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Apostila_Armamento e Munição_CFC

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CENTRO DE ENSINO E FORMAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR DO MATO GROSSO DO SUL 
 
1 
 
 
CENTRO DE ENSINO E FORMAÇÃO DA PMMS 
CURSO DE FORMAÇÃO DE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE 
ARMAMENTO E MUNIÇÃO 
 
 
 
CENTRO DE ENSINO E FORMAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR DO MATO GROSSO DO SUL 
 
2 
 
SUMÁRIO 
 
 
MANUSEIO SEGURO COM ARMAS DE FOGO .......................................................... 5 
CONCEITO ........................................................................................................ 5 
REGRAS DE SEGURANÇA .................................................................................... 5 
CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DAS ARMAS DE FOGO ............................................. 6 
CONCEITO DE ARMA DE FOGO ............................................................................ 6 
CLASSIFICAÇÃO DAS ARMAS DE FOGO ................................................................ 6 
NOMENCLATURA DAS ARMAS DE FOGO ............................................................... 8 
CLASSIFICAÇÃO GERAL DO ARMAMENTO LEVE ..................................................... 8 
ARMAMENTO DE DOTAÇÃO DA PMMS ................................................................. 10 
ARMAS DE PORTE ............................................................................................. 10 
REVÓLVER ....................................................................................................... 10 
Apresentação ................................................................................................... 10 
Características ................................................................................................. 11 
Nomenclatura das principais partes do revólver .................................................... 12 
Funcionamento ................................................................................................ 12 
Mecanismos de segurança: ................................................................................ 12 
Manejo ............................................................................................................ 13 
PISTOLAS ........................................................................................................ 18 
Nomenclatura das principais partes da pistola ...................................................... 18 
Manejo da PT 100 Taurus .................................................................................. 18 
PISTOLAS DA IMBEL – MD5, MD6 e MD7 ............................................................. 26 
Nomenclaturas das principais partes da pistola .................................................... 26 
CACTERÍSTICAS DAS PISTOLAS MD5 E MD7 ........................................................ 27 
Desmontagem e montagem das pistolas MD5 e MD7 ............................................ 27 
Montagem ....................................................................................................... 31 
Desmontagem e montagem da pistola MD6 ......................................................... 31 
Montagem ....................................................................................................... 34 
Pistola .40 24/7 da Taurus – Montagem e desmontagem ....................................... 35 
Montagem ....................................................................................................... 38 
CARACTERÍSTICA DA PISTOLA PT 100 e 24/7 TAURUS ......................................... 39 
INCIDENTES DE TIRO MAIS COMUNS ................................................................. 41 
ARMAS PORTÁTEIS ........................................................................................... 43 
CARACTERÍSTICAS ........................................................................................... 43 
SUBMETRALHADORA TAURUS CAL .40 ................................................................ 44 
CARACTERÍSTICAS ........................................................................................... 44 
CARABINA CAL.40 ............................................................................................ 45 
 
CENTRO DE ENSINO E FORMAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR DO MATO GROSSO DO SUL 
 
3 
 
CARACTERÍSTICAS ........................................................................................... 45 
CARABINA 5,56 MD 97 LM ................................................................................. 46 
CARACTERÍSTICAS ........................................................................................... 46 
FUZIL AUTOMÁTICO LEVE (FAL 7,62 mm) ........................................................... 47 
CARACTERÍSTICAS ........................................................................................... 47 
NOMENCLATURA .............................................................................................. 47 
ESPINGARDA DE COMBATE CBC MODELO 586 P ................................................... 49 
CARACTERÍSTICAS ........................................................................................... 49 
PRINCIPAIS COMPONENTES DA CBC 586P ........................................................... 50 
MECANISMOS DE SEGURANÇA ........................................................................... 51 
OPERAÇÕES DE MANEJO ................................................................................... 51 
MANUTENÇÃO .................................................................................................. 52 
SEQUÊNCIA DE DESMONTAGEM ......................................................................... 53 
SEQUÊNCIA DE MONTAGEM ............................................................................... 53 
INCIDENTES DE TIRO MAIS COMUNS ................................................................. 54 
BALÍSTICA....................................................................................................... 55 
Introdução ...................................................................................................... 55 
Balística .......................................................................................................... 55 
Ramos da Balística ........................................................................................... 55 
Balística Interior (Ou Interna) ............................................................................ 56 
Mecânica do Disparo ......................................................................................... 56 
Armas de Cano de Alma Lisa .............................................................................. 58 
Pressão de Trabalho para Armas e Munições ........................................................ 58 
Balística Exterior (ou Externa)............................................................................ 58 
Estudo da trajetória do projétil ........................................................................... 58 
Desvios do Projétil ............................................................................................ 59 
Velocidade dos Projéteis .................................................................................... 59 
Alcance da Munição .......................................................................................... 59 
Tipos de alcance de munições ............................................................................ 60 
Alcance máximo ............................................................................................... 60 
Alcance útil ...................................................................................................... 60 
Alcance de utilização ......................................................................................... 61 
Balística Terminal ou de Efeitos .......................................................................... 61 
Munições ......................................................................................................... 61 
Cartucho .........................................................................................................61 
Componentes dos cartuchos: ............................................................................. 62 
Quanto ao Tipo de Iniciação ............................................................................... 62 
Espoleta .......................................................................................................... 62 
Tipos de Espoleta ............................................................................................. 62 
Propelente ....................................................................................................... 63 
 
CENTRO DE ENSINO E FORMAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR DO MATO GROSSO DO SUL 
 
4 
 
Tipos de Pólvoras ............................................................................................. 63 
Projéteis .......................................................................................................... 63 
Tipos de Projéteis ............................................................................................. 64 
Tipos de Pontas ................................................................................................ 65 
CALIBRE.......................................................................................................... 65 
Introdução ...................................................................................................... 65 
Calibre .22 ...................................................................................................... 66 
Calibre 6,35 MM Browning - (.25 ACP) ................................................................ 67 
Calibre .32 ...................................................................................................... 68 
Calibre 7, 65 MM Browning - (.32 ACP) ............................................................... 68 
Calibre .380 ACP (Automatic Colt Pistol) .............................................................. 68 
Calibre .38 SPL (Special) ................................................................................... 69 
Calibre .38 SPL +P (Plus Power, mais Potência).................................................... 69 
Calibre .38 SPL +P+ ......................................................................................... 70 
Calibre .357 Magnum ........................................................................................ 70 
Calibre 9mm Parabellum (9x19mm ou 9mm Luger) .............................................. 70 
Calibre 10 mm Auto .......................................................................................... 71 
Calibre .40 Smith & Wesson (.40 S&W) ............................................................... 71 
Calibre .44 ...................................................................................................... 72 
Calibre .45 ACP ................................................................................................ 72 
EFEITOS DOS PROJÉTEIS NO CORPO HUMANO .................................................... 73 
Generalidades .................................................................................................. 73 
Cavidades Temporária e Permanente .................................................................. 74 
Cavidade temporária ......................................................................................... 74 
Cavidade permanente ....................................................................................... 74 
"Stopping Power" ou Poder de Parada ................................................................. 74 
 
 
 
 
 
 
 
 
CENTRO DE ENSINO E FORMAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR DO MATO GROSSO DO SUL 
 
5 
 
MANUSEIO SEGURO COM ARMAS DE FOGO 
 
CONCEITO 
 
O homem deve conhecer as regras indispensáveis à segurança com armas de 
fogo. As normas seguintes devem ser incutidas pela repetição constante na instrução, 
até que sua observância se torne um ato reflexo no manuseio com armas de fogo. 
 
REGRAS DE SEGURANÇA 
 
1. Escolher local seguro para o manuseio de uma arma de fogo; 
2. A arma de fogo, carregada ou não JAMAIS deverá ser apontada para alguém; 
3. A arma NUNCA deverá ser apontada em direção que não ofereça segurança; 
4. Trate a arma de fogo como se ela SEMPRE estivesse carregada; 
5. Antes de utilizar uma arma, obtenha informações sobre como manuseá-la; 
6. Guarde a arma sempre em local seguro; 
7. Ao manusear uma arma, faça-o SEMPRE com o dedo estendido ao longo da 
arma; 
8. SEMPRE se certifique de que a arma esteja descarregada antes de qualquer 
manuseio; 
9. NUNCA deixe uma arma de forma descuidada; 
10. Guarde armas e munições separadamente e em locais fora do alcance de 
curiosos; 
11. NUNCA teste as travas de segurança da arma, acionando a tecla do gatilho; 
12. As travas de segurança da arma são apenas dispositivos mecânicos e não 
substitutos do bom senso; 
13. NUNCA atire em superfícies planas e duras ou em água, porque os projéteis 
podem ricochetear; 
14. NUNCA pegue ou receba uma arma, com o cano apontado em sua direção; 
15. Ao mostrar uma arma para alguém, faça-o com o FERROLHO ABERTO, a arma 
SEM o carregador e com a câmara VAZIA. 
 
 
CENTRO DE ENSINO E FORMAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR DO MATO GROSSO DO SUL 
 
6 
 
 
CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DAS ARMAS DE FOGO 
 
CONCEITO DE ARMA DE FOGO 
 
 Arma que arremessa projéteis empregando a força expansiva dos gases gerados 
pela combustão de um propelente confinado em uma câmara que, normalmente, está 
solidária a um cano que tem a função de propiciar continuidade à combustão do 
propelente, além de direção e estabilidade ao projétil. (Decreto nº 3.665, de 20 de 
dezembro de 2000.) 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS ARMAS DE FOGO 
 
a) Quanto ao tipo: 
a.1 - De Porte: pelo pouco peso e dimensões reduzidas pode ser conduzido no coldre 
(Ex: Revólveres e Pistolas); 
a.2 - Portátil: quando, apesar do peso relativamente grande, pode ser conduzido 
por um só homem, sendo dotado de uma bandoleira, para facilidade e comodidade de 
transporte. (Ex: Sub Mtr, Carabinas, Fuzis, etc.); 
a.3 - Não portátil: quando, devido ao volume e peso, pode ser conduzido somente 
por uma viatura ou dividido em fardos, por vários homens. (Ex: Metralhadoras, 
Morteiros, Canhões, etc.). 
 
b) Quanto ao emprego: 
b.1 - Individual: quando destinado à proteção daquele que a conduz; 
b.2 - Coletivo: quando se destina ao emprego em benefício de um grupo de homens 
ou fração de tropa; 
 
c) Quanto ao funcionamento: 
c.1 - Singular ou de tiro unitário: quando o atirador executa as operações da arma 
manualmente, principalmente o carregamento; 
c.2 - De repetição: arma em que o atirador, após a realização de cada disparo, 
decorrente da sua ação sobre o gatilho, necessita empregar sua força física sobre um 
componente do mecanismo desta para concretizar as operações prévias e necessárias 
ao disparo seguinte, tornando-a pronta para realizá-lo; 
c.3 - Semiautomático: é aquele que realiza automaticamente todas as fases do 
funcionamento, com exceção do disparo; 
 
CENTRO DE ENSINO E FORMAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR DO MATO GROSSO DO SUL 
 
7 
 
c.4 - Automático: é aquele que realiza automaticamente todas as fases do 
funcionamento, incluindo o disparo. 
 
d) Quanto ao princípio de Funcionamento: 
d.1 - Força muscular do atirador: 
1) Ação sobre o gatilho. (Ex: Revólver); 
2) Sistema de alavanca - Lever Action. (Ex: Carabina Puma); 
3) Sistema de Bomba - Pump Action. (Ex: Espingarda Cal12); 
4) Sistema de Ferrolho. (Ex: Mosquefal); 
d.2 - Ação dos gases: (Ex: Fuzil de Assalto). 
 
e) Quanto à ação: 
e.1 - Ação simples: a ação do atirador sobre o gatilho só realiza o 
desengatilhamento. (Ex. Pistola MD5 IMBEL, etc.); 
e.2 - Ação dupla: a ação do atirador sobre o gatilho provoca o acontecimento de 
várias ações, culminando com o desengatilhamento (Ex. Revólver, Pistola PT 100, etc). 
 
 
 f) Quanto à alma do cano: 
 f.1 - Alma Lisa: quando a superfície interna do cano é completamente lisa. (Ex: 
Espingarda Cal 12).f.2 - Alma Raiada: quando a superfície interna do cano apresenta sulcos 
helicoidais paralelos, raias, que têm por objetivo imprimir ao projétil um movimento de 
rotação por forçamento, dando estabilidade ao projétil. (Ex: Revolver). 
 
 g. Quanto ao sistema de carregamento: 
 g.1 - Municiar: consiste em colocar a munição no carregador da arma; 
 g.2 - Alimentar: consiste em colocar a munição na arma através de seu 
carregador; 
 g.3 - Carregar: consiste em colocar a carga ou o cartucho na câmara de combustão 
em condições de disparo. 
 
 h. Quanto à alimentação: 
 h.1 - Manual: quando os cartuchos são introduzidos manualmente na arma. (Ex: 
Espingarda Cal 12); 
 h.2 - Com carregador: quando a arma dispõe de um carregador para alimentá-la, 
podendo ser de pano (tipo fita), tipo lâmina, cofre, tubular, fita de elos ou especial, etc. 
 
 i. Quanto ao sentido de alimentação: 
 i.1 - Da direita para a esquerda: (Ex: metralhadora Maxim); 
 
CENTRO DE ENSINO E FORMAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR DO MATO GROSSO DO SUL 
 
8 
 
 i.2 - Da esquerda para a direita: (Ex: submetralhadora Sterling L2A3); 
 i.3 - De cima para baixo: (Ex: FMZB); 
 i.4 - De baixo para cima: (Ex: MT .40); 
 i.5 - De trás para frente: (Ex: garruchas e revólveres de retro carga). 
 
NOMENCLATURA DAS ARMAS DE FOGO 
 
• RIFLE: conceito não definido. No Brasil é Fuzil. Nos EUA é um Fuzil para uso civil 
e em Portugal é Carabina. 
• CARABINA: arma de fogo portátil semelhante a um fuzil, de dimensões 
reduzidas, de cano longo - embora relativamente menor que o do fuzil - com alma 
raiada. 
• FUZIL: é uma arma de fogo portátil, de cano longo, com alma raiada. Pode ser 
de repetição, semi-automático ou automático. 
• ESPINGARDA: é uma arma longa de alma lisa. 
• METRALHADORA: é arma de funcionamento automático, simples o suficiente 
para ser operada por uma única pessoa, sem a necessidade de equipamentos de 
apoio. 
• SUBMETRALHADORA: é uma arma automática ou semi-automática de 
tamanho reduzido. 
• REVÓLVER: arma de fogo de porte, de repetição, dotada de um cilindro giratório 
posicionado atrás do cano, que serve de carregador, o qual contém perfurações 
paralelas e eqüidistantes do seu eixo e que recebem a munição, servindo de 
câmara. 
• PISTOLA: é uma arma de fogo de porte, geralmente semi-automática, cuja única 
câmara faz parte do corpo do cano e cujo carregador, quando em posição fixa, 
mantém os cartuchos em fila e os apresenta seqüencialmente para o 
carregamento inicial e após cada disparo. 
 
 
 
 
 LASSIFICAÇÃO GERAL DO ARMAMENTO LEVE 
 
AR
MA 
S 
 
D 
E 
 
F 
Quanto ao tipo 
De porte 
Portátil 
Não portátil 
 
Quanto ao 
Emprego 
Individual 
Coletivo 
 
Quanto à alma Lisa 
 
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9 
 
OG
O 
do cano Raiada 
 
Quanto ao sistema 
de carregamento 
Ante-carga 
Retro-carga 
 
Quanto ao sistema 
de inflamação 
Por mecha 
Por atrito 
Por percussão Extrínseca 
Intrínseca Pino Lateral 
 Central 
Circular 
Direta 
Indireta 
Quanto a refrigeração 
A Ar 
A Água 
A Ar e Água 
 
Quanto a alimentação 
Manual 
Com Carregador 
 
Quanto ao sentido 
De alimentação 
Da direita para esquerda 
Da esquerda para a direita 
De cima para baixo 
De baixo para cima 
De trás para frente 
 
Quanto ao funcionamento Singular (unitário) 
Simples 
Múltipla 
De Repetição 
 Semi-automática 
 Automática 
 
Quanto ao princípio de 
Funcionamento Ação Muscular do Atirador 
 
 Pressão dos gases Ação dos gases sobre o êmbolo 
 Ação dos gases sobre o ferrolho 
 
 Recuo do cano Curto recuo 
 Longo recuo 
 Ação muscular do atirador combinada com a ação de 
 uma corrente elétrica 
 
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10 
 
ARMAMENTO DE DOTAÇÃO DA PMMS 
ARMAS DE PORTE 
REVÓLVER 
 
 A PMMS adota diferentes modelos de revólveres no calibre .38, com capacidade 
para 6 ou 7 cartuchos, fabricados pela Forjas Taurus S.A. (Porto Alegre-RS). De um 
modo geral, os revólveres adotados pela PMMS são muito semelhantes em diversos 
aspectos, diferindo em alguns pontos, tais como: comprimento e espessura do cano, 
capacidade do tambor, algumas peças do mecanismo interno, mecanismo de segurança, 
etc. 
 Com o processo de reaparelhamento da PMMS essa arma está sendo substituída 
pelas pistolas .40 que possuem maior capacidade de tiro e maior poder de parada. Por 
esse motivo, iremos estudar o revólver genericamente capacitando os policiais a 
manusearem com segurança e habilidade este tipo de armamento. 
 
Apresentação 
O termo “revólver" indica "revolução”, ou seja, um movimento de rotação em 
torno de um eixo. O primeiro revólver, com características dentro da moderna 
concepção acima, foi construído por Samuel Colt, por volta de 1836. Posteriormente, 
outros inventores empenharam-se na fabricação de revólveres, destacando-se o inglês 
Adams, que foi um grande concorrente de Colt. 
Inicialmente, os revólveres eram de movimento simples, ou seja, funcionavam 
somente em ação simples ou ação dupla. Posteriormente, os revólveres passaram a ser 
fabricados de movimento duplo, ou seja, eles funcionavam tanto em ação dupla, quanto 
em ação simples. Os revólveres modernos são geralmente fabricados em movimento 
duplo. 
A evolução do revólver foi marcada também pelo aperfeiçoamento dos sistemas 
de carregamento e extração. Foram criados diversos sistemas, tais como: sistema de 
armação rígida, sistema de armação basculante e sistema de tambor reversível. Este 
último é o sistema mais adotado atualmente. 
O revólver é uma arma muito bem aceita pelas Forças de Segurança do mundo 
inteiro, devido à sua variedade de calibres, simplicidade, robustez e fácil manutenção. 
 
 
 
 
 
CENTRO DE ENSINO E FORMAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR DO MATO GROSSO DO SUL 
 
11 
 
Características 
 
Designação 
Nomenclatura: Revólver (marca) cal .38 (modelo). 
Indicativo Militar: Rv (marca) .38 (modelo). 
 
Classificação 
Quanto ao tipo: de porte. 
Quanto ao emprego: individual. 
Quanto à alma do cano: raiada, variando entre número (5 ou 6) e sentido (à direita 
ou à esquerda) de acordo com o modelo. 
Quanto ao sistema de carregamento: retro carga. 
Quanto ao sistema de inflamação: percussão intrínseca central, podendo ser direta 
ou indireta, dependendo do modelo. 
Quanto à refrigeração: a ar. 
Quanto à alimentação: manual, possuindo capacidade para 6 ou 7 cartuchos 
(conforme modelo), podendo ainda utilizar-se o "Spead Load" ou “Jet Load” 
(carregadores que permitem introduzir todos os cartuchos no tambor de uma só vez). 
Quanto ao sentido de alimentação: de trás para frente. 
Quanto ao funcionamento: de repetição. 
Quanto ao princípio de funcionamento: ação muscular do atirador. 
 
Aparelho de pontaria 
Alça de mira: tipo entalhe, podendo ser regulável ou fixa, dependendo do modelo. 
Massa de mira: Seção retangular, fixa. 
 
Dados numéricos 
Calibre: .38. 
Peso: em média 800 g, dependendo do modelo da arma. 
Comprimento do cano: o comprimento padrão é de 101,6 mm (4"), existindo outros 
modelos variando entre 50,8 mm (2”), 76,2 mm (3”), 127 mm (5”), e 152,4 mm (6”) 
e 203,2 mm (8”) para tiro ao alvo. 
Velocidade teórica de tiro: 20 tiros por minuto. 
Velocidade prática do tiro: de acordo com a habilidade do atirador. 
Alcance máximo: 1.400 metros. 
Alcance útil: 450 metros. 
Alcance com precisão (de utilização): 75 metros. 
Alcance prático: 20 metros. 
Vida da arma: 20.000 tiros. 
 
 
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12 
 
Nomenclatura das principais partes do revólver 
 
Funcionamento 
O estudo do funcionamento do revólver resume-se em se estudar os sistemas de 
engatilhamento da arma: 
Ação simples: a ação do atirador sobre o gatilho só realiza o desengatilhamento. 
Ação dupla: a ação do atirador sobre o gatilho provoca o acontecimento de váriasações, culminando com o desengatilhamento. 
 
Mecanismos de segurança: 
 Devido à particularidade do revólver estar sempre em condições de disparo, 
bastando apenas que a arma esteja carregada e que o atirador acione a tecla do gatilho. 
Diversos mecanismos de segurança foram inventados pelos fabricantes, para evitar os 
indesejáveis disparos acidentais. 
 
CENTRO DE ENSINO E FORMAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR DO MATO GROSSO DO SUL 
 
13 
 
 Alguns fabricantes acrescentaram às armas "travas de segurança manuais”, as 
quais tinham a função de bloquear o cão ou prender o tambor. Estas travas tornaram-
se obsoletas com o desenvolvimento de outros mecanismos de segurança, denominados 
“calços de segurança”. A diferença entre a trava de segurança e o calço de segurança 
consiste basicamente em que o primeiro bloqueia o mecanismo interno da arma no seu 
todo ou em parte, e o segundo apenas evita o disparo em determinada situação. 
 
Manejo 
 
Municiar/Alimentar 
 
1º Passo: empunhando o revólver com a mão direita, levar o dedal serrilhado à frente, 
usando o polegar da mesma mão; com os dedos anelar e médio da mão esquerda, 
empurrar o tambor à esquerda, rebatendo-o. Estes dedos deverão segurar o tambor 
durante a alimentação, e a arma deverá estar apontada para baixo, ou voltada para um 
caixão de areia. Os dedos mínimo e indicador da mão esquerda deverão segurar a arma 
próximo ao cão e ao cano respectivamente; 
 
 
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14 
 
 
2º Passo: em seguida, introduzir os cartuchos nas câmaras com a mão direita, girando 
o tambor com os dedos anelar, médio e polegar da mão esquerda. 
 
Observação: o municiamento do revólver se dá como uma exceção à regra, uma vez 
que o revólver não dispõe de carregador, e sim, de câmaras giratórias (tambor), que 
servem como tal. Portanto, o municiamento do revólver ocorre enquanto se coloca os 
cartuchos desejados no tambor e, ao se encerrar tal operação, após a colocação do 
último cartucho no tambor efetua-se a alimentação. 
 
 
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15 
 
Carregamento 
 Terminada a alimentação desloque suavemente o tambor para dentro da armação 
com a mão esquerda, empunhando o revólver com a mão direita, completando-se o 
fechamento do tambor na armação. 
 
 
 
Engatilhamento 
Pode ser efetuado por dois processos: 
Ação dupla: Acionar a tecla do gatilho com o dedo indicador. 
 
 
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16 
 
Ação simples: Sem colocar o dedo indicador na tecla do gatilho, leva-se o polegar da 
outra mão à crista serrilhada do cão trazendo-o à retaguarda até que fique preso pelo 
entalhe de engatilhamento. 
 
 
Disparo 
Consiste em acionar a tecla do gatilho para que seja efetuada a percussão da 
espoleta e consequentemente a carga de projeção do projétil. 
 
Extração e ejeção 
 Procede-se inicialmente como se fosse alimentar a arma, tendo rebatido o tambor 
e segurado a arma da maneira correta, com o polegar esquerdo, pressiona-se a vareta 
do extrator, colocando-se a mão direita abaixo do tambor para aparar os cartuchos 
extraídos e ejetados. 
 
Procedimento de segurança para desengatilhar manualmente quando em 
ação simples 
 Uma vez engatilhado, o revólver já se encontra em condições de disparo, porque a 
câmara que contém o cartucho a ser disparado está rigorosamente alinhada com o cano. 
Portanto, o desengatilhamento é uma operação delicada, devendo ser cercada das 
cautelas a seguir: 
- Apontar a arma para um local seguro; 
- Com o polegar da mão contrária à que está empunhando a arma, segurar o cão à 
retaguarda pela sua crista serrilhada; 
- Com o dedo indicador, acionar a tecla do gatilho apenas o suficiente para liberar o 
cão; 
- Retirar o dedo indicador da tecla do gatilho; 
- Levar o cão suavemente à frente até sua posição de repouso com o polegar. 
 
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17 
 
 
Inspeção preliminar 
 Ao receber ou passar o revólver para alguém, fazê-lo com a arma aberta verificando 
se ela está carregada. Em seguida, verifique a arma externamente, observando: 
- Limpeza das partes externas, bem como presença de resíduos ou objetos que estejam 
obstruindo o cano e as câmaras; 
- Inexistência ou mal atarraxamento de parafusos, com atenção especial para o dedal 
serrilhado, parafuso-retém do suporte do tambor, parafuso do retém do tambor e vareta 
do extrator; 
- Engatilhamento na ação simples e na ação dupla; 
- Retenção do tambor, quando a arma estiver em repouso ou engatilhada. Nestas 
situações, se o tambor girar livremente, indica que o retém do tambor está com algum 
defeito; 
- Estado do percussor, verificando se este não está quebrado ou apresenta rebarbas; 
- Perfeita fixação das placas da coronha. 
 
 
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PISTOLAS 
 A pistola é uma arma semiautomática que funciona pela ação dos gases sobre o 
ferrolho e com um sistema de trancamento mecânico. A percussão é exercida por um 
sistema tipo “percussor lançado” e depende exclusivamente da vontade do atirador a 
cada disparo. 
A pistola é alimentada por carregador metálico, do tipo cofre, com capacidade 
para cartuchos de acordo com o modelo, além do cartucho que pode ser introduzido 
diretamente na câmara. 
 
Nomenclatura das principais partes da pistola 
 
 
 
 
 
Manejo da PT 100 Taurus 
 
 
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Retirada do Carregador 
 
Comprima, com o polegar, o botão do retém do carregador localizado próximo ao guarda 
mato e retire o carregador. 
 
Municiar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Com uma das mãos segure o carregador e com a outra introduza os cartuchos um a 
um, pressionando-os para baixo e para trás. 
 
 
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Alimentar 
 
É a colocação do carregador municiado na arma, sem, contudo, carregá-la. 
Carregar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Segure a pistola com uma das mãos, mantendo o dedo longe do gatilho. Com a outra 
mão puxe o ferrolho para trás até o batente, soltando-o a seguir. O ferrolho irá então 
para frente, impulsionado pela mola recuperadora, introduzindo um cartucho na 
câmara. 
 
Observação: as definições acima adotadas estão de acordo com a nomenclatura usada 
pelo Exército Brasileiro. Para a Polícia Federal o que nomeamos como carregar seria 
municiar e municiar seria carregar. 
 
Desengatilhar 
 
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21 
 
 
 
 
 
 
 
A pistola está engatilhada e pronta para atirar, 
através do acionamento do gatilho. 
Após o tiro, o ferrolho impulsionado pela pressão 
dos gases retrocederá para ejetar o estojo e 
carregar novo cartucho. Novamente a pistola 
estará pronta para atirar. Após a detonação do último cartucho, o ferrolho ficará recuado 
e imobilizado pela ação do retém do ferrolho sobre o mesmo. Para que volte a sua 
posição normal, pressione para baixo o retém do ferrolho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em caso de interrupção dos tiros antes do último cartucho ser detonado, pressione o 
desarmador para baixo fazendo com que o cão desengatilhe automaticamente, voltando 
a sua posição de descanso. Para reiniciar os tiros basta acionar o gatilho, pois a pistola 
PT 100 é dotada de mecanismo de disparo em ação dupla. Para descarregar a pistola, 
retire o carregador e puxe o ferrolho até o seu batente para extração do cartucho que 
se encontra na câmara. Libere então o ferrolho até que volte à sua posição de repouso 
e em seguida pressione o desarmador do cão para baixo. 
 
 
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22 
 
 
 
 
 
 
 
O registro de segurança, ao ser acionado para cima, 
trava o cão. Foi projetado para permitir o uso 
ambidestro e possibilita uma rápida passagem da 
posição de segurança para a de disparo.Quando um cartucho está alojado na câmara, a extremidade do extrator fica saliente, 
revelando uma marca vermelha. Assim é possível controlar visualmente ou pelo tato, a 
existência de cartucho na câmara, sem necessidade de recuar o ferrolho. 
 
 
Desmontagem em primeiro escalão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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23 
 
 
1º Passo: premer o retém do carregador, localizado próximo ao guarda mato, e retirar 
o carregador; 
2º Passo: executar dois golpes de segurança, assegurando-se que não existe cartucho 
na câmara; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3º Passo: com o indicador da mão esquerda, premer 
o botão do retém da alavanca de desmontagem e ao mesmo tempo, com o dedo 
polegar, girar a alavanca, no sentido horário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4º Passo: deslizar o conjunto do ferrolho-cano para frente até liberá-lo da armação. 
 
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24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5º Passo: comprimir levemente a guia da mola recuperadora com sua respectiva mola 
levantando o conjunto e retirando-o cuidadosamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6º Passo: comprimir o mergulhador do bloco de trancamento (somente nas pistolas – 
PT 92, PT 99, PT 100, PT 101). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7º Passo: retirar o conjunto cano-bloco de trancamento do ferrolho. 
 
 
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25 
 
Observação: para facilitar o processo de montagem é recomendado que as peças 
sejam colocadas na sequência da desmontagem ordenadamente. 
 
Montagem 
Consiste no processo inverso ao da desmontagem. 
 
 
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PISTOLAS DA IMBEL – MD5, MD6 e MD7 
 
Nomenclaturas das principais partes da pistola 
 
 
 
 
 
 
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CACTERÍSTICAS DAS PISTOLAS MD5 E MD7 
CARACTERÍSTICAS 
 
Nomenclatura: Pistola de grande capacidade MD5 IMBEL; 
Simbologia: PT .40 GC IMBEL MD5; 
Classificação 
Quanto ao tipo: de porte; 
Quanto ao emprego: individual; 
Quanto à alma do cano: raiada, 06 raias, à esquerda; 
Quanto ao sistema de carregamento: retro carga; 
Quanto ao sistema de inflamação: percussão intrínseca, central e direita (percussor 
acoplado ao ferrolho); 
Quanto à alimentação: carregador metálico, tipo cofre, com capacidade para 16 
cartuchos; 
Quanto ao sentido de alimentação: de baixo para cima; 
Quanto ao funcionamento: semiautomático e ação simples; 
Quanto ao princípio de funcionamento: ação direta dos gases; 
Calibre: .40 S&W. 
 
 
Desmontagem e montagem das pistolas MD5 e MD7 
Recomenda-se o uso de óculos de segurança durante as operações de 
desmontagem e montagem da pistola pois há o perigo potencial de acidentes causados 
por peças impulsionadas por molas. 
É sugerido, durante a desmontagem, a colocação das peças uma ao lado da outra, 
conforme a ordem em que forem retiradas da arma. O trabalho de montagem ficará 
muito facilitado. 
Qualquer outra operação de desmontagem e montagem não descrita nesta 
apostila deve ser realizada por armeiros autorizados. 
A desobediência a esta regra de segurança ou a execução das operações 
permitidas, mas fora da ordem ou dos procedimentos previstos, pode acarretar danos 
à arma e/ou ao usuário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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28 
 
Medidas preliminares 
 
1° Passo: Retirar o carregador da arma; armar o cão agindo no sistema ADC; 
realizar dois golpes de segurança e examinar a câmara. Verificar que esteja vazia, 
pois a desmontagem só pode prosseguir se não houver cartucho na câmara. O 
esquecimento desta regra básica de segurança pode causar sérios acidentes pessoais 
para quem estiver manuseando a pistola e/ou a quem estiver nas proximidades. Uma 
vez constatada a inexistência de cartucho na câmara, soltar o ferrolho. 
 
 
2° Passo: Introduzir o clipe L no orifício da haste guia da mola recuperadora; 
fazendo a empunhadura invertida puxe o ferrolho à retaguarda até expor o orifício 
de encaixe. 
 
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29 
 
 
3° Passo: Recuar o ferrolho até que seu entalhe médio, em forma de meia-lua, 
venha a coincidir com a saliência existente no dente da chaveta de fixação do cano. 
 
 
4° Passo: retirar a chaveta de fixação do cano, empurrando a extremidade direita 
do eixo da chaveta de fixação e retirá-la pelo lado esquerdo da arma. 
 
 
5° Passo: Separar o ferrolho da armação deslizando este para a frente até que 
ocorra a separação. 
 
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30 
 
 
 
6° Passo: Retirar o conjunto mola recuperada e haste da mola recuperadora. Para 
isso certifique-se de que o elo de fixação do cano está a retaguarda e puxe o conjunto 
para cima e para trás até sair completamente do ferrolho. 
 
 
7° Passo: Retirar o cano empurrando o anel de fixação do cano para frente e 
posteriormente empurrar o cano pela frente do ferrolho até sua saída completa. 
 
 
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31 
 
 
Sequência das peças após a desmontagem. 
 
Montagem 
Consiste no processo inverso ao da desmontagem. 
 
Desmontagem e montagem da pistola MD6 
 
 
1° Passo: Retirar o carregador da arma; armar o cão agindo no sistema ADC; 
realizar dois golpes de segurança e examinar a câmara. Verificar que esteja vazia, 
pois a desmontagem só pode prosseguir se não houver cartucho na câmara. O 
esquecimento desta regra básica de segurança pode causar sérios acidentes pessoais 
para quem estiver manuseando a pistola e/ou a quem estiver nas proximidades. Uma 
vez constatada a inexistência de cartucho na câmara, soltar o ferrolho. 
 
 
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32 
 
 
2° Passo: Recuar o ferrolho até que seu entalhe médio, em forma de meia-lua, 
venha a coincidir com a saliência existente no dente da chaveta de fixação do cano. 
É recomendado fazer a empunhadura invertida para facilitar o alinhamento das 
partes. 
 
 
3° Passo: retirar a chaveta de fixação do cano, empurrando a extremidade direita 
do eixo da chaveta de fixação e retirá-la pelo lado esquerdo da arma. 
 
 
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33 
 
 
4° Passo: Separar o ferrolho da armação deslizando este para a frente até aparecer 
parcialmente a mola recuperadora. Segurar a mola contra o ferrolho, para evitar o 
arremesso de peças e completar a separação das peças. 
 
 
5° Passo: Retirar o conjunto mola recuperada e haste da mola recuperadora. Para 
isso certifique-se de que o elo de fixação do cano está a retaguarda e puxe o 
conjunto para cima e para trás até sair completamente do ferrolho. Pode ser feita 
separação do dedal guia da mola recuperadora e desta com seu tubo guia. Notar 
que a extremidade mais fechada da mola estava em contato com o tubo-guia. 
 
 
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34 
 
 
6° Passo: Retirar o cano empurrando o anel de fixação do cano para frente e 
posteriormente empurrar o cano pela frente do ferrolho até sua saída completa. 
 
 
Sequência das peças após a desmontagem. 
Montagem 
Consiste no processo inverso ao da desmontagem. 
 
 
 
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35 
 
Pistola .40 24/7 da Taurus – Montagem e desmontagem 
 
1° Passo: Retirar o carregador da arma; realizar dois golpes de segurança e 
examinar a câmara. Verificar que esteja vazia, pois a desmontagem só pode 
prosseguir se não houver cartucho na câmara. O esquecimento desta regra básica 
de segurança pode causar sérios acidentes pessoais para quem estiver manuseando 
a pistola e/ou a quem estiver nas proximidades. Uma vez constatada a inexistência 
de cartucho na câmara, soltar o ferrolho. 
 
 
 
2° Passo: Abrir a arma,agindo no retém do ferrolho, girar a alavanca de 
desmontagem para baixo. 
 
 
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36 
 
 
3° Passo: Fechar a arma, agindo no retém do ferrolho, para liberar a alavanca de 
desmontagem. 
 
 
4° Passo: Abrir novamente a arma, agindo no retém do ferrolho, e retirar a alavanca 
de desmontagem. Posteriormente feche o ferrolho pressionando seu retém. 
 
 
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5° Passo: Pressione o gatilho para liberar o ferrolho e, ao mesmo tempo em que 
estiver liberando a pressão, deslize o conjunto ferrolho para a frente. 
 
 
 
6° Passo: Retire a mola recuperadora com a sua haste; pressione para a frente, 
para cima e retire por trás. 
 
 
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7° Passo: Separe o cano do ferrolho puxando para cima e para trás. 
 
 
 
Sequência das peças após a desmontagem. 
 
Montagem 
Consiste no processo inverso ao da desmontagem. 
 
 
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CARACTERÍSTICA DA PISTOLA PT 100 e 24/7 TAURUS 
 
 
 
 
 
 
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INCIDENTES DE TIRO MAIS COMUNS 
 
INCIDENTE CAUSAS CORREÇÕES 
Falha na 
Alimentação 
1. Carregador sujo. (O carregador 
não entra totalmente no 
alojamento). 
2. Retém do carregador gasto ou 
quebrado. (O carregador não fica 
fixo). 
1. Limpar o carregador e 
 
2. Desmontar o retém do 
carregador e substituí-lo. 
Falha na 
apresentação do 
cartucho 
1. Mola do carregador fraca ou 
defeituosa. O cartucho não fica em 
condições de ser alcançado pela 
parte anterior do ferrolho. 
2. Transportador defeituoso ou 
amassado. 
1. Substituir a mola do 
carregador. 
 
 
2. Substituir o transportador. 
Falha no 
carregamento 
1. Rebarba, sujidade ou corpo 
estranho na câmara. 
 
2. Cartucho amassado ou 
defeituoso. 
3. Mola recuperadora defeituosa. O 
ferrolho não irá totalmente à frente. 
4. Abas do carregador defeituosas. 
O cartucho não entra na câmara 
devido a inclinação do projétil. 
1. Eliminar a rebarba; Limpar e 
lubrificar a câmara; Remover o 
corpo estranho. 
2. Substituir a munição. 
3. Substituir a mola 
recuperadora. 
 
4. Substituir o carregador. 
Nega 1. Ponta do percussor gasto ou 
quebrado, 
não há marca de percussão na 
espoleta. 
2. Munição defeituosa, há marca de 
percussão na espoleta. 
1. Substituir o percussor. 
 
2. Substituir a munição. 
Falha no 
desengatilhamento. 
1. Dente de engatilhamento do cão 
c/ desgaste. 
2. Mola do cão fraca ou quebrada. 
3. Mola da armadilha montada 
incorretamente. 
4. Mola da armadilha quebrada. 
5. Apoio para a mola da armadilha 
quebrado. 
1. Substituir o cão. 
 
2. Substituir a mola do cão. 
3. Montar corretamente. 
 
4. Substituir a mola da 
armadilha. 
5. Substituir a armadilha. 
Falha no 
desengatilhamento 
1. Ressalto do tirante do gatilho 
gasto ou quebrado. 
1. Substituir o tirante do 
gatilho. 
 
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42 
 
INCIDENTE CAUSAS CORREÇÕES 
2. Ressalto do apoio do tirante do 
gatilho (na armadilha), gasto ou 
quebrado. 
3. Apoio para o ressalto do tirante 
do gatilho (cão), gasto (na ação 
dupla). 
 
2. Substituir a armadilha. 
 
3. Substituir o cão. 
 
Falha na ejeção Ejetor gasto ou quebrado. Substituir o ejetor. 
Falha na extração Extrator gasto ou quebrado. Substituir o extrator. 
 
 
 
 
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43 
 
ARMAS PORTÁTEIS 
 
SUBMETRALHADORA CAL 9 mm MT 12A 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS 
Nomenclatura: Submetralhadora Taurus Calibre 9mm Modelo Mt12A; 
Classificação 
Quanto ao tipo: portátil; 
Quanto ao emprego: individual; 
Quanto à alma do cano: raiada, 06 raias, à direita; 
Quanto ao sistema de carregamento: retro carga; 
Quanto ao sistema de inflamação: percussão intrínseca, central e direita (percussor 
acoplado ao ferrolho); 
Quanto à alimentação: carregador metálico, tipo cofre, com capacidade para 30 ou 
40 cartuchos; 
Quanto ao sentido de alimentação: de baixo para cima; 
Quanto ao funcionamento: automático; 
Quanto ao princípio de funcionamento: ação direta dos gases; 
Calibre: 9 mm "Parabellum" ou "Luger" (9 mm X 19 mm NATO). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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44 
 
 
 
SUBMETRALHADORA TAURUS CAL .40 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS 
 
Designação 
Nomenclatura: Submetralhadora Taurus Calibre .40 Modelo Famae MT .40; 
Classificação 
Quanto ao tipo: portátil; 
Quanto ao emprego: individual; 
Quanto à alma do cano: raiada, 06 raias à direita; 
Quanto ao sistema de carregamento: retro carga; 
Quanto à alimentação: carregador metálico, tipo cofre, com capacidade para 30 
cartuchos; 
Quanto ao sentido de alimentação: de baixo para cima; 
Quanto ao funcionamento: automático e semiautomático; 
Quanto ao princípio de funcionamento: ação direta dos gases. 
 
 
 
 
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45 
 
CARABINA CAL.40 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS 
 
Designação 
Nomenclatura: Carabina Taurus Calibre .40 Modelo Famae CT .40; 
Classificação 
Quanto ao tipo: portátil; 
Quanto ao emprego: individual; 
Quanto à alma do cano: raiada, 06 raias à direita; 
Quanto ao sistema de carregamento: retro carga; 
Quanto à alimentação: carregador metálico, tipo cofre, com capacidade para 30 
cartuchos; 
Quanto ao sentido de alimentação: de baixo para cima; 
Quanto ao funcionamento: automático e semiautomático; 
Quanto ao princípio de funcionamento: ação direta dos gases. 
 
 
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46 
 
CARABINA 5,56 MD 97 LM 
 
CARACTERÍSTICAS 
 
Designação 
Nomenclatura: Carabina 5,56 MD 97 LM 
Classificação 
Quanto ao tipo: portátil; 
Quanto ao emprego: individual; 
Quanto à alma do cano: raiada, 06 raias à direita; 
Quanto ao sistema de carregamento: retro carga; 
Quanto ao sistema de inflamação: percussão intrínseca, central e direita (percussor 
acoplado ao ferrolho); 
Quanto à alimentação: carregador metálico, tipo cofre, com capacidade para 30 
cartuchos; 
Quanto ao sentido de alimentação: de baixo para cima; 
Quanto ao funcionamento: automático, semiautomático e rajada limitada 03 tiros; 
Quanto ao princípio de funcionamento: ação direta dos gases. 
 
 
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47 
 
FUZIL AUTOMÁTICO LEVE (FAL 7,62 mm) 
 
 
CARACTERÍSTICAS 
NOMENCLATURA 
Fuzil Automático Leve 7,62 mm Modelo 1964 (FAL) 
CLASIFICAÇÃO 
Quanto ao Tipo: Portátil; 
Quanto ao Emprego: Individual; 
Quanto à alma do cano: raiada, 04 raias à direita; 
Quanto ao Funcionamento: Automático, Semiautomático e Repetição; 
Quanto ao Princípio de Funcionamento: Ações dos Gases sobre o Êmbolo; 
Quanto à Refrigeração: A ar; 
Quanto à alimentação: carregador metálico, tipo cofre, com capacidade para 20 
cartuchos; 
Quanto ao sentido de alimentação: de baixo para cima; 
Alça de Mira: Tipo Lâmina com Cursor (graduada de 200 a 600 metros); 
Massa de Mira: Tipo Ponto, com protetores laterais; 
DADOS NUMÉRICOS 
CALIBRE: 7,62X51 mm; 
COMPRIMENTO: 1,10 m; 
PESO SEM CARREGADOR: 4,30 Kg; 
PESO DO CARREGADOR VAZIO: 0,25 Kg; 
PESO DO CARREGADOR CHEIO: 0,73 Kg; 
VELOCIDADE INICIAL: 840 m/s; 
ALCANCE MÁXIMO: 3.800 metros. 
ALCANCE ÚTIL SEM LUNETA: 600 metros. 
ALCANCE ÚTIL COM LUNETA: 800 metros. 
CADÊNCIA DE TIRO: 850 disparos/minuto. 
VIDA ÚTIL: 16.000 Tiros. 
 
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ESPINGARDA DE COMBATE CBC MODELO 586 P 
 
 
CBC Modelos 586-P (acima) e 586.2 - P/7 PG (abaixo) 
 
 A espingarda de combate 586 P (e 586.2) funciona no sistemade ação por bomba 
ou trombone ("pump action"), e é fabricada pela Companhia Brasileira de Cartuchos 
(CBC). 
 
CARACTERÍSTICAS 
 
Designação 
Nomenclatura: Espingarda Cal 12 CBC Mod 586 P 
 
Classificação 
Quanto ao tipo: portátil. 
Quanto ao emprego: coletivo. 
Quanto ao funcionamento: de repetição, por ação de bomba. 
Quanto ao princípio de funcionamento: ação muscular do atirador. 
Quanto ao sistema de refrigeração: a ar. 
 
Alimentação 
Capacidade de tiro: 5 a 8 cartuchos. 
Carregador: tubular, sob o cano. 
Raiamento: inexistente. 
Massa de mira: massa esférica em todas as versões. 
Alça de mira: com regulagem (586 AP). 
 
Dados numéricos: 
 
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50 
 
Calibre: 12 
Peso: 2,7 kg 
Comprimento total: 1,0 m 
Comprimento do cano: 47 cm 
 
PRINCIPAIS COMPONENTES DA CBC 586P 
 
 
 Os principais comandos estão localizados na face esquerda do receptáculo da arma. 
 
Coronha e telha 
 A telha, além de servir de apoio para a mão do policial, é utilizada para a 
movimentação do mecanismo do ferrolho; para abrir o mecanismo, movimente a telha 
para trás, e o ferrolho irá recuar (lembrando sempre que, para o primeiro disparo, é 
necessário o acionamento da trava da corrediça). 
 Estando a telha no ponto máximo de recuo, ao ser acionada novamente para a 
frente, o primeiro cartucho posicionado para a alimentação no carregador, será levado 
pelo transportador à câmara, e nela totalmente alojado quando o ferrolho for 
completamente fechado e trancado ao cano. 
 
 
Cano 
 O cano da 586 P é fabricado em aço cromo molibdênio (SAE 4130), sendo 
submetido a teste de sobrepressão, conforme atesta a marca "PN" gravada no cano. 
 
 
Conjunto do ferrolho 
 
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 A arma só irá disparar se o ferrolho estiver perfeitamente trancado ao cano. O 
policial deverá atentar para quando não acionar corretamente a telha da arma, ou 
utilizar munição danificada que impossibilite o correto fechamento da mesma. 
 
 
Localizador esquerdo longo 
 Esta peça, localizada no lado esquerdo da arma, ao ser acionada, permite o 
descarregamento dos cartuchos alojados no tubo de depósito (carregador), mediante 
um único recuo da telha. 
 
MECANISMOS DE SEGURANÇA 
 
Trava de segurança 
 No modelo 586, a trava de segurança bloqueia o gatilho e a trava do martelo. 
Quando acionada, oferece proteção contra disparo acidental ou não intencional. Para 
travar o gatilho, basta mover o botão da trava da esquerda para a direita, de modo que 
a indicação em vermelho não fique visível. 
 
 
OPERAÇÕES DE MANEJO 
 
Municiamento do carregador e alimentação da arma: colocar os cartuchos de 
munição no interior do carregador (depósito), pela janela de alimentação localizada na 
parte inferior do receptáculo. 
Carregamento da arma: Acionar a telha para trás, abrindo a arma, e para frente, 
colhendo um cartucho do depósito e introduzindo-o na câmara da arma. 
 
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Descarregar e desmuniciar: Travar a arma. Com a arma virada (face inferior do 
receptáculo para cima), acionar o botão do liberador do ferrolho, abrindo a arma. O 
cartucho que estava na câmara é extraído e ejetado. Retirá-lo. Abaixar a mesa 
transportadora e acionar o localizador esquerdo longo, que irá liberar a munição contida 
no carregador tubular. 
 
Para carregar com um só cartucho de munição 
- Trave a arma; 
- Recue a telha até abrir completamente o mecanismo. Caso a arma esteja engatilhada, 
será necessário - acionar a trava da corrediça; 
- Coloque um cartucho pela janela de ejeção, não sendo necessário colocá-lo na câmara; 
 
- Empurre a telha para frente para introduzir o cartucho na câmara e feche o 
mecanismo; 
 
Para carregar a câmara e alimentar o depósito (carregador) 
 
 Atenção: se o cartucho não for corretamente introduzido, ele poderá deslizar para 
dentro do mecanismo, por cima do transportador, bloqueando o funcionamento da 
arma. Se isto ocorrer, o policial deve: 
MANUTENÇÃO 
 A espingarda de combate 586 P vem de fábrica embalada com o conjunto do cano 
separado do receptáculo: 
 
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SEQUÊNCIA DE DESMONTAGEM 
1. Abra a arma, trave-a e certifique-se de que não há cartucho na câmara ou no 
depósito; 
2. Com a arma aberta, desparafuse e remova o bujão do depósito; 
3. Retire o cano, puxando-o paralelamente ao tubo do carregador; 
4. Vire a arma, colocando a janela de alimentação para cima. Com o dedo indicador, 
abaixe ligeiramente o transportador e pressione o localizador direito. Desvire a arma, 
colocando a janela de alimentação para baixo; com a outra mão, afaste a telha do 
receptáculo, até que o conjunto do ferrolho seja naturalmente extraído das hastes da 
corrediça. Remova a telha e a corrediça; 
 
SEQUÊNCIA DE MONTAGEM 
1. Antes da montagem, deve-se verificar o cano em busca de possíveis obstruções; 
2. Desparafusa-se o bujão do depósito, removendo-o; 
3. Empurra-se, então, o acionador da trava da corrediça, recuando a telha até a metade 
de seu curso; 
4. Segura-se o cano paralelamente ao carregador; 
5. Desliza-se a travessa no carregador, cuidando para que a extremidade traseira do 
cano seja, ao mesmo tempo, introduzida no receptáculo; 
 
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6. Alinha-se o alojamento do ejetor, na traseira do cano, no receptáculo, e empurra-se 
o cano até que este seja totalmente introduzido no receptáculo; 
7. Coloca-se o bujão do depósito, apertando-o sem excesso. 
 
Observação: Não se deve acionar a corrediça repetidamente enquanto o cano não 
estiver montado. Da mesma forma, não acionaremos o gatilho repetidamente "em 
seco", pois estes danificam componentes da arma. 
 
INCIDENTES DE TIRO MAIS COMUNS 
 
INCIDENTES CAUSAS CORREÇÃO 
PANE DE TRANCAMENTO: 
Ferrolho não fecha 
totalmente, no contato com a 
câmara. 
Mola recuperadora fraca ou 
carregador mal colocado. 
Trocar a mola ou ajustar 
carregador, dando um tapa 
por baixo do mesmo. 
PANE DE 
EMBUCHAMENTO: Sistema 
não cicla após o disparo, por 
ação do ferrolho que não se 
move. 
Estojo que dilata 
demasiadamente, por 
conta de super 
aquecimento, comum em 
munições recarregadas. 
Segurar o ferrolho com a 
mão fraca e, com a mão 
forte, dar um golpe no 
punho, afim de abrir o 
sistema da arma. 
PANE CHAMINÉ: estojo, ao 
ser ejetado, não sai 
completamente da arma, 
formando uma espécie de 
chaminé e impedindo que a 
arma feche. 
Mola do ejetor com 
problema ou carregador 
com mola forte demais 
(chaminé com projétil 
inteiro). 
Trocar a mola do ejetor ou 
mola do carregador. 
PANE DE DUPLO 
CARREGAMENTO: 
Apresentação de 02 cartuchos 
simultaneamente 
Extrator inoperante ou 
carregador com mola forte 
demais. 
SE ABRIGAR, Abrir a arma, 
retirar o carregador, dar 
dois golpes de segurança, 
realimentar e recarregar. 
PANE DE NEGA: 
Não percute. 
Sujeira no mecanismo, 
falha da munição ou 
Percursor quebrado 
Golpe de segurança e novo 
disparo. 
 
 
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55 
 
BALÍSTICA 
 
Introdução 
 
Discorreremos, agora, sobre alguns dos conceitos básicos que envolvem o tiro com armas de fogo, 
relacionados à balística. Iremos estudar a mecânica do disparo, os fenômenos que ocorrem desde que o 
projétil deixa a arma e os efeitos que o mesmo poderá causar, principalmente no alvo humano. 
Entre o deflagrar da carga de projeção e o impacto do projétil no alvo, todos os princípios da 
mecânica clássica se fizeram presentes, precedidos por princípios da termoquímica e da termodinâmica. 
Através do estudo da balística, iremos compreender estes fenômenos, aplicando-os no correto uso do 
armamento. 
A Mecânica é a parte da física que estuda o movimento, assim como suas causas e efeitos. O 
estudo das leis gerais da Mecânica constitui a chamada Mecânica Racional.A Mecânica Aplicada se 
subdivide em três partes, a Cinemática, a Estática e a Dinâmica. 
A Cinemática estuda os movimentos, independente das causas que os produzem. A Estática estuda 
as forças e os equilíbrios produzidos por elas. A Dinâmica, a seu turno, estuda as relações entre a força 
e os movimentos que as produzem. Estudando os movimentos e suas causas, é que se conseguiu a 
construção de máquinas e mecanismos, como, por exemplo, as armas de fogo. 
 
Balística 
 
A Balística é uma parte da física, compreendida dentro da Cinemática e da Dinâmica, que estuda 
o movimento dos corpos e projéteis no espaço. Por projétil entende-se todo o corpo que se desloca livre 
no espaço, em virtude de um impulso recebido. 
 
Ramos da Balística 
Dentro do estudo da balística, existem ramos específicos, dos quais se valem os homens para 
cálculos militares, astronômicos e, até mesmo, esportivos; abordaremos a balística militar e alguns 
preceitos da balística forense. A primeira estuda as armas e munições com objetivo de aprimorar seus 
efeitos, enquanto a segunda, visa esclarecer provas e fatos do interesse da justiça. Estes dois ramos 
possuem o mesmo objeto, porém o estudam com fins diversos. 
Pretendemos apenas abordar aqueles assuntos mais importantes, necessários a compor o acervo 
de conhecimentos técnico-profissionais que todo profissional de Segurança Pública deve possuir, para 
poder extrair o máximo de sua arma em caso de emprego real da mesma. 
A balística militar, ou especial, cujo conhecimento nos afeta diretamente, pode ser dividida em 
balística interior (ou interna), balística exterior, e balística de efeitos (ou terminal), como veremos a 
seguir. 
 
 
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56 
 
Balística Interior (Ou Interna) 
A balística interior estuda a estrutura, mecanismo, funcionamento e técnica de disparo da arma, 
assim como a mecânica do disparo e os efeitos da munição dentro das mesmas, até que o projétil a 
abandone. 
 
Mecânica do Disparo 
 
Já foi visto que as armas utilizam a pressão dos gases resultantes da queima da pólvora para 
projetar um corpo no espaço. A mecânica do disparo pode ser assim dividida: 
 
Percussão - uma vez que o cartucho de munição esteja alojado na câmara da arma, a percussão 
ocorre com o ato de pressionar-se o gatilho, liberando o percussor, que se projeta em direção à espoleta 
do cartucho, atingindo-a; 
 
Iniciação da Espoleta - A espoleta, ao ser atingida, detona a carga de explosivo contida em seu 
interior, produzindo uma fagulha que se comunica com a carga de projeção através do evento existente 
no alojamento da espoleta; 
 
Queima da Carga de Projeção - A carga de projeção, em contato com esta fagulha, se aquece, 
numa reação química exotérmica, entrando em ignição, queimando e gerando, nesta reação, uma grande 
quantidade de gases, cujo volume ocupa maior espaço no estojo, acarretando um aumento controlado, 
mas muito rápido, da pressão interna do cartucho. Essa pressão poderia explodir a câmara da arma, caso 
nenhum componente se deslocasse. Como a pressão é progressiva e gradual, o projétil, ponto mais fraco 
no sistema, cede e desloca-se, pois é a única saída para a pressão gerada; 
 
Voo Livre e Tomada do Raiamento pelo Projétil - Na maioria das armas, a primeira parte do 
cano (continuação da câmara) é desprovida de raiamento, sendo que o projétil é forçado, logo após a um 
curto deslocamento livre, de encontro às raias. O projétil ganha velocidade e movimento de acordo com 
o sentido e o passo do raiamento. A pressão dos gases atinge seu pico a poucos centímetros da câmara, 
no interior do cano, e o projétil continua seu deslocamento; 
 
 
 
 
 
 
 
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57 
 
Aceleração do Projétil no Interior do Cano - Vencida a inércia e a resistência do atrito com o 
cano, o projétil é impulsionado no interior deste, ganhando velocidade; 
 
 
 
Saída do Projétil - Neste momento, o projétil alcança a boca do cano; com a saída do projétil, a 
pressão cai bruscamente, havendo escapamento dos gases. O estojo vazio, que dilatou no momento do 
disparo, selando a câmara, retorna parcialmente a seu diâmetro original, permitindo sua extração. 
 
 
 
Os princípios fundamentais da mecânica se fizeram presentes desde o momento do disparo, e o 
princípio da ação e reação pôde ser sentido no recuo da arma. 
 
Recuo da Arma 
Isaac Newton, em 1686, já pronunciava nas leis da dinâmica, que, a cada ação corresponde uma 
reação de igual intensidade, porém de sentido contrário. Imediatamente após a saída do projétil do cano, 
uma força contrária, da mesma intensidade da que moveu o projétil, atua sobre a estrutura da arma. 
Esta força provoca e é conhecida como o RECUO DA ARMA, e atua no sentido do eixo do cano. 
Como há diferença entre o cano e o ponto médio da empunhadura, haverá uma alavanca na arma, com 
o movimento do cano para cima. 
Quanto maior o calibre da arma e a potência da munição, maior será o recuo da mesma. Este, 
porém, é facilmente administrável pelo atirador, através da correta empunhadura da arma. Por sua vez, 
o ruído do disparo é provocado, principalmente, pela queima da pólvora. 
O recuo da arma pode apresentar determinados problemas, principalmente se o atirador for novo 
e inexperiente, pois ele tenderá a ter receio do "coice" da arma, em especial nas armas de grande calibre, 
como os fuzis. Este fenômeno é algo com o que o atirador tem de aprender a conviver. 
Para controlar os problemas referentes ao recuo das armas de fogo, algumas medidas podem ser 
adotadas, como a adequação da coronha da arma, o uso de algum sistema de amortecimento do recuo 
(especialmente em armas longas), como os compensadores (ou "freios de boca") ou mesmo o constante 
treinamento, que auxilia a evitar os efeitos psicológicos negativos do recuo no atirador, como antecipação 
do disparo, por exemplo. 
 
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Armas de Cano de Alma Lisa 
 
Algumas regras estabelecidas para armas de alma raiada não são válidas para as armas 
desprovidas de raiamento. Nestas, as variáveis diferem, na dinâmica dos movimentos dos projéteis, pois 
os cartuchos são estruturalmente diferentes. 
A inexistência de raiamento faz com que a resistência ao deslocamento do projétil (ou projéteis) 
seja quase nula. Há, também, o estrangulamento da boca do cano (o choque), cuja função é a de diminuir 
a dispersão dos balins e aumentar o alcance útil das espingardas de combate. Entretanto, o fenômeno 
do recuo é comum a ambas as armas. 
 
Pressão de Trabalho para Armas e Munições 
 
 Aspectos a considerar: 
Pressão gerada no interior das armas – O aço das armas de fogo recebe um tratamento 
específico para suportar determinado pico de pressão. A elevação indiscriminada deste índice pode gerar 
a ruptura do aço, expandindo a pressão para todas as direções, inclusive a do atirador; 
Condições do projétil em razão da alta pressão – Os projéteis não encamisados, 
principalmente os de chumbo, tendem a deixar resíduos dentro do cano das armas, em caso de pressão 
e/ou calor e velocidade excessiva, provocando o fenômeno de “chumbamento” do cano, comprometendo 
assim a precisão. 
Balística Exterior (ou Externa) 
 
A balística externa, ou exterior, preocupa-se com o estudo da trajetória do projétil, desde o 
momento em que este abandona o cano da arma, até o momento em que se detém no alvo. 
Os princípios da mecânica se aplicam, por excelência, a partir do momento em que o projétil inicia 
seu deslocamento livre na atmosfera. É o que estudaremos neste ponto do trabalho: a trajetória do 
projétil. 
 
Estudo da trajetória do projétil 
 
A trajetória do projétil na atmosfera está sujeita à influência de vários fatores, que irão determinar 
a precisão da arma, por atuarem diretamente sobre ele. 
Devido à grande velocidade da maioria dos projéteis de armas de fogo, a resistência doar detém 
essencial importância, uma vez que atua como elemento frenador do projétil. 
Se a trajetória fosse dividida em vários segmentos, e fosse aferida a cada um deles a energia 
cinética (força viva), obteríamos diferentes valores de velocidade com relação à resistência do ar. 
 
 
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Desvios do Projétil 
 
A trajetória do projétil deve ser considerada sob um aspecto tridimensional, uma vez que os 
elementos que acabamos de ver não se encontram apenas em um só plano. O projétil é passível de 
deslocamentos transversais à linha de visada, devendo sua trajetória ser referida às três dimensões do 
espaço. Estes deslocamentos transversais, para um ou outro lado, em relação ao objetivo visado, são 
devidos a fatores intrínsecos e extrínsecos, e aos movimentos do próprio projétil, e são conhecidos pelo 
nome de deriva. 
Dentre os fatores extrínsecos, temos como mais significativo a influência do ar atmosférico. Este 
é um elemento, na verdade, fluido, que está em constante movimento, devido ao deslocamento de 
massas de ar frias e aquecidas, respectivamente, mais e menos densas, o que determina uma série de 
influências sobre o projétil. A mais simples brisa lateral, dependendo da velocidade e da distância do tiro, 
poderá causar grave desvio na trajetória do projétil, fazendo o atirador errar o alvo visado. 
 
Velocidade dos Projéteis 
 
A velocidade máxima do projétil é obtida um pouco além da boca do cano da arma, em virtude 
de, ainda, a pressão dos gases estar atuando sobre o mesmo. A partir daí, ele passa a perder velocidade, 
por inúmeros fatores, alguns já estudados, como a resistência do ar. 
Existem munições supersônicas e subsônicas; as primeiras possuem velocidade maior que a do 
som (340 m/s), as segundas, menor. A utilização de um ou outro tipo de munição vai depender das 
necessidades do atirador e da capacidade da arma. 
 
Alcance da Munição 
 
Ao referirmos o alcance de determinado tipo de munição, devemos ter em mente que este nunca 
será relativo a um elemento isolado do conjunto do tiro, mas sempre a um sistema, que compreende a 
arma utilizada (seu comprimento de cano, passo de raias, etc.) e a munição empregada (potência, calibre, 
massa do projétil, etc.), assim como do ângulo de tiro com que a arma será disparada. 
Projéteis de armas curtas, como o .38 SPL, tem baixo coeficiente balístico, algo em torno de 0,15. 
Já os projéteis tipos "boat tail" normalmente utilizados em armas longas, tem alto coeficiente balístico, 
por volta de 0,55, destinando-se para o tiro às distâncias longas. A trajetória do projétil na 
atmosfera está sujeita, também, à influência de vários fatores, que irão determinar a precisão e o alcance 
do conjunto arma/munição, por atuarem diretamente sobre ele. 
No início deste capítulo, nos referimos à influência da resistência do ar na trajetória do projétil. É 
claro que esta resistência afeta o alcance do projétil, ou seja, se a trajetória fosse dividida em diversos 
segmentos, e fosse medida a energia do projétil em cada um deles, obteríamos diferentes valores de 
velocidade com relação à resistência do ar, que teria influência direta sobre o seu alcance. A força exercida 
pela gravidade, como foi visto, também possui influência direta sobre o projétil. 
No caso das armas curtas, quase todos os projéteis têm a configuração mais ou menos ogival ou 
arredondada, e a base plana, atributos estes que fazem com que, em média a cada 100 metros, percam 
 
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60 
 
de 20 a 25 % de sua velocidade inicial. Um teste realizado pelo Exército dos EUA, quando da escolha de 
sua arma de coldre regulamentar em calibre 9 mm Parabellum, revelou que uma arma curta militar 
disparada a 1,5 m do solo, em posição perfeitamente horizontal (0° de inclinação), teve seu projétil 
deslocando aproximadamente 250 m antes de tocar o solo. 
Nas armas longas raiadas é possível melhorar sensivelmente o desempenho aerodinâmico dos 
projéteis, a ponto de, em calibres como o 7 mm ou .30, a perda de velocidade ficar limitada apenas a 
6% a cada 100 m de trajetória. 
 
Tipos de alcance de munições 
 
 
 
Como visto, o alcance de tiro, nas armas que disparam projéteis singulares ou balins múltiplos, 
vai depender do ângulo de disparo (ângulo formado entre a linha de tiro e a horizontal), bem como da 
arma e da munição empregada, tendo em vista a variedade de projéteis e cargas para cartuchos de 
mesmo calibre. 
Para estudo do alcance das munições, é necessário estabelecer diferenciação entre os diversos 
tipos de alcance que serão referidos. 
 
Alcance máximo 
 
Também chamado alcance real, é a distância compreendida entre a boca do cano da arma e o 
ponto de chegada do projétil. É calculado normalmente através de fórmulas balísticas que consideram a 
velocidade inicial, o ângulo de projeção e o coeficiente de resistência (balístico). 
 
Alcance útil 
 
Nas armas de cano desprovido de raiamento (alma lisa), o alcance útil é determinado pela 
dispersão da arma e pelas possibilidades práticas de sua utilização. Nas espingardas, o diâmetro do círculo 
de dispersão, ou agrupamento, é controlado pelo choque, que é um estrangulamento na porção final do 
cano, próximo à boca, que tem por finalidade agrupar os múltiplos balins disparados desde o cartucho. 
 
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Nas armas de cano raiado, o alcance útil é definido como sendo a distância em que o projétil 
causará ferimentos de certa gravidade em alvo humano. 
 
Alcance de utilização 
 
Assim é denominado o alcance em que um atirador experimentado é capaz de atingir, com 
razoável grau de certeza e precisão, um quadrado de 30 cm de lado, que simula a área onde se localizam 
os principais órgãos vitais do corpo humano. Além das variáveis já referenciadas, a experiência do 
atirador irá influenciar neste tipo de alcance. 
 
Balística Terminal ou de Efeitos 
Denomina-se balística terminal, ou de efeitos, aquela parte da balística que se preocupa com os 
efeitos do projétil no seu impacto contra o alvo. Diversos são os efeitos dos projéteis em seu ponto de 
chegada, dependendo de sua trajetória, das influências já comentadas, bem como do tipo de estrutura 
do alvo (se de madeira, metal, tecido humano, etc.), o que vai determinar seus maiores ou menores 
efeitos. 
 
Munições 
 
São corpos carregados com propelentes ou qualquer outro produto, ou ainda uma combinação de 
dois ou mais produtos, que podem ser arremessados por uma arma ou qualquer outro meio, destinados 
a produzirem danos contra pessoal, material ou instalações. 
 
Cartucho 
 
Um cartucho completo é composto de: 
 
1 – Projétil 
2 – Estojo 
3 - Propelente 
4 - Espoleta 
 
 
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Componentes dos cartuchos: 
Estojo – O estojo é o componente de união mecânica do cartucho, e trata-se de um componente 
indispensável às armas modernas. O estojo possibilita que todos os componentes necessários ao disparo 
fiquem unidos em uma peça, facilitando o manejo da arma e diminuindo o intervalo em cada disparo. 
Atualmente a maioria dos estojos são construídos em metais não-ferrosos, principalmente o latão 
(liga de cobre e zinco), mas também são encontrados estojos construídos com diversos tipos de materiais 
como plásticos (munição de treinamento e de espingardas), papelão (espingardas) dentre outros. 
 
Quanto ao Tipo de Iniciação 
 
Fogo Circular: A mistura detonante é colocada no interior do estojo, dentro do aro, e detona 
quando este é amassado pelo percussor; 
 
 
 
 
 
Fogo Central: A mistura detonante está disposta em uma espoleta, fixada no centro da base do 
estojo. 
 
 
 
 
 
Espoleta 
 A espoleta é um recipiente que contém a mistura detonante e uma bigorna, utilizado em 
cartuchos de fogo central. 
 
Tipos de Espoleta 
 
Boxer: muito usada atualmente,tem a bigorna presa à espoleta e se utiliza de apenas um evento 
central, facilitando o desespoletamento do estojo, na recarga; 
 
 
 
 
Berdan: utilizada principalmente em armas de uso militar, a bigorna é um pequeno ressalto no 
centro da base dos eventos; 
 
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Bateria: utilizada em cartuchos de caça, tem a bateria incorporada na espoleta de forma a ser 
impossível cair, facilitando o processo de recarga do estojo. 
 
 
 
 
 
 
 
Propelente 
 
Propelente ou carga de projeção é a fonte de energia química utilizada para arremessar o projétil 
à frente, imprimindo-lhe grande velocidade. A energia é produzida pelos gases resultantes da queima do 
propelente, que possuem volume muito maior que o sólido original. O rápido aumento de volume de 
matéria no interior do estojo gera grande pressão para impulsionar o projétil 
Atualmente, o propelente usado nos cartuchos de armas de defesa é a pólvora química ou pólvora 
sem fumaça. Desenvolvida no final do século passado, substituiu com grande eficiência a pólvora negra, 
que hoje é usada apenas em velhas armas de caça e réplicas para tiro esportivo. A pólvora química 
produz pouca fumaça e muito menos resíduos que a pólvora negra, além de ser capaz de gerar muito 
mais pressão, com pequenas quantidades. 
 
 Tipos de Pólvoras 
Atualmente, dois tipos de pólvoras, sem fumaça, são utilizadas em armas de defesa: 
a) Pólvora de base simples: fabricada a base de nitrocelulose, gera menos calor durante a 
queima, aumentando a durabilidade da arma; 
b) Pólvora de base dupla: fabricada com nitrocelulose e nitroglicerina, tem maior conteúdo 
energético, gerando maior pressão e queima mais rápida. 
 
Projéteis 
 Projétil é qualquer sólido que pode ser arremessado ou lançado. No universo das armas de 
defesa, o projétil é a parte do cartucho que será lançada através do cano, em virtude da queima de uma 
carga de projeção. 
 
 
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Tipos de Projéteis 
 
a) Projéteis de chumbo: Como o nome indica, são projéteis construídos exclusivamente com 
ligas desse metal. Podem ser encontrados diversos tipos de projéteis, destinados aos mais diversos usos, 
aos quais podemos classificar de acordo com o tipo de ponta. 
 
b) Projéteis Encamisados - São projéteis construídos por um núcleo de chumbo, recoberto por 
uma capa externa chamada camisa ou jaqueta. A camisa é normalmente fabricada com ligas metálicas 
como: cobre e níquel; cobre, níquel e zinco; cobre e zinco; cobre, zinco e estanho ou aço 
 
 
Os projéteis encamisados podem ter sua capa externa aberta na base e fechada na ponta 
(projéteis sólidos) ou fechada na base e aberta na ponta (projéteis expansivos), sendo que estes últimos 
destinam-se à defesa pessoal, pois ao atingir um alvo humano são capazes de deformar-se e aumentar 
seu diâmetro, obtendo maior capacidade lesiva. Exemplos de projéteis expansivos são as munições 
Hollow Point e Hydra shock. 
 
c) Projéteis Semi-encamisados - São aqueles em que a jaqueta de cobre (ou alumínio) não 
chega a cobrir todo o projétil, deixando sua ponta de chumbo exposta. Podem ser de ponta oca ou de 
ponta macia, possuindo maior expansão e maior penetração, respectivamente. 
São munições comumente empregadas em revólveres, em especial os de calibre .357 Magnum, 
sendo que a de ponta oca é considerada a mais efetiva para o uso desse calibre. 
 
d) Projéteis Especiais - São projéteis que, por suas particularidades únicas, são classificadas 
como especiais. São as munições de fragmentação, as explosivas e as perfurantes. 
Fragmentáveis: São projéteis expansivos, projetados para que se fragmentem ao entrar em 
contato com o alvo. Apresentam excelentes índices de poder de parada, transmitindo grande nível de 
energia ao corpo humano. Exemplos de munições fragmentáveis são as munições Glases e Mag safe. 
Explosivas: São projéteis que empregam um dispositivo explosivo colocado dentro de sua 
cavidade, com uma espoleta que detona ao entrar em contato com o alvo. São extremamente perigosas, 
pois, podem detonar dentro da arma. Exemplo deste tipo de munição é a exploder. 
Perfurantes: Seus projéteis são fabricados com aço extremamente duro, cobertos com uma fina 
carapaça de Teflon, reduzindo assim sua fricção no interior do cano durante o disparo. São capazes de 
atravessar sem qualquer problema obstáculos leves, como latarias de automóveis. São munições que 
devem ser utilizadas com cautela, visto que facilmente transpõem o alvo, podendo atingir o que se 
encontra atrás. 
 
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Tipos de Pontas 
 
Ogival: uso geral, muito comum; 
Canto-vivo: uso exclusivo para tiro ao alvo; tem carga reduzida e perfura o papel 
de forma mais nítida; 
Semi canto-vivo: uso geral; 
Ogival ponta plana: uso geral; muito usado no tiro prático (IPSC) por provocar 
menor número de "engasgos" com a pistola; 
Cone truncado: mesmo uso acima; 
Semi-ogival: também muito usado em tiro prático. 
 
 
 
CALIBRE 
 
 Introdução 
Calibre é o diâmetro entre os fundos do raiamento do cano de uma arma (diâmetro do projétil) ou 
o diâmetro medido entre cheios, isto é, medido diretamente na boca do cano desconsiderando-se a 
profundidade do raiamento (calibre real). 
Estas medidas podem ser expressas em polegadas ou milímetros, sendo que ao se falar em calibre 
.380, ou 9mm, faz-se referência ao calibre do projétil. Desta forma, o calibre .223" (223 milésimos de 
polegada ou 0,223 polegada) corresponde ao 5,56 mm. O calibre é o mesmo, apenas expresso em 
unidades diferentes. 
 
 
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Alma raiada: quando o interior do cano tem sulcos helicoidais dispostos no eixo longitudinal, 
destinados a forçar o projétil a um movimento de rotação. 
Alma lisa: não possui sulcos, sendo o interior do cano liso. 
Quando ouvimos falar de uma determinada munição, muitas vezes nos perguntamos: será que 
esse calibre é bom para a defesa? Quando alguém diz que o calibre .22 é bom para defesa, estará ele 
sendo coerente? Quando vemos o anúncio de venda de uma pistola no calibre 7,65 mm, devemos usá-la 
para nossa defesa e de nossos familiares? Quando no serviço é comentado sobre o calibre .40 S&W, 
ficamos calados por não saber nada sobre ele? E o .45 ACP? É tão bom assim? Se é tão bom, porque o 
Exército o trocou pelo 9mm Parabellum? 
No Brasil, a legislação atual não nos permite alçar grandes voos quanto aos calibres de última 
geração, nem quanto ao armamento correspondente. Mas isso não impede que no policiamento nos 
deparemos com uma arma cujo calibre não é permitido a civis, bem como o seu uso seja restrito às 
Forças Armadas. Vamos citar aqui alguns dos calibres mais importantes no meio civil e militar para armas 
curtas. 
 
Calibre .22 
 
É considerada a mais antiga munição de cartucho metálico do mundo, com fogo circular (1845). 
Surgiu de experiências europeias na busca de munições para o tiro-ao-alvo em recintos fechados na 
primeira metade do século passado. Já o primeiro revólver a calçar o .22 Curto foi um Smith & Wesson 
Nº1 americano, concebido especialmente para a pioneira munição de estojo metálico. 
 
CENTRO DE ENSINO E FORMAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR DO MATO GROSSO DO SUL 
 
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O calibre .22 não foi concebido para obter-se resultados balísticos excepcionais, mas sim para 
uma utilização no tiro informal, ou para a prática de tiro ao alvo em competições não superiores a 50 
metros, além de caça de pequenos animais, alcançando um nível de qualidade e precisão ainda não 
suplantado por nenhum outro calibre (exceto os calibres recarregados profissionalmente). 
Em termos de defesa, foi aperfeiçoado com o lançamento dos cartuchos de 3ª geração, além do 
.22 Magnum, que possuem maior possibilidade de gerar grandes traumatismos aos órgãos atingidos, 
devido à

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