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Estudo dirigido - Antifúngicos

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ESTUDO DIRIGIDO VI
Nome(s)/número de matrícula: Amanda Gonçalves Borges/ 2019.1.03.017; Lara de
Freitas/ 2019.1.03.019; Savana Raabe de Oliveira/ 2019.1.03.031
1) A anfotericina B, a terbinafina e o cetoconazol possuem mecanismos de
ação que envolvem o ergosterol. A partir da afirmação acima:
a. Diferencie o mecanismo de ação dos fármacos citados.
O Cetoconazol é um inibidor da 14 α-esterol desmetilase, sendo que está
dentro da classe dos imidazólicos. Ele inibe a ação do Erg11, que interfere na
biossíntese do ergosterol dos fungos, danificando as membranas e alterando sua
permeabilidade.
A Terbinafina interfere em uma das etapas iniciais da síntese do ergosterol
(esterol fúngico) que é altamente importante para a parede celular. A deficiência de
ergosterol e o acúmulo intracelular de esqualeno, resulta na morte da célula fúngica.
A Anfotericina B forma agregados, que sequestram e retiram o ergosterol dos
lipídios da bicamada devido sua capacidade de se ligar ao ergosterol presente na
membrana fúngica.Quando isso ocorre, a estrutura da membrana é rompida levando
dessa forma as células fúngicas a morte.
b. Discuta os mecanismos de resistência dos fármacos citados.
O Cetoconazol e a Terbinafina são azóis, e um dos mecanismos de resistência
aos azóis assenta na capacidade de ativação de bombas de efluxo que promovem a
exocitose do fármaco, o que diminui a sua concentração na enzima-alvo (lanosterol
14-α-desmetilase). A alteração da enzima-alvo ou sobre expressão do gene que a
codifica – ERG11 – constitui um outro mecanismo que confere resistência aos azóis.
A alteração qualitativa da enzima ocorre por mutações pontuais no gene
ERG11, o que evita a sua ligação aos derivados triazólicos, por redução da
sensibilidade.
Já a Anfotericina B é polieno, e os mecanismos envolvidos em aumento de
resistência a ela resultam de alterações na composição da membrana plasmática
fúngica, alterações quantitativas de esfingolipídeos na membrana com diminuição da
formação de ergosterol e funcionamento incorreto de bombas de efluxo, mutação do
gene ERG3 que leva a formação de esteróis com menor afinidade de ligação da
anfotericina B e superexpressão de bombas de efluxo.

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