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Teste de diagnóstico e rastreamento Oferece a resposta do quão bom é o teste para separar as pessoas que tem ou não tem a doença/ infecção Importante para a realização de tratamentos adequados, implementação de programas preventivos na comunidade e a constatação das causas e etiologia das doenças Importante para a clínica e saúde pública Teste de rastreamento: - Usado para identificar indivíduos assintomáticos que podem ter uma doença - Deve ser seguro, relativamente barato, de fácil aceitação pela população, além de ter sensibilidade e especificidade comprovadas - Ex: rastreamento do câncer do colo do útero: teste de Papanicolau Teste de diagnóstico: - Usado para determinar a presença ou a ausência de uma doença quando o indivíduo apresenta sinais ou sintomas de uma doença - Realizado após um teste de triagem positivo para estabelecer um diagnóstico definitivo - Ex: dada alguma alteração no teste de Papanicolau, deve ser usado um outro exame, como uma biópsia para ter o diagnóstico de câncer de colo de útero Validade dos testes: - Habilidade de diferenciar entre quem tem ou não a doença - Possui dois componentes: sensibilidade e especificidade - Sensibilidade: capacidade do teste identificar corretamente aqueles que apresentam a doença S= pessoas doentes que foram corretamente identificadas/ total de doentes - Especificidade: capacidade do teste de identificar corretamente aqueles que não apresentam a doença E: não doentes corretamente identificadas pelo teste/ total sem a doença - Não são afetados por prevalência ou incidência, porque é uma característica daquele método - Faz a comparação desses testes com o padrão-ouro - Padrão-ouro: uma fonte externa da verdade considerando o estado da doença de cada pessoa na população. Pode ser o resultado de um teste mais definitivo, mas geralmente é mais invasivo. No entanto, também pode ser o resultado de outro teste já utilizado - Testes com resultados dicotômicos (positivos ou negativos): - Falsos positivos: . A questão é importante porque todas as pessoas que foram rastreadas como positivas são chamadas de volta para testes mais sofisticados e caros . Sobrecarga no sistema de saúde . Ansiedade e preocupação provocadas nas pessoas que souberam da sua classificação “positiva” - Falsos negativos: . Falsa tranquilidade e início mais tardio do tratamento . A importância dos falsos negativos depende da natureza e severidade da doença rastreada, da efetividade de medidas de intervenção disponíveis e se essa intervenção é mais efetiva quando for realizada no início da história natural da doença - Testes com variáveis contínuas: . Ex: PA ou níveis de glicose . Não há resultado positivo ou negativo, deve-se estabelecer um ponto de corte para uma tomada de decisão. . Nesse caso, deve-se estabelecer um ponto de corte acima do qual o resultado é positivo e abaixo é considerado negativo . Ex: no caso dos diabéticos, não há uma linha que separa os diabéticos dos não diabéticos, eles estão um pouco misturados. Há UMA certa sobreposição em alguns níveis. Por isso, deve-se haver um ponto de corte que influencia a confiabilidade e especificidade dos testes . Quanto maior o ponto de corte, maior a especificidade do teste e menor é a sensibilidade do teste. Ex: todos os não diabéticos serão classificados corretamente como não tendo a doença e muitos diabéticos serão identificados como negativos. Glicemia: 200mg . Ex: baixo ponto de corte para definir se o indivíduo é diabético ou não faz com que indivíduos não diabéticos tenham esse diagnóstico, mas quase todos os diabéticos estarão incluídos. Muitos falsos positivos . A escolha de um ponto de corte depende da importância que damos aos falsos positivos e aos falsos negativos para a doença em questão . Ponto de corte com o mínimo de erro para o rastreamento de diabetes mélitus. Glicemia em jejum: maior ou igual a 126. . Falsos positivos: Custos emocionais e financeiros Dificuldade de “desrotular” uma pessoa testada positivo que posteriormente se constatou não ter a doença Sobrecarga do serviço de saúde . Falsos negativos: Serão avisados que não têm a doença- não terão acompanhamento Tratamentos em estágios precoces de doenças sérias podem ser perdidos Uso dos testes: - Sensíveis: . Doença grave, mas tratável . Exclusão de doenças (rastreamento) . Poucos resultados falsos negativos - Específicos: . Quando um resultado falso positivo pode ocasionar danos físicos, morais ou financeiros . Quando o tratamento requer medidas mais agressivas ou invasivas . Dá poucos falsos positivos - Em testes de rastreamento, quando quer afastar o diagnóstico, usa um teste sensível, porque se der negativo tem pouca chance de ser falso negativo - Para confirmar uma suspeita diagnóstica, deve-se usar um teste mais específico, porque se der positivo, tem pouca chance de ser falso positivo
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