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Profa. Márcia Soares UNIDADE II Contabilidade Financeira As demonstrações contábeis constituem fonte de informações da empresa para os mais diversos tipos de usuários que necessitam das informações. As contas patrimoniais, duplicatas a receber ou clientes representam valores a serem recebidos pela empresa, seja por mercadorias, produtos ou serviços vendidos e prestados ou pela venda de outro direito ou bem. A empresa apresenta valores a receber, representa entrada de dinheiro no caixa, a prática comercial indica possibilidade dos valores apresentados no balanço patrimonial no grupo de clientes inadimplência, ou seja, clientes em situação financeira precária para cumprir seus compromissos. Em contabilidade utilizamos o termo previsão. Quando ocorre uma situação de dúvida com dados conhecidos para prover a estimativa de valores do Ativo e Passivo. Valor Recuperável de Ativos As expectativas de perdas de ativos ou estimativas de valores a desembolsar que, apesar de financeiramente não serem consideradas efetivadas, derivam de fatos geradores contábeis ocorridos. As perdas economicamente incorridas (Exemplo: depreciação, perda de valores de investimentos, provável não recebimento de créditos). À medida que deixam de ser estimativas, isto é, expectativas de perda de ativos ou expectativas de obrigações, tornando-se totalmente definitivas, o procedimento contábil correto é abandonar o conceito de estimativa. As expectativas de obrigações, por exemplo, quando se tornam líquidas e certas não são estimativas e sim passivos genuínos (Exemplo: salários a pagar, ICMS a recolher). É de fundamental importância a constituição de estimativas e provisões, de modo que se atenda às características qualitativas da informação contábil útil, disposta na estrutura conceitual da contabilidade, Pronunciamento Técnico CPC 00. Valor Recuperável de Ativos As características qualitativas dispostas no CPC 00 são divididas em fundamentais e de melhoria. As características qualitativas fundamentais são: relevância e representação fidedigna. Para que a informação contábil seja relevante e, portanto, útil no processo decisório dos usuários, ela deve ser capaz de fazer diferença em seus julgamentos, ajudando-os a avaliar o impacto de eventos passados, presentes e futuros, seja confirmando ou corrigindo suas avaliações anteriores ou subsidiando o usuário de informações para que possa fazer novas avaliações. A informação contábil para ser fidedigna precisa atender a três atributos: ser completa, neutra e livre de erros. Deve-se entender como informação completa no sentido de incluir toda a informação necessária para que o usuário compreenda a situação financeira e o desempenho da empresa. Valor Recuperável de Ativos Representação fidedigna diz respeito à representação adequada daquilo a que propõe a representar. Quando analisamos, o valor da conta duplicatas a receber ou clientes, possuindo indícios de que não receberemos integralmente o valor a que temos direito, seja por experiências passadas no recebimento de créditos ou por análise da situação econômica dos clientes, precisamos avisar aos usuários essa informação. E nesse caso utilizamos a estimativa para créditos de liquidação duvidosa. O importante é que você entenda que ao constituirmos a estimativa de perda com recebimento de créditos, estamos buscando representar fidedignamente a situação econômico-financeira da empresa. Deve-se entender informação completa no sentido de incluir toda a informação necessária para que o usuário compreenda a situação financeira e o desempenho da empresa. No que se refere às características qualitativas de melhoria, o CPC 00 apresenta a seguinte características: comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade. Valor Recuperável de Ativos Comparabilidade: As informações contábil-financeiras devem ser comparáveis entre as empresas do mesmo setor e da própria empresa ao longo do tempo. Verificabilidade: Quanto maior for a possibilidade do usuário verificar, recalcular ou reconstruir a informação, maior será a qualidade da informação prestada. Tempestividade: Uma informação será mais útil se estiver disponível para o usuário a tempo de influenciar suas decisões. É a informação prestada em tempo oportuno para o usuário. Compreensibilidade: A informação prestada deve ser clara, concisa, prontamente entendida e compreendida. O CPC 00 também apresenta definições sobre o regime de competência que determina que as receitas e despesas correlatas devem ser reconhecidas nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. Valor Recuperável de Ativos Há determinados bens ou direitos classificados no ativo cujo valor de realização é menor do que aquele destacado contabilmente. Existe a necessidade de constituição de estimativa para reduzi-lo a um valor que efetivamente possa ser realizado. As estimativas que reduzem o ativo são, obviamente, contas credoras, visto que corrigem o saldo do ativo com natureza devedora. A contrapartida na constituição de uma estimativa ativa será uma conta de despesa ou custo, indedutível para fins de cálculo do resultado tributável de imposto de renda e contribuição social. Grupo de contas redutora do ativo. Valor Recuperável de Ativos Conta/Grupo do ativo Estimativa Clientes/Ativos circulante Estimativa para créditos de liquidação duvidosa Estoques/Ativo circulante Estimativa para ajuste a valor de mercado dos estoques Investimentos avaliados pelo custo/Ativo não circulante Estimativa para perdas permanentes Imobilizado/Ativo não circulante Depreciação e exaustão Intangível/Ativo não circulante Amortização O CPC 00 apresenta características qualitativas de melhoria. Assinale a alternativa correta. a) Comparabilidade. b) Prudência. c) Valor Justo. d) Estimativa. e) Competência. Interatividade Resposta O CPC 00 apresenta características qualitativas de melhoria. Assinale a alternativa correta. a) Comparabilidade. b) Prudência. c) Valor Justo. d) Estimativa. e) Competência. Os direitos que tiverem por objetivo mercadorias e produtos do comércio da empresa, assim como matéria-prima, produtos em fabricação e bens em almoxarifado, (serão avaliados) pelo custo de aquisição ou produção, deduzindo de estimativa para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior. Item II do Artigo 183 da Lei das Sociedades por Ações, Avaliação dos Estoques. A estimativa para ajuste de estoques ao valor de mercado não é dedutível para fins de apuração de lucro real e para determinação da base de cálculo da contribuição social sobre o lucro. A base elementar da contabilização dos estoques é o custo. Os produtos adquiridos para revenda de matérias-primas ou de outros tipos de materiais utilizados no processo de produção, tal custo é o de aquisição dos itens acrescidos dos gastos relacionados à aquisição e excluídos os tributos recuperáveis. Os produtos em processo e acabados, o custo é de produção. Estimativa para Ajuste a Valor de Mercado dos Estoques Conforme citado na legislação, e pelos conceitos contábeis, a regra básica de avaliação na data do balanço é a do custo ou mercado, dos dois o menor. Quando houver a perda de utilidades ou a redução no preço de venda ou de reposição de um item que diminua seu valor recuperável, ou seja, de mercado, a um nível abaixo do custo, deve-se assumir como base final de avaliação o preço de mercado inferior ao custo, mediante uma estimativa, mantendo-se os controles de estoques ao valor original de custo. O método do custo ou mercado, dos dois o menor, tem como finalidade, portanto, eliminar dos estoques a parcela dos custos que provavelmente não seja recuperável. A aplicação desse critério deve ser na avaliação dos inventários no final do ano, para as perdas resultantes de estragos,deterioração, obsolescência, redução na estrutura de preços de venda ou de reposição sejam reconhecidas nos resultados do exercício em que tais perdas ocorrerem e não no exercício em que a mercadoria é vendida, reposta ou transformada em sucata. Estimativa para Ajuste a Valor de Mercado dos Estoques Apuração do valor de mercado -> A aplicação do critério de custos ou mercado, dos dois o menor, deve ser feita separadamente para cada subconta de estoques. Matéria-Prima, Outros materiais utilizados na produção e almoxarifado de uso geral: Preço pelo qual possam ser repostos, mediante compra no mercado (Art.183 § 1º da Lei das S.A) ou seja, será o custo de reposição de cada material, entendendo-se como custo da reposição a compra de quantidades usuais em circunstâncias normais. Produtos acabados e mercadorias para revenda: O mercado representa o valor líquido realizável, o qual, por sua vez, é apurado pelo valor líquido entre o preço de venda do produto e as despesas estimadas para vender e receber, entendendo-se como tais as despesas diretamente relacionadas com a venda do produto e a cobrança de seu valor, tais como comissões, fretes, embalagens, taxas e descontos de duplicatas etc. Despesas com propaganda, gerais, administrativas etc., que beneficiam não diretamente um produto, mas genérica e constantemente todos os produtos da sociedade, não devem ser incluídas nessa determinação. Estimativa para Ajuste a Valor de Mercado dos Estoques Produtos em processo: Esses estoques devem ser confrontados com o valor de mercado, havendo duas alternativas para o cálculo. Uma seria tomar seu custo já incorrido mais uma estimativa dos custos a completar. Esse valor final seria comparado com o mercado como se fosse um produto acabado. Por outro lado, para estoques em início do processo, a melhor forma talvez seja decompô-los pelas matérias-primas requisitadas, cujos custos seriam comparados com o mercado, como se fossem matérias-primas. Pronunciamento Contábil n.16 (R1) – Estoques, editado pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis: O objetivo desse pronunciamento é estabelecer o tratamento contábil para os estoques. A questão fundamental na contabilização dos estoques é quanto ao valor do custo a ser reconhecido como ativo e mantido nos registros até que as respectivas receitas sejam reconhecidas. Estimativa para Ajuste a Valor de Mercado dos Estoques Esse pronunciamento proporciona orientações sobre a determinação do valor de custo dos estoques e sobre o seu subsequente reconhecimento como despesa em resultado, incluindo qualquer redução ao valor realizável líquido. Também proporciona orientação sobre o método e os critérios usados para atribuir custos aos estoques. Os estoques objeto desse pronunciamento devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido; dos dois, o menor. As estimativas que reduzem as contas do ativo não circulante são as contas que possuem prazo de realização superior a 12 meses da data do balanço patrimonial. Perdas estimadas por valor não recuperável em investimentos não circulantes – CPC 01 (R1) – Redução do valor recuperável de ativos. Estimativa para Ajuste a Valor de Mercado dos Estoques Os investimentos avaliados pelo método de custo devem ser ajustados ao seu valor provável de realização, quando observadas na empresa investida evidências de que o valor de custo não será recuperável em virtude de a investida estar operando, por exemplo, com prejuízos constantes ou por algum evento que não seja possível sua recuperação ao longo dos períodos. Perdas estimadas por valor não recuperável em imobilizado: CPC 01 (R1) – Redução ao valor recuperável de ativos. O § 3º do art. 183 da Lei n. 6.404/76 determina que a empresa deverá efetuar periodicamente a análise sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado e no intangível, a fim de que sejam registradas as perdas de valor do capital investido quando comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para recuperação desse valor. O CPC 01 (R1) é de natureza geral e aplicável a qualquer ativo. Estimativas – Contas Redutoras do Ativo Não Circulante Ativo intangível, os intangíveis, de modo geral, tenham vida útil definida ou indefinida, devem se submeter ao disposto no Pronunciamento Técnico CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável, ao Valor Recuperável do Ativo, ou seja, devem ser avaliados periodicamente quanto à sua capacidade de gerar benefícios econômicos para as empresas (impairment). O CPC 01 (R1) determina que, independentemente de existir ou não qualquer indício de desvalorização, a empresa deverá testar, no mínimo anualmente, a redução ao valor recuperável de um ativo intangível com vida útil definida ou de um ativo intangível ainda não disponível para uso, comparando seu valor contábil com seu valor recuperável, e testar, também anualmente, o ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) em uma aquisição. Estimativas – Contas Redutoras do Ativo Não Circulante A estimativa para ajuste de estoques ao valor de mercado não é dedutível para fins de apuração de lucro real e para determinação da base de cálculo da contribuição social sobre o lucro. A base elementar da contabilização dos estoques é o custo. Assinale a alternativa correta. a) O método do custo ou mercado, dos dois o menor, tem finalidade de eliminar dos estoques a parcela dos custos que provavelmente não seja recuperável. b) A aplicação do critério de custos ou mercado, dos dois o menor, deve ser feita conforme as contas de estoques. c) Matéria-prima e outros materiais utilizados na produção e almoxarifado de uso geral, o preço reposto conforme Art.183 § 1º da Lei das S.A será o custo final de cada material conforme reposição. d) Pronunciamento Contábil n.16 (R1) tem o objetivo de estabelecer o tratamento do custo financeiro para os estoques. e) O CPC 01 (R1) é aplicado ao cálculo do custo médio das empresas. Interatividade Resposta A estimativa para ajuste de estoques ao valor de mercado não é dedutível para fins de apuração de lucro real e para determinação da base de cálculo da contribuição social sobre o lucro. A base elementar da contabilização dos estoques é o custo. Assinale a alternativa correta. a) O método do custo ou mercado, dos dois o menor, tem finalidade de eliminar dos estoques a parcela dos custos que provavelmente não seja recuperável. b) A aplicação do critério de custos ou mercado, dos dois o menor, deve ser feita conforme as contas de estoques. c) Matéria-prima e outros materiais utilizados na produção e almoxarifado de uso geral, o preço reposto conforme Art.183 § 1º da Lei das S.A será o custo final de cada material conforme reposição. d) Pronunciamento Contábil n.16 (R1) tem o objetivo de estabelecer o tratamento do custo financeiro para os estoques. e) O CPC 01 (R1) é aplicado ao cálculo do custo médio das empresas. Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes, convergentes com as práticas contábeis internacionais, estabeleceu critérios de reconhecimento, mensuração e evidenciação aplicáveis a provisões, contingências passivas e contingências ativas. O termo provisão, como tratado no item 10 do Pronunciamento Técnico CPC 25 – Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes, refere-se apenas aos passivos de prazo ou valor incertos. Diferencia as provisões propriamente ditas daquelas derivadas de apropriações por competência. Estas são caracterizadas como obrigações existentes, registradas no período de competência, sendo muito menor o grau de incerteza, não devendo ser reconhecidas como provisões. Podemos citar férias, 13º salário e respectivos encargos sociais, dividendos propostos etc. Provisões – Pronunciamento Técnico CPC n. 25 Uma provisão deve ser realizada quando atender cumulativamente às condiçõesdescritas abaixo, conforme CPC 25. 1. A empresa possui uma obrigação legal ou não formalizada presente como consequência de um evento passado. 2. Provável probabilidade que os recursos sejam exigidos para liquidar uma obrigação. 3. O montante da obrigação possa ser estimado com segurança. Obrigação Legal: Deriva de um contrato por termos explícitos ou implícitos de uma lei ou de outro instrumento conforme legislação. Obrigação não formalizada: Surge quando uma empresa, mediante práticas do passado, políticas divulgadas ou declarações feitas, cria uma expectativa por parte de terceiros assumindo um compromisso. Provisões – Pronunciamento Técnico CPC n. 25 Quando um passivo deixa de atender à obrigação legal e à obrigação não formalizada, serão consideradas na norma de passivos contingentes. 1. Uma possível obrigação presente, cuja existência seja confirmada somente pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros que não estejam totalmente sob controle da entidade; ou 2. Uma obrigação presente que surge de eventos passados, mas que não é reconhecida porque: a) É improvável que a entidade tenha de liquidar a obrigação, b) O valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente segurança. 3. Quanto à probabilidade de saída de recursos, os passivos devem ser avaliados e classificados em: Praticamente certo, Provável, Possível, Remoto. Provisões – Pronunciamento Técnico CPC n. 25 A classificação das provisões devem ser reavaliadas periodicamente e, em caso de mudança, deve-se alterar o procedimento contábil adotado. Provisões para Contingências -> Contingências é uma situação de risco existente, cujo resultado final, favorável ou não, depende de eventos futuros e incertos. É constituída para prevenir contra prejuízo futuro provável de acontecer em razão de fatos gerados ocorridos. Provisões – Pronunciamento Técnico CPC n. 25 Possibilidade de ocorrência do desembolso Tratamento contábil Provável Mensurável com suficiente segurança Provisionar Não mensurável com suficiente segurança Divulgar em notas explicativas Possível Divulgar em notas explicativas Remota Não divulgar em notas explicativas Existem situações em que o aplicável é uma reserva para contingências e não a provisão para contingências. O que diferencia a provisão para contingências e reservas para contingências é o fato gerador. Se o fato gerador ocorreu, constituímos a provisão, caso ainda não tenha ocorrido, constituímos a reserva. Com o intuito de esclarecer eventuais dúvidas quanto à constituição de uma Reserva ou de uma provisão para Contingências, a CVM, por meio de nota explicativa, a instrução n. 59, estabeleceu as seguintes características para a aplicabilidade da provisão para contingências. Tem por finalidade cobrir as perdas ou despesas, cujo fato gerador ocorreu, mas não tenha havido, ainda, o correspondente desembolso ou perda considerada. Em atenção ao princípio da competência, entretanto, há necessidades de efetuar o registro contábil no balanço patrimonial. Provisões – Pronunciamento Técnico CPC n. 25 Representa uma apropriação ao resultado do exercício, contrapartida de perdas extraordinárias, despesas e custos, e sua constituição normalmente influencia o resultado do exercício ou os custos de produção. Deve ser constituída independentemente da empresa apresentar lucro ou prejuízo. Visto que o evento que serviu de base à sua constituição já ocorreu, não há, em princípio, reversão dos valores registrados nessa provisão. Se a probabilidade for difícil de calcular ou se o valor não for mensurável, há necessidades de uma nota explicativa esclarecendo o fato e mencionando as impossibilidades. Provisões – Pronunciamento Técnico CPC n. 25 Um empregado de uma determinada empresa entrou na justiça cobrando hora extra não remunerada. Os consultores jurídicos da empresa consideram o risco de perda remoto. Assinale a alternativa correta. a) A empresa deverá realizar uma provisão no passivo circulante. b) A perda é considerada remoto, a empresa não precisa realizar provisão e não divulgar em notas explicativas. c) A empresa deverá realizar uma provisão no passivo não circulante. d) A empresa deve realizar a contabilização no resultado operacional. e) A empresa deve divulgar apenas em nota explicativa. Interatividade Resposta Um empregado de uma determinada empresa entrou na justiça cobrando hora extra não remunerada. Os consultores jurídicos da empresa consideram o risco de perda remoto. Assinale a alternativa correta. a) A empresa deverá realizar uma provisão no passivo circulante. b) A perda é considerada remoto, a empresa não precisa realizar provisão e não divulgar em notas explicativas. c) A empresa deverá realizar uma provisão no passivo não circulante. d) A empresa deve realizar a contabilização no resultado operacional. e) A empresa deve divulgar apenas em nota explicativa. Os arrendamentos mercantis podiam ser classificados como financeiro ou operacional e antes da Lei 11.638/07 ambos eram reconhecidos como despesas na arrendatária no momento de vencimento das prestações. Isso porque, até então, o entendimento que prevalecia era que o dono do bem deveria registrá-lo em seu ativo e, portanto, os objetivos de arrendamento mercantil eram reconhecidos no balanço do arrendador. A Lei 11.638/07, que propiciou para convergirmos às normas internacionais de contabilidade, alterou o tratamento contábil do arrendamento mercantil. As operações de arrendamento mercantil operacional continuavam fora do balanço da arrendatária, porque, nesse caso, consideramos como aluguel. No entanto, esse modelo de reconhecimento, disposto no CPC 06, foi emitida com base na norma internacional IAS 17 – Leasing, emitida pelo IASB. O Brasil adotou o modelo do IASB utilizado em muitas empresas. Em função do novo texto da IFRS 16, foi emitido pelo CPC a norma 06 (R2) com efeitos a partir de 2019. Arrendamento Mercantil – Pronunciamento Técnico CPC n. 06 Uma das principais alterações do CPC 06 (R2) foi a eliminação da classificação entre arrendamento mercantil financeiro e operacional. Arrendamento Financeiro -> Transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade do ativo subjacente. Arrendamento Operacional -> Não transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade do ativo subjacente. Conforme pronunciamento, o arrendatário deverá considerar o mesmo tratamento contábil para o arrendamento financeiro e operacional, de forma que passem, em ambos os casos, a serem reconhecidos no balanço patrimonial os ativos e passivos da empresa. Arrendamento Mercantil – Pronunciamento Técnico CPC n. 06 Arrendamento Financeiro -> O arrendador deve reconhecer a receita financeira ao longo do prazo do arrendamento com base em um padrão que reflita a taxa de retorno periódica constante sobre o investimento líquido do arrendador, conforme critérios: Alocar a receita financeira ao longo do prazo de forma sistemática e racional, Aplicar os recebimentos do arrendamento relativos ao período contra o investimento bruto no arrendamento para reduzir o valor principal e a receita financeira não auferida. Aplicar os requisitos de desreconhecimento e redução ao valor recuperável ao investimento líquido no arrendamento (aplicar o CPC 48 – Instrumentos Financeiros). Classificar o ativo como mantido para venda, deve aplicar o CPC 31 – Ativo não Circulante mantido para venda e operação descontinuada. Arrendamento Mercantil – Pronunciamento Técnico CPC n. 06 Arrendamento Operacional -> Reconhecer os recebimentos decorrentes de arrendamento operacional como receita pelo método linear ou outra base sistemática que represente melhor o padrão em que o benefício do uso do ativo subjacente é reduzido. Seguindo os critérios abaixo: Reconhecer os custos, incluindoa depreciação, incorridos na realização da receita de arrendamento como despesa. Adicionar os custos diretos iniciais incorridos na obtenção do arrendamento ao valor contábil do ativo subjacente e reconhecê-los como despesas ao longo do prazo do arrendamento na mesma base que a receita do arrendamento. Depreciar os ativos subjacentes, quando sujeitos à depreciação, de forma consistente com a política de depreciação normal adotada para outros ativos similares (Aplicar o CPC 27 – Ativo Imobilizado). Reconhecer as perdas por redução ao valor recuperável (aplicar o CPC 01 – Redução ao valor recuperável de ativos). Arrendamento Mercantil – Pronunciamento Técnico CPC n. 06 Em relação ao leasing financeiro e ao leasing operacional, assinale a alternativa correta. a) As contraprestações e demais pagamentos devidos pela arrendatária previstos em contrato no leasing financeiro são normalmente suficientes para que a arrendadora recupere o custo do bem arrendado durante o prazo contratual da operação. b) As despesas de manutenção, assistência técnica e serviços correlatos à operacionalidade do bem arrendado são de responsabilidade da arrendatária no leasing operacional. c) O leasing operacional, em geral, possibilita ao arrendatário adquirir o bem no final do contrato. d) Existe um intermediário entre o arrendador e o arrendatário no leasing operacional, que é a instituição financeira. e) Não há previsão de pagamento de valor residual garantido no leasing financeiro. Interatividade Resposta Em relação ao leasing financeiro e ao leasing operacional, assinale a alternativa correta. a) As contraprestações e demais pagamentos devidos pela arrendatária previstos em contrato no leasing financeiro são normalmente suficientes para que a arrendadora recupere o custo do bem arrendado durante o prazo contratual da operação. b) As despesas de manutenção, assistência técnica e serviços correlatos à operacionalidade do bem arrendado são de responsabilidade da arrendatária no leasing operacional. c) O leasing operacional, em geral, possibilita ao arrendatário adquirir o bem no final do contrato. d) Existe um intermediário entre o arrendador e o arrendatário no leasing operacional, que é a instituição financeira. e) Não há previsão de pagamento de valor residual garantido no leasing financeiro. ATÉ A PRÓXIMA!