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MODULO 3 – FUNÇÕES BIOLÓGICAS THAISE PAULA BRUGNEROTTO – TX AULAS DO MODULO: SISTEMA NERVOSO: • Anatomia do sistema nervoso I. • Anatomia do sistema nervoso II. • Anatomia do sistema nervoso autônomo. • Histologia do sistema nervoso central. • Histologia do sistema nervoso periférico. • Potencial de membrana graduado e de ação. • Sinapse. • Fisiologia do sistema nervoso autônomo. • Fisiologia do sistema nervoso. SISTEMA NERVOSO: ANATOMIA DO SISTEMA NERVOSO I: O sistema nervoso surge no período embrionário, um embrião lá no início da 3 semana, o embrião tem dois folhetos epiderme e ectoderme, ele ainda adquire mais um que é a mesoderme, então esse processo de aparecer mais um folheto embrionário é a gastrulação, na terceira semana surge a notocorda formação da notocorda, para o sistema nervoso, qual seria a função da notocorda? Ela acompanha o maior eixo do embrião e o nosso sistema nervoso, principalmente o cerebral, ele vai se desenvolver adjacente à notocorda, ou seja, sobre ela. O que nós vamos encontrar na notocorda?! Bulbo, em cima desse bulbo mas não conectado a ele nós vamos observar a formação do bulbo neural, então a notocorda ela serve como referência para o desenvolvimento do sistema nervoso central, se a notocorda não é bem formada o sistema nervoso também não é bem formado, assim como aquelas estruturas que protegem nosso sistema nervoso, a parte óssea, seja neurocrânio, o vicerocrânio, as nossas vértebras, essa parte de proteção do nosso sistema nervoso, principalmente o central se forma também próximo a notocorda. A partir de terceira semana que começa o processo de neurulação, relembrando que a neurulação é quando a ectoderme que é esse folheto mais externo no segmento da ectoderme começa a se diferenciar, ou seja, algumas células começam a ficar com um formato diferente, então células cúbicas começam a ficar cilíndricas, na parte histológica tem uma modificação na ectoderme e também começam a sofrer mais mitose, em relação a outras regiões da ectoderme. Então, a ectoderme a partir da 3 até a 4 semana vai ficar com duas partes diferentes, uma parte original vai se transformar vai se originar vai dar origem a epiderme, e a outra parte que teve essa diferenciação vai dar origem a neuroectoderme aí sim essa neuroectoderme que vai dar origem ao nosso sistema nervoso. Na quarta semana a ectoderme começa a se diferenciar, uma parte dela vai ficar mais espessa/mais grossa, essa parte mais espessa que vai ser a neuroectoderme, mas por que ela está mais espessa? Porque as células modificaram o seu formato, elas eram cúbicas passaram a ser cilíndricas e também se dividiram mais rapidamente, sofreram mais mitose, aumentou a quantidade de células, ficando mais espessa, então imagine como estava mais espessa essa região que é a neuroectoderme, ela começa a se afundar lá na mesoderme, mesoderme tá abaixo ela começa afundar. Forma um sulco ou uma goteira neural é o afundamento da neuroectoderme, vejam também que esse afundamento/invaginação da neuroectoderme se dá no sentido da notocorda por isso que a notocorda é importante, ela serve como referência para formação dessa goteira, desse suco neural, então ela vai afundando vai invaginando em direção a notocorda, mais ela não encosta é só o sentido a notocorda, depois esse suco neural vai fechar, quando ele fecha deixa de ser um suco ou uma goteira neural e passa a ser um pulpo neural. Essas extremidades superiores da goteira ou do suco neural são as pregas neurais, então essas pregas neurais também vão fazer parte do nosso sistema nervoso, elas se destacam, se aproximam e formam um tubo neural fechado e as pregas neurais ficam localizadas lateralmente ao tubo neural, depois no decorrer da 4 semana essas pregas neurais se conectam, ficam superiores ao tubo neural, o tubo neural na medida em que se move é a mesoderme, em baixo vai ter a endoderme, a notocorda, o tubo neural e a ectoderme que se reconstitui e que futuramente vai dar origem a epiderme. Entre o tudo neural e a epiderme nós temos a crista neural. Então esses são os principais segmentos ou estruturas embrionárias, que dão origem ao nosso sistema nervoso, o tubo neural propriamente dito vai dar origem ao sistema nervoso central, então ele tem um canal, esse canal neural da origem aos ventrículos encefálicos, nós temos dois ventrículos laterais, um terceiro ventrículo e o quarto ventrículo, são espaços, então o nosso encéfalo tem esses espaços que se chamam ventrículos, então os ventrículos tem origem desse canal, do canal neural, a crista neural é formado pelas pregas neurais, o que vai dar origem ao sistema nervoso periférico. Imagine assim que as regiões dilatadas da crista neural estão dilatadas porque nessa região tem o acúmulo maior de células, essas células começam a se destacar e vão migrando para regiões diferentes, quando se estabelecem, essas células que tiveram origem lá da crista neural vão se estabelecendo na mesoderme e vão formando a estrutura do sistema nervoso periférico, gânglios, nervos, terminações nervosas, agora o canal neural, o tubo neural, formam estruturas relacionadas ao nosso sistema nervoso central, então se você pregar, por exemplo, a parede do tubo neural se a gente for analisar são determinadas fusões (que vocês irão estudar ano que vem). Nessa parede nós vamos encontras células nervosas primordiais, ou seja, neuroblastos, que são propulsores dos neurônios e também glioblastos que são os propulsores das células da glia, são células que compõem o nosso sistema nervoso, essas células tem origem da parede neural, são essas células que formam a organização celular, essas células, que compõe o tecido nervoso, sejam elas neurônios ou anaeróbio que é o conjunto da célula da glia. Na parede do tubo neural nós vamos encontrar as células precursoras nós neurônios, só pra contextualizar os neurônios, são células altamente excitáveis então vai conduzir aqueles impulsos nervosos, neurônio a neurônio até gerar uma resposta. Existe tipos diferentes de neurônios - neurônio pseudounipolar, bipolar, multipolar - são neurônios que ficam localizados em parte diferentes do nosso sistema nervoso, e que tem funções diferentes, no nosso sistema nervoso, assim como nós temos, as células que compõem a neuroglia. Células da Glia e neuroglia são sinônimos, então, essas células da Glia ou neuroglia são diferentes em elementos de sustentação para os neurônios, imaginem que são células que a principal função delas é servir o neurônio, elas estão ali para ajudar o neurônio, não tem excitabilidade, não conduzem esse impulso, mas elas são células serviçais do neurônio, ou seja, dão suporte, formam uma malha que sustenta os neurônios, ou seja, ela seleciona um nutriente que vai para o neurônio. Elas processam, pegam o nutriente, processam esse nutriente e aí encaminha para o neurônio, por exemplo, a glicose não vai direto para o neurônio tem que passar por alguma da célula da Glia antes, então elas são serviçais dos neurônios. Por exemplo, a glicose não vai direto para o neurônio, tem que passar por uma das células da Glia antes. Então elas são serviçais dos neurônios. Existem vários tipos de células da Glia: • A micróglia; • As células ependimárias; • Astrócitos; • Oligodendrócitos, etc. Têm células que fazem limpeza do sistema nervoso, ou seja, vão fazendo fagocitose. Há algumas que são exclusivas do sistema nervoso central como, por exemplo, oligodendrócito, algumas que são exclusivas do sistema nervoso periférico, como as células de Schawnn, então isso vai depender de cada célula e do local que elas são encontradas. SUBSTANCIA BRANCA E SUBTÂNCIA CINZENTA: Que elas vão se organizar em regiões diferentes do nosso sistema nervoso. Essa organização das células seria a substância branca e substância cinzenta, que são formadas por agregados de estruturas. A substância branca é formada por fibras nervosas mielínicas, ou seja, com bainha demielina, e também algumas das células da neuroglia. A substância cinzenta é formada pelo conjunto de fibras amielínicas e os corpos dos neurônios, ou seja, não envolve mais o axônio dos neurônios. A organização local que encontramos substância branca e cinzenta é diferente e em partes diferentes do nosso sistema nervoso. Por exemplo, temos o corte coronal do encéfalo, a substância cinzenta é externa, periférica e a branca é interna. Na medula espinal, que também faz parte do nosso sistema nervoso central é ao contrário, substância cinzenta é interna e a branca tornou-se externa. Então é invertido. Mas essa localização não importa, a constituição é a mesma. Existem regiões do sistema nervoso central que têm uma mistura disso, substância branca mistura com substância cinzenta. Então é uma região de transição. Em relação à localização das estruturas que compõem o nosso sistema nervoso, vejam que o sistema nervoso central está localizado dentro do esqueleto axial e sistema nervoso periférico está localizado fora do esqueleto axial, em suas adjacências. Esse esqueleto axial é constituído pelo crânio e coluna vertebral. Então nosso sistema nervoso central fica alojado no nosso neurocrânio, no nosso encéfalo. A nossa coluna vertebral, formada pela sobreposição das vértebras, protege a nossa medula espinal. CLASSIFICAÇÃO ANATOMICA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL: Agora vamos começar a classificar o sistema nervoso, vamos fazer uma classificação anatômica. Primeira coisa que vamos estudar é o sistema nervoso central. Nele encontramos a medula espinal e o encéfalo - constituído pelo tronco encefálico, cérebro e cerebelo. O cérebro então é uma parte do nosso encéfalo. O cérebro é formado por dois outros componentes, o mais externo é o telencéfalo e o mais interno do cérebro é o diencéfalo. CLASSIFICAÇÃO ANATOMICA DO SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO: Nosso sistema nervoso periférico é formado pelos nervos, pelos gânglios e pelas terminações nervosas. SISTEMA NERVOSO CENTRAL – MEDULA ESPINAL: Em relação ao tamanho, para um indivíduo adulto, tem aproximadamente 45 cm, pode variar de 45 cm a 49 cm. A circunferência em média é a mesma do nosso dedo indicador. Em relação à localização, fica alojada na nossa coluna vertebral. A coluna vertebral tem o canal medular, um grande forame, formado quando as vértebras estão sobrepostas, entre os processos das vértebras e seus corpos, por aí passa e fica alojada a nossa medula espinal. A medula espinal tem seus limites: O limite superior é o forame magno. Então o que está abaixo do forame magno é a medula espinal, o que está acima é o tronco encefálico. Se pegar a medula completa e pegar o primeiro segmento do tronco encefálico que é o bulbo, você não vai ver diferença. Então esse limite é imaginário. O limite inferior é a vértebra lombar 2 ou a parte superior da vértebra lombar 3. A medula espinal e a coluna vertebral não têm o mesmo tamanho. A coluna vertebral vai até o cóccix e a medula espinal vai até a parte inferior da 2a vértebra lombar. Isso acontece durante o desenvolvimento embrionário, fetal, até os primeiros momentos da infância. Durante o desenvolvimento a coluna vertebral vai aumentando seu tamanho, porém a medula espinal não acompanha esse crescimento, por isso não tem o mesmo tamanho. No geral, a medula espinal serve como uma via de passagem de informações, ou seja, as informações são captadas no meio externo pelos receptores sensitivos neuronais, que levam essas informações até a medula, ou seja, são aferentes, trazem para a medula, via ascendente, sobe pela medula e chega no telencéfalo para ser processado e gerar uma resposta. Quando se gera a resposta terá um ou mais neurônios que fazem uma via contrária pela medula espinal, uma via descendente, uma via eferente, efetua uma resposta. Vias de sensibilidade são as ascendentes e vias de motricidade são descendentes. A medula espinal tem o formato de um cubo, é levemente achatada na região anterior e na região posterior, não é bem redondinha. Ela tem dois achatamentos (discretos, mas tem) na face anterior e na face posterior. E olhando essa imagem, vamos pegar o inicio da medula espinal ao término dela, como eu falei ela é como se fosse um tubo. Se é como um tubo, vocês acham que tem diferenciação de diâmetro, desse tubo, do começo ao fim, ou é um tubo com o mesmo diâmetro? Novamente: é um tubo com o mesmo diâmetro desde lá do começo até o fim da medula espinal ou vai sofrendo diferenciações nesse diâmetro? Se você olharem a imagem dá para ver que tem diferenciações. Ela não é homogênea do começo ao fim em relação ao seu diâmetro. Nessa região superior, não tem uma dilatação? Estão vendo que nessa região ela está mais dilatada, na região inferior também ela está mais dilatada. Então essas regiões de dilatação se chamam intumescências. Intumescência cervical que está na região da nossa coluna cervical. Intumescência lombossacral na nossa região lombar e sacral. Ou seja, regiões de dilatação. Então tem uma dilatação superior que é essa cervical e uma dilatação mais inferior que é a lombossacral. Isso lá na prática vocês vão conseguir ver bem. Mas porque nossa coluna é assim? Porque ela não é homogênea no seu diâmetro? Porque ela tem intumescências? Como eu sei onde é essa intumescência? Eu sempre vou comparar com vértebras. A distância que tem entre um segmento vertebral e outro. Então, por exemplo, a intumescência cervical ela começa na quarta vértebra cervical e vai até a primeira vértebra torácica (C4 – T1). A intumescência lombossacral ela vai da primeira lombar a primeira sacral (L1 a S1). Então se nós tivermos a coluna vertebral sabemos mais ou menos na região interna, correspondente à medula, onde nós encontramos essas intumescências. Mas porque existem essas intumescências? Porque vejam que em todo decorrer da medula espinal, nas regiões laterais tem as raízes nervosas. Ou seja, existem raízes anteriores, existem raízes posteriores que são as raízes dos nervos. Dos nervos espinais. A gente vai ver que existem 31 pares de nervosos espinais. Então sai um par de cada lado da medula espinal. Existem regiões onde esses nervos espinais se agregam, eles se agrupam formando plexos. Então existe um plexo, por exemplo, cervical, um plexo braquial. Então esse plexos eles tem origem nessas regiões de dilatação, ou seja, nas regiões de intumescência da nossa medula espinal. Por exemplo, a intumescência cervical é a origem, digamos assim, do plexo cervical e do plexo braquial. Então novamente, o que é um plexo: é um conjunto de nervos. É um agrupamento de nervos. Então a origem desses plexos, desses agrupamentos, é na intumescência cervical. Como eles estão agrupados, a medula espinal fica mais dilatada naquela região. Aqui, em cor de rosa, são os plexos. O plexo cervical está aqui, e aqui o plexo braquial. Então nessa região correspondente na medula espinal é onde nós encontramos a intumescência cervical. Na região mais inferior nós temos um plexo lombar e temos um plexo sacral. Então essa região da medula espinal, se formos pensar a medula espinal aqui dentro, seria a intumescência lombossacral. Então a intumescência ela nos mostra a origem desses plexos. Então plexo cervical, plexo braquial: lá na região cervical. E o plexo lombossacral nessa região mais inferior. Nessa região mais intermediária, ou seja, na região entre os plexos, os nervos não se agrupam. Os pares estão em cada lado isoladamente. Então se for fazer a comparação desses nervos torácicos com a medula espinal, veja que é a região que não está dilatada. Então essa região que não está dilatada corresponde a origem, as raízes desses nervos torácicos. Se formarem os plexos, aí encontramos as intumescências. Isso também nós vamos observar lá na aula prática, para vocês conseguirem entender melhor, manipular. Acabei de falar para vocês que na medula espinal se originam os nervos espinais.Nós temos 31 pares desses nervos espinais. Então se vocês olharem esse segmento na medula, nós temos aqui superiormente um corte transversal e aqui vocês estão observando uma vista lateral. Nessa imagem, o que nós conseguimos evidenciar? A substância branca que fica mais externa na medula espinal. Substância cinzenta mais interna. Vejam que no meio da medula tem um canal. Canal central da medula espinal. O que passa nesse canal (ele vai do começo ao fim da medula)? Tem que passar alguma coisa, se não, não existiria né. Qual líquido seria esse? Tem três sinônimos: líquor, líquido cefalorraquidiano, líquido cérebroespinal. Mesma coisa! Líquor é um termo popular. Na terminologia anatômica é: líquido cérebroespinal ou cefalorraquidiano. Então é o líquido que vai passar dentro desse canal. Vejam que existem raízes também. Na verdade, são radículas. Radículas e elas se unem e formam raiz. Então nós temos raízes que são raízes ventrais (que são anteriores) e nós temos radículas que se unem para formar raízes que são posteriores (ou dorsais). Então em toda a medula espinal nós vamos encontrar raízes dorsais (que são posteriores) e raízes ventrais (que são anteriores). E vejam que essas raízes, podem ver que elas fazem parte de nervos, que faz parte do sistema nervoso periférico, mas elas seguem vias: rotas aferentes e eferentes. Então na raiz dorsal é uma região aferente. Se for aferente quer dizer que está entrando impulso por ali. Então o impulso nervoso entra pela via aferente. Por trás da nossa medula espinal, na parte dorsal, trazendo, então as informações sensitivas. Então a sensibilidade, as informações sensitivas, ou os impulsos nervosos responsáveis pela nossa sensibilidade, eles entram na nossa medula pelas raízes dorsais. As raízes ventrais elas fazem o contrário: elas saem da medula. Então elas saem na região ventral, raiz ventral, saem da medula e fazem parte de uma via eferente. Ou seja, eferente quer dizer que vai efetuar alguma coisa. Elas não captam a informação. Quem capta são as raízes dorsais, os nervos que chegam até as raízes dorsais. Agora, as raízes ventrais que saem da medula espinal, elas fazem parte de uma via eferente e vão efetuar uma resposta, efetuar um movimento. Ou seja: motor. Uma via motora. Então o que é dorsal está no lado de trás e o que é ventral para o lado da frente. Se for dorsal vai ser sensitivo. Se for ventral é motora. Pensem no carro: na maior parte dos carros o motor não está na frente do carro? Na medula é a mesma coisa. Então a parte motora, no geral, está na frente. Então a via eferente, a via motora está na frente na nossa medula espinal. Então o impulso entra na região dorsal, sobe, faz uma via ascendente, é processado nas regiões superiores, gera uma resposta que desce. Então vai descer na região anterior, que é a região ventral na medula, na via descendente que vai gerar uma resposta: resposta motora. Novamente o seguimento aqui da medula espinal, então vejam: Substância cinzenta formando aquele H medular. Substância branca, mais periférica, o canal central da medula espinal. Substância cinzenta, então, nós podemos organizá-la em regiões. Então essas regiões da substância cinzenta se chamam: Cornos. Nós vamos observar que a substância cinzenta ela vai se dividir anatomicamente em corno posteriores (aqui um corno posterior, aqui outro corno posterior), corno anterior (corno anterior). Em alguns segmentos da medula espinal, que correspondem aos segmentos torácicos e aos primeiros lombares, nós vamos observar um corno lateral (corno lateral, corno lateral). Corno lateral cervical nós não temos. Porque exemplo, se for na medula cervical nós só temos posterior e anterior. Esses cornos aqui eles ficam (inaudível) por uma região interligada, região intermediária da substância cinzenta, dessa região intermediária que tem o canal central da medula espinal. Vejam que o formato do corno anterior e do corno posterior também é diferente. O corno posterior forma esse bico. E o corno anterior ele é mais arredondado. Isso já serve como parâmetro pra gente colocar em posição anatômica. Então se tiver que colocar na posição anatômica, posso utilizar vários critérios mas um deles é observar os cornos. O que é mais arredondado é anterior, na face anterior da medula espinal. Então aqueles biquinhos lá atrás são os cornos posteriores. Você pode usar isso como referência, além de outras coisas. Em relação a substância branca, que está aqui em volta, de acordo com essa localização desses cornos, ela é segmentada em estruturas que se chamam funículos. Então existe funículo posterior, funículo anterior e funículo lateral. Então o funículo é somente constituído por substância branca. Isso aqui é o funículo anterior, essa parte. Se eu fosse descrever a localização do funículo anterior, como eu poderia descrever? O funículo anterior está entre os cornos anteriores. Então essa parte da medula que está entre os cornos anteriores é o funículo anterior. O mesmo raciocínio para o funículo posterior: está entre os dois cornos posteriores. E o funículo lateral? Fica localizado apenas de um lado, entre o funículo posterior e o funículo anterior. Então veja que já conseguimos organizar a medula espinal em partes. Primeiro pegamos substância cinzenta e dividimos em 4 cornos mais uma região intermediária. Pegamos a substância branca e dividimos em 4 funículos: funículo anterior, funículo posterior, funículo lateral e funículo lateral. Agora estamos sabendo os posicionamentos anatômicos da medula. Mas além disso, a medula espinal tem os sulcos, que também nos ajudam a colocar a medula na posição anatômica, o que é muito importante, saber quais são as vias, seja a via aferente, a via eferente, ou seja, a via que traz sensibilidade ou a via que gera motricidade. Já essa estrutura mais profunda aqui, na verdade não é um sulco, é uma fissura. Seu nome é fissura mediana anterior: tá bem no meio, é profunda – por ser profunda leva o nome de fissura – então fissura mediana anterior. No sentido contrário, temos outra estrutura mas não é fissura, é um sulco - porque não é profundo – mas o restante do nome sabemos dar: sulco mediano posterior. Então um é fissura, o outro é um sulco e estão em lados opostos. Aqui nós temos outros sulcos, mais ou menos na transição na vista anterior para a lateral, então é o sulco antero-lateral e o outro sulco antero- lateral. Na prática vai fazer mais sentido do que apenas vermos imagens. Na parte posterior é a mesma coisa: aqui nós temos sulco póstero-lateral e sulco póstero-lateral. Se nós observarmos a raiz nervosa anterior, ela sai do sulco antero-lateral. Na região posterior, a raiz nervosa posterior chega no sulco póstero-lateral. Uma chega e outra sai: via aferente quando chega e via eferente quando sai; via sensitiva quando chega e via motora quando sai. Essas são as raízes anteriores, raízes posteriores: depois elas se unem e formam um gânglio espinal e aí sim forma um nervo, que vai se dividindo cada vez mais, vai se ramificando cada vez mais e aí vai depender de cada nervo. Então isso seria uma visão geral da estrutura da medula espinal e das raízes que chegam e das raízes que saem da medula espinal. ARCO REFLEXO SIMPLES E COMPOSTO: Agora isso a gente vê bastante no cursinho, em relação ao arco reflexo. Digamos que a medula espinal participa bastante do arco reflexo. Seja o arco reflexo simples, que é aquele onde não tem via ascendente, ou seja: você tem sensibilidade, gera motricidade sem ter consciência. É esse o exemplo, do exame do martelinho na patela, o reflexo patelar. Então essa via não chega até o encéfalo, para processar e gerar uma resposta, ela já vai para medula e já volta. Existe o arco reflexo composto, aí sim: tem a via aferente, ascendente. Passa pela medula, passa pelo tronco encefálico, passa pelo diencéfalo, chega pelo encéfalo, forma uma resposta, aí vai seguir uma via contrária, via descendente,via eferente e efetua uma resposta. Então o reflexo é uma sequência rápida e involuntária das ações, que ocorre em resposta a um estímulo particular. Então se nós pegarmos aqui, por exemplo, no 1: o alongamento estimula o receptor sensitivo, que é um impulso neuromuscular. Então, quando bate com o martelinho na região da patela, vai ter um estímulo neuromuscular, esse estímulo gerado vai passar por um neurônio ou por alguns neurônios por uma via sensitiva - neurônio sensitivo - vai para a região posterior da medula, via aferente, faz conexão por sinapse na substância cinzenta, que tem corpos dos neurônios. Aqui nós podemos encontrar um neurônio que faça conexão entre um e outro. Aqui já gerou, fez a sinapse, agora no interior do centro integrador (é a substância cinzenta), o neurônio sensitivo ativa esse neurônio motor, desde que o neurônio motor saia da face anterior do *bulbo. Esse neurônio vai chegar até o músculo e vai ter os devidos receptores e vai fazer o movimento. E o músculo, aqui no caso o quadríceps femoral, contrai e *alivia o estiramento*. O que acabei de mostrar para vocês é mais ou menos isso: via sensibilidade, em amarelo, entra na região posterior da medula espinal, faz conexão, sinapse na região cinzenta e o neurônio motor, que vai efetuar a ação. No caso aqui o estímulo é a temperatura e a ação é retirar a mão. NERVOS ESPINAIS: em relação aos nervos espinais, lembrem-se: em todos os nervos espinais as raízes têm conexão com a medula espinal. Sejam raízes dorsais, que vão receber o estímulo, elas estão chegando e as raízes ventrais que saem da medula espinal. Mas então todas essas raízes nervosas têm conexão com a medula espinal. Se nós observarmos essa figura, nós temos a vértebra, o corpo vertebral, medula espinal, região anterior/ventral, com a fissura aqui, região dorsal, os gânglios nervosos e aqui as partes das raízes dos nervos, que são as raízes ventrais e raízes dorsais. Vamos ter depois os envoltórios protegendo, que são as meninges. Mas como esses nervos espinais estão delimitados, separados e segmentados? 8 pares dos nervos espinais são cervicais, 12 pares são torácicos, 5 pares são lombares, mesma quantidade para os nervos sacrais e 1 par coccígeo (existem pessoas que não tem o coccígeo, então existem variações, tudo na anatomia tem variação). Então aqui nós observamos essa definição, na medula espinal de um indivíduo adulto, cada cor aqui representa uma divisão: cervical, torácico, sacral, coccígeo. Quando a gente observa a parte cervical da medula espinal, aqui em uma vista lateral, 8 pares de nervos saindo dessa região. O que a gente observa aqui é que a raiz e depois a continuidade, que é o nervo propriamente dito, são contínuos ao segmento medular. Eles são vários segmentos, do número 1 ao 8 na região cervical. Então veja só o 1, quase que paralelo. Conforme nós vamos observando os outros, torácicos, lombares, cervicais, eles vão se tornando oblíquos, como se o segmento medular tivesse em cima e a raiz estivesse puxada para baixo, ficando oblíqua. Nas regiões mais inferiores, podemos observar que a raiz está praticamente no mesmo nível que o segmento, estão tracionadas para baixo. Isso acontece porque a coluna vertebral cresce mais rápido que a medula espinal, então essa diferença de tamanho faz com que as raízes mais inferiores tenham sentido mais pra baixo (parte lombar, sacral, coccígea). A medula acaba aproximadamente na altura da vértebra L2, mas as raízes prosseguem e, assim, têm uma diferença na altura das raízes e na origem desses nervos em relação ao segmento da medula espinal, principalmente nas partes mais inferiores. Essa região da coluna vertebral onde não tem mais medula, a partir de seu limite inferior (vértebra L2), ainda tem raízes nervosas, mesmo sem medula. Esse conjunto parece um tufo de pelos, que lembra uma cauda de pelos e, por isso, esse conjunto, inferior à região espinal, chama-se Cauda Equina, onde não se encontra medula, apenas raízes. Outro ponto, além dessa região onde temos a cauda equina, observamos último segmento da medula espinal que parece um cone: ele não é mais circular, como eram os segmentos superiores, ele ficou afunilado, formando um cone e, assim, o nome desse segmento é cone medular, é a última parte da nossa medula. Nesse cone medular, tem um risco preto na imagem, que vem até a região coccígea: sai lá do Axis até o cone medular. É apenas um fio e esse fio chama-se filamento terminal. Esse filamento terminal é formado por uma das meninges, a mais interna, pia-máter. Ele fica na região do cóccix mas às vezes a fixação é até um pouco mais superior, na região sacral, isso tem variação, mas é uma maneira de fixar a nossa medula espinal dentro da coluna vertebral porque a nossa medula não pode ficar solta, ela tem que se fixar. Superiormente, vamos observar que há o forame magno. Ela é contínua, na verdade, é contínua com o bulbo que é o primeiro segmento do tronco encefálico e passa superiormente pelo forame magno e inferiormente vamos ver que a fixação ocorre por auxílio do filamento terminal. MENINGES: Já que estamos falando nos envoltórios e nas meninges, lembrem-se que existem 3 meninges, que são três membranas de tecido conjuntivo diferentes, com espessuras diferentes, com fibras diferentes que auxiliam ou não na flexibilidade e a presença ou ausência de vasos sanguíneos podem variar de meninge para a meninge. As três meninges têm função de envolver e proteger nossa medula espinal e também o nosso encéfalo, ou seja todo o nosso sistema nervoso central vai ser envolvido por três camadas de meninges. A mais externa é a dura-máter, a mediana é a aracnoide e mais interna é a pia-máter. A dura-máter, como já diz o nome, é a mais dura de todas elas, é a mais resistente, é a menos flexível de todas elas. A pia-máter, que é a mais fina de todas elas, e a pia-máter já está aderida aqui na medula, ela já vai externa fixada na substância branca. E entre as duas nós encontramos a aracnoide, ela vai ser isso aqui. Aqui em amarelo medula espinal, as raízes dos nervos espinais aqui saindo, a meninge mais externa, aqui foram abertas, aqui embaixo estão fechadas. Abrindo, conseguimos visualizar, a mais externa vai ser a dura-máter, a intermediária, a que parece uma teia de aranha vai ser a aracnoide, e outra que vai estar grudada, que é transparente, a mais fina de todas em todo seu trajeto até a formação do filamento terminal, é a pia-máter. a dura-máter, a posição dela é entre a aracnoide e entre uma estrutura óssea, que no caso da medula espinal vão ser os ossos que compõem o canal medular, ou seja os ossos vertebrais, lembra que um osso ele é revestido externamente por uma membrana, o periósteo . Então a dura-máter fica entre o periósteo e a aracnoide. Aracnoide-máter, que parecem fios de aranha, esses filamentos da aracnoide-máter ficam com trabéculas aracnoides. Por que essas trabéculas são formadas? Lá no período embrionário a pia- máter e a aracnoide estavam grudadas, elas formavam uma meninge só, chama-se leptomeninge. No período embrionário, elas começam a se afastar, conforme elas vão se afastando vão ficando essas trabéculas, são fios de resistência entre uma membrana e outra, são bem fininhos. No cadáver é possível ver, mas em um indivíduo vivo não há espaço, é como se tivesse um vácuo entre a pia-máter e a aracnoide. Qual seria a função das nossas meninges? Proteção, essa é a principal função. Eu vou voltar nessa imagem, lembra que eu falei que aqui estava fechado, então se pensarmos nela inteiramente fechada, a medula espinal fica dentro de um saco, esse saco formado pelas meninges se chama dural, aqui nós abrimos o saco dural. Por exemplo, vai fazer uma cirurgia na coluna vertebral, a primeira coisa que irá fazer é abrir a órgão vertebral, vai fazer um afastamento, e a primeira coisa que ele irá ver é o saco dural, a primeira coisa que se faz é abrir o saco dural. Então imagine que essesaco dural protege toda medula, então esse saco envolve toda a medula e vai pra baixo. Então esse saco onde não tem medula, ele fica preenchido pela cauda equina, ou seja dentro dessa cisterna lombar (cisterna porque não tem a medula) nós temos a cauda equina e nós também encontramos o líquido que passa na medula, liquido cérebro espinal, cefalorraquidiano, líquor, líquido espinal, ele passa por dentro da medula e por fora da medula, no caso por fora, ele se concentra nessa região, terei uma quantidade maior pois haverá mais espaço para ter esse líquido aqui. Então, se é necessário fazer a pulsão, para a retirada do líquor para fazer um exame, ou até mesmo a administração de um anestésico, preferencialmente o ponto de escolha vai ser na cisterna lombar. Por quê? Porque eu não tenho medula, o risco de lesionar a medula é menor nós temos ali a cauda equina, mas se formos escolher entre lesionar um nervo ou a medula, obviamente vai ser o nervo. Nas laterais da medula, haverá ligamentos, esses ligamentos serão chamados de denticulados, esses ligamentos também são elementos de fixação, só que agora eles não estarão na região inferior na medula, eles estarão na lateral, também formados por pia- máter. Ele serve para fazer a fixação da medula, porém nas laterais. Entre as meninges existem espaços, alguns espaços são maiores e outros menores. Então aqui nós estamos representando o meio externo para o meio interno das meninges. A dura-máter aqui primeiro, a aracnoide de laranja e a pia- máter aqui em amarelo, veja que tem entre elas. Então se aqui é a dura-máter, externamente à ela tem um espaço, esse espaço chama espaço epidural, peridural, extra dural, existem vários sinônimos, na anatomia nós usamos epidural, pois ele está acima da dura-máter. Esse espaço epidural está entre a dura-máter e o periósteo. Entre a dura-máter e aracnoide, aqui foi representado um espaço muito grande , esse espaço é considerado um espaço virtual , na verdade as membranas são encostadas , esse espaço ele só passa a surgir se houver uma hemorragia , por exemplo , ou no cadáver , no cadáver como tem uma diferença de pressão entre o líquor ,então aí há um espaço ,mas no vivente em condições normais , esse espaço é virtual . Existe o espaço subaracnóide, que estará entre a aracnoide e a pia- máter. Talvez seja o espaço mais importante, pois é o local que fica o líquor, o líquido cefalorraquidiano. Entre a pia-máter e a massa de tecido nervoso, há algum espaço? Digamos que a pia-máter está grudada a esse tecido nervoso, à parte mais externa dele. Aqui temos um medula, e aqui uma agulha, ela passa o espaço subaracnóide, lembrando aqui está a dura-máter, e entre o osso da vértebra e a dura-máter tem um espaço, espaço epidural. Aqui está mostrando a questão de anestesia nessa figura, a anestesia raquidiana, a anestesia raquidiana vai até o espaço subaracnóide. Na anestesia peridural, a agulha vai ser inserida nesse espaço: epidural. E tem diferença na ação desses anestésicos, então por exemplo se é feita uma anestesia peridural o indivíduo perde a sensibilidade, mas ele vai fazer movimentos, então isso é feito normalmente em parto vaginal. Agora em anestesias raquidianas, o indivíduo perde a sensibilidade e a motricidade, porque agora o anestésico entrará em contato com o líquor, geralmente na região subaracnóide é feita a retirada do líquor para fazer análises, para ver se tem micro- organismos, ver a pressão do líquor, também ver qual anestésico utilizar, a qualidade, o tipo. Aqui eu vejo inserindo a agulha, se eu quero ver o espaço subdural, vai ser inserido e tem que gotejar. O gotejamento me mostra, e me garante que eu atingi o espaço subaracnóide, pois o esse espaço tem líquido, então se começar a pingar eu atingi o espaço. O local de escolha adequado na coluna pra fazer cortes e injetar anestésico, introduzir uma agulha ou um cateter, é a região lombar ou sacral, porque ali eu encontro a cisterna, que não tem medula, e tem a cauda equina, então o risco de danos neurológicos é muito menor fazendo qualquer introdução ali na região lombar ou sacral. ENCÉFALO: Lembre-se que no encéfalo nós temos, no sentido inferior para o superior, o tronco encefálico, cérebro e cerebelo. Vamos começar com o tronco encefálico. TRONCO ENCEFÁLICO: O que está acima do forame magno, nós consideramos já tronco encefálico, aqui temos o tronco encefálico cortado sagitamente, medula espinal, no primeiro segmento é bulbo, na terminologia antiga usávamos medula oblonga, mas não usamos mais esses termos. Se vocês pegarem um livro em inglês, chamam o bulbo de medula oblonga, por isso, não confundir com medula espinal. Superiormente ao bulbo, temos a ponte, e a mais superior é o mesencéfalo. Assim como nós fizemos com a medula espinal, agora vamos observar o tronco encefálico. Pensando no tronco somente encefálico, o limite inferior dele é o mesmo limite superior da medula espinal, ou seja, o forame magno. Superiormente, ao tronco encefálico temos o diencéfalo. Posteriormente, encontramos o cerebelo e anteriormente, nós temos uma parte do osso occipital, que o tronco encefálico fica sobre ele, se chamo clivo. Então esses são os limites anatômicos do tronco encefálico. A primeira parte, ou a mais inferior do tronco encefálico, é o bulbo. BULBO: Agora vamos pensar nos limites do bulbo, inferiormente temos o forame magno, e superiormente temos a ponte. O bulbo quando nós estamos analisando anteriormente, é uma continuação da medula espinal, tem as mesmas fissuras, os mesmos sulcos, ele é muito semelhante. Então o bulbo ele parece um funil, que começa estreito e vai abrindo na região superior, e entre a ponte e o bulbo, nós temos o sulco horizontal, o nome do sulco é o nome de conexão entre essas duas estruturas, sendo o sulco horizontal chamado de sulco bulbopontino. Nós também as eminências, que são as regiões de relevo, na medula espinal a eminência anterior nós chamamos de funículo anterior, agora aqui no bulbo nós chamamos de pirâmides, tem duas pirâmides, então encontro fissura mediana interior, e em cada lado dela, nós temos uma pirâmide. Indo lateralmente, tem a fissura mediana anterior, pirâmide, sulco anterolateral e agora eu tenho uma outra região ovalada em ambos os lados, essa região ovalada se chama olivar, porque tem o tamanho e o formato de um caroço de azeitona, que são anterolaterais. E desses sulcos que eu acabei de falar, que são contínuos ao sulco da medula espinal, saem nervos, só que agora não são mais nervosas espinais, e sim nervos cranianos. Nós temos 12 pares de nervos cranianos, dos 12 pares, 10 deles tem conexão com o tronco encefálico, então com exceção do nervo óptico e do oftalmo, todos os outros nervos cranianos tem a conexão com o tronco encefálico, com o bulbo, ponte ou mesencéfalo. No geral, qual seria a função do bulbo? Ele serve como um centro de retransmissão de impulsos, que foram produzidos pela medula e precisam chegar até o telencéfalo, não tendo como pular o bulbo, então os estímulos passam por ele. Além disso, ele ajuda a fazer retransmissão porque ele pode ou seguir uma via bulbo até o telencéfalo, ou bulbo para o cerebelo, ele pode retransmitir lá para cima ao telencéfalo, ou pra estrutura que está conectada a ele, que vai ser o cerebelo. Não só o bulbo, como também o restante do tronco encefálico, quando nós fazemos um corte sagital na microscopia, vamos observar que na região mais central existe uma rede, onde os neurônios agora eles ficam bagunçados, então o que nos vimos até agora na medula, com substância cinzenta dentro e branca fora, chegou no bulbo as substâncias cinzenta e branca começam a se misturar, neurônios diferentes misturas, corpos com axônios, então isso vira uma substância reticular, que engloba o bulbo, ponte e mesencéfalo. Essa substância não tem mais um padrão, é uma mistura, porque o tronco encefálico é uma região intermediária, entre a medula e o encéfalo, sendouma região de reorganização dessas estruturas, a substância serve como um centro autônomo visceral, ou seja, não temos controle e vai atingir as nossas visceral. Mas ele vai ter controle do que? Controle da respiração, do ritmo cardíaco, vaso constrição e do vomito também. Então por exemplo, um indivíduo sofreu um acidente e teve uma fratura no osso occipital, na fase externa, com essa pancada pode lesionar o bulbo, se lesiona o bulbo pode atingir o centro autônomo visceral, assim o indivíduo morre, porque atingiu o centro da respiração, do coração, então o bulbo é vital, não conseguindo sobreviver apenas com partes dele. Como que ele coordena isso, pensando na respiração, nós temos nossos alvéolos pulmonares, que possuem receptores que são sensitivos a quantidade de oxigênio que está chegando até eles, então digamos se eu estou em um ambiente que tem mais gás carbônico do que oxigênio, esses receptores mandam informações através dos neurônios para o bulbo, que faz com que os músculos a respiração aumente a frequência, então a mecânica respiratória vai se tornar cada vez mais rápida para pegar cada vez mais oxigênio. A mesma coisa acontece com o ritmo cardíaco, então por exemplo, lembre-se que o coração produz os próprios estímulos, mas o que controla esses estímulos é o bulbo, que vai dar ritmo. Nos encontramos receptores sensitivos, na mucosa do nosso duodeno, e no nosso estômago, então se eu tenho uma bactéria patogênica, esse receptores vão mandar sinais até o bulbo, o bulbo dá uma resposta motora para os músculos do duodeno e do estômago, a resposta pode ser um vômito, que expulsa o agente externo. O vômito nós não conseguimos controlar, por isso que é autônomo, então esse controle de tudo isso se dá pelo bulbo. Para terminarmos, temos nervos cranianos que tem origem no bulbo, sendo deles o IX (glossofaringeo), X (nervo vago), XI (nervo acessório) e XII (hipoglosso) pares de nervos cranianos, no módulo de percepção vamos estudar cada um deles, basta saber que no bulbo tem a origem de quatro pares de nervosa cranianos, do IX ao XII. Aí depois os outros pares de nervos cranianos, tem origem na ponte e no mesencéfalo, paramos por aqui. ANATOMIA DO SISTEMA NERVOSO II Pedúnculo quer dizer pé, base, sustentação - no caso, para o cerebelo. O cerebelo fica fixo ao nosso tronco encefálico através de pedúnculos.Um desses pedúnculos, que é o maior deles, o pedúnculo cerebelar médio é formado pela união dessas fibras transversais da ponte nessa região ântero-lateral. Na prática, a gente vai observar o pedúnculo cerebelar médio, o superior e o inferior, mas o maior deles é o médio. Esse pedúnculo cerebelar médio não serve apenas para sustentar o cerebelo - serve como via entre cerebelo e ponte, e vice-versa. Então, a comunicação neuronal entre essas duas estruturas se dá através do pedúnculo cerebelar, seja ele médio, que é o maior de todos, seja o superior, seja o inferior. Outro item nessa vista anterior que nós vemos na ponte é um sulco bem mediano aqui, que chama sulco basilar. Esse sulco basilar não tem função, e serve apenas como referência para conseguirmos delimitar duas partes da ponte: o lado direito e o lado D I V I S Õ E S D O S I S T E M A N E R V O S O Mapa mental Anatômica Embriológica Funcional Segmentação ou metameria Prosencéfalo Sistema nervoso central Cerebelo Ponte Cérebro Medula espinhal Encéfalo Cerebelo Tronco cerebral ou encefálico Mesencéfalo Ponte Bulbo Sistema nervoso periférico Nervos Cranianos Espinhais Gânglios Terminações nervosas Mesencéfalo Rombencéfalo Telencéfalo Diencéfalo Metencéfalo Mielencéfalo Bulbo Suprassegmentar Segmentar Cérebro Cerebelo Conexão com nervos Medula espinhal Tronco encefálico Sistema nervoso periférico Somático Aferente Eferente Visceral Aferente Eferente ou autônomo Simpático Parassimpático esquerdo. Aqui nós vamos observar que tem uma artéria, a artéria basilar, por isso o nome sulco basilar. A artéria basilar fica sobre a ponte, então o local onde ela encosta na ponte gera um sulco, uma marca, por causa do fluxo sanguíneo que passa ali, que se chama sulco basilar. Então, na vista anterior é isso que chama atenção: a PONTE é mais dilatada, a face ântero-lateral forma o pedúnculo cerebelar médio e tem o sulco basilar. Em relação às funções da ponte, elas são muito semelhantes. Se pegarmos, no geral, bulbo, ponte e mesencéfalo, eles são relacionados. Então, as funções são muito parecidas entre si. Lógico que a gente vai observar que existem algumas diferenças, mas no geral, que é o que estamos observando agora, é bem parecido. A ponte serve como centro de retransmissão de impulsos, ou seja, aqueles impulsos que entraram pela medula espinal na via aferente/ascendente vão subir, podendo chegar até o telencéfalo; ou impulsos que já são direcionados para o cerebelo; ou o sentido contrário (impulsos que são descendentes, na via eferente), que saem do telencéfalo, vão ter que passar pela ponte. Ou seja, a ponte vai retransmitir impulsos em sentidos/vias diferentes. Além disso, a ponte controla o ritmo e a força da respiração, e o bulbo também faz isso. Se pensarmos no tronco encefálico como um todo, ele é vital, justamente porque controla algumas funções vitais como a respiração. E a conexão com o cerebelo nós já comentamos aqui. Olhem: corte sagital, vista mediana - então, temos o tronco encefálico inteiro, o cerebelo, essa região mais dilatada são as fibras transversais unidas. Veja que o bulbo é mais estreito, a ponte anteriormente/ventralmente é mais dilatada. Então, essas fibras transversais se direcionam para o cerebelo. Aqui está a artériabasilar, que foi afastada nessa imagem. Vejam que a artéria basilar foi encostada aqui na ponte, então é essa artéria que vai gerar o sulco basilar. Na região posterior, observamos aqui na ponte que vai ser formado o assoalho do IV ventrículo, que é esse triângulo aqui. Então, o assoalho do IV ventrículo pertence à ponte. Temos outra imagem aqui com a vista posterior da ponte. O bulbo vem até aqui, temos também o assoalho do IV ventrículo. Vocês estão observando a vista dorsal da ponte. O pedúnculo cerebelar médio é isso aqui (cortado). Então, imagine que aqui na frente está o cerebelo, que foi retirado. Então, toda essa região que forma esse losango aqui é o assoalho do IV ventrículo. No módulo de percepção, vocês terão uma série de estudos das estruturas que compõem essa região. Assim como tem o assoalho do IV ventrículo, tem o teto do IV ventrículo, como se fosse uma tenda. Mas por que o assoalho e o teto estão na vertical? No período embrionário, o assoalho estava embaixo e o teto estava em cima. Depois, quando o embrião saiu da posição em que ele tinha um formato de "C" e voltou para a posição ereta, aí fica nessa posição em que os dois estão verticalizados. E os nervos cranianos, então, que têm a sua origem aparente na ponte. Nervos cranianos - aliás, qualquer nervo, mas temos que dar mais importância para estes - têm uma origem real e uma aparente. A diferença é que a origem real a gente não vê, exceto na histologia, em cortes histológicos; já a origem aparente é o que podemos ver macroscopicamente, sem nenhum auxílio de equipamento (é o que está se exteriorizando). A origem real é interna, não conseguimos observar, então são os núcleos desses nervos. Lembre que o SNC, quando os corpos celulares se agrupam, nós chamamos de núcleo. Então, não conseguimos observar o núcleo. No caso da ponte, que é esse segmento do tronco encefálico, os nervos cranianos que têm a sua origem aparente são esses: V, VI, VII e VIII (trigêmeo, abducente, facial e vestibulococlear, respectivamente). O segmento mais superior do tronco encefálico é o MESENCÉFALO. O limite inferior do mesencéfalo é a ponte e o superior é o diencéfalo. Nesta vista anterior, o que nós conseguimos observar do mesencéfalo são essas duas estruturas conhecidas como pedúnculoscerebrais.Veja que tem o pedúnculo cerebelar, que nós vimos o pedúnculo cerebelar médio - origem da ponte - até pedúnculo cerebral. Assim como pedúnculo cerebelar servia para conexão com o cerebelo, sustentação e fixação, o pedúnculo cerebral faz comunicação, sustentação e fixação para o cérebro. Até antigamente, antes de 2001, chamava-se pilar do cérebro, como se fossem dois pilares que dariam sustentação para o cérebro. Depois, com a mudança da nomenclatura anatômica em 2001, deixou de se chamar pilar e passou a se chamar pedúnculo. Entretanto, não serve apenas para dar sustentação, pois são vias de trânsito (aferentes e eferentes) também - via córtico-espinhal, via córtico- bulbar, via córtico-cerebelar. Esqueci de comentar com vocês que as funções gerais para o mesencéfalo, além de outras funções, são essas: reflexos visuais e auditivos.Então, nós viramos essa imagem, retira-se o cerebelo, olha ao contrário na parte posterior do mesencéfalo, vamos encontrar uma estrutura que se chama teto, que comentei com vocês. Como se fosse uma continuação do teto do IV ventrículo, tem uma estrutura chamada de lâmina do teto. A lâmina do teto é formada por 4 estruturas: 2 folículos superiores e 2 folículos inferiores. Esses 2 folículos superiores são responsáveis pelos reflexos visuais (por exemplo, piscar os olhos); os inferiores também fazem isso, mas a ênfase maior será no reflexo auditivo. Então, quando estou andando na rua e alguém atrás de mim chama meu nome, automaticamente giro o tronco, o pescoço e a cabeça em direção ao som, o que caracteriza um reflexo auditivo, que se processa no mesencéfalo (nos folículos inferiores). Cada folículo desse tem o seu respetivo braço. Então, temos os braços dos folículos superiores e inferiores, que se conectam, e daqui a pouco comento com vocês sobre o metatálamo. No mesencéfalo, além disso, vamos encontrar o aqueduto do mesencéfalo (chamado de aqueduto cerebral em livros antigos). Os folículos são esses responsáveis pelo reflexo, os folículos inferiores são responsáveis pelo reflexo visual e os superiores pelo reflexo auditivo. Cada folículo tem seus respectivos braços e esses braços vão se conectar com o metatálamo. Então na parte posterior temos quatro folículos, dois superiores, dois inferiores. No mesencéfalo, além dos folículos, encontraremos o aqueduto do mesencéfalo (cuidado para não confundir AQUEDUTO COM ARQUEDUTO) que é um canal que esta localizado nessa região mais posterior. Panorama do CEREBELO, ele parece o cérebro em miniatura porque a organização dele é muito semelhante, o nome dele vem disso. Por que ele se parece com o cérebro? Porque ele tem hemisférios – hemisfério direito do cerebelo, hemisfério esquerdo do cerebelo, então é dividido em duas regiões, além de ter sua organização em substância branca e substância cinzenta. Substância cinzenta externa e substância branca interna. Mas lembra que vimos na aula passada que na medula o mecanismo é o contrário, substância cinzenta interna e substância branca externa. Chegou no tronco encefálico como fica? Mistura. Porque o tronco encefálico é uma transição e quando passa para o cerebelo e telencéfalo já se organiza, sendo o contrário da medula espinal, como havia dito. Agora a localização do cerebelo. O que está frente do cerebelo, o que é anterior a ele? O tronco encefálico. O que esta localizado póstero e inferiormente a ele? Parte do osso occipital. O que tá localizado superiormente ao cerebelo? Lobo occipital. Até que encontramos em nossa caixa craniana uma fossa cerebelal e uma fossa cerebral, duas regiões próxima ao encéfalo. Agora pensando no cerebelo sozinho, desarticulado de qualquer região do encéfalo, então temos dois hemisférios que são iguais, hemisfério direito e esquerdo e entre eles temos uma estrutura que se chama verme, é o verme do cerebelo. Cada hemisfério do cerebelo é segmentado, cada segmento desse se chama folha, são as folhas do cerebelo. Cada segmento desses tem um nome e uma função, mas não precisa saber agora, será estudado no modulo de locomoção. Se eu fizer um corte no cerebelo e olhar os mesmos segmentos, só que agora na vista interna, os mesmos segmentos possuem outro nome. Função geral do cerebelo vocês sabem, equilíbrio, coordenação motora.Quando pensamos no cerebelo temos outros segmentos, arquicerebelo, paleocerebelo, neocerebelo, cada um deles tem a ver com nossa evolução e funções diferentes. MAS por enquanto é isso que vamos observar, que o cerebelo tem dois hemisférios e o verme cerebelar. Agora o CÉREBRO, que é constituído por duas partes: a parte mais interna é O DIENCÉFALOe a parte mais externa é O TELENCÉFALO,essa questão de ser mais interna e mais externa também tem a ver com a adaptação e evolução. O diencéfalo, evolutivamente falando, surgiu primeiro e logo após surgiu o telencéfalo. O telencéfalo recobre todo o diencéfalo, nenhuma parte dele fica exteriorizado. Agora, começando pelo DIENCÉFALO que é uma estrutura pequena, mas dividida em várias partes. E vejam, a maior parte do diencéfalo é o TÁLAMO e temos também o METATÁLAMO, HIPOTÁLAMO, EPITÁLAMO, SUBTÁLAMOe o TERCEIROVENTRÍCULO se encontra no diencéfalo também. Então são estruturas bem pequenas e que não tem muita delimitação de uma pra outra, dá pra saber onde tá mais ou menos pela localização, agora limite mesmo não tem. Funções gerais do DIENCEFALO: coordenação de atividades vegetativas, ou seja, as atividades que não precisamos parar pra pensar em executa-las, isso acontece de maneira autônoma. É parte autônoma do sistema nervoso. Essas funções gerais são então: Fome, saciedade, sede, temperatura do nosso corpo em relação ao meio externo, as condições de sono e também de vigília (então essas funções são vegetativas por não conseguirmos controlar, então os outros animais também possuem essas características, mas nós vamos além do controle dessas características); motricidade, sensibilidade (quanto à captação dos estímulos externos) e também quanto ao nosso comportamento emocionalporque parte do diencéfalo faz parte do sistema límbico. Agora as divisões do diencéfalo, analisaremos o TÁLAMO que é uma estrutura ovoide, são duas massas- uma em cada hemisfério- que podem estar conectadas ou não, quando estão conectadas a estrutura que conecta um tálamo ao outro é a aderência intertalâmica. No geral, segundo a literatura, 70% das pessoas tem essa aderência intertalâmica e os 30 % não tem, mas ter ou não ter essa aderência não interfere. O tálamo também é a estrutura mais centralizada, do encéfalo como um todo, serve como uma estação de transmissão de impulsos sensitivos. Ou seja, os estímulos externos que foram captados por nossos nervos sensitivos entram na medula espinal, por uma via aferente, passam pelo bulbo, pela ponte, pelo mesencéfalo e chega lá no tálamo. O que o tálamo fará? Ele vai direcionar esses impulsos sensitivos para as áreas corretas de nosso telencéfalo. Então se chegou um impulso visual nosso nervo óptico vai captar a luminosidade, só que captar a luminosidade não tem sentido algum pra gente, essa luminosidade precisa ser transformada numa imagem que faça um sentido pra mim.O nervo óptico estaria no ocular e ele vai fazer uma conexão com o tálamo, e este vai direcionar a informação/estímulo visual pro lobo occipital e aí a imagem vai ser modulada e fazer algum sentido. Então o tálamo direciona esse estímulo, vai ser responsável pela transmissão desses estímulos sensitivos que nós captamos (ex: tato) para áreas diferentes do nosso telencéfalo, com exceção do estímulo sensitivo olfatório. O nosso nervo olfatório não passa pelo tálamo pelo próprio posicionamento do nervo. Conforme nós vamos envelhecendo, esses estímulos que chegam no tálamo podem não ser mais tão bem direcionados e o olfato é o que nós menos perdemos, porque não passa pelo tálamo. METATÁLAMO, apesar de estar no tálamo, tem uma função diferenciada. Os braçosdos colículos se conectam com uma estrutura, que é o metatálamo. O metatálamo é composto pelo corpo geniculado lateral (visão) e medial (audição), ou seja, impulsos visuais e auditivos que foram processados na região do mesencéfalo são direcionados para o corpo geniculado lateral e medial. Obs: alguns livros podem trazer apenas como tálamo. No corte coronal é possível ver as duas massas do tálamo e há um espaço entre, denominado TERCEIRO VENTRÍCULO. As paredes que formam o terceiro ventrículo são o tálamo. O ventrículo é oco. Abaixo do tálamo encontramos uma região do diencéfalo, que é o HIPOTÁLAMO. É uma região menor que o tálamo e parece um funil. Sua grande importância é a conexão com a glândula hipófise, qualquer origem embrionária da glândula é o hipotálamo. Conectando o hipotálamo à hipófise tem uma estrutura chamada infundíbulo. Quando há lesão no infundíbulo, a hipófise para de funcionar. O EPITÁLAMO também é uma região do diencéfalo, é um local de transição com o mesencéfalo. O epitálamo tem uma ''pontinha'', que é a glândula pineal, a função desta é principalmente sono e vigília (produção de serotonina, melatonina). SUBTÁLAMO, está bem abaixo do tálamo. Sua função é essencial, faz a regulação da motricidade (movimento somático), como exemplo caminhar. Se ocorrer uma lesão, podendo ser balismo (dois membros) ou hemibalismo (só um membro), o indivíduo perde esta regulação da motricidade, alguns movimentos ficam bruscos e involuntários. Existem medicamentos para controlar, mas não tem cura. TERCEIRO VENTRÍCULO Chegamos então ao terceiro ventrículo, ele é o segundo menor em tamanho, ele fica localizado entre os dois tálamos. Os tálamos formam as paredes laterais do terceiro ventrículo. Ele é uma cavidade, então só conseguimos mostrá-lo quando os dois hemisférios cerebrais estão encostados. Se eu separo, se tenho apenas um hemisfério, só consigo ver a parede do ventrículo, a cavidade a gente não consegue observar. Então, por exemplo, nessa imagem, o que esta destacado em roxo seria a parede do terceiro ventrículo formada principalmente pelo tálamo. Para ver o terceiro ventrículo realmente, eu tenho que fazer um corte coronal, ele está aqui, com as duas massas talâmicas formando a parede do terceiro ventrículo. Aqui seria a comunicação no local onde ele se encontra. O telencéfalo possui os ventrículos laterais, primeiro e segundo ventrículo. Esses dois ventrículos laterais se comunicam com o terceiro ventrículo através de uma série de forames, chamados de interventriculares (o próprio nome já diz a localização: entre os ventrículos). É produzido nos ventrículos laterais, primeiro e segundo ventrículo, o líquido cerebrospinal (LCE) que depois é encaminhado para o terceiro ventrículo. Mas para chegar no terceiro ventrículo, esse líquido tem que passar pelos forames interventriculares. O terceiro ventrículo também produz o LCE, todos os ventrículos produzem, porém, a produção é proporcional ao tamanho, os ventrículos laterais produzem mais, o terceiro e quarto ventrículo produzem menos. PLEXO CORÓIDE: O plexo coroide, que é uma associação de pia-máter com vasos sanguíneos modificados com células ependimárias, é que vai produzir esse líquido cérebroespinal em todos os ventrículos. O LCE vai passando de ventrículo a ventrículo, sai dos ventrículos laterais através dos forames intraventriculares, chega no terceiro ventrículo, soma com o LCE produzido lá, passa através do aqueduto do mesencéfalo e chega até o quarto ventrículo. Se acontecer uma obstrução, por exemplo dos forames interventriculares ou mais comum na literatura, uma obstrução no aqueduto do mesencéfalo, esse liquido cerebroespinal vai se acumulando. Então se o aqueduto fica obstruído por algum motivo, seja por motivo de defeito no embrião, por exemplo, vai acumular LCE no terceiro ventrículo e vai acumular no primeiro e segundo ventrículo. Qual vai ser a condição que esse indivíduo tem se for uma criança? Hidrocefalia, fica com a cabeça grande, vai acumulando líquido, vai gerando uma compressão. Adulto pode ter hidrocefalia? Pode! Porém não vai ocorrer o aumento da cabeça, porque os ossos do crânio já estão soldados, mas terá uma compressão muito grande, uma cefaleia muito intensa e ai é necessário, assim como na criança, fazer a drenagem do excesso de líquido. TELENCÉFALO É a parte mais externa, é considerado a ultima parte do nosso sistema nervoso central a surgir na escala evolutiva. É a maior porção do nosso cérebro. Ele é dividido em dois hemisférios, hemisfério cerebral direito e hemisfério cerebral esquerdo (o nome tem que ser sempre completo). Entre os dois hemisférios tem uma fissura que se chama fissura longitudinal, separa parcialmente (não é total) os dois hemisférios cerebrais. COMISSURAS: Para fazer a conexão entre os dois hemisférios existem comissuras, que são fibras, que fazem a união, comunicação, passagem de informações de um hemisfério cerebral para o outro. A maior comissura se chama corpo caloso, ele é formado por fibras transversais, atravessando de um hemisfério ao outro, como se fosse uma ponte conectando-os. Na prática observa-se que o corpo caloso possui várias regiões, várias subdivisões. Uma outra comissura que faz essa conexão, é o fórnix. Fica abaixo do corpo caloso. Entre os dois ventrículos laterais, tem o septo. Não tem uma comunicação direta entre os ventrículos laterais (1º e 2º), tem uma parede, que é o septo. Ele é chamado de septo pelúcido, é a parede que separa um ventrículo lateral do outro e ajuda a fazer conexão de um hemisfério cerebral com o outro. SULCOS DO TELENCÉFALO: Os sulcos delimitam massas de tecido encefálico, que são os giros. Então existe os giros que são as massas e entre os giros tem o sulco. Cada giro tem uma função e um nome. As funções dos giros são divididas em áreas, são as AREAS DE BROTMANN (são 43), são 43 áreas diferentes distribuídas no nosso córtex. Córtex significa casca, vai ser a parte do telencéfalo onde contém a substância cinzenta, a parte mais externa. Os principais sulcos não vão delimitar apenas giros, vão delimitar também regiões, que são os lobos, que vão conter os giros. Então os principais sulcos são: Sulco central; Sulco parietal, conhecido também como sulco lateral; Sulco parieto occipital, é interno. Não consegue observar em uma vista lateral. Delimita o lobo occipital do lobo parietal; As regiões que são delimitadas por esses sulcos são os lobos. LOBOS O maior lobo que nós temos é o lobo frontal, que está na frente, anterior ao sulco central. Cada lobo dele tem subdivisões, seus próprios sulcos e seus próprios giros. É esse em rosa na imagem. O lobo que vem após ao sulco central é o lobo parietal, o mais posterior de todos é o lobo occipital, o menorzinho aqui na região posterior. O lobo mais lateral que nós temos é o lobo temporal, em verde claro. Temos também um lobo pequeno, que fica internalizado, que não conseguimos observar em nenhuma dessas vistas, anterior, posterior e lateral, só consegue observar retirando uma parte do lobo temporal e frontal, que vai ser o lobo insular. O lobo insular, fica margeado pelos outros lobos, como se fosse uma ilha. Ele não é visível, fica interno assim, porque não tem espaço para ele. Por que nosso telencéfalo tem giros?Por que ele não é liso? Para poder caber dentro da nossa caixa craniana. Se nós fossemos esticar e deixar nosso cérebro liso, nossa cabeça teria que ter quatro vezes o tamanho que ela tem agora, aí não teríamos sustentação para nossa cabeça. Então uma forma de aumentar a área, de aumentar a superfície, porque tem mais neurônio e compactar dentro da nossa caixa craniana, é dobrar. Então foi feito uma série de dobramentos no nosso encéfalo, nessa parte que é o telencéfalo, para caber dentro da caixa craniana. E mesmo assim o lobo insular teve que ficar lá dentro, porque não teve espaço pra ele do lado de fora. Sem encher na área,ouseja, aumenta a área, mas não aumenta o espaço onde vai ficar alagado. No telencéfalo, nessa imagem da pra ver substância mesênquima externa ,substancia branca interna ,assim como e lá no centríolo transvivos (não entendi o que a pessoa quis dizer), porém na parte mais basal ,a parte mais baixa do nosso tele encéfalo vão ter núcleos que estão destacados das substancias cinzentas,são os núcleos da base lembram,núcleo concentrações de corpos e neurônios,só que desses corpos e neurônios não estão mais em substancias cinzentas no córtex. No telencéfalo nóschamamos de córtex as substancias cinzentas, as regiões mais externas. Então na região da base do nosso telencéfalo nós vamos observar a concentração de núcleos concentração de corpos de neurônios e pelo posicionamento os núcleos da base,o núcleo da base do telencéfalo. NÚCLEOS DA BASE Se a gente observar aqui o encéfalo,nonúcleo e deixar transparente, o que está em vermelho em ambos os hemisférios seriam os núcleos da base,são várias estruturas que compõe o núcleo da base,eles são extremamente importantes para nós,então algumas doenças relacionadas ao envelhecimento como doença de Parkinson, mal de Alzheimer,ansiedade, depressão,essas doenças que tem origens psiquiátricas estão relacionadas com o núcleo da base por exemplo, ansiedade, então quem faz tratamento e porque tem alteração no corpo amidaloide, onde desenvolvemos a ansiedade. O córtexmotor está associado ao nosso movimento e é o tálamo,então tem sempre direcionamento aos núcleos sensitivos. No geral núcleos da base controlam a nossa motricidade somática voluntária,que é isso que quem tem doença de parkinson vai perdendo. quando tem alguma alteração no núcleo da basena anatomia nos temos imagens que lembram isso aqui,um corte transversal,océrebro e essas espirações que são os núcleos da base,agregados aos nossos neurônios,ficam ali próximos ao tálamo,essas estriações laterais que seriam os núcleos da base. Substancias cinzenta externamente e branca internamente Esse aqui é o septo pelúcido, está aqui. Essas estriações seriam os núcleos da base,osnúcleos são os corpos de neurônios mergulhados nas substancias brancas Os ventrículos laterais fazem parte do tele encéfalo no próximo slide em verde está representando todos os ventrículos esse maior e o lateral,parece letra C terceiro ventrículo que está aqui quarto ventrículo que está aqui; o que forma a parede do ventrículo é o tálamo, então talamosa de um lado e de outro; Se tiver aderência o terceiro ventrículo tem espacinho ali fechado. ÁREAS PERIVENTRICULARES Áreas periventricularessão as áreas próximas aos ventrículos,o que formam as paredes que são ocos,massão formadas por ventrículos. VENTRÍCULOS Se eu pegar o ventrículo lateral as áreas que formam as paredes são os lobos frontal,parietal, occipital e o temporal. O quarto ventrículo fica ventral em relação ao cerebelo,isso é importante para exames de imagens,porexemplo,o indivíduo pode estar com aumento da pressão intracraniana ,o que poderia ter levado ,é que se ele fecha o líquor que estava no terceiro ventrículo,não consegue chegar ao quarto ventrículo e continua produzindo liquido e vai se acumulando nos ventrículos laterais e no terceiro ventrículo,o que vai acontecer nos ventrículos é uma cefaleia estrema e vamos ter que fazer a retirada do excesso,se for uma criança ocorre a microcefalia Os ventrículos lateral e terceiro ventrículo aqui,o quarto aqui e todos vão ter plexos coroide, as setas vão indicar o caminho que o LCS vai fazer,o quarto ventrículo chegou no terceiro ventrículo através do forame interventriculares, chegou no terceiro ventrículo e vai para o quarto através do aqueduto do mesencéfalo, chegou na base do quarto ventrículo e vai tomar rumo diferente do liquido céfaloespinal. Parte desse liquido vai entrar no espaço subaracnóidea representado no azul claro e vai fazer o contorno do encéfalo. Parte desse liquido entra no canal central da medula espinal. Isso vai fazer sentido rotatório, ao mesmo tempo que está acontecendo a produção de LCS nos ventrículos,a mesma quantidade que está sendo produzida está sendo absorvida. Em estruturas da aracnoide-máter que se chamam granulações aracnóides,que se projetam na dura-máter,se projetam tanto que deixam marcas no crâneo se a gente pegar a calvária e olhar internamente vamos ver um monte de buraquinhos que são a marcação que a granulação aracnóidea deixa no nosso crânio. Então o LCS entra na granulação aracnóidea,vai passar por uma série de seios da dura-máter e esses seios da dura-máter vão levar esse Liquido cérebro espinal que precisa ser eliminado do nosso corpo ate as nossas jugulares ,e depois até os rins e nós vamos eliminar através da urina e ao mesmo tempo estamos produzindo,então sempre é equivalente em condições normais e sempre estará sendo reciclado absorvendo e produzindo Se produzir mais do que absorve aumenta a pressão intracraniana Então as meninges são as mesmas que nos vimos na medula espinal,as meninges espinais e as encefálicassão as mesmas. A mais interna é a pia-máter,a intermediaria é a aracnoide- máter e a mais externa é a dura-máter. São iguais, mesma composição só muda a localização. Então agora nos terminamos o SNC Nós terminamos o sistema nervoso central e agora, nós vamos ver o sistema nervosoperiférico que, em comparação com o central ele é relativamente mais simples. SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO Seus componentes são: os nervos, os gânglios e terminações nervosas Lembrar que toda vez que nós falarmos nervos, o nervo já é periférico não existe nervo central, não importa se é nervo craniano, se é nervo espinal,todos eles são periféricos então evitar falar nervo periférico, o correto é só nervo, ou nervo espinal ou nervo craniano. NERVOS O nervo se organiza do ponto de vista histológico, lembrando que nervo, as fibras nervosas elas são formadas pelos axônios aqui,em amarelo,a bainha de mielina, caso tenha a bainha de mielina sendo formada e agora essas fibras nervosas são envolvidas por membrana, um envoltório de tecido conjuntivo. Esses três envoltórios eles se organizam em relação ao axônio,assim como tem aquela organização no tecido muscular só que aqui se chama endoneuro, perineuro e epineuro. O primeiro envoltório que vai envolver esse conjunto que é o axônio e a bainha de mielina é o endoneuro, cada fibra tem a bainha de mielina mais o endoneuro, várias fibras juntas forma um fascículo, cada fascículo desse é envolvido por mais um envoltório, o perineuro. Esse conjunto de fascículos é o nervo só que tem mais um envoltório que é o epineuro, o mais externo, vascularizado, vasos sanguíneos que irrigam o próprio nervo chegam através do epineuro. São três envoltórios de tecido conjuntivo que vão envolver estruturas diferentes do nervo e éo mesmo raciocínio lá da fibra muscular.so muda o nome e a composição. Nos nervos temos 12 pares de nervos cranianos e 31 pares de nervos espinais. Os nervos cranianos atravessam o crânio por uma série de forames, fissuras, canais e os nervos espinais se projetam para fora da medula espinal por meio de forames laterais da nossa coluna vertebral. As vértebras se sobrepõem e formam os forames laterais por onde os nervos espinais se projetam pra fora da medula e vão tomar rumos diferentes de acordo com a função decada um. COMPONENTES DA MEDULA ESPINAL Professor apresenta as estruturas do slide: Medula espinal, vista anterior, fissura mediana anterior,sulco mediano posterior, o H medular, substância cinzenta interna, que tem os cornos anteriores e posteriores e saindo ou chegando desses cornos nós temos as radículas nervosas. RADÍCULAS Nessa região anterior, temos as radículas na região anterior, essas radículas estão em contato com os cornos anteriores da substancia cinzenta. Essas radículas estão chegando ou saindo? Se é anterior ou ventral, quer dizer que elas estão chegando ou saindo? Estão saindo. Entãoelas são eferentes. Essas radículas se unem para formar a raiz ventral do nervo. No sentido contrário, na região dorsal, as radículas estão chegando então elas trazem informação sensitiva, então as radículas chegam no corno posterior da medula espinal elas se unem e depois vão se ramificando cada vez mais a depender de qual nervo que estamos falando. Então tem a união das raízes ventral e dorsal e formam o nervo, que é o nervo misto. PLEXOS Alguns nervos se agrupam em plexos, plexo cervical, plexo braquial, plexo lombar, plexo sacral os nervos torácicos não se agrupam, são paralelos entre si e na medula espinal se eu não tenho os nervos saindo da medula espinal eu sei a região de saída deles. INTUMESCÊNCIAS A região de dilatação dos plexos na medula chama-se intumescência, na qual temos a intumescência central e intumescência lombo sacral na medula espinal. TERMINAÇÕES Temos também a terminação receptora, terminação efetuadora, então o nervo que capta a sensibilidade e leva até a região cinzenta que pode ser ascendente ou não dependendo. do tipo celular e leva a resposta motora para o músculo daí nos temos as terminações efetuadoras nas fibras musculares. ANATOMIA DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO: Quando eu fizer um estímulo na minha pele e eu sentir esse estímulo, esse tato, toda essa percepção relacionada com o meio externo, quem faz são os componentes aferentes. O componente aferente é a via que chega na medula. Esses neurônios vão detectar esses estímulos na pele, ou relacionado com o meio externo, e essas informações vão trafegar até a medula espinal. Chegou na medula ela vai ascender até a região do encéfalo para levar essa informação, que vai elaborar uma resposta. Essa resposta vai ser na forma de um componente eferente, para inervar o músculo esquelético. Se está muito frio, essa percepção do meio externo vai elaborar uma resposta e você vai lá colocar uma blusa. Então essa via eferente vai voltar por meio de um neurônio motor que vai inervar a musculatura estriada esquelética. Resumindo: recebe o estímulo ⇒ é percebido pelos componentes aferentes ⇒ chega na medula ⇒ vai até a região do encéfalo ⇒ é elaborada uma resposta ⇒ volta em forma de componente eferente - neurônio motor que vai inervar a musculatura estriada esquelética Agora, o sistema nervoso visceral, ele está relacionado com o meu meio interno, e esse meio interno, esse componente aferente, é um neurônio que está localizado lá nas vísceras e vai levar a informação da musculatura lisa, informar a pressão arterial, vai informar como vai estar o intestino. Então essas informações vão chegar no sistema nervoso, que vai elaborar uma resposta na forma de contração da musculatura lisa, secreção em umas glândulas, aumento da frequência cardíaca. Então esse componente aferente vai detectar como está o meio interno, e o componente eferente vai levar a resposta para que a víscera elabore uma resposta sobre isso. Então essa parte do componente aferente ele vai inervar a musculatura lisa, glândulas (parótida, mandibular), e o coração, aumentando ou diminuindo a frequência cardíaca. O sistema nervoso autônomo, ele está dividido em duas partes, a parte aferente e a parte eferente. A parte eferente é a que vai dar a resposta, e ela é dividida de duas formas: simpática ou parassimpática. O que é sistema nervoso autônomo? Segundo o Ângelo Machado, o sistema nervoso autônomo relaciona-se com a inervação motora das estruturas viscerais, sendo importante para a atividade das vísceras para manter a homeostase. As estruturas inervadas pelo sistema nervoso autônomo são as glândulas, músculo liso e cardíaco. Essa divisão que eu coloquei aqui, tem livros que não trazem o componente aferente dentro dessa divisão, então vocês verão que o livro de histologia o Ross, ele já traz o sistema todo, tanto aferente como eferente como sendo todo do sistema nervoso autônomo. Só que o Ângelo Machado traz, o sistema nervoso autônomo como sendo só a inervação motora das vísceras, que é realizada pelo simpático e parassimpática. As diferenças entre o sistema nervoso somático e sistema nervoso autônomo, o sistema nervoso somático as fibras nervosas, a parte eferente ela vai terminar sempre no músculo esquelético. Já o sistema nervoso autônomo, as fibras nervosas vão terminar ou no músculo liso, no cardíaco ou nas glândulas. Lembrando que o estriado esquelético é voluntário, agora os outros tipos, como o liso, cardíaco e as glândulas são involuntários, não controlados. Na parte somática para comunicar o neurônio motor com o músculo, existe uma placa motora, diferente do autônomo. No somático eu só tenho um neurônio entre o sistema nervoso central e o músculo esquelético, já no autônomo nós temos dois neurônios, o neurônio pré ganglionar e o neurônio pôs ganglionar. Aqui eu tenho um neurônio que vem da região do córtex, ele vai descer para levar informação do meio. Na medula eu tenho outro neurônio, que vai fazer uma sinapse com ele que vai chegar até o músculo esquelético (sendo essa a parte somática, pois eu só tenho um neurônio e chega no músculo esquelético, voluntário). Já no sistema nervoso autônomo nós temos: neurônio que vem da região do hipotálamo ⇒ desce pela medula ⇒ vai no neurônio que vai fazer sinapse com outro neurônio fora da medula. Nós temos dois neurônios então, e esse segundo neurônio que vai chegar até na víscera, na musculatura lisa, que vai dar a resposta. O neurônio que sai da medula espinal é chamado de neurônio pré ganglionar, ou fibra pré ganglionar, esse neurônio vai fazer sinapse com outro neurônio fora do sistema nervoso central, e esse neurônio que ele faz sinapse é chamado de neurônio pós ganglionar. Os dois vão fazer sinapse numa estrutura chamada de gânglio. O que é gânglio? Essa bolinha aqui é o corpo celular, o corpo celular do primeiro neurônio está localizado na medula e o corpo celular do segundo neurônio está num aglomerado que é chamado de gânglio. Então gânglio é o acúmulo de corpos celulares de neurônio fora do sistema nervoso central. E dentro do sistema nervoso central, os corpos são chamados de núcleos. Agora, vamos ver diferenças entre a parte somática e visceral do componente aferente. No componente aferente, são as informações do meio externo quando está relacionado com a parte somática, e do meio interno quando está relacionado com a parte visceral. Então os impulsos do aferente somático vão se tornar conscientes, detectando como está meu meio externo, temperatura, tato, pressão e as informações conscientes vão trafegar até o sistema nervoso central. As informações do aferente visceral são inconscientes, pois não sabemos como está meu meio interno, a pressão arterial, se meu intestino está mais contraído ou relaxado, esse meio interno é inconsciente. Assim o tipo de sensibilidade somático é localizado. Aqui a sensibilidade de dor, por exemplo: se eu fizer um corte no dedo eu vou sentir a região que eu cortei, então é uma dor localizada, então o componente somático, a parte somática é uma dor localizada. A dor da parte visceral, quando ela se torna consciente, ela é uma dor mais difusa. Por exemplo, às vezes você está com uma dor na região do abdome, você não sabe de que órgão está vindo essa dor. Então você não sente essa dor. Você sente a dor, mas não sabe de onde ela está vindo, então é uma dor difusa. A determinação da dor pode ser por secção. Se você cortar o dedo por exemplo você vai sentir uma dor. Agora aqui na víscera você pode pegar o intestino e cortar ele que você não vai sentir dor. O que vai provocar a dor aqui? Distensão. Quando você distende as paredes do intestino, você vai começar a sentir dor. Quando tem muita formação de gases no intestino, e ele começa a aumentar, distender as alças intestinas, você já começa a sentir dor. Ela começa a se tornar consciente. Então a dor pode vir a se tornar consciente nesses casos. Os gânglios sensitivos são os mesmos das duas fibras.
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