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Operações contábeis 3

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DEFINIÇÃO
Apresentação de tratamento contábil aplicável às operações mercantis, bem como aqueles dedicados a eventos econômicos diversos.
PROPÓSITO
Apresentar a tradução contábil para os principais eventos econômicos praticados pelas entidades, avançando para o tratamento contábil de eventos
econômicos diversos.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos: papel, caneta e uma calculadora científica, ou use a calculadora de seu celular/computador.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Identificar o tratamento contábil aplicável às operações mercantis
MÓDULO 2
Identificar o tratamento contábil aplicável a lançamentos contábeis específicos
INTRODUÇÃO
Neste tema, o aluno tomará contato com o tratamento contábil aplicável às operações mercantis, envolvendo os métodos de controle de estoques e o
cálculo do custo da mercadoria vendida e do resultado com mercadorias.
Fonte: create jobs 51/shutterstock
Na sequência, serão apresentados lançamentos contábeis dedicados a eventos econômicos diversos, tais como: adiantamentos, ganhos e perdas na
alienação de itens do imobilizado e intangíveis, e provisão para devedores duvidosos.
MÓDULO 1
 Identificar o tratamento contábil aplicável às operações mercantis
O tratamento contábil das operações com mercadorias envolve vários tópicos distintos, tais como: (i) inventário de estoques; (ii) o cálculo do custo da
mercadoria vendida; (iii) descontos e abatimentos concedidos e recebidos; (iv) tributos incidentes sobre a produção e venda de mercadorias.
Vamos abordar esses tópicos individualmente e conectá-los ao final.
INVENTÁRIO DE ESTOQUES
De maneira geral, as operações com mercadorias são praticadas por empresas comerciais que as adquirem com a finalidade de revendê-las com
lucro. O resultado com mercadorias (RCM) é calculado, conforme expressão algébrica a seguir:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Onde V corresponde às vendas do período; e CMV, ao custo da mercadoria vendida. Como as vendas são conhecidas, a variável a ser determinada é
o CMV.
Para empresas comerciais, é essencial a determinação do custo da mercadoria vendida (CMV), pois é a partir desse valor que a revenda das
mercadorias gerará lucro. A depender da frequência de aquisição e revenda dessas mercadorias, assim como da variedade mercadorias
transacionadas, a determinação do CMV pode se tornar algo bastante complexo.
RCM = V − CMV
Fonte: Rawpixel.com/shutterstock
E como o CMV pode ser determinado?
O CMV observa um conceito de fluxo e sua expressão algébrica é:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Onde Ei é o estoque inicial do período, C corresponde às compras de mercadorias, e Ef é o estoque final do período.
O estoque inicial do período e as compras são conhecidos. A variável a ser determinada é o estoque final do período.
Há duas alternativas para isso:
1. O INVENTÁRIO PERIÓDICO;
2. O INVENTÁRIO PERMANENTE.
INVENTÁRIO PERIÓDICO
O inventário periódico é a alternativa escolhida por empresas de menor porte que optam por um controle mais simples, ainda que menos preciso. Ele
apura o estoque de mercadorias ao final do período escolhido, por meio de uma contagem física das mercadorias em estoque.
CMV = E Unknown node type: sub + C − E Unknown node type: sub  
Fonte: Rawpixel.com/shutterstock
Esse estoque final inventariado é mensurado pelo preço de custo ou de mercado, o que for menor. Uma vez determinado o estoque final do período
(Ef), o CMV pode ser calculado.
Exemplo
Considere uma entidade que apresente os saldos a seguir e observe a determinação do estoque final de mercadorias e do resultado com
mercadorias, a partir da utilização da conta mista de mercadorias.
Mercadorias em estoque Conta mista de mercadorias Fornecedores
Débitos Créditos Débitos Créditos Débitos Créditos
Ei 600 (SI) 600 (1) Ei 600 (1) 2.600(2)
C 2.600 (2) 2.600 (3) V
Ef 1.300 (4) 600* Ef 1.300 (4)
700**
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Duplicatas a receber
2.600 (3)
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* Saldo da conta mista de mercadorias (SM).
** RCM ‒ conta mista como conta de resultado; o saldo é o RCM.
 RESPOSTA
A conta mista de mercadorias é a contrapartida de todos os lançamentos envolvendo a compra e a venda de produtos. O saldo final, $700,00,
corresponde ao RCM, enquanto o lançamento (4) é o resultado do inventário periódico realizado no estoque.
INVENTÁRIO PERMANENTE
Este é o controle constante do estoque de mercadorias, realizado por meio de controles individuais por tipo de mercadoria. Existem três métodos para
realizar o inventário permanente. São eles:
PEPS
Primeiro a entrar, primeiro a sair; ou FIFO (First-in, first-out);
UEPS
Último a entrar; primeiro a sair; ou LIFO (Last-in, first-out);
CMP
Custo médio ponderado.
Exemplo
Considere as operações com mercadorias e apure o estoque final do período, segundo os três métodos de inventário permanente.
Data Operação Quantidade
Preços
Unitário $ Total $
Saldo Inicial (Ei) 100 40 4.000
(1) Compra 100 60 6.000
(2) Venda 50 140 7.000
(3) Venda 60 200 12.000
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
(4) Compra 100 90 9.000
(5) Venda 40 140 5.600
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Método PEPS
CONTROLE DE ESTOQUES — PEPS
Data ENTRADAS SAÍDAS SALDO
Qtde.
Preço
Unit.
Preço
Total
Qtde.
Preço
Unit.
Preço
Total
Qtde.
Preço
Unit.
Preço
Total
ESTOQUE INICIAL 100 40 4.000
(1) 100 60 6.000
100
100
200
40
60
-
4.000
6.000
10.000
(2) 50 40 2.000
50
100
150
40
60
2.000
6.000
8.000
(3)
50
10
60
40
60
2.000
600
2.600
90 60 5.400
(4) 100 90 9.000
90
100
190
60
90
5.400
9.000
14.400
(5) 40 60 2.400
50
100
150
60
90
3.000
9.000
12.000
Totais 200 15.000 150 7.000 150 12.000
CMV – Custo das mercadorias vendidas 7.000
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Método UEPS
CONTROLE DE ESTOQUES — UEPS
Data ENTRADAS SAÍDAS SALDO
Qtde.
Preço
Unit.
Preço
Total
Qtde.
Preço
Unit.
Preço
Total
Qtde.
Preço
Unit.
Preço
Total
ESTOQUE INICIAL 100 40 4.000
(1) 100 60 6.000
100
100
200
40
60
-
4.000
6.000
10.000
(2) 50 60 3.000
100
50
150
40
60
4.000
3.000
7.000
(3)
50
10
60
60
40
3.000
400
3.400
90 40 3.600
(4) 100 90 9.000
90
100
190
40
90
3.600
9.000
12.600
(5) 40 90 3.600
90
60
150
40
90
3.600
5.400
9.000
Totais 200 15.000 150 10.000 150 9.000
CMV – Custo das mercadorias vendidas 10.000
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Método: Custo médio ponderado
CONTROLE DE ESTOQUES — CMP
Data ENTRADAS SAÍDAS SALDO
Qtde.
Preço
Unit.
Preço
Total
Qtde.
Preço
Unit.
Preço
Total
Qtde.
Preço
Unit.
Preço
Total
ESTOQUE INICIAL 100 40 4.000
(1) 100 60 6.000
100
100
200
40
60
50
4.000
6.000
10.000
(2) 50 50 2.500 150 50 7.500
(3) 60 50 3.000 90 50 4.500
(4) 100 90 9.000
90
100
50
90
4.500
9.000
190 71,05 13.500
(5) 40 71,05 2.842 150 71,05 10.657,50
Totais 200 15.000 150 150 10.657,50
CMV – Custo das Mercadorias Vendidas 8.342
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Comparação entre os métodos de avaliações de estoques pelo inventário permanente
Método Vendas CMV RCM EF
PEPS 24.600 7.000 17.600 12.000
UEPS 24.600 10.000 14.600 9.000
CMP 24.600 8.342 16.258 10.657,50
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A questão de fundo na comparação entre os métodos de avaliação de estoques é o tratamento da inflação. O PEPS prioriza a baixa das mercadorias
adquiridas há mais tempo e, possivelmente, a preços mais baixos, superestimando os estoques e subestimando o CMV.

O UEPS, ao contrário, prioriza a baixa das mercadorias adquiridas recentementee, por outro lado, a preços mais altos, subestimando os estoques e
superestimando o CMV. A consequência direta dessas escolhas é a maximização do resultado com mercadorias no PEPS e a minimização no UEPS.
O método do custo médio ponderado segue um caminho intermediário entre PEPS e UEPS, distribuindo o efeito das variações de preços das
mercadorias entre estoques e CMV.
Em consequência dos efeitos que os métodos de avaliação de estoques exercem sobre o resultado, e, em consequência, sobre o lucro tributável, a
legislação do IR admite que sejam utilizados apenas o PEPS e o custo médio ponderado.
FATOS QUE MODIFICAM COMPRAS E VENDAS
As compras e vendas de mercadorias podem ser afetadas por eventos alheios à vontade dos administradores ou por decisões comerciais
consentidas pelos administradores facilitar a realização da transação.
Fatos que modificam compras:
Fonte: Andrew Angelov/Shutterstock
Gastos necessários ao recebimento da mercadoria, comocusto de embalagem e desembaraço aduaneiro devem ser adicionados ao valor das
compras;
O custo do transporte deve ser adicionado ao valor das compras;
Os tributos não recuperáveis incidentes sobre mercadorias devem ser adicionados ao valor das compras;
As devoluções de compras devem ser deduzidas do valor das compras;
Descontos incondicionais ou abatimentos obtidos devem ser deduzidos do valor das compras.
Fonte: Monkey Business Images/Shutterstock
Fatos que modificam vendas e devem ser deduzidos do valor das vendas:
Devoluções de vendas e vendas anuladas;
Descontos incondicionais concedidos ou abatimento sobre vendas;
Impostos incidentes sobre vendas.
TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE OPERAÇÕES COM MERCADORIAS
Neste caso, estamos falando de impostos cujo fato gerador deriva da compra ou venda de mercadorias e cujas alíquotas se relacionam ao preço de
venda. Os principais tributos são:
Tributos Competência
IPI ‒ Imposto sobre produtos industrializados Federal
PIS ‒ Programa de integração social Federal
COFINS ‒ Contribuição para financiamento da seguridade social Federal
ICMS ‒ Imposto sobre circulação de mercadorias1 Estadual
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1 Também incide sobre a prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicações.
Os impostos podem ser cumulativos e não cumulativos.
Fonte: RomanR/Shutterstock
CUMULATIVOS
São aqueles que incidem em cascata ao longo de toda a cadeia de produção e suas alíquotas são calculadas sobre o valor
de venda em cada etapa da cadeia de produção. A extinta CPMF é um exemplo.
NÃO CUMULATIVOS
Também incidem em cascata ao longo de toda a cadeia de produção. Contudo, cada etapa da cadeia de produção é
tributada apenas pelo valor agregado e não pelo valor de venda.
 ATENÇÃO
Dos exemplos apresentados na tabela anterior, IPI e ICMS são impostos não cumulativos, enquanto PIS e COFINS podem assumir ambas as
características.
A operacionalização contábil dos impostos não cumulativos exige que a tributação incidente sobre a compra seja deduzida da tributação incidente
sobre a venda, de forma que a entidade seja tributada apenas pela diferença, equivalente ao valor agregado na etapa de produção.
Os exemplos, a seguir, tratam desses casos para o ICMS. Quanto ao IPI, as entidades comerciais são, usualmente, consumidoras finais de produtos
industrializados, pois não integram a cadeia de transformação do bem.
Para essas entidades, o IPI é tratado como uma despesa sobre vendas pelo valor incidente na aquisição das mercadorias.
Exemplo
Considere uma entidade comercial que realiza compra e venda de mercadorias submetidas a uma alíquota de ICMS de 18%. No período de análise,
a entidade realiza duas únicas operações: (i) compra de mercadorias, no valor de $60.000,00; e (ii) venda de mercadorias, no valor de $80.000,00.
Observe, a seguir, as notas fiscais das operações:
Nota fiscal de compra Nota fiscal de venda
Preço da mercadoria 60.000 Preço da mercadoria 80.000
ICMS incluso no preço 10.800 ICMS incluso no preço 14.400
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Observe os razonetes com os lançamentos relativos à compra (1) e à venda (2 e 3).
Compras ICMS a recuperar Fornecedores
49.200 (1) 10.800 (1) 60.000 (1)
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Receita bruta Clientes
80.000 (2) 80.000 (2)
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ICMS s/ vendas ICMS a recolher
14.400(3) 14.400(3)
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O passo final é a apuração do ICMS a recolher. Observe o lançamento (4) a seguir:
ICMS a recuperar ICMS a recolher
10.800 (1) 10.800 (4) 10.800 (4) 14.400(3)
3.600
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O saldo devido de ICMS no período é $3.600,00.
Exemplo (adaptado de NEVES; VICENCONTI, 2009)
A Cia ABC é uma empresa comercial que realiza uma série de operações com mercadorias ao longo de 09/X1. O exemplo apresenta a contabilização
desses eventos e a apuração do resultado com mercadorias (todas as operações com mercadorias foram efetuadas a prazo).
a) NOTAS FISCAIS VENDAS COMPRAS
Valor bruto 40.000 20.000
(-) Desconto incondicional (5.000) (5.000)
Total da nota fiscal 35.000 15.000
ICMS destacado 6.300 2.700
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b) NOTAS FISCAIS
DEVOLUÇÃO DE
VENDAS COMPRAS
Valor bruto
(-) Desconto incondicional
4.000
(500)
2.000
(500)
Total da nota fiscal 3.500 1.500
ICMS destacado 630 270
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c) Abatimentos concedidos após a operação para evitar a devolução das mercadorias:
- Abatimentos sobre vendas → $405
- Abatimento sobre compras → $520
d) Fretes sobre compras a pagar em 30 dias → $250
e) Seguro sobre compras a pagar em 30 dias → $180
f) COFINS sobre receita bruta → $915
g) PIS incidentes sobre a receita bruta → $215
h) Estoque inicial de setembro → $4.200
i) Estoque final de setembro → $4.400
Contabilização:
Lançamento (a) Débitos Créditos
Rio de Janeiro, 01/09/X1
Diversos 40.000
a Vendas brutas
Clientes
Abatimentos sobre vendas (Descontos incondicionais)
 
35.000
5.000
40.000
Pelo registro das vendas
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Lançamento (a.1) Débitos Créditos
Rio de Janeiro, 01/09/X1
ICMS sobre vendas
a ICMS a recolher
6.300
6.300
Pelo registro do ICMS devido
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Lançamento (a.2) Débitos Créditos
Rio de Janeiro, 05/09/X1
Diversos
a Diversos
Compras brutas
ICMS a recuperar
a Fornecedores
a Abatimentos sobre compras (Descontos incondicionais)
20.000
 
17.300
2.700
20.000
15.000
5.000
Pelo registro das compras
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Lançamento (b) Débitos Créditos
Rio de Janeiro, 10/09/X1
Devolução de vendas 4.000
a Diversos
a Abatimentos sobre vendas (Descontos incondicionais)
a Clientes
 
4.000
500
3.500
Pela devolução de vendas
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Lançamento (b.1) Débitos Créditos
Rio de Janeiro, 10/09/X1
ICMS a recuperar
a ICMS sobre vendas (Despesa de ICMS)
630
630
Pelo estorno do ICMS sobre vendas
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Lançamento (b.2) Débitos Créditos
Rio de Janeiro, 10/09/X1
Diversos
a Diversos
Fornecedores
Abatimentos sobre compras (Descontos incondicionais)
a Devolução de compras
a ICMS a recolher
2.000
 
1.500
500
2.000
1.730
270
Pela devolução de compras e estorno do ICMS
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Lançamento (c) Débitos Créditos
Rio de Janeiro, 15/09/X1
Abatimentossobre vendas
a Clientes
405
405
Pelo abatimento sobre vendas
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Lançamento (c.1) Débitos Créditos
Rio de Janeiro, 15/09/X1
Fornecedores
a Abatimentos sobre Compras
520
520
Pelo abatimento sobre Compras
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Lançamento (d) Débitos Créditos
Rio de Janeiro, 15/09/X1
Fretes sobre Compras
a Fornecedores
250
250
Pelo frete sobre Compras
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Lançamento (e) Débitos Créditos
Rio de Janeiro, 15/09/X1
Seguros sobre Compras
a Fornecedores
180
180
Pelo seguro sobre Compras
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Lançamento (f) Débitos Créditos
Rio de Janeiro, 20/09/X1
COFINS – Dedução da receita bruta
a COFINS a recolher
915
915
Pela dedução da COFINS
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Lançamento (g) Débitos Créditos
Rio de Janeiro, 20/09/X1
PIS – Dedução da receita bruta
a PIS a recolher
215
215
Pela dedução da COFINS
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APURAÇÃO DAS COMPRAS LÍQUIDAS
COMPRASLÍQUIDAS = COMPRASBRUTAS + FRETES + SEGURO – DEVOLUÇÕESCOMPRAS
– ABATIMENTOSCOMPRAS
Onde:
ComprasBrutas: (20.000 – 2.700) = 17.300; lembre-se de deduzir o ICMS, faturado por dentro.
Fretes: 250
Seguros: 180
DevoluçõesCompras: (2.000 – 270) = 1.730; lembre-se de deduzir o ICMS, faturado por dentro.
AbatimentosCompras: 5.020 (obtido da seguinte maneira: 5.000 de desconto incondicional, conforme a) Notas Fiscais; deduzido de 500 devolvidos,
conforme b) Notas Fiscais; e acrescido de 520, conforme item c).
Então,
ComprasLíquidas = 17.300 +250 +180 – 1.730 – 5.020 = 10.980
Lançamento (h) Débitos Créditos
Rio de Janeiro, 30/09/X1
Compras líquidas
a Diversos
a Compras brutas
a Fretes sobre compras
a Seguros sobre compras
17.730
17.730
17.300
250
180
Pela apuração das compras líquidas
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Lançamento (h.1) Débitos Créditos
Rio de Janeiro, 30/09/X1
Diversos
a Compras líquidas
Devolução de Compras
Abatimentos sobre compras
6.750
6.750
1.730
5.020
Pela Apuração das compras líquidas
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APURAÇÃO DAS VENDAS LÍQUIDAS
VENDASLÍQUIDAS = VENDASBRUTAS – DEVOLUÇÃOVENDAS – ABATIMENTOSVENDAS -
IMPOSTOSVENDAS
Onde:
VendasBrutas: 40.000
DevoluçãoVendas: 4.000, conforme b) Notas Fiscais
AbatimentosVendas: (5.000 – 500 + 405) = 4.905, dos quais 5.000 referem-se ao desconto incondicional conforme a) Notas Fiscais; 500 devem ser
deduzidos desse desconto em razão da devolução das mercadorias, conforme b) Notas Fiscais; e 405 e o abatimento adicional oferecido para evitar a
perda do negócio, conforme dados adicionais ao problema.
ImpostosVendas: (ICMS + PIS + COFINS) = 5.670 + 215 + 915 = 6.800, conforme cálculo do ICMS abaixo.
ICSM = 6.300 – 630 = 5670
VendasLíquidas = 40.000 – 4.000 – 4.905 – 6.800 = 40.000 – 15.705
VendasLíquidas = 24.295
Lançamento (i) Débitos Créditos
Rio de Janeiro, 30/09/X1
Vendas Brutas
a Vendas líquidas
40.000
40.000
Pela apuração das vendas líquidas
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Lançamento (i.1) Débitos Créditos
Rio de Janeiro, 30/09/X1
Vendas Líquidas
a Diversos
a Devolução de vendas
a Abatimentos sobre vendas
a ICMS sobre vendas
a COFINS – Dedução da receita bruta
a PIS - Dedução da receita bruta
15.705
15.705
4.000
4.905
5.670
915
215
Pela apuração das vendas líquidas
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APURAÇÃO DO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS (CMV)
CMV = EINICIAL +CLÍQUIDAS – EFINAL
 RESPOSTA
CMV = 4.200 + 10.980 - 4.400
CMV = 10.780
Lançamento (j) Débitos Créditos
Rio de Janeiro, 30/09/X1
Custo das mercadorias vendidas (CMV)
a Diversos
a Mercadorias em estoque (EstoqueInicial)
a Compras líquidas
15.180
15.180
4.200
10.980
Pela apuração do CMV
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Lançamento (j.1) Débitos Créditos
Rio de Janeiro, 30/09/X1
Mercadorias em estoque (EstoqueFinal)
a Custo das mercadorias vendidas (CMV)
4.400
4.400
Pela apuração do CMV
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APURAÇÃO DO RESULTADO COM MERCADORIAS (RCM)
RCM = VENDASLÍQUIDAS - CMV
 RESPOSTA
RCM = 24.095 – 10.780
RCM = 13.315
Lançamento (k) Débitos Créditos
Rio de Janeiro, 30/09/X1
Vendas líquidas
a Resultado com mercadorias (RCM)
24.095
24.095
Pela apuração do RCM
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Lançamento (k.1) Débitos Créditos
Rio de Janeiro, 30/09/X1
Resultado com mercadorias (RCM)
a Custo das mercadorias vendidas (CMV)
10.780
10.780
Pela apuração do RCM
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APURAÇÃO DO ICMS A RECOLHER
Trata-se da transposição do ICMS a recuperar (zerando a conta) para a conta ICMS a recolher.
Do confronto desses valores, ou seja, da dedução do ICMS a recuperar do saldo de ICMS a recolher, resulta o valor final do imposto a ser recolhido
pela empresa.
Veja o razonete mais adiante e o saldo final de $3.240,00 como o valor do imposto a ser recolhido.
Lançamento (l) Débitos Créditos
Rio de Janeiro, 30/09/X1
ICMS a recolher
a ICMS a recuperar
3.330
3.330
Pela apuração do ICMS a recolher
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Observe os mesmos lançamentos em razonetes:
Compras brutas Devolução de compras Abatimentos s/ compras
Débitos Créditos Débitos Créditos Débitos Créditos
17.300(a.2) 17.300(h) 1.730(h.1) 1.730(b.2) 500(b.2) 5.000(a.2)
5.020(h.1) 520(c.1)
- - -
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Seguros s/ compras Fretes s/ compras Compras líquidas
Débitos Créditos Débitos Créditos Débitos Créditos
180(e) 180(h) 250(d) 250(h) 17.730(h) 6.750(h.1)
10.980(j)
- - -
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Vendas brutas Devolução de vendas Abatimentos s/ vendas
Débitos Créditos Débitos Créditos Débitos Créditos
40.000(i) 40.000(a) 4.000(b) 4.000(i.1) 5.000(a) 500(b)
405(c) 4.905(i.1)
- - -
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ICMS s/ Vendas
(Despesa ICMS)
COFINS
Dedução da rec. bruta
PIS
Dedução da rec. bruta
Débitos Créditos Débitos Créditos Débitos Créditos
6.300(a.1) 630(b.1) 915(f) 915(i.1) 215(g) 215(i.1)
5.670(i.1)
- - -
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Vendas líquidas
Custo das mercadorias vendidas —
CMV
Resultado com mercadorias — RCM
Débitos Créditos Débitos Créditos Débitos Créditos
15.905(i.1) 40.000(i) 15.180(j) 4.400(j.1) 10.780(k.1) 24.095(k)
24.095(k) 10.780(k.1)
- - 13.315
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Fornecedores Clientes COFINS a recolher
Débitos Créditos Débitos Créditos Débitos Créditos
1.500(b.2) 15.000(a.2) 35.000(a) 3.500(b) 915(f)
520(c.1)
250(d)
180(e)
405(c)
13.410 31.095 915
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PIS a recolher ICMS a recolher ICMS a recuperar
Débitos Créditos Débitos Créditos Débitos Créditos
215(g) 3.330(l) 6.300(a.1) 2.700(a.2) 3.330(l)
270(b.2) 630(b.1)
215 3.240 -
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Mercadorias em estoque
Débitos Créditos
4.200 (SI) 4.200(j)
4.400(j.1)
4.400
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DEMONSTRAÇÃODO RESULTADO DO EXERCÍCIO
Utilizando os mesmos dados do exercício anterior, finalizaremos a análise com a elaboração da demonstração do resultado do exercício (DRE).
A DRE é o relatório financeiro que informa o lucro ou o prejuízo do exercício.
 RESPOSTA
Receita operacional bruta (vendas brutas) 40.000
(-) Deduções da Receita Bruta
 Devoluções e Abatimentos 8.905
 Impostos Incidentes s/ Vendas 7.000 (15.905)
Receita operacional líquida (vendas líquidas) 24.095
(-) Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) (10.780)
Lucro operacional bruto (RCM) 13.315
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OPERAÇÕES MERCANTIS – PONTOS RELEVANTES
Neste vídeo, apresentaremos os pontos principais das operações mercantis.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. (IADES ‒ 2014 ‒ CAU-RJ ‒ ASSISTENTE FINANCEIRO / ADAPTADA) OBSERVE O SEGUINTE LANÇAMENTO CONTÁBIL:
DEBITA – CAIXA $1.000
CREDITA – ESTOQUE DE MERCADORIAS $700
CONSIDERANDO ESSES DADOS, ASSINALE A ALTERNATIVA QUE COMPLEMENTA CORRETAMENTE O LANÇAMENTO APRESENTADO:
A) Debita – Custo das mercadorias vendidas (CMV) $700
Credita – Receita de vendas 1.000
B) Credita – Receita de vendas $300
C) Credita – Custo das mercadorias vendidas (CMV) $300
D) Debita – Custo das mercadorias vendidas (CMV) $300
Credita – Estoque de mercadorias $600
2. (CFC ‒ 2016 ‒ CFC ‒ BACHAREL EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS ‒ 2º EXAME) UMA SOCIEDADE EMPRESÁRIA APRESENTOU
OS SEGUINTES DADOS EM 31/12/2015:
A SOCIEDADE EMPRESÁRIA UTILIZA O INVENTÁRIO PERIÓDICO PARA APURAÇÃO DO CUSTO DA MERCADORIA VENDIDA.
OS VALORES INFORMADOS DE COMPRAS E DEVOLUÇÃO DE COMPRAS DE MERCADORIAS ESTÃO LÍQUIDOS DOS TRIBUTOS
RECUPERÁVEIS.
CONSIDERANDO-SE OS DADOS APRESENTADOS, A SOCIEDADE EMPRESÁRIA APRESENTARÁ LUCRO BRUTO NO VALOR DE:
A) R$1.365.342,00.
B) R$1.391.775,00.
C) R$2.236.625,00.
D) R$2.938.125,00.
GABARITO
1. (IADES ‒ 2014 ‒ CAU-RJ ‒ Assistente Financeiro / Adaptada) Observe o seguinte lançamento contábil:
Debita – Caixa $1.000
Credita – Estoque de mercadorias $700
Considerando esses dados, assinale a alternativa que complementa corretamente o lançamento apresentado:
A alternativa "A " está correta.
A contrapartida da baixa do estoque é o registro do CMV; enquanto a contrapartida do ingresso de caixa é a Receita de Vendas.
2. (CFC ‒ 2016 ‒ CFC ‒ Bacharel em Ciências Contábeis ‒ 2º Exame) Uma sociedade empresária apresentou os seguintes
dados em 31/12/2015:
A sociedade empresária utiliza o inventário periódico para apuração do custo da mercadoria vendida.
Os valores informados de compras e devolução de compras de mercadorias estão líquidos dos tributos recuperáveis.
Considerando-se os dados apresentados, a sociedade empresária apresentará lucro bruto no valor de:
A alternativa "C " está correta.
Observe a DRE:
Faturamento 3.750.000
(-) Impostos sobre faturamento -136.875 (soma de PIS e COFINS)
Receita bruta de vendas 3.613.125
(-) Impostos sobre vendas -675.000 (ICMS)
Receita líquida de vendas 2.938.125
(-) CMV -701.500 (CMV = Ei + ComprasLíquidas -Ef)
Lucro bruto 2.236.625
Estoque inicial 185.000
Compras (líquidas)* 1.129.000
(-) Estoque final - 612.500
CMV 701.500
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* Compras líquidas = ComprasBrutas – Devoluções de compras
MÓDULO 2
 Identificar o tratamento contábil aplicável a lançamentos contábeis específicos
Neste módulo, você aprenderá sobre o tratamento contábil aplicável a diversos eventos econômicos típicos realizados pelas empresas e que afetam o
patrimônio, tais como:
Adiantamentos
Despesas pagas antecipadamente
Resultado não operacional obtido na alienação de imobilizado e intangível
Provisão para devedores duvidosos
ADIANTAMENTOS
Trata-se da antecipação de valor a ser recebido ou pago no futuro, e serão deduzidos quando da efetiva liquidação do direito ou obrigação.
Exemplo
Adiantamento pago a fornecedores, no valor de $1.000,00, por meio de transferência bancária.
Lançamento Débitos Créditos
Rio de Janeiro, KK/YY/X1
Adiantamento a fornecedores
a Bancos
1.000
1.000
Pelo adiantamento pago a fornecedores, no valor de $1.000
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Exemplo
Adiantamento recebido de clientes, no valor de $1.000,00, por meio de transferência bancária.
Lançamento Débitos Créditos
Rio de Janeiro, KK/YY/X1
Bancos
a Adiantamento a fornecedores
1.000
1.000
Pelo adiantamento recebido de clientes, no valor de $1.000.
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Exemplo
Compensação do adiantamento pago a fornecedores, no valor de $1.000,00, quando da quitação da obrigação.
Lançamento Débitos Créditos
Rio de Janeiro KK/YY/X1
Fornecedores
a Adiantamento a fornecedores
1.000
1.000
Pela compensação do adiantamento pago a fornecedores com a obrigação, no valor de
$1.000.
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DESPESAS PAGAS ANTECIPADAMENTE
O regime de competência define que a alocação de receitas e despesas é feita no período a que se referem. Observe o exemplo a seguir.
 EXEMPLO
Em 02/01/X1, a empresa ABC contratou o seguro de suas instalações industriais pelo período de 12 meses por $1200,00, pagos à vista. Trata-se, em
essência, de uma despesa de seguros desembolsada à vista. Contudo, a cobertura do seguro contempla todo o ano de X1, razão pela qual a
despesa equivalente deve ser reconhecida ao longo do mesmo período. O saldo bancário (SI) no momento da operação era de $10.000,00.
Observe os lançamentos a seguir.
Lançamento Débitos Créditos
Rio de Janeiro, 02/01/X1
Seguros a vencer (Ativo)
a Bancos
1.200
1.200
Pagamento à vista de cobertura de seguros
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Lançamento Débitos Créditos
Rio de Janeiro, 02/01/X1
Despesa de seguros
a Seguros a vencer
100
100
Apropriação da despesa de seguros relativa ao primeiro mês
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Todo final de mês, deve ser apropriada a despesa relativa ao “consumo” do seguro naquele mês. Repete-se, portanto, o lançamento 2 a cada final de
mês.
Ao final dos 12 meses, teremos a situação apresentada nos razonetes a seguir:
Bancos Seguros a vencer Despesas de seguros
10000 (SI) 1200 (1) 1200 (1)
1100 (2-12)
100 (13)
1100 (2-12)
100 (13)
9800 (SF) 0 (SF) 1200 (SF)
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Embora o efeito financeiro da contratação do seguro tenha ocorrido no primeiro dia do ano (observe o lançamento creditando o caixa), sua conversão
em despesa não é imediata. A contratação do seguro é registrada como ativo (despesas antecipadas) e será, gradualmente, absorvida como despesa
ao longo de sua vigência.
AÇÕES EM TESOURARIA
Ações em tesouraria é a rubrica contábil na qual é feito o registro das ações da companhia que foram adquiridas pela própria sociedade.
Como as ações adquiridas não deixam de existir, não haverá redução do capital social.
No futuro, essas ações podem voltar a ser negociadas. Desse modo, a rubrica ações em tesouraria é uma conta retificadora do patrimônio líquido.
 EXEMPLO
A Cia ABC apresentou lucro expressivo nos últimos exercícios e a assembleia geral aprovou destinar parte desse lucro para recomprar ações no
mercado, com o propósito de estimular e valorizá-las.
A Cia ABC tem capital subscrito e realizado de $20 milhões e adquiriu ações no valor patrimonial de $2 milhões. Observe o lançamento a seguir:
Lançamento (Em $1.000) Débitos Créditos
Rio de Janeiro, KK/YY/X1
Ações em tesouraria (retificadora do PL)
a Bancos
2.000
2.000
Compra de ações da própria Cia em mercado.
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RESULTADO NÃO OPERACIONAL
Trata-se do ganho ou da perda de capital na venda de bens do imobilizado ou intangível.
O ganhoou perda de capital será a diferença entre o valor justo líquido de venda e o valor contábil líquido.
Observe o exemplo a seguir:
 EXEMPLO
A Cia ABC alienou um imóvel por $1 milhão. Os custos envolvidos não operacionais foram de $200.000,00 e o imóvel estava registrado por um custo
de aquisição de $1.500.000,00 e depreciação acumulada de $800.000,00.
Cálculo do valor justo líquido de venda e do valor contábil líquido
Valor   Justo  Líquido  de  Venda = Valor   de  Venda − Despesas   relacionadas  à  venda
Valor   Justo  Líquido  de  Venda = 1.000.000 − 200.000 = 800.000
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Histórico dos lançamentos (em $1.000,00)
Despesas incorridas na venda do imóvel;
Atualização do valor contábil líquido do imóvel;
Venda do imóvel por $ 1 milhão;
Baixa do Imóvel.
O registro contábil é realizado tendo como contrapartida única de todos os lançamentos o fato de que a rubrica ganhou perdas não operacionais.
Esaa conta age como uma espécie de concentrador de lançamentos, cujo valor líquido será o resultado não operacional.
(1) Lançamento (Em $1.000) Débitos Créditos
Rio de Janeiro, KK/YY/X1
Ganhos ou perdas de capital
a Despesas gerais
200
200
Despesas incorridas na venda do imóvel
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(2) Lançamento (Em $1.000) Débitos Créditos
Rio de Janeiro, KK/YY/X1
Depreciação acumulada 800
Valor  Contábil Líquido = Valor   de  Custo − Depreciação  Acumulada
Valor  Contábil Líquido = 1.500.000 − 800.000 = 700.000
Resultado  Não Operacional = 800.000 − 700.000 = 100.000
a Ganhos ou perdas de capital 800
Baixa da depreciação acumulada
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(3) Lançamento (Em $1.000) Débitos Créditos
Rio de Janeiro, KK/YY/X1
Ganhos ou perdas de capital
a Imóveis 
1.500
1.500
Baixa do bem
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(4) Lançamento (Em $1.000) Débitos Créditos
Rio de Janeiro, KK/YY/X1
Bancos
a Ganhos ou perdas de capital 
1.000
1.000
Recebimento do valor de venda do bem
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Bancos Imóveis Depreciação acumulada
1000 (4) 1.500 (SI) 1500 (3) 800 (2) 800 (SI)
1000 0 0
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Ganho ou perda de capital Outras despesas
1500 (3) 800 (2) 200 (SI) 200 (1)
200 (1) 1.000 (4)
100 0
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PROVISÃO PARA DEVEDORES DUVIDOSOS
Operações de crédito não têm recebimento garantido, uma vez que estão expostas ao risco de crédito, o risco do devedor não pagar. Dessa forma, a
norma contábil exige que a entidade estime o valor das perdas decorrentes do risco de crédito e constitua provisões para fazer face a essas perdas.
 VOCÊ SABIA
O CPC 48, em vigor a partir de janeiro/2008, revisou todo o racional de constituição de provisões para perdas com crédito. Até então, a constituição
de provisões exigia a ocorrência de um evento que caracterizasse a perda do crédito, como, por exemplo, o atraso no pagamento de alguma parcela.
 ATENÇÃO
A provisão originada a partir da inadimplência do devedor é denominada perda incorrida, sendo expressada contabilmente como uma conta
retificadora do direito de recebimento (contas a receber, operações de crédito etc.).
A mensuração da provisão para créditos de liquidação duvidosa, ou simplesmente provisão para devedores duvidosos, é feita a partir da aplicação de
um percentual sobre o saldo devedor do ativo.
A partir do CPC 48, a provisão para devedores duvidosos foi alterada para incorporar um componente adicional, denominado perda esperada. A
perda esperada expressa a expectativa de perda do credor, independentemente da ocorrência da pena incorrida. Para isso, cada crédito é
classificado em estágios.
PRIMEIRO ESTÁGIO
No primeiro estágio, são classificadas as operações em curso normal, ou seja, operações que estejam observando os fluxos contratuais previstos.
SEGUNDO ESTÁGIO
No segundo estágio, são classificadas as operações em que houve aumento significativo do risco de crédito e o cumprimento dos fluxos contratuais
previstos encontra dificuldades. Uma forma simplificada (e não exaustiva) de determinar o aumento significativo do risco de crédito é o atraso superior
a 90 dias.
TERCEIRO ESTÁGIO
No terceiro estágio, classificam-se as operações que não cumprem as obrigações contratuais, caracterizando a perda incorrida.
Observe o esquema a seguir.
Estágio 1
Perdas esperadas de crédito estimadas para os próximos 12 meses;
Crédito performando.
Estágio 2
Se houver aumento significativo do risco de créditos;
Perdas esperadas de crédito estimadas para a vida do crédito;
Crédito performando mal.
Estágio 3
Houve perda incorrida;
Perdas esperadas de crédito estimadas para a vida do crédito;
Crédito não está performando.
A perda esperada é estimada em concordância com o estágio em que o crédito está classificado. Para o Estágio 1, a perda esperada contempla
apenas os 12 meses seguintes, ou seja, a probabilidade de haver aumento significativo de risco nos próximos 12 meses.
Para os estágios 2 e 3, a perda esperada com o tempo de toda a vida restante do crédito, ou seja, a probabilidade de haver inadimplência ao longo
dela.
A perda esperada é calculada conforme a expressão a seguir.:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Onde:
EAD é a exposição à inadimplência, isto é, o valor do crédito a receber do devedor;
PD é a probabilidade de inadimplência, isto é, a probabilidade de haver inadimplência nos próximos doze meses (estágio 1) ou na vida restante
do crédito (estágios 2 e 3);
Perda  Esperada = EAD  x  PD  x  LGD
LGD é a perda dada a inadimplência, isto é, dado que houve a inadimplência, quanto a entidade espera perder após submeter o crédito aos
procedimentos de cobrança, execução judicial etc.
Observe o exemplo a seguir:
Exemplo: Perda esperada
A Cia ABC possui contas a receber junto à Cia MNO, no valor de $10 milhões. Os créditos estão performando normalmente (Estágio 1) e a Cia ABC
estima a probabilidade de inadimplência da Cia MNO em 2%. A LGD estimada pela Cia ABC para créditos dessa natureza é de 10%.
Qual seria a perda esperada? Como contabilizá-la?
Cálculo da Perda esperada
EAD = $10 milhões
PD = 2%
LGD = 10%
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Lançamentos
(1) Lançamento (Em $1.000) Débitos Créditos
Rio de Janeiro, KK/YY/X1
Despesas com PDD
a PDD (Retificadora de ativo)
20
20
Constituição da provisão para perda esperada
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
A PDD é uma conta retificadora do ativo, que deduz o saldo de contas a receber ou operações de crédito.
PDD Despesa de PDD
20 (1) 20 (1)
Perda  esperada = EAD  x  PD  x  LGD
Perda  esperada = EAD  x  PD  x LGD = $10 milhões x 2 %  x 10% = $20  mil
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
 EXEMPLO
A Cia MNO entrou em atraso. O crédito devido e não pago mais antigo excede 90 dias, caracterizando um aumento significativo do risco de crédito.
Dessa forma, a carteira de contas a receber detida pelo Banco ABC junto à MNO avançou para o estágio 2. Segundo o Banco ABC, A PD passou a
12%.
Qual seria a perda esperada? Como contabilizá-la?
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Lançamentos
(2) Lançamento (Em $1.000) Débitos Créditos
Rio de Janeiro, KK/YY/X1
Despesas com PDD
a PDD (Retificadora de ativo)
100
100
Constituição da provisão para perda esperada
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
PDD Despesa de PDD
20 (1) 20 (1)
100 (2) 100 (2)
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal EXEMPLO
Perda  Esperada = EAD  x  PD  x LGD = $10 milhões x 12 %  x 10% = $120  mil
A Cia MNO entrou em perda incorrida e avançou ao estágio 3. Em consequência, A PD passou a 100%, uma vez que não há mais probabilidade de
inadimplência e sim uma certeza de inadimplência, decorrente da manutenção indefinida da condição de atraso.
Qual seria a perda incorrida? Como contabilizá-la?
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Lançamentos
(3) Lançamento (Em $1.000) Débitos Créditos
Rio de Janeiro, KK/YY/X1
Despesas com PDD
a PDD (Retificadora de ativo)
880
880
Constituição da provisão para perda esperada
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
PDD Despesa de PDD
20 (1) 20 (1)
100 (2) 100 (2)
880 (3) 880 (3)
1.000 1.000
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
 EXEMPLO
A Cia ABC adotou os procedimentos de cobrança previstos em sua política interna e conseguiu recuperar, de fato, os 90% do crédito estimados
inicialmente. Dessa forma, a LGD de 10% foi confirmada e o crédito foi baixado contra o recebimento de garantias.
Observe os lançamentos a seguir:
Perda  Esperada = EAD  x  PD  x LGD = $10 milhões x 100 %  x 10% = $1 milhão
Lançamentos
(4) Lançamento (Em $1.000) Débitos Créditos
Rio de Janeiro. KK/YY/X1
Diversos
a Contas a receber
PDD
Bens recebidos em garantia
10.000
1.000
9.000
10.000
Liquidação do crédito pelo recebimento de garantias
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
PDD Despesa de PDD Contas a receber
1.000 (4) 20 (1) 20 (1) 10.000 (SI) 10.000 (4)
100 (2) 100 (2)
880 (3) 880 (3)
0 1.000 0
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Bens recebidos em garantia
9.000 (4)
9.000
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
DEDUTIBILIDADE DA DESPESA COM DEVEDORES DUVIDOSOS
A despesa com devedores duvidosos não é dedutível da base de cálculo do imposto de renda, pois o Fisco considera estimativas de perda como
perdas não realizadas e, portanto, não dedutíveis.
 ATENÇÃO
A conversão das estimativas de perdas em perdas realizadas e, sendo assim, dedutíveis, deve observar as regras definidas pela RFB, na Instrução
Normativa RFB 1700/17, apresentada a seguir:
CAPÍTULO VIII
DAS PERDAS NO RECEBIMENTO DE CRÉDITOS
Seção I
Da Dedução
Art. 71. As perdas no recebimento de créditos decorrentes das atividades da pessoa jurídica poderão ser deduzidas como despesas, para
determinação do lucro real e do resultado ajustado, observado o disposto neste artigo.
§ 1º Poderão ser registrados como perdas os créditos:
I - Em relação aos quais tenha havido a declaração de insolvência do devedor, em sentença emanada do Poder Judiciário;
II - Sem garantia, de valor:
a) Até R$15.000,00 (quinze mil reais) por operação, vencidos há mais de 6 (seis) meses, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais
para o seu recebimento;
b) Acima de R$15.000,00 (quinze mil reais) até R$ 100.000,00 (cem mil reais) por operação, vencidos há mais de 1 (um) ano, independentemente de
iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento, mantida a cobrança administrativa; e
c) Superior a R$ 100.000,00 (cem mil reais) por operação, vencidos há mais de 1 (um) ano, desde que iniciados e mantidos os procedimentos
judiciais para o seu recebimento;
III - Com garantia, vencidos há mais de 2 (dois) anos, de valor:
a) Até R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) por operação, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento ou o
arresto das garantias; e
b) Superior a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) por operação, desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento ou
o arresto das garantias; e
IV - Contra devedor declarado falido ou pessoa jurídica em concordata ou recuperação judicial, relativamente à parcela que exceder o valor que esta
tenha se comprometido a pagar, observado o disposto no § 8º.
LANÇAMENTOS CONTÁBEIS ESPECÍFICOS
Neste vídeo, apresentaremos alguns lançamentos contábeis específicos.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. (FCC ‒ 2009 ‒ TRT / ADAPTADA) A EMPRESA RF PAGOU À VISTA UM SEGURO CONTRA INCÊNDIO, CUJO PRAZO DE VIGÊNCIA É
DE 12 MESES. NO MOMENTO DO PAGAMENTO A EMPRESA:
A) Debitou o caixa e creditou contrato de seguros.
B) Creditou o caixa e debitou patrimônio líquido.
C) Debitou o caixa e creditou passivo circulante.
D) Creditou o caixa e debitou despesa paga antecipadamente.
2. (AOCP ‒ 2016 / ADAPTADA) SOBRE A CONSTITUIÇÃO DE PROVISÃO PARA DEVEDORES DUVIDOSOS, OU PARA CRÉDITOS DE
LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA:
A) Diminui o ativo e o patrimônio líquido.
B) Aumenta o ativo e o patrimônio líquido.
C) Diminui o ativo e o passivo.
D) Aumenta o passivo e diminui o patrimônio líquido.
GABARITO
1. (FCC ‒ 2009 ‒ TRT / Adaptada) A empresa RF pagou à vista um seguro contra incêndio, cujo prazo de vigência é de 12 meses. No
momento do pagamento a empresa:
A alternativa "D " está correta.
Trata-se de antecipação de despesa que deve ser registrada no ativo em obediência ao regime de competência.
2. (AOCP ‒ 2016 / Adaptada) Sobre a constituição de provisão para devedores duvidosos, ou para créditos de liquidação duvidosa,
assinale a alternativa correta:
A alternativa "A " está correta.
As operações de crédito estão expostas ao risco de crédito. Dessa forma, a norma contábil exige que a entidade estime o valor das perdas
decorrentes do risco de crédito e constitua provisões para fazer face a essas perdas. Essas provisões reduzem o ativo tendo como contrapartida uma
despesa.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste tema, apresentamos a tradução contábil para os principais eventos econômicos praticados pelas entidades, iniciando pelo reconhecimento dos
eventos relacionados às entidades comerciais, sobretudo ao tratamento das operações mercantis.
A seguir, avançamos para o tratamento contábil de eventos econômicos diversos que afetam o patrimônio, como adiantamentos, despesas pagas
antecipadamente, resultado não operacional obtido na alienação de imobilizado e intangível, e provisão para devedores duvidosos.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
NEVES, S.; VICECONTI, P. Contabilidade básica. 14 ed. São Paulo: Frase, 2009.
EXPLORE+
Para se aprofundar nas operações contábeis, leia o seguinte livro:
NEVES, S.; VICECONTI, P. Contabilidade avançada e análise das demonstrações financeiras. 18. ed. São Paulo: Saraiva, 2018.
CONTEUDISTA
José Américo Pereira Antunes
 CURRÍCULO LATTES
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