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Alegações Finais por Memoriais em Processo Criminal

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA X VARA 
CRIMINAL DA COMARCA DE BRASÍLIA-DF. 
 
 
PROCESSO Nº.: xxxxxxxx 
 
 
 
Luan dos Santos, devidamente qualificado nos autos do processo em 
epígrafe, vem perante Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado, com 
fundamento no art. 403, § 3º, do Código de Processo Penal, apresentar 
ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS 
pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos. 
I – DOS FATOS 
O réu foi acusado e houve o recebimento da denúncia pela suposta 
prática de furto qualificado tipificado no art. 155, § 4º do Código Penal. 
Posteriormente o acusado foi citado, porém, não apresentou resposta à 
acusação, ainda assim, foi dado o prosseguimento do feito. Foi designada data 
para audiência de instrução e julgamento. 
Na audiência de instrução, ocorreu a oitiva das seguintes testemunhas 
XXXXX, que relataram não ter certeza de que o réu realmente cometeu o fato 
criminoso, ainda nenhuma prova foi apresentada aos autos. 
O Ministério Público pugnou por sua condenação nos termos da 
denúncia, havendo então a intimação do réu. 
II - DO DIREITO 
DA NULIDADE 
Deve ser declara nulidade do caso em tela. 
De acordo com o art. 564 IV do CPP, é nulo o processo por omissão de 
formalidade essencial do ato, conforme artigos 396 e 396-A, ambos do CPP. 
Assim sendo, observa-se que no caso em tela o réu não pode exercer seu 
direito de defesa, previsto no art. 5º LV da CF. 
Portanto, deve o Juiz declarar a nulidade do presente processo, a partir 
da citação, com nova abertura de prazo para que seja apresentada a resposta a 
acusação. 
DA ABSOLVIÇÃO 
Diante dos fatos apresentados nos autos, verificasse que não há 
nenhuma prova ou elementos probatórios suficientes para imputação do fato 
criminoso ao acusado. Com fulcro no art. 386, V do CPP, a inexistência de 
provas faz com que o Juiz deva determinada a sentença de absolvição ao 
acusado. 
De outra banda, em depoimento as testemunhas deixam claro não terem 
certeza quem foi o autor do crime, e não há em momento algum qualquer 
elemento ou prova juntada aos autos que comprovem que o acusado foi o autor 
do crime. 
Assim sendo, não há provas ou indícios que o acusado praticou o fato, 
não ensejando fundamentos para que ocorra a sua condenação. Portanto o réu 
deve ser absolvido. 
Podemos nos basear dessa absolvição, seguindo o princípio presunção 
de inocência (in dubio pro reo) que nas palavras do doutrinador em sua obra 
Jurisprudencial Criminal (V.2 pg.446) de Heleno Claudio Fragoso: 
“Nenhuma pena pode ser aplicada sem a mais completa 
certeza dos fatos. A pena, disciplinar ou criminal, atinge a 
dignidade, a honra e a estima da pessoa, ferindo-a gravemente no 
plano moral, além de representar a perda dos bens ou interesses 
materiais”. 
Dessa forma, deve o réu seja absolvido por não existirem elementos de 
prova suficientes para condená-lo e não há provas de sua autoria, nos moldes 
do artigo 386, incisos IV e V do Código de Processo Penal. 
IIII –DA PENA 
Sendo o entendimento da Vossa Excelência diverso dos apresentados 
acima para o caso em tela, que seja aplicada a peno mínima. 
Conforme o art. 59 CP, verifica-se que todas são favoráveis ao acusado, 
não havendo elementos nos autos para que se possa fazer um juízo valorativo 
objetivo sobre a personalidade do acusado, razão pela qual a defesa pugna 
pela aplicação da pena-base no mínimo legal. 
Mesmo que o acusado possua outros processos e/ou inquéritos penais, 
não deve nenhum ser utilizado como razão para fundamentação da majoração 
se sua pena, pois é vedada a utilização destes com este propósito, conforme 
sumula 444 do STJ. 
Quanto a maioridade do acusado, o mesmo possuía na data do suposto 
fato 19 (dezenove) anos, sedo menor de 21 anos. 
De acordo com o art. 65 I do CP, a maioridade relativa é motivo 
atenuante de pena. Portanto, conforme comprovado através do documento de 
identidade juntado aos autos, o réu faz jus ao benefício da atenuante descrita, 
pois ficou claro que o acusado possuía apenas 19 (dezenove) anos na data do 
ato. 
Assim, o réu deve ter sua pena diminuída. 
IV – DOS PEDIDOS 
Ante o exposto, a defesa técnica requer à Vossa Excelência: 
a) Preliminarmente, reconhecimento da nulidade nos termos do 
artigo 564, IV do CPP, 
b) No mérito, absolvição do acusado, de acordo com o art. 386, 
inciso V do CPP, diante da negativa de autoria e por não existir prova 
suficiente para a condenação; 
c) Na eventualidade de condenação, que sejam consideradas 
favoráveis todas as circunstâncias judiciais da primeira fase da 
dosimetria, conforme o art. 59, CP, devendo a pena base ser fixada no 
mínimo legal; 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Brasília, 06 de agosto de 2019. 
Advogado.../OAB...

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