maior força de decisão.) -Esta situação (a primeira casa ter maior hierarquia em sua manifestação de vontade) é uma decisão política do legislador para tentar tornar mais célere um ato que em regra já é lento. SANÇAO E VETO DA LEI ORDINÁRIA PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA Quem promulga as EC são as mesas do Senado e da Câmara. -Art.66, CF: trata da questão da sanção e do veto do Pres. da Republica com relação ao projeto de lei ordinária. Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará. § 1º - Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto. § 2º - O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea. § 3º - Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da República importará sanção. § 4º - O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores, em escrutínio secreto. § 5º - Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Presidente da República. § 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) § 7º - Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da República, nos casos dos § 3º e § 5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo. Prazo para sanção ou veto - parágrafo primeiro, art.66, CF:. § 1º - Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto. Parágrafo terceiro: SILENCIO do Presidente = SANCAO =APROVACAO § 3º - Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da República importará sanção. Assim, o veto deve ser expresso de acordo com o parágrafo primeiro, mas a sanção pode ser expressa ou tácita de acordo com o parágrafo terceiro. Atenção: o prazo correto é o expresso no parágrafo primeiro já que o parágrafo terceiro na literalidade passa uma informação errônea já que não revela corretamente que devem decorrer 15 dias úteis e não corridos. -obs.: as 48hrs para informar ao pres. do Senado podem fluir fora dos 15 dias úteis. -A sanção representa o fim do processo legislativo. Neste momento abandonamos a nomenclatura de projeto de lei e passamos a utilizar a expressão lei. Ainda devem ocorrer promulgação e publicação para que a lei tenha eficácia, porém, a lei já nasceu. -Pode também o Pres. vetar (em alguns países autoritários, o veto é insuperável). Neste caso, no Brasil, o veto é relativo (art.66, parágrafo segundo, CF) e não absoluto. Assim, continua a existir o projeto de lei. § 2º - O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea. -No caso de veto parcial, ele tem o poder de impedir e não de modificar. Assim, não pode o pres. vetar uma palavra (ex.: retirar a palavra “não” pode modificar completamente o significado do texto). Assim, proibir o veto a palavras demonstra-se que a atividade criativa é do poder legislativo, tendo o Executivo poder Executivo. Obs.: retirar artigos ou alíneas também pode modificar muito o sentido do texto, mas não é sempre. ATENÇÃO -O veto dá continuidade ao processo legislativo. O pres. veta apresentando motivos e deve o Congresso apreciar estes motivos. Assim, o projeto retorna ao Congresso para que o Congresso aprecie o veto. Neste sentido, para vencer o veto é necessária maioria absoluta. Nesta situação há um quórum mais específico e mais elevado (art.66, parágrafo 4º, CF). § 4º - O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores, em escrutínio secreto. O quórum para afastar o veto é um quórum qualificado. O art. supracitado fala de seção conjunta (porém, não viraram um só colegiado. A seção é conjunta – pois há pressa - porém, bicameral). Primeiro votam os deputados federais. Caso não ocorra maioria absoluta de deputados federais, o veto já será mantido. Caso ocorra, os Senadores votam, devendo também atingir maioria absoluta para vencer o veto. Assim, apesar de ocorrer seção conjunta, cada casa vota separadamente. -obs.: Seção unicameral: o Congresso se une, as casas se unem, valendo cada deputado ou senador como um voto. (ex.: art.3º, ADCT revisão constitucional de 1993 – o Congresso funcionou de maneira unicameral – devendo atingir maioria absoluta). -Em regra, é raro no Brasil vencer um veto, já que se deve atingir maioria absoluta de duas casas contra a vontade presidencial. Obs.: escrutínio secreto: o voto é secreto. O que é ruim, pois a população deveria ter o direito de saber como estão votando os parlamentares em que estão votando. -Em uma revisão const. cláusulas pétreas podem ser objeto de revisão? -Parte da doutrina dizia que clausula pétrea jamais pode ser alterada. -Outra parte afirma que a revisão é flexível e pode alterar cláusulas pétreas. -O STF decidiu que c. pétreas limitam não só o poder de emendar assim, como poder de revisão de 1993. 24/8 VAI CAIR NA PROVA Diferença entre promulgação e sanção de projetos de Lei A SANÇAO se dá no curso do Processo legislativo e a PROMULGAÇAO se dá depois da aprovação, findo o processo legislativo A SANCAO pode ser ATO ou FATO: ou ela é ato do presidente ou é resultado dos 15 dias úteis sem que o presidente se manifeste. PROMULGACAO sempre encerra uma manifestação de vontade: é sempre ATO. SANCAO é centrada na pessoa do presidente. A PROMULGACAO sempre é ato, mas nem sempre do presidente da republica: se ele não o fizer em 48 horas o presidente do Senado e o VP do senado § 7º - Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da República, nos casos dos § 3º e § 5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo. A SANÇAO TEM NATUREZA CONSTITUTIVA: altera a situação jurídica da lei A PROMULGAÇÃO É ATESTAR QUE A LEI JÁ EXISTE: TEM NATUREZA DECLARATÓRIA (é a certidão de nascimento da lei) CONSEQUENCIA: a sanção é a concordância positiva do Executivo ao que o Legislativo elaborou enquanto o veto é a resposta negativa. O destinatário de sanção e do veto então é sempre o Congresso. A destinatária da promulgação é a sociedade. após a promulgação vem a publicação que atesta que a lei existe para a sociedade que deve a partir daquele momento cumpri-la obrigatoriamente. O Congresso pode superar o veto do presidente ao projeto de lei. Assim, nem toda lei foi sancionada, mas toda lei foi promulgada. NOTA: A posição da maioria da doutrina é que há dois atos, promulgação e publicação. Manoel Goncalves Ferreira Filho destaca que ao que está contido na publicação é a PROMULGACAO, é a mesma relação que há entre uma sentença e sua publicação. VETO PARCIAL O que se faz com as partes não vetadas? estão sancionadas tacitamente e já tem natureza de lei. Elas ficam aguardando a apreciação do veto no legislativo ou seguem para promulgação? Na nossa CF isso não está expresso. Para Berthier, melhor postura é fazer a parte não vetada aguardar o transito do Legislativo, mas na prática não é assim: a parte não vetada segue para promulgação e publicação. RISCO: um Projeto de Lei de 15 artigos tem 5 vetados, por ex.; a parte não vetada vira