tem a função de mediador, consultor do aprendiz. E a sala de aula passa a ser o local onde o aprendiz tem a presença do professor e dos colegas auxiliando-o na resolução de suas tarefas e na significação da informação, de modo que ele possa desenvolver as competências necessárias para viver na sociedade do conhecimento. (BACICH,2015 , p.23) 
3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO
O estágio obrigatório ou supervisionado é de suma importância para qualquer educando antes de ingressar em sua área de atuação, pois é nele que vivenciamos cada passo da vida escolar das crianças e comecemos nosso campo antes de entrar em jogo. Como sita o artigo “A IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO NAS LICENCIATURAS”: 
O Estágio Curricular Supervisionado, indispensável na formação de docentes nos cursos de licenciatura é um processo de aprendizagem necessário a um profissional que deseja realmente estar preparado para enfrentar os desafios de uma carreira e deve acontecer durante todo o curso de formação acadêmica, no qual os estudantes são incentivados a conhecerem espaços educativos entrando em contato com a realidade sociocultural da população e da instituição (SCALABRIN e MOLINARI, 2013). 
Mas o mesmo tempo, o mundo vivencia um período de medo e incertezas, pois no ano de 2020 espalhou-se pelo mundo o vírus da COVID-19, e para proteger toda a população do mundo, muitos locais, precisaram ser interditados e as escolas foram um desses lugares contemplados. Assim os estágios ficaram em suspenso. No atual ano que é 2021, as escolas puderam retomar suas atividades, porém uma semana presencial e outra semana remota conhecido como ensino híbrido. Exceto a creche que pode atender 50% da sua capacidade e se respeitasse o protocolo sanitário de 1,5 de distância. Em se tratando de ensino superior, as aulas ainda permanecem em ensino online, por mais que as atividades escolares retornaram, ficou a cargo de cada cidade e suas secretárias de educação resolverem se permitiriam os estágios supervisionados ou não. Na cidade de Jaraguá do Sul eles ainda permanecem proibidos, para proteger os trabalhadores e educandos e também os alunos de graduação. 
Diante dos fatos apresentados, o presente paper foi realizado bibliograficamente, pesquisando sobre o assunto em jornais, revistas, periódicos, entre outros materiais e mídias disponíveis. Já o encontro para a realização era realizado via encontro virtual, pela plataforma Microsoft Teams ou Google Meet, para alinhar pensamentos e colocar da melhor forma possível para que haja entendimento do que se pretende trabalhar. 
Para a realização do estágio, foi necessário pesquisar algumas referências importantes ainda para a realização do projeto, um arquivo de extrema importância é a BNCC, pois nela nos baseamos em como poderíamos preparar aulas que atendessem os seus campos de experiência e ao mesmo tempo conhecê-los para que pudéssemos trabalhar com eles em atividades que ficassem de acordo com o que a instituição queria, e que também pudéssemos nos atualizar nos procedimentos pedagógicos para futuramente estarmos familiarizados com eles. 
A escolha da instituição se deu através de pesquisa na internet e porque um dos integrantes do grupo reside próximo a instituição citada. O CMEI Cecilia Satler Karsten, pesquisando um pouco, descobriu-se que ele surgiu pois a demanda do bairro onde se localiza era muito alta, já que o bairro vivia em constante crescimento e seus trabalhadores não possuírem um local para deixar seus filhos. O terreno do CMEI era de posse da família Costa e posteriormente a Prefeitura Municipal de Jaraguá do Sul adquiriu o terreno, com o intuito de construir casas populares, uma creche (CMEI) e uma escola. 
Como era de se esperar, com a construção de casas populares (conhecidas no bairro por COAB) houve a migração de famílias vindas de outras cidades e estados, aumentando assim ainda mais a população no bairro, e o único CMEI que até então existia era o do bairro Vieiras, e que não comportava o crescimento e a quantidade de matrículas, pois era um CMEI pequeno, e também porque muitas crianças teriam dificuldade de deslocamento. No dia 11 de outubro de 2003,as 14 horas, foi realizada a inauguração do CMEI, e no dia 13 de outubro (dois dias depois da inauguração), iniciou o funcionamento com horário das 6:30 e atendendo cerca de 124 crianças em 7 salas, possuindo na época 16 funcionários.
Figura 1: Logotipo do CMEI Cecília Satler Karsten
a
 Fonte : http://ceciliakarsten.pbworks.com/w/page/40105465/Hist%C3%B3rico#:~:text=O%20Centro%20Municipal%20de%20Educa%C3%A7%C3%A3o,assim%20a%20melhoria%20da%20qualidade
	Atualmente a creche se encontra na rua Walter Bartel, número 71, no bairro João Pessoa, e possui o quadro funcional da escola é oito professoras regentes, seis auxiliares, três agentes de limpeza, três agentes de alimentação, uma diretora e um secretário, uma enfermeira, três estagiárias. Seu espaço físico um estacionamento, um pátio descoberto com grama, uma horta, um ateliê, um quiosque com parque, dois parques infantis, uma quadra de esportes, um espaço com britas e muro de escalada, uma lavanderia, sete salas de aula, uma sala de professor, uma sala da direção, quatro banheiros, dois fraldários, dois solários, um pátio coberto, uma cozinha, um refeitório/café, uma sala de planejamento, uma área externa descoberta com grama.
	Não se pôde aplicar os panos de aula em sala, porém eles foram realizados com o intuito de futuramente poder der aplicado tanto em sala de aula quanto em casa, já que as atividades que ai foram colocadas podem ser adaptadas para todas as crianças poderem participar. Uma criança com microcefalia quando estimulada desde cedo, pode recuperar funções motoras e melhorar sempre se adequando, e essas aulas podem ser modificadas para atender as especificidades da criança com deficiência, por exemplo se ela ainda não anda mas senta, ela pode ser sentada dentro de uma piscina com areia, ou com água, ou com gelatina, par aprender a segurar diferenciados objetos, pra ela sentir a textura das diferentes materiais colocados. Cada plano de aula é único para o professor aplicar, porém é ele quem deverá ver a especificidade da turma e aplicar. 
4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONSIDERAÇÕES FINAIS) 
As dificuldades apresentadas através de paper se posicionaram na situação que estamos presenciando, está que é resultado do COVID 19, no começo da pesquisa que elaboramos as escolas estavam completamente fechadas e a pesquisa bibliográfica era o único meio de começar as fazer o paper. O tema que escolhemos se mostrou como algo estruturalmente novo no meio educacional, pois não se nota artigos de presença histórica sobre o assunto e percebemos que precisa de muito mais estudos para se aprimorar o meio de atendimento destas crianças.
	A microcefalia é a assunto tabu no ambiente familiar e muito pouco discutido na esfera educacional, as escolas estão despreparadas para receber essas crianças, então, a escola precisa se adaptar estruturalmente e seus profissionais precisam estar preparados para fazer a recepção dessas crianças. A DECLARAÇÃO DE SALAMANCA (1994) é um documento que torna prioridade a inclusão dessas crianças no âmbito escola, sendo uma história relativamente nova ainda percebemos traços de segregação nas escolas do país, estruturalmente como profissionalmente. 
Documentos como a BNCC e A DECLARAÇÃO DE SALAMANDCAN se tornaram base na fundamentação deste paper, neles percebemos que precisamos funcionar como ferramenta de mudanças, pois, a educação especial e inclusiva tem necessidade de professores atuantes e transformadoras do quadro educacional existente. O planejamento do professor é algo fundamentado pela BNCC se transcreve como ferramenta de inclusão, tanto no ensino híbrido como no remoto o planejamento precisar estar em sintonia com a ideia da inclusão. Transformações continuam sendo necessárias, é algo vital para concluir que precisamos continuar estudando todos os meios possíveis tornando a educação inclusiva real e verdadeira. 
REFERÊNCIAS 
AMIEL-TISON, C.; GOSSELIN, J.; INFANTE-RIVARD, C. Head growth and cranial assessment at neurological examination in infancy. Developmental Medicine & Child Neurology, v. 44, n. 9, p. 643-648, 2002. 
ASHWAL, S. et al. Practice parameter: evaluation of the child with microcephaly (an evidence-based review). Neurology, v. 73, n. 11, p. 887-897, 2009. 
_________. Sistema Nacional de Educação articulado ao Plano Nacional de Educação. Rev. Bras. Educ. [online]. 2010, vol.15, n.44, pp. 380-392. ISSN 1413-2478. 
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil: Estratégias e Orientações para a Educação de Crianças com Necessidades Educacionais Especiais. Brasília: MEC/SEESP/SEF, 2001.
_________. Educação brasileira: estrutura e sistema. 10. ed. Campinas: Autores Associados, 2008. 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 10. ed. Brasília, DF: Senado, 1998.
BRASIL, Ministério da Saúde. Estimulação Precoce da Criança com Microcefalia de 0 a 3 anos. Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Sistema Universidade Aberta do SUS. Fundação Oswaldo Cruz & Centro de Telessaúde HC-UFMG & Centro Universitário Newton Paiva. 2017.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. EBSERH, Hospital das Clínicas. Microcefalia. Gerência Geral de Cosméticos, 2015. Disponível em <http://www2.ebserh.gov.br/documents/210672/0/microcefalia.pdf/7bf36c36-12a3-4bbe-b72f-aacb108aad91> Acesso em: 01/03/2021.
BRASIL, Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 10. ed. Brasília, DF: Senado, 1998. Disponível em: <https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/con1988_06.06.2017/art_227_.aspBRASIL.> Acesso em: 01/04/2021
LOBATO. Flavia EAD: assistência a crianças com síndromes congênitas causadas por zika e storch é tema de curso. Disponível em:
<https://portal.fiocruz.br/noticia/ead-assistencia-criancas-com-sindromes-congenitas-causadas-por-zika-e-storch-e-tema-de-curso> Acesso em 13/06/2021 
BRASIL. Lei no. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União. Brasília. 23 dez. 1996. p. 27.833-27.841.
GADOTTI, Moacir. A escola que queremos construir. Revista Construir Notícias. Ano 9. nº 54, set/out, 2010.
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ANEXO
TERMO DE AUTORIZAÇÃO

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