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OBRIGAÇÃO DE DAR; COISA CERTA OU INCERTA

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15 DE ABRIL DE 2021 
OBRIGAÇÃO DE DAR: COISA CERTA 
OU INCERTA 
1. Obrigação de dar 
É aquela em que o devedor 
comprometesse a entregar uma coisa móvel ou 
imóvel ao credor, quer para constituir um 
direito, quer para restituir a mesma coisa ao seu 
titular. (Venosa). 
Tem como conteúdo o compromisso de 
entrega da coisa. 
Obrigação de restituir é uma modalidade da 
obrigação de dar (Art. 238). 
2. Obrigação de dar coisa certa 
OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA: o verbo dar 
tem que ser entendido como ato de entrega (no 
direito das obrigações). 
 
 
Uma coisa certa é uma coisa 
determinada/caracterizada/individualizada. 
RESPONSABILIDADE PELA PERDA OU 
DETERIORAÇÃO DA COISA 
PERDA: É o desaparecimento total da 
coisa. 
Exemplo: um veículo que foi furtado ou foi 
destruída em um incêndio na concessionária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tradição = entrega da coisa. 
 
 
 
 
DETERIORAÇÃO: É quando a coisa sofre 
danos, sem que ela desapareça; Perda parcial. 
RESPONSABILIDADE: há de se verificar se 
houve culpa ou não do devedor. 
Se houver culpa, o credor terá direito a 
indenização por perdas e danos. 
Se não houver culpa, extingue obrigação 
 
 
 
Resolver = extinguir. 
A deterioração sempre acarreta uma 
depreciação do valor da coisa. 
Não sendo o devedor culpado, abre-se duas 
alternativas: 
I. Acaba com o negócio e o preço é 
reconstituído; 
II. Aceita a coisa no estado que ficou abatendo 
o valor causado pela deterioração. 
Sempre que houver culpa, haverá 
possibilidade de indenização por perdas e 
danos. 
O valor da indenização geralmente é 
apurado pelo juiz através de uma perícia. 
Até a tradição cabe ao devedor a 
obrigação de diligência, prudência e 
manutenção dessa coisa. Defender de 
terceiros. Se for preciso poderá usar meios 
judicial para a coisa seja realmente preservada. 
“Art. 313. O credor não é obrigado a receber 
prestação diversa da que lhe é devida, ainda 
que mais valiosa.” 
 
“Art. 234. Se, no caso do artigo 
antecedente, a coisa se perder, sem culpa 
do devedor, antes da tradição, ou 
pendente a condição suspensiva, fica 
resolvida a obrigação para ambas as 
partes; se a perda resultar de culpa do 
devedor, responderá este pelo 
equivalente e mais perdas e danos.” 
 
DANOS: “Art. 402. Salvo as exceções 
expressamente previstas em lei, as perdas 
e danos devidas ao credor abrangem, além 
do que ele efetivamente perdeu, o que 
razoavelmente deixou de lucrar.” 
 
“Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o 
devedor culpado, poderá o credor resolver 
a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de 
seu preço o valor que perdeu.” 
 
A tradição faz sessar a responsabilidade 
do devedor. 
Se a coisa se perder após a entrega da 
coisa, o risco é suportado pelo comprador. 
Aplica-se o princípio da resperitdomino = 
significa que a coisa perece com o dono. 
MELHORAMENTO, ACRÉSCIMO E FRUTOS 
NA OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA 
Enquanto a coisa estiver com o devedor, a 
coisa pode receber melhoramento e acréscimo 
que a doutrina chama de cômodos. 
 
 
 
 
 
 
 
Frutos: riquezas produzidas por um bem. 
Pendentes: são do credor. Frutos que 
continuam unidos a coisa e acompanham o 
destino da coisa. 
Percebidos: do devedor. Estão 
separados da coisa. 
3. Obrigação de restituir 
É aquela que tem como objeto a devolução de 
coisa certa, por parte do devedor. 
Modalidade da obrigação de dar. 
Exemplo: comodato (um empréstimo, porém, 
não envolve dinheiro). 
 
 
 
 
 
4. Obrigação pecuniária 
É aquela que o objeto é o dinheiro; de pagar 
dívida em dinheiro e, é obrigação de dar. 
 
 
 
 
 
 
 
5. Obrigações de dar coisa incerta 
Tem por objeto a entrega de uma quantidade de 
determinado gênero, e não uma coisa 
específica. 
 
Exemplo: entrega de uma tonelada de feijão. 
gênero = Feijão quantidade = uma tonelada. 
A qualidade vai ser feita na tradição; na 
hora da entrega. 
A obrigação de dar coisa incerta é 
genérica. 
Existe um momento que antecipa a 
entrega. 
CONCENTRAÇÃO: escolher o que vai ser 
entregado; escolhe a qualidade. 
 
 
 
 
 
Depois da concentração a coisa passa a 
ser especifica e segue os princípios da 
obrigação de dar coisa certa. 
 
 
“Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar 
perdas e danos o devedor que recusar a 
prestação a ele só imposta, ou só por ele 
exequível.” 
“Art. 237. Até a tradição pertence ao 
devedor a coisa, com os seus 
melhoramentos e acrescidos, pelos quais 
poderá exigir aumento no preço; se o 
credor não anuir, poderá o devedor 
resolver a obrigação. 
Parágrafo único. Os frutos percebidos são 
do devedor, cabendo ao credor os 
pendentes.” 
 
“Art. 238. Se a obrigação for de restituir 
coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, 
se perder antes da tradição, sofrerá o 
credor a perda, e a obrigação se resolverá, 
ressalvados os seus direitos até o dia da 
perda.” 
 
“Art. 315. As dívidas em dinheiro deverão ser 
pagas no vencimento, em moeda corrente e 
pelo valor nominal, salvo o disposto nos 
artigos subsequentes.” 
 
“Art. 316. É lícito convencionar o aumento 
progressivo de prestações sucessivas.” – 
juros de dividas, por exemplos, dividas em 
banco. 
 
“Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao 
menos, pelo gênero e pela quantidade.” 
 
“Art. 244. Nas coisas determinadas pelo 
gênero e pela quantidade, a escolha 
pertence ao devedor, se o contrário não 
resultar do título da obrigação; mas não 
poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a 
prestar a melhor.”

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