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286790892-Vocabulario-Da-Lingua-Puri

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VOCABULÁRIO DA LÍNGUA 
PURI 
Marcelo S. Lemos
VOCABULÁRIO DA 
LÍNGUA PURI
(PORTUGUÊS-PURI)
Marcelo Sant’Ana Lemos
 Copyright © 2012, by Marcelo Sant' Ana Lemos
Direitos desta edição reservados ao autor.
Qualquer reprodução total ou parcial desta obra
sem autorização está proibida.
Coordenação editorial: Marcelo S. Lemos
Ilustração da capa: Paul Ehrenreich
Projeto Gráfico da capa: Marcelo S. Lemos
 Lemos, Marcelo Sant' Ana, 1959 -
 Vocabulário da Língua Puri (Português –
 Puri)/ Marcelo Sant' Ana Lemos. - Rio de
 Janeiro:Edição do Autor, 2012. 
 110p.; 21cm.
 Inclui bibliografias e anexos.
1. Dicionário - Língua. 2. Índios da América do Sul 
3.Grupos indígenas. I.Vocabulário da língua Puri. II 
– Marcelo Sant´Ana Lemos 
CDD 498.016 
306.089
 
SUMÁRIO
 
 AGRADECIMENTO ….........................................5
 INTRODUÇÃO.....................................................7
 METODOLOGIA..................................................9
 PARTE 1 
 Notas biográficas dos coletores dos vocabulários Puri....15
 PARTE 2
 Tabela de cores …..................................................37
 Vocabulário............................................................38
 Algumas expressões na língua Puri.............................77
 PARTE 3 
 Palavras retiradas de arquivos paroquiais, bibliotecas
 e outras fontes …...................................................80
 BIBLIOGRAFIA.................................................85
 ANEXO: 
 Canção Puri inédita...........................................................92
 Vocabulário Puri inédito de Edouard P. Ménétriès …...... 95
 
 
AGRADECIMENTOS
 
 A Antonio Policarpo(in memoriam), meu antigo professor 
de português e vizinho, que me auxiliou na tradução do latim 
para o português do texto do Martius. Ao Doutor Luiz Montez, 
professor de alemão da UFRJ, por auxiliar na tradução do 
texto do Ehrenreich, do alemão para o português. A Doutora 
Charlotte pelas observações acerca da tradução da canção 
inédita dos Puris. A Biblioteca Virtual Curt Nimuendaju por 
conseguir o texto do Paul Ehrenreich e torná-lo acessível aos 
pesquisadores. Ao Bessa e a Simonne Teixeira pelo apoio 
permanente as minhas pesquisas. A Maria Lucia pela 
companhia, apoio e incentivo, sempre. Ao meu amigo 
Francisco, por querer ver esse trabalho pronto. Ao meu 
amigo Luiz Guilherme Scaldaferri pelo constante diálogo 
sobre a questão indígena. A Edna Diniz Medeiros pela ficha 
catalográfica. E aos meus filhos. 
 5 
6
INTRODUÇÃO
 Toda vez que acrescentava um verbete a esse 
vocabulário eu me perguntava: Qual é a importância de se 
resgatar uma língua indígena morta? Nos primeiros anos eu 
não responderia outra coisa senão mera curiosidade sobre a 
cultura ou então, sofisticando um pouco mais o argumento, 
era porque procurava algumas pistas na toponímia que 
indicassem a passagem dos Puris por uma região e os 
vocábulos poderiam me auxiliar.
 Passados 12 anos desde que iniciei esta pesquisa, em 
paralelo com a minha dissertação de mestrado,defendida em 
2004, e atualmente a minha tese de doutorado, hoje posso 
afirmar que participo de um resgate cultural para pagar uma 
“dívida” com aqueles que tiveram o seu passado ou parte 
dele suprimido pela historiografia, em decorrência dos 
processos políticos ocorridos no século XIX, que resultaram 
na construção de um manto de invisibilidade política e social 
sobre os índios fluminenses, paulistas, mineiros e capixabas; 
bem como sobre os seus atuais descendentes.
 O processo de expansão cafeeira no Vale do Paraíba, 
durante o século XIX, conduziu ao contato/confronto com os 
povos indígenas que viviam nessa região como: Puris, 
Coroados, Araris, Coropós, Caxixenes, Pitás, Xumetós, etc. 
O processo de contato levou a essas populações doenças 
contra as quais não tinham defesa, hábitos contra os quais se 
insurgiram e o aparecimento de diversos aldeamentos ao 
longo do Paraíba, com intuito de confiná-los para que os 
grandes senhores de escravos e terras pudessem se 
assenhorar das terras do entorno para plantar café.
 7
 
 Esses foram os casos dos aldeamentos fluminenses em 
São Luiz Beltrão – Resende , Rio Bonito e Valença – em 
Valença, Santo Antônio de Pádua, São Fidélis, Aldeia de 
Pedra – Itaocara.
 
 Esses aldeamentos foram criados entre o final do século 
XVIII e início do XIX, com suas respectivas sesmarias doadas 
aos índios. Impressiona o fato de que antes da década de 
oitenta, durante o Império, todas às terras foram confiscadas 
com a desculpa que não mais existiam índios “selvagens” e 
que aqueles que habitavam aquelas antigas aldeias já 
estavam civilizados ou confundidos com a massa da 
população e, portanto, não tinham direito a terra doada aos 
seus antepassados!!! 
 Quando por conta da minha pesquisa comecei a entrar 
em contato com inúmeras pessoas que tinham uma história 
para contar sobre: o avô, o bisavô, a bisavó Puri que tinham 
sido pegos no laço; as bisavós índias Ararís órfãs que foram 
encontradas na cachoeira ao lado do pai morto; a avó que 
falava uma língua que a neta não entendia e que a criou; etc. 
Me dei conta que essas pessoas gostariam de saber quem 
foram seus antepassados indígenas, como eram, como 
falavam. O vocabulário poderia ser uma fonte de comparação 
com as palavras e os sons diferentes, que a memória de 
alguns descendentes ouviram num passado distante. Só por 
essa possibilidade já estaria plenamente compensado o meu 
trabalho, mas acredito que também sirva para trabalhos 
comparativos de línguas indígenas, que hoje tem sido 
desenvolvidos em diversas universidades do país pelos 
linguistas.
8
METODOLOGIA
 
 Esse vocabulário tem uma característica única em relação 
a outros congêneres: ele tem propositalmente algumas 
palavras repetidas. 
 Esse fato deve-se a necessidade de comparar como o 
receptor ouviu o vocábulo da sua fonte, como captou aquele 
som e transformou em registro escrito aquela palavra, 
quando for o caso. Os diversos vocabulários reunidos neste 
trabalho foram coletados em épocas diferentes, em locais 
diferentes e por pessoas de nacionalidades diferentes: 
portugueses, brasileiros, franceses e alemães. 
 Outro aspecto importante é que devemos levar em conta a 
distância geográfica, isto é, o autor de um vocábulo recolheu-
o numa província/estado e outro autor em outra ( os Puris 
transitavam pelo Rio Paraíba do Sul e seus afluentes e foram 
aldeados em vários estados: MG, SP, RJ ou ES). Por conta 
dessa distância tem eles o mesmo som e a mesma 
transcrição? Existem variações? Foram recebidos da mesma 
forma? Como as tribos se deslocavam e também se isolavam 
isso poderia provocar o surgimento de dialetos, portanto, o 
fato de termos os mesmos vocábulos com sons e 
transcrições diferentes pode ser indicativo que a distância e 
isolamento poderia dar margem a produção de 
diferenciações linguísticas? É óbvio que não devemos nos 
esquecer da nacionalidade de quem coletou, pois as 
características fonéticas da língua do receptor interfere 
diretamente na percepção do som do emissor. As respostas 
dessas perguntas poderão ser dadas pelos linguistas que se 
debruçarem sobre este Vocabulário. 
 
 9
 
 Com intuito de facilitar o reconhecimento dos autores dos 
vocábulos transcritos, nós identificamos por cores diferentes 
os respectivos autores, assim fica fácil saber que autor 
coletou e de qual região procede a informação. Porexemplo: 
D. Pedro II, quando em viagem pelo Espírito Santo, em 1860, 
teve um encontro com índios Puris, que viviam na capital 
Vitória, num pequeno bairro, pois tinham abandonado o 
Aldeamento Imperial Afonsino, devido ao rigor excessivo que 
o capuchinho Frei Bento de Gênova queria lhes impor. No 
contato com eles, o imperador anotou um pequeno grupo de 
palavras. São esses vocábulos que aparecerão na cor 
vermelha no Vocabulário Português- Puri. Assim quem 
consultar o vocabulário saberá que aquelas palavras em 
letras vermelhas foram transcrita em 1860, em Vitória(ES), no 
Espírito Santo, por D.Pedro II. Já na cor azul estarão as 
palavras colhidas por Alberto Noronha Torrezão, em 1885, 
em Abre-Campo (MG), e assim por diante. Com isso para 
cada verbete que tiver repetições o leitor poderá saber de 
qual região, quem transcreveu e o ano da transcrição 
somente pelas cores. Isso facilita o estudo comparativo dos 
vocábulos. 
 
 Outra novidade que traz esse trabalho é que junto dos 411 
verbetes (se incluirmos os repetidos dão um total de 798 
verbetes), tem também 47 expressões coletadas em 
vocabulários, 8 expressões coletadas em documento da 
Biblioteca Nacional e 98 nomes próprios, os chamados 
nomes de mato, que foram frutos de levantamentos em livros 
de batismos de cinco aldeamentos Puris diferentes (Queluz – 
SP; São Luiz Beltrão e Santo Antonio de Pádua – RJ; Feijão 
Cru e São João Baptista do Presídio – MG), pela primeira vez 
reunidos. 
 
 
10
 Os nomes de mato revelam a criatividade indígena em 
nominar os seus pares, sem repetições visíveis. Na maior 
parte das vezes os nomes não tem significados reais, a não 
ser a boa impressão sonora que produziu aos ouvidos de 
quem inventou o nome, na primeira vez que foi pronunciado 
perante a aldeia.
 Eles podem dar pistas sobre a estrutura da língua, mas 
também tem um significado simbólico pois significa o resgate 
da própria identidade Puri, que foram obrigados a trocar por 
um nome cristão.
 Em alguns vocábulos aparecem uma interrogação. 
Quando ocorrer dentro da palavra significa que a letra 
anterior ao ponto de interrogação admite outra interpretação, 
devido a dificuldade de interpretar a fonte manuscrita ou 
impressa por conta do estado de conservação, reprodução 
ou impressão da mesma. Quando está no fim da palavra ele 
indica que aquele vocábulo como um todo admite outro 
interpretação de sua transcrição, dada a dificuldade de 
interpretar a fonte. 
 
 Descartamos como fonte de consulta dois vocabulários:
1 – O “Diccionario da língua geral dos indios do Brazil, 
reimpresso e augmentado com diversos vocabulários e 
offerecido à sua majestade imperial” escrito por João 
Joaquim da Silva Guimarães, em 1854, mas que na verdade 
é uma reimpressão do “Diccionário portuguez e brasiliano” de 
Frei Veloso, que trata principalmente do tupi e do guarani, 
mas que foi acrescido de alguns vocabulários, entre eles uma 
única palavra que ele diz ser da língua Puri : bandoleiro - 
puris no dizer do autor;
11
2 – O vocabulário coletado por Manoel José Pires da Silva 
Pontes, entre o final do século XVIII e início do XIX, ao longo 
do seu trabalho para o Império Português, em Minas e no 
Espírito Santo. Esse vocabulário foi reproduzido na Revista 
do Arquivo Público Mineiro, em jan/jun de 1908, e na verdade 
trata-se da língua tupi, que ele diz usar no seu contato com 
Coroados, Coropós e Puris. Seria necessário um estudo mais 
detalhado para separar alguma palavra de origem puri, que 
porventura esteja misturada no vocabulário, mas ele na sua 
quase totalidade se refere a palavras do Tronco Tupi-
Guarani. 
 Reunimos 18 vocabulários, sendo o de Edouard 
Petrovich Ménétriès (um vocabulário inédito até hoje), a 
maior contribuição individual de verbetes para a língua Puri. 
Ao final do nosso livro reproduzimos, em anexo, uma letra de 
canção, também inédita, e o Vocabulário dos Puris de Minas 
Gerais, coletados por Ménéstriès, por nós traduzido, e pela 
primeira vez dado ao conhecimento público. 
 Não logramos encontrar o vocabulário doado ao IHGB, 
escrito pelo Padre Francisco das Chagas Lima, em que pese 
os esforços para isso.
 
 Fizemos umas pequenas e despretenciosas notas 
biográficas dos coletores de vocabulários com intuito de 
situar os leitores sobre quem são os autores dos 
vocabulários, onde nasceram,qual a sua formação, onde 
foram colhidas as palavras, quem foram os informantes dos 
coletores e em que época isso ocorreu. 
 Além disso fizemos mapa que mostra, 
aproximadamente, onde foram os locais das coleta de 
vocábulos. 
 12
 
 
PARTE I
NOTAS BIOGRÁFICAS 
DOS COLETORES DOS 
VOCABULÁRIOS PURIS 
 
 
 1)Alberto Noronha Torrezão – Engenheiro civil. O 
engenheiro Alberto de Noronha Torrezão estava a 
trabalho, na localidade de Abre-Campo, Zona da Mata, em 
Minas Gerais, no dia 6 de setembro de 1885, quando 
realizou uma entrevista com Manoel José Pereira e Antônio 
Francisco Pereira, ambos remanescentes da nação puri. O 
primeiro, já idoso, e o segundo, seu sobrinho-neto, 
ensinaram ao engenheiro algumas palavras da língua falada 
por seus ancestrais. Convém estar atento para o grau de 
aculturação dos informantes e para a inexperiência de 
Noronha Torrezão como lingüista. O vocabulário coletado 
foi publicado em 1889 na Revista do Instituto Histórico e 
Geográfico Brasileiro, tomo LII, parte 1a, páginas 511-
514,pela Laemmert e Cia, no Rio de Janeiro. Os puris 
moravam a 3 léguas do Arraial de Abre-Campo, em terras 
dos frades na localidade de Gramma.
 Mapa assinalando Abre Campo(MG), o local da coleta dos vocábulos 
15
 
 2)Adrien Balbi (Veneza 1782- Pádua 1848) Adriano 
Balbi nasceu em Veneza, era filho de um governador 
da ilha de Veglia. Ficou conhecido como Adrien Balbi, 
foi geógrafo e estatístico, autor de vários estudos 
históricos, geográficos, estatísticos e inclusive 
linguísticos. Escreveu a maior parte da sua obra em 
francês e inclusive galicizou o seu nome para Adrien 
Balbi. Conhecia Portugal, onde colheu informações 
para várias obras suas. Em 1826 publicou o “Atlas 
Ethnographique du Globe, ou classification des 
peuples anciens et modernes d'après leurs langues”, 
um trabalho de grande erudição, no qual aparece 19 
vocabulários puris. Parece que estes vocabulários 
foram informados por Fernand Denis. 
 3) Aryon Dall’Igna Rodrigues - ( Paraná, 1925) Um 
dos mais renomandos pesquisadores de línguas 
indígenas da atualidade no Brasil. Ao longo de sua 
carreira, que já tem mais de seis décadas, vem se 
dedicando à analise e documentaçaõ de várias línguas, 
como o Xetá e o Tupinambá, da família Tupi-Guarani, e 
o Kipeá, da família Kariri (Macro-Jê). Trabalha 
atualmente na UNB e dedica-se ao estudo histórico-
comparativo das línguas indígenas do continente, 
particularmente dos troncos Tupi. Num dos seus 
estudos trabalhou com alguns vocábulos Puris que
16
transcrevemos aqui.Não coletou diretamente só 
compilou das fontes. 
 4) Dom Pedro II- Dom Pedro II (1825 – 1891) Foi 
o segundo e último monarca do Império Brasileiro, 
tendo reinado no país de 1845 a 1889. Nasceu no Rio 
de Janeiro, teve uma educação erudita e eclética que 
levou a se interessar por egiptologia e línguas 
indígenas. Quando em visita as províncias do norte do 
país, em 1860, coletou em Vitória, no Espírito Santo, 
um vocabulário da língua Puri fornecido por índios que 
sairam do Aldeamento Imperial Afonsino (hoje 
Conceição do Castelo) e foram morar em um bairro em 
Vitória. O encontro se deu após a hora do jantar (16 
horas), nos jardins do Palácio,onde apareceram 24 
puris com os quais dialogou, perguntou sobre os seus 
costumes e coletou 110 vocábulos, que transcrevemos 
no dicionário.
 Mapa assinalando a cidade de Vitória(ES), local da coleta dos vocábulos
17 
 5) Karl Friedrich Philipp von Martius (1794 – 1868) 
– Nasceu na cidade de Erlangen, no norte da Baviera. 
Estudou medicina e formou-se aos 20 anos de idade, 
em 1814. Continuou estudando Botânica, trabalhando, 
desde de 1816 como adjunto no Jardim Botânico de 
Munique. No período de 1817 a 1820, junto com 
Johann Baptist von Spix, percorrem o Brasil, como 
participantes do séquito científico que acompanhou a 
arquiduquesa austríaca D. Leopoldina, imperatriz do 
Brasil. Ao regressar a pátria Martius escreveu muitas 
obras, produto dessas pesquisas, até o seu 
falecimento. Entre elas “Beiträge zur Ethnographie 
und Sprachenkunde Amerikas, Zumal Brasiliens. II. 
Zur Sprachenkunde. Erlangen,Druck von Junge e 
John, 1863. Glossaria Linguarum Brasiliensium. 
Glossários de diversas línguas e dialetos que fallao os 
indios do Império do Brazil. Wörtersammlung 
brasilianisches Sprachen. Dr. Carl Friedrich Phillip 
von Martius” no qual encontramos, nas páginas 194-
195, a reprodução de 45 vocábulos da língua Puri, 
coletados por ele e por outros autores aos quais ele 
teve acesso e compilou (Marliére, Eschewege, 
capuchinhos italianos da Aldeia de Pedra – atual 
Itaocara). Martius e Spix estiveram 21 dias na região 
do Rio Xipotó, Fazenda Guindoval e Aldeia de Cipriano, 
em Minas Gerais, onde viviam os Coroados, Coropós e 
18
Puris que eles tiveram contato e inclusive recolheram 
lendas, músicas e costumes, que foi registrado no 
Livro “Viagem pelo Brasil”. A maior parte portanto dos 
vocábulos, foram de índios mineiros. 
 Mapas assinalando os municípios de Itaocara(RJ) e Visconde do Rio 
Branco (MG) locais de coleta dos vocábulos 
19
 
 6) João Severino da Fonseca (1836-1897) – 
Nasceu na cidade de Alagoas (hoje chamada de 
Marechal Deodoro), na província de Alagoas, 
formou-se médico e ingressou no Corpo de Saúde 
do Exército, onde participou da Guerra do 
Paraguai. Foi diretor de diversos hospitais 
militares, foi senador da república, diplomata, 
atuando na Comissão de limites entre a Brasil e 
Bolívia, ocasião em que viajou até o Mato Grosso. 
Foi historiador, sócio do IHGB, escreveu o livro 
“Viagem ao redor do Brasil” onde além de falar da 
sua viagem, da história das regiões que visitou, 
coletou também vocabulários indígenas e os 
comparou. Neste trabalho ele apresenta 4 
vocábulos da Língua Puri.Não informa como os 
coletou. 
 
 7)Wilhem Ludwig von Eschwege (1777-1855) – 
Nasceu no landgraviato de Hesse-Kassel, numa velha 
cidade, Eschwege, na Alemanha. Era filho primogênito 
de um Barão, do qual herdou o título. Inicialmente 
estudou Direito, em Göttingen, se transferindo depois 
para Marburg para estudar ciências naturais. Forma-
se em 1800 e vai trabalhar numa mina. Em 1802 
recebe um convite para trabalhar ou em Portugal ou 
no Brasil. Fica em Portugal de 1803 a 1809. Quando 
20
vem para o Brasil, desembarcando no Rio de Janeiro 
no dia 29 de março de 1810, onde fica por um período 
de quase 11 anos, trabalhando para o Governo em 
diversos cargos, principalmente em Minas Gerais. 
Regressa para Europa em 9 de julho de 1821. Dos 
anos que passou no Brasil, Eschwege viveu a maior 
parte em Minas Gerais, sendo que em 1814 
empreendeu uma viagem junto com o Sr. Georg 
Wilhelm Freyreiss, outro naturalista alemão, para a 
região do Presídio de São João Batista, atual cidade 
de Visconde de Rio Branco, onde se deparou com 
Coroados, Coropós e Puris. Lá ele anotou os 
vocabulários, os comparou e avaliou as dificuldades do 
processo de transcrição correta pois 
“frequentemente os sons reproduzidos 
diferentemente, não só por serem produzidos por 
pessoas diferentes, mas também pelo fato de se 
tratar de ouvintes diferentes. A dificuldade de 
transcrição aumenta quando o ouvinte e o que 
transcreve as palavras procedem de nações 
diferentes: jamais haverá congruência na forma 
escrita.” Eschwege era muito crítico do processo de 
coleta de vocábulos que resultasse de uma rápida 
estadia entre os povos indígenas, porque somente uma 
vivência prolongada daria condições de permitir uma 
completa aprendizagem da língua. Avaliamos que tenha 
contado com a ajuda de Marliére na produção de seu
21
 vocabulário apresentado no livro “Jornal do Brasil 
(1811-1817)”. 
 
 Mapa assinalando o município de Visconde do Rio Branco(MG) local de 
coleta dos vocábulos
 8)Francisco de Paula Ferreira de Resende(1832-
1893) – Nasceu em Campanha, no Sul de Minas, 
formou-se advogado em São Paulo, foi Juiz de Órfãos 
em Queluz (MG), vai em 1861 para Feijão Cru (atual 
Leopoldina). Lá toma contato com Puris muito 
rapidamente. Mais velho, escrevendo suas memórias 
(iniciadas na década de 70), ao lembrar dos Puris e 
seu modo de vida resolve ver se conseguia levantar 
22
algum vocabulário e consegue através do Senhor 
Camilo José Gomes, que tinha 98 anos, uma série de 
informações e também algumas palavras dos Puris, 
pois este senhor conviveu com eles. As aldeias 
ficavam pela margem do Rio Pomba, Roça Grande até a 
margem do Rio Paraíba. Viviam mudando de local e o 
velho recordou 6 vocábulos, que junto com a palavra 
que Francisco citou formam os 7 vocábulos, dessa 
contribuição. O depoimento de Camilo José foi 
tomado por João Guilherme Gaede, amigo do autor e a 
seu pedido, portanto trata-se de uma coleta que 
envolve pelo menos 3 intermediações ( dos puris para 
o Camilo, do Camilo para o João Guilherme e deste 
para a publicação pelo Francisco P.F Resende). 
 
Mapa assinalando o Município de Leopoldina(MG) local de coleta dos 
vocábulos 
 23
 9) Maximilian, Prinz von Wied (1782- 1867) – 
Nasceu em Neuwied, exerceu a carreira militar, tendo 
alcançado o posto de major-general. Além disso se 
dedicava desde a juventude às ciências naturais. 
Empreendeu viagem ao Brasil, em companhia dos 
naturalistas Freyreiss e Sellow, durante os anos de 
1815 a 1817, principalmente pela região litorânea, 
explorando do Rio de Janeiro a Bahia, de onde ele e 
seus acompanhantes coletaram grandes coleções, 
entre elas mais de 5.000 plantas, que se encontram 
conservadas no castelo de Neuwied. O príncipe fez 
cerca de duas centenas desenhos, pinturas e esboços 
durante esta viagem, inclusive retratando os índios 
puris no Espírito Santo e do Rio de Janeiro. Coletou 
diversos vocabulários indígenas, principalmente 
Botocudo, não registrando porém muitas palavras 
puris, apesar de ter visitado aldeias Puris próximas a 
uma fazenda de um furriel, em São Fidelis, onde 
travou um contato mais detalhado com os Puris, que 
tinham dois indivíduos que tinham passado a sua 
infância entre os portugueses e sabiam falar um pouco 
do português facilitando o diálogo e troca de 
informações. Além desse local o príncipe também 
colheu informações sobre os puris no Quartel de 
Barreiras, a margem do Rio Itabapoana, onde o oficial 
do posto forneceu informações sobre os índios( da 
obra retiramos 7 vocábulos). 
 24
Mapa assinalando os Municípios de São Fidélis (RJ) e de Presidente 
Kennedy(ES) locais de coleta dos vocábulos.
 
 
 25
 
 10)Faria, Sheila Siqueira de Castro – Doutora em 
História pela UFF, pesquisadora que atua no Núcleo 
de História Ibérica e Colonial na Época Moderna, 
escreveu um ensaio dentro do livro “Resgate:uma 
janela para o oitocentos”, sobre Fortunas e Famíliasde Bananal, no qual ao explicar a origem do nome 
Bananal ela cita um termo que pode ser de origem 
puri, incluído aqui no nosso Vocabulário. (1 vocábulo). 
 Mapa assinalando o Município de Bananal(SP) local de coleta do 
vocábulo 
 11)Bustamente, Heitor – Nasceu Heitor em Santo 
Antonio de Pádua, onde também faleceu, no século 
XX. Escreveu o Livro Sertões dos Puris, onde revela 
pela primeira vez os nomes de mato e de batismo dos
26
índios puris que foram catequisados pelos capuchinhos 
na região de Santo Antonio de Pádua. São esses 12 
nomes que reproduzimos no nosso vocabulário. 
Mapa assinalando o Município de Santo Antonio de Pádua(RJ) local de 
coleta dos nomes indígenas.
 12)Lima, Francisco das Chagas Reis(1757-1832) - 
Nasceu em Curitiba, ordenou-se padre e atuou toda a 
sua vida na Capitania de São Paulo. Teve destacada 
atuação na catequese dos índios Puris de Queluz e dos 
Kaingáng da região dos Campos de Guarapuava. 
Escreveu um vocabulário da língua Puri, doado ao 
IHGB, pelo Padre Manoel Eufrázio de Oliveira, em 
1843, que desapareceu na Instituição. Lima, em ofício 
de 14/12/ 1800 transcreve uma relação de oitenta e
27
 seis índios Puris, com os seus nomes de mato e de
 batismo. Essa relação foi publicada por Paulo Pereira 
dos Santos, historiador do Vale do Paraíba e dos seus 
povos indígenas, no livro “Lorena nos séculos XVII e 
XVIII”, de onde compilamos, a qual foi retirado dos 
arquivos do Estado de São Paulo. 
Mapa assinalando o Município de Queluz(SP) local de coleta dos nomes 
indígenas
 13)Ménéstriès, Edouard P.(1802-1861) – Jean 
Maurice Ménéstriès nasceu na França, onde seguiu a 
vocação de ciências naturais. Estudou com eminentes 
zoólogos franceses Georges Cuvier e Pierre André 
Latraille, trabalhou no Jardim Real, que pertencia ao 
Museu de História Natural de Paris, quando foi 
convidado por Langsdorff para participar da 
expedição ao Brasil na qualidade de naturalista, nesta 
época tinha 18 anos. Na Rússia ficou conhecido como
28
 Edouard Petrovich Ménéstriès e é como aparece na
 documentação microfilmada, na Fiocruz. Participou da 
expedição a Minas Gerais, e em 20/7/1824,dirigiu-se 
a fazenda de José Lucas, há 3 léguas ao norte do 
Presídio de São João Batista, onde numa aldeia Puri, 
coletou 209 vocábulos além de uma letra de canção 
Puri. Esse vocabulário inédito em língua portuguesa foi 
traduzido do francês e está incorporado ao dicionário 
Puri (com 183 vocábulos, porque 26 não logramos 
identificar, por dificuldades na interpretação do 
manuscrito )
Mapa assinalando o Munic.de Visc. Rio Branco(MG) onde foram coletados 
os vocábulos inéditos 
 14)Oiliam José (1921- ) Nasceu em Visconde do 
Rio Branco, formou-se técnico em contabilidade e 
depois em Direito, participou da fundação de jornais 
locais, ministrou aulas no ensino médio e na faculdade, 
foi secretário municipal, estadual e também
29
historiador. Pertence a Academia Mineira de Latetras 
e escreveu vários livros falando da região de Visconde
 de Rio Branco(antiga São João Batista do Presídio) 
como: Visconde de Rio Branco, Fatos e figuras de Rio 
Branco, Visconde de Rio Branco – terra, povo e 
história, Leopoldina, Os indígenas de Minas Gerais, 
entre outros títulos. No vocabulário entra somente 
com o nome de um indígena Puri. 
Mapa assinalando o Município de Visconde de Rio Branco(MG) local de 
coleta dos vocábulos
 15)Magalhães, Henrique Vicente Louzada – Nasceu 
em São João Batista de Bragança, em Portugal, no 
século XVIII. Itamar Bopp informa que foi êle um dos 
precursores da plantação de cana no distrito de 
Vargem Grande,em Resende. O Capitão Comandante 
Henrique Vicente esteve presente e tomou parte
30
 ativa em diversos momentos da Freguesia de Campo 
Alegre e também da fundação da Villa de Resende em
 29/9/1801. A pedido do Conde de Resende, em 1797, 
foi a Aldeia de S. Luiz Beltrão, na fronteira com 
Minas Gerais, para levantar ”todos e quaisquer 
produtos que produz a indústria dos índios deste 
distrito, compreendendo nos referidos produtos as 
armas (...) seus instrumentos músicos (...), os seus 
vestidos, ornatos, (...) seus móveis domésticos, e (...) 
remetesse eu uma relação com cada remessa onde 
declara o nome vulgar de cada produto(...)” são os 8 
vocábulos desse levantamento que publicamos.
Mapa assinalando o Município de Resende (RJ) onde foi coletado os 
vocábulos
 
 31
 16)Freyreiss, Georg Wilhelm(1789-1825) – Esse 
naturalista alemão especializou-se em ornitologia. 
Era caçador exímio e empalhador, trabalhou como 
camareiro de Langsdorff em sua viagem da 
Alemanha à Russia, e de lá, saindo de São 
Petesburgo, veio em agosto de 1813, para o 
Brasil, sendo recomendado ao Sr. Lourenço 
Westin,Consul da Suécia e Noruega no Rio de 
Janeiro, que lhe forneceu os meios necessários 
para fazer as coleções de História Natural. 
Viajou, primeiramente, com Eschewge por Minas 
Gerais, tomando contato com os índios Coroados. 
Acompanhou, posteriormente, o príncipe 
Maximiliano de Wied, na maior parte de sua 
viagem pelo litoral (1815-1817). Enviou para o 
Museu Westiano importantes coleções de aves 
(920), mamíferos (63), espécies vegetais (850) e 
sementes (400) entre outras contribuições. Morreu 
na Bahia, em 1825. Deixou um manuscrito escrito 
em alemão, pertence a Academia Real de Ciências 
de Estocolmo, onde aparece 26 vocábulos Alemão-
Puri, os quais traduzimos do alemão, e figuram 
neste Vocabulário. 
32 
Mapas assinalando os Municípios de Visconde de Rio Branco(MG) e 
São Fidelis (RJ)
 
33
 
 17)Rey, Philippe ( ?) - Veio pesquisar no 
Brasil, na Província de Minas Gerais, região do Rio 
Doce, em 1884. Visitou a aldeia de Etueto, onde 
entrou em contato com os Puris. Uma velha 
senhora Puri foi a sua principal informante dos 
costumes e do vocabulário que ele transcreveu no 
Bulletin de la Societé d'Anthropologie de Paris 
(tomo 3, vol.7, 1884, páginas 97-101), onde 
constam 122 vocábulos, dos quais logrei traduzir 
120. 
 
Mapa assinalando o Município de Santa Rita do Itueto (MG) onde 
foram coletados os vocábulos
 34
 18)Ehrenreich, Paul(1855-1919) – Nasceu em 
Berlim, estudou antropologia na Alemanha. Viajou 
ao Brasil, indo a Região do Rio Doce,nos anos de 
1884-1885, onde travou conhecimento com os 
povos indígenas Puris e Botocudos. Essa primeira 
viagem ao Brasil resultou na publicação de dois 
textos: “Über die Botokuden des Rio Doce” e “Die 
Puris Ostbrasiliens”. No segundo texto existe um 
pequeno vocabulário que ele coletou quando visitou 
as famílias Puris que moravam a margem do Rio 
São Manoel, tributário do Rio Manhuassu, em 
1885, próximo a fazenda Leite. O seu informante 
foi o cacique Puri e ele teve o auxílio de um guia 
que serviu de intérprete. Dali extraímos os 26 
vocábulos que constam no Vocabulário. 
 Mapa assinalando o Município de Mutum(MG) onde foram coletados 
os vocábulos
35
 
PARTE II
VOCABULÁRIO
TABELA DE CORES
 A Torrezão, Alberto Noronha
 A Martius, Karl F. P. von 
 A Dom Pedro II
 A Fonseca, João Severino da
 A Eschewege,W.L.V
 A Rezende, Francisco de Paula Ferreira de
 A Wied, Maximilian, Prinz von
 A Rodrigues, Aryon Dall’Igna
 A Faria, Sheila Siqueira de Castro
 A Bustamente, Heitor
 A Lima, Francisco das Chagas
 A Ménéstriès, Edouard P. 
 A Oiliam José 
 A Magalhães, Henrique Vicente Louzada
 A Balbi,Adrien
 A Freyreiss, Georg Wilhelm
 A Rey, Philippe
 A Ehrenreich, Paul
37
LETRA A
abacaxi, ananás – nanrinabelha - butan-bakè
abrir - brâ
acender – kandú
acender – pothèh-gatchin
achar – iah 
adoecer - kondón
agarrar - iahga
água – m’nhâmã
água – mniamâ(ng), mniamà
água – nhaman
água - náma (obs : n nasalado)
água – ignamà
água – nhama
água - niaman
algodão – té où 
alma, espírito – tutak
alma - laman 
amamentar – ignattà – orbà
amanhã - oèrâ
amar - neka-ni-teu 
amar - macapon 
amarelo – putuhra
amarelo – bethlúnuna
amarelo – kot'aú
amarelo – mlin bacua
amargamente - tammathih
amargo – kandjuh
38
amigo - opé
andar – kehmûn
andar – tlamun
anta - pennân
anta – tenân
anta, tapir – penâng
anta – pénam
anta – poèna
anus - utang
ar, vento – nam d'jota
ar - omlè 
arara - djasvatahra
arara – maráre
arara – inhamatára
arara - jabotara 
arara – attâra
arara – batourà
arco - ohmrin
arco – prinî
arco - mirining
arco - homrim
areia – gavi-ly
areia - cavize
arrancar – ton 
arroz - mem'rina
árvore - mpó
árvore – bondjára
árvore – bô
árvore - bocara
assar – mbôri
atado – timirî
atingir, alcançar - galing 
39
atirar, jogar - camaring
aurora - hopêdzotêna
avô - antah
avó - titinhan
avô e avó – tá
avô - tahe
azul – beroròh
azul – prio aná
azul - pessarekă 
40
LETRA B
baixo – dora-koara
banana maça – baoh
banana - po
barba – sorêpêda
barba – to pôerà
barba - oropira
barbado - doquê
barbado (macaco) – tokeh
barco - mbo
barriga – tikim
barriga – ti qui
batata – churumûm
batata – saramun
bater - pô
batizar – nhamanconcusa baiuna
beber - tch'mbá
beber – gambá
beber - niamba
bebida fermentada de milho - catipueira 
beiço - tsché
beiço - sóre-pê
beija-flor – chindêda
beija-flor – ndãde
beija-flor - tsipodera
beijar - aprêbanbana
beijo - bâna 
boca - tschoré
boca – sôre
41
boca - schorèh
boca – txôre (vocabulário comum a Puri, Coroado e Coropó)
boca – chàra
boca – jora
boca - sori
bocaina - djareh
boi - tapira
boi – tapira
boi – tapir
boi – tapír
boi - tapira
bom - schuteh
bom, boa – thammatih, gamung
bom – brittà
bom - beca
bonito - schuteh
bonito – matou
bonito - malo
borboleta - simpreùda 
borboleta - prön
botocudo - racê
braço - iacareh
braço - cocóhra
braço – coára
braço – corà choù prey
braço - cocuara
brajahuba (palm.) – pahtan
branco (homem) – haranjúa
branco (cor) - ona
branco (cor) - beorona
branco (cor) – ohkarôna
branco – bégotara
42
branco (cor) – pótana 
brejaúba, brejaúva, ariri, iri(palmeira) – prinà ké
bugio, guariba – to kè 
43
LETRA C
cabeça - nguê
cabeça - guèh
cabeça – anguê
cabeça – n'gué
cabeça – anque
cabeça – ningue
cabeça e cabelo – goêy
cabelo - quê
cabelo - guê
cabelo - mgue
caçar – copran
caçar, correr – ourai
cacau - tembóra
cachaça – canojêna
cachaça – cor(?)jon
cachorro - chindê
cachorro - shindeh
cachorro, cão – joare
cachorro, cão – soudey
café – pahrahda
café - niaman-ouan
cair – duthàna
cair – là pranà
cair, pôr do sol - schambòna 
caititu - sotakon
caititu – sotlan
caititu - chutlan-con
calor – prehtôma
44
caminho – chinô
caminho – tsinna
caminho – sanà
cana de açúcar – tupânãriké
cana de açúcar – capuna
cana de açúcar – tubanna
canoa - bopê
cantar – ndl'ôno
cantar - gleureu
capim - chipampeh
capivara – bodaqueh
capivara - botokjã
capoeira – chicopó
capoeira (ave) – tsicopro (pode ser a ave chamaeza 
ruficauda)
cara humana, figura – adarà
carne - arikê
carne – hanni-ké
carne – haniké
carne – aré ké
casa - guárá
casa, cabana – guará vel cuari 
casa - scheù-me
casa - nguára
casa, cabana, choça – cuari
casa - guara
casado - simial
casar – djeeh
casar - cimiana
casca – popeh
cascata – niamancatsega
cavalo – cavara
45
cavalo - carú
cego - ahmripapúh
céu - ocòra (obs. no texto alemão “das o dunkel” – o escuro)
céu – corà
céu – olada
chama – botè kè
chamar - còmau
chapéu – guênana
chicote – tapira pèh
chorar - péô
chover – nhãma ku-uh
chover – ignamà hoù
chover - kchu
chuva – nhamangohúma
chuva – manian cohu
cinza – botè d'ou
cipó – m'bra téhî
cobra - shahmûm
cobra – samman
cobra-cega – thinà ton
colar de dente de macaco – tan goâché
colérico – kochna
colo, pescoço – te tou
colorir – touà tounà
comer – maschê
comer – tcker
comer – chè
contar – pikinda
contente – aripòu aguerà
conversar – tschére bacoiah
conversar - cambôna
coração – tatakk
46
corda – tumah
corpo humano - immih
córrego – nhãmanrúri
cortar – lintschih
cortar – lò
costela - prourà
couro – peh
coxa – cathèra
coxa – têrà 
cozinhar – à souà
criança – hereuma
criança – hereumᾰ
criança - sambee
cruz - tupan
curar (eu curo) – ah ndond
cutia – bohkôn 
cutia - baco 
cutia – pà cou 
47
LETRA D
dançar - cocêbundana 
dançar – gleureu
dardo, seta (?) - baüàh
dedo – sehabrera
dedo – prê prê
deitar – katahra
deitar - tara
dente - utsché
dente – tsé
dente – djè
dente – echey
dentes - tse
dentes - tchéh
dentro - kschê
deus - tupã
deus - tupã 
deus - tupang
deus - dokôra
deus – tupan
deus – tupan
deus – tupan
deus – toupàn
dia - opeh
dia - vera
dia – dzanêmuda
dia – bricca
dia - vemo
diabo – ahndl'ahman
48
diabo – tlong-ah
dinheiro – mretetêno
doente - cadando
dois – curiri
dois – ourê râ
dor – kuandom-dó
dor - kuandom-do
dormir - katahra
dormir – thára 
dormir – gamung
dormir - tara 
49
LETRA E
em pé - pl'euák
entanha – kopahra
enterrar, sepultar – goâ chey vejo
entidade indígena - nhaueira
erva - spanguéh
erva - schapúco
escuro - arena
espingarda – bôah
espingarda – bohá
espingarda – pûh ou mbauá
espirrar – bokè tê
esquilo – vê chey
estrada – chiman
estrangeiro - tàgnié
estrela - chúri
estrela - melikô-na
estrela – tsùre 
estrela – melinkoena
estrela – nikinda
estrela – méréconà
estrela magma – thiùhli
estrela pequena - miricòdha
eu – ah 
eu – gâ 
50
LETRA F
faca – hum'ran
faixa em que abriga(carrega) os filhos – pà kè
falar – koiah
falcão, gavião – màrú
farinha – makiphara
feder – choù
feijão – chumbêna
feijão - tsabena
feio – krohkon
feio – matou con
femea – t(?)rema
ferir - capòh
ferro – hum'ran
ferro – guamaratèh
ferro – còmaran
fiar – tèouti
filha – chambé
filha - mbaima
filha – shambé boêma
filha – schambé-boëma
filha - pombey
filho - chambé
filho - shambé
filho – sambê
filho - schambé 
flecha - aphon
flecha - obouug
flecha – pún
51
flecha – ariníng
flecha (escrito frecha no original) - põm
flecha - pooni
flor - pl'okeh
flor – pou baina
flor - canapénêma 
flor - penenan
floresta - montay
florzinha - pô-pâna
fogo - boteh
fogo – pothéh, pollach
fogo - potê
fogo - potê
fogo – poté
fogo – pote
fogo – poté
fogo – boté
foice – hum'ran
folha – yòpè
folha da palmeira brejaúba, brejaúva, ariri, ou iri - tûni
folhas - djop'leh
fome - temembôno
fome – taim bòna
fome - tenbom
força - mehtl'on
frio – nhamaitú
frio – krim
frio – brit tou còn
fruta – mor-keh
fumar – bokè chè
fumo - pokeh
fui – mahmûm
52
fundo,profundo – dora-koasa 
53
LETRA G
galinha – coru hêre
gambá – slháriuô
gambá – saro ey
gente branca - peróna
gente preta – pehuana
gordo – ourounà tà
gostar - tl'amatl'i
grande - rune (fr.)
grande – orun
grande – ourounà
gritar – cochà
guerra – guascheh 
guerra – mligape 
54
LETRA H
hoje – miti
homem – hakorrema
homem - guaéma
homem – kuai-ma
homem – cohêna
homem – coaimá
homem - coema
homem branco – araijo beorono, rayon
homem branco – raial orutu (pessoa valente)
homem negro – tapanhô 
 
55
LETRA I
intestino – pec carè
ir - moun
irmã – salte
irmã – sattà é maêma
irmão – schahtâm
irmão – schemaung
irmão – makascha-jtane
irmão ou irmã – tsatê
irmão – mekataschone
irmão – satle 
irmão – sattà é goénxà 
56
LETRA J
jacaré – gouarâ râ
jacu - satlan
jacucaca – schák-on
jacuguaçu – t'erlan
jacutinga – pittah
jaguar - paüân
jaguatirica – jogót-ahmúm
jaó – mboré
jaó – ambori
jararaca (gên. brothrops) – ara rò
javali – sutlan (o autor se referia ao queixada - tayassu pecari)
joelho – tuonri
joelho – matouri
jovem – guaéma
jovem, rapaz – ejé mònâ 
57
LETRA L
lagarto - appehrtô
lagarto - – tlacâhra
lagarto (lacerta ameiva) – gouarâ
lago – niaman luralagoa – nhãma-rorá
lagoa - pon-hom
laranja – bioké
leite – nhamanta
leite - namante
levantar – ml'itôn
levar, trazer, usar – à ney
lindo – schuteh
língua – toppeh
língua – thompé
língua – hamá (Puri e Xopotó)
língua – topé
língua – topey
longe – arípa
longo – tamariponham (ver vocabulário noite)
lontra – bànàrà
lua – petahra
lua – phethania
lua – petãra
lua – pitara
lua – petan
lua cheia – pêtan ourouna
lua minguante – pêtan à cayonnà
lua nova – pêtan orou
58
luz – poteh 
59
LETRA M
macaca - pára
macaco – tanguah
macaco – tanguá
macaco – tanguâ
macaco, mico – tan gouà
macaco da noite – bâ rit ti
macuco – shipahra
macuco – spara
madeira,lenha - umbòh 
madeira – ambo
madeira,pau – am bô
madrugada – vemudah
mãe – inhan
mãe – titschêng (e nasalado)
mãe – ayam
mãe – inhãn
mãe – anha
mãe – ayam
mãe – aiän
mãe – nian
mãe – agnan
magro – còrò tey
mais, em maior número – o ròu
mama – y gnatà
mama - mniatá
mamar – nhamantá - hm'bá
maminha – nhamantah
mandioca – veijuh
60
manhã – tuschàra
mão – chapeprera
mão – schaperré
mão, dedo e pé - sápre
mão – core
mão – schaperre
mão – choù prey
marchar - dorâ
mas – makim
mata (com o ferro) – môm'ran
matar (com o pau) - mopô
mato - bondé
mato virgem - tschóre
mau – krohkon
mau – taschitangeli
mau – corcon
mau – brittà còn
meio dia – Hhuáratirukah
meio dia – guaratirucáh
meio dia – nopêungûranacá
meio dia – opey gorà ocuà
mel – butan
mel – bujan
mel – pòtan
menino - oronmatê
meu – ah
meu – ei
milho – maki
moça – mbl'êma schu teh
mono – pahra
montanha ou monte – pre-dyóta
montanha – prino
61
montanha – ourourou
morar – lekah
morcego – shinâli
morcego – t'chi mirî
morder – trchemurung
morder - tschimurung
morrer – mbôno
morrer – ambô - nam
morrer – dzondlan
morrer – ambo-nam
morrer – làn
morte – nédlan
muito – tléra
mulher – mbl'êma
mulher – mbaima
mulher – boëmann
mulher – bêma
mulher – boëman
mulher grávida – grittî
música – canarêmùndê 
mutum – tsibulla 
mutum do sudeste ou mutum do bico vermelho – t'chà cou 
62
LETRA N
nadar – niaman catsma
nadar – ignama lê
não – d'jere ou con – empregado como negação
nariz – ahm'ni
nariz – ingni
nariz - inhi
nariz – nim
nariz – nhè
nariz – ne
nariz – i gnoiy
navalha – morandèh
negro – beungàna
negro – tapa gnè
névoa – ignamá êtte
nhambú – shaprúra
ninho – guara bakete (casa para colocar ovo)
noite – mripôn
noite – mirribauana
noite – tamariponham
noite – mnipaunde
noite – toscháre
noite – moripona
nuvem – huerahschka
nuvem - haèragga
nuvem – cothâno 
63
LETRA O
odiar - schtengeli
olho – mri
olho – mirih
olho – miri
olho – omli
olhos – mnin
olhos – miré
ombro – tabbáh
ombro – ourê
onça – pon-na
onça – pon-han
onça – ponuan
onça – pama com
onça negra, pantera negra – pàmà pèoan
orar – tupan bos (?)
orelha – bipihna
orelha – pipinda
orelha – bipihna
orelha – pipera
orelha – pennà
osso – am'ni
osso – ammi
ouriço-cacheiro (coendu prehensilis) – hóu hou
ouro – mretetêna
ouro – nmaranapèhna 
ouro – mirê tá tey
ovos – kè 
64
LETRA P
paca - arotah
paca – orotó
paca – roto
paca – orà tò
padre – tupan
pai – attéh
pai – ahré
pai – rê
pai – jare
pai – ahré
pai – attèh
pai – are
pai - chârè
palavra – boacé
palmeira – mundsonke
palmito (palm.)- ehkah
papagaio (jurujuba) – shi trohra 
papagaio – chiclóra
papagaio – tlora
parir, dar à luz – teӯ
parte inferior do peito - chàman 
passarinho – chipú
pássaro – tehipùtê
pássaro – tsipoté
pé – chapêprêra
pé – schabrera
pé – conro
pé – txapere
65
pé – supre
pé - choù
pedir – mapro
pedir – ga pi
pedra – uk'huá
pedra – aldoa
pedra – cuá
pedra – atloᾰ
pedra – okua
pedra grande - cuarune (u francês)
pedra pequena – cuaté
peito – puiltha
peito – piura
peito - poëra
peito de mulher - nhamatá
peixe – nhamaquê
peixe – miamã-kjä
peixe – niamke
pena – chipupé
pena – schibubéh
penas,pelos,pele - pé
pênis – seheng
pequeno – brirecá
pequeno – brinc
pequeno – criquiâ mirê
perna – katehra
perna – tschàra-aüra
perna – cathêda
perna - d'jorá
pescoço – thong
pescoço - goáre
poeira – alkeh
66
pombo – schandô
pombo – d'jendokou
pombo – sau douà
porco – sotanxira
porco – clacida
porco – chorà cou
porco castrado – açohtl'axira
pote – pon
preá – morô key
preguiça – anà
preto – pehuôno
preto – tenhô
preto – huana
preto - tânghuană 
preto – pèoan
profundo – louarpà dey
pud.mutieris – tocoh
pud.hominis – ashim 
pular - guaschantl'eh 
67
LETRA Q
quati – schamutan
quati – samoulan
quati – sal tan
queimar – d'ôu
queixada – sôtan
queixo – cocoanda
queixo – tomatse
quente – brit tou
quixerenguegue – peh'oh 
68
LETRA R
raio – nhamantáran
raio – ignamá boté
ramo – pôtl'ica
ramo - potihlica
rapadura – capôna
raso,curto – tinicà là oaï
rede – bêtá
rede – beta
rede – mêtà
relâmpago, trovão – nhamam preri
relâmpago – nhamanmnemunbrùme 
relâmpago – ignamá migò
remo - bocanacharãna
respirar – tathéh
restilo – canjâna
rio – mnhãma-rôra
rio – nhamantuza (francês)
rio - náma (obs : n nasalado) 
rio sinuoso (rio paraíba) – banani (tradição local em Bananal 
- SP)
rir – l'ipon
rir – ari pòu
rosto - poréh
roupa - antuh
rusga – guaschê 
69
LETRA S
sagui - mirité
sal – horvi
saltar – guaschantleh
sangue – ahtl'im
sangue – krim
sangue – sly hà
santo – tupan
sapo – shaluh
sapo – gân coù
sapucaia – lonke
sauá (macaco) – beht-amûm
seio - mniatà
seio – niamala
serpente – chà moui
serra – prè-d'jekka
serra, grupo de montanhas – ourourou nà
seta - arining
sim – ta
sim – oà
sobrancelha – mnin-hoda
sobrancelha – mirioda
sobrancelha – miré orà
sol – oppen
sol - poopê 
sol – hopê
sol - ope 
sol – aopé
sol – oppe
70
sol – opey
soltar, largar - pônà
sono – tárana 
suar – are pò 
71
LETRA T
tabaco – boqueníchuna
tabaco – poke
tamanduá bandeira – ouroucou
tamanduá mirim – t'chà miri
taquara – uhtl'na
tardinha – toschá
tardinha – toshora
tatu – tutú
tatu – tlou tlou
tatu – eerlòu
terra – uchô
terra – guaschèh
terra – aje
terra – ache 
testa – poreh
testa – pórê
testa – mnin-pèda
testa – poèra 
testículo – schimbacci
tio – ináh
tio – magine
tiro – capùna 
tornozelo do pé – to urê 
tossir – tòker lan
toucinho – ahnhimim
toucinho – nmnimi
trepar (em árvore) – bocuah
três (sentido de muito) - prica 
72
tronco – pou-rèna
trovão – nhamanmudórum
trovão – merendora
trovejar – tupan ruhuhó
trovejar – ignamá tà 
trovoada – niaman mrendora
tucano – chiarandó
tucano – tsironda
tucano – àcau tou
tumbaca (pássaro) – kupan 
73
LETRA U
um – i-páin
um – omi
um – chien(?)
um – ourê
umbigo – kah'ira
umbigo – cahira
unha – chapepreraque
unha – schabrèra peh
unha – choù préy pè
útero, ventre- tiquing 
74
LETRA V
vagina – taccóh
valente – raial orutu
veado – nóm'ri
veado – iómré
veado – nymlîh
veado – iomlin
veado – chará mirî
velha – tsota
velho – tahé
velho - schatàma
velho – tahê
velho – tahé
venta - nim-rêgna
vento – nirendsona
vento – vini d'jora
vênus, tarde (vesper) – tuschahih
verde – tong'ona
verde – tòngonna
verde – takorekă
verde – coraca
vermelho – bethlàro
vermelho – pek'ulüt
vermelho – tlamura
vermelho – péclourou
virgem (moça) – ejé tòna
voar – gabloh
voar – entsomun
voar – uanuaramon
75
você – dieh 
76
 
EXPRESSÕES NA LÍNGUA 
PURI
acenda o fogo – poteh kanduh
acender o fogo – poϑèh ϑandú
água está fervendo – munhãmá pre-htôn
cala a boca – kandl'ô
cheirar bem – an nà
círculos pequenos azuis pintados na maça do rosto – 
amboracauena (francês)
como se chama a sua mãe? - titscheng nianitschoh
cortar a árvore – bô grô
dá-me de comer – canamanpumavêgue
dar de mamar – nhamatãcambâna
de quem é a criança? – chambey marà ey?
estar triste – thamaring tong
estou cansado – demathême
estou com sono – matárahime 
estou indo – gà entò
eu fui-me embora – ah mahmirm
eu moro aqui – ah! Iekah
eu não – gâ né
eu não entendo o que é? – gâ né cogà tâ câ?
eu quero comer – gâ nà chè
expressa a quantidade – atipó kãkúm
farinha de mandioca – bihuh
fazer fogo – bo té té
fogo apagou – poteh ndranfruta cítrica – cahiramnuna
77
fruta cítrica ácida – tariniàna
há muito tempo passado - jombey
há muito tempo que ele morreu – jombey lan
ir embora – endomo
me dê isso – cò poù
mostre-me o caminho – chinacaçanguê
o que tem que chorar – nimbò péò
o tempo está ruim – oh púeráschka
porque está triste? – nat carcun?
quando você vem? – o atá gonàrà?
quebro-te a cabeça com um pau – guê ah mopô
quero beber – harumbaùa
quero beber cachaça – ah canjana muiá (ah canjana rumbáo)
ser vivo – guaima thamathih
subir numa árvore – bô kènan
tabaco, fumo – póke
tenho saudades da floresta – bocara ma carecun
ter sede – igmambà bà gè
vai buscar água para eu beber - inhamanmuiámambaba
vá-se embora – má-ndohm!
Venha cá! – klen-gau
vou-me embora – ah! Ndômo!
78
PARTE III
PALAVRAS RETIRADAS 
DE ARQUIVOS 
PAROQUIAIS, 
BIBLIOTECAS E OUTRAS 
FONTES 
 
 
A) BIBLIOTECA NACIONAL: 
1) Manuscrito 7,4,45 n.3, de 1797, contendo palavras 
puris colhido na Aldeia de São Luiz Beltrão, em 
Resende, por Henrique Vicente Louzada Magalhães:
NOMES EM PORTUGUÊS NOME EM PURI
 
rede grande pratatagna
sacos com seus cordéis copruen(?)
a tanga dos homens pq iapã
a tanga das mulheres atupa
arco de paus ? Com seu cordel cumrim
flecha de chopa? De taquara mire(?)n lim
flecha de pelota puêrê(â?)
flecha de farpa curixa
B) TOMBOS(MG):
1) Palavra tradicional na região de Tombos(MG) cuja a 
origem se atribue ao idioma puri: 
NOME EM PORTUGUÊS NOME EM PURI
Que fala muito catuné
80
C) NOMES PRÓPRIOS PURI 
RETIRADOS DE ARQUIVOS 
PAROQUIAIS E LIVROS: 
H – homem ; M – mulher
1) Aldeia de Queluz – São Paulo – 1800 – Relação feita 
pelo padre Francisco das Chagas Lima:
 Chanin (H)
 Axiquá (M)
 Putú(H)
 Ahupan (M)
 Apaguè (H)
 Tyian (M)
 Samberahá(H)
 Xicá (H)
 Mbò(M)
 Paó ahua(H)
 Tipo'a(M)
 Ianigui(M)
 Ûahú(M)
 Puhihó(H) 
 Ahia(M)
 Munhá(M) 
 Iógue(H)
 Aixaguá(H)
 Tiye(M)
 Cassaguè(M)
 Puhê(M)
 Machê (H)
81
 Tyxi(M)
 Safuí(H)
 Timbini(M)
 Tiyá(H)
 Iaapaigna(H)
 Vaxú(H)
 Cop'á(H)
 Týgue(M)
 Xupi(H)
 Xíque(M)
 Págone(H)
 Cohen(H)
 Sipatý(H)
 Aguí(M)
 Goaguehen(H)
 Cuguí(M)
 Xigú(H) 
 Tipy(M)
 Vúgui(H)
 Apagu(H)
 Púgui(H)
 Vty(H)
 Ondé(H)
 Amaton(H)
 Pehuam(M)
 Aguè(M)
 Bíuve(M)
 Andè(H)
 Quihi(M)
 Chumbúie(M)
 Pahihen(H) 
 Egú(M)
82
 Xupita(M)
 Axicú(H)
 Massugú(M)
 Guaxipé(M)
 Taxoé(M)
 Goaguè(M)
 Upí(H)
 Puxina(H)
 Agui(M)
 Tanhá(H)
 Xupi(M)
 Tipohó(M)
 Quixugo(H) 
 Xágue(H)
 Fyhû(M)
 Utaá(M)
 Cumbá(M)
 Hiapé(H)
 Duva(M)
 Soguè(H)
 Hambi(H)
 Paóagú (M)
 Xahè(H)
 Pocá(H)
 Puhi(M)
 Penho'(M)
 Tiye(M)
 Saque (H)
 Oahú(M) 
 
83
2) Aldeia de Stº Antônio de Pádua – Rio de Janeiro – 
1832 – Relação retirada do primeiro livro de Batismo:
 Aparãn(H)
 Binni(H)
 Daque(H)
 Rané(H)
 Zengoa (M)
 Capora (M)
 Chapu(H)
 Pun(H)
 Cabito(H)
 Bituro(H)
 Farni(H)
 Purni (H)
3) Puris de Feijão Cru(Leopoldina – Minas Gerais) – 
Nome informado por Francisco de Paula F.Resende no 
seu livro:
 Carachucha (H) 
4)Puris de São Luiz Beltrão – Diversas fontes:
 Mariquita (H)
5) Freguesia de São João Batista do Prezídio - atual 
Visconde do Rio Branco – MG – 1814 – Informado por 
Oiliam José no seu livro:
 Ingir(H)
 
 
 
 84
FONTES E REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRAFIAS:
 FONTES:
 Biblioteca Nacional
 Seção de Manuscritos: 
 documento 7,4,45 n. 3 - de 1797 - LOUZADA, 
Henrique V. .Relação dos produtos dos índios da Aldeia 
de São Luiz Beltrão do Distrito da Freguesia de Nossa 
Senhora da Conceição de Campo Alegre situado na 
parte setentrional junto ao Rio Negro divisa de Minas 
Gerais. 
 Fiocruz 
 Setor de Arquivos
 Microfilmes: Depositário AACR-SP; Notação: 
1.A(B.K.), 15 páginas, microfilmadas.
 MÉNÉSTRiÈS, Edouard P.- Vocabulários e termos 
indígenas das tribos Purrhys, Coropós, Mageskerly, 
Coroatos e Botocudos de autoria de E.Ménétriès. Rio de 
Janeiro, 1822-1823. 
BIBLIOGRAFIAS:
1- BALBI, Adrien. Atlas Ethnographique du globe ou 
classification des peuples anciens et modernes d'apres 
leur langues. Paris: Chez Rey et Gravier Libraires,1826.
85
2 – BUENO, Francisco da Silveira. Dicionário Escolar da 
Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: FAE, 1968.
3- BUSTAMANTE, Heitor. Sertões dos Puris. História do 
Município de Stº Antonio de Pádua (comentada e 
documentada).Niterói: Casa do Homem de Amanhã, 
1971.
4 – EHRENREICH, Paul – Die Puris Ostbrasiliens. In 
Verhandlungen der Berliner Gesellschaft für 
Anthropologie, Ethnologie und Urgeschichte. Berlim: 
Verlag von A.Asher &Co., 1886.
5 – ESCHEWEGE,Wilhelm Ludwig von . Jornal do 
Brasil, 1811-1817: ou relatos diversos do Brasil 
coletados por expedições científicas . Belo Horizonte: 
Fundação João Pinheiro, Centro de Estudos Históricos 
e Culturais, 2002.
6 – FARIA, Ernesto. Dicionário Escolar Latino-
Português. Rio de Janeiro: MEC/Deptº Nacional de 
Educação, 1955.
7 - FARIA, Sheila Siqueira de Castro. Fortuna e família 
em Bananal no século XIX, in Resgate, uma janela para 
o oitocentos. Ensaios. Organizadores: Castro, Hebe 
Maria de Mattos e Schnoor, Eduardo. Rio de Janeiro: 
Topbooks Editora, 1995.
8 - FONSECA, Fernando V. Peixoto da . Dicionnaire 
Français-Portuguais Apollo. Paris: Larousse, 1991.
86
9 – FONSECA, João Severino da. Viagem ao Redor do 
Brasil (1875-78).Rio de Janeiro: Bibliex,1986. Volume 2.
10 – FREYREISS, Georg Wilhelm. Reisen in 
Brasilien.Biblioteca e Instituto de Estudios Ibero-
Americanos de la Escuela de Ciências Econômicas. 
Estocolmo, Suécia, 1968. 
11 - GUIMARÃES, João Joaquim da Silva. Diccionário 
da língua geral dos índios do Brazil, reimpresso e 
augmentado com diversos vocabularios e offerecido à 
sua majestade imperial por João Joaquim da Silva 
Guimarães, natural da Bahia. Bahia: Typographia de 
Camillo de Lellis Masson & Cª , 1854.
12 – JOSÈ, Oiliam. Visconde do Rio Branco. Notas para 
a sua história. Visconde do Rio Branco: Oficinas 
Gráficas da Papelaria Império,1952.
13 – KELLER, Alfred Josef. Michaelis: Minidicionário 
alemão-português, português-alemão. São Paulo: Cia. 
Melhoramentos, 1996.
14 – LIMA, Pe. Francisco das Chagas. “Notícia da 
Fundação e princípio d'esta Aldêa de São João de 
Queluz (cópia extraída do Livro 1º do tombo da 
Freguesia de S.João Batista de Queluz, Província de 
São Paulo)”. In RIHGB, tomo V, 3ª edição, p.72- 76. Rio 
de Janeiro: Typographia Universal de Laemmert e Cia, 
1843.
 
87
15 – LOUKOTKA, Čestmir. La família lingüística 
coroado. Journal de la Société des Americaniste. 21:2. 
pág.373-398, 1929.
16 – MARTIUS, Karl Friedrich Phillip von. Glossaria 
Linguarum Brasiliensum. Erlangen: Druck vom Junge & 
Sohn, 1863.
17 - NUNES, Eduardo Borges. Abreviaturas 
Paleográficas Portuguesas. Lisboa, Faculdade de 
Letras, 1981.
18 – PONTES, Manoel José Pires da Silva. Vocabulário 
in Revista do Arquivo Público Mineiro, ano 9 vol.1 e 2, 
págs. 159-174. 
19 - REIS, Paulo Pereira dos. Lorena nos séculos XVII e 
XVIII . Lorena: Fundação Nacional do Tropeirismo/ 
Centro Educacional Objetivo, 1988. 
20 - _____. O indígena do Vale do Paraíba: 
apontamentos históricos para o estudo dos indígenas 
do vale do Paraíba paulista e regiões circunvizinhas. 
São Paulo: Governo do Estado, 1979. Coleção 
paulística; v.16.
21 – REZENDE, Francisco de Paula Ferreira de.Minhas 
recordações. Belo Horizonte: Imprensa Oficial, 1987.
22 - REY, Philippe Marius. Notes sur les botocudos et 
sur le purys. Bulletin de la Societé d'Anthropologie t.3 
vol. VII. Paris, 1884.
88
23 – RIBEIRO, Eduardo Rivail. O catecismo Purí do Pe. 
Francisco das Chagas Lima. Cadernos Etnolingüística. 
Volume 1, nº 1, jan/2009. http:// 
www.etnolinguistica.org/vol 1:1
24 -ROCHA, Levy – Viagem de Dom Pedro II ao 
Espírito Santo. Rio de Janeiro: Departamento de 
Imprensa Nacional, 1960.1ª edição.
25 - ____ . Viagem de Dom Pedro II ao Espírito Santo. 
Vitória: Arquivo Público do Estado do Espírito Santo, 
2008. 3ª edição.
26 - RODRIGUES, Aryon Dall’Igna. Línguas brasileiras. 
São Paulo:Edições Loyola, 1994.
27 – ROUSÉ, Jean e CARDOSO, Ersílio. Dicionáios 
Bertrand. Francês-Português. Venda 
Nova: Bertrand Editora, 1986.
28 - TORREZÃO, Alberto Noronha. “Vocabulário Puri” in 
Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, 
tomo LII. Rio de Janeiro: Laemmert e Cia., 1889. 
29 - WIED, Maximilian, Prinz von,. Viagem ao 
Brasil(1815-1817). BH: Itatiaia; SP:USP, 1989. 
 INTERNET: 
 http: //www.br.wikipédia.org.br
89
 http: //www.pt.wikipédia.org.br
 http: //www.fr.wikipédia.org.br
 http://biblio.etnolinguistica.org/ 
 http://translate.google.com.br/ 
 http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br
 
90
http://biblio.etnolinguistica.org/
http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/
http://translate.google.com.br/
ANEXO 1:
CANÇÃO PURI INÉDITA
 Na expedição científica de Langsdorff, a Minas 
Gerais, em 1824, Eduoard Ménétriès, que o 
acompanhou como naturalista, foi responsável pela 
coleta de uma canção Puri, inédita até hoje, que ouviu 
na sua ida a aldeia Puri que ficavam próxima a fazenda 
de José Lucas, que reproduzimos abaixo, em tradução 
livre: 
 Puri: Bôra tou hè, ambò marù hè
 Agna ambò tè màrú chè
 Romanou tou hè Romanou(?) Alau(?) gue hè
 Francês: L'arbre arraché, du bois avec l'aigle
 Maru chè**fais dubois pour manger
 Arrachour des patates avec un bois
 Português: O falcão* arrancou da árvore a madeira
 O falcão serve da madeira para comer
 Arranca as batatas com a madeira
 Obs.: *A tradução para falcão se ajusta melhor para a 
palavra Puri marù. 
 **No segundo parágrafo o autor coloca o nome 
marù (águia - em Puri) no texto francês.
92
ANEXO 2:
Vocabulário de Edouard 
Ménétriès
VOCABULÁRIOS INDÍGENAS 
REDESCOBERTOS APÓS 186 ANOS
 Durante os anos de 1822 a 1824, o 
naturalista francês Jean Maurice Édouard 
Ménétriès (1802-1861) participou, como 
zoólogo e lingüista, de várias expedições no Rio 
de Janeiro e Minas Gerais, acompanhando o 
barão, de origem alemã, Georg Heinrich von 
Langsdorff (1774-1852), cônsul da Rússia no 
Brasil e cientista renomado, no Brasil e na 
Europa.
 Na expedição empreendida em Minas 
Gerais, nos anos de 1824-25, onde 
percorreram, em 10 meses, 1000 quilômetros 
um dos objetivos era entrar em contato com as 
populações indígenas locais para observar os 
seus costumes e tomar contato com as suas 
línguas, através da coleta dos seus 
vocabulários.
 Durante o mês de julho de 1824 a 
expedição percorreu as regiões do leste mineiro 
próximas ao Rio Pomba, afluente mineiro do 
Rio Paraíba, onde viviam povos indígenas 
Coroados, Coropós, Puris e Botocudos, 
aldeados ou nas matas.
 Foi nesta ocasião que o pintor alemão 
Johan Moritz Rugendas (1802-1858), que 
94
também fazia parte da expedição como artista, 
fez as suas pinturas dos perfis dos Puris, os 
Coroados, Coropós e Botocudos, retratando-os 
também em diferentes situações sociais como: 
ponte de cipó, canoa de índio, dança dos puris, 
enterro, índios numa fazenda, encontro de 
índios e viajantes europeus, índios em suas 
cabanas, caçada de onça, etc.
 A estada na Aldeia de Pomba, no Presídio 
de São João Batista ( atual Visconde de Rio 
Branco) e no arraial de Santa Rita deu 
oportunidade de encontro dos viajantes, 
principalmente com índios Coroados e Coropós, 
já em maior contato com os civilizados e 
morando nas proximidades. 
 No dia 20 de julho de 1824, Édouard 
Ménétriès, o botânico alemão Ludwing Riedel 
(1791-1861) e o Rugendas (1802-1858) são 
enviados por G. H. Langsdorff a uma fazenda, 
cujo proprietário se chamava Lucas, a cerca de 
20 quilômetros do Presídio de São João Batista, 
onde poderiam colher notícias mais detalhadas 
dos índios Puri.
 São durante e após essas andanças que 
Édouard Ménéstriès vai elaborar um caderno de 
15 páginas contendo anotações sobre os 
vocabulários de 5 sociedades indígenas: Puri,
95
 Coroado, Coropó, Botocudo e Maxacali. 
 Reproduzimos abaixo apenas o vocabulário 
Puri desse caderno escrito por Ménéstriès e 
que hoje se encontra microfilmado na Fiocruz, 
de onde nós o tiramos do anonimato. As 
dificuldades de leitura do manuscrito foram 
razoáveis e não logramos entender significado 
correto de 26 desses vocábulos devido a letra 
do manuscrito que sugeria mais de uma 
interpreção ou não dava condições de 
entendimento correto. Estas palavras vem com 
um ponto de interrogação dentro de um sinal de 
entre parênteses(?), ao lado delas, indicando: 
ou que não foi possível saber o que o autor 
escreveu ou então que é possível mais de uma 
interpretação para o que está escrito. Em alguns 
casos corrigimos o autor, que no manuscrito 
escreveu palavras faltando letras ou identifica, 
no caso de animais, os nomes errados. Essas 
26 palavras não entraram no dicionário Puri.
 Foto do microfilme com o ínicio do vocabulário Puri (foto do autor) 
96
LANGUE D'INDIES NATION PURRHYS - EDOUARD 
MÉNÉTRIÈS
 FRANCÊS PORTUGUÊS PURI
 1 – Dieu Deus Toupàn
 
 2 – ciel céu córa
 3 – Terre Terra Ache
 4 – Lune Lua Petan
 5 – eau água ignama
 6 – feu fogo boté
 7 – vent vento vini d'jora
 8 – Soleil Sol Opey
 9 – étoile estrela méréconà
 10 – pleuvoir chover ignamá hòu
 11 – éclair relâmpago ignamá migò
 12 – foudre raio ignamá boté
 13 – tonner trovejar ignamá tà
 14 – brouillard névoa ignamá êtte
 15 – midi meio dia opey gorà ocuà 
 16 – Nouvelle lune Lua Nova Pêtan orou
 17 - Pleine lune Lua Cheia Pêtan ourouna
 18 - Declin de lune Lua minguante Pêtan à cayonnà
97
 FRANCÊS PORTUGUÊS PURI
 
 19 - tete et cheveux cabeça e cabelos goêy
 20 – front testa poèra
 21 – yeux olhos miré 
 22 – soureil Sobrancelha miré orà
 23 – nez nariz i gnoiy
 24 – oreille orelha pennà
 25 – bouche boca chàra
 26 – dent dente echey
 27 - langue línguatopey 
 28 – menton barba to pôerà 
 29 – figure, vilage cara humana,figura adarà
 30 – col colo, pescoço te tou
 31 – poitrine peito poëra
 32 – mamelier mama y gnatà
 33 – bas de la poitrine parte inferior do peito chàman
 34 – ventre barriga ti qui
 35 – lombric(?) Lombriga(? ) kairà
 
 36 – cuisse coxa têrà
 37 – jambe perna d'jorà
98
 FRANCÊS PORTUGUÊS PURI
 38 – genou joelho matouri
 39 – chêvelle du pied tornozelo do pé to urê
 40 – pied pé choù
 41 - main mão choù prey 
 42 - bras braço corà choù prey
 
 43 - épaule ombro ourê
 
 44 – ongle unha choù préy pè 
 45 – fossette du col (?) covinha do colo(?) gou arè
 
 46 – tatoo(?) tatuagem(?) prò rò
 47– doigt dedo prê prê
 48 – os, epiné, et génes(?) osso, espinha dorsal emî 
 tout ce qui est dur(?) referir a tudo que é duro
 49 – côte costela prourà
 
 50 – derrière traseiro eau gnî(?)
 51 – intestin intestino pec carè
 
 52 - coeur coração to carè (?)
 53 – sang sangue sly há
 54 – allaiter amamentar ignattà orbà 
 55 – manger comer chè
99
 FRANCÊS PORTUGUÊS PURI 
 56 – fumer fumar bokè chè
 
 57 – loir (?) arganaz(ratão)? Igmam bà 
 
 58 – voler, le sauvoir ou (?) d'jòu 
 voler, le savoir(?)
 
 59 – aboyer latir chaudey gonà ou 
 chunkey gonà(?)
 
 60 – courir, chasser correr, caçar ourai 
 61 – éternuer espirrar bokè tê 
 62 – tousser tossir tòker lan
 63 – demander pedir ga pi
 64 – mourrir morrer làn
 65 – lâcher soltar, largar pônà
 66 – attache atado,ligado,preso timirî 
 67 - brûler queimar d' ôu
 68 – sentir bon cheirar bem an nà
 69 – puer feder choù
 70 – enfanter parir, dar à luz teỳ
 71 – avoir faim ter fome tow(?) banà
 72 - avoir soif ter sede igmambà bà gè
 73 – crier gritar cochà 
100
 FRANCÊS PORTUGUÊS PURI
 74 – appeler chamar còmau
 75 – monter a l'arbre subir numa árvore bô kènan
 76– coupe l'arbre cortar a árvore bô grô
 77 – filer fiar tèouti
 78 – faire la cuisine cozinhar à souà
 79 – colore colorir touà tounà
 80 – coupe cortar lò 
 81 – ouvrir abrir brâ 
 82 – farn..(?) (?) lépà
 83 – nager nadar ignama lê
 84 – marcher marchar dorâ 
 
 85 – enterrer enterrar, sepultar goâ chey vejo 
 86 – porter levar, trazer, usar à ney 
 87 – tomber cair là pranà 
 88 - battre bater pô 
 89 – pleure chorar péô 
 
 90 – rire rir ari pòu 
 91 – arracher arrancar ton 
101 
 FRANCÊS PORTUGUÊS PURI
 92 – suer suar are pò
 93 - père pai chârè 
 94 – mère mãe agnan 
 95 – femme – épouse esposa gô(?) jey
 96 – frère irmão sattà é goénxà
 97 – soeur irmã sattà é maêma
 98 – fil(l)e filha pombey 
 99 – femme enceinte mulher grávida grittî
 100 – étranger estrangeiro tàgnié 
 
 101 – pucelle virgem, moça ejé tònâ
 
 102 - jeune homme jovem, rapaz ejé mònâ 
 103 - negre negro tapa gnè
 104 - gras gordo ourounà tà
 105 - maigre magro còrò tey
 106 – grand grande ourounà
 
 107 – petit pequeno criquiâ mirê
 108 – mauvais mau brittà còn
 109 – bon bom brittà
102
 FRANCÊS PORTUGUÊS PURI
 110 - court raso, curto tinicà là oaï
 111 – profond profundo louarpà dey
 112 – oui sim oà
 113 –non não d'jere ou con –
 empregado como
 uma negação 
 
 114 – flamme chama botè d'où
 115 – cendre cinza botè kè
 
 116 – froid frio brit tou còn
 117 – chaud quente brit tou
 
 118 – bois madeira, pau am bô
 119 – arbre árvore bô
 120 – feuille folha yòpè
 121 – jus/jeis/geis(?) (?) tisarà
 122 – aujourd'hui hoje miti
 123 - demain amanhã oêrà
 124 – miel mel pòtan
 125 – coton algodão té où
 126 - viande carne aré ké
103
 FRANCÊS PORTUGUÊS PURI
 127 – oeufs ovos kè
 
 128 – fer & métal & ferro còmaran
 129 – plumes, poils, penas,pelos,pele pé
 peau 
 130 – arc arco prinî
 131 – flêches flechas pon pouèl(?)
 132 - pointe de la fleche ponta da flecha vomi klon(?)
 133 – pointe à do... (?) ponta de (?) touchà
 134 – joli bonito matou
 135 - vilain feio matou con
 136 – or ouro mirê tá tey
 137 – un um ourê
 138 - deux dois ourê râ
 139 – beaucoup muitos pricà priteki ah(?)
 140 – noir preto pèoan
 141 – blanc branco pótana 
 
 142– rouge vermelho péclourou
 143– bleu azul prioaná
104
 FRANCÊS PORTUGUÊS PURI 
 144 – leur collièr faits seus colares feitos tan goâché
 dente de singe - de dente de macaco 
 
 145 – le hamac (a) rede mêtà 
 146 - une bande qui la uma faixa que costumava pà kè
 sert à port leur abrigar seus filhos 
 enfans 
 147 - honte (?) vergonha dé hâ
 148 – chemin caminho sanà
 149 – plus, davantage mais, em maior número o roù
 noveau novo 
 150 - content contente aripòu aguerà
 151 – je, moi eu gâ
 152 – montagne montanha ourourou 
 153 – groupe montagne serra, grupo de ourourou nà
 montanhas 
 154 – donnes moi cela me dê isso cò poù
 
 155 - je m'en vais estou indo gâ entò
 156 – il l'enva(? ) ele é invasivo(? ) ya entò
 157 – quand viens tu? quando você vem? o atá gonàrà?
 158 – fais du feu fazer fogo boté té
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 159 - dequi est a lenfant? de quem é a criança?chambey marà ey?
 
 160 - je ne comprend pas eu não entendo gâ né cogà tâ câ ?
 qu'est ce que c'est? O que é ? 
 161 – je rien eu não gâ né
 162 – d(?)'a tóu? (? ) d'ourà
 163 - il ya longtem(ps) há muito tempo jombey 
 déjà passé passado 
 164 – il ya longtem(ps) há muito tempo que jombey lan
 qui il est mort ele morreu 
 
 165 – qu'as to à pleurer o que tem que chorar nimbò péò
 166 - je veux manger eu quero comer gâ nà chè
 Diff. Animaux - Diferentes animais
 167 – grand tamandua tamanduá bandeira ouroucou
 
 168 – petit tamandua tamanduá mirim t'chà miri
 169 – paresseux preguiça anà
 170 - tatou tatu eerlòu 
 171 – once onça pama com
 172 – didelphun gambá saro ey
 173 - rat (?) rato, ratazana bri key
 174 – singe micò macaco, mico tan gouà
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 175 - allouâte bugio, guariba to kè
 176 – singe de nuit macaco da noite bâ rit ti
 
 177 - sa(g)oui sagui irà tey ou 
 yrà tey(?)
 
 178 – écureuil esquilo vê chey
 179 – coati quati sal tan
 180 - pacca paca orà tò
 181 – aguti cutia pà cou
 182 – jaguar noir onça negra pàmà péoan
 183 – cerf veado,cervo chará mirî
 184 – tapir anta,tapir poènà
 185 – serpent serpente chà moui 
 186 – trigonocephale jararaca(brothrops) ara rò
 187 – amphisbêne cobra-cega thinà ton
 188 - cavia éléphantipède preá morô key
 189 – lontre lontra bànàrà
 190 - hystrix prehensilis ouriço-cacheiro hóu hou
 (coendu prehensilis) 
 191 – crapaud sapo gân coù
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 192 - crocodille jacaré

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