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BIANCA DELLA NINA 
Especialista em Língua Portuguesa 
Mestra em Educação 
 
 
 
 
 
 
NOVO ACORDO 
ORTOGRÁFICO 
DA LÍNGUA PORTUGUESA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIANCA DELLA NINA 
 
 
 
NOVO ACORDO 
ORTOGRÁFICO 
DA LÍNGUA PORTUGUESA 
 
 
 
 
 
 
1ª edição 
 
 
 
 
 
Petrópolis 
Edição do Autor 
2009 
 
 
 
Bianca Della Nina 
Todos os direitos reservados ao autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Della Nina, Bianca. 
 Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa/Bianca 
Della Nina. – 1. ed. – Petrópolis, 2009. 
 
 
Bibliografia. 
ISBN 978-85-909471-0-3 
 
1. Português – Ortografia. 
 
 
SUMÁRIO 
I. Introdução........................................................................................... 5 
1.1 Período de Adaptação ................................................................. 6 
1.2 O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) ............ 7 
II. Os Países de Língua Portuguesa ....................................................... 8 
III. História dos Acordos Ortográficos ..................................................... 9 
IV. O Acordo ........................................................................................ 12 
4.1 O Alfabeto.................................................................................. 12 
4.2 Topônimos e Antropônimos ....................................................... 13 
4. 3 Sequências Consonânticas ....................................................... 14 
4.4 Grafia de Derivados ................................................................... 15 
4.5 Sujeito de Infinitivo ..................................................................... 15 
4.6 Sinal de Diérese: Fim do trema .................................................. 16 
4.7 Iniciais Maiúsculas e Minúsculas ................................................ 16 
4.7.1 Inicial Minúscula ................................................................. 16 
4.7.2 Inicial Maiúscula ................................................................. 17 
4.7.3 Emprego Facultativo ........................................................... 17 
4.8 Acentuação................................................................................ 17 
4.8.1 Das Oxítonas ...................................................................... 17 
4.8.2 Das Proparoxítonas e Paroxítonas ...................................... 18 
4.8.3 Das Vogais Iguais .............................................................. 19 
4.8.4 Regra do “U” e do “I” .......................................................... 19 
4.8.5 Ditongos Abertos “éu”, “éi” e “ói” ........................................ 21 
4.8.6 Regra do Acento Diferencial .............................................. 21 
Considerações sobre a Acentuação ................................................. 23 
4.9 O Hífen ...................................................................................... 24 
4.9.1 Hífen em Compostos, Encadeamentos Vocabulares, 
Locuções e Verbo Haver ............................................................. 24 
4.9.2 Hífen nas Formações por Prefixação, Recomposição e 
Sufixação .................................................................................... 29 
Considerações sobre o Hífen ........................................................... 34 
Considerações Finais .......................................................................... 37 
Teste seus conhecimentos................................................................... 38 
Referências ......................................................................................... 47 
Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990) ................................. 47 
Nota Explicativa da Comissão de Lexicologia e Lexicografia da ABL .... 77 
A Autora .............................................................................................. 80 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
 
I. Introdução 
Com a assinatura do Decreto nº 6.583, de 29 de setembro de 2008, pela 
Presidência da República, entrou em vigor, a partir de 1º de janeiro de 
2009, o NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA. 
O léxico brasileiro e o português sofrerá mudanças, respectivamente de 
0,43% (aproximadamente 1.500) e 1,42% (aproximadamente 4.900) das 
palavras. 
Apesar de não serem muitas, as mudanças propostas pelo novo acordo 
têm gerado polêmica entre gramáticos, dicionaristas e editores 
brasileiros. A sociedade portuguesa ainda está reticente. Enxerga o 
acordo como uma autorização para o “abrasileiramento” de sua língua-
mãe. 
Os que são a favor da unificação alegam que a unificação facilitará a 
circulação de materiais, como documentos oficiais e livros, entre esses 
países, sem que seja necessário fazer uma “tradução” do material, o fato 
de haver duas grafias oficiais dificulta o estabelecimento do português 
como um dos idiomas oficiais da Organização das Nações Unidas (ONU) 
e que ele constitui um passo importante para a defesa da unidade 
essencial da língua portuguesa e para o seu prestígio internacional pois, 
com o acordo, as diferenças ortográficas existentes entre o português do 
Brasil e o de Portugal serão resolvidas em 98%. 
Os que não veem maior importância nas alterações propostas 
argumentam a dificuldade que um brasileiro encontra em ler um livro 
português (e vice-versa) não está na variação ortográfica ou sintática, 
mas na significação das palavras (que configura uma questão semântica 
e não ortográfica!). Alegam que o acordo não garantirá a unificação do 
idioma entre os países que falam português: algumas formas 
ortográficas existentes hoje no Brasil e em Portugal continuam valendo. 
São os casos de “Antônio” e “polêmico”, que se escrevem com acento 
agudo em Portugal (“António” e “polémico”). Além disso, a semântica vai 
continuar a mesma. A fila do Brasil vai continuar sendo a bicha de 
Portugal. 
De acordo com Mia Couto, escritor moçambicano, o Acordo de 
unificação ortográfica é visto em Moçambique “de uma maneira muito 
 6 
 
displicente. Percebe-se que não é isso que falta, nem que vá resultar 
grande coisa. É como se fosse uma questão só de Portugal e Brasil. 
Meus livros são publicados no Brasil com grafia moçambicana, que é 
portuguesa, e ninguém me disse que ficou muito atrapalhado com isso. 
Leio com enorme prazer os livros brasileiros e um dos prazeres é o fato 
de vocês terem uma grafia distinta. A existência dela não é problema, 
pois sentir certa falta de familiaridade mostra que ali está um outro povo, 
uma outra cultura falando. “ 
O poeta José Paulo Paes, realçando as diferenças de vocabulário 
existentes entre o Português do Brasil e o de Portugal, escreveu o 
seguinte texto: 
LISBOA AVENTURAS 
tomei um expresso 
 cheguei de foguete 
subi num bonde 
 desci de um elétrico 
pedi um cafezinho 
 serviram-me uma bica 
fui dar a descarga 
 disparei um autoclisma 
gritei “ó cara!” 
 responderam-me “ó pá!” 
 positivamente 
As aves que aqui gorjeiam não gorjeiam como lá. 
 
 Positivamente, não há acordo ortográfico que padronize esta 
questão: o brasileiro veste meias; o lusitano, peúgas!. 
1.1 Período de Adaptação 
Mesmo entrando em vigor em janeiro de 2009, os falantes do idioma 
terão até dezembro de 2012 para se adaptarem à nova escrita. Nesse 
período, as duas normas ortográficas poderão ser usadas e aceitas 
como corretas nos exames escolares, vestibulares, concursos públicos e 
demais meios escritos. 
 
 7 
 
1.2 O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa 
(VOLP) 
 
O VOLP, organizado pela Academia Brasileira de Letras (ABL), 
apresenta uma relação das palavras que compõem o léxico da língua 
portuguesa. Esta 5ª edição traz: 
 
 - 340 mil verbetes da língua portuguesa, com um vocábulo ou expressão 
por verbete, com classificação gramatical; ortoépia, para eliminar dúvidas 
sobre a pronúncia correta; 
 
 - 1500 verbetes de palavrasestrangeiras, com um vocábulo ou 
expressão por verbete para palavras e expressões de outras línguas de 
uso corrente no Brasil: inglês, espanhol, francês, latim, alemão, japonês, 
italiano e outras; 
 
 - 4.487 vocábulos para reduções, reunindo abreviaturas, abreviações, 
siglas, acrônimos e outras formas reduzidas de maior uso; 
 
- texto integral do Acordo Ortográfico de 1990, com todos os seus 
anexos, relatórios e justificativas, assinado por representantes de todos 
os países em que o português é língua oficial: Brasil, Portugal, Angola, 
Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe; 
 
 - os decretos presidenciais sobre a adoção e a implementação do 
Acordo no Brasil. 
 
 
IMPORTANTE: A Comissão de Lexicocologia e Lexicografoia da ABL 
tomou algumas medidas a fim de viabilizar o repertório lexical da 5ª 
edição do VOLP com o sintético e enxuto texto do ACORDO. Tais 
medidas valem para o português do Brasil (PB) e não são contempladas 
pelo léxico do português de Portugal (PP). No decorrer deste livro estas 
medidas estarão assinaladas com PB. 
 8 
 
II. Os Países de Língua Portuguesa 
 
Espalhada pelos cinco continentes, a língua portuguesa figura entre as 
dez mais faladas do planeta. Estruturada a partir do século XII, desde o 
século XV ultrapassou as fronteiras da península Ibérica, acompanhando 
as caravelas lusitanas na aventura das grandes navegações. 
 
 
Os sete países que têm o português como língua oficial são chamados 
de lusófonos. E, apesar da incorporação de vocábulos nativos, de 
certas particularidades de sintaxe, pronúncia e grafia, a língua 
portuguesa mantém uma unidade. 
O português é também falado em pequenas comunidades, reflexo de 
povoamentos portugueses datados do século XVI. É o caso de Zanzibar 
(na Tanzânia, costa oriental da África); Macau (possessão portuguesa 
encravada na China); Goa, Diu, Damão (na Índia); Málaca (na Malásia); 
Timor (na Indonésia). 
 9 
 
III. História dos Acordos Ortográficos 
As línguas românicas, a partir do século XV, vão se impondo como 
línguas oficiais em decorrência de fatos marcantes para a história 
ocidental. A invenção da imprensa, o humanismo e a Renascença, sem 
dúvida, alteraram a relação com a ortografia criando a necessidade de 
explicitar a gramática da língua. 
A partir desse momento, floresceram os estudos linguísticos, 
principalmente os de caráter ortográfico, por haverem os fonemas latinos 
se modificado muito em sua evolução para os romances, surgindo novos 
fonemas inexistentes na língua. Daí o surgimento, nessa época, de 
inúmeras gramáticas ortográficas. 
Na segunda metade do século XVI, no entanto, sob o impulso do 
preciosismo barroco e da necessidade de afirmação da língua 
portuguesa face ao castelhano, o rumo dos estudos linguísticos 
portugueses dará uma guinada em direção à perspectiva histórica, 
procurando deliberadamente dar uma feição latina aos vocábulos 
portugueses, o que levará, inevitavelmente, à implantação de uma 
ortografia etimológica. Tal perspectiva procurará seguir fielmente a grafia 
de um determinado período da história da língua, considerada como 
modelo de perfeição e excelência (latim). Em contrapartida, uma 
perspectiva fonética procurará selecionar um símbolo para cada som; na 
verdade, um sistema simplificador, aproximando a escrita da realidade 
da pronúncia. Essa polêmica entre ortografia etimológica e ortografia 
fonética permanecerá nos séculos XVII e XVIII. Somente a partir do 
século XX é que houve um esforço em passar da rígida tradição 
etimológica a um sistema fonético, embora seja impossível uma total 
identidade entre o som e a grafia. 
Em 1904, o foneticista Gonçalves Viana publica, em Lisboa, a maior obra 
sobre ortografia da língua portuguesa, a Ortografia Nacional, que foi 
adotada pelo governo português como oficial em 1911. Politicamente, tal 
reforma foi um erro diplomático na medida em que ignorou a participação 
do Brasil, resultando em acaloradas polêmicas provocadas pela Reforma 
Ortográfica. 
 10 
 
Tais manifestações levaram a que ela fosse alterada pelo novo Acordo 
Ortográfico, de 1931, entre a Academia das Ciências de Lisboa e a 
Academia Brasileira de Letras e tornado oficial pelo governo brasileiro 
através do Decreto n. 20108, de 15 de junho de 1931. Em 1934, o 
Acordo Ortográfico foi revogado pela Constituição Brasileira. Novas 
negociações resultaram da elaboração do vocabulário ortográfico 
elaborado pelas duas Academias, em que foram verificadas divergências 
entre a ortografia dos dois países. A uniformização foi proposta por 
Portugal através do Acordo de 1945. 
As modificações introduzidas pelo novo Acordo, ao priorizarem a 
ortografia lusitana, foram de tal monta que provocaram intensos 
protestos pelos brasileiros, culminando com a revogação do Acordo em 
1955, restabelecendo-se o sistema ortográfico, instituído no Brasil em 
1943. Como consequência passaram a existir duas normas ortográficas 
no que diz respeito à língua portuguesa: uma brasileira (1943) e uma 
lusitana (1945). 
O sistema ortográfico adotado atualmente no Brasil é o aprovado pela 
Academia Brasileira de Letras, na sessão de 12 de agosto de 1943, e 
simplificado pela Lei nº. 5.765, de 18 de dezembro de 1971, quando 
foram abolidos: 
 O trema nos hiatos átonos; 
 O acento circunflexo diferencial nas letras e e o da sílaba tônica 
de certas palavras, usado para distingui-las de seus respectivos 
pares homógrafos, que têm as letras e e o abertas (com exceção 
de pôde, que continua com acento por oposição a pode); 
 O acento circunflexo e o acento grave com que se assinalava a 
sílaba subtônica das palavras derivadas em que ocorre o sufixo 
–mente ou sufixos iniciados por z. 
 Em decorrência disso, palavras como saudade, cautela, saudoso 
deixaram de receber trema; e palavras como acordo (subst.), almoço 
(subst.), governo (subst.), cafezinho, sozinha, propriamente, 
cortesmente também perderam o acento gráfico. 
A simplificação ortográfica de 1971 só foi adotada em Portugal em 1973. 
Ocorreu ainda outra tentativa de unificação em 1975; porém fracassou 
mais uma vez, sobretudo pelas reações de Portugal. Como a 
 11 
 
manutenção da divergência entre a norma ortográfica dos dois países 
não interessava nem ao Brasil, nem a Portugal, tentaram elaborar um 
novo Acordo na tentativa de universalizar a ortografia. 
Após tantos desencontros, em maio de 1986, reúnem-se na cidade do 
Rio de Janeiro, os representantes dos sete países que têm a língua 
portuguesa como língua oficial. Iniciam-se, assim as discussões de que 
resultaram as bases do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa 
entre Brasil, Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e 
São Tomé e Príncipe. 
As reações ao Acordo de 1986 por parte dos portugueses – escritores, 
políticos e especialistas – foram de repúdio. No Brasil, tais reformas 
foram ignoradas. Em 1991, surge outra versão do documento anterior, o 
Acordo de Ortografia Simplificado entre Brasil e Portugal para Lusofonia, 
conhecido como Acordo Ortográfico de 1995, por ter sido aprovado 
oficialmente em 1995 pelos dois principais países envolvidos: Brasil e 
Portugal. 
Em 1998, em Cabo Verde, foi assinado um Protocolo Modificado ao 
Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, mas apenas Brasil, Portugal e 
Cabo Verde aprovaram este protocolo. 
Em nova tentativa, os chefes de Estado e de governo da Comunidade 
dos Países da Língua Portuguesa (CPLP), aprovaram o Segundo 
Protocolo Modificado ao Acordo Ortográfico, que aceitava a adesão 
de Timor-Leste e determinava a necessidade de apenas três assinaturas 
dos membros da CPLP para que o Acordo entrasse em vigor nesses 
países. Dessa forma, o Brasil ratificou o Acordo em 2004, Cabo Verde 
em 2005, e São Tomé e Príncipe, em 2006. Portugal assinou o Acordo 
em maio de 2008. 
 12 
 
IV. O ACORDO 
 
http://www.ufrgs.br/comunicacaosocial/jornaldauniversidade/ 
109/pagina2.htm 
4.1 O Alfabeto 
As letras K, W e Y sãoreintroduzidas no alfabeto, que volta a ter 26 
letras: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z 
As letras k, w e y usam-se nos seguintes casos : 
a) Em antropónimos/antropônimos originários de outras línguas e seus 
derivados: Franklin, frankliniano; Kant, kantistno; Darwin, darwinismo: 
Wagner, wagneriano, Byron, byroniano; Taylor, taylorista; 
http://www.ufrgs.br/comunicacaosocial/jornaldauniversidade/%20109/pagina2.htm
http://www.ufrgs.br/comunicacaosocial/jornaldauniversidade/%20109/pagina2.htm
 13 
 
b) Em topónimos/topônimos originários de outras línguas e seus 
derivados: Kwanza; Kuwait, kuwaitiano; Malawi, malawiano; 
c) Em siglas, símbolos e mesmo em palavras adotadas como unidades 
de medida de curso internacional: K-potássio (de kalium), kg-quilograma, 
km-quilômetro, kW-kilowatt, yd-jarda (yard). 
OBS: 1. Mantêm-se nos vocábulos derivados eruditamente de nomes 
próprios estrangeiros quaisquer combinações gráficas ou sinais 
diacríticos não peculiares à nossa escrita que figurem nesses nomes: 
Comte (comtista), Garret (garretiano), Jefferson (jeffersônia), Müller 
(mülleriano), Shakespeare (shakesperiano), caravaggismo (Caravaggio). 
Isso ocorrerá pelas seguintes razões: 
 Os dicionários da língua já registram estas letras, pois existe um 
razoável número de palavras do léxico português iniciado por 
elas; 
 Nos países africanos de língua oficial portuguesa existem muitas 
palavras que se escrevem com aquelas letras. 
4.2 Topônimos e Antropônimos 
a) Nos topônimos (nomes de lugares) e antropônimos (nomes próprios 
de pessoas) , consagrados pelo uso, podem ser mantidas ou eliminadas 
as consoantes finais: Madrid ou Madri, David ou Davi, Jacob ou Jacó, 
Cid ou Cide, Calecut ou Calecute, Calicut ou Calicute. 
b) Os dígrafos ch, ph e th de origem hebraica: 
b.1) se pronunciados podem ser mantidos ou simplificados: Baruch ou 
Baruc, Loth ou Lot, Moloch ou Moloc, Ziph ou Zif. 
b.2) se mudos podem ser eliminados ou adaptados: José (Joseph) , 
Nazaré(Nazareth), Judite(Judith). 
c) Os topônimos de línguas estrangeiras devem ser substituídos por 
formas vernáculas: Antuérpia, Zurique, Milão, Munique, Turim, Jutlândia. 
Ex. Antes tanto fazia usar Anvers ou Antuérpia, Milano ou Milão, Zürich 
ou Zurique, Nova York ou Nova Iorque, Quebec ou Quebeque, London 
ou Londres. Agora, deve-se optar pela segunda forma. Quando o 
 14 
 
topônimo não possuir correspondente no vernáculo (Buenos Aires, Los 
Angeles, Washington etc.), mantém-se a grafia original. 
4. 3 Sequências Consonânticas 
Conservação ou supressão das consoantes c, p, b, g, m e t em certas 
sequências consonânticas: 
a) Conservam-se nos casos em que são invariavelmente proferidos nas 
pronúncias cultas da língua: compacto, convicção, convicto, ficção, 
friccionar, pacto, pictural; adepto, apto, díptico, erupção, eucalipto, 
inepto, núpcias, rapto. 
b) Eliminam-se nos casos em que são invariavelmente mudos nas 
pronúncias cultas da língua: ação (acção), acionar (accionar), afetivo 
(afectivo), aflição (aflicção), aflito (aflicto), ato (acto), coleção (colecção), 
coletivo (colectivo), direção (direcção), diretor (director), exato (exacto), 
objeção (objecção); adoção (adopção), adotar(adopção), batizar 
(baptizar), Egito (Egipto), ótimo (óptimo). 
c) Conservam-se ou eliminam-se as consoantes, facultativamente, 
quando oscilam entre a pronúncia e o emudecimento no culto e no 
coloquial: amígdala e amídala e seus derivados, amnistia e anistia, 
aritmética e arimética, aspecto e aspeto, cacto e cato, carácter ou 
caráter, caracteres e carateres; facto e fato, ceptro e cetro; dicção e 
dição, concepção e conceção, corrupto e corruto, excepcional e 
excecional, indemne e indene, indemnizar e indenizar, omnipotente e 
onipotente, omnisciente e onisciente, peremptório e perentório, recepção 
e receção, subtil e sutil e seus derivados, sector e setor, súbdito e súdito. 
Assim: 
cc – transacionado, lecionar. Mantém-se em friccionar, perfeccionismo, 
por se articular a consoante. 
cç – ação, ereção, reação. Mantém-se em fricção, sucção. 
ct – ato, atual, teto, projeto. Mantém-se em facto, bactéria, octogonal. 
pc – percecionar, anticoncecional. Mantém-se em núpcias, opcional. 
pç – adoção, conceção. Mantém-se em corrupção, opção. 
pt – Egito, batismo. Mantém-se em inapto, eucalipto. 
Essas mudanças serão mais comuns em Portugal do que no Brasil. 
 15 
 
4.4 Grafia de Derivados 
3.4.1 Uniformização dos sufixos –iano e –iense em vocábulos derivados 
de palavras terminadas em –e(s) ou com som de -e: açoriano, acriano 
(de Acre), camoniamo, freudiano (Freud). 
3.4.2 Uniformizam-se com as terminações -io e -ia (átonas) os 
substantivos que constituem variações de outros substantivos 
terminados em vogal: cúmio (popular), de cume; hástia, de haste; réstia, 
do antigo neste, véstia, de veste. 
3.4.3 Escrevem-se com e e não com i antes da sílaba tônica os 
substantivos e adjetivos que procedem de substantivos terminados em 
–eio e –eia, ou derivados: aldeão, aldeola, aldeota (aldeia), areal, 
areeiro, areento (areia), aveal (aveia), baleal (baleia), cadeado (cadeia), 
candeeiro (candeia), centeeira (centeio), colmeal e colmeeiro (colmeia), 
correada e correame (correia). 
3.4.4 nos verbos em -iar (derivados de substantivos em –io ou –ia),as 
formas rizotônicas (sílaba tônica no radical) terão dupla grafia: eu 
negoceio ou eu negocio (NEGÓCIO); eu odeio ou eu ódio (ÓDIO); eu 
medio ou em medeio (MÍDIA), eu incendeio ou eu incêndio (INCÊNDIO). 
Assim, apenas eu crio (CRIAR - CRIAÇÃO), eu maquio (MAQUIAR – 
MAQUIAGEM) 
3.4.5 Os vocábulos terminados em -ã mantêm o til em seus derivados 
em -mente, assim como derivados com sufixos iniciados por z: 
cristãmente, irmãmente, sãmente; manhãzinha, romãzeira. 
OBS: O item 3.4.5 já constava no vocabulário ortográfico anteriormente. 
Foi citado aqui como lembrete. 
4.5 Sujeito de Infinitivo 
Quando a preposição de se combina com as formas articulares ou 
pronominais o, a, os, as, ou com quaisquer pronomes ou advérbios 
começados por vogal, mas acontece estarem essas palavras 
integradas em construções de infinitivo, não se emprega o apóstrofo, 
nem se funde a preposição com a forma imediata, escrevendo-se estas 
duas separadamente: a fim de ele compreender; apesar de o não ter 
 16 
 
visto; em virtude de os nossos pais serem bondosos; o fato de o 
conhecer; por causa de aqui estares. 
4.6 Sinal de Diérese: Fim do trema 
Não se empregará mais o trema em poesia, mesmo que haja separação 
de duas vogais que normalmente formam ditongo: saudade e não 
saüdade, saudar e não saüdar, etc. 
Conserva-se o trema em palavras derivadas de nomes próprios 
estrangeiros: hüberiano, de Hübner; mülleriano, de Muller; etc. 
Portugal utilizava o trema da mesma forma que o Brasil até o advento do 
Acordo Ortográfico de 1945, que suprimiu o trema na grafia de palavras 
vernáculas, reservando-o somente para palavras derivadas de nomes 
estrangeiros, como mülleriano (do antropônimo Müller). 
Em relação ao trema, alguns poderiam dizer que há muito está em 
desuso em português. Não se considera, entretanto, que ele é 
responsável ainda por informar a um leitor aprendiz de português (o que 
vai desde um falante nativo se alfabetizando até um estrangeiro 
estudando nosso idioma) se o u é ou não pronunciado nas sequências 
gu e qu seguidas de e ou i. 
4.7 Iniciais Maiúsculas e Minúsculas 
4.7.1 Inicial Minúscula 
a) Os meses do ano, estações do ano e dias da semana devem ser 
escritos com letra minúscula, a não ser que seja data comemorativa: 
Ex: 7 de Setembro 
 
b) Pontos cardeais: serão grafados com letras minúsculas: 
Ex: norte, sul, leste, oeste, sudeste, nordeste, noroeste, sueste, a menos 
que empregados absolutamente: Nordeste, por nordeste do Brasil. Nas 
abreviaturas usa-se a inicial maiúscula. 
c) Emprego de minúscula nos usos de fulano, sicrano, beltrano. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal
http://pt.wikipedia.org/wiki/Acordo_Ortogr%C3%A1fico_de_1945http://pt.wikipedia.org/wiki/Antropon%C3%ADmia
 17 
 
4.7.2 Inicial Maiúscula 
a) Emprego de maiúscula no nome de instituições: 
Ex: Instituto de Pensões e Aposentadorias da Previdência Social. 
 
4.7.3 Emprego Facultativo 
a) Emprego facultativo da letra minúscula nos vocábulos que compõem 
uma citação bibliográfica (bibliônimos), com exceção do primeiro e 
daqueles obrigatoriamente grafado com inicial maiúscula. 
Ex: Memórias Póstumas de Brás Cubas ou Memórias póstumas de Brás 
Cubas; O Espírito das Leis ou O espírito das leis. 
 
b) Emprego facultativo de minúscula nas formas de tratamento e 
reverência (axiônimos), bem como em nomes sagrados e que designam 
crenças religiosas (hagiônimos). 
Ex: Santa Isabel ou santa Isabel, Senhor Roberto, ou senhor Roberto, 
Vossa Reverendíssima ou vossa reverendíssima, Excelentíssimo Senhor 
Reitor ou excelentíssimo senhor reitor. 
 
c) Emprego facultativo de minúsculas nos nomes que designam 
domínios do saber e formas afins: 
Ex: Português ou português; Arte Medieval ou arte medieval; Letras 
Clássicas ou letras clássicas. Exceção: Direito 
 
d) Emprego facultativo de maiúscula inicial em logradouros públicos, 
templos e edifícios. 
Ex: Rua do Ouvidor ou rua do Ouvidor, Estrada das Figueiras, estrada 
das Figueiras, Igreja do Rosário ou igreja do Rosário,Palácio do Governo 
ou palácio do Governo, Rodovia Castelo Branco ou rodovia Castelo 
Branco. 
4.8 Acentuação 
4.8.1 Das Oxítonas 
Em algumas (poucas) palavras oxítonas terminadas em -e tônico, 
provenientes do francês, admite-se tanto o acento agudo (como em 
francês) como o acento circunflexo (aportuguesado): 
 18 
 
Ex: bebé ou bebê, bidé ou bidê, canapé ou canapê, caraté ou caratê, 
croché ou crochê, guichê ou guichê, matiné ou matinê, nené ou nenê, 
ponjé ou ponjê, puré ou purê, rapé ou rapê. 
4.8.2 Das Proparoxítonas e Paroxítonas 
Levam acento agudo ou acento circunflexo as palavras proparoxítonas, 
reais ou aparentes, cujas vogais tónicas/tônicas grafadas e ou o estão 
em final de sílaba e são seguidas das consoantes nasais grafadas m ou 
n, conforme o seu timbre é, respectivamente, aberto ou fechado nas 
pronúncias cultas da língua: 
 
Ex: académico/acadêmico, anatómico/anatômico, cénico/cênico, 
cómodo/cômodo, fenómeno/ fenômeno, género/gênero, 
topónimo/topônimo; Amazónia/Amazônia, António/Antônio, 
blasfémia/blasfêmia, fémea/fêmea, gémeo/gêmeo, génio/gênio, 
ténue/tênue. 
 
Estas vogais soam abertas em Portugal e nos países africanos, 
recebendo, por isso, acento agudo, mas são do timbre fechado em 
grande parte do Brasil, grafando-se, por conseguinte, com acento 
circunflexo. 
 
Também nos casos especiais de acentuação das paroxítonas ou graves, 
algumas palavras que contêm as vogais tónicas e e o em final de sílaba, 
seguida das consoantes nasais m e n, apresentam oscilação de timbre 
nas pronúncias cultas da língua. 
 
Tais palavras são assinaladas com acento agudo, se o timbre da vogal 
tónica é aberto, ou com acento circunflexo, se o timbre é fechado: fémur 
ou fêmur, Fénix ou Fênix, ónix ou ônix, sémen ou sêmen, xénon ou 
xênon; bónus ou bônus, ónus ou ônus, pónei ou pônei, ténis ou tênis, 
Vénus ou Vênus; etc. No total, estes são pouco mais de uma dúzia de 
casos. 
 
Tendo em conta o levantamento estatístico que se fez na Academia das 
Ciências de Lisboa, com base no já referido corpus de cerca de 110 000 
palavras do vocabulário geral da língua, verificou-se que os citados 
casos de dupla acentuação gráfica abrangiam aproximadamente 1,27 % 
(cerca de 1400 palavras). 
 19 
 
OBS: O VOLP só registra a forma do PB, que se pronuncia fechada. As 
formas abertas são características do PP. 
 
4.8.3 Das Vogais Iguais (abolida pela reforma ortográfica) 
 
COMO ERA? Palavras terminadas em oo(s) e as formas verbais 
terminadas em -eem recebiam acento circunflexo: vôo, enjôo, crêem, 
dêem, lêem, povôo. 
 
COMO FICA? Sem acento. 
(PB) Nos paroxítonos terminados em –n o acento circunflexo 
permanece: herôon (gr héroon - Santuário onde se honrava um heroi. 
Var: herôo). 
 
O QUE NÃO MUDA? 
a) eles têm e eles vêm (terceira pessoa do plural do presente do 
indicativo dos verbos ter e vir); 
b) ele contém, detém, provém, intervém (terceira pessoa do singular do 
presente do indicativo dos verbos derivados de ter e vir: conter, deter, 
manter, obter, provir, intervir, convir); 
c) eles contêm, detêm, provêm, intervêm(terceira pessoa do plural do 
presente do indicativo dos verbos derivados de ter e vir). 
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros. 
Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba. 
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra. 
Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes. 
Ele detém o poder. / Eles detêm o poder. 
Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas. 
 
4.8.4 Regra do “U” e do “I” (parcialmente abolida) 
 
O QUE NÃO MUDA? As vogais i e u recebem acento agudo sempre que 
formam hiato com a vogal anterior e ficam sozinhas na sílaba ou com s: 
Ex: Gra-ja-ú, ba-ú, sa-ú-de, vi-ú-va, con-te-ú-do, ga-ú-cho, eu re-ú-no, 
ele re-ú-ne, i-ca-ra-í, eu ca-í,eu sa-í,eu tra-í,o pa-ís,tu ca-ís-te, nós ca-
ímos, eles ca-í-ram, eu ca-í-a. 
 
 20 
 
OBS: 
a) a vogal i tônica, antes de nh, não recebe acento agudo: rainha, 
bainha; 
b) Não há acento agudo quando formam ditongo e não hiato: gra-tui-to, 
for-tui-to, in-tui-to; 
c) Não há acento agudo quando as vogais i e u não estão isoladas na 
sílaba ou não forem seguidas de s: ca-iu, ca-ir-mos, sa-in-do, ra-iz, ju-iz, 
ru-im, pa-ul, cau-im, ru-im. 
 
O QUE MUDA? Perdem o acento agudo as palavras paroxítonas em que 
as vogais i e u ficam sozinhas na sílaba, havendo um ditongo na sílaba: 
fei-u-ra, bai-u-ca, boi-u-no, cau-i-la (var. cauira). 
 
COMO ERA / COMO FICA? Feiúra – feiura; baiúca – baiuca. 
 
OBS: Piauí, tuiuiú – continua o acento por serem oxítonas. 
 
a) Verbos Arguir e Redarguir ( o u é a vogal tônica) não levam mais 
acento na forma rizotônica (sílaba tônica encontra-se no radical): Arguo, 
arguis, arguis, argua, arguam. 
 
b) Verbos terminados em -guar, -quar e –quir como aguar, averiguar, 
apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir. Esses verbos 
admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, 
do presente do subjuntivo e também do imperativo. 
 
a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser 
acentuadas. 
Ex: verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, 
enxágues, enxáguem, oblíquo. 
 
b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser 
acentuadas. Ex. (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser 
pronunciada mais fortemente que as outras): 
verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, 
enxagues, enxaguem. 
 
Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, com a e i 
tônicos. 
 21 
 
4.8.5 Ditongos Abertos “éu”, “éi” e “ói” (regra parcialmente 
abolida) 
 
COMO ERA? Acentuavam-se todas as palavras que apresentam 
ditongos abertos éu: céu, réu, chapéu, troféus / éi: papéis, pastéis, anéis, 
idéia, assembléia / ói: dói, herói, esferóide. 
 
OBS: 
1) Não se acentuam os ditongos fechados eu: seu, ateu, judeu, europeu 
/ ei: lei, alheio, feia / oi: boi, coisa, o apoio 
 
2) No Brasil, colmeia e centopeia são pronunciados com o timbre 
aberto. 
 
O QUE MUDA? Perdem o acento agudo somente as palavras 
paroxítonas (ei, oi) que terminam em a, e, o,: ideia, epopeia, assembleia, 
jiboia, boia, eu apoio, ele apoia, esferoide, heroico... 
Assim: Méier, destróier continuam com acento. 
 
O QUE NÃO MUDA? O acento agudo permanece nas palavras oxítonas 
e monossílabas: dói, mói, rói, herói, anéis, papéis, pastéis, e no ditongo 
aberto éu: céu, troféu. 
 
4.8.6 Regra do Acento Diferencial (parcialmente abolida) 
 
COMO ERA? Recebiam acento gráfico: 
 
 ele pára - do verbo parar, só a 3ª pessoa do singular do presente 
do indicativo; 
 eu pélo, tu pélas e ele péla - do verbo pelar; 
 o pêlo, os pêlos - cabelo, penugem 
 pêra – fruta, só no singular o pólo, os pólos - jogo, tipo de camisa, extremidades do eixo 
imaginário da Terra ou outro planeta , pontos da superfície de 
um imã, planeta ou qualquer corpo magnetizado, parte do ovo 
aonde se concentra a maior parte do vitelo 
 o pôlo, os pôlos - alcão ou gavião com idade inferior a um ano) 
 côa - flexão de coar - e coa -combinação de com e a 
 modo Côa - topônimo. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Terra
http://pt.wikipedia.org/wiki/Planeta
http://pt.wikipedia.org/wiki/Im%C3%A3
http://pt.wikipedia.org/wiki/Magnetismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ovo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vitelo
http://pt.wiktionary.org/wiki/falc%C3%A3o
http://pt.wiktionary.org/wiki/gavi%C3%A3o
http://pt.wiktionary.org/wiki/idade
http://pt.wiktionary.org/wiki/inferior
http://pt.wiktionary.org/wiki/um
http://pt.wiktionary.org/wiki/ano
 22 
 
COMO FICA? Sem acento gráfico 
EX: Ele pára o carro. Ele para o carro. 
Ele foi ao pólo Norte. Ele foi ao polo Norte. 
Ele gosta de jogar pólo. Ele gosta de jogar polo. 
Esse gato tem pêlos brancos. Esse gato tem pelos brancos. 
Comi uma pêra. Comi uma pera. 
 
O QUE NÃO MUDA? 
a) pôr (só o infinitivo do verbo): “ele deve pôr em prática tudo que 
aprendeu”; por (preposição): “ele deve ir por este caminho”; 
b) pôde é a 3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo: 
“Ontem ele não pôde resolver o problema”; pode é a 3ª pessoa do 
singular do presente do indicativo: “agora ele não pode sair”. 
 
OBS: 
 
1)Sugere-se que se acentue fôrma (“fôrma de pizza”), como orientam o 
dicionário Aurélio e o novo Acordo ortográfico, a fim de diferenciar de 
forma (“forma física ideal”). 
 
2) Facultativo o acento diferencial: dêmos ou demos; fôrma ou forma; 
amámos ou amamos, e derivados dessas formas verbais. 
 
 
As razões por que se suprime, nestes casos, o acento gráfico são as 
seguintes: 
 
 Em primeiro lugar, por coerência com abolição do acento gráfico 
já consagrada pelo Acordo de 1945, em Portugal, e pela Lei n.º 5765, de 
18 de Dezembro de 1971, no Brasil, em casos semelhantes, como, por 
exemplo: acerto (ê), substantivo, e acerto (é), flexão de acertar; acordo 
(ô), substantivo, e acordo (ó), flexão de acordar; cor (ô), substantivo, e 
cor (ó), elemento da locução de cor; sede (ê) e sede (é), ambos 
substantivos; etc.; 
 
 em segundo lugar, porque, tratando-se de pares cujos elementos 
pertencem a classes gramaticais diferentes, o contexto sintático permite 
distinguir claramente tais homógrafas. 
 23 
 
Considerações sobre a Acentuação 
 
A maioria das mudanças quanto à queda dos acentos (itens 3.8.3, 3.8.4 
e 3.8.5) tem como objetivo abolir as exceções na regra das paroxítonas: 
não se acentuam as paroxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s), em, 
ens. 
 
Dessa forma, palavras como voo, veem, heroico, assembleia, arguo, 
averiguo, quando eram acentuadas, não se encaixavam na regra. 
 
Por essa mesma razão, restitui-se o acento em palavras como Méier, 
destróier e herôon, uma vez que se acentuam palavras paroxítonas 
terminadas em r e n. 
 
O mesmo motivo se aplica à queda do acento nas palavras paroxítonas 
em que as vogais i e u ficam sozinhas na sílaba, havendo um ditongo 
anterior. Nesse caso, não há a formação de hiato, o que não justificava a 
acentuação. 
 
No caso de formas verbais como argui, delinquis, etc., também não há 
justificação para o acento, pois se trata de oxítonas terminadas no 
ditongo tônico ui, que como tal nunca é acentuado graficamente. 
 
Tais formas só serão acentuadas se a sequência ui não formar ditongo e 
a vogal tônica for i, como, por exemplo, arguí (1.ª pessoa do singular do 
pretérito perfeito do indicativo). 
 
Em relação aos ditongos abertos, a questão é mais séria. A proposta 
falha por falta de uniformidade e por negligenciar o aspecto fonético. 
Perde uniformidade ao determinar a eliminação do acento nas 
paroxítonas, mas sua manutenção em posição final. Assim, herói será 
acentuado, enquanto heroico não. 
 
Falha também por ignorar que o diacrítico em ditongos abertos traduz 
mais do que tonicidade – ele é, sobretudo para a variedade brasileira do 
idioma, também um indicativo de timbre, ou seja, as pessoas sabem, a 
partir dessas marcas, que a pronúncia de é e ó deve ser aberta. 
 
 24 
 
4.9 O Hífen 
 
4.9.1 Hífen em Compostos, Encadeamentos Vocabulares, 
Locuções e Verbo Haver 
 
1. Emprega-se o hífen nos topónimos/topônimos compostos, iniciados 
pelos adjetivos grã, grão ou por forma verbal ou cujos elementos 
estejam ligados por artigo: 
Ex: Grã-Bretanha, Grão-Pará; Abre-Campo; Passa-Quatro, Quebra-
Costas, Quebra-Dentes, Traga-Mouros, Trinca-Fortes; Albergaria-a-
Velha, Baía de Todos-os-Santos, Entre-os-Rios, Montemor-o-Novo, 
Trás-os-Montes. 
 
Obs.: 
1) Os outros topónimos/topônimos compostos escrevem-se com os 
elementos separados, sem hífen: América do Sul, Belo Horizonte, Cabo 
Verde, Castelo Branco, Freixo de Espada à Cinta etc. 
Exceção: Guiné-Bissau 
 
2. Emprega-se o hífen nas palavras compostas que designam espécies 
botânicas e zoológicas, estejam ou não ligadas por preposição ou 
qualquer outro elemento: couve-flor, erva-doce, feijão-verde; fava-de-
santo-inâcio, bem-me-quer (nome de planta que também se dá à 
margarida); andorinha-grande, formiga-branca; andorinha-do-mar, cobra-
d'água, bem-te-vi, água-de-coco; azeite-de-dendê, pé-curto, pé-de-
bezerro, pé-de-burrinho (tipo de molusco), pé-de-cavalo (centella – 
planta). 
 
OBS: Atenção aos compostos abaixo: 
Bico de papagaio (nariz adunco e saliência óssea) e bico-de-papagaio 
(planta) 
Pé de boi (trabalhador esforçado) e pé-de-boi (árvore) 
Pé de burro (fumo de má qualidade) e pé-de-burro (planta) 
Pé de cabra (alavanca metálica) e pé-de-cabra (planta) 
Pé de chumbo (indivíduo que não si do lugar) e pé-de-chumbo (planta) 
Bem te vi (simpatizante de partido político) e bem-te-vi (pássaro) 
 
 25 
 
3. Não se emprega o hífen nas ligações da preposição de às formas 
monossilábicas do presente do indicativo do verbo haver: 
Ex: hei de, hás de, há de, hão de, heis de. 
As formas não-monossilábicas já não possuíam hífen: havemos de, 
haveis de, hemos de. 
 
4. Elimina-se o hífen em locuções: 
a) substantivas: pé de moleque, dona de casa, café da manhã, pé de 
cabra, pé de chinelo, mão de obra, fim de semana, pai dos burros, dia a 
dia, cão de guarda; (ver no item 2 os compostos com a palavra pé que 
designam espécies botânicas e zoológicas), mal de amor; 
b) adjetivas: cor de vinho, cor de açafrão, cor de café com leite, à toa; 
c) pronominais: cada um, ele próprio, nós mesmos, quem quer que 
seja; 
d) adverbiais: à parte (não confundir com aparte), à vontade, depois de 
amanhã, em cima; 
e) prepositivas (terminam com uma preposição): a fim de, debaixo de, 
quanto a; 
f) conjuntivas (terminam com uma conjunção, sendo que a mais 
comum): a fim de que, ao passo que, visto que, por conseguinte. 
(PB) g) unidades fraseológicas nominalizadas: deus nos acuda, salve-
se quem puder, maria vai com as outras, faz de conta. 
 
Sete locuções permanecem com hífen: água-de-colônia, cor-de-
rosa, ao deus-dará, pé-de-meia, arco-da-velha, à queima-roupa, 
mais-que-perfeito. 
OBS: Apesar de o Acordo não mencionar, o VOLP registra com 
hífen: pé-d’água, pé-d’alferes. 
 
ATENÇÃO: Mantém-se o hífen nas palavras compostas por justaposição 
(sem preposição ou conjunção): 
Ex: ano-luz, decreto-lei, sul-africano, guarda-chuva, conta-gotas, luso-
brasileiro, afro-brasileiro, tio-avô, amor-perfeito, és-sueste, acebispo-
bispo, guarda-noturno, azul-escuro, sofá-cama, surdo-mudo, sócio-
gerente, bate-boca, toca-fitas, cabra-cega, roda-viva, ferro-velho. 
 
(PB) Mantém-se o hífen nos compostos formados com elementos 
repetidos, de formas onomatopeicas, por serem de natureza nominal, 
sem elemento de ligação: blá-blá-blá, reco-reco, trouxe-mouxe. 
 26 
 
Note que certos compostos (justapostos – sem perda de som - ou 
aglutinados – com perda de som) já haviam perdido o hífen: 
Ex: madressilva, pontapé, girassol, bancarrota, montepio, passatempo,claraboia (agora sem acento), varapau, santelmo, rodapé, passaporte, 
quefazer, sobremaneira, sobremesa, cantochão, aguardente, aguarrás, 
alçapão, fidalgo, girassol, madrepérola, malmequer, mancheia, vaivém, 
vinagre, viravolta, ferrovia. 
 
5. Eliminação do hífen em palavras compostas cuja noção de 
composição, em certa medida, se perdeu: Paraquedas, paraquedista, 
paraquedismo, mandachuva, ferromodelismo. 
Permanecem com hífen: para-brisa, para-raios, para-choque, para-
lamas, manda-tudo, para-balas, para-chispas, para-luz, para-muro. 
 
 
ATENÇÃO: Não há mais acento agudo em para. 
 
OBS: Não confundir: Para do verbo parar com para prefixo, que significa 
ao lado de. Quando este for prefixo, só haverá hífen nos seguintes 
casos: quando o vocábulo seguinte começar com vogal igual ou h. 
Ex: para-apendicite, para-axial. 
Assim são juntos: Paradidático, paranormal, parabém, paraestatal. 
 
6. Quando o não funciona como autêntico prefixo, equivale a in- e liga-
se ao substantivo mediante hífen. 
o não-conformismo 
a não-intervenção 
o não-comparecimento 
 
Quando o não antecede adjetivo, não há hífen: 
não conformista (pessoa não conformista) 
não infrator (menor não infrator) 
não comunista (governo não comunista) 
 
Não se usa hífen com quase quando este funciona como prefixo (antes 
de um substantivo): 
quase irmão 
quase delito 
 
 27 
 
7. Advérbios bem e mal 
Usa-se hífen quando o elemento que se lhes segue começar por vogal 
ou h. 
 
MAL 
Se a palavra não estiver na lista abaixo, escreve-se sem hífen. 
Mal-acostumado Mal-adaptado Mal-afamado 
Mal-afeiçoado Mal-afortunado Mal-agourado 
Mal-agradecido Mal-ajambrado Mal-ajeitado 
Mal-amado Mal-apanhado Mal-apessoado 
Mal-apresentação Mal-apresentado Mal-armado 
Mal-arranjado Mal-arrumado Mal-avinhado 
Mal-avisado Mal-bruto Mal-burdigalense 
Mal-caduco Mal-canadense Mal-céltico 
Mal-ditmársico Mal-educado Mal-encarado 
Mal-engraçado Mal-enganado Mal-enjorcado 
Mal-escocês Mal-estar Mal-estreado 
Mal-exemplar Mal-francês Mal-gálico 
Mal-germânico Mal-morfético Mal-napolitano 
Mal-olhado Mal-ordenado Mal-ouvido 
Mal-polaco Mal-secreto Mal-triste 
Mal-turco Mal-usar 
Mal-assimilação (e variações) Mal-assombrado (e variações) 
Mal-aventura (e variações) Mal-avindo (e variações) 
Mal-empregar (e variações) Mal-entender (e variações) 
 
BEM 
Quando o advérbio for bem, há algumas exceções quando o segundo 
elemento começa com consoante. 
Bem-bom Bem-casadinho Bem-casado 
Bem-comportado Bem-conceituado Bem-conformado 
Bem-criado Bem-curada Bem-dado 
Bem-ditoso Bem-dizente Bem-dizer 
Bem-dormido Bem-dotado Bem-falante 
Bem-feito Bem-lançado Bem-mandado 
Bem-me-quer Bem-nado Bem-nascido 
Bem-parado Bem-parecido Bem-pensante 
Bem-posto Bem-procedido Bem-proporcionado 
Bem-querença Bem-querente Bem-querer 
 28 
 
Bem-queria Bem-querido Bem-sabido 
Bem-soante Bom-sonância Bem-sonante 
Bem-sucedido Bem-talhado Bem-temente 
Bem-vestido Bem-vestir Bem-vindo 
Bem-visto 
Bem-fadado (e variações) 
Bem-merecer (e variações) 
 
OBS: Bem-vindo ou Benvindo? 
A saudação é bem-vindo: 
Você é bem-vindo ou Você é bem-vinda. 
Benvindo (não registrado pelo VOLP) é nome próprio 
 
OBS: Quando bem e mal formarem adjetivos serão escritos com hífen 
ou juntos ao respectivo elemento. 
Esse rapaz é bem-educado (ou mal-educado). 
Luís é sempre um homem bem-arrumado. 
Nossos automóveis são muito mal-acabados 
 
Quando ocorrer voz passiva (verbo ser + particípio), teremos expressões 
compostas de advérbio e particípio. 
Esse rapaz foi bem educado (ou mal educado). 
Luís sempre foi bem arrumado pela mulher. 
Nossos automóveis foram mal acabados pelos operários. 
 
8. Emprega-se o hífen nos compostos com os elementos além 
(advérbio), aquém (advérbio), recém (advérbio) e sem (preposição): 
Ex: Além-Atlântico, além-mundo, além-fronteira, além-mar, além-país, 
além-túmulo, aquém-fronteiras, aquém-mar, recém-vindo, recém-
descoberto, sem-cerimônia, sem-dita. 
Exceções: Alentejo, sensabor, sensaborão, sensaboria, 
sensaborizar. 
 
9. Emprega-se o hífen em encadeamentos vocabulares: 
Ex: a divisa Liberdade-Igualdade-Fraternidade; a estrada Rio de Janeiro-
Petrópolis; o desafio de xadrez Inglaterra-França; o percurso Lisboa-
Coimbra-Porto, linha aérea São Paulo–Buenos Aires; percurso Brasília–
Goiânia. 
 
 29 
 
4.9.2 Hífen nas Formações por Prefixação, Recomposição e 
Sufixação 
 
1. Usa-se o hífen: 
 
1.1 Quando o primeiro elemento termina com vogal ou consoante igual 
à letra que inicia o segundo. 
Antes Agora 
antiimperialista anti-imperialista 
contraataque contra-ataque 
arquiinimigo arqui-inimigo 
microônibus micro-ônibus 
Exceções: co- e re- cooperar,cooptar, reescrever, reescalar. 
 
1.2 Quando o segundo elemento se inicia com h. 
Ex: mini-hotel, sobre-humano, anti-higiênico, super-homem. 
 
OBS: Não se usa o hífen nas formações com os prefixos co-(PB), an- 
(PB), des- e in-, re- (mnemônica = RECODESINAN) 
Ex: desumano, desarmonia, desumidificador, inábil, coerdeiro, anistórico, 
anepático, reabilitar. 
MAS na forma a- mantém-se o hífen: a-histórico. 
 
(PB) ATENÇÃO: Haverá duplicidade gráfica quando não houver perda 
de fonema vocálico do primeiro elemento e o elemento seguinte começar 
por h, exceto os casos já consagrados, com eliminação do h: 
Ex: carbo-hidrato e carboidrato, bi-hebdomadário e biebdomadário, 
carbo-hidrase e carboidrase, mas cloroidrato. 
 
1.3 Nas formações com os prefixos-radicais de origem latina e grega, 
principalmente: h e vogal igual 
aero agro alvi ambi ante 
anti arqui arterio áudio auri 
auto bi cardio centro cérebro 
contra eletro endo entre extra 
filo foto geo hidro imuno 
intro in* infra intra macro 
maxi mega micro mini moto 
 30 
 
morfo multi nano neo neuro 
pluri poli proto pseudo radio 
retro semi sobre socio supra 
tele tri turbo ultra vaso 
vídeo 
 
 
COM HÍFEN 
anti-inflamatório contra-ataque semi-habitat 
arqui-inimigo neuro-hipnotismo tele-educativo 
uItra-apressado tele-homenagem proto-história 
sobre-humano mega-amiga micro-ondas 
ultra-ativo mini-instrumento micro- organismo 
sobre-erguer semi-integral 
SEM HÍFEN 
antissocial autoestima 
autorretrato autossuficiente 
contrarregra extrasseco 
infraestrutura neurorradiologia 
aurirrosado vasodilatador 
ultrainterino ultrassom 
suprassumo socioeconômico 
reavaliar sobressaia 
infravermelho motosserra 
minissaia, pseudociência 
neonatal, multirracial 
semirrígido semiárido 
minirretrospectiva microssistema 
 
 
*in – ver item 1.2 
 
1.4 Nas formações com os prefixos sub- e sob-: b, h e r 
Ex: subalugar, sub-reitor, sub-humano, sub-base, sob-roda, sob-rojar, 
sobescavar, sobcapa. 
 
OBS: É de notar que sob- apresenta a variação so- em vocábulos como 
socapa, soentrar, soerguer, solevantar, somergulhar, sonegar, soterrar. 
 
 31 
 
1.5 Nas formações com os prefixos circum- e pan-: vogal, h, m, n. 
Ex: circum-ambiente, circum-navegar, circum-ambiente, panceleste, 
pan-americano, pan-mágico, pan-africano. 
 
1.6 Nas formações com os prefixos ciber-, hiper-, inter-, super-, nuper-
(recentemente) : h, r, 
Ex: cibercafé, ciberespaço, interdisciplinar, super-homem, superamigo, 
inter-relação, super-romântico, nuper-falecido, nuper-publicado. 
 
1.7 Prefixos ex –, sota-, soto-(abaixo de), vizo – (vice) ,vice-: com 
hífen. 
Ex: ex-presidente, vizo-rei, vice-reitor, soto-metre, sota-piloto, vizo-rei, 
vizo-reinar, soto-pôr. 
 
OBS: 
1) sotavento, sotaventar, sotaventeado sotaventear não possuem 
prefixo. Exceção: sotoposto, sotaproa. 
 
2) Quando ex- significar “movimento para fora”, não haverá hífen. 
Ex: exaurir, exprimir, explícito, exortação. 
 
1.8 Nas formações com os prefixos pós-, pré-, pró-: com hífen. 
Ex: pós-graduação, pró-europeu, pré-escolar. 
 
Quando a pronúncia for fechada (pos, pre, pro),liga-se sem hífen ao 
outro termo: 
Ex: preencher, proposto, prever, promover, proótico, pronome, pospor, 
propor, predizer, pospontar, posfácio, preeminente, predizer, pressupor. 
 
Exceções: preadaptar, prealegar, precondição, preanunciar, 
preaquecer, predeterminar, preestabelecer, preexistir, preestipular, 
prejulgar, premorto, premudado, premunido, prenascer, predestino, 
prequestionar, prenomeador, prenato, preordenado, preopinar, 
preomenorreia, pregostar, prejulgar, procônsul, procéfalo, 
prossecretário, poscênico, poslúdico, pospasto. 
 
1.9 Nas formações com os prefixos ab-(distanciamento), ad-(em 
direção a, aproximação), ob-(movimento para frente, oposição, 
fechamento,intensidade) quando o segundo elemento começa por r, 
 32 
 
fazendo prevalecer o princípio da adaptação da ortografia à pronúncia: 
Ex: ab-rogar (pôr em desuso), ad-renal, ob-reptício(ardiloso), ad-
rogar(adotar). 
 
1.10 Nas formações com o prefixo entre: h 
Ex: entre-hostil 
 
1.11 Para ligar os sufixos tupi-guaranis -açu, -guaçu e -mirim a palavras 
terminadas em vogal acentuada graficamente ou em vogal nasal e com o 
sufixo –mor: 
Ex: capim-açu, guarda-mor, alcaide-mor. 
 
1.13 Nos vocábulos formados pelos prefixos que representam formas 
adjetivas, como anglo (inglês), austro (austríaco), euro (europeu), 
greco (grego), histórico (história), ínfero (inferior), latino, lusitano, 
luso, póstero (posterior), súpero (superior), dólico (longo, 
comprido), telégrafo (telégrafico), etc. (Ocorre, principalmente, quando 
o segundo elemento está presente na língua de forma independente). 
Ex: euro-mediterrânico, ibero-americano, ibero-americanismo, luso-
asiático, sino-japonês, anglo-brasileiro, greco-romano, histórico-
geográfico, ínfero-anterior, latino-americano, lusitano-castelhano, luso-
brasileiro, póstero-palatal, súpero-posterior, austro-húngaro, dólico-louro, 
euro-africano, telégrafo-postal. 
MAS: eurocético, iberofilismo, lusofalante, sinologia, dolicópode, 
doliforme. 
 
2. Não se usa hífen: 
2.1 Quando o primeiro elemento (prefixo) termina com vogal diferente 
da vogal que inicia o segundo. 
Antes Agora 
auto-estrada autoestrada 
auto-escola autoescola 
auto-avaliação autoavaliação 
infra-estrutura infraestrutura 
 
2.2 Quando o primeiro elemento (prefixo) termina com vogal e o 
segundo começa com consoante, exceto o h. (ver item 1.2) 
Ex: anteprojeto, extraclasse, autocrítica, infravermelho, vasodilatador, 
minibar,.anti-herói, sobre-humano, mini-hotel. 
 33 
 
Obs.: Quando o segundo elemento começa com r ou s, essas letras 
deverão ser dobradas. 
 
Antes Agora 
supra-sumo suprassumo 
ultra-sonografia ultrassonografia 
anti-rugas antirrugas 
auto-retrato autorretrato 
contra-regra contrarregra 
contra-senso contrassenso 
 
2.3 Quando o primeiro elemento termina com consoante e o segundo se 
inicia com vogal. 
Ex: hiperacidez, interescolar, interestadual, superinteressante 
 
Há exceções como mal-estar (ver a relação em mal e bem) 
 
ATENÇÃO: Quando a pronúncia exigir, dobram-se o r e o s da segunda 
palavra. 
 
(PB) 2.4 Nas expressões latinas quando não aportuguesadas: ab ovo, ad 
immortalitatem, carpe diem, in octavo (mas in-oitavo). 
 
3. Translineação 
 
Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou 
combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na 
linha seguinte. 
Ex: 
 Na cidade, disseram- O diretor foi receber o vice- 
-me que ele foi viajar. -prefeito. 
 
RESUMO: 
 
Regra básica 
Usa-se o hífen diante de h: anti-higiênico, super-homem. 
OBS: Não se usa o hífen nas formações com os prefixos co-(PB), an- 
(PB), des- e in- 
 
 34 
 
Outros casos 
1. Prefixo terminado em vogal: 
- Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo. 
- Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, 
semicírculo. 
- Sem hífen diante de r e s Dobram-se essas letras: antirracismo, 
antissocial, ultrassom. 
- Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas. 
 
2. Prefixo terminado em consoante: 
- Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário. 
- Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersônico. 
- Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante. 
Observações 
1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada 
por r sub-região, sub-raça etc. Palavras iniciadas por h perdem essa 
letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade. 
2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra 
iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc. 
3 O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo 
quando este se inicia por o: coobrigação, coordenar, cooperar, 
cooperação, cooptar, coocupante etc. 
4. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante etc. 
5. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção 
de composição, como girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, 
paraquedas, paraquedista etc. 
6. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se 
sempre o hífen: 
ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-
graduação, pré-vestibular, pró-europeu. 
 
Considerações sobre o Hífen 
 
O Acordo, no que se refere ao hífen, mostra-se superficial, confuso e 
precisa ser revisto. Leia-se o primeiro item da Base XV. 
 
“Emprega-se o hífen nas palavras compostas por justaposição que não 
contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, 
adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática ou 
 35 
 
semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o 
primeiro elemento estar reduzido: ano-luz... és-sueste... turma-piloto; 
alcaide-mor... mato-grossense... porto-alegrense... luso-brasileiro, 
primeiro--ministro...; conta-gotas, finca-pé, guarda-chuva. 
 
Obs.: “certos compostos, em relação aos quais se perdeu, em certa 
medida, a noção de composição, grafam-se aglutinadamente: girassol, 
madressilva, mandachuva...”. 
 
Pense-se no seguinte: 
a. O texto só diz que o “o primeiro elemento pode estar reduzido”, mas 
apresenta exemplo com o segundo também reduzido: “alcaide-mor”. 
b. Na relação de exemplos, o ponto-e-vírgula separa naturezas (nominal, 
adjetival, verbal), mas falta entre luso-brasileiro e primeiro-ministro 
(naturezas adjetival e numeral). Num texto oficial não cabem tais falhas. 
c. A “Obs.” é oficialização de exceções. Essa é a oportunidade de se 
eliminarem as exceções, para economizar tempo e fosfato. 
d. Pior que oficializar exceções é deixá-las vagas e incertas com 
expressões como “certos compostos”, “em certa medida” etc. 
e. O texto cria dúvidas quando diz “grafam-se aglutinadamente” palavras 
como girassol, madressilva, mandachuva etc. que, em rigor não são 
aglutinadas, mas justapostas. 
 
Grafam-se com hífen mato-grossense e porto-alegrense, portanto, pela 
lógica, usaremos o mesmo sinal em Mato-Grosso e Porto-Alegre, certo? 
Errado, porque, na regra seguinte, esses substantivos grafam-se sem 
hífen. 
 
Logicamente, se Mato Grosso, Porto Alegre e América do Sul são 
“palavras compostas grafadas separadamente”, Guiné Bissau também o 
será, certo? Errado, pois Guiné-Bissau constitui “exceção consagrada 
pelo uso”. 
 
Quanto ao uso de hífen nas palavras prefixais, mantiveram-se muitas 
exceções, que poderiam ter sido assimiladas pelas regras. 
 
E "jogo-treino"? Ou será "jogo treino"? É um composto? Um 
encadeamento vocabular? Saberá o "homem comum" distinguir uma 
coisa da outra? E quando se tratar de formação por prefixação, 
 36 
 
recomposição e sufixação? Como conseguirá identificar uma "unidade 
fraseológica constitutiva de lexia nominalizada"? Com ou sem hífen? É 
exceção? 
 
Nos casos omissos, quem será capaz de identificar "alguns compostos 
em relação aos quais se perdeu, em certa medida, a noção de 
composição" para grafá-los aglutinadamente? Não há "jogo do galo",sinônimo de "jogo da velha". Questão de analogia, portanto. 
 
Também não há "bem-passado", embora "malpassado" lá esteja. 
Verdade que "bem-passado" não consta dos dicionários anteriores ao 
Acordo. Mas conclui-se que a grafia é "bem-passado". Talvez fosse o 
caso de incluir os antônimos das formações presentes no VOLP. Lá 
estão bem-mandado, bem-nascido, bem-posto, bem-vestido, bem-visto 
etc. 
 
Os editores terão de acrescentar formações como "fio terra", "meia 
bomba", "lava a jato", "lava rápido". Não basta que o "homem comum" 
fique com a suposição de que, se o encadeamento vocabular não está 
no VOLP, não tem hífen. Nem basta supor que se não havia hífen antes 
não haverá agora. Mesmo porque "pôr de sol" está ali alinhado, 
mostrando que seu hífen foi derrubado pelo Acordo. 
 
Casos como do verbo "soto-pôr" causam estranheza. Antes do Acordo, 
foi eternizado "sotopor". O VOLP alinha "soto-pôr" e abaixo "sotoposto". 
Significa que o hífen desaparecerá nas formas conjugadas? O Acordo 
define que os prefixos ex-, sota-, soto-, vice- e vizo- serão unidos por 
hífen ao segundo elemento. 
 
Com "soto-pôr", a comissão da ABL achou melhor ser fiel à letra do 
Acordo e ignorar a tradição lexicográfica. Mas em "coerdeiro" ignorou o 
Acordo, que aponta "co-herdeiro", e ficou com a forma aglutinada sem h, 
como em "coabitar", "coabitação", "coabitante", seguindo a tradição. 
Seguiu a tradição com o prefixo re-, que se junta ao segundo elemento 
iniciado por e: reeditar, reeleger etc. Mas preferiu ser obediente ao 
Acordo com "soto-pôr". Por que não "sotopor"? 
 
Alguns autores estranham casos como o do prefixo tele-, que se liga por 
hífen ao segundo elemento iniciado por e, regra clara. O VOLP, no 
 37 
 
entanto, registra "telespectador", "telespetáculo", "teleducação", 
"teleducando" e outras crases que atropelam a regra. Em nota 
explicativa da Base XVI, que trata do hífen quando o primeiro elemento 
termina por vogal igual à que inicia o segundo elemento, o encontro de 
vogais iguais tem facilitado o aparecimento de formas reais ou 
potencialmente possíveis com crase, do tipo de ovadoblongo, ao lado de 
ovado-oblongo. Para atender à regra geral de hifenizar o encontro de 
vogais iguais, é preferível evitar possíveis crases no uso corrente, 
ressalvados os casos em que elas se mostram naturais, e não forçadas, 
como ocorre em telespectador (e não tele-espectador), radiouvinte (e 
não rádio-ouvinte). 
 
Se não constar das exceções, sua grafia será com hífen, embora não 
apareça no VOLP, que traz "teleducação" e "teleducando". O que talvez 
ocorra é que os dicionários registrem duas formas, como fazem com 
"teleducação"/"tele-educação", "teleducando"/"tele-educando". A não ser 
que não a tenham registrado por ser mal formada e por causa do 
significado movediço. 
 
Considerações Finais 
Pode-se dizer que uma reforma ortográfica, em princípio, norteia-se por 
pelo menos dois objetivos: o de unificação e o de simplificação. Ainda 
que se possa criticar, por diversos ângulos, a validade da unificação 
oriunda da Reforma - seja porque ignora a variabilidade da língua falada, 
que tem inevitáveis reflexos na escrita, seja porque pode gerar um 
impacto econômico e político em certa medida desfavorável aos países 
envolvidos -, não há dúvida de que, em alguns aspectos, oficialmente, 
com o Acordo, unificam-se as escritas. 
 
Pode-se perceber que o Acordo propõe uma unificação parcial, não 
solucionando definitivamente o “problema” das diferenças ortográficas 
entre os países lusófonos, um dos principais argumentos empregados 
por seus defensores. Além disso, mantém várias exceções. 
 
Mais importante que um novo acordo preocupado meramente coma 
unificação ortográfica do idioma e imposto a seus utentes de modo 
 38 
 
unilateral, uma política linguística responsável deve empenhar-se no 
sentido de promover a difusão da língua portuguesa mundialmente, 
valorizar seu legado cultural e promover ações conjuntas de caráter 
pedagógico, no sentido de conferir aos falantes dos territórios que têm o 
português como língua oficial condições de adquirirem a tão almejada 
competência linguística no próprio idioma. 
 
 
 
ASSIM: 
Ele não revela escutas 
clandestinas de ministros 
nem documentos 
extraoficiais ou 
ultrassecretos de algum 
mandachuva do governo. 
Não denuncia os efeitos 
colaterais de mais um anti-
inflamatório inconsequente. 
Também não explica tim-tim 
por tim-tim uma doença 
causada por um novo micro-
organismo superpoderoso. 
Tampouco propaga ideias 
paranoicas dos que creem 
nalgum guru de autoajuda 
eloquente. 
 
Teste seus conhecimentos 
“Te perdoo / Por quereres me ver/ Aprendendo a mentir...” Fazer o 
quê? O Novo Acordo Ortográfico mexe até com as letras de Chico 
Buarque! 'Mil Perdões', no caso. Teste-se sobre as mudanças no 
uso do acento circunflexo. 
 
1. 'Vôo' e 'zôo' deixam de ser grafadas assim, com o Novo Acordo 
Ortográfico. As palavras perdem o acento ou perdem a vogal duplicada? 
a) Perdem o acento circunflexo: ficam voo e zoo 
 39 
 
b) Perdem a vogal duplicada: ficam vô e zô 
c) Perdem o acento circunflexo e ganham til: võo e zõo 
d) Perdem o acento e ganham ditongo: vou e zou 
 
2. Assinale a única grafia incorreta de substantivos ou verbos 
conjugados, segundo as novas regras: 
a) Reformas dão ENJOO. 
b) Meninas LEEM mais ficção do que meninos. 
c) Te PERDOO/ Por fazeres mil perguntas/ Que em vidas que andam 
juntas/ Ninguém faz... 
d) Alfabetizadores pedem que os gramáticos DÊEM tempo ao tempo. 
 
3. Em qual dos seguintes exemplos o uso do acento circunflexo passa a 
ser facultativo? 
a) Fôrma (substantivo) c) Nôrma (substantivo) 
b) Têm (verbo) d) Intervêm (verbo) 
 
4. O que têm em comum as palavras cônsul, câncer e âmbar, 
acentuadas corretamente? 
a) São paroxítonas 
b) São paroxítonas que passam a ser proparoxítonas, quando em seus 
respectivos plurais 
c) São proparoxítonas 
d) As alternativas A e B estão corretas 
 
5. Assinale a alternativa que apresenta a grafia correta dos verbos 
conjugados, antes e depois do Novo Acordo Ortográfico: 
a) Te abençoo; Te abençôo. 
b) Elas mantêm as aparências; Elas mantem as aparências. 
c) Eles vêem os mapas; Eles veem os mapas. 
d) Têns medo? Tens medo? 
1. A/2.D/3.A/4.D/5.C 
 
Haja creme antirrugas. O uso do hífen já era sinônimo de dor de 
cabeça, em qualquer nível de ensino. Pois o Novo Acordo 
Ortográfico da língua portuguesa manteve algumas regras e trouxe 
outras, alterando antigas grafias. Teste-se. 
 
 
 40 
 
1. Autoestrada tinha hífen, antes do Novo Acordo Ortográfico? 
a) Autoestrada não existe: a palavra correta é freeway, sem hífen 
b) Tinha hífen e perdeu: o correto agora é mesmo autoestrada 
c) Não tinha 
d) Tinha e mantém o hífen, com o Novo Acordo Ortográfico: auto-
estrada 
 
2. Nas lojas e shoppings, os cartazes que vendem produtos terão de 
alterar qual das seguintes grafias? 
a) Microondas fica micro-ondas 
b) Anti-semita fica antissemita 
c) Sombrinha vira pára-águas 
d) Microcomputador fica micro-computador 
 
3. O que têm em comum as palavras super-romântico, sub-bibliotecário, 
hiper-requintado e inter-regional? 
a) Nada em comum 
b) Prefixos com sentido de 'sobre' ou 'por cima de' 
c) Prefixos terminados por consoante e segundo elemento da palavra 
iniciado com a mesma consoante 
d) Palavras formadas por encadeamento vocabular 
 
4. Assinale a lista com quatro palavras corretas, de acordo com as novas 
regras da língua portuguesa: 
a) Coautor, antirreligioso, infraestrutura, anti-inflamatório 
b) Semterra, expresidente, micro-ondas, benfeito 
c) Paraquedista, infra-estrutura, coedição, antiinflamatório 
d) Além-túmulo, recémcasado, superinteressante 
 
5. Super-homem e anti-higiênico, segundo a grafia atualizada, 
correspondem a qual das seguintes regras? 
a) Usa-se o hífen quando o prefixo termina em vogal, h, r ou s 
b) O hífen permanece quando o prefixo termina com 'r' e a primeira 
letra do segundo elemento é 'h' 
c) Comprefixo, usa-se sempre o hífen diante de palavras iniciadas por 
'h' 
d) Usa-se sempre o hífen com os prefixos 'super' e 'anti' 
 
 
 41 
 
6. Acertou-se o emprego do hífen na seguinte alternativa: 
a) Iracema é uma garota hipercarinhosa. 
b) Meus primos têm atitudes anti-sociais. 
c) O sub-reitor compareceu à formatura. 
d) Juarez se considera auto-suficiente. 
e) Aquele deputado é um pseudo-democrata. 
 
7. É correta a opção: 
a) Um avião supersônico sobrevoou a cidade. 
b) João foi malagradecido com os amigos. 
c) Gomes prescreveu medicamentos alo-páticos. 
d) Ester foi uma namorada ultra-romântica. 
e) Nosso professor de química é um auto-didata. 
 
8. Houve falha de grafia em: 
a) O matutino saiu em edição extraordinária. 
b) O pró-reitor presidiu à solenidade. 
c) Disputaremos, em julho, um torneio inter-classe. 
d) Atividades agropastoris enriquecem a economia. 
e) O pluripartidarismo é característica da democracia. 
 
9. Matéria-prima escreve-se com hífen. Assinale a alternativa que 
contenha palavra grafada de maneira errada: 
a) subdesenvolvido, minimercado, bem-estar. 
b) Benvindo, bem-amado, malmequer. 
c) ante-sala, anteontem, antebraço. 
d) protomártir, protótipo, proto-história. 
e) bem-me-quer, recém-vindo, além-mar. 
 
10. Assinale a alternativa que contém as palavras corretamente 
formadas: 
a) bem-vindo, pan-americana, sub-base, protomártir. 
b) pré-histórico, mal-estar, panamericano, prematuro. 
c) auto-afirmação, autocrítica, excombatente, neolatinas. 
d) pós-graduação, antitérmico, malmequer, sub-aéreo. 
e) autocontrole, anti-corrosivo, grão-mestre, aero-espacial. 
1. B /2. A e B/ 3. C /4. A /5. B/6.C/7.A/8.C/9.C/10.A 
 
 42 
 
Julgue, como certo ou errado, os itens, conforme as regras do novo 
Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa: 
1. Quanto ao emprego do h em palavras compostas, as palavras 
desumano e sobre-humano estão corretas. 
 
2. Estão corretas as seguintes grafias facultativas: aspecto e aspeto, 
cacto e cato, caracteres e carateres, dicção e dição, facto e fato, sector e 
setor, ceptro e cetro, concepção e conceção, corrupto e corruto, 
recepção e receção, súbdito e súdito, subtil e sutil, amígdala e amídala, 
omnipotente e onipotente. 
 
3. São variantes aceitas: bebé ou bebê, bidé ou bidê, canapé ou canapê, 
caraté ou caratê, croché ou crochê, guiché ou guichê, matiné ou matinê, 
nené ou nenê, puré ou purê, rapé ou rapê, judô ou judo, metrô ou metro. 
 
4. Apoio (substantivo) não leva acento, mas apóio (verbo), sim, porque a 
sílaba tônica contém o ditongo aberto -oi. 
 
5. Não há mais acento em nenhuma palavra da frase: “Eles creem que 
ela estava com enjoo no zôo”. 
 
6. O hífen está corretamente empregado em: decreto-lei, tenente-
coronel, tio-avô, turma-piloto, guarda-noturno, paraquedas, amor-
perfeito, mato-grossense. 
 
7. Existe apenas um erro ortográfico em: médicocirurgião, ponta-pé, 
guarda-chuva, sul-africano. 
 
8. Há hífen na expressão “Baía de Todos-os-Santos”´, porque se trata de 
um topônimo composto cujos elementos estão ligados por artigo, como 
em “Entre-os-Rios”. 
 
9. O novo Acordo muda a grafia para: Grãbretanha, Grãopará e 
Passaquatro. 
 
10. A grafia de Guiné-Bissau não se enquadra nas regras quanto ao uso 
do hífen nos topônimos, mas é exceção aceita pelo novo Acordo. 
 
11. Há o correto uso do hífen em: bem-ditoso (mas malditoso), bem-
 43 
 
falante (mas malfalante), bem-mandado (mas malmandado), bem-estar 
(mas malestar), bem-nascido (mas malnascido). 
 
12. Não há hífen nas locuções. Exemplos: fim de semana, cor de café 
com leite, cão de guarda. 
 
13. Não há erro ortográfico em: pré-história, sub-hepático, super-homem, 
anti-higiênico. 
 
14. Há sempre uma palavra errada depois de duas corretas em: hiper-
requintado, pan-africano, panegritude, ex-rei, ex-primeiro-ministro, 
vicepresidente. 
 
15. Segundo o novo Acordo, não há hífen em: prever, prenatal, 
promover, proeuropeu. 
 
16. Em “Os intolerantes organizaram um ato anti-religioso”, o hífen é 
empregado porque o segundo elemento da palavra composta começa 
por r. 
 
17. Usa-se hífen nas palavras anti-semita, contra-senha e co-seno, mas 
não em minissaia, forma já consagrada pelo uso. 
 
18. Há somente um erro ortográfico em: eletrossiderurgia, biossatélite, 
microssistema, micro-radiografia. 
 
19. A série que apresenta pelo menos uma palavra inteiramente correta. 
a) Agüentar - angüiforme - argüir. 
b) Bilíngüe - lingüeta - lingüista. 
c) Lingüístico - cinqüenta - eqüestre. 
d) Freqüentar - tranqüilo - mülleriano. 
e) Lingüiça - tranqüilidade - ubiqüidade. 
 
20. A série em que ocorre erro de acentuação gráfica em formas verbais. 
a) Crê - dê - lê - vê. 
b) Crês - dês - lês - vês. 
c) Creem - deem - leem - veem. 
d) Descrêem - desdêem - releem - preveem. 
e) Não há opção com erro. 
 44 
 
 
21. Assinale a série que apresenta pelo menos um topônimo incorreto. 
a) Grã-Bretanha - Três Corações - Rio de Janeiro. 
b) Passa-Quatro - Porto Alegre -São José dos Campos. 
c) Baía de Todos-os-Santos - Passo Fundo - Novo Gama. 
d) Cruz-Alta - Trás os Montes - Ponta Grossa. 
e) Grão-Pará - Vila Velha - Santo Ângelo. 
 
22. Assinale a série que apresenta pelo menos uma palavra incorreta. 
a) Anti-higiênico - circum-hospitalar - co-herdeiro. 
b) Extra-humano - pré-história -sub-hepático. 
c) Super-homem - ultra-hiperbólico - des-humidificar. 
d) Eletro-higrómetro - geo-história - neo-helênico. 
e) Pan-helenismo - semi-hospitalar - proto-histórico 
 
23. Identifique o item que apresenta incorreção na acentuação gráfica. 
a) Reténs - retém - retêm. b) Susténs - sustém - sustêm. 
c) Advéns - advém - advêm. d) Provéns - provém - provêm. 
e) Téns - tem - têm. 
 
24. Assinale a série sem erro de acentuação gráfica. 
a) Ninguém pôde ajudá-la naquele dia. 
b) Gostas de camisas pólo? 
c) Nesta receita, usa-se pêra verde. 
d) Por que você não péla esses pêlos? 
e) Você não pára de reclamar. 
 
25. Assinale a série sem erro de acentuação gráfica. 
a) Pêra - péra - pêlo - quê. b) Ás - porquê - pára - pólo. 
c) Quê - pôde - pôr - fôrma. d) Pára - pólo - pôlo. 
e) Pêlo - péla - pêra - pôla. 
 
26. Assinale a série que apresenta pelo menos uma palavra incorreta. 
a) Bem-aventurado - bem-estar -bem-humorado. 
b) Malditoso - malfalante - malmandado. 
c) Bem-ditoso - bem-falante - bem-mandado. 
d) Mal-nascido - mal-humorado - mal-estar. 
e) Bem-soante - bem-visto - bem-vindo. 
 
 45 
 
27. “A Belém-Brasília começou a ser construída em 1960, no governo do 
presidente Juscelino Kubitschek e foi concluída em 1974.” Nesse trecho, 
à luz do que prescreve este Acordo Ortográfico, seria: 
a) obrigatório substituir o travessão por hífen. 
b) possível manter o travessão. 
c) correto simplesmente eliminar o travessão. 
d) facultativo substituir o travessão por hífen. 
e) o Acordo não trata deste assunto. 
 
28. Assinale a série que apresenta pelo menos uma palavra incorreta. 
a) Circum-escolar - circum-murado - circum-navegação. 
b) Pan-africano - pan-mágico - pan-negritude. 
c) Extra-regulamentar - inter-resistente - super-revista. 
d) Ex-almirante - ex-diretor - ex-hospedeira. 
e) Pré-escolar - pré-natal - pró-africano. 
 
Gabarito 
1. C/2. C/3. C 
4. E - apoio (verbo ou substantivo) escreve-se sem acento. 
5. C/6. C 
7. E - O certo é médico-cirurgião, pontapé. 
8. C 
9. E - O certo é Grã-Bretanha, Grão-Pará, Passa-Quatro. 
10. C 
11. E - O certo é mal-estar. 
12. C/13. C 
14. C - O certo é pan-negritude, vice-presidente. 
15. E - O certo é pré-natal, pró-europeu. 
16. E - O certo é antirreligioso. 
17. E - O certo é antissemita, contrassenha, cosseno, minissaia. 
18. C - O certo é microrradiografia. 
19. d - A palavra correta é mülleriano. 
20. c - Todas sem acento é o certo. 
21. d - O certo é Cruz Alta, sem hífen. 
22. c - O certo é desumidificar. 
23. e - O certo é tens. 
24. a 
25. c - Perderam o acento: polo, pera, pelos, para. 
26. d - O certo é malnascido. 
 46 
 
27. a 
28. c - O certo é extrarregulamentar. 
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=6185251. Preencha as lacunas com as palavras corretas, segundo o Novo 
Acordo Ortográfico: 
a) Os membros das (assembléias/assembleias) estaduais do país 
gostaram da (ideia/ idéia) de Harold (Muller/Müller). Um parlamentar 
aproveitou a (estréia/estreia) de uma peça de teatro a que assistia na 
cidade de (Bocaiúva/Bocaiuva) para se dirigir à (plateia/platéia), dizendo: 
“Eu (apoio/apóio) esta ação comunitária. Se a iniciativa der certo, esses 
(heróis, herois) merecerão (troféus/trofeus). 
 
b) Um cidadão juntou-se a um grupo formado por (cinqüenta/cinquenta) 
pessoas para verificar com que (freqüência/frequência) (tem/têm 
acontecido inundações no país. Com base nesses dados, pretendem 
implementar ações preventivas para que a população possa dormir 
(tranqüila/tranquila). 
 
c) O pronunciamento do parlamentar na peça de teatro teve repercussão 
na imprensa, de modo que outro Deputado, ao desembarcar de seu 
(vôo/voo) rumo à cidade de (Parnaíba/Parnaiba), no estado do 
(Piauí/Piaui), também falou sobre o assunto. “Os que (leem/lêem) jornais 
já devem saber da iniciativa do dramaturgo e os que (crêem/creem) em 
ações dessa natureza devem seguir esse exemplo. Precisamos buscar 
soluções para nossos problemas em vez de esperar que tudo seja 
resolvido pelas autoridades. Se ele (pode/pôde) iniciar essa ação e 
mobilizar o (pais/país) inteiro, todos (tem/têm) o mesmo dever. Isso 
(convém/convêm) à sociedade).” 
2. Em relação ao uso do hífen, assinale a alternativa correta. 
a) bemcriado bem-criado 
b) extra-oficial extraoficial 
c) ultra-som ultrassom 
d) infra-estrutura infraestrutura 
e) contra-regra contrarregra 
f) interregional inter-regional 
g) super-resistente superresistente 
h) micro-ondas microondas 
i) antiinflamatório anti-inflamatório 
 47 
 
j) co-ocupante coocupante 
k) contraindicação contra-indicação 
l) auto-retrato autorretrato 
m) paraquedas para-quedas 
 
3. Assinale as palavras escritas corretamente, de acordo com o Acordo: 
cinquenta jibóia vôo pêlo 
heróico pólo veem micro-ondas 
autoescola feiura pára infra-sem 
averigúe idéia lêem Nova Iorque 
Coreia pôde abençoo antirreligioso 
 
Referências 
ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. Vocabulário Ortográfico da 
Língua Portuguesa - VOLP - 5ª edição. Rio de Janeiro: Editora Global, 
2009. 
BECHARA, Evanildo. Em demanda dos enlaces na sistematização 
ortográfica. Rio de Janeiro: Real Gabinete Português de leitura, 2000. 
CARVALHO, José G. Herculano de. Ortografia e as ortografia do 
português. Confluência. Rio de Janeiro, 1º semestre, n. 13, 1997. 
COUTO, Mia. A voz de Moçambique. (Entrevista concedida a Luiz 
Costa Pereira Junior. Revista Língua Portuguesa, ano III, no. 33, pp. 12-
16). 
ESTRELA, Edite. A questão ortográfica. Reforma e acordos da língua 
portuguesa. Lisboa: Editorial Notícias, s.d. 
PAES, José Paulo. A poesia está morta, mas juro que não fui eu. São 
Paulo: Duas cidades, 1988. 
 
ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA 
PORTUGUESA (1990) 
Base I 
Do alfabeto e dos nomes próprios estrangeiros e seus derivados 
1
o
)O alfabeto da língua portuguesa é formado por vinte e seis 
letras, cada uma delas com uma forma minúscula e outra maiúscula: 
a A (á) j J (jota) s S (esse) 
bB B (bê) k K (capa ou cá) t T (tê) 
 48 
 
c C(cê) l L (ele) u U (u) 
d D(dê) m M (eme) v V (vê) 
e E(é) n N (ene) w W (dáblio) 
f F (efe) o O (ó) x X (xis) 
g G (gê ou guê) p P (pê) y Y (ípsilon) 
h H (agá) q Q (quê) z Z (zê) 
i I (i) r R (erre) 
 Obs.: 1. Além destas letras, usam-se o ç (cê cedilhado) e os seguintes 
dígrafos: rr (erre duplo), ss (esse duplo), ch (cê-agá), lh (ele-agá), nh 
(ene-agá), gu (guê-u) e qu (quê-u). 
 2. Os nomes das letras acima sugeridos não excluem outras 
formas de as designar. 
2º)As letras k, w e y usam-se nos seguintes casos especiais: 
a)Em antropónimos/antropônimos originários de outras línguas e 
seus derivados: Franklin, frankliniano; Kant, kantismo; Darwin, 
darwinismo; Wagner, wagneriano; Byron, byroniano; Taylor, taylorista; 
b)Em topónimos/topônimos originários de outras línguas e seus 
derivados: Kwanza, Kuwait, kuwaitiano; Malawi, malawiano; 
c)Em siglas, símbolos e mesmo em palavras adotadas como 
unidades de medida de curso internacional: TWA, KLM; K-potássio (de 
kalium), W-oeste (West); kg-quilograma, km-quilómetro, kW-kilowatt, yd-
jarda (yard); Watt. 
3º)Em congruência com o número anterior, mantêm-se nos 
vocábulos derivados eruditamente de nomes próprios estrangeiros 
quaisquer combinações gráficas ou sinais diacríticos não peculiares à 
nossa escrita que figurem nesses nomes: comtista, de Comte; 
garrettiano, de Garrett; jeffersónia/jeffersônia, de Jefferson; mülleriano, 
de Müller, shakespeariano, de Shakespeare. 
Os vocabulários autorizados registrarão grafias alternativas 
admissíveis, em casos de divulgação de certas palavras de tal tipo de 
origem (a exemplo de fúcsia/ fúchsia e derivados, buganvília/ buganvílea/ 
bougainvíllea). 
4º)Os dígrafos finais de origem hebraica ch, ph e th podem 
conservar-se em formas onomásticas da tradição bíblica, como Baruch, 
Loth, Moloch, Ziph, ou então simplificar-se: Baruc, Lot, Moloc, Zif. Se 
 49 
 
qualquer um destes dígrafos, em formas do mesmo tipo, é 
invariavelmente mudo, elimina-se: José, Nazaré, em vez de Joseph, 
Nazareth; e se algum deles, por força do uso, permite adaptação, 
substitui-se, recebendo uma adição vocálica: Judite, em vez de Judith. 
5º)As consoantes finais grafadas b, c, d, g e t mantêm-se, quer 
sejam mudas, quer proferidas, nas formas onomásticas em que o uso as 
consagrou, nomeadamente antropónimos/antropônimos e 
topónimos/topônimos da tradição bíblica: Jacob, Job, Moab, Isaac; 
David, Gad; Gog, Magog; Bensabat, Josafat. 
Integram-se também nesta forma: Cid, em que o d é sempre 
pronunciado; Madrid e Valhadolid, em que o d ora é pronunciado, ora 
não; e Calecut ou Calicut, em que o t se encontra nas mesmas 
condições. Nada impede, entretanto, que dos antropónimos/antopônimos 
em apreço sejam usados sem a consoante final Jó, Davi e Jacó. 
6º)Recomenda-se que os topónimos/topônimos de línguas 
estrangeiras se substituam, tanto quanto possível, por formas 
vernáculas, quando estas sejam antigas e ainda vivas em português ou 
quando entrem, ou possam entrar, no uso corrente. Exemplo: Anvers, 
substituído por Antuérpia; Cherbourg, por Cherburgo; Garonne, por 
Garona; Genève, por Genebra; Jutland, por Jutlândia; Milano, por Milão; 
München, por Munique; Torino, por Turim; Zürich, por Zurique, etc. 
 
Base II 
Do h inicial e final 
1º)O h inicial emprega-se: 
a)Por força da etimologia: haver, hélice, hera, hoje, hora, homem, 
humor. 
b)Em virtude de adoção convencional: hã?, hem?, hum!. 
2º)O h inicial suprime-se: 
a)Quando, apesar da etimologia, a sua supressão está 
inteiramente consagrada pelo uso: erva, em vez de herva; e, portanto, 
ervaçal, ervanário, ervoso (em contraste com herbáceo, herbanário, 
herboso, formas de origem erudita); 
 50 
 
b)Quando, por via de composição, passa a interior e o elemento 
em que figura se aglutina ao precedente: biebdomadário, desarmonia, 
desumano, exaurir, inábil, lobisomem, reabilitar, reaver; 
3º)O h inicial mantém-se, no entanto, quando, numa palavra 
composta, pertence a um elemento que está ligado ao anterior por meio 
de hífen: anti-higiénico/anti-higiênico, contra-haste; pré-história, sobre-
humano. 
4º)O h final emprega-se em interjeições: ah! oh! 
Base III 
Da homofonia de certos grafemas consonânticos 
Dada a homofonia existente entre certos grafemas consonânticos, 
torna-se necessário diferençar os seus empregos, que 
fundamentalmente se regulam pela história das palavras. É certo que a 
variedade das condições em que se fixam na escrita os grafemas 
consonânticos homófonos nem sempre permite fácil diferenciação dos 
casos em que se deve empregar uma letra e daqueles em que, 
diversamente, se deve empregar outra, ou outras, a representar o 
mesmo som. 
Nesta conformidade,

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