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OBRIGAÇÕES OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA ENTREGA DE COISA RESTITUIÇÃO DE COISA FRUTOS PERCEBIDOS PERCEPÇÃO DE FRUTOS OAB CONCURSO

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OBRIGAÇÕES – OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA – ENTREGA DE COISA –
RESTITUIÇÃO DE COISA – FRUTOS PERCEBIDOS – PERCEPÇÃO DE FRUTOS
OAB – CONCURSO
Yohanan Ferreira Breves
(Acadêmico de Direito)
OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA
É aquele tipo de obrigação em que o objeto do contrato é algo
expressamente determinado, por exemplo, você firma contrato em que vende seu
carro, e o carro que você entregará ao comprador é um GOL, modelo XX, ano XX,
cor vermelha e com placa XXXX. Ao tornar-se devedor e se tornar obrigado a
entregar coisa certa, você deverá entregar também os acessórios de tal coisa, caso
ela tenha, mesmo que não mencionado em contrato (art. 233 do CC).
Se o devedor, perder a coisa que está obrigado a entregar, sem culpa sua, a
situação se dará por resolvida, mas se houver culpa do devedor, então deverá arcar
com o ônus e responderá também por perdas e danos (art. 234 do CC).
Se a coisa, objeto de contrato, se deteriorar sem culpa do devedor, será
opcional ao credor dar a obrigação por resolvida ou aceitar a coisa deteriorada, mas
abatendo o valor proporcional ao dano (art. 235 do CC).
DIFERENÇA ENTRE ENTREGA E RESTITUIÇÃO
Por entrega entende-se um contrato de compra e venda, e na obrigação de
entregar, o devedor é dono da coisa até o momento da entrega. Veja a redação do
art. 237 do CC:
“Art. 237. Até a tradição pertence ao devedor a coisa,
com os seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais
poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir,
poderá o devedor resolver a obrigação.”
Por restituição entende-se um contrato de empréstimo, em que o dono será o
credor e não o devedor. Se a coisa, objeto de contrato, se perder sem culpa do
devedor, a obrigação se dará por resolvida:
“Art. 238. Se a obrigação for de restituir coisa certa, e
esta, sem culpa do devedor, se perder antes da tradição,
sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá,
ressalvados os seus direitos até o dia da perda.”
Por outro lado, se houver culpa do devedor, esse responderá pelo
equivalente, mais perdas e danos (art. 239 e 240 do CC).
FRUTOS PERCEBIDOS NA ENTREGA E NA RESTITUIÇÃO
Quanto aos frutos percebidos na entrega e na restituição, ao devedor
pertencerá todos os frutos, já o credor ficará com os frutos produzidos pela coisa
após a tradição, ou seja, após a efetivação da entrega ou após a restituição
(Parágrafo Único do art. 237 e do art. 242 do CC).
Na restituição há um detalhe interessante que deve ser observado, o
devedor, por vezes, poderá devolver a coisa em melhores condições, ou seja, com
benfeitorias. Se as benfeitorias ocorreram a encargo do devedor de boa-fé, ele deve
ser restituído, agora se as benfeitorias ocorreram sem o devedor investir para tanto,
a ele não é devida indenização (arts. 241, 242 e 1.219 do CC). Ao possuidor de
má-fé nada é devido, a não ser que a benfeitoria tenha ocorrido por seu dispêndio e
que seja benfeitoria necessária (art. 1.220 do CC).
22 de Out de 2021
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