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COMPETÊNCIA CAPACIDADE ATIVA REPARTIÇÃO DE RECEITAS

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RESUMO – DIREITO TRIBUTÁRIO E FINANCEIRO
COMPETÊNCIA. CAPACIDADE ATIVA. REPARTIÇÃO DE RECEITAS 
 
1. Competência 
 
Coexistem no Brasil três esferas autônomas: a União, os Estados (Estados Membros) e os Municípios, além do Distrito Federal (equivalente à fusão de Estado e Município), que estão no mesmo plano de igualdade, dispondo a Constituição acerca dos poderes e competências de cada entidade. 
 
A competência é indelegável, intransferível, não podendo uma entidade conferir seus poderes para outra entidade. Vejamos as principais espécies de competência: 
 
a) Privativa – Diz respeito aos impostos. Cada entidade federativa tem os impostos enumerados pela Constituição Federal: 
 
União: Imposto de Renda (IR), Imposto de Importação(II), Imposto de Exportação(IE), Imposto sobre Produtos Industrializados(IPI), Imposto Territorial Rural(ITR) e Imposto sobre Grandes Fortunas(IGF). Estados: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e Imposto sobre Transmissão Causa Mortis ou Doação (ITD). Municípios: Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), Imposto sobre Serviços (ISS) e Imposto sobre Transmissão Inter Vivos, por ato oneroso, de Bens Imóveis (ITBI). 
 
b) Comum – É o caso das taxas e contribuições de melhoria, onde cada entidade tributante poderá instituir na esfera de sua competência, de acordo com o serviço prestado, atividade de polícia ou realização de obras públicas. 
 
c) Residual – Apenas a União possui esta competência: a de criar novos impostos, mas não poderá adotar o mesmo fato gerador/base de cálculo de impostos já existentes. 
 
d) Extraordinária – Em caso de guerra, a União poderá, excepcionalmente, instituir o Imposto de Guerra e Empréstimos Compulsórios. 
 
e) Exclusiva ou Especial – Também compete à União criar contribuições sociais/parafiscais (INSS, FGTS, PIS, CSLL, COFINS, PIS/PASEP, CIDE, 
Profissionais, Sindicais, etc). Tal exclusividade não é absoluta, pois os Estados, o DF e os Municípios poderão instituir contribuições sociais em benefício de seus servidores (assistência e previdência social). Além do mais, os Municípios e ao DF podem instituir contribuição para custeio da iluminação pública, substituindo a chamada taxa de iluminação pública (art. 149-A, CF). 
 
f) Cumulativa – Como o Distrito Federal não é dividido em Municípios, a Constituição Federal tem competência inerente aos Estados e Municípios. 
 
2. Capacidade Ativa 
 
Não confundir competência com capacidade. Esta diz respeito apenas a fiscalização e a cobrança, por delegação, sem poder de legislar. É o que ocorre na arrecadação das contribuições previdenciárias pelo INSS; das contribuições profissionais (OAB, CRC, CRA, CREA, sindicatos, etc), onde a entidade tem apenas capacidade mas não competência. 
 
3. Equilíbrio das Receitas Estatais 
 
A CF determina que a União reparta ou redistribua aos Estados e aos Municípios parte de suas receitas, o mesmo ocorrendo com os Estados em relação aos Municípios, objetivando um melhor equilibro entre os entes federados. 
 
4. Repasse da União para os Estados e para o Distrito Federal 
 
• 100% do IR retido na fonte sobre os rendimentos pagos por eles, suas autarquias e fundações aos servidores públicos. 
 
• 21,5% da arrecadação global do IR e do IPI ao Fundo de Participação dos Estados e Distrito Federal. 
 
• 10% do IPI, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações, sendo que nenhum Estado poderá receber mais de 20% do montante que for distribuído. 
 
• 20% da arrecadação do imposto da competência residual (até hoje não foi criado nenhum imposto desta categoria). 
 
• 30% do IOF sobre ouro, quando definido como ativo financeiro. 
 
• 29% da CIDE sobre combustíveis, a serem utilizados no financiamento de transportes. 
 
5. Repasse da União para os Municípios e para o Distrito Federal 
 
• 100% do IR retido na fonte sobre os rendimentos pagos por eles, suas autarquias e fundações aos servidores públicos. 
 
• 22,5% da arrecadação global do IR e do IPI para o Fundo de Participação dos Municípios. 
 
• 3% da arrecadação global do IR e do IPI para programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e CentroOeste. 
 
• 1% da arrecadação global do IR e do IPI (em dezembro de cada ano) 
 
• 50% do ITR arrecadado pela União relativamente aos imóveis neles situados. 
 
• 100% do ITR quando estes realizarem a cobrança e fiscalização do imposto, sem que haja redução ou qualquer outra forma de renúncia fiscal, (EC 42/2003, que alterou o art. 153 da CF). 
 
6. Repasse dos Estados para os Municípios 
 
• 50% do IPVA referente a veículos licenciados no território municipal. 
 
• 25% do ICMS, sendo ¾ proporcionalmente às operações realizadas no Município e ¼ de acordo com critérios sociais. 
 
• 25% do IPI das exportações recebido da União. 
 
• 25% da CIDE repassado pela União. 
 
7. Compensações Financeiras (royalties) 
 
O art. 20, § 1º da Constituição Federal estabelece que é devida aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios, e aos órgãos da administração da União, como contraprestação pela utilização econômica dos recursos minerais em seus respectivos territórios: 12% para a União; 23% para o Estado onde for extraída a substância mineral; 65% para o município produtor.

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