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Civil III - Obrigação de Dar Coisa Certa

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Civil III 
@piluladc 
Obrigação de dar 
Coisa Certa 
 
 
 
Noções Gerais 
Seção I do Direito das Obrigações. Diz 
respeito àquilo que já tem uma especi-
ficação. Já sei exatamente o objeto 
mediato dessa prestação. 
 
 
Artigos 
 
“Art. 233. A obrigação de dar 
coisa certa abrange os acessórios dela 
embora não mencionados, salvo se o 
contrário resultar do título ou das cir-
cunstâncias do caso.” 
 
O acessório acompanha o principal, a 
não ser que o contrato especifique o 
contrário (que não acompanha). 
 
Tenho que entregar aquilo que é exigido 
pelo credor, e se isso não for mais pos-
sível, tenho a conversão pelos possí-
veis + perdas e danos. 
 
Por que o devedor não pode escolher 
por ele mesmo algo diverso? Porque 
isso não atende ao interesse direto do 
credor, ele não pode ser compelido a 
receber coisa diversa, mesmo que seja 
mais valiosa. Art 313 
 
“Art. 313. O credor não é obri-
gado a receber prestação diversa da 
que lhe é devida, ainda que mais vali-
osa.” 
 
“Art. 234. Se, no caso do artigo 
antecedente, a coisa se perder, sem 
culpa do devedor, antes da tradição, ou 
pendente a condição suspensiva, fica 
resolvida a obrigação para ambas as 
partes; se a perda resultar de culpa do 
devedor, responderá este pelo equiva-
lente e mais perdas e danos.” 
 
Art 234 - Se a coisa se perder sem 
culpa do devedor, fica resolvida a obri-
gação. Se for culpa do devedor, que 
não teve a vigilância ou o cuidado ne-
cessário, responde o devedor pelo 
equivalente + perdas e danos (danos 
emergentes e lucros cessantes). 
Pode ser por culpa ou sem culpa do 
devedor, isso se for perdida antes da 
entrega para o credor. 
Se for sem culpa, fica resolvida a obri-
gação para ambas as partes. 
 
Se houver a deterioração, que faz dimi-
nuir seu valor e/ou utilidade para o cre-
dor. Se for sem culpa do devedor, Art 
235, o credor pode devolver ou rece-
bendo o equivalente à deterioração. 
 
“Art. 235. Deteriorada a coisa, 
não sendo o devedor culpado, poderá 
o credor resolver a obrigação, ou 
Obrigação de entrega
Perda da coisa
Sem culpa do 
devedor (234 cc)
Resolução da 
obrigação
Com culpa do 
devedor (234 cc)
Equivalente + perdas 
e danos
Deterioração da coisa
Sem culpa do 
devedor (235 cc)
Resolução da 
obrigação ou aceita a 
coisa com abatimento 
do preço
Com culpa do 
devedor (236 cc)
Equivalente ou aceita 
a coisa + perdas e 
danos
Civil III 
@piluladc 
aceitar a coisa, abatido de seu preço o 
valor que perdeu.” 
 
Se for com culpa do devedor, art 236, 
pode exigir o equivalente ou aceitar da 
forma que estiver, mas com as perdas 
e danos. 
 
“Art. 236. Sendo culpado o de-
vedor, poderá o credor exigir o equiva-
lente, ou aceitar a coisa no estado em 
que se acha, com direito a reclamar, em 
um ou em outro caso, indenização das 
perdas e danos.” 
 
Art 237 fala da propriedade da coisa 
enquanto não há o cumprimento da 
obrigação. Benfeitorias que podem ter 
aumento no preço aqui são as feitas de 
boa-fé, necessárias ou úteis. Só assim 
o devedor pode cobrar o aumento do 
preço, se for voluptuária, não. 
 
“Art. 237. Até a tradição pertence 
ao devedor a coisa, com os seus me-
lhoramentos e acrescidos, pelos quais 
poderá exigir aumento no preço; se o 
credor não anuir, poderá o devedor re-
solver a obrigação. 
Parágrafo único. Os frutos per-
cebidos são do devedor, cabendo ao 
credor os pendentes.” 
 
Frutos 
Naturais, industriais e civis. Os que já 
estão separados do bem principal, ou 
seja, os percebidos, são do devedor. O 
que estiver pendente, é do credor. 
 
“Art. 238. Se a obrigação for de 
restituir coisa certa, e esta, sem culpa 
do devedor, se perder antes da tradi-
ção, sofrerá o credor a perda, e a obri-
gação se resolverá, ressalvados os 
seus direitos até o dia da perda.” 
 
Se a coisa se perdeu antes da restitui-
ção, e o credor não tem culpa, acon-
tece a resolução. 
 
“Art. 239. Se a coisa se perder 
por culpa do devedor, responderá este 
pelo equivalente, mais perdas e danos.” 
 
“Art. 240. Se a coisa restituível se 
deteriorar sem culpa do devedor, re-
cebê-la-á o credor, tal qual se ache, 
sem direito a indenização; se por culpa 
do devedor, observar-se-á o disposto 
no art. 239.” 
 
Deterioração da coisa restituível - sem 
culpa é como estiver, sem indenização. 
 
“Art. 241. Se, no caso do art. 
238, sobrevier melhoramento ou acrés-
cimo à coisa, sem despesa ou trabalho 
do devedor, lucrará o credor, desobri-
gado de indenização.” 
 
“Art. 242. Se para o melhora-
mento, ou aumento, empregou o deve-
dor trabalho ou dispêndio, o caso se 
regulará pelas normas deste Código 
atinentes às benfeitorias realizadas pelo 
possuidor de boa-fé ou de má-fé.” 
 
Se a coisa fica melhor sem gasto do 
devedor, é lucro do credor. Se teve 
esse trabalho, tem que ver se estava de 
boa-fé ou de má-fé na posse da coisa. 
Nesse caso, a referência é do Art 1214 
e Art 1216 do CC, para os frutos. 
 
“Art. 1.214. O possuidor de boa-
fé tem direito, enquanto ela durar, aos 
frutos percebidos. 
Parágrafo único. Os frutos pen-
dentes ao tempo em que cessar a boa-
fé devem ser restituídos, depois de de-
duzidas as despesas da produção e 
Civil III 
@piluladc 
custeio; devem ser também restituídos 
os frutos colhidos com antecipação.” 
 
“Art. 1.216. O possuidor de má-
fé responde por todos os frutos colhi-
dos e percebidos, bem como pelos 
que, por culpa sua, deixou de perceber, 
desde o momento em que se constituiu 
de má-fé; tem direito às despesas da 
produção e custeio.” 
 
Isso pelos frutos, pra benfeitorias é o 
Art 1219 e 1220 
 
“Art. 1.219. O possuidor de boa-
fé tem direito à indenização das ben-
feitorias necessárias e úteis, bem 
como, quanto às voluptuárias, se não 
lhe forem pagas, a levantá-las, quando 
o puder sem detrimento da coisa, e po-
derá exercer o direito de retenção pelo 
valor das benfeitorias necessárias e 
úteis.” 
 
“Art. 1.220. Ao possuidor de má-
fé serão ressarcidas somente as ben-
feitorias necessárias; não lhe assiste o 
direito de retenção pela importância 
destas, nem o de levantar as voluptuá-
rias.” 
 
Se for de boa fé, na voluptuária ele 
pode levar junto com ele, ou se for ne-
cessária ou útil, pode ficar com a coisa 
até ser paga. 
 
Se for de má fé, só indeniza pelas ne-
cessárias e sem direito de retenção da 
coisa.

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