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Jonebelo António Chunguane
INCLUSÃO E EXCLUSÃO
CORRUPÇÃO
Licenciatura em Física
Universidade Save
Chongoene
2021
	
Jonebelo António Chunguane
INCLUSÃO E EXCLUSÃO
CORRUPÇÃO
Trabalho a ser entregue à Faculdade de Ciências Naturais e Exactas, na cadeira de Tema Transversal II: Ética, Diversidade e Inclusão, no âmbito de avaliação, sob orientação da Dra. Nárcia Chaúque.
Universidade Save
Chongoene
2021
	
	
30
1.0 Introdução
· A partir do processo de democratização da escola, se evidencia o paradoxo inclusão/exclusão quando os sistemas de ensina universalizam o acesso, mas continua excluindo indivíduos e grupos considerados fora dos padrões homogeneizadores da escola.
· Conforme pode ser observado o aluno com NEE deve receber o atendimento especializado de preferência na rede regular de ensino.
· O que se observa ainda nessa legislação é a exclusão implícita, se todos nós somos iguais, o porquê então haver uma escola para alunos ditos “normais” e outra para deficientes.
· Um complexo fenómeno social, político e económico que afecta todos os países. Em diferentes contextos, a corrupção prejudica as instituições democráticas, freia o desenvolvimento económico e contribui para instabilidade política de desigualdade social.
 
1.1 Objetivos 
1.1.1 Objectivo Geral
· Analisar a Inclusão/Exclusão e Corrupção
1.1.2 Objectivos específicos
· Explicar a influência da Inclusão na vida;
· Conhecer os direitos humanos;
· Delimitar as formas de Exclusão;
· Compilar as causas e efeitos sociais da corrupção.
1.2 Metodologia
A metodologia é definida como processo de planejamento, onde se define um conjunto de métodos científicos a serem utilizados no decorrer da pesquisa, pois tais, conforme Marconi e Lakatos (2005) servem de instrumentos para alcance dos objetivos propostos, bem como ao atendimento de critérios úteis na confiabilidade da informação. 
Pesquisa Bibliográfica é desenvolvida com base no material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos (GIL, 2008).
Esta pesquisa vai se basear na pesquisa bibliográfica porque para a fundamentação teórica serão necessários algumas obras e o uso de serviços electrónicos (internet).
 
2.0 Fundamentação Teórica
2.1 Definição de Inclusão
A Inclusão é um processo que visa apoiar a Educação para Todos e para cada criança no Mundo (Ainscow & Ferreira, 2003, citado em Rodrigues, 2003). Esta ideia implica encarar a escola como um espaço onde todas as crianças e jovens têm lugar para aprender e adquirir conhecimento e para desenvolver-se enquanto pessoa. Contudo, a construção de uma “Escola para Todos”, onde a diferença adquira não apenas o “estatuto de cidadania mas também estatuto pedagógico e organizacional” (p.2985), implica, segundo Lopes e Sil (2005), o acesso a uma escolaridade básica de nove anos, a qual continua fora do alcance de um em cada três portugueses.
“A promoção de uma igualdade de oportunidades de acesso e de sucesso, com a participação de todos e o respeito pela diversidade individual e cultural dos alunos, através da inclusão na escola, bem como da inclusão da escola no meio local, permitirá uma intervenção integrada, no sentido da elevação do nível educativo da população. ” (Lopes & Sil, 2005, p.2985)
A inclusão pressupõe que todas as crianças e alunos tenham uma resposta educativa num ambiente regular que lhes proporcione o desenvolvimento das suas capacidades. Este princípio vem expresso na Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994).
“O princípio fundamental das escolas inclusivas consiste em todos os alunos aprenderem juntos, sempre que possível, independentemente das dificuldades e das diferenças que apresente. Estas escolas devem reconhecer e satisfazer as necessidades diversas dos seus alunos, adaptando-se aos vários estilos e ritmos de aprendizagem, de modo a garantir um bom nível de educação para todos, através de currículos adequados, de uma boa organização escolar, de estratégias pedagógicas, de utilização de recursos e de uma cooperação com as respectivas comunidades. É preciso, portanto, um conjunto de apoios e de serviços para satisfazer o conjunto de necessidades especiais dentro da escola”. (p. 11-12)
Assim o princípio da escola inclusiva torna-se mais abrangente dando espaço e igualdade de oportunidades a todas as crianças e jovens de todas as condições físicas, sociais e outras. Sejam eles de diferentes raças ou credos, etnias ou culturas, ricos ou pobres, com ou sem deficiência e outras, onde a qualidade e o sucesso de ensino seja igual para todos (Sanches, 2001).
INCLUSÃO DO PORTADOR DE NECESSIDADE ESPECIAL NAS ESCOLAS
Breve Histórico da Educação e Portadores de Necessidades Especiais
A sociedade em que vivemos se caracteriza por estabelecer alguns padrões de comportamento, tanto de corpo como de formas de ver o mundo e aqueles que não se enquadram nesses padrões tornam-se marginalizados, rejeitados e excluídos do seu convívio social. Ao recorrer à história da humanidade, desde os tempos mais remotos, percebemos que esse pensamento de exclusão ao diferente sempre esteve presente em todas as sociedades, pois ao longo do tempo produziram e produzem uma visão padronizada e classifica as pessoas de acordo com esta, elegendo padrões de normalidade e se esquece de que ela é formada e construída na diversidade.
Luana Nogueira Sousa citando os estudos da Sazzaki apud Reinaldo Soler, o processo histórico da educação dos portadores de necessidades especiais, divide-se em quatro fases:
1. Fase de Exclusão: anterior ao séc. 20, quando as pessoas portadoras de deficiência eram impedidas de frequentar as escolas.
2. Fase de Segregação: já dentro do séc. 20, quando as pessoas portadoras de necessidades especiais eram atendidas dentro de instituições. Entre os anos de 1950 e 1960, surgiram as escolas especiais, e mais tarde as classes especiais dentro de escolas comuns.
3. Fase de Integração: apenas eram aceitas as deficiências mais adaptáveis às classes comuns, não havia modificação no sistema, pois a escola continuava da mesma forma que sempre se apresentou. Os alunos é que tinham que se adaptar ao sistema escolar, e não contrário.
4. Fase de Inclusão: surgiu na metade da dec. 1980 e desenvolveu-se durante os anos de 1990. A grande evolução ocorrida nessa fase foi a de adaptar o sistema educacional às necessidades dos alunos. (Sousa, 2010).
Através desta breve apresentação da evolução dos direitos do portador de necessidades especiais, pode-se observar, embora pequenos, houve alguns avanços na tentativa de inclusão dessas pessoas menos prestigiadas da população.
A inclusão dos portadores de necessidades especiais no século XXI
Embora nos últimos anos tenha havido alguns avanços na inclusão dos Portadores de Necessidades Especiais, ainda existe um longo caminho a ser percorrido, pois, embora estejamos em pleno século XXI, existe várias barreiras que impedem o acesso, o convívio e a permanência dessas pessoas no espaço escolar.
Nesse sentido deve-se destacar as sábias palavras de Luanda Nogueira Souza que diz:
“Incluir significa atender a todos os Portadores de Necessidades Especiais ou não, respeitando as necessidades de cada uma delas, tendo profissionais capacitados e espaço físico adequado”. (Souza, 2010).
Inserir alunos portadores de alguma necessidade especial, permanentes ou temporários, mais graves ou menos severos no ensino regular é uma forma de aplicar, novamente, outro direito, que é o direito à educação.
As escolas que não estão atendendo alunos com deficiência em suas turmas regulares se justificam, na maioria das vezes por falta de preparo dos professores para esse fim. Existem também aquelas escolas que não acreditam nos benefícios que esses alunos poderão tirar da nova situação, especialmente os casos mais graves, pois não teriam condições de acompanhar os avanços dos demais colegas e seriam ainda mais marginalizados e discriminados do que nas classes e escolas especiais.
Diante dessa realidade, a solução mais viável seria redefinir e colocar em acçãonovas alternativas e práticas pedagógicas, que favoreçam a todos os alunos, de uma forma incondicional, o que, implica na atualização e desenvolvimento de conceitos e em aplicações educacionais compatíveis com esse grande desafio.
A INCLUSÃO DOS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS NA SOCIEDADE
Fase de adaptação e organização dos PNE’s no meio social
Quando os pais de uma criança descobrem que o seu filho será portador de alguma necessidade especial, além de terem de superar o choque da notícia, estes deverão passar por um processo de adaptação, terão que fazer novos planos, tudo isso com o intuito de poder proporcionar uma vida normal para ao filho.
Mas conforme se sabe, por mais que os pais se esforcem, por mais que seja grande o amor pelo seu filho, este ainda terá que conviver em sociedade, e grande parte da sociedade, não está preparada para o convívio com esta classe de pessoas.
Outro problema que esta criança terá de enfrentar, talvez uns dos problemas mais antigos e mais cruel da raça humana, sendo este o preconceito. O preconceito se caracteriza, quando grupos de pessoas tratam alguém com indiferença e parcialidade, excluindo-a de seu meio, ferindo princípios básicos de uma pessoa, principalmente o da dignidade da pessoa humana.
Diante dessa triste realidade, foi necessário que essas pessoas aclamassem às autoridades judiciárias, para que fizessem alguma coisa para que lhe fossem garantidos os seus direitos como cidadãos. Vejamos agora, em breve explanação, outros direitos que são previstos em lei aos PNE’s, e que por vezes não são respeitados pela sociedade.
A IMPORTÂNCIA DA INCLUSÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS NA SOCIEDADE
A sociedade tem mudado bastante, e uma de suas transformações estão relacionadas ao mundo dos negócios e a inclusão de pessoas com necessidades especiais no mercado. Isso porque as instituições não se responsabilizam apenas pela geração de lucro, mas agora também possuem papel político e social. 
A Constituição da República de Moçambique (CRM) defende os direitos das crianças à protecção da família, da sociedade e do Estado, tendo em vista o seu desenvolvimento integral e acesso aos cuidados necessários ao seu bem-estar, a opinião, a participação nos assuntos que lhes dizem respeito, em função da sua idade e maturidade. A Constituição da República (CR) (2004), indica que todos os cidadãos devem ter os mesmos direitos, as mesmas oportunidades para que possam viver em comunidade e não sobreviver em sociedade, a sociedade civil e os próprios deficientes devem assentar uma luta para que os seus direitos fundamentais de cidadania sejam respeitados e que se observe uma reciprocidade nas relações interpessoais assentes em direitos e deveres.
Isso significa dizer que as empresas passaram a ter o comprometimento com sua responsabilidade social, que deve atender ao seu dever em agregar valor na coletividade, tendo assim que cumprir tal dever através de inclusão, possibilitando o exercício dos direitos garantidos pela Constituição da República, que assegura todos os portadores de necessidades especiais o direito a inclusão social.
Quando falamos em assegurar direitos, responsabilidade social, inclusão, significa que a sociedade está passando por um processo de adaptação ao incluir pessoas com algum tipo de deficiência ou necessidade no mercado, uma vez que o preconceito por vezes arraigado na constituição das empresas, visava apenas ao lucro e descartava oportunidades para pessoas com certas limitações. Isso mudou, e os rumos ao tratamento com igualdade e respeito tem se tornado pauta recorrente por onde passamos.
	CRM
	Artigos
	Preceitos
	 
 
 
 
 
 
 
 
CRM 2004
	Artigo 35 (Princípio da universalidade e da igualdade): Todos os cidadãos são iguais perante a lei, gozam dos mesmos direitos e estão sujeitas aos mesmos deveres, independentemente da cor, raças, sexo, origem étnica, lugar de nascimento, religião, grau de instrução, posição social, estado civil dos pais, profissão ou opção política
	Todos os cidadãos têm os mesmos direitos e não devem ser descriminados.
	
	Artigo 88 (Direito À Educação):
1. Na República de Moçambique a educação constitui direito e dever de cada cidadão.
	Todos cidadãos têm direito a educação.
 
	
	Artigo 125 (Portadores De Deficiência) defende que:
1. Os portadores de deficiência têm direito a especial protecção da família, da sociedade e do Estado.
4. O estado promove, em cooperação com as associações de portadores de deficiência e entidades privadas, uma política que garanta:
a) A reabilitação e integração dos portadores de deficiência;
b) A prioridade de atendimento dos cidadãos portadores de deficiência pelos serviços públicos e privados;
5. O estado encoraja a criação de associações de portadores de deficiência.
	Direito a protecção Integração e prioridade ao atendimento a responsabilidade do Estado em assegurar iguais oportunidades de acesso à educação e encoraja a criação de associações.
O quadro acima ilustra o comprimento das recomendações da Declaração de Salamanca (1994) nos termos legais da Constituição da Republica de 2004, fazendo menção o direito a educação para todos os cidadãos; igualdade de oportunidade. O estado simplesmente promove em cooperação com as associações e agentes privados a política que garante a reabilitação e integração a prioridade de atendimento, distanciando-se da total responsabilidade com as pessoas com necessidades educativas especiais NEE, e deixando claro que independentemente de tipo ou nível de necessidade educativa especial a pessoa com NEE deve se esforçar criar condições de modo a se adaptar com meios sociais e do processo educativo.
DIREITOS DA PESSOA PORTADORA DAS NEE NAS ESCOLAS
A discriminação contra indivíduos e grupos em condição social de subalternidade são tão frequentes que, historicamente, se tornou necessária a publicação de documentos legais que tratam do tema. Por exemplo, a Convenção Internacional Contra a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial (ONU, 1968) conceitua discriminação como qualquer exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica, que tenha o propósito ou efeito de anular ou prejudicar o reconhecimento, gozo ou exercício em pé de igualdade de direitos humanos, e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou qualquer outro domínio da vida pública. Assim, é importante apoiar os estudantes de ensino médio para refletirem sobre esta questão tão importante quando tratamos de assuntos de direitos humanos e igualdade entre os grupos sociais, assim como assumimos o valor à diferença e diversidade humanas.
Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994) 
Esta declaração tem papel-chave na implementação de políticas públicas e ações para assegurar os direitos à educação das pessoas com deficiência. Segundo o documento de Salamanca (UNESCO, 1994) o princípio fundamental das escolas inclusivas consiste em garantir que os alunos (a)/s aprendam juntos, sempre que possível, independentemente das dificuldades e das diferenças que apresentem. Estas escolas devem reconhecer e satisfazer as necessidades diversas de seus estudantes, adaptando-se aos vários estilos e ritmos de aprendizagem, de modo a garantir um bom nível de educação para todo (a)/s através de currículos adequados, de boa organização escolar, de estratégias pedagógicas de utilização de recursos e de cooperação com as respectivas comunidades à educação (p.11-12). Isto quer dizer que as escolas e suas comunidades devem mudar e se preparar para entenderem, celebrarem e trabalharem com a diversidade humana existente nas suas classes, a fim de promover-se a inclusão.
Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência (ONU, 2008)
 Esta convenção é uma conquista das pessoas com deficiências. Todavia, há divergências com relação à sua necessidade, uma vez que já existe uma Convenção dos Direitos Humanos (ONU, 1948) que deveria ser suficiente para qualquer grupo social. De qualquer forma, a CDPD é um documento fundamental para impulsionaras mudanças que vão assegurar seus direitos, conforme estabelecido nos princípios gerais da Convenção: 
1. Respeito pela dignidade inerente e autonomia individual incluindo a liberdade para fazer as próprias escolhas e independência das pessoas;
2. Não-discriminação;
3. Participação total e efetiva e inclusão na sociedade; 
4. Respeito pela diferença e aceitação das pessoas com deficiências como parte da diversidade humana e da humanidade; 
5. Igualdade de oportunidades;
6. Acessibilidade; 
7. Igualdade entre mulheres e homens; 
8. Respeito pelas capacidades em desenvolvimento das crianças com deficiência e respeito do direito das crianças com deficiência de preservarem suas identidades;
Exclusão
São dificuldades ou problemas sociais que levam ao isolamento e até à discriminação de um determinado grupo. É considerado o ponto máximo atingível no decurso da marginalização, um processo no qual o indivíduo vai se afastando da sociedade através de rupturas consecutivas com a mesma.
Causas que levam à exclusão:
· A má distribuição de bens, tal como o acesso à cultura, lazer, educação, habitação, etc;
· A competitividade da cultura meritocrática, que menospreza os menos aptos;
· A cultura que leva a pensar que as diferenças são perigosas.
Como combater a exclusão na escola? 
Para que todos tivessem as mesmas oportunidades e direitos no âmbito escolar, criou-se o conceito de integração, o qual defende que o indivíduo deve se inserir no ambiente, já estruturado, e adaptar-se a ele. Entretanto, tal conceito foi aprimorado e passou-se a defender a ideia de inclusão: agora, o ambiente escolar deve se adaptar a todos os indivíduos e suas particularidades, disponibilizando diversos recursos para a sua aprendizagem.
A Exclusão Social
Exclusão social é um tema da atualidade, utilizado nas mais variadas áreas do conhecimento, mas com sentido nem sempre muito preciso ou definido. Pode designar desigualdade social, miséria, injustiça, exploração social e econômica, marginalização social, entre outras significações.  De modo amplo, exclusão social pode ser encarada como um processo sócio histórico caracterizado pelo recalcamento de grupos sociais ou pessoas, em todas as instâncias da vida social. Gerando profundo impacto na pessoa humana, e em sua individualidade.
Tecnicamente falando, pessoas ou grupos sociais sempre são, de uma maneira ou outra, excluídos de ambientes, situações ou instâncias. Exclusão é “estar fora”, à margem, sem possibilidade de participação, seja na vida social como um todo, seja em algum de seus aspectos.
Outro conceito de exclusão social aplicável à realidade de uma sociedade capitalista é que dada pelo autor Martine Xiberas (1993): “excluídas são todas as que não participam dos mercados de bens materiais ou culturais”.
A pobreza absoluta significa não ter acesso aos bens e serviços essenciais, é a impossibilidade de suprir as necessidades básicas, alimentares e não-alimentares (Lopes, 1992). A indigência ou miséria é o afastamento de um mínimo necessário à manutenção da sobrevivência física de um indivíduo posto que não consegue “adquirir a cesta básica de alimentos que lhe proporcione nutrição suficiente para uma vida ativa e produtiva” (Gershman & Irwin, 2000, p. 15).
A pobreza relativa, a desigualdade, é a falta de recursos ou de consumo em relação a padrões usuais ou aprovados pela sociedade do que é considerado essencial para uma vida digna. As desigualdades sociais expressam as modalidades e os mecanismos mediante os quais numa dada sociedade são distribuídos bens e recursos, atribuindo posições diferenciadas e relativas aos indivíduos e grupos em relação ao acesso aos bens, e também em relação a uma escala de valores mediante a qual estes lugares sociais são avaliados. As três dimensões essenciais do processo de estratificação são a riqueza, o prestígio e o poder (Cavalli, 1991). Nas sociedades ocidentais e modernas, ou melhor, no modo de produção capitalista, o fato fundamental que orienta a estratificação é a propriedade dos meios de produção e a divisão social do trabalho, conformando um sistema de classes sociais.
Amartya Sen (2000) aponta os limites da abordagem das desigualdades pelo critério de renda. No seu entender, o mais importante é verificar como a renda e outros bens e serviços contribuem para as capacidades das pessoas de atingir seus objetivos de viver uma vida digna e satisfatória. Nesse sentido, outro conceito importante é o de vulnerabilidade, pois permite analisar a exposição de determinados grupos a riscos externos e avaliar suas capacidades em responder a estes desafios (Gershman & Irwin, 2000).
O conceito de exclusão social amplia as dimensões de análise da pobreza e das desigualdades.
“É o processo pelo qual indivíduos ou grupos são total ou parcialmente excluídos de participarem integralmente da sociedade em que vivem” (European Foundation for the Improvement of Living and Working Condition, apud Gershman & Irwin, 2000, p.16).
“São processos de vulnerabilidade, fragilização ou precariedade e até ruptura dos vínculos sociais em cinco dimensões da existência humana em sociedade: ocupacionais e de rendimentos; familiares e sociais proximais; políticas ou de cidadania; culturais; e, no mundo da vida onde se inserem os aspectos relacionados com a saúde” (Escorel, 1999, p. 75)
“A exclusão consiste de processos dinâmicos, multidimensionais produzidos por relações desiguais de poder que atuam ao longo de quatro dimensões principais – econômica, política, social e cultural –, e em diferentes níveis incluindo individual, domiciliar, grupal, comunitário, nacional e global. Resulta em um continuum de inclusão/exclusão caracterizado por acessos desiguais aos recursos, capacidades e direitos que produzem iniquidades em saúde” (Popay et al, 2008, p. 36).
A noção de exclusão social designa ao mesmo tempo um processo e um estado. Uma trajetória ao longo de um eixo inserção/exclusão, um movimento que exclui, processos potencialmente excludentes, vetores de exclusão ou vulnerabilidades e, ao mesmo tempo, um estado, a condição de exclusão, o resultado do movimento. Nessa condição (estado) costuma-se verificar a sobreposição das situações de exclusão num mesmo grupo social. Há uma somatória, uma concentração dos critérios sociais de discriminação, estigmatização e exclusão em certos grupos a um ponto tal que a exclusão social caracteriza o contexto de sociabilidade.
“Processos excludentes produzem uma distribuição injusta de recursos e acessos desiguais a capacidades e direitos de: criar as condições necessárias para que todas as populações tenham e possam ir além das necessidades básicas; permitir sistemas sociais participativos e coesos; valorizar a diversidade; garantir a paz e os direitos humanos; e, sustentar sistemas ambientais” (Popay et al, 2008, p.36).
Nem todos concordam que exclusão social seja uma categoria explicativa de fenômenos sociais contemporâneos. A maior crítica que é feita ao conceito é que, assim como underclass e marginalidade, traz implícita uma visão dicotômica, que divide o todo em duas partes, perdendo a complexidade das relações sociais envolvidas no fenômeno. Não existiria um dentro (inclusão) e um fora (exclusão) da sociedade. Todas as relações constituiriam uma mesma tessitura social, mais ou menos esgarçada, porém sempre tecida.
“A noção passou a ser criticada tanto pelos alegados limites em sua capacidade explicativa como em função do uso abusivo do termo. (...) [Sua] contribuição é mais relevante no campo da ação pública do que no da pesquisa social. Exclusão social remeteria ao enfraquecimento da participação dos indivíduos nas redes sociais mais fundamentais do contexto em que vivem (...) enfraquecimento, mas não descarte, abandono, porque o excluído pertence ao sistema em relação ao qual ele tende a ser colocado à margem” (Zioni, 2006, p. 24 ).
Formas de Exclusão
Estigma 
O termo estigma, entre os antigos gregos, designava "sinais corporais com os quais se procurava evidenciar alguma coisa de extraordinário ou de mau acerca do estatuto moralde quem os apresentava"; tratava-se de marcas corporais, feitas com cortes ou com fogo, que identificavam de imediato um escravo ou um criminoso, por exemplo. O conceito atual é mais amplo; considera-se estigmatizante qualquer característica, não necessariamente física ou visível, que não se coaduna com o quadro de expectativas sociais acerca de determinado indivíduo. Todas as sociedades definem categorias acerca dos atributos considerados naturais, normais e comuns do ser humano - o que Goffman designa por identidade social virtual. O indivíduo estigmatizado é aquele cuja identidade social real inclui um qualquer atributo que frustra as expectativas de normalidade.
Goffman distingue três tipos de estigma: as deformações físicas (deficiências motoras, auditivas, visuais, desfigurações do rosto, etc.), os desvios de carácter (distúrbios mentais, vícios, toxicodependências, doenças associadas ao comportamento sexual, reclusão prisional, etc.) e estigmas tribais (relacionados com a pertença a uma raça, nação ou religião).
Do ponto de vista da Sociologia, e particularmente da corrente interaccionista simbólica, interessa sobretudo analisar as relações que se estabelecem entre os estigmatizados e os "normais". Os contactos sociais com o portador de um estigma tendem a enfermar de insegurança e dificuldades de diversos cariz - por exemplo, não saber como reagir, se olhar ou não diretamente para o defeito visível, se auxiliar ou não a pessoa, se contar ou não uma anedota acerca desse "tipo" de pessoa. Qualquer que seja a conduta adotada, por ambas as partes, haverá, muitas vezes, a sensação de que o outro é capaz de ler significados não intencionais nas nossas ações. Esta é uma das razões que levam a que os indivíduos estigmatizados desenvolvam estratégias de encobrimento, por forma a garantir ao máximo uma vida normal.
Discriminação 
Discriminação é a conduta de transgredir os direitos de uma pessoa, baseando-se em raciocínio sem conhecimento adequado sobre a matéria, tornando-a injusta e infundada. 
Pode ocorrer em diversos contextos, porém o contexto mais comum é o social, através da discriminação social, cultural, étnica, política, religiosa, sexual ou etária, que podem, por sua vez, levar à exclusão social e muitos outros.
Discriminação e Preconceito
Na esfera do direito, a Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Racial, de 1966, em seu artigo 1º, conceitua discriminação como sendo:
Qualquer distinção, exclusão ou restrição baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha o propósito ou o efeito de anular ou prejudicar o reconhecimento, gozo ou exercício em pé de igualdade de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, económico, social, cultural ou em qualquer outro domínio da vida pública.
Deve-se destacar que os termos "discriminação" e "preconceito" não se confundam, apesar de que a discriminação tenha, muitas vezes, sua origem no preconceito.
Ivair Augusto Alves dos Santos afirma que o preconceito não pode ser tomado como sinónimo de discriminação, pois esta é fruto daquele, ou seja, a discriminação pode ser provocada e motivada pelo o preconceito. Diz ainda que:
Discriminação é um conceito mais amplo e dinâmico do que o preconceito. Ambos têm agentes diversos: a discriminação pode ser provocada por indivíduos e por instituições e o preconceito, só pelo indivíduo. A discriminação possibilita que o enfoque seja do agente discriminador para o objeto da discriminação. Enquanto o preconceito é avaliado sob o ponto de vista do portador, a discriminação pode ser analisada sob a ótica do receptor.
Xenofobia
A Xenofobia é um tipo de preconceito caracterizado pela aversão, hostilidade, repúdio ou ódio aos estrangeiros, que pode estar fundamentado em diversos fatores históricos, culturais, religiosos, dentre outros.
Trata-se de um problema social baseado na intolerância e/ou discriminação social, frente a determinadas nacionalidades ou culturas.
Esse problema gera violência entre as nações do mundo, desde humilhação, constrangimento e agressão física, moral e psicológica. Tudo isto, promovido, principalmente, pela não aceitação das diferentes identidades culturais.
Em suma, a Xenofobia é considerada um tipo de aversão irracional aos estrangeiros, o que gera demasiada angústia e ansiedade nos pacientes. Nesses casos, o tratamento é feito por meio de terapia comportamental.
Origem do Termo
Inicialmente, o termo “xenofobia” foi incorporado aos estudos da psicologia com o intuito de nomear um transtorno psiquiátrico de pessoas que sofrem com o medo excessivo aos estrangeiros.
Para o filósofo grego Sócrates (469 a.C-399 a.C.) o conceito de “estrangeiro” não existe:
“Não sou nem ateniense, nem grego, mas sim um cidadão do mundo”
Sócrates define assim alguém que abdica de sua nacionalidade e pensa na humanidade como um todo, não importando com a cultura, religião, costume, tradições, raça, etc.
Do grego, o termo "Xenofobia" é formado por dois termos: “xénos” (estrangeiro, estranho ou diferente) e “phóbos”, (medo), que corresponde literalmente, "o medo do diferente".
Etnocentrismo e Racismo
A Xenofobia está relacionada com diversos tipos de conceitos que englobam a discriminação, formada pelo sentimento de superioridade entre os seres humanos. Dessa forma, o etnocentrismo e o racismo são dois conceitos associados a determinados tipos de discriminações.
O etnocentrismo está pautado no pensamento de superioridade de uma cultura sobre a outra (preconceito cultural). Já o racismo, designa um tipo de preconceito associado as raças, etnias ou características físicas dos indivíduos (preconceito racial).
Xenofobia no Mundo
Na América, o Estado Unido é considerado um dos países mais xenófobos, de forma que dificulta a entrada de imigrantes no país, sobretudo, de mexicanos e dos latinos em geral.
Importante salientar que as migrações do século XXI, diferentemente do século anterior, estão pautadas na busca de novas oportunidades em que o estrangeiro se fixa no país de destino.
Isso ocorre, em maior parte, nos países do hemisfério norte que recebem imigrantes vindos do hemisfério sul em busca de trabalho e melhores condições de vida.
O imigrante pode ser coagido por diferentes atitudes hostis dos discriminadores, desde desrespeito às suas crenças, hábitos, sotaques, aparência física, condições socioeconômicas, etc.
Estudos recentes apontam que a Europa tem se destacado no tema da Xenofobia, onde esta é considerado crime e violação dos Direitos Humanos. Ocorrem ali ainda muitos casos de discriminação, (mesmo entre os europeus), sendo alguns dos alvos de atos xenófobos os imigrantes asiáticos, africanos e latinos
Racismo
O Racismo é a crença em que uma raça, etnia ou certas características físicas sejam superiores a outras.
O racismo pode se manifestar tanto em nível individual, como em nível institucional, através de políticas como a escravidão, o apartheid, o holocausto, o colonialismo, o imperialismo, dentre outros.
Embora o racismo associe-se ao preconceito contra os negros, ele pode se manifestar contra qualquer raça ou etnia, sejam asiáticos, indígenas, etc.
Tipos de Racismo
Vejamos agora os principais tipos de racismo:
1. Racismo Individual
O racismo individual é expresso em atitudes discriminatórias individuais, através de estereótipos, insultos e rejeição a uma pessoa que não possua as mesmas características étnicas que a sua.
Desta maneira, temos expressões como "é preto, mas é limpinho" ou "índio bom é índio morto" que revelam o profundo desprezo a todo um grupo.
2. Racismo Institucional
O racismo institucional é aquele exercido pelas instituições, como o Estado, a Igreja, as empresas privadas e públicas, no qual certos grupos étnicos, como negros ou índios, são marginalizados e rejeitados, seja direta ou indiretamente.
Um dos maiores exemplos foi o apartheid, na África do Sul, quando os negros estavam proibidos de frequentar os mesmos lugares que os brancos. Igualmente, nos Estados Unidos, havia leis desse tipo, que impediam osnegros a estudarem nas mesmas escolas que os brancos, por exemplo.
3. Racismo Cultural
Resulta na crença que existe superioridade entre as culturas existentes, no amplo sentido que "cultura" engloba, religião, costumes, línguas, dentre outras.
O racismo cultural foi usado como justificativa para colonizar e dominar territórios desde a Antiguidade. Na época moderna, esse tipo de racismo pode incluir elementos do racismo institucional e individual.
4. Racismo Comunitarista (Diferencialista)
O conceito de comunitarismo ganhou força nos anos 80, em contraposição ao individualismo. Esta filosofia defende que a comunidade é mais importante que o indivíduo em si.
Dessa maneira, o racismo comunitarista está ligado ao pensamento contemporâneo e ao nacionalismo. Ele torna-se racista na medida que sempre privilegia a sua comunidade em detrimento de outra.
Como consequência, o racismo comunitarista se dirige a um grupo como uma aldeia indígena, uma comunidade quilombola, e não só aos indivíduos específicos.
5. Racismo Ecológico (Ambiental)
O racismo ecológico é detectado quando as populações periféricas não recebem o mesmo tratamento que uma área central.
Um exemplo disso são as desapropriações realizadas de maneira arbitrária para dar lugar às represas ou instalações de eventos esportivos. Ou quando uma empresa de país desenvolvido vende um produto para um país em desenvolvimento que não cumpre as mesmas regras do seu país de origem.
Também a destruição do meio ambiente, afetando grupos e comunidades baseados na aplicação desigual da legislação é considerada como racismo ambiental.
Movimentos racistas pelo mundo
As pessoas denominadas racistas baseiam-se na ideologia da superioridade racial. Estas ideias ganharam força no século XIX através do Positivismo e, mais tarde, no século XX, foram aproveitadas pelo Fascismo.
Mesmo com todos os estudos indicando que a raça de um indivíduo não tem relação com inteligência ou caráter, certas pessoas continuam a acreditar nisto. O pior é quando estas pessoas se reúnem e começam a tomar atitudes violentas contra os grupos que elas classificam de "inferiores".
Alguns movimentos racistas pelo mundo atual são os Neonazistas e Skinheads. Esses grupos perseguem, espancam e matam pessoas consideradas diferentes, seja pela raça, cor, cultura ou mesmo por preferências sexuais, religiosas, etc.
Racismo contra brancos ou racismo inverso
É importante esclarecer que o racismo acontece dentro de um contexto histórico específico. Assim, nem todo insulto - embora seja sempre uma atitude condenável - será considerado racista.
O fato de um branco ser chamado de "palmito" ou "leite azedo" não se caracteriza como racista. A razão é que, no mundo moderno e contemporâneo, os brancos não foram subjugados, nem tratados como escravos.
Igualmente, não são tratados de forma diferenciada de maneira sistemática em ambientes como a publicidade, faculdades, e locais de trabalho em geral.
Corrupção
Corrupção é o efeito ou ato de corromper alguém ou algo, com a finalidade de obter vantagens em relação aos outros por meios considerados ilegais ou ilícitos.
Etimologicamente, o termo "corrupção" surgiu a partir do latim corruptus, que significa o "ato de quebrar aos pedaços", ou seja, decompor e deteriorar algo.
A ação de corromper pode ser entendida também como o resultado de subornar, dando dinheiro ou presentes para alguém em troca de benefícios especiais de interesse próprio.
A corrupção é um meio ilegal de se conseguir algo, considerada grave crime em alguns países. Normalmente, a prática da corrupção está relacionada com a baixa instrução política da sociedade, que muitas vezes compactua com os sistemas corruptos.
A corrupção na política pode estar presente em todos os poderes do governo, como o Legislativo, Judiciário e Executivo. No entanto, a corrupção não existe apenas na política, mas também nas relações sociais humanas, como o trabalho, por exemplo.
Características da corrupção
Para que se configure a corrupção, são precisos no mínimo dois atores: o corruptor e o corrompido, além do sujeito conivente e o sujeito irresponsável, em alguns casos.
· Corruptor: aquele que propõe uma ação ilegal para benefício próprio, de amigos ou familiares, sabendo que está infringindo a lei;
· Corrompido: aquele que aceita a execução da ação ilegal em troca de dinheiro, presentes ou outros serviços que lhe beneficiem. Este indivíduo também sabe que está infringindo a lei;
· Conivente: é o indivíduo que sabe do ato de corrupção, mas não faz nada para evitá-lo, favorecendo o corruptor e o corrompido sem ganhar nada em troca. O sujeito conivente também pode ser atuado e acusado no crime de corrupção.
· Irresponsável: é alguém que está normalmente subordinado ao corrompido ou corruptor e executa ações ilegais por ordens de seus superiores, sem ao menos saber que esses atos são ilegais. O sujeito irresponsável age mais por amizade do que por profissionalismo;
A corrupção ainda pode significar o desvirtuamento e a devassidão de hábitos e costumes, tornando-os imorais ou antiéticos, por exemplo.
Tipos de corrupção
· Corrupção ativa: quando um indivíduo oferece dinheiro a um funcionário público em troca de benefícios próprios ou de terceiros;
· Corrupção passiva: quando um agente público pede dinheiro para alguém, em troca de facilitações para o cidadão.
Causas da Corrupção
A corrupção ganha um conceito claro de violação de deveres posicionais para alcançar benefícios extra posicionais, vulnerando direitos fundamentais espalhados de forma difusa pela sociedade. Essa patologia gera consequências nefastas nas políticas públicas destinadas à proteção de direitos fundamentais, por seu abalo na confiança que deveria permear os regimes democráticos, pela desmoralização institucional que provoca. Uma das causas dessa enfermidade social é a impunidade e a escassez de controles efetivos do Estado e da sociedade. Mas cabe lembrar que ambiente ineficientes, opacos, obscuros, desorganizados, favorecem sobremaneira a prática de condutas desonestas. Quando o exercício de um direito se transforma em um “favor”, há espaço à corrupção. E quando proliferam autoridades públicas repletas de campos discricionários cada vez mais amplos, com passaporte ao arbítrio, é natural que se multipliquem comportamentos transgressores, no contexto de insegurança jurídica e de imprevisibilidade decisória. Os processos administrativos devem ser eletrônicos e transparentes. As instituições de controle carecem de independência, estímulos e preparo técnico.
Efeitos sociais da Corrupção
· Diminui a credibilidade e o fluxo dos investimentos no país;
· Prejudica a eficiência da administração pública;
· Reduz a produtividade do investimento público;
· Facilita as atividades do crime organizado;
· Desestimula o investimento privado;
· Aumentando muito o custo operacional do país;
· Afecta negativamente a competitividade do país, ao elevar o custo do investimento;
· Gera perda da arrecadação tributária;
· Mina os esforços para produzir o desenvolvimento económico e social;
· Diminui a efectividade do gasto social;
· Impede a ruptura dos ciclos de pobreza;
· Aumenta os índices de condições de pobreza;
· Aumenta a desigualdade social.
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