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Cartilha da Língua Puri -v final

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CARTILHA DA
 LÍNGUA PURI
Um exercício de revitalização
José Aristides da Silva Gamito
José Aristides da Silva Gamito
CARTILHA DA
LÍNGUA PURI
Um exercício de revitalização
2021
Dados bibliográficos para citação
GAMITO, José Aristides da Silva. Cartilha da Língua Puri: Um exercício
de revitalização. Conceição de Ipanema: E-book, 2021.
A distribuição e reprodução deste material é livre.
Este livro utiliza uma versão hipotética
da língua indígena puri para fins de
exercício de revitalização. Não se trata
da língua original do povo puri. É apenas
um modelo de reconstrução. Esteja atento
a estas informações antes de usá-lo
ADVERTÊNCIA:
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LISTA DE ABREVIATURAS
Adapt. – palavra adaptada à morfologia puri.
Adj. - adjetivo.
Adv. - advérbio.
Conj. - conjunção.
Crd – Coroado.
Emp. – empréstimo.
ERG - ergativo.
Krn – Krenak.
Krp – Koropó.
Mxk – Maxkali.
Lit. - literalmente, ao pé da letra.
Neol. – neologismo.
OSV - Objeto + sujeito + verbo.
OVV - Objeto + verbo + verbo.
Prep. - preposição.
Pron. - pronome.
SODVOI - Sujeito + objeto direto + verbo + objeto indireto.
SOV - Sujeito + objeto + verbo.
SV - Sujeito + verbo.
V. - verbo.
VS - Verbo + sujeito.
Voc. deduz. - vocábulo deduzido de uma frase (contexto).
SUMÁRIO
1. Introdução ........................................................................................06
2. Capítulo I - A gramática puri ............................................................08
3. Capítulo II - A conversação puri .......................................................18
4. Vocabulário geral...............................................................................24
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INTRODUÇÃO
Venho apresentar a segunda versão da minha proposta de revitalização da língua puri. A 
primeira eu publiquei em 2016 e segui aperfeiçoando, testando a proposta. Trago a segunda a pedido 
de uma amiga puri. Para evitar qualquer mal entendido, começo explicando porque meu 
envolvimento com a língua puri. Isso se faz necessário porque faz um tempo que fui hostilizado por 
uma acadêmica por usar o puri. Dois motivos me aproximaram da língua. Primeiramente, nasci numa 
região de predominância de puris e desde criança quis saber quem eram. O segundo motivo é uma 
paixão por idiomas, principalmente, por línguas indígenas brasileiras. A busca pelo puri veio depois de 
uma década de estudos de línguas tupi-guaranis, especificamente, o tupi antigo, nheengatu e 
guarani paraguaio.
Minhas pesquisas sobre a língua puri iniciaram-se no ano 2009. Naquele primeiro contato, os 
registros que encontrei foram muito modestos. Fiz um primeiro texto de divulgação intitulado 
“Elementos da Língua Puri” e disponibilizei na internet. Continuei procurando por textos e 
vocabulários. Depois, uma amiga me enviou o trabalho do Marcelo Sant'Ana Lemos (2012) com todos 
os registros compilados. Elaborei uma proposta de revitalização da língua e compartilhei na internet 
como “Manual da Língua Puri”, em 2016. Além disso, criei um grupo no Facebook para divulgar o 
manual e reunir descendentes de puris que estivessem desejosos de retomar a língua. O propósito 
sempre foi de colaborar com os puris. Eu sempre tive a consciência de que o protagonismo era deles e 
sempre irei respeitar isso.
A revitalização das línguas indígenas é um dos grandes desafios para a resistência dos povos 
indígenas na era pós-colonial e também a grande oportunidade de retomar as origens. Voltar a falar 
uma língua que morreu, depende de muita pesquisa e de esforço conjunto. Por isso que muitas 
pessoas se mostram céticas em relação ao processo de revitalização de línguas. Porém, a história 
nos mostra que isso não é impossível. Há dois casos que sempre cito: o hebraico e o esperanto. O caso 
do hebraico é um exemplo bem sucedido de revitalização de uma língua. Cito também o esperanto 
porque se trata de uma língua planejada que se tornou língua viva e gerou falantes nativos. Embora, 
esses falantes nativos não sejam muitos.
 Os judeus ficaram dispersos por várias nações durante dezessete séculos. O hebraico foi reduzido 
a uma língua litúrgica. Em 1880, iniciou-se um processo de retomada da língua. Isto se tornou 
possível porque intelectuais judeus introduziram a língua no uso secular, utilizando-a na rotina diária. 
Além disso, seus usuários permitiram a introdução de termos estrangeiros para a atualização léxica.
 O hebraico é exemplo de um caso de uma língua morta que voltou a ser o idioma de uma nação. O uso 
doméstico e cotidiano da língua gerou falantes nativos e, a partir de uma segunda geração, o 
processo de aquisição da língua tornou-se natural. Tornou-se língua literária, jornalística e 
acadêmica.
 Em condições parecidas há o caso do esperanto. A diferença é que esta é uma língua planejada e 
não pretendia ter status de idioma nacional. O esperanto, geralmente, é falado como língua auxiliar e 
como segunda língua. Mas, o que aconteceu é que filhos de falantes do esperanto passaram a utilizar 
a língua de modo natural. Existem cerca de mil falantes nativos no mundo.
 Estes falantes nativos são chamados de denaskuloj. A naturalização do esperanto ocorre com filhos 
de casais esperantistas que falam línguas maternas diferentes. Ao usarem o esperanto como língua 
comum, os filhos a adquirem naturalmente. Este é um exemplo de como uma língua com 
predominância escrita pode se tornar uma língua oral e fluente. As experiências de uso de línguas 
mortas com crianças mostram casos bem sucedidos até com o latim.
 Este esforço vem ocorrendo entre os povos indígenas brasileiros que deixaram de falar suas línguas 
originais. Há muitos casos como o do tupinambá e do atoxhã. Vamos falar sobre o caso puri. Segundo 
Melissa Ferreira Ramos, a partir de 2012, os remanescentes da etnia puri começaram a utilizar as 
redes sociais para se encontrarem e fortalecer a identidade. Aos poucos, foi surgindo também o 
interesse pela língua. Os diversos grupos no facebook passaram a empregar termos, frases e até a 
construírem textos na língua puri. Esta interação mostra um desejo de revitalização da língua.
 A partir do léxico e dos raros textos disponíveis, surgiram as propostas de retomada da língua. Um 
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trabalho pioneiro e de grande valia neste processo é o Vocabulário Puri de Marcelo Sant'ana Lemos. 
Em 2016, como contribuição externa ao movimento, disponibilizei um material intitulado “Pequeno 
Manual de Gramática e Vocabulário da Língua Puri” com uma proposta de revitalização da língua a 
partir de reconstituição e de empréstimos de termos de línguas aparentadas.
 Em 2018, o Movimento Txemim Puri publicou também uma ampla análise e proposta sobre a 
fonética e a morfologia da língua. Este trabalho é uma contribuição interna do movimento de 
resistência puri. Em 2020, publicaram um artigo contando o processo de retomada, o método e um 
vocabulário reconstituído. Nesta proposta de 2021, incorporo as contribuições do Txemim Puri.
 A partir de uma convenção de uso comum da língua é possível retomar puri, mesmo com todos os 
desafios próprios deste caso. A falta de registro de textos inteiros nesta língua é um dos maiores 
entraves. Porém, se a opção for a reconstituição com empréstimos e por analogia das línguas 
próximas é possível, ao poucos, dar forma ao puri. Este é um trabalho de uma geração inteira, mas 
não é impossível!
PARTE I
GRAMÁTICA
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CAPÍTULO I
A GRAMÁTICA PURI
As informações léxicas e gramaticais do puri são tão escassas que tornam uma proposta de 
utilização dessa língua, sem nenhuma intervenção, quase nula. Porém, seria possível revitalizá-la 
somente usando as raízes registradase com empréstimos de línguas da família puri-coroado. A 
sintaxe pode ser reconstruídaem comparações de outras línguas próximas do tronco macro-jê. As 
línguas consultadas para este caso foram maxakali, krenak e kaingang.
As línguas próximas poderiam se tornar fontes de palavras não registradas da língua puri. 
Exemplo: Igreja – tupan-ngwára (Composição lexical com palavras puris tomando uma palavra 
coroado como referência). Os vocabulários do coroado e do koropó têm muito a contribuir nesse 
sentido. O coroado seria fonte mais imediata porque possui uma relação dialetal com o puri.
Conforme mostrou Loukotka (1937), a família puri tem afinidades com as línguas maxakali, krenak, 
kaingang. Para reconstituirmos a língua puri, poderíamos estabelecer como fonte para termos e 
estruturas não registradas essas línguas. Portanto, poderíamos redigir textos hipotéticos 
preenchendo as lacunas com empréstimos. Esses empréstimos só ocorreriam em último caso. Como 
resultado nós não teríamos um texto genuinamente puri antigo, mas teríamos o espírito puri 
compartilhado com os parentes jês.
A seguir, apresentamos uma síntese gramatical com base nos registros puri-coroados do 
século XIX e na sintaxe de outras línguas jês de Minas Gerais. As lacunas dos registros são supridas 
com o seguinte critério: a) composição com os próprios vocábulos puris conhecidos; b) extensão de 
vocábulos puris para sentidos contemporâneos; c) composição de vocábulos puris a partir de 
modelos semânticos coroados; e) empréstimos em línguas jês próximas ao puri. Com base no 
trabalho de Loukotka (1937), estabeleceríamos a seguinte ordem para matrizes de termos para 
empréstimos: 1ª Coroado; 2ª Koropó; 3ª Maxacali; 4ª Krenak; 5ª Kaingang. Somente os casos 
inevitáveis que deveriam tomar de empréstimo do português. 
1.1. ORTOGRAFIA
O alfabeto puri é composto das seguintes letras: a, b, d, dj, e, f, g, h, i, ï, j, k, l, l', m, n, ng, ñ, o, 
p, r, rr, s, t, ts, tx, u, v, w, x, y e z. As vogais podem soar tanto como abertas ou fechadas. Isso 
depende de cada caso. É importante ficar claro que o que apresentamos a seguir é uma hipótese.
Algumas letras possuem sons similares ao português. No entanto, trata-se de uma língua com 
um sistema fonético totalmente distinto. Para fins de reconstituição do repertório fonético do puri, 
consideramos as peculiaridades ortográficas das línguas maternas dos cronistas (alemão, francês e 
português) e os modelos fonéticos das línguas jês vivas que são mais próximas ao puri antigo. As 
observações de Paul Ehrenreich e de CestmirLoutouka contribuíram muito para recuperar alguns 
sons peculiares.
':é possível que houvesse uma parada glotal no puri. Os cronistas usaram recorrentemente sinais de 
separação entre sílabas na mesma palavra. Ehrenreich indica que seu uso de ' é para indicar 
aspiração. Isso que significa uma explosão na pronúncia de algumas letras. Torrezão marca alguns 
intervalos entre as sílabas indicando algo semelhante a uma parada glotal. Kah'ira – umbigo.
A: como /a/ português em geral; nasal diante de m e n. Aripu – ir. Algumas palavras têm um a longo 
como em parada – café. Quando o cronista registra um ah, eh, oh, ele quis demonstrar que essas 
vogais são mais longas, mais fortes. Ehrenreich fala que havia um h final aspirado e emprega esse h 
após as vogais finais. Atteh seria pronunciado como /atérr/.
B: b como em português. Bao – banana.
D: d como em português. Dora – marchar.
DJ: como o j do inglês na palavra jam. Djota – vento.
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E: como em português com variação entre e aberto e o fechado. Tahe – velho (e fechado); boase – 
palavra (e aberto). Há um e longo como em apperto – lagarto.
F: como em português.
H: aspirado como no alemão haus. Heroyma – criança. Segundo Ehrenreich, o puri é uma língua 
fortemente gutural.
I: como em português. Iñi – nariz. Nasaliza-se diante n e há a forma longa como em imih – corpo 
humano.
Ï:é intermediária entre u e i. É representada no IPA como ɨ. Makï – milho.
J: como em português. Jombe – há muito tempo.
K: como usado em inglês. Ehrenreich mostra um k aspirado. Ke– ovo.
L: l como em português. Laman – alma. Em alguns registros aparece um l' (com apóstrofo) que 
corresponde ao lh. Trata-se um l molhado. Apesar de estar acostumado com nosso lh, em algumas 
ocorrências é um som extremamente difícil para falantes do português. Ndlono – cantar /ˈⁿdʎo.no/.
M: m como em português. A nasalização m aparece diante das vogais, não sabemos se o puri antigo 
era assim. Contudo, existe uma variação de m /m/̥ presente em palavras como memrina (“arroz”), 
omrin (“arco”), humran (“ferro”). Essas letras estão separadas da sílaba seguinte por um apóstrofo 
no registro do cronista (Torrezão). Este m é pronunciado de modo bilabial. 
MB: é uma consoante nasal oralizada; inicia-se a pronúncia com o m nasal e termina com o b oral. 
Mbori – assar.
N: n como em português. É nasalizado diante das vogais. Nanrin – abacaxi.
ND: é uma consoante nasal oralizada; inicia-se com o n nasal e termina como oral, em seguida, 
pronuncia-se o d.Ndomo – partir.
NG: como no inglês thing. Arining – flecha. Este fonema é nasalado como observa Ehrenreich. Em 
nossa hipótese de reconstituição fonética, todos os n finais em sílabas não acentuadas que os 
cronistas registraram representam o som ng.
O: como o fechado. Ehrenreich informa que havia um o como å /o:/ do sueco.
P: como em português. Pote – fogo.
R: r líquido como no português caro. Segundo Ehrenreich, soava entre r e l. Tara – dormir.
S: s como em português. Sotan – queixada.
T: t como em português. Ehrenreich mostra um t aspirado. Não deve ser pronunciado como ʧ.Timiri – 
atado.
TH: como o th inglês em think. Ehrenreich cita como exemplo as palavras pothe – fogo, thandu 
–acender.
TS: combinação de t e s como em tsunami. Tsibula – mutum.
TX: soam como tch na palavra tchau. Txore – boca.
U: como em português. Uxo – território. Nasaliza-se diante de n e há a forma longa como em putura – 
amarelo.
V: como em português; vemu – dia.
W: semivogal u. Waratirukah – meio-dia. Este som é representado pelos cronistas como gu ou hu e 
ocorre no início de palavras. Na nossa hipótese, a forma arredondada como os puris pronunciavam 
esse u dava a impressão de ser gu.
X: como o x em xícara. Xuteh – bom.
Y: semivogal. Yaga – agarrar.
Portanto, trata-se de uma língua com sons guturais e aspirados. Tinha uma fonética rica e 
muito distinta da língua portuguesa. Retomar esses sons e precisar onde eles ocorrem não é uma 
tarefa fácil. A tendência na revitalização será acomodar esses sons àqueles da língua materna dos 
falantes, ou seja, o português e suas variantes.
Acentuação gráfica. Como convenção, acentuaremos as paroxítonas e os monossílabos 
somente. As demais palavras deverão ser pronunciadas como oxítonas.
Uso do hífen. Usaremos o hífen para indicar os elementos de formação das palavras 
compostas mais longas. Omitiremos esse uso em palavras como preposições e conjunções.
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1.2. SUBSTANTIVO
O gênero do substantivo será determinado pelos sufixos coroados: bwé – fêmea; kwene – 
macho. O número plural será determinado pelo sufixo prika – muitos.
Exemplos de aplicação. Ponan – onça (sem especificação de gênero. Ponan-bwé – onça fêmea. 
Ponan-kwene – onça macho. Ponan-prika: as onças.Ponan-bwé prika – as onças fêmeas. Ponan-
kweneprika – as onças machos.
São sufixos substantivadores: 
NA: partícula substantivadora (ação/abstração).
OM: partícula substantivadora (agente).
1.3. ADJETIVOS
ANDJOPAHIÑA: antepenúltimo. (neol., lit. “antes + último”).
BRINK: pequeno
BRINK-SI: menor (neol.)
DORAKOARA: baixo.
DORAKOARAKON: alto (neol., lit. “baixo + não”).
OMIMA: primeiro (neol., lit. “um + sufixo adjetivador).
ORU: grande
ORU-SI: maior (neol.).
PAHIÑA:último.
O sufixo –kon com o sentido negativo/privativo tem como função gerar o antônimo de um 
adjetivo. A utilidade é gerar novos vocábulos.
Os graus do adjetivo. O sufixo sique corresponde hipoteticamenteno coroado à idéia de mais será 
utilizado para o grau de superioridade. Orun – grande; orun-si – maior. O grau de inferioridade ficará 
assim: brink – pequeno; brink-si – menor. No grau superlativo, poderíamos empregar: orurun (“mais 
grande”) – o maior de todos; brinkrun (“mais pequeno”) – o menor de todos. A partícula si imprime a 
noção de aumento do grau do sentido do adjetivo.
Assim orurun poderia compor outros casos superlativos: orurun matu – o mais bonito de 
todos; orurun krokon – o mais feio de todos.
Os numerais são os seguintes:
1 – Omi.
2 – Kuriri.
3 – Patapakon.
4 – Papante.
5 – Xapretxi.
6 – Xapretxi-omi(“cinco e um”).
7 – Popawan.
8 – Popawan-omi (“sete e um”).
9 – Popawan-kuriri (“sete e dois”).
10 – Xapereday.
1.4. PRONOMES PESSOAIS
Os registros do puri-coroado nos fornecem os seguintes pronomes:
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Ah – eu.
Dieh – tu, você.
Man – ele, ela.
Pañike* – nós.
Titeteka* – vós.
Yá* – eles, elas.
Para determinação de gênero da terceira pessoa ou de quaisquer outras, propomos a utilização dos 
sufixos coroados de gênero: bwé – fêmea; kwene – macho. Então, man-bwé (ela) e man-kwene (ele).
1.5. PRONOMES POSSESSIVOS
O sentido de posse será determinado pelo sufixo koropó yuñun.Nos registros do século XIX só 
consta um pronome possessivo do puri: ey – meu.
Ey – meu.
Dieh-yuñun – tu, você.
Man-yuñun– ele, ela.
Pañike-yuñun – nós.
Titeteka-yuñun – vós.
Yá-yuñun – eles, elas.
1.6. PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Os pronomes demonstrativos vêm dos registros do coroado. São eles:
PANDIHAUNA: aquela.
TEHON: aquele. Plural: Nowahon.
IMAHAN: este aqui. Plural: Imahan prika.
IMAHAN-BWÉ: esta. (neol.). Plural: Imahan-bwéprika.
TEHON KRAGRANA:aquele ali; esse.
1.7. PRONOMES INDEFINIDOS
ATIPOKANKUM: quanto.
DJEO: nada.
EREKÉMA: todo.
EREKEMATXÍNA: tudo (neol., lit “toda coisa”).
KONDEHI:nenhum.
KRÉ: pouco.
NOÑI: outro (empréstimo maxakali).
NOÑIADARA: outrem, outra pessoa (lit., “outro + rosto”).
OMIDEHI: algum (neol., lit. “um + dehi”).
PRIKA: muito.
TA'ADARA: qualquer (neol., lit. “partícula indeterminativa + rosto”).
TAOMIADARA: alguém (neol., lit. “partícula indeterminativa + um + rosto”).
TAOMITXINA: algo (neol., lit. “partícula indeterminativa + um + coisa”).
TATXINA: qualquer coisa (neol., lit. “partícula indeterminativa + coisa”).
TIADARA: qual (neol., lit. “que + rosto”).
1.8. PRONOMES INTERROGATIVOS
As palavras interrogativas ocorrem predominantemente no início da oração.
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ASEHON: de que?
ATIPOKANKUM: quanto? Adaptação de sentido.
MARAÊ: de quem?
NAT: por quê?
NAVÉTI: onde? Aonde? Deduzido da expressão coroado navéti mopa – aonde vai?
TIBWE? Quem? (neol., “que macho?”)
TIKWÉNE: Quem? (nel., “que fêmea?”)
YAMOENI: o que?
TIKAYA: quando? (neol., “que tempo?”)
TITXINA: qual? (neol., “que coisa?”)
1.9. PREPOSIÇÕES E POSPOSIÇÕES
ANDJO: antes. Preposição.
ANDJODEHON: detrás. Preposição.
ANDJOKON: depois.
DÁERN: dentro, em. Preposição.
DAY: dentro, em. Posposição.
DORAKOARADAY: embaixo.
HINO: segundo, de acordo.
HINOKON: contra (lit., “de acordo + não”).
INE: de, desde, a partir de.
KON: sem.
KURIRIDAY: entre (lit., “em + dois”).
MÁ: fora. Preposição.
MERIXÓ: diante.
MERIXODAY: na frente de.
NINGWIRA: atrás.
PU: para, a (empréstimo maxakali).
TAK: até (empréstimo krenak).
TAKWEN: acima.
TAKWENDAY: em cima (neol., lit. alto + em”).
TOXETA: além. Posposição.
1.10. CONJUNÇÕES
As conjunções originárias são pouco conhecidas. Portanto, temos de recorrer a alguns 
empréstimos e adaptações.
a) Sentido causal - NAT: porque. Adaptação de sentido.
b) Sentido concessivo - APUN: embora (empréstimo maxakali).
c) Sentido adversativo - MAKIM: mas.
d) Sentido aditivo – ORU:também, mais.RUN: e.
e) Sentido alternativo – O: ou (empréstimo krenak).
f) Sentido conclusivo – RAK: pois, então (empréstimo krenak).
g) Sentido explicativo – NAT: porque.
h) Sentido comparativo –HAN: que, do que. (empréstimo maxakali).
i) Sentido conformativo – HINO: como, conforme.
j) Sentido condicional – PUXIY: se (empréstimo maxakali).
k) Sentido proporcional – ATIPOKANKUM ORU: quanto mais (neol.).
l) Sentido integrante – YAMOENI: que. PUXIY: se.
m) Sentido consecutivo – XA: para que (empréstimo maxakali).
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n) Sentido temporal – INHAN: quando. (empréstimo maxakali). INE: desde então.
1.11. VERBOS
A conjugação verbal seria realizada utilizando os pronomes pessoais paradesignar o sentido 
número-pessoal. O tempo pode ser determinado por advérbios.
1.11.1. Os verbos irregulares e originários
Há registros de formas desses dois verbos: ser e ter.
a. Verbo ser/estar:
Ah hon: eu sou, estou.
Dieh gahe: tu és, estás.
Man hé: ele é, está.
Pañike hon:nós somos, estamos.
Titeteka gahe: vós sois, estais.
Yáhé: eles são, estão.
b. Verbo ter
As formas vêm do coroado e do koropó.
Ah papa: eu tenho.
Dieh pa: tu tens.
Man páma: ele tem.
Pañike papa: nós temos.
Titeteka para: vós tendes.
Yá pama: eles têm.
1.11.2. Paradigma para os verbos
1. Sentido de tempo presente
A - Forma afirmativa:
Ah tximba: bebo.
Dieh tximba: bebes.
Man tximba: bebe.
Pañiké tximba: nós bebemos.
Tiketeka tximba: vós bebeis.
Yá tximba: eles bebem.
B- Forma negativa:
Ah ne tximba: não bebo.
Dieh ne tximba: não bebes.
Man ne tximba: não bebe.
Pañike ne tximba: nós não bebemos.
Tiketeka ne tximba: vós não bebeis.
Yá ne tximba: eles não bebem.
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C- interrogativa:
Ti ah tximba?: bebo?
Ti dieh tximba?: bebes?
Ti man tximba?: Bebe?
Ti pañiké tximba?: nós bebemos?
Titiketeka tximba?: vós bebeis?
Ti yá tximba?: eles bebem?
Como ocorre no krenak, as partículas interrogativas são colocadas no início da frase e no final faz-se 
a entonação da pergunta.
2. Sentido de pretérito
O advérbio txári – “ontem”será tomado como um sufixo determinativo de tempo passado.
Ah tximba-txári: bebi.
Dieh tximba-txári: bebeste.
Man tximba-txári: bebeu.
Pañike tximba-txári: nós bebemos.
Tiketeka tximba-txári: vós bebestes.
Yá tximba-txári: eles beberam.
3. Sentido do futuro
O advérbio oerá – “amanhã”será tomado como um sufixo determinativo de tempo passado.
Ah tximba-oerá: beberei.
Dieh tximba-oerá: beberás.
Man tximba-oerá:beberá.
Pañike tximba-oerá: nós beberemos.
Tiketeka tximba-oerá: vós bebereis.
Yá tximba-oerá: eles beberão.
4. Sentido de imperativo
O sentido de ordem será impresso pela expressão ga mapro- “eu te peço”.
Tximbá, ga mapro! Bebe, eu te peço!
1.12. Advérbios
ANDJO-TXARI: anteontem.
ARIPA: longe.
AUDOBXI: vezes (multiplicando um número).
GRANA: lá.
GRÉ: vez(necessário na formação de advérbios).
GREKON: nunca (lit. “vez + nenhuma”).
KARÁ: aqui.
KRAGRANA: ali.
KRÉ: um pouco.
KWUINOMAWITEON: nenhures.
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MITI: hoje.
NA/NO: onde.
NE/KON: não.
NOÑIGRÉ: outra vez; novamente (lit., “outro + vez”).
OERÁ: amanhã.
PAHINHA: sempre.
PL'EWAK: em pé.
PREIMPÁ: perto.
TÁ: sim.
TAN: muito.
TÉ: menos.
TLERA: muito (intensidade).
TXARI:ontem.
XATUE: em alta voz.
1.13. PARTÍCULAS DE COMPOSIÇÃO
BWÉ: sufixo indicativo do feminino. Yarumene-bwé: cervo, em coroado.
KON: sufixo negativo, privativo. Matukon: feio (matu: bonito); britukon: frio (britu: quente).
KWÉNE: sufixo indicativo do masculino. Tapira-kwéne – touro, em coroado.
LE: partícula verbalizadora.
MA: partícula adjetivadora.
NA: partícula substantivadora (ação/abstração).
NO: partícula de localização (onde tem, onde se realiza).
OM: partícula substantivadora (agente).
PÁMA: sufixo indicativo de posse e de conteúdo (= que tem).
RUN: partícula aumentativa.
SI: sufixo com sentido de “mais”.
TA: marcador de sujeito indeterminado.
TÉ: partícula diminutiva.
TEN: sufixo com o sentido de “bom”.
TI: partícula interrogativa.
TXINA: sufixo formador de substantivos com significado de “coisa, coisa que”.
YUÑUN:sufixo de posse.
1.14. SINTAXE
O caso genitivo. Este caso é formado pela inversão dos termos: coisa possuída + possuidor. Assim 
procede a sintaxe da língua coroado.
O adjetivo antecede o substantivo. No coroado, ocorrem variações deste uso.
A ordem sintática na construção das frases transitivas do puri é do tipo sujeito + objeto +verbo (SOV) e 
as intransitivas do tipo sujeito + verbo (SV).Há algumas variações. Exemplos:
Pote ndran – o fogo apagou (SV).
Muñamapreton – a água está fervendo (SV).
Ah kandjanamuya – quero beber cachaça (SOV).
Pote kandu – acenda o fogo (VS).
Gué á mopo – quebro a cabeça com um pau (OSV).
Ñamanmuyamambaba – vá buscar água para eu beber (OVV).
Orações transitivas com objeto direto. A ordem mais comum será: Heroyma makï mopo – a 
criança quebra o milho (SOV). Porém, há necessidade uma partícula para distinguir o sujeito do 
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objeto. Como o maxakali é uma língua ergativa, isso é feito marcando o sujeito com a posposição te. 
Exemplo: kakxop te kuxxamukpaha – O menino te-ERG lambari pegou. Assim se expressa “o menino 
pegou o lambari”. Em puri, teríamos necessidade de algo parecido visto que não sabemos como era 
feito: Oronmate moroke kopran – O menino caçou o preá. Se mantivéssemos sempre a construção 
das orações do tipo SOV, então, seria seguro que o sujeito da ação é o “menino”. E também 
garantimos isso pelo contexto. Mas no caso Tyiá Xambúye mopo– Tiyá matou Xambúye, daria 
também a possibilidade de interpretação Xambúye matou Tyiá. Seria aconselhável e necessário 
adotar a construção Oronmate-te moroke kopran?
A ordem sintática com objetos indiretos (SODVOI) poderia ser construída do modo seguinte: 
A criança deu leite ao macaco – Heroyma ñamata kopu tangwa (criança leite deu macaco). O 
maxacali segue essa ordem e marca o objeto indireto com a posposição pu. A construção sem 
posposição, à primeira vista, não prejudica a compreensão. Mas talvez poderia dar mais segurança a 
posposição: Heroyma ñamata kopu tangwa pu.
A construção da voz passiva. A distinção entre voz ativa e passiva também depende de 
determinativos. Como poderíamos expressar “a preá foi caçada pelo menino”. Uma possibilidade, 
como faz o maxakali, é mudar a ordem sintática para OVS com a ajuda da posposição te: Moroke 
kopran oronmate-te. No entanto, sem um indicador não tem como evitar ambigüidades. Seguem as 
soluções possíveis: O preá foi morto pelo menino: 1ª – Moroke kopran oronmate-te (O preá + caçou + 
o menino + ERG); 2ª – Moroke kopranma hé oronmate (O preá + caçado está + o menino). Sem 
recorrer o auxílio do –te, teríamos de modificar a forma verbal.
A posição do advérbio será posto antecedendo o verbo. A mulher sempre trabalha – Boema 
pahinha tapetxihion. A ordem empregada na oração é sujeito + advérbio + verbo.
As orações descritivas são aquelas que descrevem qualidade o estado de uma coisa. O milho está 
verde – Maki hé tongóna. A ordem é sujeito + verbo + predicado.
Conectivos lógicos. A relação entre orações pode ser estabelecida através de alguns 
conectivos.
O sentido de sequência temporal. O pai viu seu filho e riu - Are man-yuñun xambe mirile, man 
aripu. As duas orações são separadas por vírgula e a segunda usa um pronome pessoal para 
retomar a ação do sujeito.
O sentido de propósito. O pai pegou o porco para matar – Are sotanxira yaga pu mopo. A 
conexão é feita pelo termo maxacali pu (a, para). Se dissermos sentido de: Are sotanxira yaga man pu 
mopo – O pai pegou o porco para ele matar.
A enumeração e a conjunção. Koema maki run xurumu run xumbena ane – O homem trouxe 
milho e abóbora e feijão. Ru expressa o sentido de soma de elementos. É uma forma reduzida de oru 
(“mais”).
Orientação temporal. Ey xambe petara oru inhan klengaw – Meu filho vem na lua cheia. O 
conectivo maxacaliinhan significa “quando”.
Contraste. O velho assou, mas não comeu a carne – Tahe arike mbori makim ne maxe. Makim 
significa “mas”.
PARTE II
CONVERSAÇÃO
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CAPÍTULO II
A CONSTRUÇÃO DA CONVERSAÇÃO PURI
A retomada de uma língua depende um planejamento teórico, mas o que dará rumos 
definitivos é a prática. Alguns exercícios podem ser promovidos: a) Iniciar o uso da língua no ambiente 
doméstico; b) socializar os usos nas reuniões da comunidade indígena; c) treinar a escrita de 
algumas expressões em aplicativo de mensagens e redes sociais; d) incorporar cantos da língua nos 
rituais da comunidade indígena.
Vamos introduzir nossos exercícios de construção de frases com assuntos que podem 
aparecer no cotidiano. Cada tema será apresentado como uma conversa.
2.1. OMI KAMBONÁNA (Primeira conversa)
Objetivo. Primeiro contato, dizer saudações e expressões de cortesia.
- Bom dia! Xute vemu! 
- O dia está lindo. O sol está quente. Xute ope he. Preton ope hé. 
- Você fala a língua puri? Eu falo. Ti dieh kwaytikindo koya? Ah koya. 
- Como se chama? Chamo-me Xanim. Dieh ñanitxo? Ah Xanim ñanitxó. 
- É a nossa primeira conversa. Omi pañike-yuñun kambonana hé. 
- Nós vamos falar a língua puri. Pañike pury kwaytikindo koya mun. 
- Até mais! Tak mirile!
Saudações e expressões de cortesia:
Xute vemu! Bom dia!
Xute toxa! Boa tarde!
Xute miripon! Boa noite!
Aripuagwerá: obrigado (contente)
Ah maprô: eu peço/ por favor.
Ao/tá sim
Djeri: não
Os puris tinham diferentes expressões para as divisões do dia. As saudações teriam de serem 
adaptadas ao horário.
2.1. KURIRI KAMBONÁNA (Segunda Conversa)
Objetivo. Apresentar-se e descrever o estado emocional de alguém.
- Boa noite! Xute miripon!
- Você está bem? Ti dieh xuteh gahe? Estou bem. Ah hon xuteh. 
Ah hon karkun. Nat karkun? Estou triste. Por que está triste?
Ah honkoxna. Nat koxna? Estou irado. Por que está irado?
Ah hon hesakindjo. Estou alegre. Nat hesakindjo? Por que está alegre?
Ah kwandonma. Nat kwandonma? Estou doente. Por que está doente?
Gramática. As orações declarativas como estas acima poderão ser expressas com o verbo 
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hon (ser/estar). A distinção entre ser e estar dependeria do contexto. Mas, se alguém quiser 
expressar que o estado de alegria é permanente em alguém, o falante poderia reforçar esse sentido 
de ser com o advérbio coroado pahinha (sempre): Ah pahinha hon hesakindjo.
Vocabulário. Os adjetivos que expressam sentimentos ou estado emocional são: Karkun – 
triste; koxna – irado; hesakindjo – alegre.
2.3. PATAKON KAMBONÁNA (Terceira Conversa)
Objetivo. Apresentar a família. 
- Bom dia! Quem é você? Xute vemu! Ti dieh gahe?
- Eu sou Xanim. Ah Xanim hon.
- Você está bem? Ti dieh xute gahe?
- Sim, eu estou. Oá, ah xute hon.
- Quem está aqui? Tibwe kara hé?
- Minha esposa Tyxi. Ey boema Tyxi hé.
- Quem é teu pai? Ti dieh-yuñun are hé?
- Meu pai se chama Tyiá. Ey are Tyiá ñanitxo.
- Quem é tua mãe? Ti dieh-yuñun ayan hé?
- Minha mãe se chama Xumbúye. Ey ayan Xumbúye ñanitxó.
- Este é meu filho Kohen. Imahan ey xambe Kohen hé.
- Esta é minha filha Muñan. Imahan ey xambe-bwé Muñan hé.
- Muito obrigado! Tekahon prika!
Gramática. Há línguas do tronco macro-jê que têm a primeira pessoa do plural de duas 
formas, uma inclusiva e outra exclusiva. Não sabemos o caso do puri. Mas havendo necessidade de 
diferenciação, podemos utilizar erekéma (todo) após o pronome para expressão a ideia de inclusão 
do interlocutor.
2.4. PAPANTE KAMBONÁNA (Quarta Conversa)
Objetivo. Descrever um dia de trabalho.
Está um dia lindo. O puri foi caçar na mata. Xute hé ope! Pury txore kxé kopran. 
Ele levou um cachorro. O cachorro dele foi atrás da capivara. Man-kwéne omi xinde ane. Mankwene-
yuñun xinde bodake nãgwira mung.
Mas ele não caçou a capivara. Makim xindebodake ne kopran.
O puri achou um macaco. Pury tangwa yá.
O puri atingiu o macaco com a flecha. O puri e o cachorro foram para casa. Pury tangwa apon galing. 
Pury run xinde ngwara mung.
O puri cozinhou e comeu o macaco.Pury tangwa aswá run maxe.
Gramática. Os verbos do texto podem significar tanto passado quanto presente. Pode ser que 
a língua tivesse aspectos e não tempos verbos. Porém, para especificar o sentido de passado 
podemos utilizar o advérbio txari (“ontem”).
2.5. XAPRETXI KAMBONÁNA (Quinta Conversa)
Objetivo. Apresentar hábitos alimentares e preferências.
- Que vamos comer? Yamoeni pañike maxe mung?
A mãe cozinhou carne de macaco. Ayan tangwa arike aswa-txári.
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 A carne está boa? Sim. Xute hé arike? Oá.
Vamos comer carne, arroz, feijão e salada. Pañike arike, memrina, xumbena run salada maxe mung.
Criança não gosta de salada. Heroyma salada ne tlamatli.
O pai gosta de carne de macaco. Are tangwa arike tlamatli.
A moça gosta de arroz e feijão. O filho come de tudo. Mbl'ema xute memrina run xumbena tlamatli. 
Xambe erekéma maxe.
A mãe come de tudo. Boa refeição! Ayan erekéma maxe! Xute maxekaya!
Vocabulário.
Maxekaya: refeição (tempo da comida).
Gramática. Nesta conversa, ensaiamos usar uma forma para expressar o futuro imediato. Por 
exemplo: vamos comer – maxemung (comer ir). A letra m que aparece na palavra memrina, a nosso 
ver, deve ser pronunciada de modo bilabial. Este m corresponde ao som m ̥ no IPA (International 
Phonetic Alphabet).
2.6. XAPRETXI-OMI KAMBONÁNA (Sexta Conversa)
Objetivo. Falar sobre eventos como a festa.
Hoje é festa. Miti hetapaypa hé.
O puri gosta de dançar. Pury kosebundana tlamtli.
O puri gosta de atirar flechas. Pury apon kamaring tlamatli.
Tyiá bebe catipueira. Ele bebe cachaça. Tiyá katipweyra tximba. Man kandjana tximba.
A avó Xambúye canta: Titiñan Xambúye ndl'óno. 
Ela canta: 
- “Vencemos o bugre /pular, pular / eu vou comer e beber”. Man-bwé ndlono: “Ho, búguri itanaji / 
waxantl'e, waxantl'e /Ah, ah, kandjana / maxe tximba”.
2.7. POPAWAN KAMBONÁNA (Sétima Conversa)
Objetivo. Introduzir o vocabulário do contexto escolar.
Kohen e Muñan são crianças. Kohen run Muñan xambe hé.
Eles vão para a escola. Yá kahindjotena-ngwára pu mung.
A escola é longe. Kahindjotena-ngwára hé arípa.
A professora diz: Kahindjotem-boema koya:
- Bom dia! Xute vemu!
- Hoje vamos escrever o nome de vocês. Miti tiketeka-yuñun mandgíra tapera-piriréma.
Kohen diz: Kohen koya:
- Eu sei escrever meu nome. Ah ey mandgíra tapera-piriréma tri.
A professora fala: Kahindjotem-boema koya:
- Muito bem, kohen! Xute tlera, Kohen!
- Que letra bonita, Muñan! Ho xute tapera, Muñan!
Muñan diz: Muñan koya:
- Obrigado! Tekahon!
2.8. POPAWAN-OMI KAMBONÁNA (Oitava Conversa)
Objetivo. Descrever o trabalho e as profissões.
Um amigo koropó chegou à aldeia. Ope koropo komente kxe mung.
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Eles estão conversando sobre trabalho. Ele pergunta: Yá kambona pétxina ine. Man tile:
- O que você faz? Sou caçador. Yamoeni dieh brotxen? Ah hon kopranom. 
- O que ele faz? Ele é pescador. Yamoeni man brotxen? Man hé ñamakeyagaom. 
- O que ela faz? Ela é cozinheira. Yamoeni man-bwé brotxen? Man-bwé suaom. 
- O que nós fazemos. Yamoeni pañike brotxen? 
- Nós somos todos guerreiros! Pañike erekéma hon mligapeom. 
Vocabulário. As ocupações podem ser formadas com o sufixo -om: kopranom – caçador; 
ñamakeyagaom – pescador; suaom – cozinheiro; mligapeom – guerreiro; brotxenom – trabalhador.
2.9. POPAWAN-KURIRI KAMBONÁNA (Nona Conversa)
Objetivo: Introduzir palavras sobre comércio.
Xambúye vai à cidade. Ela entra na loja. Xambúye komen pu mung. Man antungwara kxe 
nahinmanom.
Ela vai comprar coisas para seu filho, sua filha, para seu marido também. Man arebopayapa mung 
txina prika xambe pu, xambe-boema pu.
Ela diz a um vendedor: Man mapumerimom pu koya:
- Eu quero uma camisa para o meu filho. Ah gwimisay muya ey xambe pu.
 - Esta camisa é muito bonita. Imahan gwimisay xute tlera hé.
- Quero comprar este vestido para a minha filha. Ah imahan antu arebopayapa muya ey xambe-boema 
pu.
Vocabulário. 
Arebopayapa: comprar, comercializar.
Komen: aldeia (Mxk).
2.10. XAPEREDAY-OMI KAMBONÁNA (Décima Conversa)
Objetivo: Vocabulário sobre pesca.
Xanim está no rio. Xanim ñamantuza kxe hé.
Ele está numa pequena canoa com Maria. Man oru Xumbúye mbote kxe hé.
Ele diz a Xumbúye: Man koya Xumbúye pu:
Xumbúye, onde os anzois estão? Xumbúye, na ñamake-yagaom hé?
 - Eles estão aqui. Yá kara.
- Você quer bons anzois? Ti dieh xute ñamake-yagaom muya?
 - Sim. Eu pesco muitos peixes. Oá. Ah ñamake prika yaga.
- Quantos peixes você pegou? Atipokanum ñamake dieh yaga?
- Eu peguei muitos. Ah ñamake prika yaga.
Xumbúye diz a Xanim: Xumbúye koya Xanim pu.
- Hoje vou comer bem! Ah xute maxe mung!
Modelos de orações:
Dieh parada tximba muya? Queres beber café? Oá, ah tximba muya. Sim, quero beber.
Ah parada muya, makimpretonma. Eu quero café, mas quente. Ah ñaman tximba muya. Eu quero 
beber água. Ñaman hé ñamaytu. A água está fria. Ah parada ne tximba muya. Eu não quero beber 
café. Parada hépretonma. O café está quente.
Heroyma ñamanta tximba. A criança bebe leite. Heroyma (te)tangwa ñamanta kambana. A criança 
deu leite ao macaco. Má tximba, heroyma! Vai beber leite, criança!
Tangwa ñamanta tximba-txári. O macaco bebeu o leite (ontem).
Tangwa ñamanta tximba-oerá. O macaco beberá o leite (amanhã). Tangwa bao maxe. O macaco come 
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banana. Bao toke tiking kxé hé. A banana está na barriga do macaco. Koema bao ne tximba. O 
homem não gosta de banana.
PARTE III
VOCABULÁRIO
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CAPÍTULO III
VOCABULÁRIO GERAL DA LÍNGUA PURI
A seguir, apresentar um vocabulário com vocábulos originalmente puris, vocábulos coroados 
(Crd.), neologismos a partir de raízes puris e coroados (neol.) e empréstimos de outras línguas jês.
A
Abacaxi: s. nanrin. 
Abaixo: adv. naxeyra. [Crd].
Abater: v. bongro. [Crd].
Abatimento: s. bongróna.
Abelha: s. butanbake.
Aberto: part. brama.
Abertura: s. brana.
Abocanhar: v. txorele.
Abraçar: v. yakarele.
Abraço: s. reráka. [Crd].
Abrandamento: s. durexúna.
Abrandar: v. durexu. [Crd].
Abridor: s. braom.
Abril: s. papante-opé. [neol.].
Abrir: v. brá; bratu. 1. ~ a caixa – kaykabratu; 2. ~ a porta: ambo bratu; 3. ~ as mãos – xaprerebratu. 
Acabar: v. tandakom. [Crd].
Aceleração: s. gamúna.
Acelerar: v. gamu. [Crd].
Acender: v. 1. kandu; 2. pote gatxin.
Aceso: part. kandúma.
Achado: part. yáma.
Achar: v. yá.
Acima: prep. takwen. [Crd].
Açougue: s. arike-ngwara(lit. “casa de carne”). [neol.].
Açúcar: s. kwanrim. [Crd].
Acumular: v. kráyngra. [Crd].
Adivinhação: s. bokitexkoisána.
Adivinhar: v. bokitxekóisa.
Adoecer: v. kondon.
Adormecido: part. kataráma.
Adulação: s. gwewalenána.
Adulador: s. gwewaléna.
Aéreo: adj. omléma.
Afiar: v. kamakabew. [Crd].
Afirmação: s. koyatemuhïna.
Afirmar: v. koyatemuhï. [Crd].
Afogado: part. taramgranhin. [Crd].
Afogamento: s. taramgranhínna.
Afundar: v. kambo. [Crd].
Agarração: s. yagána.
Agarrado: part. yagáma.
Agarrar: v. yága:
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Agosto: s. popawanomi-petára. [neol.].
Agradável: adj. tenwahi. [Crd].
Água: s. ñaman.
Aguar: v. ñamale.
Aguardar: v. kawá. [Crd].
Aguardente: s. kanjána.
Aguentar: v. tekanam. [Crd].
Ajoelhar: v. twonrile.
Alcançar: v. galing.
Alcance: s. galinna.
Alegre: adj. hesakindjo. [Crd].
Alegria: s. retikaniten. [Crd].
Algodão: s. teu.
Algodoeiro: s. teu ambo.
Ali: adv. kragrána. [Crd].
Alma: s. tutak, laman.
Almoço: s. lináka. [Crd].
Alteração: s. komuxapandína.
Alterar: v. komuxapandi. [Crd].
Alto: adj. takwen. [Crd].
Alvorecer: v. hopedzotenale.
Amado: adj. makapónma.
Amamentação: ñataorbána.
Amamentar: v. ñataorba. 
Amanhã: adv. oerá. 1. depois de ~ - hino-herinánta. [Crd].
Amanhecer: v. vemule.
Amar: v. 1. makapon; 2. nekanitoy. 
Amarelar: v. puturale.
Amarelo: adj. putúra.
Amargamente: adv. tammathi.
Amargar: v. kandjule.
Amargo: adj. kandju.
Ambição:s. herolohehin. [Crd].
Ambicionar: v. herolohehinle.
Amigo: s. opé.
Andador: s. kemunom.
Andamento: s. kemúnna.
Andar: v. kemung.
Andorinha: s. tenkeparkúma. [Crd].
Anel: s. xapere-pána. [Crd].
Animal: s. txáma. [Crd].
Ano: s. botéta. [Crd].
Anoitecer: v. miriponle.
Ânsia: s. tekxinten.
Ansioso: adj. xamakohen. [Crd].
Anta: s. 1. penang; 2. tapir (tupinismo).
Anteontem: adv. andjotxári. [Crd].
Antepassado: s. tahayetta. [Crd].
Antes: prep. andjo. [Crd].
Ânus: s. utang.
Aparência: s. mawuyrékon. [Crd].
Aparente: adj. mawuyrekóma.
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Apaziguar: v. kongretinday.
Apedrejamento: s. kamarínna.
Apedrejar: v. kamaring. [Crd].
Aplaudir: v. tutúma (bater palmas). [Crd].
Aplauso: s. tutumána.
Aquecer: v. pretonle.
Aquecimento: s. pretónna.
Aquela: pron. pandihauna. [Crd].
Aquele: pron. tehon. Pl. nowahon[Crd].
Aqui: adv. kara. [Crd].
Ar: s. 1. omle; 2. namdjota (vento). 
Arara: s. 1. djasvatahra; 2. ñamatara.
Arborizar: v. ambole.
Arbusto: s. ambote.
Arco: s. 1. ómring; 2. kumring (de pau com seu cordel).
Arear: v. gavilile.
Areia: s. gavili.
Arejar: s. namdjotale.
Arquear: v. omrinle.
Arrancação: s. tónna.
Arrancado: adj. tonom.
Arrancar: v. ton.
Arrebentar: v. kangroxe. 1. ~ a madeira – ambo mesátu. [Crd].
Arroz: s. mem'rina.
Arrozal: s. mem'rinambotepuríka.
Árvore: ambo.
Asilo: s. kahua. [Crd].
Asno: s. arune. [Crd].
Assadeira: s. mboriom.
Assado: adj. mboríma.
Assar: mbóri.
Assegurar: v. taporentixe. [Crd].
Assustar: v. gwetamom. [Crd].
Astuto: adj. tehindjakon. [Crd].
Atado: adj. timiri.
Atar: v. timirile.
Atingido: part. galinma.
Atingir: v. galing.
Atiradeira: s. kamaringtxina (lit. “atirar + coisa”). 
Atiradeira: s. kamarinom.
Atirar: v. kamaring.
Atrás: prep. ningwira. [Crd].
Atravessamento: s. ñamantxidayna.
Atravessar: v. ñamantxitay. [Crd].
Atribuição: s. ambotína.
Atribuir: v. amboti. [Crd].
Atropelamento: s. kapoémna.
Atropelar: v. kapoém. [Crd].
Atualização: s. mitína.
Atualizar: v. mitile.
Aurora: s. hopedzoténa.
Avião: s. okorambo (lit. “barco do céu”). [neol.].
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Avó: s. f. titiñan.
Avô: s.m. anta.
Azul: 1. beroro; 2. prioana; 3. pesaréka.
Azular: v. berorole.
B
Bainha: s. kabritor. [Crd].
Baixar: v. prewan. [Crd].
Baixo: adj. dorakoára.
Balança: s. natutekintáhin. [Crd].
Bálsamo: s. baerimbo. [Crd].
Bambu: s. ante. [Crd].
Banana: s. pó.
Banana-maçã: s. bao.
Bananeira: s. baoambo (lit. “árvore de banana”). [neol.].
Banco: s. mreteténo-ngwara (lit. “casa do dinheiro”). [neol.].
Bandido: s. txamigrentewma. [Crd].
Bando: s. kayapran. [Crd].
Barba: s. sorepéda.
Barbado: s. doke. Var. toke.
Barbear: v. xapronra-lepingwa. [Crd].
Barbeiro: s. xapronrapeingwaom.
Barco: s. mbó.
Barrar: v. bustinavemanle.
Barrear: v. naxegretale.
Barreira: s. bustinaveman. [Crd].
Barriga: s.tiking.
Barro: s. naxegreta. [Crd].
Batata: s. xurumung.
Batedeira: s. potxina (lit. “bater + coisa”).
Bater: s. pó.
Batida: s. póna.
Batido: part. póma.
Batizar: v. ñamankonkusa baiuna.
Beber: v. tximba.
Bebida: s. katipweyra(fermentada de milho).
Bebido: part. tximbáma.
Beiço: s. txé.
Beija-flor: s. xindéda.
Beijar: v. aprebanbána.
Beijo: s. bána.
Bênção: s. xaperetinxu. [Crd].
Biblioteca: s. tapera-ngwara (lit. “casa da letra”). [neol.].
Bicar: v. txayle.
Bico: s. txay. [Crd].
Blasfemador: s. tikoyahïkoema. [Crd]. Purizado.
Blasfemar: v. tikoyahïle.
Blasfêmia: s. tikoyahï. [Crd].
Boca: s. txore. 
Bocaina: s. djare.
Bocejar: v. nikatxore [Crd].
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Boi: s. tapira.
Bola: s. kramnake. [Crd].
Bolsa: s. sakopembe. [Crd].
Bolso: s. tikanixúna. [Crd].
Bom: adj. xute.
Bondade: s. xuténa.
Boniteza: s. matúna.
Bonito: adj. matu.
Borboleta: s. simprewda.
Borda: s. arinta. [Crd].
Botocudo: s. rase.
Braço: s. 1. yakare; 2. kokóra.
Branco: adj.1. cor branca – okarona; ona; s. 2. homem branco - haranjúa.
Brasa: s. pote sakrelume. [Crd].
Brejaúba: s. pátan.
Breve: adj. korowáma. [Crd].
Brutal: adj. yakontopáma. [Crd].
Bugio: s. toke.
Buzina: s. txapa. [Crd].
Buzinar: v. txapale.
C
Cabaça: s. ripopu (para beber); ripix (fruto). [Crd].
Cabeça: s. ngwé.
Cabeleireiro: s. gwelintxiom (lit. “cortador de cabelo”). [neol.].
Cabelo: s. ké.
Cabra: s. kabraportuy. [Crd].
Caça: s. koprána.
Caçador: s. kopranom.
Caçar: v. 1. kopran; 2. ure.
Cacau: s. tembóra.
Cachaça: s. kandjana.
Cachimbo: s. boketxína (lit. “fumar + coisa”). [neol.].
Cachorro: s. xinde.
Caduco: adj. txotáma. [Crd].
Café: 1. paráda. 2. ñaman-wan.
Cair: 1. duthána; 2. laprána; 3. xambóna (pôr do sol).
Caititu: s. sotakon.
Caixa: s. faháta. [Crd].
Calçada: s. kuasana. asfalto (lit. “caminho de pedra”). [neol.].
Calçado: s. txamapexaperepom. [Crd].
Calças: s. rikapáma. [Crd].
Calcinha: s. atupa. [neol. por extensão].
Calefação: s. pretonna.
Calefator: s. pretomon.
Calor: s. prehtóma.
Cama: s. kataratxina (lit. “deitar + coisa”). [neol.].
Caminhante: s. sanaom.
Caminho: s. sana.
Caminho: s. sana. 1. ~ largo – sana greyan.
Camisa: s. gwimisay. [Crd].
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Campo: s. dotapamuhun. [Crd].
Cana-de-açúcar: s. 1. tupananrike; 2. tubána.
Canalha: adj. tenekamexe. [Crd].
Canção: s. gangre. 1 ~ de amor – boemagangre; 2. ~ de beber: gangretximba. [Crd].
Canoa: s. bope. 
Cansado: part. kopónma.
Cansar: v. kopon. [Crd].
Cantar: v. ndl'óno, glere.
Cantor: s. glereom.
Capacete: s. hum'rangwenana(lit. “chapéu de ferro”). [neol.].
Capim: s. xipampe.
Capivara: s. bodake.
Capoeira: s. 1. xikopo; 2. tsikopro (ave).
Capuz: s. kahanea. [Crd].
Cara: s. adara.
Caranguejo: s. pirgse. [Crd].
Cardiologista: s. tutak-ndondom (lit. “curador de coração”). [neol.].
Caridade: s. tekotimauyhan. [Crd].
Carne: arike. 
Carregamento: s. takayakamána.
Carregar: sv. takayakáma. [Crd].
Carro: s. 1. ~ de boi - tapira ambo. [Crd]. 2. ~ a motor – hum'ranmung [lit. “ferro que anda”]. [neol.].
Carvão: s. mbórvan. [Crd].
Casa: 1. ngwara; 2. kwari (cabana).
Casado: adj. simial.
Casamento: s. simialna.
Casar: v. simiána.
Casca: s. pope.
Cascata: s. ñamankatséga.
Causa: s. tandakam. [Crd].
Cavalo: s. kavára.
Cego: adj. amripapu.
Cegueira: s. amripapúna.
Cemitério: s. txamemadorétxi. [Crd].
Cera: s. bakidsay. [Crd].
Cercar: v. kahwéma; merixegrandje. [Crd].
Certeza: s. yána.
Certo: adj. yá. [Crd].
Céu: s. 1. okóra; 2. oláda.
Chama: s. boteke.
Chamada: s. komóna.
Chamar: v. ñanitxó. [voc. deduz.].
Chapéu: s. genána.
Chave: s. sévi. [Crd].
Chavear: v. sevile.
Chefe: s. gategatxíno. [Crd]. 1. ~ da casa – ngwara ategáxma; 2. ~ da nação: txemim djawma. [Crd].
Cheirar: v. ana (cheirar bem, perfumar). [voc. deduz.].
Cheiro: s. anána (cheiro bom; perfume).
Cheiroso: adj. anáma (cheiroso, perfumado).
Chiado: s. ñeron. [Crd].
Chicote: s. tapira pe.
Chifrar: v. pakele.
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Chifre: s. pake. [Crd].
Chorar: v. peo.
Choro: s. peóna.
Chover: v. ñamaku'ú.
Churrasqueira: s. mbori-pon (lit. “panela de assar”). [neol.].
Chuva: s. 1. ñamanko'ú; 2. ñamango'úma.
Cicatriz: s. krapantóma. [Crd].
Ciclope: s. meri-pokómone. [Crd].
Cinco: num. xaprétxi. [Crd].
Cinza: s. botedu. 
Cinzeiro: s. potedu-ponté (lit. “pequena panela de cinza”). [neol.].
Cipó: s. mbratehi.
Círculo: s. 1. amborakawéna (círculos pequenos azuis pintados na maça do rosto); 2. krawma. [Crd].
Ciúme: s. ayatekon. [Crd].
Ciumento: adj. arayahin. [Crd].
Clareamento: s. koranbonána.
Clarificar: s. koranbóna.[Crd].
Claro: adj. sayma. [Crd].
Cobra: s. xahmung.
Cobra-cega: s. thinaton.
Coisa: s. gatxína. [Crd].
Colar: s. tangwaxe (colar de dente de macaco).
Cólera: s. koxnána.
Colérico: adj. koxna.
Colo: s. tetu (pescoço).
Colorido: adj. yawneke. [Crd].
Colorir: v. twatúna.
Começar: v. andjoikamele.
Começo: s. andjoikáme. [Crd].
Comer: v. maxe.
Comercializar: v. arebopayapa. [Crd].
Comida: s. maxéna.
Concha: s. taxetxína. [Crd].
Condução: s. tenkahom. [Crd].
Condutor: s.xenepreteníon. [Crd].
Confessar: v. perembo. [Crd].
Conformidade: s. txupranñakahe. [Crd].
Consciência: s. tekokákon. [Crd].
Construir: v. ngwarapuy.[Crd].
Contador: s. pikindaom.
Contagem: s. pikindána.
Contar: v. pikínda.
Contentamento: s. aripuagwerána.
Contente: adj. aripuagwera.
Contente: adj. tregwinten. [Crd].
Conversa: s. kambonána.
Conversar: v. 1. Kambona; 2. txére bakoya.
Convocação: s. komóna.
Coração: v. tatak.
Corcova: s. ura. [Crd].
Corcovado: adj. urubanbúma. [Crd].
Corda: s. tuma.
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Dente: s. txé.
Dentista: s. txe-ndondom (lit. “curador de dente”). [neol.].
Dentro: prep. kxé.
Desaparecer: v. kondjehan. [Crd].
Desaparecimento: s. kondjehána.
Descarga: s. wahïrhauána.
Descarregar: v. wahïrhaúa. [Crd].
Descer:dorakoasadaymung (lit. “para baixo + ir”).[neol.].
Desde então: conj. ine. [Crd].
Detrás: prep. 1. uerave. [Crd]; 2. andjodehon.[Crd].
Deus: s. 1. Dokora; 2. Tupan.
Dez: num. xapereday. [Crd].
Dezembro: s. xaperedaykuriri-petára. [neol.].
Dia: s. 1. vemu; 2. vera; 3. ope; 4. dzanemuda.
Diabo: 1. andl'aman; 2. tongla.
Diante: prep. merixo. [Crd].
Digitar: v. seabrerale. Lit., “bater o dedo”.
Dilatar: v. payúe. [Crd].
Diminuição: s. brirekána.
Diminuir: v. brirekale.
Dinheiro: mireteténo.
Direto: adj. préte. [Crd].
Distância: s. aripána.
Distanciar: v. aripale.
Distribuição: rebogandjána.
Distribuir: v. rebogandja. [Crd].
Doação: s. kopuna.
Doente: s. kadando.
Dois: num. 1. kuriri; 2. urera.
Dolorido: adj. kwandomdoma.
Domingo: s. omi-opé (lit. “dia um”). [neol.].
Dor: s. kwandomdo.
Dormir: 1. katára; 2. gamung.
Dorso: s. nerabúme. [Crd].
Dúvida: s. maïéna.
Duvidar: v. maïe. [Crd].
E
Eclipse: s. hope grama (do sol). [Crd].
Elogiar: v. tenekahon. [Crd].
Elogio: s. tekahon. [Crd].
Em pé: adv. pl'ewák.
Em volta alta: loc. adv. xatue. [Crd].
Em: prep. day, dáern. [Crd].
Emagrecer: v. korotele.
Embranquecer: v. okoronale.
Encantar: v. ambo gayúma. [Crd].
Encerrar: v. kahwéma. [Crd].
Encurtar: v. tinikalaoayle.
Enfaixar: v. pakele.
Enfear: v. krokonle.
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Cordial: adj. tatakma.
Coroa: s. koroáni. [Crd].
Coroar: v. koroanile.
Corpo: s. immi (humano).
Corporal: adj. immíma.
Corredor: s. ureom.
Córrego: s. ñamanrúri.
Correr: v. ure.
Corrida: s. uréna.
Cortador: s. lintxiom.
Cortar: v. 1. lintxi; 2. ló.
Corte: s. lintxína.
Cortesia: s. djatayma. [Crd].
Costela: s. prura.
Couro: s. pé.
Covarde: adj.okre. [Crd].
Coveiro: s. gwaxevejom.
Coxa: s. kathéra.
Coxo: s. djarsedekomen. [Crd].
Cozinhar: v. aswá.
Cozinheiro: s. aswaom.
Criança: s. 1. heroyma: 2. xambe.
Cristal: s. ñanre. [Crd].
Cruel: adj. ponekamehï. [Crd].
Cruelmente: adv. takindjokontapáma. [Crd].
Cruz: s. tupan.
Cueca: s.yapan. Tanga dos homens; por extensão – cueca.
Cumprido: adj. sukvenwáma. [Crd].
Cunhado: s. makonkéra. [Crd].
Cura: s. ndondna.
Curado: part. ndondma.
Curandeiro: s. ndondom.
Curar: v. ah ndond (eu curo).
Curral: s. tapira-ngwára (lit. “casa do boi”, puri). [neol.].
Curto: adj. tinikalaoay.
Cutia: s. bokon.
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Dado: part. kopúma.
Dança: s. kosebundanána.
Dançar: v. 1. kosebundána; 2. glere. 
Dançarino: s. kosebundanaom.
Dar: v. kopu - dar alguma coisa. [voc. deduz.].
Dardo: s. baïa.
De quê: pron. anséhon. [Crd].
Dedo: s. seabréra.
Deitado: part. kataráma.
Deitar: v. katára.
Delicado: adj. aranxana. [Crd].
Demonstração: s. kasangwena.
Demonstrar: v. grekepátion. [Crd].
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Engano: s. kayanpromgram. [Crd].
Engordar: v. urunatale.
Engrandecer: v. orunle.
Entanha: s. kopára.
Entardecer: v. tuxahile.
Entender: s. kogataká. [voc. deduz.].
Entendido: part. kogatakáma.
Entendimento: s. kogatakána.
Enterrar: v. gwaxevejo. 
Enterro: s. gwaxevejóna.
Entidade indígena: s. ñaweyra.
Entrar: v. dahinmanom. [Crd].
Envelhecer: v. tahele.
Enxada: s. muxénda. [Crd].
Erva: xapúko.
Escapar: v. hetakran. [Crd].
Escavar: v. kuxétan. [Crd].
Escolha: s. ganïna.
Escolher: v. ganï. [Crd].
Esconder: v. upolatxa. [Crd].
Escorrer: v. krakane. [Crd].
Escorrimento: s. krakanéna.
Escrever: v. tapera-twatúna (lit. “pintar letra”, do crd). [neol.].
Escurecer: v. arenale.
Escuridão: s. arenána.
Escuro: adj. aréna.
Escutar: v. kaxate. [Crd].
Esfaquear: v. hum'ranle.
Esfarinhar: v. makipharale.
Esfregar: v. teten. [Crd].
Esfriar: s. ñamaytule.
Espelho: s. grekarútxina. [Crd].
Espelho: s. kasangwetxina (lit. “mostrar + coisa”). [neol.].
Espesso: adj. ñimi; añimim.
Espião: kaxate. [Crd].
Espingarda: s. boa.
Espirrar: v. bokete.
Espirro: s. boketéna.
Esposa: s. hereya. [Crd].
Esquentar: v. pote gweten. [Crd].
Esquilo: s. vexe.
Estar: v. 1. ~ direito – taperetu wa; 2. ~ bêbado – onte; 3. ~ na cama – krananatxáran; 4. ~ pl'ewak 
(puri); 5. ~ na sombra – hopé granyam; 6. ~ estar desconsolado – remokagun. [Crd].
Estrada: s. ximan.
Estrangeiro: s. tañe.
Estrela: s. 1. txúri; 2. melikóna; 3. grande - txúri; 4. pequena – melikóna.
Estremecer: v. xikenbrate. [Crd].
Esverdear: v. tongonsale.
Eternidade: s. dagakóña. [Crd].
Eterno: adj. kuhwepáma. [Crd].
Eu: pron. Ah, ga.
Extraviar: v. txaymon. [Crd].
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Faca: s. hum'ran.
Faixa: s. pake (em que abriga ou carrega os filhos).
Fala: s. koyána.
Falar: v. koya.
Falar: v. koya. 1. ~ claro – kwatxu; 2. ~ forte – xatue gaya; [Crd].
Falcão: s. maru.
Farinha: s. 1. makiphára; 2. de mandioca – bihu.
Fazer: v. brotxen. [Crd].
Febre: s. pebritam. [Crd].
Fechar: v. brakon.
Feder: v. xú.
Fedido: part. xúma.
Fedor: s. xúna.
Feijão: s. 1. xumbéna; 2. tsabéna.
Feio: adj. 1. krókon; 2. matu kon (não bonito).
Fêmea: s. t[we]rema. 
Ferido: s. krimpáma. [Crd].
Ferimento: s. kapóna.
Ferir: v. kapo.
Ferro: s. 1. hum'ran; 2. wamarate; 3. komaran.
Festa: s. hetapaypa. [Crd].
Festejar: v. hetapaypale.
Fevereiro: s.kuriri-petara. [neol.].
Fiação: s. teutína.
Fiar: v. teuti.
Fidelidade: s. teleneka. [Crd].
Fiel: adj. telenekáma.
Filha: s. 1. xambe; 2. xambe boema.
Filho: s. xambe.
Fingir: v. molïkon. [Crd].
Fio: s. kalengawéna. [Crd].
Flecha: s. 1. apon; 2. arining; 3. de pelota – pwere; 4. de farpa – kuríxa.
Flechar: v. apon galing.
Flor: s. 1. kanapenéma; 2. pl'oke.
Floração: s. kanapenemána.
Floresta: s. montay.
Florir: itetamoñlon. [Crd].
Florir: v. kanapenemale.
Florzinha: s. popána.
Fogão: s. potetxina (lit. “fogo + coisa”). [neol.].
Fogo: s. pote; pothe; 1. fazer ~ - potete.[voc. deduz.].
Folha: 1. ~ de papel - taperadjop'leh (lit. “folha de letra”).
Folha: s. 1. djop'le; 2. ~ da brejaúba – ariri.
Fome: s. temembóno. 1. ter ~ temembonole.
Fonte: s. ñaman purerenim. [Crd].
Força: s. metl'on.
Formiga: s. putu. 1. ~ de fogo – tapána. [Crd].
Fornalha: s. ambo kangre. [Crd].
Forno: s. nahenpámo. [Crd].
Fortalecer: v. metl'onle.
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Forte: adj. metl'onma.
Foz: s. ñamantxoré (lit. “boca da água”). [neol.].
Frágil: adj. txotáma. [Crd].
Friagem: s. ñamaytúna.
Frio: adj. 1. ñamaytu; 2. krim; 3. britu kon (não quente).
Fruta: s. 1. morke; 2. cítrica – kahiramnúna; 3. ácida – tariniána.
Frutificar: v. morkele.
Fuga: s. makránna.
Fugir: v. makran. [Crd].
Fumante: s. bokexeom.
Fumar: v. bokexe.
Fumar: v. motxe. [Crd].
Fumo: s. poke.
Fundo: adj. dorakoása.
Fuso: s. tekatetxína. [Crd].
G
Gaiola: s. xipungwara (lit. “casa do pássaro”). [neol.].
Galinha: s. koruhére. 1. galo – koruhere-kwéne.
Gambá: s. saroe. 1. Gambá fêmea – saroe-bwé.
Ganância: s. toyamuya. [Crd].
Ganancioso: adj. toyamuyáma.
Garfo: s. maxena-yagaom - garfo, colher; talheres (lit. “agarrador de comida”). [neol.].
Garrafa: s. gahap. [Mxk]. 
Gato: s. xapi. 1. gata – xapi-bwé [Crd].
Geladeira: s. ñamaytuomtxina. [neol.].
Genro: s. xambe kwéra. [Crd].
Gente: txemim. [Crd]. 1. ~ branca – peróna; 2. ~ preta – pehwána; 3. ~ indígena - s. tximeon. [Crd].
Goiaba: s. boruse. [Crd].
Gordo: adj. urunata.
Gostar: v. tl'amatl'i.
Gosto: s. tl'amatl'ína.
Governo:s. txemimdjawma. [neol.].
Grande: adj. 1. orun; 2. orúna; 3. heroy.
Grandeza: s. orúna.
Grave: adj. bokinyanda. [Crd].
Gritar: v. koxa.
Grito: s. katxohon. [Crd].
Grito: s. koxána.
Guardar: s. tekonde. [Crd].
Guerra: s. gwaxe; 2. mligápe.
Guerrear: v. gwaxele.
Guerreiro: v. gwaxeom.
H
História: s. xambebakontrína (ciência).
Histórico: adj. xambebakon. [Crd].
Hoje: adv. miti.
Homem: s. 1. koéma; 2. branco – rayon; rayal; 3. tapaño.
Honradez: s. tamapupahon. [Crd].
G
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Hora: s. 1. ~ da morte – tagranhihon; 2. meia ~ - erekoñan. [Crd].
Hospital: s. ndondna-ngwara (lit. “casa de cura”). [neol.].
I
Ida: s. munna.
Idioma: s. kwaytikindo. [Crd].
Iluminar: v. merimateténa. [Crd].
Imagem: s. tigagika. [Crd]. 1. ~ fotográfica – pote-tigagíka [neol.].
Imaginação: s. mokotxotehon. [Crd].
Incendiário: s. dowom.
Incêndio: s. downa.
Incentivo: s. boaseten(lit. “palavra boa”). [neol.].
Indicação: s. txamañiá. [Crd].
Inferno: s. tártara ñawera. [Crd].
Ingrato: adj. toxitekahon. [Crd].
Ingresso: s. doymom. [Crd].
Inimigo: s. aremgrantxíra. [Crd].
Injuriar: v. tanemonpokahï. [Crd].
Injustiça: s. napotakindjokon. [Crd].
Injusto: adj. xetenowa. [Crd].
Inocente: adj. revitéo. [Crd].
Instruído: adj. yote. [Crd].
Instruir: v. kahindjote. [Crd].
Interlocutor: s. kambonaom.
Inundação: s. ñaman daygran. [Crd].
Inválido: adj. katxotekoñam. [Crd].
Inverno: s. ñamaytu-kaya (lit. “tempo frio”). [neol.].
Ir: v. mung. 1. fui: v. mamung.
Irmã: s. tsate boéma.
Irmão: s. tsate.
J
Jacaré: s. gwarara.
Jacu: s. satlan.
Jacucaca: s. xak'on. /k aspirado/.
Jacutinga: s. pitta. 
Jaguar: s. pawan. 
Jaguatirica: s. jogot'amung.
Janeiro: s. omi-petara (lit. “lua um”). [neol.].
Jaó: s. mbore. 
Jararaca: s. araro.
Javali: s. sutlan (queixada).
Joelho: s. tuonri. 
Jogador: s. kamarinom.
Jogar: v. kamaring.
Jovem: s. 1. gwaéma; 2. ejemona.
Julho: s. popawan-petára. [neol.].
Junho: s. xapretxiomi-petára. [neol.].
Juventude: s. gwaemána.
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Laçar: v. namale.
Laço: s. nama. [Crd].
Lado: s. gwari.
Lagarto: s. aperto.
Lago: s. 1. Ñamarora. 
Lágrima: s. ñaman meripa.
Lama: s. okapopay. [Crd].
Lar: s. deritáta. [Crd].
Laranja: s. bioke.
Largada: s. ponána.
Largar: v. póna.
Largo: adj. greyan.[Crd].
Lástima: s. norogikon. [Crd].
Leite: s. ñamanta.
Lenço: s. lémo. [Crd].
Lenha: s. ambo.
Lentamente: adv. potaha. [Crd].
Letra: s. tapéra. [Crd].
Levantador: s. ml'itonom.
Levantamento: s. ml'itónna.
Levantar: v. ml'iton.
Levar: v. ane (trazer, usar).
Liberdade: s. takindjéhon. [Crd].
Limão: s. limang. [Crd].
Limonada: s. limang ñaman.
Lindo: adj. xute.
Língua: s. toppe. 
Linha: s. katibéma. [Crd].
Liquefazer: v. ñamanbapanle.
Liquidificador: s. ñamanbapanom [neol.].
Líquido: s. ñaman bápan. [Crd].
Lisonjear: v. heloparï. [Crd].
Livre: adj. takindjehóma.
Locutor: s. koyaom.
Longe: adj. arípa.
Longo: adj. tamariponham (relativo à noite).
Lontra: s. banara.
Lua: s. petára; 1. ~ cheia – petára uruna; 2. ~ minguante – petára akayona; 3. ~ nova – petara oru; 4. 
~ crescente - petára takoyakon. (adapt.).
Luar: s. petára pote.
Lumear: v. pote gatxin.
Luz: s. pote.
M
Macaco: s. tangwa. 1. ~ da noite – baritti; 2. macaca: pára.
Machado: s. kraman. [Crd].
Macuco: s. xapára. 
Madeira: s. ambo.
Madrugada: s. vemuda. 
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Mãe: s. ayan.
Mágico: s. bamonotóma. [Crd].
Magro: adj. korote.
Mais: adv. oru (em maior número)
Mama: s. ñata.
Mamar: v. ñamanta tximba.
Mandioca: s. veyju.
Manhã: s. tuxára.
Manual: adj. xapepreráma; 1. ~ (livro) – xapepreráma tapera [neol.].
Mão: s. xapepréra.
Mar: s. popórta. [Crd].
Marcar: v. pomanwï. [Crd].
Marcha: s. dorána.
Marchar: v. dora.
Marinho: adj. poportáma.
Mas: conj. makim.
Matar: v. 1. ~ com ferro – momran; 2. ~ com pau – mopo.
Maternidade: s. ayána.
Materno: adj. ayánma.
Mato: s. mato. 1. ~ virgem – txóre.
Mau: adj.1. krókon; 2. britta kon; 3. taxitangeli.
Medida: s. kuruwindotxína. [Crd].
Médio: adj. krapa. [Crd].
Medir: v. kukayuda. 1. ~ o chão – xere manron. [Crd].
Medo: s. kalerikána.
Medroso: adj. kalerika. [Crd].
Meio-dia: s. waratikura.
Mel: s. butan.
Melão: s. melanúa. [Crd].
Melípona: butanpáma [neol.].
Menino: s. oronmate. Menina: s. oronmate boema.
Mentir: v. aretxikwitxï. [Crd].
Mentira: s. aretxikwitxïna.
Mercadoria: s. txamaxewma. [Crd].
Metal: s. koprï. [Crd].
Metálico: adj. koprïma.
Meu: pron. ah, ey.
Milho: s. maki.
Miséria: s. andgérika. [Crd].
Moça: s. mbl'ema xute.
Molhado: part. aróma. [Crd].
Molhar: v. aromale.
Montanha: s. predióta.
Montar: v. 1 ~ a cavalo – kawaruska. [Crd].
Morador: s. lekaom.
Morar: v. leka. 
Morcego: s. xináli.
Morder: v. txemurung.
Mordida: s. txemurunna.
Morrer: v. 1. mbóno; 2. ambonam; 3. lan.
Morte: s. nedlan.
Morto: s. tagrañon. [Crd].
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Mostrado: part. kasangwema.
Mostrar: v. kasangwe. [voc. deduz.].
Motivo: s. hinkaten. [Crd].
Motor: s. hum'anmung-tutak [lit. “coração do 'carro'/. [neol.].
Mudança: s. ñotína.
Mudar: v. 1. ~ de costumes: ñotitxa; 2. ~ de comportamento: ñotixoere. [Crd].
Mudar: v. ñoti. [Crd].
Mudo: adj. djikontapa. [Crd].
Muito: adv. tlera; tan.
Mulher: s. boema. Var. mbl'éma. 1. ~ grávida – gritti.
Multidão: s. txemeapurikahon. [Crd].
Multiplicar: v. kapahonmetxï. [Crd].
Muralha: s. kutxekatxúma. [Crd].
Murmurar: v. gwepanxína. [Crd].
Música: s. kanaremunde.
Mutum: s; tsibúla. 1. ~ do sudeste – txaku.
N
Nação: s. atxinkare. [Crd].
Nada: pron. djeó. [Crd].
Nadador: s. ñamanleom.
Nadar: v. 1. ñamanle; 2. ñamankátsma.
Não: adv. 1. djéri; 2. kon. 
Nariz: s. 1. amni; 2. ñi.
Narração: s. petána. [Crd].
Natação: s. ñamanléna.
Navalha: s.morande. 
Navegar: v. mbomung.
Necessário: s. o necessário – mateuhin. [Crd].
Negação: s. konkoyána.
Negar: kon koya.
Negar: v. yotáma. [Crd].
Negro: s. 1. bewgána; 2. tapañe.
Nenhum: pron. kondehi. [Crd].
Nenhures: adv. kwinomawitéon. [Crd].
Neto: s. xawem. [Crd].
Névoa: s. ñamaéte.
Nhambu: s. xaprúra.
Ninho: s. gwara bakete.
Noite: s. 1. miripon; 2. toxáre.
Nome: s. mandgíra. [Crd].
Nomeação: s. ñanitxona.
Nomeado: part. ñanitxoma.
Norte: s. gró. [Crd].
Novidade: s. kwaytamawnya. [Crd].
Novo: adj. saputen. [Crd].
Nuvem: s. 1. weráxka; 2. kotháno.
O
Obedecer: v. patoxo. [Crd].
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Obediência: s. tegindjo. [Crd].
Observar: v. tegoxï. [Crd].
Ocasião: s. heparapaya. [Crd].
Ocupar: v. matabriton. [Crd].
Odiado: part. xitengelíma.
Odiar: v. xitengeli.
Ódio: s. xitengelína.
Oferecer: v. yawuy. [Crd].
Oferta: s. yawuyna.
Olhar: v. txó. 1. ~ para dentro – dáern txó; 2. ~ para trás – hingwira txó. [Crd].
Olho: s. miri.
Ombro: tabba.
Onça: s. ponan; 1. pamakom; 2. ~ negra – pama peoan.
Onde: pron. na, no. [Crd].
Ontem: adv. txári. [Crd].
Onze: num. paúan. [Crd].
Oração: tupan boase.
Orar: v. tupan bos[e].
Ordinário: adj. xambihintéra. [Crd].
Orelha: s. 1. pipínda;
Osso: s. am'ni.
Ouriço-cacheiro: s. huhu.
Ouro: s. mireteténa.
Ovos: s. ké. 
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Paca: s. arota.
Padaria: s. taruna-ngwára [neol.].
Padeiro: s. taruna-ngwára koéma.
Padre: s. tupan.
Padrinho: s. mayayane. [Crd].
Pagamento: s. tagranmahïna.
Pagar: v. tagranmahï. [Crd].
Pai: s. are
Palavra: s. boase.
Palmeira: s. mundsonke.
Palmito: s. eka.
Pão: s. tarúna. [Crd].
Papagaio: s. xitlóra.
Papel: s. tapéra. [Crd].
Paralítico: s. djalapéma. [Crd].
Parir: v. tey.
Parto: s. teyna.
Parto: s. xambelay; xambelayhon. [Crd].
Parturiente: s. teyom.
Passarinho: s. xipu.
Pássaro: s. tehipute.
Passo: s. tonïdjaráka. [Crd].
Paterno: s. aréma.
Pavão: s. kusunana. [Crd].
Pavor: s. mapreú. [Crd].
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Paz: s. tekwaraxï. 1. fazer as pazes – tekwakahon. [Crd].
Pé: s. 1. planta do ~ xapepréra bay [adaptado]. [Crd].
Pé: s. xapepréra.
Pedir: s. 1. mapro; 2. gapi.
Pedra: s. ukwa./k aspirado/. 1. ~ grande - ukwarune; 2. ~ pequena – ukwate.
Peito: s. piura. 1. parte inferior do ~ xáman; 2. ~ de mulher – ñamata.
Peixe: s. ñamake.
Pele: s. pé.
Pelo: s. pé.
Pena: s. xipupe. Lit., “pelo de pássaro”.
Peneira: s. onde. [Crd].
Pênis: s. 1. axim; 2. seheng.
Pensador: s. nakotxoteonom.
Pensar: v. nakotxotéon. [Crd].
Pente: s. gwérena. [Crd].
Pequenez: s. brirekéna.
Pequeno: adj. brireka.
Perfurador: s. gandennemom.
Perfurar: v. gandennemo. [Crd].
Perna: s. katéra.
Perto: adv. preimpa. [Crd].
Pescador: s. ñamakemondeom.
Pescar: v. ñamake monde [adaptado]. [Crd].
Pescoço: s. gwáre.
Petição: s. mapróna.
Pilão: s. ehekaxam. [Crd].
Pintar: v. piriréma. [Crd].
Pintor: s. twatunaom.
Planície: s. noxezéna. [Crd].
Poeira: alke.
Pomba: s. kantoko. [Crd].
Pombo: s. xando.
Porco: s. sotanxíra. 1. ~ castrado – asotl'axíra.
Porta: s. ambo; temam [Crd].
Pote: s. pon.
Potente: adj. thamagray. [Crd].
Pouco: pron. kré. [Crd].
Preá: s. moroke.
Preço: s. 1. ~ alto – moyatepohon. [Crd].
Preguiça: s. ana. 1. meritonkon [etim. De metl'on kon “sem força”]. [Crd].
Preguiçoso: adj. meritonkonhon [etim. De metl'on kon hon “que está sem força”]. [Crd].
Presente: s. mayamegayú. [Crd].
Pressa: s. bneme. [Crd].
Preto: adj. pehwóno.
Primeiramente: adv. merixoragre. [Crd].
Primo: s. xataekwen. [Crd].
Profundo: adj. luarpade.
Pular: v. waxantl'e.
Pulo: s. waxantl'éna.
Pulseira: s. gakóla. [Crd]. neol., kokora-pána.
Pulverizar: alkele.
Punição: s. yatayapo. [Crd].
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Q
Quati: s. xamutan.
Quatro: num. patapante. [Crd].
Que: pron. 1. o quê? yamoeni. [Crd].
Quebrar: v. kandu. 1. ~ os dentes – txé kande. [Crd].
Queijo: s. tapíra ñamanta. [Crd].
Queimada: s. dowéna.
Queimar: v. dow.
Queixada: s. sotan.
Queixo: s. tomatse. 
Quente: adj. brittu.
Quentura: s. bruttúna.
Querer: v. mopúya (pedir). [Crd].
Quietude: s. taténdja. [Crd].
Quixerenguegue: s. pe'o.
R
Rã: s. tanrína. [Crd].
Rabo: s. xésa. [Crd].
Raio: s. 1. ñamantáran; 2. ñama pote.
Raiz: s. ambo kintam. [Crd].
Ramo: s. potl'íka.
Rapadura: s. kapóna.
Raposa: s. patebonday-meayno. [Crd].
Raso: adj. tinikalaoay.
Rede: s. beta. 1. ~ grande – pratatágna.
Rede: s. pita. [Crd].
Redondo: adj. arandjewma. [Crd].
Refletir: v. amerim-brekariskína. [Crd].
Relâmpago: s. 1. ñamanpreri; 2. ñamanemumbrume; 3. ñamamigo.
Relampejar: v. ñamanprerile.
Remar: v. bokanaxaranale.
Remédio: s. baytxína. [Crd].
Remo: s. bokanaxarána.
Respiração: s. tathéna.
Respirar: v. tathe.
Restilo: adv. kanjána.
Retirar: v. oeyman. [Crd].
Rico: s. herepáma. [Crd].
Rio: s. 1. ñamantuza; 2. ñamaróra; 3. ~ sinuoso – banani; 4. ~ grande – ñamantuzaruna; 5. ~ 
pequeno: ñamantuzate. O rio é raso – ñamantuza hé tinikalaoay. O rio é fundo – ñamantuza hé 
dorakoása.
Rir: v. 1. aripu; 2. l'ipon.
Riso: s. aripúna.
Rodar: v. araprámo. [Crd].
Rosa: s. boponem. [Crd].
Rosto: s. pore.
Roubar: v. payonepa. [Crd].
Roupa: s. antu.
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Rusga: s. gwaxe.
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Saber: v. tri. [Crd].
Sábio: s. tabritonte. [Crd].
Sagui: s.mirite.
Sair: v. mamun [etim. “sair para fora”]. [voc. deduz.].
Sal: s. horvi. 1. ~ marinho – poportáma horvi [neol.].
Salgado: adj. horviléma.
Salgar: s. horvile.
Saltar: s. waxantl'e.
Salto: s. waxantl'éna.
Salvador: s. tupea-mataleka. [Crd].
Samambaia: s. preprem. [Crd].
Sangramento: s. atl'imléna.
Sangrar: v. atl'imle.
Sangue: s. 1. atl'im; 2. krim.
Santo: s. tupan.
Sapo: s. xalu.
Sapucaia: s. lonke.
Saracura: s. takifa. [Crd].
Satisfazer: v. tenumkahon. [Crd].
Sauá: s. bet'amung.
Segundo: prep. hino. [Crd].
Seio: s. ñata.
Seiva: s. bonwe sumokrin [etim. ambo krim“sangue da árvore”]. [Crd].
Sempre: adv. pahinha. [Crd].
Senhora: s. naben. [Crd].
Separação: s. denmapahána.
Separar: v. denmapahan. [Crd].
Ser: v. hon (estar também). [Crd].
Serpente: s. xamui.
Serra: s. 1. predjéka; 2. ururuna.
Seta: s. arining.
Sete: num. popawan. [Crd].
Sim: adv. tá; oá.
Sinceramente: adv. tokata-grebogándja. [Crd].
Sino: s.klomatotxina. [Crd].
Sobrancelha: s. mirióda.
Sociedade: s. operikáre. [Crd].
Sociologia: s. operikare-trína [neol.].
Sogra: s. aranke. [Crd].
Sol: s. ope. 1. ~ nascente – naskéwm. [Crd].
Soltar: v. póna.
Solto: adj. ponáma.
Sombra: s. tangweta. [Crd].
Sondar: v. kanyapram. [Crd].
Sono: s. tárana.
Soprar: v. kwetamóma. [Crd].
Suado: part. arepóma.
Suar: v. arepo.
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Subida: s. kenana.
Subido: adj. kenanma.
Subir: v. kenan - subir, trepar. [voc. deduz.].
Subverter: v. kawása. [Crd].
Sumidouro: s. dareherénma. [Crd].
Superstição: s. arexikwitxe. [Crd].
Sussurrar: v. patakwaya. [Crd].
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Tabaco: s. 1. póke; 2. bokeníxuna.
Tábua: s. ambdétima. [Crd].
Tamanduá: s. 1. ~ bandeira - ururuku; 2. ~ mirim – txamiri.
Tanga: s. 1. ~ dos homens – yapan; 2. ~ das mulheres – atúpa.
Tapar: v. gakepwen. [Crd].
Taquara: s. útl'na.
Tarde: s. tuxahi.
Tardinha: s. toxa.
Tartaruga: s. pekrante. [Crd].
Tatu: s. tutu.
Tecido: s. níma. [Crd].
Telha: s. bope. [Crd].
Tempo: s. kaya. [Crd].
Ter: v. páma. [Crd]. 1. ~ sede - imambabagé [voc. deduz.].
Terra: 1. gwaxe; 2.uxo.
Testa: s. pore.
Testítulo: s. ximbaktsi.
Tímido: adj. djadamoprem. [Crd].
Tinta: s. tegwaximang. [Crd].
Tio: s. ina.
Tiro: s. kapúna.
Todo: pron. erekéma. [Crd].
Tornozelo: towre.
Tosse: s. tokerlána.
Tossir: v. tokerlan.
Toucinho: s. añimim.
Trabalhador: s. tapetxihionom.
Trabalhar: v. tapetxihion. [Crd].
Trabalho: s. pétxina. [Crd].
Transportar: v. hanmu. [Crd].
Trepação: s. bokwána.
Trepar: v. bokwa (em árvore).
Três: num. prika (sentido de muito).
Trigo: s. aronkerkúna. [Crd].
Tronco: s. powréna.
Trovão: s. 1. ñamanmudórum; 2. ñamanmirendóra.
Trovejar: v. 1. tupan ruhuho; 2. ñamanta.
Tucano: s. xiarando.
Tumbaca: s. kupan.
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Último: adj. pahiña. [Crd].
Um: num. 1. omi; 2. ipayn; 3. ure.
Umbigo: s. kah'íra.
Umidade: s. taronya. [Crd].
Úmido: adj. taron. [Crd].
Unha: s. xapepréra pé.
Unidade: omína.
Unidade: s. arekinteke. [Crd].
Unido: part. omíma.
Unir: omile.
Urubu: s. kighew. [Crd].
Usar: v. txoerele.
Uso: s. txóere. [Crd].
Útero: s. tiking.
V
Vagina: S. tako.
Valente: adj. rayal orutu.
Valentia: s. rayalorutuéna.
Varrer: v. katitetxinatibima. [Crd].
Veado: s. nom'ri. 1. xaramiri.
Veia: s. premhe. [Crd].
Velha: s. tsota. velho: s. tahe. 1. xatáma.
Venda: s. 1. Mapumerímna (ato de vender); 2. Mapumerimno (estabelecimento comercial).
Vendedor: s. mapumerimom.
Vender: v. mapu merim. [Crd].
Ventar: v. nim'regnale.
Vento: s. 1. nim'régna; 2. vinidjóra.
Vênus: s. tuxahi.
Verde: adj. tongóna; 1. takoréka.
Vermelhar: v. bethlarole.
Vermelho: adj. bethláro; 1. pek'ulüt; 2. pekluru; 3. tlamúra.
Vez: s. gré. 1. vezes– audobxi (multiplicando). [Crd].
Vigor: s. tipimotenhan. [Crd].
Violão: s. vióla. [Crd].
Vir: v. kara mung (ir para aqui) 1. ~ a pé – preamu; [Crd].
Virgem: s. ejetóna (moça).
Virgindade: s. ejetonána.
Viril: adj. koeman. [adaptado]. [Crd].
Viver: v. txahe. [Crd].
Vivo: adj. bay. [Crd].
Voador: s. gablo'om.
Voar: v. 1. gablo; 2. entsomun; 3. wanuaramon.
Você: dieh.
Voo: s. gablóna.
Z
Zombar: v. txorekonpamale.
Zombeteiro: s. txorekonpáma. [Crd].
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VOCABULÁRIO DE TECNOLOGIA E
 NOÇÕES CONTEMPORÂNEAS
Aeroporto: s. okorambo-ngwára [lit. “casa do avião”].
Analgésico: s. kwandomdondondom baytxína [lit. “remédio curador de dor”].
Anzol: s. ñamake-yagaom [lit. “pegador de peixe”].
Aparelho de barbear: s. xapronra-lepingwa-txína [lit. “coisa + barbear”].
Banco: s. mreteténo-ngwara (lit. “casa do dinheiro”). [neol.].
Banheiro: s. aromale-ngwara [lit. “casa de molhar, de banho”].
Bar: s. tximba-ngwára [lit. “casa da bebida”].
Caixa eletrônico: s. mreteténo fahata. Também cofre. [lit. “caixa de dinheiro”].
Campainha: s. ngwára txapa [lit. “buzina de casa”].
Cartão de crédito: s. tagranmahï-taperate [lit. “papelzinho depagar”].
Cidade: s. komen. Também aldeia. [emp. Mxk].
Cozinha: s. aswano [lit. “cozinhar + onde (lugar)”].
Eletricidade: s. potemetl'on [lit. “força da luz”].
Elétrico: adj. potemetl'ónma. Também eletrônico. Ver eletricidade.
Escada: s. kenantxina [lit. “subir + coisa (de)”].
Escola: s. kahindjotena-ngwára [lit. “casa da instrução”].
Escrever: s. tapera-piriréma [lit. “pintar letra”].
Fábrica: s. brotxenom-ngwára [lit. “casa fazedora”].
Fotografia: s. pote-tigagíka [lit. “imagem de luz”].
Garrafa térmica: s. pretonom gahap [lit. “garrafa (forma maxakali) aquecedora”].
Hotel: s. katara-ngwára [lit. “casa de dormir”].
Jogador de futebol: s. kramnake kamarinom [lit. “jogador de bola”].
Ônibus: s. txemimpurika-gwaxembo [lit. “carro de muita gente”].
Panela elétrica: s. potemetl'ónma pon [lit. “pote da força de luz”].
Passagem: s. múnna tapera [lit. “papel de ida”].
Professora: s. kahindjotem-boema [lit. “mulher da instrução”].
Rádio: s. aripakaxatetxína [lit. “ouvir longe + coisa (de)”].
Telefone: s. aripakoyatxína [lit. “falar ao longe + coisa (de)”].
Televisão: s. aripamiriletxína [lit. “ver longe+ coisa (de)”].
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VOCABULÁRIO DE ANTROPÔNIMOS
DA ETNIA PURI
Os gêneros de muitos foram deduzidos a partir das abreviaturas do original, a saber: mer = 
mulher; fo = filho; fa = filha; go = genro; Ma. = Maria.
Abó: s. s. nome feminino.
Agué: s. nome feminino.
Agui: s. nome feminino.
Aguy: s. nome feminino.
Ahia: s. nome feminino.
Ahupan: s. nome feminino.
Ai'xagwá: s. nome masculino.
Amaton: s. nome masculino.
Andé: s. gênero não informado.
Apague: s. nome masculino.
Apugu: s. nome masculino.
Axikú: s. nome masculino.
Axikwá: s. s. nome feminino.
Bi'uve: s. nome feminino.
Duva: s. nome feminino.
Egú: s. nome feminino.
Fyhú: s. nome feminino.
Goagué: s. nome feminino.
Goague'hen: s. gênero não informado.
Gwaxipé: s. nome feminino.
Hambi: s. nome masculino.
Hiapi: s. nome masculino.
Jau'iki: s. nome feminino.
Jógue: s. nome masculino.
Kafó: s. nome feminino.
Kasagué: s. nome feminino.
Kihi: s. nome feminino.
Kohen: s. nome masculino.
Kop'a: s. nome masculino.
Kugui: s. s. nome feminino.
Kumbá: s. nome feminino.
Kuyxugo: s. nome masculino.
Masugú: s. nome feminino.
Maxi: s. nome masculino.
Muñan: s. nome feminino.
Oahú: s. nome feminino.
Ondé: s. nome masculino.
Pagone: s. nome masculino.
Pahihen: s. nome masculino.
Cartilha da Língua Puri
49
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li
za
ç
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Pao'agú: s. nome feminino
Pao'ahwá: s. nome masculino.
Patu: s. nome masculino.
Pehwang: s. nome feminino.
Penó: s. nome feminino.
Poká: s. nome masculino.
Puhé: s. nome feminino.
Puhi: s. nome feminino.
Puhihó: s. nome masculino.
Puxiná: s. nome masculino.
Safuï: s. nome masculino.
Saké: s. nome masculino.
Sambuahwa: s. nome masculino.
Sipaty: s. nome masculino.
Sogué: s. nome masculino.
Tañá: s. nome masculino.
Taxoé: s. nome masculino.
Timbi: s. nome feminino.
Tipoá: s. s. nome feminino.
Tipohó: s. nome feminino.
Tipy: s. nome feminino.
Tiyá: s. nome masculino.
Tygue: s. nome feminino.
Tyian: s. nome feminino.
Tyié: s. nome feminino.
Tyxi: s. nome feminino.
Upí: s. nome masculino.
Uta'á: s. nome feminino.
Vaxu: s. nome masculino.
Vty: s. nome masculino.
Vúgui: s. nome masculino.
Wahu: s. nome feminino.
Xágue: s. nome masculino.
Xahé: s. s. nome feminino.
Xambúye: s. nome feminino.
Xanim: s. nome masculino.
Xigú: s. gênero não informado.
Xigue: s. nome feminino.
Xiká: s. gênero não informado.
Xupi: s. gênero não informado.
Xupï: s. nome feminino.
Xupita: s. nome feminino.
Ya'apaigna: s. nome feminino. 
Fonte: LIMA, Francisco das Chagas. Queluz, 1800. In: Revista do Arquivo Municipal de São 
Paulo. O aldeiamento dos índios puris. p. 64.
2021
05
Cartilha da Língua Puri
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