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Unidade 2 - Seção 2 _ introdução ao direito

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Teoria da norma jurídica
Classificações e validade da norma jurídica
As normas jurídicas são proposições de forma de organização ou de conduta que devem ser
seguidas por seus destinatários.
fato de ser uma estrutura proposicional enunciativa de uma forma de
organização ou de conduta, que deve ser seguida de maneira objetiva e obrigatória.
normas de imperatividade absoluta ou impositivas e as normas de imperatividade
relativa ou dispositiva.
Normas de imperatividade absoluta
As normas de imperatividade absoluta são as normas que ordenam ou
proíbem alguma coisa. Elas existem diante da percepção de que determinadas
relações ou estados da vida social não podem ser deixados ao arbítrio
individual, sob pena da sociedade se tornar um caos.
Normas de imperatividade relativa
São as normas que constituem uma liberdade de ação, pode-se fazer ou não,
depende da vontade do indivíduo. Para conhecer suas classificações clique
nas abas a seguir.
Quanto à hierarquia, as normas podem ser normas constitucionais, leis
(complementares, ordinárias, delegadas, decretos legislativos, resolução e
medidas provisórias), decretos regulamentares, normas de hierarquia inferior
(portarias, circulares). (NUNES, 2017)
Quanto à natureza de suas disposições, elas se dividem em normas
substantivas e adjetivas. Também já falamos sobre elas quando estudamos
fontes do direito. As normas substantivas ou materiais definem e regulam as
relações jurídicas ou criam direitos ou deveres. As normas adjetivas
consistem “(...) em um agrupamento de regras que definem os procedimentos
a serem cumpridos no andamento das questões forenses.” (NADER, 2018, p.
149)
No que diz respeito à sua aplicabilidade, as normas jurídicas podem ser
autoaplicáveis, normas jurídicas dependentes de complementação e normas
jurídicas dependentes de regulamentação. As normas autoaplicáveis são as
que entram em vigor independente de qualquer outra norma posterior. (DINIZ,
2004)
Podemos separar as normas segundo sua sistematização. As normas podem ser
esparsas, codificadas e consolidadas. As normas jurídicas esparsas ou
extravagantes são editadas isoladamente para tratar sobre tema específico (DINIZ,
2004). Por exemplo, a Lei n. 4.266 (BRASIL, 1963) trata sobre o salário família do
trabalhador.
As normas codificadas constituem um corpo orgânico de normas sobre certo
ramo do Direito. (DINIZ, 2004) Assim, temos o Código Civil, o Código Penal, Código
Tributário Nacional, Código de Processo Civil. Esses códigos não são uma simples
junção de normas, eles fazem parte de todo um sistema, que trata sobre um ramo
jurídico do Direito.
Por fim, as normas jurídicas consolidadas consistem na reunião de normas
esparsas vigentes (NUNES, 2017). Como maior exemplo em nosso ordenamento
temos a Consolidação das Leis do Trabalho, a conhecida CLT.
Para Kelsen, a vigência ou validade é a existência específica da norma. Para ele, a
norma válida é aquela cuja autoridade é respeitada, ainda que o conteúdo não seja
cumprido. (DINIZ, 2004). O que significa dizer que a norma jurídica será válida se
cumpridos os critérios já estabelecidos no sistema jurídico. (NUNES, 2017).
Revogação
Revogar é tornar sem efeito uma norma, retirando a sua obrigatoriedade. Caso
uma nova lei seja editada sobre o mesmo conteúdo da passada com o objetivo de
alterá-la para adequá-la aos novos anseios da sociedade, a lei anterior será
revogada e a nova é a que terá validade. A revogação pode ser expressa ou tácita,
conforme as definições a seguir:
Será expressa quando a nova lei diz expressamente que revoga outra.
A revogação tácita acontece quando a nova lei, mesmo não dizendo, modifica a lei
antiga, por estar dispondo sobre o mesmo objeto e matéria.
Agora que você já conhece as principais definições da teoria da Norma Jurídica,
comece desde já a observar as normas que surgem no Diário Oficial,
especialmente as que se relacionam com o seu cotidiano, deste modo, será
possível melhor compreender como acontecem a vigência e a revogação.
UNIDADE 2 - SEÇÃO 3
Teoria do Ordenamento Jurídico
As normas jurídicas não estão isoladas, elas dependem de seu contexto, se
relacionam e estão situadas num conjunto. Chegando ao ponto de dizermos
que, a validade da norma depende do ordenamento em que está inserida.
(FERRAZ JR, 2018).
Ao analisarmos a palavra, ordenamento, de imediato é possível referir a uma
organização, uma ordem. Portanto, ordenamento jurídico é o campo do
conhecimento do Direito que vislumbra o conjunto das normas jurídicas.
(MASCARO, 2015).
O ordenamento jurídico é composto por uma infinidade de normas, conforme
afirma Bobbio, por isso, a teoria do ordenamento jurídico desenvolveu alguns
objetivos com os quais devem ser observados para dar unidade, completude e
coerência às normas jurídicas.
Unidade
A unidade da ordem jurídica está ligada a existência de uma norma fundamental
como base, com a qual se possa, direta ou indiretamente, relacionar todas as
outras normas do sistema.
No nosso ordenamento jurídico é a Constituição Federal, também conhecido como
a hierarquização das normas por Kelsen. Para Kelsen, o direito só existe
dentro de um ordenamento jurídico imposto pelo Estado, em que a justiça se
estabelece na aplicação de tais normas. Dentro dessa teoria, umas normas têm um
nível hierárquico superior a outras normas. Ou seja, a sua disposição é vertical.
(KELSEN, 1998).
Coerência
As normas jurídicas são construídas e válidas, até outra norma jurídica surgir.
Portanto, o ordenamento jurídico pode ser construído com materiais oriundos
de outras épocas. Percebemos, assim, que a ordem jurídica é fragmentada e
complexa. Para que não vire um verdadeiro caos, é necessário que tenha
coerência, essencial para o seu funcionamento. Isso quer dizer que, para que
as normas inferiores concretizem as normas superiores, elas devem ter o
mesmo sentido e direção.
Assim, a antinomia é a presença simultânea de normas válidas que se excluem
e são contraditórias. Para que seja considerada uma antinomia, essas normas
devem fazer parte do mesmo ordenamento; devem ser válidas e aplicáveis e
ser incompatíveis entre si (uma norma proíbe e outra norma permite o mesmo
ato jurídico). (FERRAZ JR, 2018).
Mascaro afirma que para além da coerência, é necessário falar em coesão do
ordenamento jurídico, como um atributo de funcionalidade do sistema. O
direito se constitui em um todo social, diretamente ligado as estruturas e
sistemáticas dessa sociedade. Já que há possibilidade de existir antinomias, o
ordenamento nem sempre será coerente. Por isso, deve-se falar em coesão,
que se revela pelo funcionamento verificável não na teoria, mas na realidade.
(MASCARO, 2015).
Completude
Uma ordem jurídica plena, completa, é aquela que dispõe de normas para regular
todos os casos jurídicos. A teoria coloca que: “por completude entende-se a
propriedade pela qual um ordenamento jurídico tem uma norma para regular
qualquer caso.” (BOBBIO, 2016, p. 115) Então, completude significa ausência de
lacunas. Assim, a completude é uma condição necessária para o ordenamento, em
que valem duas regras: o juiz é obrigado a julgar todas as controvérsias que se
apresentarem a seu exame; e deve julgá-las com base em uma norma pertencente
ao sistema. (BOBBIO, 2016).
No Direito, a ordem jurídica configura um projeto social e de Estado, que define o
campo de nossas possibilidades e estabelece um normativo que orienta a nossa
vida individual e social.
Dessa forma, foi possível perceber, alguns efeitos que surgiram após a criação e
organização do ordenamento jurídico: a liberdade, a segurança e a paz. O direito é
condição da realização da liberdade, em que estabelece normas para que o direito
individual se harmonize com os direitos de todos. Também, é a condição de
segurança.
Entretanto, o ordenamento jurídico também serve para que haja uma segurança de
todos face ao poder. É através da ordem instituída que se pode exigir a
https://conteudo.colaboraread.com.br/201901/INTERATIVAS_2_0/INTRODUCAO_AO_ESTUDO_DO_DIREITO/U2/S3/index.html#
responsabilidade peloexercício de poder como cumprimento dos princípios da
separação dos poderes, da legalidade, independência dos tribunais.
Uma segurança também face ao direito, em que temos um conjunto de
mecanismos que protegem os destinatários dos sacrilégios do próprio
ordenamento. E, por fim, assim como o Direito, o ordenamento jurídico promove a
paz, ao procurar excluir a violência das relações sociais. (MARQUES, 2007).
Como você pôde perceber, o Direito é um todo construído pelo ordenamento
jurídico, em que tem o ápice na Constituição Federal, sendo que ela é o que dá
validade a todas as normas. Agora que você conhece mais sobre a complexidade
do ordenamento jurídico podemos dar mais um passo no mundo do Direito.
Estrutura da norma jurídica A estrutura da norma jurídica prevê um fato ao qual se
liga uma consequência. Ou seja, se o fato acontecer, deve-se aplicar uma
consequência (REALE, 2013).
Proposição condicional A norma jurídica tem um caráter de proposição
condicional, dividindo-se em seu módulo lógico com uma previsão e uma
consequência.
a) O conceito de normas jurídicas remete às fórmulas de agir, determinações de
comportamentos individuais e padrões de condutas impostos pelo Estado. As
suas principais características são bilateralidade, abstração, generalidade,
imperatividade, coercibilidade e heteronomia.
b) A estrutura da norma jurídica baseia-se nos conceitos de Kant: imperativo
categórico (subjetivo, ligado à ordem moral) e imperativo hipotético (normas
jurídicas, técnicas ou políticas).
c) As normas jurídicas, de acordo com sistema jurídico as quais pertencem,
podem ser legislativas, consuetudinárias e jurisprudenciais.
Vacatio legis Significa vacância da lei, é o prazo legal que uma lei tem para entrar
em vigor, ou seja, de sua publicação até o início de sua vigência. Esse período de
tempo é necessário para que as pessoas tomem conhecimento da lei.

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