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Portugues Modulo I_1

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CURSO 1a
EST. INTENDENTE MAGALHÃES, 1032 - 3° ANDAR
VILA VALQUEIRE - RJ TEL.:3357-8671 / 7863-2466
Preparatório para Concursos Civis e Militares
Ensino a Distância
CHQAO
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
LÍNGUA PORTUGUESA
Módulo I
VILA VALQUEIRE VILA MILITAR
Estrada Intendente Magalhães, n° 1032 - 3°andar Estrada São Pedro de Alcântara, n° 187
Rio de Janeiro - RJ Rio de Janeiro - RJ
Central de Atendimento
(21) 3357-8671 / 7863-2466 / 2457-4282
WWW.PRIMEIRADIRETRIZ.COM.BR
RELAÇÃO DE ASSUNTOS
L FONETICA E FONOLOGIA
Exercícios de Fixação
II. ORTOGRAFIA
Exercícios de Fixação
III. ACENTUAÇÃO
Exercícios de Fixação
IV. CRASE
Exercícios de Fixação
CLASSE DE PALA VRAS
V. SUBSTANTIVO
Exercícios de Fixação
VL ARTIGO
Exercícios de Fixação
VH. ADJETIVO
Exercícios de Fixação
VIII. NUMERAL
Exercícios de Fixação
IX. PRONOME
Exercícios de Fixação.
X. VERBO
Exercícios de Fixação
XI. ADVÉRBIO
Exercícios de Fixação
XII. CONJUNÇÃO
Exercícios de Fixação
Xni. INTERJEIÇÃO
RELAÇÃO DE ASSUNTOS
XIV. PREPOSIÇÃO
Exercícios de Fixação
XV. ESTRUTURA DAS PALAVRAS
Exercícios de Fixação
LÍNGUA PORTUGUESA- CURSO l" DIRETRIZ
FONETICA E FONOLOGIA
FONOLOGIA (do grego: phoné = som +
logia = estudo) é a parte da Gramática que
estuda o fonema
FONEMA é a mínima unidade de som capaz
de estabelecer diferenciação entre um vocábulo
e outro.
Exemplo: f i t a
f i l a
Como se vê, a diferenciação entre as duas
palavras acima é marcada pelos fonemas /t/ e
Fonema e letra são conceitos distintos:
- fonema é de natureza sonora;
- letra é a representação gráfica do fonema.
Num vocábulo, nem sempre há equivalência
entre o número de letras e o de fonemas.
O vocábulo falha, por exemplo, possui:
- cinco letras ( f - a - I - h - a )
- quatro fonemas (f - a - Ih - a)
O vocábulo fixo possui:
- quatro letras (f - i - x - o)
- cinco fonemas (f - i - c - s - o)
Fique ligadol
l . O h da palavra hora é uma letra que não
representa fonema algum. Em hora há três
fonemas apenas.
2. As letras m e n, quando não seguidas de
vogai, também não representam um fonema.
São sinais de nasalizacão da vogai anterior.
No vocábulo canta, por exemplo, há apenas
quatro fonemas (c-ã-t -a)
Os fonemas se classificam em:
VOCAIS: sons que resultam da livre
passagem da corrente de ar pela boca.
Funcionam sempre como base da sílaba.
Lembrem-se de que não existe sílaba sem
vogai. Casa, elefante, saci, bule, tomate, sopa.
CONSOANTES: são ruídos que resultam
de algum obstáculo encontrado pela corrente de
ar. Só formam sílaba quando juntos de uma
vogai. Luva, rato, jiló, dúvida.
SEMI VOCAIS: são fonemas de caráter
vocálico que se juntam a uma vogai para com
ela formar sílaba. As semivogais nunca
funcionam como base de sílaba. Cárie, coisa,
tábua, lousa.
CLASSIFICAÇÃO DAS VOCAIS
Segundo a Nomenclatura Gramatical
Brasileira, as vogais devem ser classificadas de
acordo com os seguintes critérios:
a) Quanto a zona de articulação:
anteriores - a língua eleva-se gradualmente
em direção ao palato duro (céu da boca),
pele, perigo, livro.
posteriores - a língua dirigi-se gradualmente
em direção ao palato mole (véu palatino)
mole, bolo, bula.
médias : a língua permanece baixa, quase
em repouso, casa, mala, pago.
b) Quanto ao timbre
abertas - são pronunciadas com a
cavidade bucal mais aberta, casa, pele, loja
fechadas - são pronunciadas com a cavidade
bucal mais fechada, mesa, sino, porco, pura.
reduzidas: são pronunciadas com pouca
sonoridade. Situam-se em posição
intermediária entre as abertas .e as fechadas,
casa, dente, menino.
c) Quanto ao papel das cavidades nasal e
bucal:
orais - a corrente de ar ressoa apenas na
cavidade bucal, maré, pele, perigo, lima, loja,
bolo, muro.
LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO 1a DIRETRIZ
nasais - a corrente de ar, encontrando o véu
palatino abaixado, ressoa também na cavidade
nasal: alemã, órfã, empresa, ombro, penumbra,
elefante, imã.
Fique ligadol
A nasalidade de uma vogai é marcada pelo til
(~), ou pelas letras m e n em final de sílaba.
d) Quanto a intensidade:
tônicas - as proferidas com maior intensidade,
casa, pele, bolo.
átonas - as proferidas com menor intensidade,
casa, pele, bolo
CLASSIFICAÇÃO PÁS CONSOANTES
Segundo a Nomenclatura Gramatical
Brasileira, as consoantes devem ser
classificadas de acordo com os seguintes
critérios:
a) Quanto ao papel das cavidades bucal e nasal:
orais e nasais
b) Quanto ao papel das cordas vocais: surdas e
sonoras
As consoantes surdas são aquelas produzidas
sem vibração das cordas vocais:
/ p / , / t / , / k / , / f / , / s / , / x / .
As sonoras são produzidas com vibração das
cordas vocais:
m /, / n /, / nh /.
c) Quanto ao modo de articulação:
• oclusivas: / p /, / b /, / 1 /, / d /, / k /, / g /.
• constritivas:
• fricativas: / s /, / z /. / j /, / f /, / v /
• laterais: / v /, / Ih /
• vibrantes: / r /, /rr /.
d) Quanto à zona de articulação:
- bilabiais: / p / , / b / , / m /
- labiodentais: / f/, / v /
- linguodentais: /1 /, / d /, / n /
- alveolares: / z /, / s /, /1 /, / r /
ENCONTROS VOCALICOS
Os encontros vocálicos são três: ditongo,
tritongo e hiato.
1) DITONGO é a combinação de uma vogai
+ uma semivogal, ou vice-versa, na mesma
sílaba. Exemplos: pai, rei, sou pão, fui, herói,
sério, quando:
Dividem-se os ditongos em:
a) orais: pai, pouco, jeito, rui
b) nasais: mãe, pão, põe, muito (muito),
bem (béi)
c) decrescentes (vogai + semivogal): pauta,
meu, riu, constitui, dói
d) crescentes (semivogal + vogai): gênio,
pátria, diabo, série, quatro, névoa, róseo,
agüentar, quantia, tênue, vácuo.
2) TRITONGO é o conjunto semivogal +
vogai + semivogal, formando uma só sílaba. O
tritongo pode ser:
a) oral: iguais, averiguei, averiguou,
delinqüiu, sequóia.
b) nasal: Quão, saguão, saguões, minguam
(minguãu), enxágüem (enxágüei)
3) HIATO é o encontro de duas vogais
pronunciadas em dois impulsos distintos,
formando sílabas diferentes:
Saara (Sa-a-ra) aorta (a-or-ta) faísca (fa-ís-ca)
doer (do-er)
LÍNGUA PORTUGUESA- CURSO 1a DIRETRIZ
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1 - (PUC-SP) Nas palavras ANJINHO,
CARROCINHAS, NOSSA E RECOLHENDO,
podemos detectar oralmente a seguinte
quantidade de fonemas:
a. três, quatro dois, quatro;
b. cinco, nove, quatro, oito;
c. seis, dês, cinco, nove;
d. três, seis, dois, cinco;
e. sete, onze cinco, dez.
2 - (UnB-DF) Marque a opção em que todas as
palavras apresentam um dígrafo:
a. fixo, auxilio, tóxico, exame
b. enxergar, luxo, bucho, olho
c. bicho, passo, carro, banho
d. choque, sintaxe, unha, coxa
3 - (TER-MG) Ambas a palavras contêm
exemplo de hiato em:
a. árduo / mãe
b. área / chapéu
c. diário / quota
d. pavio / moer
e. luar / anzóis
4 - (UNI-RIO) Assinale a opção em que o
vocábulo apresenta ao mesmo tempo um
encontro consonantal, um dígrafo consonantal e
um ditongo fonético:
.
a. ninguém
b. coalhou
c. iam
d. nenhum
e. murcham
5 - (PUC) Um mesmo fonema pode ser grafado
de diferentes maneiras. Qual a lista de palavras
que exemplifica essa afirmação?
a. paciente, centro, existência
b. existência, meses, batizaram
c. projeto, prejudicando, propõe
d. quem, quando, psiquiatra
e. coisa, incomoda, continuidade
6 - (NCE) "... uma vacina experimental atingiu
as condições exigidas..."
A letra em destaque no trecho acima transcrito
representa o mesmo som da letra destacada em:
a. tóxico;
b. enxame;
c. máximo;
d. inoxidável;
e. inexorável
LÍNGUA PORTUGUESA- CURSO l1 DIRETRIZ
ORTOGRAFIA
Ortografia é a parte da Gramática que trata do
emprego correto das letras e dos sinais gráficos,
na língua escrita.
ALFABETO
Nosso alfabeto é formado de 23 letras; entre
as quais cinco são vogais (a e i o u), uma é
apenas letra, já que não representa som nenhum
(h) e dezessete são consoantes ( b c d f g j I m n
p q r s t v x z).
Obs.: O alfabeto, que se constitui de letras,
se lê assim: a, bê, cê, dê, é, efe, Ge, agá, i, jota,
ele, eme, ene, ó, pé, quê, erre, esse, té, u, vê,
xis, zê, e não: a, bê, cê, dê, ê, fé, guê, agá, i, jê,
lê, me, nê, ô, pé, quê, ré, sé, té, u, vê, xê, zê,
ACENTOS GRÁFICOSEm português existem três acentos gráficos:
o agudo ( '), o circunflexo ( A ) e o grave (').
O acento agudo indica sílaba tônica e vogai
aberta (pé, pó) ou apenas sílaba tônica (refém,
recém).
O acento circunflexo indica sílaba tônica e
vogai fechada (alô, você).
O acento grave indica a crase (à, àquele).
EMPREGO DE LETRAS
Emprego da letra J
A letra J é usada, entre outros, nos seguintes
casos: - nas palavras derivadas de palavras
terminadas em JÁ: gorjeta (gorJA^ garganta);
franJinha (franJA). - em todas as formas dos
verbos terminados em JAR : enferrujar:
enferrujem, enferrujei
Emprego da letra S
A letra S é usada, entre outros, nos seguintes
casos:
Em todas as formas dos verbos querer e
por(e seus derivados): quiS, puS, quiSeram,
compuSermos, propuSer.
No sufixo ES, indicando origem,
procedência: chinêS, camponêS, burguêS,
holandêS.
Em geral, depois do ditongo: cauSa, louSa,
coiSa.
nos sufixos ESA e ISA, formadores de
femininos.
Ex.: duqueSa, princeSa, poetiSa, franceSa.
Nos verbos terminados em ISAR., derivados
de palavras que já têm a letra S no fim do
radical: friSar (tríso): paraliSar (paralisia);
piSar (piSo).
Emprego da letra Z
A letra Z é usada, entre outros, nos seguintes
casos:
Nos substantivos abstratos femininos
derivados de adjetivos: rapideZ (rápido);
sensateZ (sensato'): leveZa (leve)
Nos verbos terminados em IZAR, derivados
de palavras que não têm a letra S no fim do
radical: atualiZar (atual); dinamiZar (dinâmico).
Emprego da letra X
Essa letra é usada, entre outros, nos seguintes
casos:
Em geral, depois de ditongo: feiXe, ameiXa,
trouXa.
Exceção: A palavra cauCHo e seus derivados
(recauchutar, recauchutagem etc.) são escritos
com CH.
Em geral, depois de silaba inicial EN:
enXame, enXó, enXugar, enXurrada.
Exceções: enCHarcar (charco); enCHer,
enCHente etc. (cheio); enCHumaçar
(chumaço); enCHova (nome de um peixe).
Emprego da letra H
Esta letra, em início ou fim de palavras, não
tem valor fonético: conservou-se apenas como
símbolo, por força da etimologia e da tradição
LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO l" DIRETRIZ
escrita. Grafa-se, por exemplo, hoje, porque esta
palavra vem do latim hodie.
Emprega-se o h:
Inicial, quando etimológico: hábito, hélice,
herói, hérnia, hesitar, haurir, hilaridade,
homologar, Horácio, hortência, hulha, etc.;
Mediai, como integrante dos dígrafos ch,
—Ih, tili: chave, boliche, broche, cachimbo,
capucho, chimarão, cochilar, fachada, flecha,
machucar, mochila, telha, companhia, etc.;
Final, em certas interjeicões: ah!, ih!, puh!;
Em compostos unidos por hífen, no início
do segundo elemento, se etimológico: sobre-
humano, anti-higiênico, pré-histórico, super-
homem, etc.;
No substantivo próprio Bahia (Estado do
Brasil), por secular tradição.
Emprego da letra G
Escrevem-se com G:
Os substantivos terminados em - agem,
igem, ugem: garagem, massagem, viagem,
origem, vertigem, ferrugem, lanugem.
Exceção: pajem
As palavras terminadas em ágio, égio, igio,
igio, úgio: contágio, estágio, egrégio, prodígio,
relógio, refúgio.
Palavras derivadas de outras que se
grafam com g: massagista (de massagem) -
vertiginoso (de vertigem) - ferruginoso (de
ferrugem) - engessar (de gesso) - faringite (de
faringe) - selvageria (de selvagem), etc.
Os seguintes vocábulos: algema, angico,
apogeu, auge, estrangeiro, gengiva, gesto, gibi,
gilete, ginete, gíria, giz, hegemonia, herege,
megera, monge, rabugento, rabugice, sugestão,
tangerina, tigela.
Emprego inicial maiúscula
Use letra inicial maiúscula:
Com nomes próprios em geral:
Brasil,Teresa, Luis, Veja(revista), O Globo
(jornal), etc.
Com nomes de vias públicas: Rua da Paz,
Avenida Tiradentes, etc.
Com os nomes dos pontos cardeais e
colaterais, quando designam regiões: os
povos do Oriente e do Ocidente, a população
do Nordeste e a do Sul, Zona Norte, Zona
Oeste, etc.
Não aparecendo- nomes de pontos cardeais e
colaterais, usa-se inicial minúscula: região
araraquarense, região sorocabana, etc.
Com nomes de festas cristãs: Natal,
Páscoa, Quaresma, etc.
Com nomes religiosos, políticos e
nacionalistas: Igreja Católica, Nação, Pátria,
República, Império, etc.
Com nomes de disciplinas: Português,
Matemática, História, etc.
Com pronomes de tratamento, exceto
você, vocês: Senhor, Vossa Excelência, Sua
Majestade, etc.
Com nomes comuns, quando
individualizados: nascer na Capital e morar no
Interior, viajar ao Exterior a serviço do Estado
e também da União, tirar o dinheiro do Banco e
colocá-lo na Caixa, o Pólo Norte e o Pólo Sul,
etc.
Com o nome país, quando substitui um
nome próprio geográfico evidente:
Foi implantada a reforma econômica no Pais
(= Brasil).
o presidente chileno decretou estado de sítio
no País (:= Chile). Nesse caso a palavra país vem
sempre antecedida do artigo o.
Com nomes de épocas notáveis: Idade
Média, Era Atômica, etc.
Com o nome palácio, quando significa sede
de governo e vem determinado: Palácio dos
Bandeirantes, Palácio do Planalto; etc.
Com o nome Papa: O Papa nos visitará
novamente, o Papa João Paulo II
Emprego da letra inicial minúscula
Use letra inicial minúscula:
Com nomes de acidentes geográficos: baía
de Guanabara, oceano Atlântico, cabo da Boa
Esperança, morro das Pedras, monte Sinal, mar
LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO l* DIRETRIZ
Morto, pico Everest.
Com nome igreja, quando designa o
edifício: a igreja matriz.
Com os nomes de idiomas: aprender
português, falar inglês e francês..
Com os nomes que designam cargos ou
funções: presidente, governador, prefeito,
deputado, senador, cardeal, bispo, arcebispo, rei,
rainha, imperador, etc.
Grafaremos, contudo: ministro da Educação,
secretário da Saúde, presidente da República,
etc.
Com os nomes dos pontos cardeais que
designam direções ou limites geográficos:
viajar de leste a oeste, de norte a sul; a
Venezuela fica ao norte do Brasil, e o Uruguai,
ao sul.
Com os nomes dos meses: janeiro, fevereiro,
março, etc. Quando fazem parte de datas
históricas, porém, grafam-se com inicial
maiúscula: 7 de Setembro, 15 de Novembro,
etc.
Com o nome palácio, quando vem isolado:
O governador retornou a palácio ao meio-dia.
Estive em palácio hoje.
Com os nomes de festas pagas: carnaval,
micareta, etc.
Com os adjetivos pátrios: brasileiros,
alemães, etc.
Com o nome papa, quando empregado
como substantivo comum: os papas da história,
conheci vários papas.
Com os nomes que fazem parte de um
substantivo comum e composto: pau-brasil,
maria-mole, coco-da-bahia, etc.
Em palavras átonas de títulos de livros e
nomes de cidade: Capitães de Areia, São José
do Rio Preto, etc.
FORMAS VARIANTES
Há palavras que podem ser grafadas de duas
maneiras, sendo ambas aceitas pela norma culta.
cota
catorze
cociente
quota
quatorze
quociente
cotidiano
contacto
caracter
ótica
secção
ou
quotidiano
contato
caráter
óptica
seção
ABREVIATURAS / SIGLAS
l - Compare:
Abreviaturas
Av. = avenida
hab. = habitante
prof. = professor
g = grama
m = metro
Siglas
CAN = Correio Aéreo Nacional
MEC - Ministério da Educação e Cultura
EMBRATEL = Empresa Brasileira de
Telecomunicações
FAB = Força Aérea Brasileira
FUNAI = Fundação Nacional do índio
Abreviatura - é a redução da palavra, utilizando-
se a(s) primeiras(s) letra(s).
Sigla - abreviatura de uma expressão por meio
das letras iniciais das palavras componentes.
Fique ligado]
ONDE/AONDE
Emprega-se aonde com os verbos que dão
idéia de movimento. Eqüivale sempre a para
onde
Aonde você vai? / Aonde nos leva com tal
rapidez?
Naturalmente, com os verbos que não dão
idéia de movimento emprega-se onde,
6
LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO I" DIRETRIZ
Onde estão os livros? / Não sei onde te
encontrar.
MAU/MAL
Mau é sempre um adjetivo (seu antônimo é
bom); refere-se, pois, a um substantivo.
Escolheu um mau momento/ Era um mau
aluno.
Mal pode ser:
a) advérbio de modo (antônimo de bem).
Ele se comportou mal. / Seu argumento está mal
estruturado.
b) conjunção temporal (eqüivale a assim
que).
Mal chf gou, saiu.
c) substantivo (quando precedido de artigo ou de
outro determinante).
O mal não temremédio. / Ela foi atacada por um
mal incurável.
CESSÃO / SESSÃO / SECÇÃO / SEÇÃO
Cessão significa o ato de ceder, o ato de
dar.
Ele fez a cessão dos seus direitos autorais.
A cessão do terreno para a construção do
estádio agradou a todos os torcedores.
Sessão é o intervalo de tempo que dura uma
reunião, uma assembléia.
Assistimos a uma sessão de cinema.
Reuniram-se em sessão extraordinária.
Secção (ou seção) significa parte de um todo,
segmento, subdivisão.
Lemos a notícia na secção (ou seção) de
esportes.
Compramos os presentes na secção (ou seção) de
brinquedos.
HÁ/A
Na indicação de tempo, emprega-se:
há para indicar tempo passado (eqüivale a faz).
Há dois meses que ele não aparece. / Ele chegou
da Europa há um ano.
a para indicar tempo futuro.
Daqui a dois meses ele aparecerá. / Ela
voltará daqui a um ano.
POR QUE/PORQUE / PORQUÊ/POR
QUÊ
Lembre-se, inicialmente, de que em final de
frase a palavra que deve ser sempre acentuada.
Você vive de quê? / Ela pensa em
quê?
1. Escreve-se por que (separado):
a) quando eqüivale a pelo qual e flexões
Este é o caminho por que passa todos os dias.
b) quando depois deíe vier escrita ou
subentendida a palavra razão. Se ocorrer no
final da frase, deverá ser acentuado.
Por que razão você não compareceu? / Por que
ele faltou à reunião?
Você não compareceu por quê? / Ele faltou por
quê?
Não sabemos por que você não compareceu. /
Não sabemos por que ele faltou.
2. Escreve-se porque (junto e sem acento)
quando se tratar de uma conjunção explicativa
ou causai. Geralmente eqüivale a pois.
Tirou boa nota porque estudou bastante. /
Não compareceu porque estava doente.
3. Escreve-se porquê (junto e com acento)
quando se tratar de um substantivo. Nesse caso.
virá precedido de artigo, ou outra palavra
determinante.
Nem o governo sabe o porquê da inflação.
Não compreendemos o porquê da briga.
QUE/SE
A PALAVRA QUE
A palavra que, em Português, pode ser:
LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO l" DIRETRIZ
1. Substantivo: quando eqüivale a alguma
coisa. Neste caso, virá sempre determinada e
acentuada.
Ele tem um quê de misterioso. / Esse
perfume tem um quê de enjoativo.
2. Preposição: quando vem ligando dois
verbos de uma locução verbal. Eqüivalerá a de.
Tenho que sair mais cedo. / Ela tem que dar
uma resposta até amanhã .
3. Interjeição: quando exprime espanto,
admiração, surpresa. Neste caso, será acentuada
e seguida do ponto de exclamação. Usa-se
também a variação o quê!
Quê! Você ainda não resolveu os exercícios?
/ O quê! Você por aqui?
4. Partícula expletiva ou de realce: quando
pode ser tirada da frase, sem prejuízo algum ao
sentido. Neste caso, a palavra que não tem
função alguma; como o próprio nome indica, é
usada apenas para dar realce. Como partícula
expletiva, aparece também na expressão é que.
Quase que não consigo terminar o trabalho /
Eles é que conseguiram terminar o trabalho.
5. Advérbio: quando modifica um adjetivo
ou um advérbio. Eqüivalerá a quão.
Que lindas são aquelas crianças! /Que longe
é aquela cidade!
6. Pronome: enquanto pronome, a palavra
que pode ser:
a) pronome relativo: quando retoma um
termo da oração antecedente, projetando-o na
oração conseqüente. Eqüivalerá a o qual e
flexões.
Não encontramos as pessoas que saíram. /
Este é o caminho que procurávamos
b) pronome indefinido: como pronome
indefinido, o que pode ser:
I. Pronome substantivo indefinido:
eqüivale a que coisa.
Que houve com você? Você precisa de
quê?
II. Pronome adjetivo indefinido:
quando vem determinando um substantivo.
Que vida é essa? Que dia é hoje? Que
livros você comprou!
7. Conjunção: quando relaciona entre si duas
orações. Neste caso, não exerce função sintática.
Enquanto conjunção, a palavra que pode
relacionar tanto as orações coordenadas quanto
as subordinadas, daí classificar-se em conjunção
coordenativa e conjunção subordinativa.
Venha logo, que é tarde, (conjunção
coordenativa explicativa)
Falou tanto que ficou rouco (conjunção
subordinativa consecutiva)
A PALAVRA SE
O se pode ser usado como:
1. Conjunção subordinativa integrante
Ex.: Não sei se ele estará presente.
•
Obs.: Nesse caso, o se introduz sempre uma
oração subordinada substantiva.
2. Conjunção subordinativa condicional
Ex.: Se quiser sair mais cedo, termine logo o
trabalho.
3. Partícula expletiva ou de realce
Ex.: Vão-se embora todos os convidados
Obs.: Nesse caso, o se não é indispensável ao
sentido da frase.
4. Substantivo
Ex.: O se pode desempenhar várias funções.
5. Pronome apassivador
Ex. Perderam-se vários documentos importantes.
Obs.: Nesse caso, temos a voz passiva sintética,
e o se não possui função sintática.
6. Pronome pessoal (reflexivo)
Com função de:
a) objeto direto.
Ex.: Ele feriu-se com a faca
LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO 1a DIRETRIZ
b) objeto indireto.
Ex.: Ele se dá muita importância
Obs.: Quando exprime reciprocidade, o
pronome se também pode ser.
• objeto direto.
Ex.: Eles se olharam com muita raiva
• objeto indireto.
Ex.: Todos deram-se provas de sincera
amizade.
7. índice de indeterminação do sujeito
Ex.: Aqui vive-se muito bem.
Obs.: Nesse caso, o se acompanha sempre um
verbo na 3 pessoa do singular, não possuindo
função sintática.
8. Elemento integrante de verbos
essencialmente pronominais
Ex.: Ele se queixou dos maus-tratos
recebidos.
9. Sujeito de um verbo no infinitivo
Ex.: Ela deixou-se ficar à janela, sonhando.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1 - (UNIV. FED. MARANHÃO) Assinale a
opção em que todas as palavras estão escritas
corretamente:
a. sossego, sucesso, começo;
b. ricaço, sussego, assúcar;
c. missanga, assado, assucena;
d. moça, argamassa, sal ca;
e. calsa, cansaço, falsa.
2 - (UNI-RIO) Assinale o item em que uma das
palavras não é variante da outra, como as
demais:
a. exceção - excessão
b. cousa - coisa
c. secção - seção
d. catorze - quatorze
e. quotidiano - cotidiano
3 - (Fuvest) Complete com e ou i
a. possu_
b. s quer
c. habitu_
d. pr___vilégio
4 - (ITA-SP) Assinalar a alternativa em que
todas as palavras estejam grafadas corretamente.
a. chuchu, geito, vasio, pesquizar;
b. chuchu, geito, vasio, pesquisar;
c. xuxu, geito, vazio, pesquisar;
d. xuxú, jeito, vasio, pesquizar;
e. xuxu, jeito, vazio, pesquisar
5 - (Esfao) Marque a alternativa que completa
corretamente as lacunas:
"Age com , queres fazer
à curiosidade alheia".
a. discreção - senão - conseções
b. discrição - se não - concessões
c. discrição - senão - conseções
d. discreção — se não — concessões
e. discreção — se não — concessões
6 - (PUC) Assinale o grupo de palavras que
completa corretamente as frases abaixo.
Aquela tinha por objetivo descobrir a
melhor maneira de o processo de
vacinação no país.
Não sei você vai e, portanto, não
saberei o encontrar.
a. pesquiza - modernizar - aonde - onde
b. pesquisa - modernizar - aonde - onde
c. pesquisa - modernisar - aonde - aonde
d. pesquiza - modernizar - onde - aonde
e. pesquisa - modernizar - onde - onde
7 - (TRE-MG) "A
industriais provocou _
das atividades
freqüentes entre
os operários. A solução foi a do
governo nas negociações".
a. paralisação - discussões - intercessão
b. paralisação - discursões - intersessão
c. paralisação - discussões — interseção
LÍNGUA PORTUGUESA- CURSO l* DIRETRIZ
d. paralização - discursões - intercessão
e. paralização - discussões - interseção
8 - (TRE-RJ) A alternativa em que a segunda
palavra se escreve com a mesma letra ou dígrafo
sublinhado na primeira é:
a. "tensão"/ absten ao
b. "exterior" / e tender
c. "sucessiva" / exce ao
Ü. "florescimento" / su inta
e. "empirismo" / mpecilho
9 - (TRE-RIO) Extin_ão, conce_ão,
suspen ao, ob ecar, cans ado. Para
completar corretamente as palavras acima usam-
se, respectivamente:
a. c - ç - s - se - s
b. ç-ss-s-c-s
c. s-ss - s-sc-s
d. s-c-s-sc-ç
e. s -c~ç-s-ç
10 - (TFC) indique a alternativa em que não há
erro de grafia.
a. Porque chegou atrazado perdeu grande parte
do explêndido espetáculo.
b. Pediu-lhe que ascendesse a luz. pois a
claridade não era impecilho a seu repouso.
c. Ele não é uma exceção, também é muito
ambicioso.
d.Quizera eu que todas as espécies animais
estivessem livres de extinção.
e. Não poderia advinhar que sua musica viesse a
ter tanto hesito.
11 - (TFC) Indique segmento totalmente correto
quanto a grafia.
a. Há intensão de se alcançar um consenso para
evitar as divergências entre os parlamentares.
b. É preciso cessarem as disensoes para se obter
a aprovação da Lei de Diretrizes e bases na
Educação.
c. Um aquário pode ser tido como um
ecossistema, no qual os escrementos dos peixes,
depois de decompostos, fornecerão elementos
essenciais à vida das plantas.
d. O sol é o responsável pela emissão de luz,
indispensável para a fotossíntese, no processo
pelo qual as plantas produzem o alimento
orgânico primário, assim como praticamente
todo o oxigênio na atmosfera.
e. Pesquizas recentes têm atribuído a choques
meteóricos a súbita extinção dos dinossauros da
face da terra.
12 - (ESAF) Considerando a diversidade de
grafia da forma PORQUE, pode-se afirmar que
está incorreta a frase:
a. Assino esta revista especializada há muitos
anos, mas este mês ela chamou minha atenção de
modo especial, e vocês vão logo entender por
quê.
b. A decisão final sobre os reajustes do SFH
sairá ainda este mês. Persistem algumas dúvidas
porque a indexação voltou só para a parcela do
salário até três mínimos.
c. Conforme informação da caixa Econômica
Federal, os mutuários desejam saber por que
aqueles que têm data-base em setembro e repasse
em sessenta dias terão, em novembro, correção
mais elevada.
d. Muitos desconhecem também os motivos por
que se aplicarão a todos os mutuários com
contratos de equivalência salarial plena as
antecipações bimestrais e quadrimestrais pelo
INPC.
e. Por que se aplica o índice da poupança de
setembro/90 a agosto/91 mais 3% de ganho real,
descontando-se as antecipações?
13 - (TRT)
me agrada.
você brinca?
A
Ora,
experiência
passei, foi desagradável. Depois você saberá o
a. Porque - porquê - porque - porque - por que
b. Por que - porque - porque - porque - porque
c. Por que - porquê - porque - porque - por quê
d. Porque - porque - por quê - porque - por que
e. Por que - por quê - porque - por que -
porquê
10
LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO l* DIRETRIZ
14 - (Analista Judiciário - Tribunal Regional
Eleitoral - NCE) Como se pode ver no texto,
obscenamente é um vocábulo grafado com SC.
O item abaixo em que um dos vocábulos está
erroneamente grafado é:
a. ressuscitar / ascensão / piscina
b. adolescente / deiscente / indescente
c. convalescer / crescer / rescindir
d. abscesso / florescente / transcender
e. renascença / piscicultura / miscelânea
11
LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO l1 DIRETRIZ
ACENTUAÇÃO GRÁFICA - O NOVO
ACORDO ORTOGRÁFICO
O novo Acordo Ortográfico entrou em
vigor em 1° de janeiro de 2009. Até 31 de
dezembro de 2012, as novas regras
coexistirão com as antigas. A partir de 1° de
janeiro de 2013, sim, o novo Acordo
Ortográfico substituirá de vez o antigo.
Veremos o que muda com as novas regras, o
que não muda, como a as bancas de
concursos poderão explorar o assunto.
O ALFABETO
Como é hoje
O nosso alfabeto tem oficialmente 23 letras:
a, b, c d, e, f, g, h, i, j, I, m, n, o, p, q, r, s, t, u,
v, x, z.
Como vai ficar
O nosso alfabeto passa a ter 26 letras,
com a inclusão de k, w e y. Tais letras,
contudo, devem ser usadas apenas em casos
especiais como, por exemplo, em nomes de
pessoas de origem estrangeira e seus
derivados: Kant, kantismo, Darwin,
darwinismo, Byron, byroniano; em nomes
geográficos próprios de origem estrangeira e
seus derivados, do tipo Kuwait, kuwaitiano,
Malawi, malawiano, Okinawa, okinawano,
Seychelles, seychellense; em siglas,
símbolos e palavras adotadas como unidades
de medida, do tipo www (World Wide
Web), K. (símbolo químico de potássio), W
(de west, oeste), kg (quilograma), km
(quilômetro), kW (kilowatt), yd (de yard,
jarda).
Fique Ligadol
1. Os nomes próprios hebraicos podem
conservar os finais ch, ph e th ou simplificá-los:
Baruch ou Baruc, Enoch ou Enoc, Moloch ou
Moloc, Loth ou Lot, Ziph ou 2if. Se tais
"dígrafos" forem invariavelmente mudos, deverá
haver a eliminação ou, se a força do uso o
permitir, a adaptação: é o caso, por exemplo, de
José (em vez de Joseph), de Nazaré(em vez de
Nazareth), Judite (em vez de Judith).
2. As consoantes finais mudas b, c, d , g e t,
em antropônimos e topônimos de tradição
bíblica. Podem conservar-se ou não. São,
portanto, corretas todas estas formas gráficas:
David e Davi; Jacob ou Jacó, Josafat ou Josafá;
Madrid ou Madri; etc.
3. O Acordo recomenda que topônimos e
antropônimos de línguas estrangeiras sejam
grafados, sempre que possível, de acordo com as
nossas formas vernáculas. Exemplos: Genebra
(em vez de Genéve), Milão (em vez de Milano),
Munique (em vez de München), Zurique (em
vez de Zürich), etc.
Obs.: Os topônimos que não têm correspon-
dência gráfica em Português devem manter sua
grafia original: Washington, Los Angeles,
Buenos Aires, etc.
AS SEQÜÊNCIAS CQNSONÂNTICAS:
Como é hoje
a) Quando existe uniformidade nessas
pronúncias, no que diz respeito aos países
signatários do Acordo, a grafia é única: ficção,
apto (aptidão), ato (agir), Egito, etc.
b) Não havendo tal uniformidade, admite-se
dupla grafia: setor / sector; conceção /
concepção; súdito / súbdito; sutil / subtil;
amídala / amígdala; anistia / amnistia; arimética /
aritmética; etc.
Como vai ficar
a) A orientação é a mesma, e o Acordo
relaciona os seguintes casos: compacto,
convicção, convicto, ficção, friccionar, pacto,
pictural, adepto, apto, díptico, erupção,
eucalipto, inepto, núpcias, rapto; mas ação,
acionar, afetivo, aflição, aflito, ato, coleção,
coletivo, direção, diretor, exato, objeção,
adoção, adotar, batizar, Egito, ótimo.
12
LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO l" DIRETRIZ
b) A orientação é a mesma, e o Acordo
relaciona os seguintes casos: aspeto ou aspecto,
cato ou cacto, carateres ou caracteres, dição ou
dicção; fato ou facto, setor ou sector, cetro ou
ceptro, conceção ou concepção, corruto ou
corrupto, receçao ou recepção; assuncionista ou
assumpcionista, assunção ou assumpção,
assuntível ou assumptível, perentório ou
peremptório, suntuoso ou sumptuoso,
suntuosidade ou sumptuosidade; súdito ou
súbdito, sutil ou subtil, amídala ou amígdala,
anistia ou amnistia, indenizar ou indemnizar,
onímodo ou omnímodo, onipotente ou
omnipotente, onisciente ou omnisciente;
arimética ou aritmética.
EMPREGO DE E /1 EM SUFIXOS
Como é hoje
Há certa instabilidade gráfica dos sufixos
iano e iense em vocábulos derivados de
palavras terminadas por e(s). O natural do
Acre, por exemplo, é acreano e acriano: as
duas grafias são oficiais
Como vai ficar
Os sufixos iano e iense mantêm o i nos
substantivos e adjetivos derivados, mesmo
que as respectivas formas primitivas
possuam e: acriano, de Acre; saussuriano,
de (Ferdinand) Saussure; torriense, de
Torres.
Fique Ligadol
Substantivos que constituem variações
de outros terminados por vogai devem ser
grafados sempre com final io, ia átono (e
não eo, ea): veste, vestia.
OS VERBOS TERMINADOS EM EAR E
IAR
Como é hoje
a) Os verbos terminados em ear têm
como modelo de conjugação PASSEAR:
passeio, tu passeias, ele passeia, r\n<t
seamos. vós passeais, eles passeiam.
eu nóseu passeio, lu passeias, eie passeia,
passeamos, vós passeais, eles passeiam.
b) Em relação aos verbos terminados em
iar, há de se considerar a seguinte divisão:
1) MEDIAR, ANSIAR, INCENDIAR e
ODIAR (bem como todos os derivados
desses verbos) seguem o modelo de
ODIAR: eu odeio, tu odeias, ele odeia, nós
odiámos, vós odiais, eles odeiam.
2) Os demais verbos terminados em iar
seguem o modelo de variar: eu vario, tu
varias, ele varia, nós variamos, vós variais,
eles variam.
Como vai ficar
O acordo afirma que "Existem, no entanto,
verbos em iar, ligados a substantivos com as
terminações átonas ia ou io, que admitem
variantes na conjugação: negoceio ou negocio
(negócio); premeio ou prêmio (premi o, prêmio),
etc.
Essa parte do Acordo está imprecisa.
Palavras do próprio Bechara, filólogo e
gramático responsável por tentar eliminar
alguns problemasgerados ou não previstos
pelo Acordo: - O Acordo inaugurou o
"etc.", que gera muitas complicações para
as pessoas que normalizam a língua. O
"etc." é para situações idênticas.
Bechara tem razão, pois o problema é
reconhecer a "identidade". Por exemplo: se
o Acordo afirma que "Existem, no entanto,
verbos em iar, ligados a substantivos com
as terminações átonas ia ou io, que
admitem variantes na conjugação: negoceio
ou negocio (negócio); premeio ou
premio(prémio, prêmio), etc., então pode-se
por extensão raciocinar assim:
premiar liga-se a prêmio,
então eu prêmio ou premeio.
13
LÍNGUA PORTUGUESA- CURSO 1aDIRETRIZ
negociar liga-se a negócio,
então eu negocio ou negaceio.
noticiar liga-se a noticia,
então eu noticio ou noticeio
caluniar liga-se a calúnia,
então eu calunio ou caluneio.
Mais estranho ainda é o caso de verbos
integrantes do famoso "Mario", pois
conforme afirma Maurício Silva, Doutor
em Letras pela USP e especialista em
Ortografia, em seu livro O Novo Acordo
Ortográfico da Língua Portuguesa, editora
Contexto, O raciocínio se estende a eles
também. Veja só:
incendiar liga-se a incêndio,
então eu incêndio ou incendeio.
ansiar liga-se a ânsia,
então eu ansio ou anseio.
Conclusão:
É óbvio que o Acordo está falho na
redação em apreço. Entretanto, o bom senso
é que nos deve nortear. A recomendação do
Instituto Antônio Houaiss, atualmente sob a
coordenação e assistência do respeitadíssimo
José Carlos de Azeredo, conforme consta no
livro Escrevendo pela nova ortografia, da
Publifolha, é a de que os verbos do famoso
"MARIO" (mediar, ansiar, remediar,
incendiar, odiar, bem como todos os
derivados de todos esses verbos) sejam
conjugados conforme o modelo do verbo
odiar: eu odeio, tu odeias, ele odeia, nós
odiámos, vós odiais, eles odeiam. Além
disso, "negoceio", "premeio", "noticeio" e
similares dizem respeito à realidade
lingüística de Portugal Portanto, o bom
senso nos norteia a continuarmos com
"negocio", "prêmio", "noticio", etc.
É esse bom senso que se espera das nossas
principais gramáticas e, sobretudo, de todas as
bancas de concursos públicos.
ACENTUAÇÃO GRAFICA DOS
DITQNGOS ABERTOS
Como é hoje
Acentuam-se os ditongos abertos ei, eu e ni,
seguidos ou não de s, quando integrantes da
sílaba tônica da palavra. Ex.: assembléia,
heróico, idéia, jibóia, etc.
Como vai ficar
Os ditongos abertos ei. e oi deixam de ser
acentuados quando a palavra é paroxítona. Ex.:
assembléia, heróico, idéia, jibóia, etc.
Obs.: Tais ditongos (quando tônicos, claro)
continuam a ser acentuados em palavras não
paroxítonas. Ex.: papéis, céu. dói. chapéu,
alcalóldico, aracnóideo.
ACENTO DIFERENCIAL
Como é hoje
a) Emprega-se acento circunflexo nas
terceiras pessoas do plural dos verbos ter e vir (e
derivados) a fim de se distinguirem das terceiras
pessoas do singular: ele tem, eles têm; ele vem,
eles vêm; ele sustem, eles sustem; ele intervém,
eles intervém.
b) Emprega-se acento circunflexo na forma
verbal pôr, para distingui-la da preposição por.
c) Emprega-se acento circunflexo em pôde (3a
pessoa do singular do pretérito perfeito do
indicativo) para se distinguir de pode (3a pessoa
do singular do presente do indicativo).
d) Usa-se o acento diferencial para efeito
distintivo nos seguintes vocábulos: pára (verbo)
# para(preposição); pela (verbo e substantivo) #
pela (contração de per + Ia); pélo(verbo) #
pé Io (substantivo) # pelo (contração de per + Io);
pó l o (substantivo) # pôlo( substantivo) # polo
(contração de por + Io); pêra(substantivo) # péra
(substantivo) # pera (preposição arcaica).
Como vai ficar
a) Mantém-se o acento circunflexo nas
terceiras pessoas do plural dos verbos ter e vir (e
14
LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO 1a DIRETRIZ
derivados) a fim de se distinguirem das terceiras
pessoas do singular: ele tem, eles têm; ele vem,
eles vêm; ele sustem, eles sustem; ele intervém,
eles intervém.
b) Mantém-se o acento circunflexo na forma
verbal pôr, para distingui-la da preposição por.
c) Mantém-se o acento circunflexo em pôde
(3a pessoa do singular do pretérito perfeito do
indicativo) para se distinguir de pode (3a pessoa
do singular do presente do indicativo).
d) Deixa de haver acento diferencial nos
seguintes vocábulos: para (verbo), pela (verbo e
substantivo), pelo(verbo), pelo( substantivo),
pólo(substantivo), pera(substantivo).
Fique Ligadol
1. A primeira pessoa do plural do pretérito
perfeito do indicativo (dos verbos da primeira
conjugação) pode ou não receber acento gráfico,
para distinguir-se da primeira pessoa do plural
do presente do indicativo:
(presente) eu amo, tu amas, ele ama, nós
amamos, vós amais, eles amam;
(perfeito)eu amei, tu amaste, ele amou, nós
amamos ou amámos, vós amastes, eles amaram.
2. A forma verbal demos - primeira pessoa
do plural do presente do subjuntivo pode receber
acento circunflexo, para se distinguir de demos,
primeira pessoa do plural do pretérito perfeito do
indicativo).
3. O substantivo forma, quando
pronunciado com "o" fechado (/ô/) pode levai'
acento circunflexo: "fôrma".
O ACENTO NOS HIATO COM VOGAL
DOBRADA
Como é hoje
a) Emprega-se o acento circunflexo na
terceira pessoa do plural do presente do
indicativo e do subjuntivo dos verbos crer, dar,
ler, ver e seus derivados: crêem, dêem, lêem,
vêem, relêem.
b) Emprega-se o acento circunflexo nas
paroxítonas terminadas em oo (hiato): enjôo
(substantivo e verbo), vôo (substantivo e verbo),
etc.
Como vai ficar
a) Não mais se emprega o acento circunflexo
nas terceiras pessoas do plural do presente do
indicativo e do subjuntivo dos verbos crer, dar,
ler, ver e seus derivados: crêem, dêem, lêem,
vêem, relêem, etc.
b) Não mais se emprega o acento circunflexo
nas paroxítonas terminadas em oo (hiato): enjôo
(substantivo e verbo), voo(substantivo e verbo),
etc.
ACENTO NAS VOCAIS I / U QUANDO
SEGUNDAS DE HIATO
Como é hoje
a) Põe-se o acento agudo no i e no u tônicos
que, não formam ditongos com a vogai anterior,
desde que sozinhos na sílaba (ou acompanhados
de s) e a sílaba seguinte não apresente o dígrafo
nh. Ex.: aí, balaústre, cafeína, contraí-la, saúde,
viúvo, etc.
Como vai ficar
a) Recebem acento agudo as vogais tônicas
i e u de palavras oxítonas e paroxítonas, quando
não seguidas de l, m, n, nh, r e z: país, saúde,
saída, baú: paul(pântano), ruins, rainha.
b) Deixam de receber o referido acento,
contudo, as palavras paroxítonas cujas vogais
tônicas são precedidas de ditongo: feiúra,
boiuno, baiúca (taberna).
Fique tigadol
Se oxítonas, o acento é mantido. Ex.:
Piauí, tuiuiús.
15
LÍNGUA PORTUGUESA- CURSO l' DIRETRIZ
PRIMAZIA DE ALGUMAS REGRAS DE
ACENTUAÇÃO
As regras de acentuação gráfica podem ser
divididas em dois grandes blocos: de um lado, o
das regras essenciais ou nucleares (centrais); de
outro, o das regras acessórias ou
complementares (periféricas).
As essenciais são as que constituem a
espinha dorsal da acentuação. Ei-las:
1°) Acentuam-se oxítonas e monossílabos
tônicos terminados em a(s), e(s) e o(s)
Ex.: está, estás, já, olá; até, é, és, olé,
pontapé; avó, só: adorá-lo, dá-las, fá-las-á; etc.
2a) Acentuam-se os oxítonas terminados em
em ou ens.
Ex.: armazém, armazéns.
3a) Acentuam-se os paroxítonos terminados
em r, x, n, l, is, ao(s), ã(s), ei(s), -i(s), u(s), um,
uns, ou(s).
Ex.: éter, túnel, órgão, imã, jóqueis, etc.
4a) Acentuam-se todos os proparoxítonos,
quer sejam reais, quer sejam aparentes. Os
aparentes são aqueles que terminam em
encontros vocálicos instáveis (em geral ditongos
crescentes, mas podem ser pronunciados como
hiatos), isto é, ia, ie, io, na, uo, ea, eo, ao. etc.
Ex .. protótipo, ínterim, nódoa, história, etc.
Observemos que essas regras, chamadas
centrais ou nucleares, não sofreram alteração
substancial.
As regras que sofreram alteração fazem parte
do grupo de regras complementares. Por essa
razão, há de se ter muito cuidado com alguns
casos. Por exemplo, a Reforma Ortográfica
eliminou o acento dos ditongos abertos ("ei" e
"oi") em vocábulos paroxítonos: geléia e
heróico, por exemplo, pela nova ortografia terão
de ser grafados geléiae heróico. No entanto, o
topônimo Méier, por exemplo, é e continuará
sendo acentuado, pois se trata de um paroxítono
terminado em r.
Isso não é nenhuma novidade. Sabemos, por
exemplo, que os oxítonos terminados em i e u
não devem ser acentuados: saci, tatu. No
entanto, açaí e baú, mesmo sendo oxítonos
terminados em i e u, devem ser, sim,
acentuados, pois outra regra de acentuação
determina isso: aquela da segunda vogai de
hiato.
PORTUGUÊS (BRASIL) # PORTUGUÊS
(PQRTUGUAU
Em respeito a certas práticas correntes
sobretudo em Portugal, o Acordo firma dupla
grafia para alguma: poucas palavras oxítonas
que têm dupla pronúncia. O Acordo relaciona
os seguintes casos: bebê ou bebê bidê ou bidê.
canapê ou canapé, caratê ou caraté, crochê ou
croché, guichê ou guiché, matinê ou matinê,
nenê ou nené ponjê ou ponjé (tecido de lã), purê
ou purê, rape ou rape. cocô ou cocô, rô ou ró
(letra do alfabeto grego); judô ou judô, metrô ou
metro. Observe que, nestes dois últimos casos* a
mudança não é de timbre, mas sim de
localização de sílaba tônica.
Algumas paroxítonas cujas vogais tônicas
(e ou o) em fim de sílaba são seguidas de m ou n
apresentam oscilação de timbre nas pronúncias
cultas da língua, e por isso, há oscilação de
acento gráfico: sêmen e sêmen xénon e xênon
(elemento químico). Casos similares fémur e
femur, vómer e vôrner (osso das fossas nasais)
pônei e pônei, gónis e gônis (bico das aves),
pénis e pênis, tênis e tênis, bônus e bônus, ônus e
ônus, tônus e tónus, Vénus e Vênus; etc.
Algumas proparoxítonas, reais e aparentes
cujas vogais tônicas (e ou o) em fim de sílaba
são seguidas de m ou n, apresentam
oscilação de timbre nas pronúncias cultas da
língua, acarretando oscilação de acento
gráfico: acadêmico ou acadêmico, anatômico
ou anatômico, cênico ou cênico, cômodo ou
cômodo, fenômeno ou fenômeno, gênero ou
gênero, topônimo ou topônimo, Amazônia ou
Amazônia, Antônio ou Antônio, blasfêmia ou
blasfêmia, fêmea ou fêmea, gêmeo ou
gêmeo, gênio ou gênio, tênue ou tênue.
16
LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO 1a DIRETRIZ
ACENTUAÇÃO DAS FORMAS ARGUIR
E REPARGU1R
Duas regras mexeram com tais verbos. Eis a
primeira: "Os verbos arguir e redarguir
prescindem do "cento agudo na vogai tônica
grafada u nas formas rizotônicas: arguo, arguis,
argui, arguem; argua, arguas, argua, arguam."
(Base X do Acordo)
Eis a segunda: "O trema, sinal de diérese, é
inteiramente suprimido em palavras portuguesas
ou aportuguesadas.". (Base XIV do Acordo)
Pelo Acordo, podemos observar o
seguinte:
Presente do Indicativo
Hoje
eu arguo
tu arguis
ele argúi
nós argüimos
vós arguis
eles arguem
Pós-Acordo
eu arguo
tu arguis
ele argui
nós argüimos
vós arguis
eles arguem
É fácil perceber que a estrita obediência ao
Acordo gera homonímias, pois, conforme
assinala José Carlos Azeredo, coordenador do
Instituto Antônio Houaiss, em Escrevendo pela
Nova ortografia. Ed. Publifolha, 1a edição,
página 40: 'A abolição do acento agudo nas
formas verbais abrangidas por este item e a
eliminação do trema dão origem a novas
homografías: arguis é grafia comum à 2a pessoa
do singular (com 'u' tônico) e à 2a pessoa do
plural (com i tônico) do presente do indicativo"
O professor Bechara, contudo, supervisor da
equipe de lexicógrafos da Academia Brasileira
de Letras, apresenta, em seu livrinho O que
muda com o Novo Acordo Ortográfico, Nova
Fronteira, página 34, uma proposta que parece
simplificadora. pareando de vez o verbo arguir
com os demais verbos da língua terminados em
uir, influir, constituir, etc. Veja:
Presente do indicativo
eu arguo eu influo
tu arguis tu influis
ele argúi ele influi
nos argüimos
vós arguis
eles arguem
nós influímos
vós influis
eles influem
O Dicionário Escolar da Língua Portuguesa,
da Academia Brasileira de Letras, 2a edição,
ratifica o raciocínio do ilustre. Ressaltemos,
porém, que não necessariamente os demais
gramáticos e lexicógrafos seguirão essa
proposta. A prática do acordado ainda está
embrionária. Por enquanto, nossa função é
registrar informações, sobretudo para que
possamos lidar com as bancas de concursos
públicos.
ACENTUAÇÃO DAS FORMAS
TERMINADAS EM GUAR, QUAR E OUIR
Pelo Acordo, verbos como aguar, apaniguar
(favorecer, sustentar), apaziguar, apropinquar.
averiguar, desaguar. enxaguar, obliquar,
delinquir e afins, passam a ser abundantes. Veja:
Presente do Indicativo
Hoje Pós-Acordo
Eu averiguo averíguo ou averiguo
Tu averiguas averíguas ou averiguas
Ele averigua averigua ou averigua
Nós averiguamos averiguamos
Vós averiguais averiguais
Eles averiguam averiguam ou averiguam
Presente do Indicativo
Hoje
Eu oblíquo
Tu oblíquas
Ele oblíqua
Nós obliquamos
Vós obliquais
Eles obliquam
Pós-Acordo
oblíquo ou oblíquo
oblíquas ou oblíquas
oblíqua ou oblíqua
obliquamos
obliquais
obliquam ou obliquam
Presente do Subjuntivo
Hoje
Eu averigüe
Tu averigües
Ele averigüe
Pós-Acordo
averigüe ou averigüe
averigües ou averigües
averigüe ou averigüe
17
LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO l1 DIRETRIZ
Nós averigüemos averiguemos
Vós averigüeis averigueis
Eles averigüem averíguem ou averiguem
Presente do Subjuntivo
Hoje
Eu obliqüe
Tu obliqües
Ele obliqüe
Nós obliqüemos
Vós obliqüeis
Eles obliqüem
Pós-Acordo
obliqüe ou obliqüe
obliqües ou obliqües
obliqüe ou obliqüe
obliqüemos
obliqüeis
obliqüem ou obliqüem
O TREMA
Como é hoje
Emprega-se o trema para indicar que a
semivogal "u" é pronunciada e átona nos
grupos gue, qui, que, qui. Ex.: agüentar,
redargüir, seqüestro, delinqüir.
Como vai ficar
O trema é inteiramente suprimido em
palavras portuguesas ou aportuguesadas,
mantendo-se apenas em palavras derivadas de
nomes estrangeiros. Ex.: agüentar, redarquir,
seqüestro, delinqüir, tranqüilo, lingüiça; mas
mülleriano, de Müller.
O professor Bechara, entretanto, adverte:
"Com o fim do trema em palavras
portuguesas ou aportuguesadas, não
haverá modificação na pronúncia dessas
palavras. O trema não será mais usado,
mas as palavras que o possuíam
continuarão a ser pronunciadas como
antes." (Evanildo Bechara)
O HIFEN NAS AFIXAÇOES
Como é hoje
a) Deve haver hífen quando os prefixos
auto, contra, extra, infra, infra, neo, proto.
pseudo, semi, supra e ultra se, ligam a
palavras iniciadas por vogai, h, m ou n. A
exceção a essa regra fica por conta de
extraordinário. Ex.: auto-retrato, contra-
almirante, pseudo-autor, etc.
b) Deve haver hífen quando os prefixos ante.
anti, arqui e sobre se ligam a palavras iniciadas
por h, m ou s. Ex.: ante-sala, anti-higiênico,
sobre-humano, etc, Exceções: sobressair,
sobressalente, sobressalto, etc.
"ixosc) Deve haver hífen quando os prefixus
hiper, super e inter se ligam a palavras iniciadas
por h ou r Ex .. hiper-realismo. super-homem.
d) Deve haver hífen quando os prefixos
ab, ad, ob, sob e sub se ligam a palavras
iniciadas por r Ex.: sub-reino.
Fique Ligadol
Os nossos lexicógrafos e gramáticos,
entretanto, sempre aconselharam o uso do
hífen também nos casos em que o segundo
elemento começa por h ou com a mesma letra
com que o prefixo termina. Isto é b (no caso
de sob, sub, ab e ob) e d (no caso de ad)
e) Deve haver hífen quando os prefixos
circum, mal e pan se ligam a palavras Iniciadas
por vogai ou n. Ex. mal-humorado, pan-
americano. Circum-adjacente, etc
f) Deve haver hífen quando bem e co se
ligam a palavras que tenham vida autônoma na
língua ou quando a pronúncia o requeira. Ex.:
bem-aventurança, co-autor, etc. Esta regra tem
grande número de exceções: benfeitor, bendito,
benquisto, cooperar, coordenar, etc.
g) Deve haver hífen quando o primeiro
elemento é qualquer um destes: além, aquém,
recém; pré, pós e pró (tônicos); sem, soto (a),
vice, vizo e ex(cessamento), Ex.: além-mar, pós-
modemo, ex-diretor etc.
h) Deve haver hífen quando uma palavra
terminada por vogai acentuada grafícamente
18
LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO 1a DIRETRIZ
(ou ainda quando a pronúncia o exige) se liga
a qualquer um destes sufixos: açu, guaçu,
mirim. Ex.: mutum-açu, amoré-çuaçu, tuiú-
rnirirn, açaí-mirim, etc.
Como vai ficar
a) Deve haver hífen se qualquer prefixo (ou
pseudoprefixo) ante, anti, circum,co, contra,
entre, extra, hiper, infra, intra, pós, pré, pró,
sobre, sub, super, supre, ultra, etc.: aero,
agro, arqui, auto, bio, eletro, geo, nitiro inter,
macro, maxi, micro, mini, iiiulti, neo, per,
pluri, proto, pseudo, retro, semi, tele, etc. se
liga a elemento iniciado por h. Ex.: super-
homem, extra-humano, co-herdeiro, semi-
hospitalar, etc.
Fique Ligadol
Não ocorre hífen quando o primeiro é dês ou
in. Ex.: desumano, infiel, etc.
e) Se o prefixo (ou pseudoprefixo) termina
em vogai, o hífen deve ser usado em duas
circunstancias: se o segundo elemento começa
por h ou pela mesma vogai com que o prefixo
termina.
Ex.: auto-observação, anti-ibérico, contra-
almirante, anti-inflamatório, anti-
inflamatóriosio, anti-higiênico, etc.
Fique Ligadol
1. Nas formações com o prefixo co, este
aglutina-se em geral com o segundo elemento
mesmo quando iniciado por o: coobrigação,
coocupante, coordenar, cooperação, cooperar,
etc.
2. Nas formações em que o prefixo ou pseudo
prefixo termina em vogai e o segundo elemento
começa por r ou s, devem estas consoantes
duplicar-se, Assim: antirreligioso, antissemita,
etc.
c) Deve haver hífen se os prefixos circum e
pan se ligam a palavras iniciadas por vogai, h,
m ou n.
Ex.: circum-escolar, circum-murado, pan-
africano, etc.
Fique Ligadol
Especialistas defendem a inclusão das
consoantes b e p, Ex.: pan-brasileiro, pan-
psiquismo, etc. Ressaltemos, contudo, que
nossos dicionários registram, já há um bom
tempo, a forma pampsiquismo.
d) Deve haver hífen quando os prefixos hiper,
inter e super se ligam a palavras iniciadas por h
ou r. Ex.: hiper-requintado, super-raivoso, etc.
e) Deve haver hífen, independentemente do
segundo elemento, quando se fazem presentes os
seguintes prefixos: pré, pós e pró (tônicos);
soto(a), vice, vizo e ex(cessamento). Ex .. ex-
mulher, pré-vestibular, pós-graduação, etc.
f) Deve haver hífen quando uma palavra
terminada por vogai acentuada grafícamente (ou
ainda quando a pronúncia o exige) se liga a
qualquer um destes sufixos: açu, quaçu, mirim.
Ex: mutum-açu, amoré-guaçu, tuiú-mirim, açaí-
mirim, capim-açu, etc
O HÍFEN NAS COMPOSIÇÕES m
Como é hoje
Deve haver hífen nas palavras compostas por
justaposição cujos elementos (substantivos,
adjetivos, numerais ou verbos) constituem uma
nova unidade morfológica e de sentido,
mantendo o acento próprio, ainda que o primeiro
elemento esteja reduzido: ano-luz, tio-avô, arco-
íris, etc.
Como vai ficar
A regra não sofreu alteração, e o novo
Acordo arrola os seguintes exemplos: ano-luz,
arcebispo-bispo, arco-íris, decreto-lei, médico-
cirurgião, rainha-cláudia (tipo de ameixa),
tenente-coronel, tio-avô, turma-piloto, alcaide-
mor, amor-perfeito, guarda-noturno, mato-
19
LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO l" DIRETRIZ
grossense, norte-americano, porto-alegrense,
sul-africano, áfro-asiático, afro-1 uso-brasileiro,
azul-escuro, luso-brasileiro, primeiro-ministro,
primeiro-sargento, primo-infeção, segunda-
feiram, conta-gotas, fínca-pé, guarda-chuva.
O Acordo, entretanto, acrescenta o seguinte:
"Certos compostos, em relação aos quais se
perdeu, em certa medida, a noção de
composição, grafam-se aglutinadamente:
girassol, madressilva, mandachuva, pontapé,
paraquedas, paraquedista, etc."
A imprecisão do conteúdo desse "acréscimo"
levou Bechara, Azeredo e outros grandes
expoentes de nossa língua a nos aconselharem o
seguinte:
Os outros compostos com as formas verbais
"para" e "manda" seguirão separados por hífen
conforme a tradição lexicográfica. Por isso
mesmo, no Dicionário Escolar da Academia
Brasileira de Letras, Companhia Editora
Nacional, encontram-se as seguintes grafias:
para-brisa(s), para-choque(s), para-lama(s),
para-raio(s), manda-lua, manda-tudo, etc.
O HÍFEN NAS COMPOSIÇÕES (11)
Em relação a nomes de lugar (topônimos) e
de espécies botânicas e zoológicas, o novo
Acordo Ortográfico estabelece o seguinte:
Emprega-se o hífen nos topônimos
compostos, iniciados pelos adjetivos grã, grão,
por forma verbal ou cujos elementos estejam
ligados por artigo: Grã-Bretanha, Grão-Pará;
Abre-Campo; Passa-Quatro, Quebra-Costas,
Quebra-Dentes, Traga-Mouros, Trinca-Fortes;
Albergaria-a-Velha, Baía de Todos-os-Santos,
Entre-os-Rio s, Montemor-o-Novo, Trás-os-
Montes. Os demais topônimos compostos são
escritos sem hífen: América do Sul. Duas
exceções: Guiné-Bissau e TimorLeste.
Emprega-se o hífen nas palavras compostas
que designam espécies botânicas e zoológicas:
batata-inglesa, bem-te-vi, etc.
O HÍFEN NAS COMPOSIÇÕES
Emprega-se o hífen quando o primeiro
elemento da palavra composta for bem ou mal e
o segundo elemento começa por vogai ou h:
bem-apanhado, bem-humorado, mal -habituado,
mal-estar;
Fique ligadol
1. O advérbio bem pode ou não aglutinar-se
ao segundo elemento ainda que este comece por
consoante: bem-nascido (cf. mamascido).
benfeitor, bem-vindo.
2. No caso de mal, a tradição lexicográfica
recomenda haver hífen, quando o segundo
elemento começar também com 1.
Ex. mal-limpo. Assim aparece, por exemplo,
no próprio Dicionário Escolar da ABL, edição já
pós-reforma.
Deve haver hífen quando o primeiro elemento
for qualquer um destes: além, aquém, recém e
sem.
Ex.: além-túmulo, recém-nascido, sem-teto.
O hífen pode ser usado também para ligar
duas ou mais palavras que ocasionalmente se
combinam, formando, não propriamente
vocábulos, mas encadeamentos vocabulares.
Ex.: a ponte Rio-Niterói, o vôo Brasil -França,
etc.
RESUMO
Item
Dupla grafia de
alguns oxítonos
Hoje
bebê
nene
bidê
crochê
guichê
matinê
purê
rape
cocô
judô
A partir de
2013
bebê ou bebê
nene ou nene
bidê ou bidê
crochê ou
crochê
guichê ou
guichê
matinê ou
matinê
purê ou purê
20
LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO 1a DIRETRIZ
Dupla grafia de
alguns
paroxítono s
Dupla grafia de
alguns
proparoxítonos
.
.
-
Argüir e
redargüir
metrô
•
sêmen
fêmur
pônei
pênis
tênis
bônus
ônus
acadêmico
anatômico
cênico
cômodo
fenômeno
gênero
topônimo
Amazônia
Antônio
blasfêmia
fêmea
gêmeo
gênio
tênue
eu arguo
tu argüis
ele argüi
eles argüem
eu averiguo
rape ou rape
cocô ou cocô
judô ou judô
(paroxítono
metrô ou
metro
(paroxítono)
sêmen ou
sêmen
fêmur ou
fêmur
pônei ou pônei
pênis ou pênis
tênis ou tênis
bônus ou
bônus
ônus ou ônus
acadêmico ou
acadêmico
anatômico ou
anatômico
cênico ou
cênico
cômodo ou
cômodo
fenômeno ou
fenónimo
gênero ou
gênero
topônimo ou
topônimo
Amazônia ou
Amazônia
Antônio ou
Antônio
blasfêmia ou
blasfêmia
fêmea ou
fêmea
gêmeo ou
gêmeo
gênio ou
gêmeo
tênue ou tênue
eu arguo
tu argüis
ele argui
eles argüem
eu averiguo ou
Verbos
terminados em
guar, quar e
quir
Trema é abolido
Grafia de
bibliônimos
tu averiguas
ele averigua
eles
averiguam
freqüente
seqüestro
Memórias
Póstumas
de Brás
Cubas
averiguo
tu averiguas
ou averiguas
ele averigua
ou averigua
eles averiguam
ou averiguam
freqüente
seqüestro
Memórias
Póstumas de
Brás Cubas ou
Memórias
póstumas de
Brás Cubas
A palavra
deve ser
grafada
com hífen se o
prefixo se liga
a um elemento
começado por
h.
com hífen se o
prefixo termina
em vogai e o 2°
elemento
começa por h
ou pela mesma
vogai
sem hífen, se o
prefixo termina
Exemplos
super-
homem
extra-
humano
co-herdeiro
pré-história
pan-
helenismo
semi-
hospitalar
auto-
observação
anti- ibérico
contra-
almirante
anti-
inflamatório
anti-
higiênico
antireligioso
Observações
Esta é a regra
geral. Há,
contudo,
exceções: os
prefixos dês e
in não são
hifenizados:
Desumanos,
infiel, etc.
Observe que
sempre haverá
hífen. Cuidado
merecem os
prefixos co e
ré, que, em
geral se juntam
ao 2°
elemento:
coabitar,
coobrigação,
cooperar,
reencamar,
reaver,
reeducar, etc.
Observe que as
21
LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO l" DIRETRIZ
em vogai e o 2°
elemento
começa por r
ou s
com hífen, se o
prefixo é
circum ou pun
e o 2° elemento
começa por h,
vogai, m, n.
com hífen, se o
prefixo é
soto(a), vice,
vizo,
ex(cessamento)
, pré, pró ou
pós.
com hífen, se o
prefixo é
super, hiper,
inter, e o 2°
elemento
começa por h
ou r.
com hífen se o
prefixo é ad,
:ib, ob,sob, ou
sub, e o 2°
elemento
começa por h
ou r.
com hífen, se
bem ou mal se
ligam a
elemento
iniciado por
vogai ou h;
antissemita
circum-
escolar
circum-
murado
pan- africano
pan-
americano
circum-
hospitalar
soto -ministro
ex-marido
pré-natal
pós-reforma
super-
resistente
hiper-realista
ab-rogar
sub- humano
sub-réptil
bem-
humorado
mal-
habituado
bem-estar
mal-estar
consoantes
dobram.
Bechara
defende o
hífen também
seo2°
elemento
começa por b
ou p: pan-
psiquismo.
Mas os
dicionários há
muito
registram a
forma
pampsiquismo.
Os prefixo
átonos pré,
pró e pôs
nunca são
hifenizado.
Ex.: prever,
propor,
pospor, etc.
A regra deve
ser estendida a
casos
similares:
nuper
(recente) ou
ciber(espaço.
Também há
hífen, se o 2°
elemento
começa pela
mesma
consoante final
do prefixo:
sub-base, ad-
digital, etc.
O advérbio
bem tem
comportament
o irregular,
segundo a
tradição: bem-
nascido, bem-
sem hífen, se o
composto
perdeu a noção
de composição
com hífen, se é
um topônimo
envolvendo
grã, grão,
verbo ou
artigo.
com hífen, se a
palavra designa
alguma espécie
botânica ou
animai.
sem hífen nas
locuções
substantivas,
adjetivas,
pronominais,
adverbiais,
prepositivas ou
conjuncionais.
parquedas
paraquedism
0
mandavhuva
grã- Bretanha
grão-Pará.
abre-campo
entre-os-rios
batata-
inglesa
feijão-preto
bem-te-vi
pica-pau
cão de
guarda
fim de
semana
sala de jantar
cor de
açafrão
por isso
a fim de que
vindo,
benfeitor, etc.
Mas
continuam
com hífen:
pára-choque,
para-lamas,
para-raios,
manda- tudo.
etc.
Exceções:
Guiné-Bissau
e Timo-leste
também são
hifenizado s.
Lógico: não há
hífen em
aplicação
diversa. Eu
bem te vi hoje.
Casos
consagrados
(são muitos e
quase sempre
propensos a
divergências):
água-de-
colônia, arco-
da-velha, cor-
de-rosa, mais-
que-perfeito,
pé-de-meia, ao
deus-dará, à
queima-roupa,
etc.
22
LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO 1a DIRETRIZ
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1 - (Univ. Fed. Ouro preto-MG) A palavra em
que a acentuação ocorre unicamente em vista da
presença do hiato é:
a. Cocaína
b. Estaríamos
c. Galáxias
d. Platéia
e. Zoólogos
2 - (PUC) Aponte a palavra acentuada pela
mesma regra de "inevitável".
a. Política
b. Verificáveis
c. Países
d. Contrário
e. Fácil
3 - (Eletronorte - NCE) Duas palavras que são
acentuadas em função da mesma regra são:
a. Sanduíche / rápido
b. Água / família
c. Pátria / saída
d. Você / três
e. Cafeína / café
4 - (NCE) A forma verbal "há" leva acento
ortográfico porque:
a. É um monossílabo átono;
b. É uma forma verbal;
c. É palavra sem valor semântico;
d. É monossílabo tônico terminado em "a";
e. A vogai "a" tem timbre aberto.
5 - (CM - 1° grau) Os acentos das palavras
subúrbio e revólver explicam-se,
respectivamente, porque se têm de acentuar os:
a. Paroxítonos terminados em ditongo e os
terminados em "r";
b. Paroxítonos terminados em ditongo oral e os
terminados em "r";
c. Proparoxítonos terminados em ditongo oral e
os paroxítonos terminados em "r";
d. Proparoxítonos terminados em ditongo e os
paroxítonos terminados em "r";
e. Paroxítonos terminados em ditongo oral e os
oxítonos terminados em "r".
6 - (AFÃ) observe a acentuação destas palavras:
além, artística, botânica, cadavérica, é, está,
fácil, gênio, há, imutável, já, Luís, ponderável,
só, também, vocabulário. Assinale a opção em
que a acentuação de cada palavra se explica por
uma regra específica, distinta das regras das
demais palavras da alternativa:
a. Há-já-é-só
b. Botânica - além - fácil - Luís
c. Imutável - está - cadavérica - artística
d. Também - gênio - ponderável - vocabulário
7 - (NCE) A alternativa em que as duas palavras
destacadas recebem acento gráfico pela mesma
razão é:
a. Público - órgãos
b. Também - vêem
c. É-à
d. Polêmicas - difícil
e. Língua - controvérsias
8 - (NCE) A forma verbal têm aparece
acentuada graficamente com acento circunflexo
pela mesma razão de uma das palavras a seguir.
Qual?
a. Pôde
b. Lêem
c. Contém
d. Vê
e. vêm
9 - (NCE) Que par de palavras abaixo não tem
sua acentuação gráfica justificada com base na
mesma regra?
a. Súditos - fábrica
b. Denúncia - consciência
c. Está-ia, j
d. Útil - agradável
e. País - saúde
23
LÍNGUA PORTUGUESA- CURSO l' DIRETRIZ
10 - (UFRJ) O vocábulo "pôs" leva acento
gráfico pelo mesmo motivo de uma das palavras
a seguir. Qual?
a. Pôr
b. Está
c. Três
d. Compôs
e. Têm
11 - (TRE-MT) Segue a mesma regra de
acentuação de país a palavra:
a. Saúde
b. Aliás
c. Táxi
d. Grêmios
e. Heróis
12 - (TRE-ES) "Aí" é acentuada pelo mesmo
motivo de:
a. Aqui
b. Dá
c. É
d. Baú
e. Porém
13 - (NCE) A palavra países leva acento
porque:
a. É proparoxítona;
b. É paroxítona com hiato;
c. O "i" é tônico como segunda vogai do hiato;
d. Apresenta ditongo aberto;
e. É paroxítona terminada em "s".
14 - (TRE-RJ) A alternativa que apresenta erro
quanto à acentuação em um dos vocábulos é:
a. Lápis-júri
b. Bônus - hífen
c. Ânsia - série
d. Raízes - amável
e. Anhangabaú - bambu
15 - (Inspetor de Policia - Policia Civil -
NCE) O item em que aparece um par de
vocábulos acentuados grafícamente por motivos
distintos é:
a: Há-pôr;
b. Universitários-raciocínio;
c. Cocaína - heroína;
d. Lógica - hábito;
e. Demonstrá-la - aliás.
24
LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO T DIRETRIZ
CRASE - ACENTO GRAVE
A crase é a Junção do A (preposição) + A
(artigo). Logo, se temos um artigo A ou AS é
porque temos um substantivo feminino posterior
a este artigo. Por este motivo nunca poderá
haver crase antes de verbo, pronomes pessoais
ou quaisquer outras palavras que impossibilitem
a utilização do artigo.
Há três regras básicas que precisam ser
compreendidas por todos aqueles que queiram
utilizar corretamente o acento grave:
PRIMEIRA REGRA BÁSICA
Se substituirmos o substantivo feminino por
um substantivo masculino e o termo que
preceder este substantivo passar de A para AO é
porque leva crase.
Ex: Entregamos a prova a diretora.
Entregamos o teste ao diretor.
SEGUNDA REGRA BÁSICA
Percebemos que antes do primeiro
substantivo (prova-teste) só há o artigo, pois
passou de A para O, então não devendo haver
crase neste caso. No entanto, antes do segundo
substantivo (diretora-diretor), o termo passou de
A para AO, o que caracteriza a existência tanto
da preposição quanto do artigo,
conseqüentemente formalizando a crase.
Portanto, a frase correta seria:
"Entregamos a prova à diretora."
Quando houver verbos que derem idéia de
locomoção, não se pode aplicar aquela primeira
regra básica. A "dica" exata para este caso é o de
transformar a frase "ir a", "locomover-se a",
"dirigir-se a" por "volto". Aparecendo depois
deste verbo a palavra "de", não há crase:
aparecendo "da", há crase.
Ex: Fui a Ipanema.
Fui a Bahia.
Em "Fui a Ipanema", não há crase porque
eu substituo por "volto de
"Ipanema": no entanto, em "fui a Bahia",
substituo por "volto da Bahia", caracterizando o
uso da crase. Portanto, o correto seria "Vou à
Bahia".
TERCEIRA REGRA BÁSICA
Pode haver também a utilização do acento
grave, quando se junta a preposição A com os
pronomes demonstrativos AQUILO, AQUELE,
AQUELES, AQUELA e AQUELAS.
A "dica" para se discernir se há crase ou não
antes destes pronomes demonstrativos é
substituir por outro pronome demonstrativo (isto,
este, estes, esta, estas, isso, esse, esses, essa,
essas). Caso apareça a preposição A é porque há
a crase, caso contrário, a crase não existirá.
Ex: Eu me referi aquilo. (Eu me referi a isso.)
Como substituí e apareceu a preposição é porque
há a crase. O certo é: "Eu me referi àquilo."
Vendi aqueles brinquedos. (Vendi estes,
brinquedos.) Como substituí e não apareceu a
preposição é porque não há a crase e a frase já
está correta.
Aquele lugar eu não vou. (A este lugar não
vou.) Como substituí e apareceu a preposição é
porque há a crase. O certo é: "Aquele lugar eu
não vou".
Aquele livro eu não li. (Este livro eu não 1Í.)
Como substituí e não apareceu a preposição é
porque não há a crase e a frase já está correta.
Fique ligadol
1) Nunca haverá crase antes da palavra
terra, quando esta significar terra firme,solo,
chão.
Ex: Depois de dois meses no mar.
voltei a terra. Não houve crase nesta frase, pois a
palavra terra aí significa terra firme.
2) Expressões craseadas:
à toda. à tona. à janela, à beca. à direita (ou à
esquerda), à solta, à vontade, às claras, às vezes,
às custas de, à força, à uma, à procura, à luz (dar
à luz), à distância de, à cata, à mesa, às
segundas.
3) Utilização de crase com palavra implícita.
Ex: Ele se veste à (moda de) Luís XV.
Ele foi à (indústria) Fiat.
4) Antes de hora.
a) hora do relógio usa-se a crase.
25
LÍNGUA PORTUGUESA- CURSO l'DIRETRIZ
Ex: Ele chegou às duas c quinze.
Ele chegou à uma.
Ele virá às três.
b) Tempo - usa-se o verbo "haver"
Ex: Ele chegou há uma hora atrás.
Ele já chegou há quinze minutos.
c) tempo futuro - usa-se
a preposição A.
Ex: Ele chegará daqui a dez minutos.
5) Em relação ao verbo PREFERIR, o uso
tanto dos advérbios MAIS e MENOS quanto da
preposição DE é totalmente INADEQUADA. A
preposição que deverá ser utilizada nesta ocasião
é A. Interessante também é observar que o
critério para os elementos comparados há de ser
o mesmo; portanto se antes de um termo houver
a ocorrência de artigo, antes do outro também
terá que haver; caso contrário a inocorrência do
artigo haverá de ser anterior aos dois
substantivos.
Ex.: Prefiro televisão a rádio.
Prefiro a televisão ao rádio.
Prefiro rádio a televisão
Prefiro o rádio à televisão
6) Retornando à situação relativa ao critério
de construção de um período quando houver dois
ou mais elementos numa mesma estruturação
sintática - vide item 5 -observe: "Trabalho de
domingo a sábado". Antes do termo DOMINGO
há apenas a ocorrência da preposição DE, por
isso apenas a ocorrência da preposição A antes
do termo sábado.
"Trabalho do domingo ao sábado." Antes do
termo DOMINGO há a ocorrência da contração
da preposição DE com o artigo O, sendo assim
antes do termo sábado a ocorrência do artigo se
faz necessária.
"Trabalho de segunda a sexta." Não há artigo
antes SEGUNDA e SEXTA, somente as
preposições DE e A.
"Trabalho da segunda à sexta." Há o artigo
antes de ambos os termos, daí a explicação da
existência da crase.
"Trabalho de duas a oito horas." Não há artigo
antes de duas nem antes de oito.
"Trabalho das duas às oito horas." Há artigo
contraído com a preposição antes de duas e antes
de oito, justificando assim a ocorrência do acento
grave.
Fique ligadol
E importante também esclarecer que estes
dois últimos exemplos aludidos possuem valores
semânticos diferentes. Em "Trabalho de duas a
oito horas.", o significado da frase indica que o
período mínimo de trabalho é de duas horas e o
máximo de oito. Já em "Trabalho das duas às
oito horas."; o valor do período é de que o meu
trabalho tem inicio impreterivelmente às duas e
finaliza também impreterivelmente às oito horas
7) O uso do artigo antes de pronome
possessivo é facultativo.
Ex: Pedi um favor a (ou ao) meu tio. Pedi um
favor a (ou à minha tia). Pedi um favor a (ou às)
minhas primas. Fui à (ou a) sua casa. Fui a (ou
às) suas casas.
8) Normalmente é facultativo o uso do artigo
antes de substantivos no plural.
Ex: Sou contrário a atos grosseiros. Sou
contrário aos atos grosseiros. Sou
contrário a ações grosseiras. Sou contrário às
ações grosseiras.
9) Não há crase antes de Nossa Senhora e
nomes de santos (não podem possuir artigos)
Ex: Fui a Santa Maria. Pedi ajuda a Santa
Edwiges. Referi-me a Nossa Senhora. Pedi um
favor à santa.
10) Antes de Virgem Santíssima, pode haver
crase.
Ex: Sempre orei à Virgem Santíssima.
11) Não haverá crase no meio de termos
iguais.
Ex: Cara a cara. Olho a olho. Boca a boca.
12) Utilização de crase antes de quai Para
que haja crase antes desta palavra é fundamental
que a regência peça a preposição A e o termo
antecedente seja um substantivo feminino.
Ex: Esta foi a notícia à qual fiz referência.
26
LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO l" DIRETRIZ
Observe que "fazer referência" exige a
preposição a e o termo antecedente do pronome
relativo é um substantivo feminino.
Ex: É linda a cidade à qual eu fui ontem.
Fique ligado1.
E importante esclarecer que neste caso não
há ocorrência da contração de preposição com
pronome relativo, mas sim da preposição A com
a parte integrante do pronome relativo A (A
QUAL).
13) Somente pode haver crase antes do que
quando houver uma palavra implícita feminina e
a regência exigir a preposição A,
Aludi a essa novela e à (novela) que acabou
nesta semana.
Fui à Cidade Maravilhosa e à (cidade) que tu
me recomendaste.
Fique ligado\
Gramaticalmente, a existência deste caso de
crase demarca a ocorrência do encontro da
preposição A com o pronome demonstrativo A.
À leitura dos exemplos acima também se poderia
proceder da seguinte forma: "Aludi a essa novela
e à (àquela) que acabou nesta semana," Fui à
Cidade Maravilhosa e à (àquela) que tu
recomendaste.
14) O artigo é facultativo antes de África,
Europa, Espanha, França, Holanda, Escócia etc.
Ex: Fui à (ou a) França. - Volta da (ou de)
França.
Quero ir à (ou a) Espanha. - Volta da (ou de)
Espanha.
15) Depois da preposição ATÉ, o uso da
preposição A é facultativo.
Ex. fui até o (ou ao) Leblon. Fui até a (ou à)
Urca.
16) Antes de pronome de tratamento, não há
artigo.
Ex: Peço ajuda a Vossa Excelência.
Fique ligado\
Os pronomes de tratamento SENHORA,
SENHORITA, DAMA, DONA e MADAME
admitem a presença de artigo. Haverá a crase se
a regência exigir a preposição A.
Ex. Eu vi a senhora (o senhor) ontem. Peço
um favor à senhora (ao senhor).
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1 - (CM-3° Grau) Ocorre uma situação de crase
facultativa na opção:
a. Nenhum deles vem a ser exatamente o
brasileiro.
b. Pedi um favor a Julia.
c. A rainha da Inglaterra, a qual tem já idade
avançada, está, não obstante, muito bem.
d. Comemorar o "descobrimento" é, no fundo,
reforçar a visão colonialista.
e. Evite ficar devendo dinheiro a essa empresa
de crédito.
2 - (CM-3° Grau) o acento grave da crase foi
empregado erroneamente em:
a) Essa proposta não visa à pura e simples cura
da doença.
b) Ele enviou ontem um ofício à secretaria de
Cultura.
c) Essas qualidades são indispensáveis à
atividade de pesquisador.
d) Entreguei o requerimento à uma funcionária
que trabalha nesta sala.
e) A funcionária acompanhou o cliente até à
porta
3 - (CN-2° Grau) A seqüência que preenche
corretamente as lacunas da frase "Os juizes
federais __ três semanas, começaram discutir
_ quem cabe administrar os depósitos judiciais,
tarefa _ _ muito atribuída Caixa Econômica
Federal" é:
a. a, há, a, há, a;
b. a, há, à, a, há;
c. há, a, a, há, a;
27
LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO 1a DIRETRIZ
d. há, à, a, há, à
e. há, a, a, há, à
4 - (TRF - Atendente Judiciário) O sinal
indicador da crase foi corretamente empregado
na frase: "Que estivesse bem cedo junto ao
edifício Brasília para assistir à coleta do lixo".
Dentre as opções abaixo, porém, este sinal foi
incorretamente utilizado em:
a. O bom repórter não poupa elogios à higiene
dos lixeiros.
b. Na adolescência o motorista teria sucumbido
à previsão de uma velhice pobre.
c. A esperança sobrevive até mesmo à uma ou
outra mutilações.
d. O motorista parece dizer às pessoas da cidade:
"O lixo é Vosso".
e. Os metais do caminhão esplendiam à luz da
manhã.
5 - (URFJ - Corregedoria Geral da Justiça)
"... necessidade de se ajudarem umas às
outras..." O acento grave indicativo da crase,
neste caso, é resultante da:
a. Presença simultânea de uma preposição e de
um artigo definido feminino;
b. Necessidade de se indicar a presença de um
complemento diferente do anterior;
c. Combinação de uma preposição com um
pronome indefinido;
d. Contração de uma preposição com um
pronome demonstrativo;
e. Obrigação de evitar-se a ambigüidade.
6 - (UM-SO) Marque o período em que o uso da
crase é permitido.
a. Enviei à Roma suas fotografias.
b. Foi à Lapa para inaugurar a gráfica.
c. Alô, franceses, chegamos à Paris.
d. Viajou à Londres, a fim de rever antigo amor.
e. Referimo-nos à Niterói, em nossa excursão
pelo interior.
7 - (Fesp) Assinale a alternativa que completaa
frase. "Após reunião, todos foram sala,
para assistir chegada dos hóspedes.
a. a-a-a
b. à-à-à
c. a -à-à
d. à-a-a
e. a-a-a
8 - (ESAF) Assinale a frase em que o acento
indicativo de crase foi empregado
incorretamente:
a. Ao voltar de férias, devolverei tudo à Vossa
Senhoria.
b. O candidato falou às classes trabalhadoras.
c. Fiquei à espera de meus amigos.
d. Sua maneira de falar é semelhante à de Paulo.
e. Você só poderá ser atendido ás 9 horas.
9 - (TRE-MT) O uso do acento grave
(indicativo de crase ou não) está incorreto em:
a. Primeiro vou à feira, depois e que vou
trabalhar.
b. Às vezes não podemos fazer o que nos foi
ordenado.
c. Não devemos fazer referências àqueles casos.
d. Sairemos às cinco da manhã.
e. Isto não seria útil à ela
I O - (TRE-RJ) "A tensão social poderia levar-
nos a duas extremas posições", das expressões
que substituem a sublinhada na passagem acima,
aquela cujo a pode ter o acento grave indicativo
de crase é:
a. a mesma posição;
b. a certa posição;
c. a alguma posição;
d. a qualquer posição;
e. a posições distintas.
I 1 - (TRE-RO)
I - O povo da região vai votar à pé ou à cavalo.
II - pedimos à V. Excelência que não se esqueça
do povão, que não o elegeu à toa.
III - O cabo eleitoral dirigiu-se à ela e ensinou-
lhe a copiar o nome.
IV - Permaneceram reunidos à noite, face a face,
a conversar.
28
LÍNGUA PORTUGUESA- CURSO l" DIRETRIZ
A ocorrência de crase está corretamente
indicada:
a. Somente na I;
b. Somente na II;
c. Somente na III;
d. Somente na IV;
e. Somente na II e na IV.
12 - (TRE-RJ) O "a" (sublinhado) que deverá
levar o acento grave indicativo de crase está na
seguinte alternativa:
a. Eles entregaram pizza a domicilio.
b. O menino não quis ir a casa dos tios.
c. A encomenda foi entregue a uma pessoa
estranha.
d. As moças começaram a gritar logo no início
do filme.
e. O fiscal não se referia a candidatas, mas a
candidatos.
13 - (TTN) marque a letra cuja seqüência
preenche corretamente, pela ordem de
aparecimento, as lacunas abaixo: "O exame das
propostas da reforma fiscal, primeira
abordagem, leva __ conclusão de que __ carga
tributária continuará incidir mais sobre
salários e menos sobre lucros e grandes
fortunas".
a. à-à-a-a
b. à -a-à-a
c. a-a-a-à
d. a -à-a-a
e. a-a-à-a
14 - (AFTN) Assinale a frase na qual a palavra
não deve receber o acento indicativo de crase.
a. Os apelos a internacionalização da Amazônia
ganham contornos de avalanche.
b. Toda manhã a esta hora, depois de ler o jornal
do dia, fico deprimida.
c. Aquela hora morta da madrugada todos
estavam recolhidos ao leito.
d. Muitas reivindicações dos sindicatos
trabalhistas, são semelhantes as da classe
patronal.
e. Os petroleiros apresentaram ao Ministro uma
pauta reivindicações igual a que haviam
divulgado no ano anterior.
15 - (ANA-NCE) O caso do acento grave
indicativo da crase em "relacionadas à água"
repete-se em:
a. As águas aumentaram devido à chuva;
b. Entregaram o caso à prefeitura;
c. Os rios secavam à medida que o verão
chegava;
d. Serviam comida à população carente;
e. Saíram às escondidas.
16 - (TRT) No trecho "Do décimo andar à rua",
foi usado adequadamente o acento indicativo da
crase. O mesmo não ocorre na frase:
a. Há muito não se assistia à peças com tanto
senso crítico com estas.
b. Chegando-se à varanda, era possível admirar
a paisagem.
c. Do Leblon a Ipanema e de Jacarepaguá à
Barra, todas as vias expressas estavam
engarrafadas.
d. O povo referia-se às nossas praias como
redutos de esgoto e mau cheiro.
e. As ondas dirigiam-se à direita e à esquerda do
palanque sobre a areia.
17 - (Técnico judiciário Administrativo GO
2003-Fundec) Assinale a alternativa em que
ocorre o uso indevido da crase.
a. O professor dirigiu-se à sala.
b. Maria fez uma promessa à Nossa Senhora.
c. Refiro-me àquilo que vi.
d. O prisioneiro fugiu às pressas.
18 - (TRT-FCC) Segundo pesquisas recentes,
os brasileiros parecem estar sempre dispostos
oferecer mais horas de trabalho __ empresas,
o que muitas vezes pode levá-los _um
esgotamento físico e mental.
a. à-às-à
b. à-as-a
c. a-as-à
29
LÍNGUA PORTUGUESA- CURSO l" DIRETRIZ
d. a-às-a
e. a-as-a
CLASSE DAS PALAVRAS
Na língua portuguesa há dez classes de
palavras: substantivo, artigo, adjetivo, numerai,
pronome, verbo, advérbio, preposição,
conjunção, interjeição.
As seis primeiras classes são variáveis, isto é
flexionam-se em gênero, número, etc.; as quatro
outras são invariáveis.
SUBSTANTIVO
Estrela, Lua, floresta, amizade, ódio, beija-
flor, Deus, Diabo, Brasil e livraria são seres
que existem ou que imaginamos existir. Em
português, qualquer ser que existe ou que
imaginamos existir recebe o nome de
substantivo.
Tipos de Substantivo
O substantivo pode ser:
comum - quando se refere a todos os seres
de uma mesma espécie.
Ex.: jornal (esse nome se refere a toda a
espécie jornal), cidade (esse nome identifica toda
a espécie cidade).
próprio - quando se refere a um só ser de
uma mesma espécie.
Ex.: O Globo (esse nome identifica a um só
ser da espécie jornal), Recife (esse nome identi-
fica um ser da espécie cidade).
simples - quando formado por um só radical.
Exemplos: flor, couve, moleque, pé.
composto - quando formado por mais de um
radical.
Ex.: couve-flor, pé-de-moleque.
primitivo - quando dá origem a outros
substantivos...
Ex: carro.
derivado - quando se origina de outro
substantivo, o primitivo.
Ex.: carroça, carroceiro, carretei, carruagem,
carriola, carrossel, etc.
concreto - quando indica um ser de
existência independente, real ou não.
Ex.: beija-flor, estrela, ar. Deus, alma,
lobisomem, fada.
abstrato - quando indica um ser de existência
dependente, isto é, ser que não existe no mundo
exterior, mas apenas em nossa consciência.
Ex.: amor (existe noutro ser; é, portanto, ser
dependente), saudade (não existe no mundo
exterior), inveja (existe apenas na consciência
das pessoas), ódio, etc.
Entre os substantivos comuns se encontram
os coletivos, que, embora estejam no singular,
indicam vários seres da mesma espécie.
Ex.: exército (muitos soldados), manada
(muitos elefantes, ou muitos cavalos, ou muitos
búfalos, etc.).
Toda e qualquer palavra antecedida de um
artigo se toma automaticamente um substantivo:
o não, um sim, o amanhecer, um cinco, etc.
FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS
Os substantivos flexionam-se para indicar o
gênero, o número e o grau.
GÊNERO
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