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FATO GERADOR E LANÇAMENTO SUSPENSÃO EXTINÇÃO E EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

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RESUMO – DIREITO TRIBUTÁRIO E FINANCEIRO
FATO GERADOR E LANÇAMENTO. SUSPENSÃO. EXTINÇÃO E EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
 
1. Fato Gerador 
 
Acontecimento que faz nascer a obrigação tributária para o contribuinte ou responsável (a realização da hipótese prevista em lei). 
 
O fato gerador pode ser: 
 
a) Instantâneo – Ocorre no momento em que o contribuinte pratica determinado ato, tais como produção ou circulação de bens (ICMS, IPI, II, IE, IOF), prestação de serviços (ISS) ou transmissão da propriedade (ITBI, ITD). 
 
b) Periódico – Nos impostos patrimoniais (IPTU, IPVA), o fato gerador acontece a cada exercício, considerando a data-base o último dia do ano (31.12). 
 
c) Complexo – Combina as duas espécies anteriores, pois a cada operação surge a obrigação de pagar e a sua base de cálculo será ajustada com base no último dia do exercício de cada ano. É o que ocorre em relação ao imposto de renda, onde o contribuinte fará anualmente declaração de ajuste. 
 
d) Presumido – A Constituição Federal autoriza (art. 150, § 7º) a cobrança de imposto ou contribuição cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente (nas operações interestaduais, o ICMS é antecipado e cobrado com base no preço estimado para revenda). 
 
2. Lançamento 
 
Enquanto o fato gerador faz nascer a obrigação tributária, o crédito tributário é constituído através do lançamento, ou seja, o lançamento é o procedimento administrativo plenamente vinculado (de acordo com as formalidades legais) que possibilita ao fisco exigir o tributo. 
 
As modalidades de lançamento são as seguintes: 
 
a) Autolançamento – Também chamado de lançamento por homologação, o próprio contribuinte ou responsável efetua a apuração do montante e realiza o pagamento no prazo legal (art. 147 do CTN), ficando o lançamento (autolançamento) à disposição do fisco para homologar ou corrigir de ofício, caso não corresponda ao valor devido. O fisco tem o prazo de 05 (cinco) anos, a contar do lançamento para corrigir o lançamento do sujeito passivo, sob pena de ocorrer a homologação tácita (art. 150, § 4º, CTN). 
 
b) Por Declaração – O sujeito passivo presta as informações ao fisco, que efetua o lançamento com base nas declarações (ITD, ITBI). Pode ser corrigido de ofício, se for comprovado artifício por parte do(s) declarante(s). 
 
c) De Ofício – O fisco apura o tributo e notifica o sujeito passivo (contribuinte ou responsável) para pagar o montante. Está previsto no art. 149 do CTN. Ocorre geralmente nos impostos patrimoniais (IPTU, IPVA), mas também é utilizado para corrigir lançamento efetuado pelo contribuinte (autolançamento) não homologado ou quando comprovar que o sujeito passivo (contribuinte ou terceiro) agiu com dolo, fraude ou simulação (a hipótese mais comum ocorre na compra e venda de imóveis, onde as partes informam valor abaixo do valor venal). 
 
3. Suspensão 
 
Quando a lei autoriza paralisar a cobrança do tributo constituído. São hipóteses de suspensão: 
 
a) Moratória – É a dilação do prazo para pagamento do tributo. Pode ser concedida ao sujeito passivo, individual ou coletivamente, quando houve houver razões relevantes. 
 
b) Parcelamento – Na verdade é uma modalidade de moratória, permitindo dividir o tributo vencido em parcelas iguais, incluindo juros e multas. 
 
c) Depósito do Montante Integral – Trata-se de depósito voluntário para evitar o ônus de multa, juros e correção em caso de improcedência da reclamação ou recurso administrativo. Se o sujeito passivo depositar e não reclamar/recorrer em 30 dias, o depósito será convertido em renda, extinguindo o crédito. 
 
d) Reclamação e Recurso Administrativo – Enquanto a defesa do sujeito passivo não for apreciada pela Administração o crédito ficará suspenso. Não é obrigatório fazer reclamação acompanhada de depósito do montante. 
 
e) Concessão de Liminar – Quando o Poder Judiciário, em mandado de segurança ou qualquer ação judicial, concede medida liminar ou tutela antecipada, o crédito restará suspenso até que ocorra a decisão em definitivo. 
 
4. Extinção 
 
O CTN enumera as seguintes hipóteses para extinção do crédito tributário: 
 
a) Pagamento – É a maneira mais natural de extinguir qualquer obrigação, pois o devedor satisfaz plenamente o que lhe foi cobrado. Em se tratando de tributo deve ser pago em moeda nacional. 
 
b) Pagamento em Duplicidade - Se houver pagamento a maior ou em duplicidade, o contribuinte terá direito à restituição (repetição do indébito). 
 
c) Imputação de Pagamento - Existindo mais de um tributo vencido, em primeiro lugar devem ser quitadas as contribuições de melhoria, depois as taxas e por último os impostos. Se os tributos forem da mesma natureza, primeiramente serão recebidos na ordem crescente de prescrição e, por fim, na ordem decrescente de valor (art. 163 CTN). 
 
d) Compensação – O sujeito passivo poderá utilizar crédito que possuir perante a Administração Pública, desde que compatível com a natureza do tributo cobrado. 
 
e) Transação – É a possibilidade de acordo judicial quando o fisco concordar em reduzir o montante da execução fiscal. 
 
f) Remissão – Ocorre quando o fisco perdoa dívida tributária. O art. 172 do CTN exige despacho fundamentado, considerando a situação econômica do contribuinte, erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, a equidade e a diminuta importância do crédito. 
 
g) Decadência – Perecimento do direito em virtude do não exercício regular de direito por parte do credor. Em direito tributário, a decadência ocorre quando o fisco deixar de efetuar o lançamento no prazo de cinco anos a contar do fato gerador (art. 173 CTN). 
 
h) Prescrição – Uma vez constituído o crédito tributário, o fisco tem até cinco anos para iniciar a execução fiscal. Existe, ainda, a prescrição intercorrente, contada a partir do início da execução fiscal, que não foi concluída no prazo de cinco anos. 
 
i) Conversão do Depósito em Renda – Quando o sujeito passivo tem julgamento administrativo desfavorável, caso tenha efetuado o depósito integral, ou quando o contribuinte faz o depósito sem recorrer do lançamento/auto de infração efetuado pelo fisco. 
 
j) Pagamento Antecipado e Homologação do Lançamento– Ocorre no lançamento por homologação, onde o fisco tem cinco anos para homologar ou impugnar. Considera-se homologado tacitamente pelo decurso de cinco anos sem auditoria fiscal (art. 150, § 4º CTN). 
 
k) Consignação em Pagamento – Quando existe divergência de valor entre o arbitrado pelo fiscal e o reconhecido pelo sujeito passivo, este poderá depositar em juízo o valor do crédito. Sendo julgada procedente a consignação, o crédito será extinto. Se for julgada improcedente, o crédito será cobrado pelo fisco. 
 
l) Decisão Administrativa Irreformável – Reconhecendo o fisco a procedência da reclamação ou recurso, em definitivo, o crédito tributário será declarado extinto. Se o sujeito passivo tiver feito depósito integral, terá direito a resgatar o seu montante. 
 
m) Decisão Judicial em Definitivo – Tornando a sentença imutável (trânsito em julgado), o crédito também será extinto. 
 
n) Dação em Pagamento de Imóveis – O contribuinte poderá oferecer imóvel, avaliado por perito idôneo, para quitação de tributos. 
 
5. Exclusão 
 
As possibilidades para evitar a incidência do crédito são as seguintes: 
 
a) Isenção – Dispensa do tributo devido feita por expressa disposição de lei. È concedida por prazo certo em virtude de razões de ordem econômica social. 
 
b) Anistia – Extingue a punibilidade das infrações fiscais, ou seja, é a exclusão das multas incidentes sobre o não pagamento de tributos.

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