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MATEMÁTICA FINANCEIRA E ESTATÍSTICA APLICADA A ENFERMAGEM

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FUNDAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DE OLNDA – FUNESO 
UNIÃO DE ESCOLAS SUPERIORES DA FUNESO – UNESF 
PÓS-GRADUAÇÃO EM MATEMÁTICA 
FINANCEIRA E ESTATÍSTICA 
 
 
 
FRANKLIN DA SILVA FREIRE 
 
 
 
 
 
 
MATEMÁTICA FINANCEIRA E ESTATÍSTICA APLICADA A ENFERMAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OLINDA 
2014 
 
 
FRANKLIN DA SILVA FREIRE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MATEMÁTICA FINANCEIRA E ESTATÍSTICA APLICADA A ENFERMAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OLINDA 
2014 
Monografia apresentada a Banca Examinadora do 
Núcleo de Pós-Graduação da Fundação de Ensino 
Superior de Olinda-Funeso, como pré-requisito 
para obtenção do título de Especialista em 
Matemática Financeira e Estatística, sob orientação 
da Profª. MSC Heloisa das Dores de Santana Arruda 
e Co-orietação Enfª. Esp. Ana Lúcia Ferreira de 
Andrade. 
 
 
FRANKLIN DA SILVA FREIRE 
 
 
 
 
 
MATEMÁTICA FINANCEIRA E ESTATÍSTICA APLICADA A ENFERMAGEM 
 
 
 
 
 
Data: ___/___/___ 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
______________________________________________ 
 
_____________________________________________ 
 
_____________________________________________ 
 
 
 
OLINDA 
2014 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
A minha Esposa Ana Lúcia com todo meu amor 
Aos Meus Pais José e Maria 
Aos meus irmãos Fransuelison e Rita de Cássia 
Aos Meus Sogros Antônio e Maria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Franklin da Silva Freire 
 
 
AGRADECIMENTO 
 
Ao amor que sinto por minha vida, situação esta que me permite amar a Deus e o 
próximo. 
A minha esposa Ana Lúcia por acreditar que este sonho era possível. Pela 
paciência, respeito, amor e pelo apoio nos momentos difíceis desta trajetória. 
Aos Meus pais e irmãos, José, Maria de Fátima, Fransuelison e Rita agradeço o 
apoio, incentivo e oportunidade, por terem me ensinado valores e princípios que 
regem minha vida e por permitirem que este sonho se tornasse realidade. 
Aos meus sogros e cunhada, Antônio e Maria e Lúcia Helena, pelo apoio, incentivo, 
oportunidade e por se alegrarem sempre com as minhas conquistas e vitórias. 
Aos meus amigos proativos da Pós-graduação: Jefferson, Keivson, Lúcio, Renato, 
Gilson, Rosivaldo e José Antônio, pelo companheirismo, pelas conversas, foram 
momentos inesquecíveis, minha amizade e carinho por vocês serão eternos. 
Aos Professores por todo ensinamento, pela contribuição na minha pesquisa. 
Ao meu orientador (a) Prof: MSC. Heloisa das Dores de Santana Arruda, por 
acreditar neste projeto e por compartilhar gentilmente seu conhecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
No contexto histórico tem-se que desde antes de cristo a indícios da utilização de 
métodos da estatística e a aplicação pioneira na saúde se deu no século XVII e nos 
dias atuais está integrada na tecnologia favorecendo o andamento da evolução 
humana nos diversos campos inseridos em qualquer sociedade. A matemática 
financeira e estatística é uma ferramenta essencial e aplicada a qualquer disciplina e 
profissão que necessita de informações mais próximas da exatidão, no menor tempo 
possível, através de analise de dados obtidos por coletas em pesquisa de campo e 
ou banco de dados e gerenciamento pessoal e profissional. Na enfermagem a 
matemática financeira e estatística se apresenta como artificio indispensável 
principalmente na área de epidemiologia, informações sobre evolução de pacientes, 
medicações, patologias e etc.. São de suma importância, pois poderá apontar 
sucesso ou insucesso. Através desta informação pode-se delinear a trajetória e/ou 
método de tratamento na pratica. O erro na matemática financeira e estatística pode 
ocorrer através da captação, manipulação e tratamento desses dados. Por isto é 
necessário ter maturidade e segurança em conhecimentos básicos e específicos de 
matemática e estatística. Analisar a importância da matemática financeira e 
estatística aplicada para profissionais da saúde, principalmente os da enfermagem. 
Analisar e Identificar obras, que envolvam a matemática financeira e estatística 
aplicada à enfermagem. Apontar técnicas didática e metodológica integrada à 
interdisciplinaridade, contextualização e questões que simulam a aplicação prática 
da estatística voltada à enfermagem. Para esse fim, a pesquisa apresenta uma 
abordagem de cunho qualitativo, na qual se procurará investigar livros, revistas, 
reportagens, monografias, artigos, apostilas e sites da internet. Especificamente no 
que se refere à estatística aplicada à enfermagem. É de fácil constatação nas obras 
analisadas a ausência de aplicações mais aprofundadas relativa à estatística no que 
diz respeito ao processo de manipulação de dados junto ao rol, tabulação, cálculos, 
gráficos e conhecimentos financeiros pessoais e profissionais. O caminho adotado 
está se apoiando e tornado dependente das tecnologias deixando o convencional de 
lado tornando-se um fator perigoso, pois se a tecnologia faltar à precariedade da 
ausência de maturidade do convencional contraria direito e deveres do profissional 
de enfermagem. Que a matemática financeira e estatística tem uma função bastante 
importante na sociedade seja de forma global ou aplicada, e na saúde 
principalmente na enfermagem por ser um fator de proximidade, observação e 
captação dos dados. Que a estatística associada às tecnologias se torna ainda mais 
poderosa, porem não se pode deixar de ser associado o método tecnológico ao 
método tradicional, para que não haja uma total dependência da tecnologia e não se 
tenha meios de verificar sua eficiência ou a falta dessa tecnologia pelo ser humano. 
 
Palavras-chave: Enfermagem. Estatística. Financeira. Matemática. Tecnologia. 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
In the historical context it has to be since before Christ the evidence of the use of 
statistical methods and the pioneering application in health occurred in the 
seventeenth century and today is part of the technology favoring the progress of 
human evolution in the various fields inserted in any society. The financial 
mathematics and statistics is an essential tool and applied to any discipline and 
profession that requires closer information accuracy in the shortest possible time, 
through data analysis obtained by sampling in field research and or database 
management and staff and professional. In nursing, the financial mathematics and 
statistics is presented as essential artifice especially in epidemiology, information on 
outcome of patients, medications, disease, etc .. They are very important because 
you can point success or failure. With this information one can outline the path and / 
or treatment method in practice. The error in financial mathematics and statistics can 
occur through the capture, handling and processing. For this you must have maturity 
and security in basic and specific knowledge of mathematics and statistics. Analyze 
the importance of financial and mathematical statistics applied to health 
professionals, especially nursing. Analyze and identify works which involve the 
financial mathematics and statistics applied to nursing. Pointing didactic and 
methodological techniques integrated interdisciplinarity, contextualization and 
questions that simulate the practical application of focused on nursing statistics. To 
this end, the research presents a qualitative study approach, which seek to 
investigate books, magazines, reports, monographs, articles, brochures and 
websites. Specifically regarding the statistics applied to nursing. It's easy finding in 
the works analyzed the absence of more detailed applications on the statistics with 
regard to data manipulation process with the list, tabulation, calculations, graphics 
and personal financial and professional knowledge. The approach adopted is to 
support and become dependent on technologies leaving aside conventional 
becoming a dangerous factor because if the technology miss the precariousness of 
conventional maturity absence contradicts right and dutiesof the nursing 
professional. That the financial and mathematical statistics has a very important role 
in society is global or applied form, including health, especially in nursing to be a 
proximity factor, observation and capture of data. That statistics linked to the 
technology becomes even more powerful, however it must be associated with the 
technological method to the traditional method, so that there is total dependence on 
technology and has not the means to monitor their effectiveness or lack of this 
technology by humans. 
 
Keywords: Nursing. Statistics. Financial. Mathematics. Technology. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
 
 
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
AMS - Assistência Médico- Sanitária 
CDC - The Centers for Disease Control and Prevention 
CFM - Conselho Federal de Medicina 
COFEM - Conselho Federal de Enfermagem 
DNSP - Departamento Nacional de Saúde Pública 
FUNESO – Fundação de Ensino Superior de Olinda 
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada 
IRAS - Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde 
OMS - Organização Mundial de Saúde 
PCN's - Parâmetros Curriculares Nacionais 
PNAD - Pesquisa Brasileira por Amostragem de Domicílios 
PV-PR - Partido Verde Paraná 
R7 - Portal de Noticias Rede Record 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 INTRODUÇÃO...................................................................................... 
 
10 
1 HISTÓRIA DA MATEMÁTICA FINANCEIRA....................................... 12 
1.1 História da matemática financeira na enfermagem............................... 
 
13 
2 HISTÓRIA DA MATEMÁTICA ESTATÍSTICA.................................... 16 
2.1 
 
História da matemática estatística na enfermagem............................... 17 
3 IMPORTÂNCIA DA MATEMÁTICA...................................................... 20 
3.1 Matemática aplicada.............................................................................. 21 
3.2 Matemática Estatística aplicada............................................................ 22 
3.2.1 Captação dos dados.............................................................................. 22 
3.2.2 Manipulação dos dados......................................................................... 25 
3.2.3 
3.2.3.1 
3.2.3.2 
3.2.3.3 
3.2.3.4 
3.2.4 
Gráficos.................................................................................................. 
Gráficos de Setores................................................................................ 
Gráfico de barras e colunas................................................................... 
Gráfico de linhas.................................................................................... 
Gráfico geográfico................................................................................. 
Conhecimentos específicos................................................................... 
26 
27 
27 
28 
28 
30 
3.3. Matemática Financeira aplicada......................................................... 
, 
31 
 
4 ANÁLISE DE OBRAS ......................................................................... 40 
5 O ERRO................................................................................................ 43 
5.1. Erro no ser humano e nas tecnologias............................................. 44 
5.2. Erro na enfermagem........................................................................... 
 
44 
6 TECNOLOGIA NA ENFERMAGEM ................................................... 
 
46 
7 TECNOLÓGIA COMO FERRAMENTA DIDÁTICA ............................ 49 
8 CONCLUSÃO....................................................................................... 55 
9 REFERÊNCIAS.................................................................................................. 56 
 
10 
 
INTRODUÇÃO 
 
Notícias veiculadas na mídia escrita, rádio e televisão, alertam a falta de 
preparo de enfermeiras em situações do cotidiano que o trabalho exige. Dentre 
esses, erros, a aplicação da matemática financeira e estatística é bastante relevante, 
pois é constantemente utilizada no registro de dados dos pacientes, em leitura de 
exames, gestão hospitalar, auditória. Fatores esses que abrem espaço, para que 
seja realizado estudo com intuito de identificar sua importância pratica na vivência 
do profissional de saúde através de um estudo qualitativo. 
Os números mostram que as faculdades de enfermagem também estão 
em alta. Os erros não existem apenas entre auxiliares e técnicos, ocorrem entre os 
profissionais de nível superior. 
Segundo os especialistas consultados pelo Portal de Noticias do R7, Em 
cinco anos, houve aumento de 30% de erros desses profissionais no Brasil. 
Segundo o Conselho Federal de Enfermagem, a falta de formação adequada e de 
consciência sobre a função exercida são as principais causas dos erros de 
enfermagem. 
No Jornal da Câmara dos Deputados, Rosane Ferreira (PV-PR) comentou 
a reportagem do programa “Fantástico”, da TV Globo, sobre os erros cometidos por 
enfermeiros. Na opinião da deputada, a sobrecarga horária, os baixos salários e o 
aumento do número de instituições com baixa qualidade de ensino são os principais 
motivos para o aumento de erros na enfermagem. Rosane Ferreira (PV-PR) disse 
que é fundamental uma maior fiscalização do Ministério da Educação e das 
secretarias estaduais sobre a autorização de novos cursos na área de saúde. 
Considerando a estatística como ferramenta para diversas áreas de 
saúde, no ensino e na vivência profissional da enfermagem, ela se faz indispensável 
e corriqueira. Cobrando assim atenção, dedicação e prévios conhecimentos 
específicos da matemática que se fortalecem na sua exatidão, nas operações do 
cuidar e tratar do ser humano. 
De acordo com Josephino (2006) a estatística, variação de grandezas, 
leitura, analise e interpretação de dados (gráficos) e a probabilidade são 
conhecimentos muito utilizados em estudos de Epidemiologia, patologia, medicina e 
em saúde púbica em geral. A análise desses dados muitas vezes conduz a ação do 
11 
 
profissional de saúde a partir do prognostico que os dados apresentados apontam, 
não são condizentes. 
Analisar a importância da matemática financeira e estatística aplicada 
para profissionais da saúde, principalmente os da enfermagem, identificar didática e 
metodologias aplicadas; analisar e identificar obras, que envolvam estatística 
aplicada à enfermagem. Apontar técnicas didática e metodológica, integrada à 
interdisciplinaridade, contextualização e questões que simulam a aplicação prática 
da matemática financeira e estatística voltada à enfermagem. 
Propor alternativas para melhorar o conhecimento das aplicações 
estatísticas aplicadas à enfermagem. 
No decorrer deste trabalho será abordado um pouco da historia da 
matemática financeira e estatística e como foi inserida na área de saúde. Mostrando 
também a matemática básica utilizada em diversas áreas de conhecimento, inclusive 
na matemática financeira e estatística à enfermagem onde vão ser explanado, quais 
os conhecimentos necessários para um profissional de enfermagem ter domínio da 
matemática financeira e estatística na sua vida pratica como enfermeiro bem 
sucedido, desde a manipulação de dados e controle de doenças até cálculos 
financeiros e mais elaborados como percentis de uma determinada tabela para 
encontrar um valor especifico de percentagem que se procura. 
Analisar trabalhos científicos, livros, apostilas, revistas e paginas de 
internet falando sobre a matemática financeira e estatística aplicada a enfermagem 
com intuito de observar a didática utilizada por estes meios, influenciando na 
aprendizagem do aluno de enfermagem que vai se tornar um profissional e precisa 
de um entendimento vindo dessas ferramentas o mais claro possível, poisnão é 
aceitável que existam erros em materiais tão importantes para o aprendizado. 
Sabendo que o material didático usado não pode conter erros, entrar na prática com 
o mesmo pensamento mostrando que quando o profissional está lidando com vidas 
reais ele não pode cometer erros, pois isso pode custar à vida de alguém. O trabalho 
será finalizado investigando a integração da matemática financeira e estatística na 
enfermagem usando as tecnologias modernas para facilitar o trabalho desses 
profissionais, porém é preciso ter certeza que essas pessoas que trabalham em 
saúde e tem tamanha responsabilidade com vidas humanas tem total capacidade de 
manusear e gerenciar tais equipamentos de forma impecável. 
 
12 
 
1. HISTORIA DA MATEMÁTICA FINANCEIRA 
 
O interessante no estudo histórico é perceber como surgiu, sua utilidade e 
quais modificações ocorreram. De acordo com Gonçalves (2005), é bastante antigo 
o conceito de juros, tendo sido amplamente divulgado e utilizado ao longo da 
História. Esse conceito surgiu naturalmente quando o homem percebeu existir uma 
estreita relação entre o dinheiro e o tempo. Processos de acumulação de capital e a 
desvalorização da moeda levariam normalmente a ideia de juros, pois se realizavam 
basicamente devido ao valor temporal do dinheiro. 
Com toda a tecnologia que o homem conquistou até os dias atuais, ainda 
utiliza-se conhecimentos de civilizações passadas. Para Gonçalves (2005), as 
tábuas mais antigas mostram um alto grau de habilidade computacional e deixam 
claro que o sistema sexagesimal posicional já estava de longa data estabelecida. Há 
muitos textos desses primeiros tempos que tratam da distribuição de produtos 
agrícolas e de cálculos aritméticos baseados nessas transações. As tábuas 
mostram que os sumérios antigos estavam familiarizados com todos os tipos de 
contratos legais e usuais, como faturas, recibos, notas promissórias, crédito, juros 
simples e compostos, hipotecas, escrituras de venda e endossos. 
Há tábuas que são documentos de empresas comerciais e outras que 
lidam com sistemas de pesos e medidas. Muitos processos aritméticos eram 
efetuados com a ajuda de várias tábuas. Das 400 tábuas matemáticas cerca de 
metade eram tábuas matemáticas. Estas últimas envolvem tábuas de multiplicação, 
tábuas de inversos multiplicativos, tábuas de quadrados e cubos e mesmo tábuas de 
exponenciais. Quanto a estas, provavelmente eram usadas, juntamente com a 
interpelação, em problemas de juros compostos. As tábuas de inversos eram usadas 
para reduzir a divisão à multiplicação. 
Ainda segundo Gonçalves (2005), Os juros e os impostos existem desde 
a época dos primeiros registros de civilizações existentes na Terra. Um dos 
primeiros indícios pareceu na já na Babilônia no ano de 2000 aC. Nas citações 
mais antigas, os juros eram pagos pelo uso de sementes ou de outras conveniências 
emprestadas; sob a forma de sementes ou de outros bens. Muitas das práticas 
existentes originaram-se dos antigos costumes de empréstimo e devolução de 
sementes e de outros produtos agrícolas. 
13 
 
O entendimento de conhecimentos financeiros é integrado no cotidiano de 
qualquer individuo de uma sociedade seja ela moderna ou não. A história também 
revela que a ideia se tinha tornado tão bem estabelecida que já existia uma firma de 
banqueiros internacionais em 575 aC, com os escritórios centrais na 
Babilônia. Sua renda era proveniente das altas taxas de juros cobradas pelo uso de 
seu dinheiro para o financiamento do comércio internacional. O juro não é apenas 
uma das nossas mais antigas aplicações da matemática financeira e economia, mas 
também seu uso sofreram poucas mudanças através dos tempos. 
 
1.1 História da matemática financeira na enfermagem 
 
 
Para a Oliveira et al. (2012), historicamente o foco da contabilidade nos 
hospitais foi o de maximizar os custos a fim de aumentar a receita obtida mediante 
reembolso baseado em custos, resultando na incorporação de novas tecnologias na 
prestação de serviços de saúde. Nos últimos anos, os hospitais vêm sendo 
pressionados a realizarem uma reestruturação em suas políticas de gestão a fim de 
garantir sua própria sobrevivência, com isso o controle dos custos torna-se um 
elemento estratégico fundamental. Florence Nightingale (1820-1910) e suas ideias 
modernizadoras com sua observação de enfermagem não só de intervenção direta 
no doente, mas de ampliar as funções para o meio ambiente, organizando os 
diversos serviços hospitalares tendo o controle desses por meio de observações e 
supervisão rigorosa, estruturou a hierarquia do serviço e introduziu o rigor da 
disciplina na enfermagem. Considerações reflexivas sobre o ensino de 
administração em enfermagem, desde a sua origem até os dias atuais. 
 De acordo com Formiga & Germano (2005), Florence Ninghtingale foi 
protagonista de um projeto social da saúde, que se fez necessário no âmbito das 
transformações sociais na segunda metade do século XIX, na Inglaterra, e 
operacionalizadas suas ideias modernizadoras na Enfermagem, torna-se 
imprescindível referenciá-la ao abordarmos o ensino de administração em 
Enfermagem. 
Entre os anos de 1873 e 1875, o sistema Nightingale chegou aos Estados 
Unidos, por iniciativa de um grupo de senhoras que atuavam como voluntárias 
durante a guerra civil americana. Essa referência faz-se necessária porque, a partir 
14 
 
da década de 20, a estrutura sanitária americana passa a influenciar a estrutura 
sanitária brasileira, através da Fundação Rockfeller, que prestava assistência 
técnica e financeira ao Departamento Nacional de Saúde Pública (DNSP), órgão 
responsável pela criação da primeira escola de Enfermagem no Brasil, em 1923. 
Com a Lei Nº 775/49, de 06 de agosto de 1949, o ensino da Enfermagem sofre a 
sua primeira reforma. Passa a compreender dois cursos: o Curso de Enfermagem, 
em 36 meses, e o Curso de Auxiliar de Enfermagem, em 18 meses, sendo 
regulamentados pelo Decreto 27 426/49, de 14 de novembro de 1949. 
Nas décadas de 50 e 60, observa-se a incorporação dos estudos de 
Taylor no ensino e no trabalho de enfermagem, onde predominavam a descrição de 
técnicas, a economia de materiais, tempo e movimento. Nessa perspectiva, o ensino 
e a prática de administração preocupam-se com a distribuição de escalas de serviço, 
levando em consideração os tipos de procedimentos, a utilização de mão-de-obra do 
aluno nos hospitais, além da preocupação com as técnicas e procedimentos. 
Pouco a pouco, começam a despontar alguns estudos e discussões sobre 
a enfermagem como prática social articulada a outras práticas sociais, políticas, 
ideológicas. Muda, portanto, a ótica do entendimento da Enfermagem, do seu 
processo de trabalho e de seus trabalhadores. Nessa perspectiva, a área de 
administração passa a constituir um espaço privilegiado para os debates e 
discussões dos rumos da categoria. 
Assim, retomando sua trajetória, afirmamos que o ensino de história da 
administração e matemática financeira na enfermagem, veio evoluindo ao longo dos 
anos, em uma longa e lenta transição, marcado por um viés conservador e 
autoritário. Apesar disso, a partir dos anos 80, esse ensino vem passando por um 
processo de renovação, direcionado à formação de um corpo coletivo no qual a 
coordenação tem papel preponderante, minimizando, portanto, o sentido de 
hierarquia e poder tão presentes na administração. Isso se expressa na produção de 
novos conhecimentos, publicação de livros mais críticos, entre outros aspectos que 
evidenciaram mudanças na Enfermagem Brasileira. 
Segundo Nero (2002), a economia da saúde discute muitas das 
controvérsias existentes no setor. Uma delas refere-se à relação existente entre 
desenvolvimento econômico e nível de saúde. Em 1961, o estatuto da Aliança para 
o Progresso afirmava que a saúde constitui um requisito essencial e prévio ao 
desenvolvimentoeconômico. Neste caso, saúde vem antes, ou seja, existiria uma 
15 
 
relação de causa e efeito, na qual a saúde é um pré-requisito. No entanto, como já 
vimos, é difícil conseguir consenso em torno dessas afirmações. A aplicação dos 
princípios das teorias do crescimento e do desenvolvimento ao campo da saúde 
tornam mais objetivos os debates sobre o tema. 
De acordo com o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem 
(2010), no que se refere a: 
 
Das relações com os trabalhadores de enfermagem, saúde e outros 
direitos. 
 
Art. 36 - Participar da prática multiprofissional e interdisciplinar com 
responsabilidade, autonomia e liberdade. 
Responsabilidades e deveres 
Art. 41 - Prestar informações, escritas e verbais, completas e fidedignas necessárias 
para assegurar a continuidade da assistência. 
Das infrações e penalidades 
Art. 121 § 2º - São consideradas infrações graves as que provoquem perigo de vida, 
debilidade temporária de membro, sentido ou função em qualquer pessoa ou as que 
causem danos patrimoniais ou financeiros. 
Segundo Piola & Vianna (2002), Acresce-se a isso o público-alvo dos 
cursos de economia da saúde. Geralmente, a disciplina faz parte de cursos de 
especialização e de pós-graduação, como parte obrigatória ou eletiva, na formação 
de administradores de saúde de alto nível. Observa-se uma combinação bastante 
heterogênea de formações universitárias nesses cursos, com nítido predomínio de 
profissionais de medicina e enfermagem. Estes como também outros profissionais 
de saúde, têm pouco ou nenhum conhecimento prévio de economia. Originalmente 
prático-profissionais, os integrantes desses cursos apresentam dificuldades básicas 
para acompanhar o nível de abstração necessário ao raciocínio econômico. Não é 
raro acumularem-se mal entendidos entre professor e alunos, que não aceitam, por 
exemplo, a ideia de estimar um preço para valores intrínsecos ao ser humano, como 
é o caso da saúde. 
 
 
 
 
16 
 
2. HISTORIA DA ESTATÍSTICA 
 
De acordo com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a origem 
da palavra Estatística está associada à palavra latina STATUS (Estado). Há indícios 
de que 3000 anos a.C. já se faziam censos na Babilônia, China e Egito. Usualmente, 
estas informações eram utilizadas para a taxação de impostos ou para o alistamento 
militar. A necessidade de coletar dados para o mapeamento da população com 
diversos fins sempre foi necessário por informações sobre suas populações e 
riquezas, tendo em vista, principalmente, fins militares e tributários. 
De acordo com Memória (2004 p.34) Escola Biométrica floresceu na 
Inglaterra, entre o final do século 19 e o começo do século 20, mais precisamente 
entre 1890 e 1920. Foi um dos grandes períodos formativos da historia da 
Estatística, com a predominância das técnicas de correlação e ajustamento de 
curvas, de notáveis resultados na descrição das grandes amostras. Seu principal 
representante foi Karl Pearson (1857 – 1936), considerado, com justiça, o fundador 
da Estatística. Pearson estudou Matemática em Cambridge, Universidade britânica 
de maior tradição nesse assunto. 
Antes de se interessar pela estatística, exerceu varias atividades, entre 
elas a de lecionar matemática aplicada e mecânica no curso de engenharia do 
University College – nome dado à instituição de ensino superior do antigo sistema de 
educação britânico afiliado à Universidade de Londres. Homem de grande erudição, 
capacidade de trabalho e forte personalidade, seu pensamento filosófico influenciou 
suas ideias estatísticas. 
Em 1892, publicou sua obra clássica de filosofia, The Grammar of 
Science, de grande repercussão. De acordo com Pearson, toda variação se dava 
numa escala contínua; as variáveis descontínuas ou discretas seriam variáveis 
contínuas com interrupções, e as medidas de associações entre elas teriam o 
propósito de, na verdade, estimar a correlação subjacente entre as variáveis 
contínuas. Essas pressuposições foram feitas porque ele estava convencido de que 
a concepção unificada da ciência era possível graças ao conceito de correlação no 
lugar da casualidade, sendo considerada como limite teórico da correlação perfeita. 
Essa metafísica de Pearson teve somente a variação continua subjacente às 
características estudadas elevando a Psicologia ao nível das ciências experimentais, 
das quais a física era o modelo por excelência. 
17 
 
A história mostra que a estatística evoluiu de acordo com a necessidade 
dos estudiosos que precisavam manipular dados de grande porte e organizar da 
melhor maneira possível tais informações. O estudo da estatística foi incorporado 
pelo ensino da matemática em escolas por volta de 1970 onde foi proposto incluir no 
ensino médio noções de estatística e probabilidade tendo em vista a importância e a 
aplicação da estatística nas atividades da sociedade moderna, (muitos estudantes 
irão utilizar a estatística em suas profissões futuras e utilizar o raciocínio estatístico 
em vários sentidos de sua vida). No Brasil por volta de 1997 com os novos 
Parâmetros Curriculares Nacionais, de acordo com os PCN's o ensino da estatística 
na escola vem ao encontro de uma sociedade que, muitas vezes, se comunica 
através de gráficos, tabelas e estatísticas descritivas. 
Para Vieira (1999) o uso da estatística na literatura especializada já está 
consagrado, porém pode-se destacar que em algumas áreas o uso da estatística é 
mais antigo do que em outras, por exemplo, a aplicação das técnicas estatísticas 
nas ciências agrícolas e nas ciências da saúde é anterior à aplicação dessas 
técnicas em administração ou na área de esportes. Hoje, a estatística é encontrada 
não somente em trabalhos acadêmicos, mas em jornais, revistas e na televisão, 
meios de comunicação que atingem uma grande variedade de pessoas, muitas das 
quais leigas neste assunto, que se deparam com gráficos, tabelas e outras 
informações estatísticas. 
 
2.1 Historia da estatística na enfermagem 
 
De acordo com Waldman (1998), na revista Saúde e Cidadania, a 
trajetória histórica da epidemiologia tem seus primeiros registros na Grécia antiga 
(ano 400 a.C), quando Hipócrates, num trabalho clássico denominado Dos ares, 
águas e lugares, buscou apresentar explicações, com fundamento no racional e não 
no sobrenatural, a respeito da ocorrência de doenças na população. Já na era 
moderna, uma personalidade que merece destaque é o inglês John Graunt, que no 
século XVII, foi o primeiro a quantificar os padrões da natalidade, mortalidade e 
ocorrência de doenças, identificando algumas características importantes nesses 
eventos, entre elas: 
 
• Existência de diferenças entre os sexos e na distribuição urbano-rural; 
18 
 
• Elevada mortalidade infantil; 
• Variações sazonais. 
 
São também atribuídas a ele as primeiras estimativas de população e a 
elaboração de uma tábua de mortalidade. Tais trabalhos confere-lhe o mérito de ter 
sido o fundador da bioestatística e um dos precursores da epidemiologia. 
A estatística está presente na enfermagem e em vários ramos da saúde, 
com uma enorme relevância no dia a dia do enfermeiro, desde o gerenciamento 
hospitalar, preenchimento de dados de um paciente, registro das ocorrências de 
determinadas patologias e/ou contaminações que possam ocorrer em um hospital 
com intuito de servir como banco de dados para ser utilizado como referência para 
solucionar os problemas e obter o melhor tratamento futuro. Tecnologia essa que 
também é utilizada na fabricação de medicamentos e testes em laboratórios onde se 
observa os efeitos para monitoramento da eficácia e identificação de efeitos 
colaterais. Fazendo-se necessário ocorrer à interdisciplinaridade entre a matemática 
estatística e a biologia. 
Na aprendizagem da matemática, a didática adotada necessita ser bem 
elaborada, levando em consideração estudos analíticos inseridos nas obras 
utilizadas no processode elevação do conhecimento. A contextualização somada 
com a interdisciplinaridade, e uma estatística aplicada à área a ser estudada garante 
um melhor entendimento lógico matemático. 
Segundo Vilela (2002, apud Josephino 2006), a matemática tem uma 
historia e constitue um conhecimento que não deve ser isolado dos outros ramos do 
conhecimento. Negando-lhe, assim sua identidade e significado. É o que tem 
acontecido, a pesar do fato de a Matemática ter nascido de problemas concretos e 
situações praticas. 
Para CHAVES (2005, apud Josephino, 2006), Há diversos recursos 
pedagógicos disponíveis para o educador, seja na internet ou em livros 
especializados, porém há a possibilidade do desenvolvimento de recursos como 
jogos e até softwares pelo próprio educador. No caso do ensino de Matemática para 
a área de saúde, o educador deve estar atento ao contexto de aplicação do 
instrumental aprendido em aula, a partir disso propor problemas, jogos e simulações 
que facilitarão o estudante a visualizar a aplicabilidade, em seu cotidiano 
profissional, dos conceitos aprendidos na disciplina de Matemática. 
19 
 
No âmbito da enfermagem já se trabalham com softwares que facilitam a 
aplicabilidade da estatística, situação esta que torna o trabalho mais simples porem 
um profissional dependente das tecnologias onde ocorra um possível defeito neste 
sistema utilizado, força o profissional a realizar procedimentos da maneira tradicional 
exigindo do mesmo, conhecimentos específicos da estatística conforme já citados. 
No entanto, a aplicação de tecnologia não é isenta de risco e as infecções 
hospitalares estão entre os agravos mais antigos e graves à saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
3. A IMPORTÂNCIA DA MATEMÀTICA 
 
Qualificar a matemática é teoricamente e praticamente um ato matemático 
partindo da premissa de que se Matemática significa saber pensar e para qualifica-la 
teremos que pensar. Começa assim uma das principais dificuldades de sua 
aprendizagem, pensar como aprender, a saber, e pensar. 
Para Malaguti (2010, p.2) matemática significa, em grego, saber pensar. É 
o pensar que nos torna humanos. Nesse sentido, o primeiro e principal objetivo da 
matemática é o de humanizar a espécie humana. O homem criou a Matemática para 
resolver os problemas colocados pela sobrevivência. E, posteriormente, oriundos da 
vida em sociedade, os grandes e os pequenos problemas colocados pela vida. Vale 
lembrar, porém, que é na resolução do mais vital de nossos problemas, o de 
encontro do homem com a sua racionalidade e humanidade, que reside a 
importância desta ciência. 
A matemática básica nas unidades de ensino superior se torna um 
assunto muito delicado, pois grande parte dos alunos que nela ingressam tem uma 
deficiência proveniente das series do ensino fundamental e médio, onde o 
aproveitamento foi insuficiente para atingir o nível superior com plenitude. Isso causa 
um desconforto para os docentes de ensino superior de diversas áreas 
principalmente a que necessitam de exatas, pois os mesmos terão que revisar os 
conteúdos de matemática básica para assim então dar prosseguimento ao que diz 
respeito ao currículo do ensino superior e assim facilitar o ensino/aprendizagem de 
todos os envolvidos. 
De acordo com Malagut (2010 p.3) sugeriu em seu trabalho de titulo: 
Ações complementares de aprendizagem matemática para alunos ingressantes na 
Universidade, um nivelamento de alunos ingressantes na universidade e também de 
alunos que obtiveram baixo desempenho no decorrer do curso, oferecendo a eles 
um curso especifico com foco na matemática básica, devido à tamanha importância 
e relevância que a própria tem dentro do ensino superior. Obteve ótimos resultados 
de melhoria de desempenho dos alunos com baixo rendimento e de melhor 
aproveitamento dos alunos que ingressaram na universidade a partir daquele 
período. 
 
 
21 
 
3.1 Matemática aplicada 
 
Antes de começar a falar da matemática aplicada é preciso falar um 
pouco sobre a etnomatemática que é de suma importância para entender a 
aplicação da matemática em geral nas outras áreas da ciência. A etnomatemática é 
o caminho que grupos particulares e específicos encontraram para classificar, 
ordenar, contar e medir usando muitas vezes uma linguagem própria para identifica 
os elementos envolvidos na matemática, e mesmo não sendo uma matemática 
formal como a aplicada nas escolas ainda sim, obtém resultados satisfatórios. 
 
Etno: É hoje algo muito amplo, referente ao contexto cultural e, 
portanto inclui considerações como linguagem, jargão, códigos de 
comportamento, mitos e símbolos; Matema: É uma raiz difícil, que vai 
à direção de explicar, conhecer, entender; Tica: Vem sem dúvidas de 
Tchne, que é a mesma raiz de arte ou técnica de explicar, de 
conhecer, de entender os diversos contextos culturais. (MARTINS 
& SALES apud D’AMBRÓSIO, 1990, p. 5) 
 
A matemática aplicada traz para diversos campos das ciências suas 
formulas e conjecturas para transformar para a matemática formal os conhecimentos 
etnomatematicos das diversas culturas que aplicam suas leis de forma informal. 
A matemática estatística e financeira aplicada está ligada a varias áreas 
cientificas, para facilitar o conhecimento etnomatemático e integrar o formal com o 
informal. 
Um exemplo ilustrativo que se faz necessário saber conceitos básicos 
sobre ângulos nos métodos de aplicação de injeções. 
 
 
. 
 
 
Fonte:http://aluno22turma171.pbworks.com/w/page/12385583/Medindo%20%C3%A2ngulos 
22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAQNUAC/administracao-medicamentos 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.2 Estatística aplicada 
 
Em todas as áreas da ciência o homem sempre teve a necessidade de 
catalogar dados para organizar fatos, controlar população, acompanhar evolução de 
situações, etc... Tornando presente à estatística como ferramenta fundamental para 
tal tarefa facilitando o entendimento na leitura, na formação e na organização desses 
dados, no sistema de saúde publica os governantes precisam de informações sobre 
controle de doenças ou quantas pessoas morreram de doenças que afetem a 
população, e para isso é necessário que um profissional de saúde saiba como 
manipular essa informação para construir dados estatísticos e fornece-los para as 
partes interessadas. 
Segundo Medeiros (2007, p.28), a Estatística se interessa pelos métodos 
científicos para coleta, organização, resumo, apresentação e análise de dados, bem 
LEGENDA 
LETRAS VIAS DE INJEÇÃO ÂNGULO 
A Intradérmica 15º 
B Subcutânea 45º 
C Intramuscular 90º 
D Intravenosa 15º 
23 
 
como na obtenção de conclusões válidas e na tomada de decisões razoáveis 
baseadas em tais análises. Algumas vezes, o termo Estatístico é empregado para 
designar os próprios dados ou números, por exemplo, estatística de empregos, de 
acidentes etc. 
 
3.2.1 Captação dos dados 
 
Para começar uma apuração de dados o primeiro interesse do enfermeiro 
é conhecer a distribuição dessa variável através das possíveis realizações (valores) 
da mesma. O objetivo por trás disto é obter informação que não poderia ser 
observada através da inspeção visual dos dados. Porém, a informação fornecida 
pelos dados pode ser apresentada de várias formas: usando tabelas, gráficos ou, 
inclusive, medidas representativas de dados ou variáveis. Ou seja, antes de 
começar os dados precisam ser organizados. 
 
 
Segundo o site followscience.com, a coleta é direta quando feita sobre 
elementos informativos de registro obrigatório (nascimento, casamento e óbitos, 
importação e exportação de mercadorias), elementos pertinentes aos prontuários 
dos alunos de uma escola ou, ainda, quando os dados são coletados pelo próprio 
pesquisador através de inquéritos e questionamentos, como e o caso das notas de 
verificação ede exames, do censo demográfico, etc.. 
 
Alguns conceitos o enfermeiro precisa saber para agrupar os dados 
corretamente para trabalhar de modo prático: 
• Frequência absoluta: é o número de vezes que uma determinada 
característica ou valor numérico é observado. 
• Frequência relativa: é a proporção, do total, em que é observada uma 
determinada característica. Sob determinadas condições, as frequências relativas 
podem ser usadas para estimar quantidades importantes como, por exemplo, em 
epidemiologia, a prevalência, incidência, coeficientes de mortalidade e natalidade; 
em testes clínicos de diagnóstico se tem sensibilidade, especificidade, valor preditivo 
positivo e valor preditivo negativo. Este conceito está associado com a definição 
clássica de probabilidade. 
24 
 
• Frequência acumulada: para um determinado valor numérico ou dado 
ordinal, é a soma das frequências dos valores menores ou iguais ao referido valor. 
Com essas informações, é possível construir um conjunto de dados 
através das distribuições de frequência. 
Exemplo: Em uma escola do município de Niterói, foram avaliadas 145 crianças 
com idade entre 6 e 10 anos, calculando-se o estado nutricional segundo os critérios 
da OMS. Para estas crianças, as tabelas de distribuição de frequências das 
variáveis estado nutricional e idade aparecem a seguir: 
 
Tabela 1- estado nutricional de crianças com idade entre 6 a 10 anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Noções de Bioestatística, VELARDE, Luis Guilhermo Coca. 
 
Onde f é a frequência absoluta, fr é a frequência relativa, F é a frequência 
absoluta acumulada e Fr é a frequência relativa acumulada. 
O profissional precisa saber todas essas informações para montar uma 
tabela estatística em relação ao estado nutricional e a saúde das crianças da escola. 
Quando examinamos uma amostra para tirar conclusões sobre as características da 
população, normalmente estas dizem respeito as característica numéricas dessa 
população. Como exemplos temos: a porcentagem de trabalhadores de uma cidade 
que usa transportes públicos para se deslocar de casa para o emprego; o tempo 
médio de vida das lâmpadas de 40 watts, o estado nutricional e idade de crianças de 
uma escola, etc. 
 
Categoria f fr 
Baixo peso 11 0,08 
Normal 105 0,72 
Sobrepeso 25 0,17 
Obeso 4 0,03 
 145 1,00 
25 
 
3.2.2 Manipulação dos dados 
 
Com as informações de uma tabela como essa é possível para o 
profissional de enfermagem mapear quais crianças estão abaixo ou acima do peso e 
classifica-las em classes por idade ou por peso, mas para isso precisa organizar as 
informações para formar uma tabela mais exata e para organizar as informações é 
preciso fazer o rol que consiste em classificar os valores de forma crescente ou 
decrescente. 
Quando existe um numero grande de valores a ser observado o trabalho 
de organizar um rol se torna cansativo porem necessário para a maior exatidão da 
tabela agrupada por classes, quando se deparam com uma quantidade de valores 
grande é fácil perceber a dificuldade de apontar qualquer característica geral da 
situação em estudo devido ao grande volume de números existentes. Uma 
consideração importante para a elaboração de tabelas de distribuição de frequências 
agrupadas é sobre o tamanho de cada intervalo. 
Nesse sentido existem duas alternativas, a primeira que consiste em 
considerar intervalos do mesmo tamanho ou a segunda que define tamanhos 
diferentes para os intervalos, dependendo de diversos fatores associados ao 
problema específico, determinar o tamanho dos intervalos iguais torna a tabela mais 
fácil de visualizar. 
 Tabela 2 - crianças estão abaixo ou acima do peso. 
Idade f fr F Fr X’ 
00├08 61 0,07 61 0,07 4 
08├16 71 0,09 132 0,16 12 
16├24 264 0,32 396 0,48 20 
24├32 54 0,07 450 0,55 28 
32├40 83 0,10 533 0,65 36 
40├48 83 0,10 616 0,75 44 
48├56 72 0,09 688 0,84 52 
56├64 48 0,06 736 0,90 60 
64├72 45 0,06 781 0,96 68 
72├80 34 0,04 815 1,00 76 
815 1,00 
 
 Fonte: Noções de Bioestatística, VELARDE, Luis Guilhermo Coca. 
 
26 
 
Nesta tabela, há uma coluna contendo a marca de classe (X’) que é o 
ponto central de cada intervalo e que será usada, posteriormente, para calcular a 
média. 
Com uma tabela formada com todos os dados encontrados pelo 
enfermeiro poderá ser gerado um gráfico para a melhor visualização das 
informações caso a tabela seja muito extensa e dessa forma deve-se também saber 
ler e desenvolver gráficos a partir de informações obtidas com todo o processo feito 
anteriormente. É necessário saber que existem alguns tipos de gráficos e como 
interpretar cada um deles e reconhecer os dados ali mostrados, obtendo 
informações prescindíveis para a realização do seu trabalho sem nenhum erro tanto 
em diagnósticos quando em controle ou monitoramento de doenças em grande 
escala. 
Os tipos de gráficos mais comuns usados na organização de dados 
estatísticos são o gráfico de setores, gráfico de colunas, gráfico de barras e o gráfico 
de linha e é de suma importância que o profissional de saúde saiba diferenciar cada 
um dos tipos de gráficos e principalmente saiba entender e interpretar as 
informações que estão sendo observadas. 
 
3.2.3 Gráficos 
 
São utilizados pelas ciências para identificar de forma visual resultados 
numéricos de variáveis, respeitando os tipos adequados pra cada situação. De 
acordo Bianchini (1993), Os gráficos se apresentam como uma ferramenta cultural 
que pode ampliar a capacidade humana de tratamento de informações quantitativas 
e de estabelecimento de relações entre as mesmas. A apresentação gráfica é 
frequentemente associada à coordenação de informações quantitativas dispostas 
em dois eixos perpendiculares, os gráficos podem ser classificados de acordo com o 
método empregado para se estabelecer a relação entre os valores quantitativos. 
 
 
 
 
 
 
27 
 
3.2.3.1 Gráficos de Setores: 
 
Esse tipo de gráficos, popularmente conhecidos como gráficos de pizza 
ou bolo, pode ser utilizado para representar dados categóricos ou inclusive. 
Alguns dados numéricos em que existem poucos valores possíveis. Para 
a elaboração destes gráficos serão construídos setores de uma circunferência cujo 
ângulo, a partir do centro, será proporcional ao número de indivíduos com uma 
particular característica, isto é, proporcional com a frequência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde, (2009). 
 
4.2.3.2 Gráfico de barras e colunas: Este tipo de gráficos é utilizado para 
representar dados numéricos discretos e, em alguns casos, dados categóricos. Nele, 
num dos eixos coordenados são representadas as frequências e no outro os valores 
da variável. São construídas colunas ou barras para cada valor da variável com uma 
altura proporcional com a frequência. Não existe diferença entre o gráfico de barras 
e o de colunas a não ser pela troca de variáveis nos eixos coordenados. 
• barras 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de 
Análise de Situação de Saúde.Saúde Brasil, (2009). 
28 
 
•••• colunas 
 
Fonte: DAC/Coordenadoria de Orçamento e Finanças. HC-UFPE, (2013). 
 
4.2.3.3 Gráfico de linhas: Os gráficos de linha são utilizados para representar as 
relações existentes entre duas variáveis numéricas e para tal utilizam um gráfico em 
que cada eixo representa uma variável. Cada par de dados de um indivíduo gera um 
ponto no gráfico, de forma que, ao observar a nuvem de pontos gerados, tem-se 
uma ideia da relação entre as variáveis representadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de 
Análise de Situação de Saúde.Saúde Brasil, (2009). 
 
 
 
 
 
29 
 
3.2.3.4 Gráfico geográfico 
Um gráfico geográfico é um mapa de um país, continente ou regiãocom cores 
especificando valores associados a cada um dos locais do mapa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de 
Análise de Situação de Saúde.Saúde Brasil, (2009). 
 
Os gráficos geográficos fornecem de forma bastante clara as informações 
implícitas. No processo de enfermagem é utilizado como método para sistematizar o 
cuidado, propiciando condições para individualizar e administrar a assistência e 
possibilitando, assim, maior integração do enfermeiro com o paciente, com a família, 
com a comunidade e com a própria equipe, gerando resultados positivos para a 
melhoria da prestação dessa assistência (GUIMARÃES, 1996 p.13). 
Segundo Barros, (2010), A organização das ações de enfermagem, por 
meio do processo de enfermagem, consiste na elaboração de um planejamento das 
ações terapêuticas, que tem suas bases no método de resolução de problemas e 
nas etapas do método científico. O processo de enfermagem, em sua forma 
atualmente mais conhecida, consiste, portanto, de cinco fases sequenciais e inter-
relacionadas: levantamento de dados, diagnóstico, planejamento, implementação e 
avaliação. Essas fases integram as funções intelectuais de solução de problemas. 
 
 
 
 
30 
 
3.2.4. CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 
 
Medidas de posição, a análise inicial dos dados, além de construir tabelas 
e gráficos, consiste também no cálculo de valores, ou estatísticas, que ajudam na 
produção de uma visão geral dos dados. Nesta seção, serão apresentadas as 
medidas de posição, também chamadas medidas de tendência central, que 
procuram definir um valor que represente os dados. Para tal, serão usados, como 
exemplo, os dados de 25 pacientes com fibrose cística que aparecem na tabela 
seguinte: 
 Tabela 3 - pacientes com fibrose cística 
Idade 
(anos) 
PImax 
(cm H2O) 
Idade 
(anos) 
PImax 
(cm H2O) 
Idade 
(anos) 
PImax 
(cm H2O) 
7 80 13 75 17 100 
7 85 13 80 19 40 
8 110 14 70 19 75 
8 95 14 80 20 110 
8 95 15 100 23 150 
9 100 16 120 23 75 
11 45 17 110 23 95 
12 95 17 125 
12 130 17 75 
 
Fonte: Noções de Bioestatística, VELARDE, Luis Guilhermo Coca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
3.3. Matemática Financeira aplicada 
A matemática e suas aplicações em diversas áreas da ciência e no dia-a-
dia é sempre questionada pela real necessidade de sua atualização, mais quando se 
trata de questões monetárias, o interesse é mais aguçado, pois o seu tratamento em 
sociedade é inevitável. 
Santos (2005, p. 157), ao tentar responder à questão sobre o que a 
matemática financeira estuda assim se expressa: De uma forma simplificada, 
podemos dizer que a Matemática Financeira é o ramo da Matemática Aplicada que 
estuda o comportamento do dinheiro no tempo. A Matemática Financeira busca 
quantificar as transações que ocorrem no universo financeiro levando em conta a 
variável tempo, ou seja, o valor monetário no tempo (time value money). As 
principais variáveis envolvidas no processo de quantificação financeira são a taxa de 
juros, o capital e o tempo. 
Conceito básico como: (razão, proporção, porcentagem, regra de três), já 
faz parte da rotina do profissional de enfermagem à matemática utilizada em 
procedimentos de cálculos medicamentosos para assistência a saúde. Quando 
voltada para o âmbito financeiro as problemáticas contextualizadas diferem da 
linguagem prática na vivencia deste profissional, mas a técnica matemática continua 
universal. 
Grando & Schneider (2010 apud Santos 2005, p.157), mostra a 
importância desses conceitos, ao fazer as seguintes afirmações: Porcentagem é 
uma comparação. A porcentagem está presente em inúmeras situações. Não há 
como entender o mundo do capital, das compras, das vendas, do planejamento 
financeiro, etc. sem entender porcentagem. Precisamos entendê-la para realizar 
cálculos, interpretar gráficos, tabelas, e principalmente, usá-la a nosso favor. 
A uma taxa de 20% ao ano, por quatro períodos consecutivos, mostrando 
a forma de acumulação dos juros nos dois regimes de capitalização. 
Tabela 1 – Quadro comparativo juro simples / composto 
32 
 
Fonte: Grando & Schneider (2010 apud Mathias e Gomes, 2004, p. 100). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Grando & Schneider (2010 apud Mathias e Gomes, 2004, p. 100). 
De acordo com Grando & Schneider (2010), no cálculo dos juros, 
verificou-se a necessidade de relacionar os demais conceitos da matemática 
financeira, como razão, proporção, porcentagem e regra de três, para a resolução 
dos problemas. Ao acumulado de cada período denomina-se “montante”, sendo o 
elemento que representa a soma do capital com o juro. No final do primeiro período, 
o montante é igual — tanto com o cálculo de juro simples quanto com o de juro 
composto, porque ainda não ocorreu a capitalização (incorporação do juro no 
capital). Porém, a partir do segundo período, fica evidente a diferença da base de 
cálculo para o juro composto, porque, a cada novo período, a base altera-se, 
resultando num montante maior em relação ao juro simples, conforme demonstrado 
na tabela. 
O montante, por definição, é igual ao capital mais o juro: M = C + J. 
Substituindo o J por (C . i . n), tem-se M = C + (C . i . n) e atribuindo 1 (uma unidade 
de capital) para C, chega-se à formula para o cálculo do montante do juro simples: M 
= C (1 + i . n). 
Segundo Grando & Schneider (2010), no juro composto, a fórmula para o 
cálculo do montante pode ser representada com os seguintes passos, com base em 
Branco (2002, p. 30): “Para encontrarmos o montante (M) de uma operação 
comercial ou financeira, vamos considerar um valor presente (C), uma taxa (i) e 
calculemos o valor futuro (M), obtido a juros compostos, após (n) períodos de 
tempo”. 
• Valor futuro ou montante após período 1: 
33 
 
M1 = C + C x i = C (1 + i) 
• Montante após período 2: 
M2 = M1 + M1 x i = C (1 + i) (1 + i) = C (1 + i)2 
• Montante após período 3: 
M3 = M2 + M2 x i = M2 (1 + i) = C (1 + i)2 (1 + i) = C (1 + i)3 
Montante ou valor futuro após período n: Para um período n, é possível 
perceber que: Mn = C (1 + i)n, resultando na fórmula para cálculo do juro composto: 
M = C (1 + i)n 
Para obter o valor do juro, quando os valores do capital e do montante 
são conhecidos, pode-se utilizar a definição J = M – C (juro igual à diferença entre o 
montante e o capital inicial). 
 
Num sistema capitalista, em que predomina o acúmulo cada vez maior de 
capital, resultando numa concentração de bens, as pessoas são induzidas ao 
consumo pelas facilidades de crédito oferecidas por empresas comerciais, bancos e 
financeiras, que se utilizam de grandes redes de atendimento, inclusive espaços 
virtuais. 
De acordo com Gartner (2008), os custos totais por vítima de acidente 
resultam do somatório de custos diretos, indiretos e de um valor associado ao custo 
da fatalidade, que pode ser representado por: Os estudos publicados por Alfaro, 
Chapuis e Fabre (1994), Wesemann (2000), Trawén, Maraste e Persson (2000) 
mostram informações sobre o cálculo desses custos em alguns países europeus, 
que são divididos em diretos, indiretos e da fatalidade, como segue. 
Custos diretos (Cdv): são estimados em todos os países europeus e se referem a: 
• Custos médicos: são os custos relativos aos cuidados médicos 
dispensados às pessoas que são vítimas de um acidente de trânsito, tais 
como os custos de primeiros-socorros, transporte por ambulância e 
tratamento; 
• Custos de reabilitação não-médica: abrangem itens como a adaptação 
da moradia, transporte pessoal especial, reabilitação ocupacional e 
educação especial para pessoas inválidas em função de acidentes de 
trânsito; 
• Outros custos, que se referem a rubricas administrativas e judiciárias, 
devido ao acidente e danos aos veículos, estradas e construções. 
34 
 
 
Dentro desta linha Gartner (2008), partindo-sedo pressuposto de que a 
análise do salvamento de vidas é simétrica com a de perdê-las, Mishan (1975; 1976) 
destaca quatro métodos de avaliação econômica do capital humano, que são 
sinteticamente descritos a seguir. 
• Perda de produção bruta: o método indica que a forma mais comum de se calcular 
o valor econômico da vida é o valor presente de sua renda futura esperada, cuja 
expressão exata da perda para a economia é dada por: 
 
 
 
onde: é a perda para a economia, é a renda bruta esperada do indivíduo 
durante o t-ésimo ano, excluindo-se qualquer renda de propriedade do capital não-
humano, porque o retorno desses ativos continua após sua morte ou durante a 
invalidez, é a probabilidade, no ano corrente, ou t-ésimo ano, de o indivíduo 
continuar vivo durante o t-ésimo ano, é a taxa social de desconto. 
 
No caso dos acidentes com mortos ou feridos inválidos 
permanentemente, o cálculo da perda de produção é mais complexo, pois é preciso 
estimar a perda de produção futura à economia associada à interrupção da 
capacidade produtiva. Esse tipo de problema requer o uso de modelos estocásticos, 
tendo em vista a necessidade de se atribuir probabilidades de ocorrência aos fluxos 
de caixa futuros. Como a equação [2] proposta por Mishan (1976) para o cálculo da 
perda de produção bruta atende a essa condição, sua adaptação à terminologia 
utilizada neste trabalho resulta em: 
 
 
 
 
 
 
onde: é valor presente da perda de produção bruta estimada da 
vítima inválida permanentemente ou morta em acidente de trânsito, é a 
probabilidade de que o indivíduo de idade i esteja vivo na idade j, é a renda 
ou produção anual esperada da pessoa na idade i, é a taxa de 
desconto anual, na é a sobrevida prevista do indivíduo de idade i, sendo que o valor 
35 
 
de sobrevida é obtido a partir da Tábua Completa de Mortalidade: Ambos os Sexos 
ano 2000, calculada pelo IBGE. 
 
 
É bastante relevante este assunto, pois toda sociedade de certa forma 
tem algum envolvimento com o capitalismo, mais quando se aborda em um valor 
estimado a uma vida o assunto torna-se delicado. De acordo com Gartner (2008)´: 
• Perda de anos do tempo de vida: esse método procura determinar, 
além do valor do tempo de trabalho, o custo da perda do tempo livre. 
Portanto, na linha dos modelos microeconômicos usados, a perda de 
divertimento sofrida pela vítima em função de sua morte não é limitada à 
privação do consumo. Isso tende a cobrir o fato de que a vítima fatal não 
pode mais empreender outras atividades que promovam seu bem-estar. 
• Princípio atuarial: por essa abordagem, o valor atribuído à vida do 
indivíduo é função do prêmio que ele estaria disposto a pagar e da 
probabilidade de sua morte em consequência de alguma atividade 
específica. O modelo atuarial reduz toda a complexidade do problema a 
uma questão muito limitada, pois a apólice de seguro estabelece 
compensação a outras pessoas, e não a si próprio. Portanto, o valor do 
seguro feito por um indivíduo pode ser interpretado como o reflexo de seu 
interesse por sua família, ao invés de um valor que ele atribui à própria 
vida. 
Para profissionais de enfermagem que se especializam em auditória faz 
parte de sua rotina de trabalho, lidar com a perda de vida de forma distinta, onde 
isso resultará em diversos cálculos, métodos e formulas seja para inventários, custos 
hospitalares e demais situações cuja qual se faz necessário tal procedimento. 
Segundo Ono & Zem-Mascarenhas (2008), é comum encontrar uma 
abundância de denominações para um único conceito e também conceitos 
diferentes para a mesma palavra, como: 
• Custo: gastos utilizados no processo de produção dos serviços. 
• Despesa: despesas de período, não tendo participação na produção dos 
serviços. Exemplo: Um hospital adquiriu 3.000 seringas (despesa) para 
clínica médica no ano de 2005 e no período correspondente usou 2.000 
(custos). 
36 
 
• Gasto: É o valor dos bens ou serviços adquiridos pelo Hospital. 
Exemplo: O valor da aquisição de uma licitação de fios cirúrgicos. 
• Perda: É o valor dos bens ou serviços consumidos de forma anormal e 
involuntária. Exemplo: Danos provocados por sinistros. 
• Desperdício: É o consumo intencional, que por alguma razão não foi 
direcionado à produção de um bem ou serviço. Exemplo: Violar pacotes 
esterilizados e não utilizar todo o seu conteúdo. 
• Receita: valor referente à efetiva prestação de serviços ocorrida durante 
um determinado período Exemplo: A receita da quarentena ultrapassou 
as expectativas. 
• Recebimento: entrada de recursos monetários na empresa provenientes 
da prestação de serviços, ocorrida durante o período ou em períodos 
anteriores. Os recebimentos podem ser provenientes de outras operações 
não relacionadas à prestação de serviços, Exemplo: O recebimento do 
salário. 
• Pagamento: são meros desembolsos e não necessariamente expressa a 
existência de um custo ou despesa e podem também ser destinados a 
outras operações classificadas como investimento e financiamento. 
Exemplo: Pagamento adiantado; pagamento mensal. 
• Desembolso: é o pagamento resultante das aquisições dos bens e 
serviços pelo hospital. Exemplo: Pagamento de aquisição de um lote de 
bolsas hemoterápicas. 
 
Segundo Ono & Zem-Mascarenhas (2008), tipo de custos esta 
conceituação é fundamental para a constituição do custo de um produto ou serviço. 
Portanto, é imprescindível a classificação dos custos em diretos e indiretos. 
Diretos: são aplicados diretamente ao produto. Exemplo: se tomarmos como 
referência a alta hospitalar são custos diretos os medicamentos, as próteses, os 
salários e os encargos sociais do corpo clínico. 
Indiretos: são os custos aplicados indiretamente ao produto. Exemplo: material de 
limpeza, material de escritório, pessoal de manutenção e limpeza. 
O autor também ressalta comportamentos de custo reação dos custos em 
relação a mudanças no volume de atendimento ou produção de uma atividade. 
37 
 
Custos Fixos: custos que não estão relacionados com o volume de atendimento. 
Estão estáveis e não variam em relação ao número de pacientes atendidos. 
Exemplo: Depreciação, Aluguel, Assinatura tel., etc. 
Custos Variáveis: estão íntima e diretamente relacionados com o volume de 
pacientes. Quanto maior o número de pacientes atendidos, maior o total de custos 
variáveis. Exemplo: Medicamentos, Lavanderia, etc. 
 
Comportamentos de custos (Resumo) 
 
Fonte: http://lia.dc.ufscar.br/custos/sco/sco6.html 
Para Oliveira (2012), A gestão de custos em qualquer tipo de organização 
é apresentada como um instrumento gerencial fundamental para o controle dos 
recursos, permitindo identificar caminhos estratégicos mais efetivos e oferecendo 
aos administradores a oportunidade de identificar atividades mais lucrativas, bem 
como àquelas cujo custo precisa ser analisado e controlado com maior cuidado ou 
que não são viáveis economicamente. O autor também ressalta que custo 
representa o aspecto mais importante para a tomada de decisão sendo urgente a 
sua implantação para a sobrevivência dos hospitais, uma vez que os gerentes 
necessitam de informações precisas e adequadas sobre custos para tomar decisões 
estratégicas e obter o aprimoramento operacional. Conhecendo os verdadeiros 
custos dos serviços prestados, as instituições estarão em condições de cortar 
desperdícios, melhorar seus serviços, avaliar incentivos de qualidade e impulsionar 
para o melhoramento contínuo através do gerenciamento baseado em atividade. É 
relevante valorizar a qualificação do profissional, a vivencia no hospital atrelada ao 
conhecimento, capacitações e a consciência profissional. 
Segundo Oliveira (2012), o envolvimento dos enfermeiros enquanto 
gestores, é talvez o mais importante requisito para se obter o controle de custos 
38 
 
dentro do ambiente hospitalar. Uma vez que apuração e análise de custo hospitalar 
requerem a participaçãode profissionais comprometidos e com conhecimento 
técnico específico para análise dos dados, falta à conscientização de alguns 
profissionais bem como a prática que pode ser adquirida através de treinamento 
para capacitação na apuração e compreensão do relatório gerencial de custos. 
Segundo o IBGE (2008), a saúde não é habitualmente analisada, pelos 
profissionais do setor, como uma atividade econômica, no entanto, esse tipo de 
análise é fundamental para a compreensão da dinâmica e das tendências dos 
sistemas de saúde. A análise de agregados econômicos é importante para subsidiar 
a formulação, implementação e acompanhamento de políticas setoriais. Ela fornece 
informações para gestores, pesquisadores e empresários do setor, tais como 
empregos gerados, tamanho das indústrias de medicamentos, fármacos, materiais e 
equipamentos médicos e número de estabelecimentos cuja atividade principal é a 
assistência à saúde. 
A falta de interesse na disciplina de matemática influencia na escolha 
profissional, às vezes essas fugas geram surpresas ao encontrarmos nos 
profissionais de enfermagem quando se percebe a resistência e erros no trato da 
matemática na vivencia da economia da saúde. 
Na opinião de Nero (2002), acresce-se a isso o público-alvo dos cursos 
de economia da saúde. Geralmente, a disciplina faz parte de cursos de 
especialização e de pós-graduação, como parte obrigatória ou eletiva, na formação 
de administradores de saúde de alto nível. Observa-se uma combinação bastante 
heterogênea de formações universitárias nesses cursos, com nítido predomínio de 
profissionais de medicina e enfermagem. Estes, como também outros profissionais 
de saúde, têm pouco ou nenhum conhecimento prévio de economia. Originalmente 
prático-profissionais, os integrantes desses cursos apresentam dificuldades básicas 
para acompanhar o nível. De abstração necessário ao raciocínio econômico. Não é 
raro acumularem-se mal -entendidos entre professor e alunos, que não aceitam, por 
exemplo, a idéia de estimar um preço para valores intrínsecos ao ser humano, como 
é o caso da saúde. 
O controle e a posse de dados sejam estatísticos ou financeiros 
referentes a qualquer profissão são de suma importância nas tomadas de decisões, 
pois são sabidos todos os limites e riscos trazendo assim ao profissional uma maior 
segurança. 
39 
 
De acordo com IPEA apud Samuelson (1976, p.3), Tradicionalmente, as 
profissões de saúde concentram-se na ética individualista, segundo a qual a saúde 
não tem preço e uma vida salva justifica qualquer esforço. Por outro lado, a 
economia fixa-se na ética do bem comum ou ética do social. A importância dessas 
diferenças reside nas atitudes de cada grupo sobre a utilização de recursos. Daí 
existir espaço para conflito entre economistas e profissionais de saúde no que diz 
respeito à gestão eficiente dos serviços de saúde. 
Nos dias atuais e vindouros o profissional tem assumido uma postura 
mais ampla tendo que se especializar e ou assumir funções que antes não faziam 
parte do oficio, mais que devido aos conhecimentos e maturidade da área de 
atuação se torna um profissional adequado para assumir responsabilidades que 
dependem de conhecimentos específicos não configurados e outros cursos como, 
os profissionais da área estatísticas e financeiras que detém conhecimentos 
aprofundados mais distintos da vivencia e da linguagem utilizadas na área de 
enfermagem. Facilitando assim a qualificação dos profissionais de enfermagem que 
já dominam esses atributos. 
De acordo com Geneva (2002), de uma forma geral, as despesas 
médicas abrangem o custo da hospitalização (incluindo todos os serviços 
disponíveis num hospital, como por exemplo radiografas e testes laboratoriais), 
médicos, dentistas, enfermagem, medicamentos e próteses. O trabalhador sinistrado 
tem em geral direito a receber os cuidados médicos necessários para uma 
recuperação plena, mas as limitações impostas ao período de tempo durante o qual 
as prestações estão cobertas ou aos montantes máximos podem restringir o acesso 
do paciente aos serviços. As condições mediante as quais os serviços são 
disponibilizados podem também influenciar a taxa da respectiva utilização. É 
importante que o actuário se familiarize com as práticas médicas e administrativas e 
com as regras que governam a autorização das prestações. 
 
 
 
 
 
40 
 
4. ANÁLISE DE OBRAS 
Este trabalho cientifico, foi realizado de acordo com a metodologia de 
estudo qualitativo, através de bibliografias envolvendo livros, revistas, apostilas, 
trabalhos científicos e sites da internet, que abordam matemática financeira e 
estatística aplicada a enfermagem. Os livros observados foram de epidemiologia, 
bioestatísticas. A matemática abordada traz um contexto bastante teórico e poucos 
exemplos práticos em relação à estatística e financeira aplicada na enfermagem. 
A interdisciplinaridade entre biologia, matemática, estatística, finanças e o 
vocabulário abordado não possibilita ao leitor ser autodidata, pois, a linguagem é 
bastante particular e rica em conteúdos implícitos, pressupondo que aqueles que 
venham fazê-lo uso já dominem diversos conteúdos. 
Observação apresentada por R. Bonita (2010), Este capítulo descreverá 
conceitos básicos e métodos da estatística e como os dados podem ser resumidos. 
Para aqueles que necessitam de mais informações sobre esses conceitos básicos, 
existem inúmeros cursos online e textos disponíveis gratuitamente. 
Em relação a exercícios propostos, que contenham a teoria e/ou a pratica 
em alguns dos livros pesquisados pouco se aborda e em outros não abordam, 
tornando o livro dependente de intervenções humanas, pesquisas adicionais e 
forçando o usuário a um cansativo processo de maturação do conhecimento. 
De acordo com Nogueira e Nogueira (2008), A monografia é um trabalho 
acadêmico Lato sensu que tem por objetivo a reflexão sobre um tema ou problema 
específico e que resulta de processo de investigação sistemática. As monografias 
tratam de temas circunscritos, com abordagem que implica análise, crítica, reflexão e 
aprofundamento por parte do autor. 
Monografia sempre traz um objeto de estudo já analisado com todos os 
conceitos específicos da estatística empregados não possibilitando o entendimento 
passo a passo do processo estatístico, apenas apresentam-se resultados e gráficos. 
Porém quem já detém conhecimentos específicos é de suma importância, 
pois, será ferramenta essencial para o processo de maturação de novas pesquisas e 
pesquisadores. 
41 
 
Segundo o dicionário Aurélio (2013), o significado de Revista: publicação 
periódica jornalística, especializada, literária etc. 
Na área da enfermagem as revistas, expõem conteúdos e transparecem 
fatos a sociedade em geral e ao público que trabalham nas áreas da saúde, porem a 
maioria dos assuntos abordados são restrito pela linguagem utilizada em sua escrita 
que de certa forma repele o publico geral. Mas de grande valia para o mundo 
cientifico, pois, possibilita a globalização de informações e dados, enriquecendo de 
forma exponencial a visão e entendimento daqueles que a compreende. 
De acordo com o dicionário Aurélio (2013), o significado de apostila: 
Resumo de aulas ou preleções, distribuídos em cópias aos alunos ou ouvintes. 
Apostilas são criadas com intuito de expor os conteúdos abordados de 
forma mais simples, rápido e resumido. Trazendo aos que a utilizam, informações 
moldadas de acordo com o nível intelectual dos discentes, para auxiliar no processo 
de ganho e adaptação do conhecimento transmitido e adquirido. Os exercícios e 
problemáticas trazidas sempre abordam que simulam situações prática do cotidiano 
do profissional de enfermagem e questões de concursos da área de enfermagem. 
Segundo o dicionário Aurélio (2013), o Significado de Internets.f. (pal. 
ing.) Rede telemática internacional que une computadores de particulares, 
organizaçõesde pesquisa, institutos de cultura, institutos militares, bibliotecas, 
corporações de todos os tamanhos. 
A internet é um meio de comunicação que se fortalece com os avanços 
tecnológicos e a globalização, ambiente este onde é possível encontrar banco de 
dados, softwares, blogs, vídeos, fórum, imagens e sites com assuntos específicos 
possibilitando as pesquisas cientificas avançaram através desta integração de valor 
incalculável, pois é possível obter informações de qualquer nível intelectual de 
qualquer parte do planeta em tempo real. 
Para Flemming (2005), A resolução de problemas conta atualmente com 
fabulosas ferramentas no contexto da informática e das novas tecnologias. Os 
recursos computacionais permitem resolver problemas que normalmente 
deixaríamos sem solução, tendo em vista os excessivos cálculos. 
Junto com a globalização, a modernização científica e tecnológica tem 
criado novas formas de construção e adaptação de conhecimento e de socialização 
no trabalho. Avanços da tecnologia computacional e desenvolvimento de softwares 
42 
 
mais eficazes irão revolucionar os processos em todos os níveis dos serviços de 
enfermagem dos hospitais proporcionando benefícios estratégicos e operacionais. 
Flemming (2005), Vários aspectos desta tendência já foram discutidos na 
disciplina Informática e Ensino de Matemática. Considera-se que o uso de 
computadores e calculadoras pode levar às escolas os anseios de uma nova 
geração, já acostumada com estas tecnologias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
5. O ERRO 
 
Segundo Dicionário Aurélio, o significado de erro: s.m. Opinião, 
julgamento contrário à verdade: cometer erro. Engano, equívoco: erro de cálculo. / 
Imperícia: foi um erro essa intervenção. / Metrologia Diferença entre o valor exato de 
uma grandeza e o valor dado por uma medição 
Segundo Shcolnik (2012, apud OMS 2009),um “erro” é uma falha ao se 
executar uma ação planejada, como intencionado, ou a aplicação de um plano 
incorreto. Os erros podem se manifestar por atos errados (ação) ou por falhas em 
realizar a ação correta (omissão). 
Na matemática financeira e estatística o erro só é considerado quanto a 
sua aplicação de forma operante, quando operado por um individuo ou uma 
tecnologia, que sofre influência por diversos fatores que diferem da essência da 
própria matemática, que se trata de uma ciência exata. Ressaltando que na 
matemática financeira e estatística trabalha-se com margem de erro quando 
necessário. 
A ciência é baseada no seguinte conjunto de princípios: (1) experiências 
previas servem como base para desenvolver hipóteses, (2) as hipóteses servem de 
base para desenvolver predições e (3) predições devem ser submetidas a testes 
experimentais ou observacionais. Ao decidir se os dados são coerentes ou 
incoerentes com as hipóteses, os investigadores estão sujeitos a dois tipos de erro. 
Eles podem defender que os dados apoiam as hipóteses, quando de fato as 
hipóteses são falsas, isso seria um erro falso-positivo, também chamado de erro alfa 
ou erro tipo I. Por outro lado, eles podem defender que os dados não apoiam as 
hipóteses são verdadeiras, isso seria um erro falso-negativo, também chamado de 
erro beta ou erro do tipo II. 
O processo de testar significância envolve três passos básicos: (1) 
estabelecer a hipótese nula, (2) estabelecer o nível alfa, (3) aceitar a hipótese nula 
ou a hipótese alternativa (JEKEL, 1999, pag141.). 
O erro-padrão é relacionado ao desvio-padrão, mas difere dele em pontos 
importantes. Basicamente, o erro-padrão é o desvio-padrão de uma população de 
médias amostrais em vez de observações individuais, de maneira que ele da uma 
44 
 
idéia de quão variável pode ser uma única estimativa da média (JEKEL, 1999, 
pag.142.) 
5.1 Erro no ser humano e nas tecnologias 
O ser humano está sempre à procura da exatidão e cientistas comprovam 
que errar faz parte do processo de aprendizagem e é através deste processo que 
leva a não repetição do erro. As tecnologias são produtos que foram desenvolvidas 
pelo ser humano logo também estão propensos ao o erro induzidos pelo ser humano 
independente da capacidade tecnológica. 
De acordo com Wannmacher (2005) Para alguns autores, os erros 
constituem aprendizado mais fecundo que os sucessos. 
De acordo com Shcolnik (2012), segundo relatório sobre o valor da 
medicina laboratorial para a assistência à saúde, publicado em 2008 pelo CDC, este 
setor representa um elemento essencial para o sistema de assistência à saúde. Ele 
é crucial para muitas tomadas de decisão clínicas e fornece informações importantes 
a médicos, enfermeiras e outros profissionais de saúde sobre prevenção, 
diagnóstico, tratamento e gerenciamento de doenças. 
5.2 Erro na enfermagem 
Segundo Shcolnik (2012, apud OMS 2009), Os “erros” são, por definição, 
não intencionais, enquanto as violações são frequentemente intencionais, embora 
raramente maliciosas, e podem se tornar rotineiras e automáticas em certos 
contextos (OMS, 2009). 
A Enfermagem é uma das profissões da área da saúde cuja essência e 
especificidade é o cuidado ao ser humano, individualmente, na família ou na 
comunidade, desenvolvendo atividades de promoção, prevenção de doenças, 
recuperação e reabilitação da saúde, atuando em equipes, (ROCHA, 2000) 
De acordo com o Código de ética e outros dispositivos de Lei, Edição 
2010, Coren-PE Princípios fundamentais. Cap.1 Das relações Profissionais, Art. 2º - 
Aprimorar seus conhecimentos técnicos, científicos e culturais que dão sustentação 
à sua prática profissional. 
Na enfermagem um erro pode gerar consequências irreversíveis. Na 
estatística também, porém o erro através de propriedades da probabilidade é 
45 
 
possível prever a margem de erro e tentar minimizá-lo ao máximo com uma 
captação e manipulação de dados bastante eficaz. 
Segundo Shcolnik (2012), o plano nacional de segurança e qualidade em 
serviços de saúde. Por meio desse plano, a ANVISA fomentará a adoção de ações 
por parte de profissionais e gestores que assegurem a prevenção e a redução de 
eventos adversos, infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), erros e 
incidentes em serviços de saúde. 
Situação esta que vem a ser reforçado de acordo com o Código de ética e 
outros dispositivos de Lei, Edição 2010, Coren-PE Seção II, Das relações com os 
trabalhadores de enfermagem, saúde e outros, Art. 37º - Participar da prática 
profissional multi e interdisciplinar com responsabilidade, autonomia e liberdade. 
De acordo com Xavier (2006) As razões pela quais os pesquisadores 
escolheram os enfermeiros residem no fato de que erros poderiam trazer graves 
consequências. Na verdade esses profissionais não podem errar. 
Para Wannmacher (2005) Compreender o erro e analisá-lo atentamente 
de forma multidisciplinar é a primeira maneira de aproveitá-lo para corrigir a prática. 
Faz-se uma verdadeira pedagogia do erro. Nessa perspectiva, a preocupação com a 
segurança dos pacientes consiste em tirar o melhor partido de cada erro a partir da 
compreensão das consequências nocivas que provocaram. 
Na prática do ensino da matemática moderna tem-se admitido o erro 
como processo de maturação de conceitos e cálculos matemáticos, por 
consideração à lógica utilizada pelo aluno. Já na enfermagem está metodologia se 
resume apenas quando o futuro profissional de enfermagem se encontra em sala de 
aula, pois quando se posiciona na pratica da profissão seja no estágio ou no 
exercício da profissão, o erro é inadmissível, pelo fato de gerar consequências 
adversas ao paciente, podendo leva-lo a sequelas irreversíveis ou até a morte. 
Segundo Shcolnik (2012, apud OMS 2009), O “risco”, segundo a OMS 
(2009), corresponde à probabilidade de um incidente ocorrer. Um incidente que 
resulta em dano ao paciente é denominado de “evento adverso”. Um “dano” ao 
paciente implica em prejuízo

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