Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Subgrupo 3 – Grupo D S11P1 - “Pirulito maldito” BRONCOASPIRAÇÃO OBJETIVOS DE ESTUDO ● Relembrar a anatomia das vias aéreas superiores e inferiores ● Entender a relação da ventilação e hematose ● Conhecer a fisiopatologia da broncoaspiração (patogênese, causas, sinais e sintomas, complicações, prevenção e diagnóstico). ● Recordar como é realizado o protocolo de obstrução das vias aéreas. ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO HEMATOSE É a difusão do oxigênio dos alvéolos para o sangue pulmonar e a difusão do dióxido de carbono na direção oposta, do sangue para os alvéolos. Unidade respiratória: composta por bronquíolo respiratório, ductos alveolares e alvéolos. Ocorre na membrana respiratória que deve ser delgada para facilitar as trocas gasosas (Inflamação nos alvéolos prejudica as trocas gasosas) VENTILAÇÃO PULMONAR: O influxo e efluxo de ar entre a atmosfera e os alvéolos pulmonares. MECÂNICA DA VENTILAÇÃO PULMONAR: Pulmões podem ser expandidos e contraídos por duas maneiras: 1. Subida e descida do diafragma 2. Elevação e depressão das costelas VENTILAÇÃO ALVEOLAR Renova continuamente o ar nas aéreas de trocas gasosas dos pulmões, onde o ar está próximo a circulação sanguínea pulmonar VENTILAÇÃO BRONCOASPIRAÇÃO FISIOPATOLOGIA DENIFIÇÃO, ETIOLOGIA E EPIDEMIOLOGIA Broncoaspiração: refere-se à inalação de material estranho para o interiores das vias respiratórias, abaixo das pregas vocais. Podendo desencadear pneumonia infecciosa, pneumonite química e síndrome da angústia respiratória. Microaspiração: aspiração de pequena quantidade de alimento e/ou secreção e/ou saliva. ETIOLOGIA: ● Aspiração de corpos estranhos. ● Tumores brônquicos. ● Compressão extrínseca por Linfonodomegalias No geral, a morte por aspiração de corpo estranho (ACE) é a quarta principal causa de mortes acidentais em domícilios e comunidade nos Estados Unidos. Em crianças: Nozes, sementes e outros materiais orgânicos são responsáveis pela maioria dos corpos estranhos. Em adultos: A natureza dos objetos inalados pe altamente variável, desde material orgânico e inorgânico. • Pacientes acamados (imobilização). • Agitado ou confuso. • Idosos e bebês. • Pacientes com níveis de consciência rebaixados (Glasgow <12). • Disfagia e/ou reflexo da tosse diminuído ou ausente. • Distúrbios neurológicos. • Pacientes com refluxo duodeno-gástrico e/ou gastresofágico. • Paciente com aumento de pressão intracraniana. • Dieta enteral. • Traqueostomia. • Uso de cânula traqueal e ventilação mecânica. • Uso de sedativos • Uso de antiácidos • Déficit sensitivo • Êmese (ação de vomitar) FATORES DE RISCO TIPOS DE OBSTRUÇÃO OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS CENTRAIS: Refere-se à obstrução do fluxo de ar na traqueia e na rede de brônquios. OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES: Refere-se À obstrução do fluxo na porção das vias aéreas que se estende da boca até o comprimento da traqueia. OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS MAIS BAIXAS: Envolve os brônquios menores nas vias aéreas inferiores distal para a rede de brônquios. Não é tipicamente associado com obstrução de vias aéreas centrais e superiores Obstrução do fluxo de ar devido a doenças pulmonares obstrutivas crônicas: asma, bronquioectasia, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ● As vias aéreas superiores apresentam como mecanismo de defesa, o movimento coordenado entre respiração e a deglutição; ● A coordenação entre o fechamento laríngeo, a deglutição e o espasmo da laringe ou tosse responde à estimulação da faringe ou laringe. ● Nas vias inferiores a tosse e o clearence mucociliar desempenham este papel de defesa. Os mecanismos responsáveis pelo desenvolvimento da doença pulmonar nos processos aspirativos são: a aspiração direta e o refluxo gastroesófagico (RGE) com aspiração pulmonar; PATOGENESE SINAIS DE OBSTRUÇÃO • Agitação (indica hipóxia). • Torpor (indica hipercarpnia). • Cianose (indica hipoxemia por oxigenação inadequada). MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS EM CRIANÇAS Dependem de: ○ Grau de obstrução causado pelo corpo estranho; ○ Localização; ○ Duração do tempo que o corpo estranho tem estado nas vias aéreas; ○ Tipo de objeto aspirado; ○ Idade da criança. Caracterizadas em: ○ Obstrução grave ○ Obstrução parcial ○ Obstrução laringotraqueal ○ Obstrução em brônquios grandes ○ Vias aéreas inferiores MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS EM ADULTOS Dependem de: ○ Grau de obstrução causado pelo corpo estranho; ○ Localização; ○ Duração do tempo que o corpo estranho tem estado nas vias aéreas; ○ Tipo de objeto aspirado. Apresentação clínica muitas vezes sutil ou silenciosa; Tosse crônica devido à obstrução distal das vias aéreas inferiores é o sintoma mais comum; Sintomas que imitam pneumonia: ○ Febre; ○ Dor no peito; ○ Hemoptise. Raramente, apresentam asfixia aguda devido a grandes obstruções de corpos estranhos das vias aéreas superiores; COMPLICAÇÕES Obstrução brônquica por um corpo estranho pode resultar em complicações potencialmente graves a longo prazo: ○ Pneumonia recorrente; ○ Atelectasia; ○ Estenose brônquica; ○ Bronquiectasia; ○ hemoptise; ○ Infecção pós-obstrutiva; ○ Abscesso pulmonar; ○ Empiema; ○ Pneumotórax; ○ Pneumomediastino. DIAGNÓSTICO Tríade: engasgo, sufocação e tosse Radiografia simples de tórax Tomografia computadorizada Ressonância magnética Fluoroscopia Broncoscopia: histórico clínico determinante para a realização Endoscopia TRATAMENTO Manobra de Heimlich Broncoscopia flexível REFERÊNCIAS - VIVIANE • Cavalcanti IL, et al. Tópicos de Anestesia e Dor. In: Monteiro BF. Broncoaspiração. Rio de Janeiro: Saerj; 2011. p. 345-51. • Bartlett JG. Aspiration pneumonia in adults. In: UpToDate. [Database on Internet]. Online 21.8; 2013jul. [updated 2012 jul 21]. • D'Haese J, DE Keukeleire T, Remory I, et al. Assessment of Intraoperative Microaspiration: does a modified cuff shape improve sealing? Acta Anaesthesiol Scand. 2013 Aug;57(7):873-80. • Chen YM, Michael et al. Radiologia Básica. In: Chiles, MD Caroline, Gulla, MD Shannon. Capítulo 4. 2a ed. Porto Alegre: Artmed; 2012 p.89-90; 128-131. • Yamashita, Americo Massafuni et al. Anestesiologia SAESP. In:__. Capítulo 51. 5. ed. São Paulo: Atheneu; 2001. p. 1038-1040. • Manica J. Anestesiologia Princípios e Técnicas. In:__. Recuperação pós-anestésica. 3 ed. Porto Alegre: Artmed; 2004. p. 1142-6. • Bair AE. Rapid sequence intubation in adults. In: UpToDate. [Database on Internet]. Online 21.8; 2013 jul [updated 2013 abr 8] • Caro D. Pretreatment agents for rapid sequence intubation in adults. In: UpToDate. [Database on Internet]. On line 21.8; 2013 jul [updated 2013 jul 29] • Caro D. Sedation or induction agents for rapid sequence intubation in adults. In: UpToDate. [Database on Internet]. On line 21.8; 2013 jul [updated 2013 mai 8] REFERÊNCIAS -EDENOR • MOORE, Keith L. Anatomia orientada para a clínica. 7a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. • DANGELO. J.G.; FATTINI, C.A. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar. 2a ed.: São Paulo. Atheneu, 2005. • Carmo, Layanne Ferreira dos Santos et al. Management of the risk of bronchoaspiration in patients with oropharyngeal dysphagia. Revista CEFAC [online]. 2018, v. 20, n. 4 [Acessado 21 Outubro 2021] , pp. 532-540. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1982-021620182045818>. ISSN 1982-0216. https://doi.org/10.1590/1982-021620182045818. • SABINSTON. Tratado de Cirurgia. 19a edição, 2015. https://doi.org/10.1590/1982-021620182045818 REFERÊNCIAS -GEOVANNA • American Heart Association. Destaques das Diretrizes da American Heart Association 2010 para RCD e ACE • Brasil. Ministério da Saúde. Protocolos de suporte avançado de vida – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. • Gonçalves MEP, Cardoso SR, Rodrigues AJ . Corpo estranho em via aérea. Pulmão RJ 2011;20(2):54- 58. • Beck-Schimmer B, Bonvini JM. Bronchoaspiration: incidence, consequences and management. Eur J Anaesthesiol. 2011;28(2):78-84. • Souza AS. Prevalência de pneumonia associada à assistência à saúde em unidadesde terapia intensiva [Dissertação]. Campo Grande (MS): Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS; 2012. • Cavalcanti IL, et al. Tópicos de Anestesia e Dor. In: Monteiro BF. Broncoaspiração. Rio de Janeiro:Saerj; 2011. p. 345-51. REFERÊNCIAS – MARIA LUISA • GUYTON, A.C. e Hall J.E.– Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 13ª ed., 2017. • SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana: Cabeça, Pescoço e Neuroanatomia. 24 ed. Rio De Janeiro: Editora Guanabara Koogan S.A., 2018. • Ministério da Saúde (Brasil). Protocolos de suporte avançado de vida – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. • Beck-Schimmer B, Bonvini JM. Bronchoaspiration: incidence, consequences and management. Eur J Anaesthesiol. 2011;28(2):78-84. • Gonçalves MEP, Cardoso SR, Rodrigues AJ . Corpo estranho em via aérea. Pulmão RJ 2011;20(2):54- 58. • SANTOS, Lívia Rejane Silva; DE CARVALHO, Natália Gandra; DA SILVA AMORIM, Cleyton. A IMPORTÂNCIA DO PROTOCOLO DE PREVENÇÃO DA BRONCOASPIRAÇÃO NA REDUÇÃO DA PAV. Health Research Journal, v. 1, n. 2, p. 74-92, 2018. • HERCULANO, Aline Bergman de Souza et al. Doença periodontal e broncoaspiração em paciente neurovegetativo. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, v. 30, p. 244-245, 2018. REFERÊNCIAS – RÔMULO • CARMO, Layanne Ferreira dos Santos et al. Gerenciamento do risco de broncoaspiração em pacientes com disfagia orofaríngea. Revista CEFAC, v. 20, p. 532-540, 2018. • COSTA, Priscila et al. Efeitos de oficina educativa sobre prevenção e cuidados à criança com engasgo: estudo de intervenção. Revista de Enfermagem do Centro-Oeste Mineiro, v. 10, 2020. • LIMA, Maíra Santilli de et al. Diagnostic precision for bronchopulmonary aspiration in a heterogeneous population. In: CoDAS. Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, 2020. • MEDEIROS, Gisele Chagas de; SASSI, Fernanda Chiarion; ANDRADE, Claudia Regina Furquim de. Uso de pulseira de identificação para risco de broncoaspiração em ambiente hospitalar. Audiology- Communication Research, v. 24, 2020. • MOORE, K. L.; DALEY II, A. F. Anatomia orientada para a clínica. 7ª.edição. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2014. • NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 5ª.edição. Elsevier. São Paulo, 2011. • RÜBENICH, Rosana et al. Broncoaspiração no perioperatório e na emergência: diagnóstico e manejo. Acta méd. Porto Alegre [Internet], v. 34, n. 1, p. 18, 2013. • SILVA, Kaliny Caetano; DE PASSOS BATISTA, Lucas Paiva. Protocolo de broncoaspiração relacionado à pneumonia associada à ventilação mecânica. Revista Multiprofissional em Saúde do Hospital São Marcos, v. 4, n. 1, p REFERÊNCIAS – JOÃO LUCAS • TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia e fisiologia. 12ª. edição. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2010 • GUYTON, A.C. e Hall J.E.– Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 13ª ed., 2017 • Ministério da Saúde (Brasil). Protocolos de suporte básico de vida – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. • D'Haese J, DE Keukeleire T, Remory I, et al. Assessment of Intraoperative Microaspiration: does a modified cuff shape improve sealing? Acta Anaesthesiol Scand. 2013 Aug;57(7):873-80. • American Heart Association. Destaques das Diretrizes da American Heart Association 2010 para RCD e ACE REFERÊNCIAS – LETÍCIA • MOORE, K. L.; DALEY II, A. F. Anatomia orientada para a clínica. 7ª.edição. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2014. • GUYTON, A.C. e Hall J.E.– Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 13ª ed., 2017. • Gonçalves MEP, Cardoso SR. Rodriques AJ. Corpo estranho em via aérea. Pulmão. 2011; 20(2). • Manual de Suporte Básico de Vida Pediátrico. INEM- versão 2.0 - 1 ª Edição 2012 Paediatric basic life support, Guidelines 2015 - European Resuscitation Council. • BARCELOS, Francine Varlete Leopoldina et al. Broncoaspiração e avaliação instrumental na Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica: Revisão narrativa. 2016. • EDWARDS, Lauren R.; BORGER, Judith. Pediatric bronchospasm. StatPearls [Internet], 2021. • NEVES, Olga Maria Domingues; BRASIL, Laélia Maria Barra Feio; AMORIM, Cláudio Sérgio Carvalho de. Processos aspirativos pulmonares em crianças. Rev. para. med, 2009. • PARAIZO et al. Protocolo de prevenção de microbroncoaspiração. Diretriz clínica QPS, v. 2, p. 1-7, 2018. • DOS SANTOS CARMO, Layanne Ferreira et al. Gerenciamento do risco de broncoaspiração em pacientes com disfagia orofaríngea. Rev. CEFAC. v. 20, n.4, p. 532-540, 2018. • DAS, Shailendra et al. Aspiration due to swalowing dysfunction in children. UpToDate, 2020. REFERÊNCIAS – CELINNA • Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. • RÜBENICH, Rosana et al. Broncoaspiração no perioperatório e na emergência: diagnóstico e manejo. Actaméd. Porto Alegre [Internet], v. 34, n. 1, p. 18, 2013. • Airway foreign bodies in adults. Wes Shepherd, MD, FCCP. UpToDate 2020- Airway foreign bodies in children Fadel E Ruiz, MD. UpToDate 2021 • GUYTON, A.C. e Hall J.E. - Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 13ª ed., 2017. • MOORE, K. L.; DALEY II, A. F. Anatomia orientada para a clínica. 7ª.edição. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2014. • NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 5ª.edição. Elsevier. São Paulo, 2011. REFERÊNCIAS – GLÓRIA
Compartilhar