Indicadores Energéticos e Desenvolvimento Sustentável

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Planejamento Energético
Aula 09: Indicadores energéticos (parte 1)
Apresentação
Por que os indicadores existem? Eles são fundamentais, pois, com base em suas informações transmitidas, as empresas
adquirem embasamento para orientarem suas iniciativas, ou seja, os resultados apresentados pelos indicadores norteiam
o melhor campo de ação para escolha dos melhores recursos a serem investidos.
Dessa forma, veremos nesta aula, que, por meio dos indicadores, é possível elencar prioridades a serem alcançadas,
realizar correções no andamento do processo, comparar metodologias aplicadas e incentivar o desenvolvimento e a
performance do que está dando certo.
A partir de agora vamos, juntos, entender melhor seus objetivos e suas características.
Objetivos
1. Identi�car os indicadores energéticos globais;;
2.Explicara a pirâmide de indicadores energéticos;
3.Descrever os métodos e a modelagem para o planejamento da expansão dos sistemas de distribuição de energia.
Resultados da gestão de energia e�caz
Como vimos na aula anterior, para que haja melhor e�ciência na produtividade de qualquer empresa, é essencial a inserção de
ações que inter�ram direta ou indiretamente, de forma micro ou macro, na estrutura empresarial, por meio de uma gestão de
energia e�caz.
Como resultados, teremos uma redução no consumo energético e, consequentemente, menor sobrecarga no sistema em
períodos diários determinados.
Dessa forma, podemos concluir que a e�ciência energética agrega muitos benefícios para a sociedade.
Veja alguns desses benefícios:
GERAÇÃO DE 
EMPREGOS
DIMINUIÇÃO DEVALORES 
TARIFÁRIOS
COMBATE AO 
AQUECIMENTO GLOBAL
Esses são apenas alguns dos muitos benefícios que podemos alcançar através do seu monitoramento e desenvolvimento.
Saiba mais
Para complementar seus estudos e aprender mais sobre e�ciência energética, leia o livro: Geração distribuída e e�ciência
energética – re�exões para o setor elétrico de hoje e do futuro
 (Fonte: think4photop | Shutterstock).
Indicadores de e�ciência energética (IEE)
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Os indicadores podem ser considerados e�cazes para análise da forma como a energia tem sido utilizada, por meio da
associação dos diversos recursos energéticos com aspectos sociais, econômicos, tecnológicos e ambientais.
A partir de sua utilização, é possível uma avaliação objetiva sobre o direcionamento da gestão em busca da sustentabilidade.
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 Englobam a produção, o transporte e o consumo de energia.
Para forma de análise, podem ser elaborados em âmbito global, regional, local e especí�co.
Por meio do planejamento estratégico, que pode ser empresarial, familiar ou pessoal e o estabelecimento de políticas
mundiais e nacionais, os IEEs apresentam dados que comprovam o desenvolvimento passado e ainda preveem
prospecções futuras, analisando a viabilidade das medições.
Permitem repetições de mensurações com enfoque integrado, relacionando as variáveis.
 São veri�cáveis e replicáveis, com metodologia de medição determinada e transparente.
Provocam a discussão, o aprendizado e a mudança.
Monitoram resultados de políticas energéticas adotadas, por meio da relação de variáveis fundamentais dos sistemas
e processos com o consumo de energia �nal.
Principais características dos IEEs 
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Características dos Indicadores Energéticos Globais
Estão orientados à captação da dinâmica do processo evolutivo do sistema energético de uma sociedade.
Além disso, estão associados a metodologias, que permitem mensurar o nível de desenvolvimento de um país, ou seja, da
sustentabilidade de seus sistemas de produção de energia.
E permitem, no �nal, que sejam avaliados os custos da evolução da e�ciência energética atual.
Veja na �gura abaixo a pirâmide dos indicadores energéticos.
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Características do desenvolvimento sustentável
Você já deve ter ouvido falar em desenvolvimento sustentável, então faremos apenas uma revisão de suas principais
características.
O desenvolvimento sustentável prioriza mudanças no setor produtivo
para aumento da e�ciência no setor de energia, desde a produção até
seu consumo �nal.
Isso ocorre por meio do estabelecimento de políticas energéticas sustentáveis que incentivem o desenvolvimento de forma
“limpa”. Para isso, são incentivados investimentos em tecnologias e combustíveis renováveis reduzindo de forma substancial
a utilização de combustíveis fósseis.
Para termos uma ideia da dimensão de análise pelos indicadores energéticos, temos que considerar que a Comissão de
Desenvolvimento Sustentável sozinha possui 96 indicadores.
Saiba mais
Conheça um pouco mais sobre as dimensões da sustentabilidade no site do SEBRAE.
Principais indicadores de desenvolvimento sustentável
De acordo com Kim (2002), apesar de ser um assunto bastante explorado, o seu completo entendimento ainda tem se
colocado como um desa�o para ações das políticas de gestão energética.
Por isso, torna-se fundamental a utilização de indicadores que ajudem a mensurar a sustentabilidade real.
Veja quais são esses indicadores:
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Mede o nível de desenvolvimento humano de um país. Este indicador é medido anualmente, composto pelo PIB per
capita longevidade, ou seja, expectativa de vida ao nascer e educação, ou seja, analfabetismo e taxa de matrícula nos
três níveis de ensino.
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 
Avalia o bem-estar econômico, segurança, competitividade, coesão social, educação, saúde e o desenvolvimento
sustentável no país
DNA Brasil 
Avalia e retrata a condição do ambiente, a condição das pessoas e, quando analisadas em conjunto, do progresso geral
em direção à sustentabilidade. além disso, compara o bem-estar humano e do meio ambiente nas sociedades.
Barômetro da Sustentabilidade (BS) 
Segundo Kim (2002), mede o �uxo de matéria e energia necessária para suprir o consumo de determinada população e
realiza a conversão desse gasto em área requeria da natureza para suportar esse �uxo.
Pegada Ecológica 
Quanti�ca e classi�ca o desempenho ambiental das políticas de um país com base em duas variáveis; saúde ambiental e
vitalidade dos ecossistemas.
Índice de Desempenho Ambiental (EPI) 
Caracteriza a gravidade relativa de vários tipos de questões ambientais sofridas por diversos países (243 no total) e
regiões (Antártida). É composto por 50 indicadores.
Índice de Vulnerabilidade Ambiental (EVI) 
Mede a capacidade que cada país tem para proporcionar um bem-estar sustentável à sociedade.
Este íncide é obtido através da equação abaixo, que é formulada pelo bem-estar da população (obtido através de
questionário), expectativa de vida e pegada ecológica.
Índice planeta feliz 
Índice Planeta Feliz (HPI) 
=
Bem esta x Expectativa de vida
Pegada Ecolgica
Apresentam-se no formato de tabelas, mapas e grá�cos, possuindo uma �cha contendo toda a descrição do indicador,
as variáveis relacionadas e as fontes utilizadas em sua construção, a relevância para o desenvolvimento sustentável e
uma breve análise.
Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS) 
Fornece uma pespectiva sobre o estado dos ecossistemas, representando, naturalmente, a perda contínua da
biodiversidade.
Índice Planeta Vivo (LPI) 
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Vantagens e desvantagens dos indicadores de desenvolvimento sustentável
Com base no fato de que os indicadores são apenas medidas e sua análise depende efetivamente da observação de analistas
com embasamento teórico, temos vantagens e desvantagens de sua utilização no desenvolvimento sustentável,
apresentados na tabela 1.
INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
VANTAGENS DESVANTAGENS
Avaliação dos níveis de DS Deficiência na definição de expressões matemáticas que melhor traduzam os
parâmetros selecionados
Capacidade de sintetizar a informação de caráter
técnico/científicoPodem ocorrer perdas de informações nos processos de agregação de dados
Facilidade de transmitir a informação Possuem diferentes critérios na definição dos limites de variação do índice em
relação às imposições estabelecidas
Bom instrumento de apoio à decisão e aos
processos de gestão ambiental
Ausência de critérios robustos para a seleção de alguns indicadores
Ajuda a sublinhar a existência de tendências Dificuldades na aplicação em determinadas áreas como o ordenamento do
território e paisagem
Possibilita comparar padrões e/ou metas pré-
definidas
Precisa de informações de base
Vantagens e limitações dos indicadores e índices de desenvolvimento sustentável. 
Fonte: Agência Portuguesa para o Meio Ambiente, 2000.
Métodos e modelagem para o planejamento da expansão dos
sistemas de distribuição de energia
Por meio da utilização de metodologia e do modelo adequado, é possível englobar critérios qulitativos e quantitativos
considerando resultados estatísticos e a análise de especialistas.
Entre os critérios utilizados para aplicação de determinada metodologia, pode-se considerar:
O ganho operacional
em relação às perdas
técnicas
A carga dos condutores
nos alimentadores
Os indicadores de nível
de tensão e
continuidade no
fornecimento de
energia
Os aspectos físicos e
custos referentes à
extensão dos
alimentadores e da obra
Dessa forma, o planejamento da expansão de sistemas de distribuição de energia elétrica pode ser modelado como um
problema de programação não linear mista, onde existem variáveis contínuas, como:
Ângulos das barras;
Tensões;
Potências ativa e reativa importadas da transmissão; e
Variáveis discretas (estados das chaves — abertas ou fechadas, capacidade das unidades de Geração Distribuída a serem
instaladas, indicadores de recondutoramento etc.)
Exemplo
Diversos estudos têm sido realizados com o objetivo de alcançar maior velocidade e e�ciência na convergência de soluções
nos modelos atuais. Con�ra alguns exemplos de métodos de planejamento da expansão de sistemas de distribuição de
energia elétrica com a indicação do autor responsável pelo estudo.
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Podemos concluir que todas as variáveis que participam dos
indicadores não podem fornecer, isoladamente, uma avaliação sobre
a e�ciência energética de forma geral. Somente quando analisadas
em conjunto podem revelar signi�cados relevantes quanto à
e�ciência energética.
Na próxima aula, continuaremos este estudo sobre métodos probabilísticos no planejamento energético.
Atenção
Diante da ausência de uma base de dados de domínio público com índices e avaliações sobre e�ciência energética brasileira,
a Iniciativa Internacional de Energia no Brasil criou o Portal Brasileiro de Indicadores de E�ciência Energética (PBIEE) Seu
lançamento está previsto para junho de 2019. Ele permitirá que o consumidor �scalize o setor.
Atividades
1. Tem-se na gestão energética uma forma de condução a um menor consumo de energia por meio da otimização na utilização
dos recursos disponíveis, mantendo a satisfação das necessidades do consumidor.
 Para acompanhamento dessa gestão, existem os indicadores energéticos. Qual seria então, a principal função desses
indicadores?
2. Como deve ser denominado o subconjunto de indicadores energéticos, relacionados à energia econômica e, além disso,
aplicáveis em técnicas de gestão energética?
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3.(CESGRANRIO - 2011) 
Com a retomada do planejamento do setor de energia no Brasil, foi elaborado o Plano Nacional de Energia 2030 (PNE 2030), que
incorpora a e�ciência energética em seus estudos e menciona a elaboração do Plano Nacional de E�ciência Energética (PNEf),
que está em fase de conclusão.
 A e�ciência no uso da energia, com destaque para a elétrica, está em pauta desde os choques do petróleo na década de 1970,
quando foi observado que as reservas fósseis não seriam baratas para sempre e que seu uso traria prejuízos para o meio
ambiente. Sobre esse tema, considere as a�rmativas a seguir.
I) O atual Balanço Energético Nacional mostra que o consumo �nal de energia elétrica do setor residencial é superior ao
industrial, correspondendo a cerca de 50% do total, tendo maior potencial de conservação de energia.
II) O governo federal instituiu recentemente o Prêmio Nacional de Conservação de Energia, conhecido como CONPET.
III) A Lei nº10.295, de 2001, conhecida como Lei da E�ciência Energética, dispõe sobre a política nacional de conservação e uso
racional da energia, visando à alocação e�ciente dos recursos energéticos e também à preservação do meio ambiente.
IV) O BNDES possui um programa destinado a �nanciar projetos de e�ciência energética denominado PROESCO, que visa a
apoiar a implementação de projetos que, comprovadamente, contribuam para a economia de energia.
a) Somente I e II
b) Somente III e IV
c) Somente II e III
d) Somente I e IV
e) Todas estão corretas.
4. (CESGRANRIO - 2015) 
A e�ciência energética é parte da política estratégica de desenvolvimento em diversos países, incluindo o Brasil. Nesse sentido, a
e�ciência energética pode ser promovida pela:
a) Elevação da capacidade de produção de energia elétrica do país para aumento do consumo e da qualidade de vida da população.
b) Redução do custo do kWh para propiciar a facilitação no acesso à energia elétrica para a população.
c) Política de combate ao consumo de energia por meio da conscientização dos males causados por esse consumo ao meio ambiente
d) Substituição do trabalho humano por máquinas para tornar os processos de fabricação mais eficientes e menos custosos
e) Otimização dos processos de transformação, de transporte e de utilização dos recursos energéticos em toda a sua cadeia para o
combate do desperdício.
5. (CESGRANRIO- 2014) 
Para atender ao consumidor, o sistema elétrico vem sofrendo expansão ao longo dos tempos. O elemento associado ao
atendimento dessa demanda, em que não se pode atuar com a e�ciência dos equipamentos elétricos, é a:
a) Energia útil demandada
b) Energia elétrica demandada
c) Energia aparente dos equipamentos
d) Potência elétrica dos equipamentos
e) Potência reativa dos equipamentos
Notas
Título modal 1
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Referências
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