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livro sobre fios de sustentação

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FIO DE SUSTENTAÇÃO
E SUAS TÉCNICAS
FIO DE SUSTENTAÇÃO
E SUAS TÉCNICAS
 Fio Aptos  Fio Russo®  Fio Filit  Fio Matrix Lift
 Fio Búlgaro  Fio Beauty Line  Fio Francês
 Convergência temporal – A técnica
 Fio PTFE – Politetrauoretoleno
Dr. Arthur dos Santos Pimentel
2007
© 2007 by Arthur dos Santos Pimentel
Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução total ou parcial deste
volume, de qualquer forma ou por quaisquer
meios, sem o consentimento expresso da editora.
Coordenação Editorial
Thiago Gregolin
Ilustrações
Paulo Sérgio Alves da Costa
Projeto Gráfico e Editoração
Kadu Barriani e Miriam de Paula
Capa
Kadu Barriani
Este livro foi catalogado na Câmara Brasileira do Livro.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Pimentel, Arthur dos Santos
Fio de sustentação e suas técnicas / Arthur dos
Santos Pimentel. – São Paulo : Livraria
Médica Paulista Editora, 2007.
Bibliografia.
1. Cirurgia plástica 2. Facelift I. Título .
06-7817 CDD–617.95
 NLM-WO 600
Índice para catálogo sistemático:
1.Fio de sustentação : Cirurgia plástica :
Ciências médicas 617.95
LIVRARIA MÉDICA PAULISTA EDITORA LTDA.
Rua Pedro de Toledo, 592 – 04039-001 – São Paulo - SP
Telefones: (11) 5539-7981 Fax: (11) 5549-5021
e-mail: editora@livrariamedicapaulista.com.br
Autor
Dr. Arthur dos Santos Pimentel
Professor do curso de pós-graduação de 
Medicina Estética da IAAM/Asime – Asso-
ciação Internacional de Medicina Estética.
Professor do curso de Cirurgia Cosmética 
da IAAM/Asime – Associação Internacio-
nal de Medicina Estética.
Cirurgião geral e vascular com título de es-
pecialista: INPS – Hospital Ipanema (RJ).
Cirurgião plástico: Hospital Naval Marcí-
lio Dias (RJ).
Membro titular da Sociedade Brasileira 
de Intradermoterapia.
Membro titular do Capítulo Brasileiro de 
Medicina e Cirurgia Estética.
Membro fundador da Academia Brasilei-
ra de Medicina Estética.
Membro efetivo da Associação Brasileira 
de Nutrologia.
Membro efetivo da Sociedade Brasileira 
de Medicina Estética.
Membro titular da Sociedade Brasileira 
de Lipoplastia.
Membro associado da Sociedade Brasilei-
ra de Laser em Medicina e Cirurgia.
Membro da Associação Brasileira de Fle-
bologia.
Formado pela Fundação Serra dos Órgãos 
– 1977.
Agradecimentos
Aos meus mestres 
Dr. Roberto Arena, 
Dr. José A. Beramendi, 
Dr. Carlos Garcez, 
Dr. Mário Cabral, 
Dr. Laércio Gonçalves, 
Dr. Waldyr Ceciliano, 
por toda as orientações e aprendizados 
que me deram.
A minha esposa Suely, 
a minhas filhas Andréa e Patrícia, 
a meus irmãos Ângela e Ruy, 
a meus pais Norival e Maria (in memo-
riam), que sempre me fizeram acreditar 
que continuar no meu caminho vale a 
pena.
A Deus, 
por tudo o que eu sou.
Apresentação
Fios – uma nova era para o 
rejuvenescimento facial e corporal
O irrefreável desenvolvimento tecnoló-
gico e a difusão em tempo real das infor-
mações técnico-científicas têm a virtude 
de dinamizar, como nunca antes, a teo-
ria e a prática do saber humano. Nada 
escapa à imperiosa necessidade de oti-
mização permanente, nem à exigência de 
imediata maximização de tempo, recur-
sos e resultados.
No campo da Cirurgia Plástica e da Me-
dicina Estética, tais exigências vêm acele-
rando, em escala mundial, a pesquisa por 
tratamentos de rejuvenescimento facial e 
corporal minimamente invasivos, pouco 
traumáticos e de alta eficácia. E é justa-
mente nessa vertente que se inscrevem os 
fios de auto-sustentação e a metodologia 
que desenvolvemos para a correção da 
ptose dos tecidos moles. 
Após cinco anos de pesquisas – que alicer-
çaram o desenvolvimento de seis modelos 
de fios de auto-sustentação e com placa 
de sutura –, podemos afirmar que a im-
plantação da malha de fios de polipropi-
leno com garras na camada profunda do 
tecido adiposo facial constitui precioso 
aliado do cirurgião plástico na luta contra 
o envelhecimento fisiológico facial. E se 
o ineditismo da proposta de facelift com 
fios foi, num primeiro momento, encara-
do com ceticismo, hoje essa metodologia 
dá provas de sua substancial competência 
e eficácia. 
O princípio teórico de correção da pto-
se dos tecidos moles faciais e corporais 
com fios fundamenta-se na evidência 
dos resultados clínicos satisfatórios no 
longo prazo. Tal constatação é suficiente 
para afiançar que a técnica não é modis-
mo passageiro, mas inestimável recurso 
em permanente devenir de aplicações e 
de aprimoramentos, como comprova o 
prestigioso colega Dr. Arthur dos Santos 
Pimentel ao apresentar, nesta obra, seus 
resultados e contribuições técnicas.
Não teríamos chegado a essa metodologia 
minimamente invasiva e de resultados tão 
satisfatórios sem o respaldo dos conheci-
mentos e das técnicas de Cirurgia Plástica 
Estética e Reconstrutora. E que ninguém 
se engane: a simplicidade da técnica de 
implantação de fios é apenas aparente, 
pois só logram bons resultados os cirurgi-
ões familiarizados no trato das estruturas 
anatômicas faciais. Afinal, o rejuvenesci-
mento cirúrgico – facial e corporal – exige 
do profissional que o oferece aptidões téc-
nicas e relacionais conquistadas ao longo 
de anos de aprendizado.
A metodologia de lifting volumétrico fa-
cial com fios que desenvolvi não se baseia 
num único fio, mas num sistema de sete 
modelos de fios dotado de seis tipos de 
garras convergentes – cada fio com uma 
força de tração e de sustentação de tecido 
mole ptosado. Associando-se diferentes 
modelos de fios num mesmo procedi-
mento – segundo a especificidade da face 
a ser tratada –, pode-se oferecer ao pa-
ciente a correção personalizada das alte-
rações morfológicas faciais provocadas 
pelo envelhecimento. 
Ao reposicionar e sustentar os coxins 
gordurosos em seus sítios originais, a 
malha de Fios Russos® implantada acima 
do SMAS restaura os volumes e contor-
nos faciais juvenis, e minimiza ou elimi-
na os sulcos profundos, num processo 
de rejuvenescimento que só estaciona ao 
cabo de nove meses, quando os fios ficam 
convertidos em fortes pilares de susten-
tação dos tecidos moles. Importante sa-
lientar que tais resultados são obtidos em 
procedimento ambulatorial, sem cortes, 
traumas ou cicatrizes; com resultado 
imediato e sem risco de desfigurar os tra-
ços fisionômicos. 
Não poderia deixar de mencionar a no-
tável contribuição dos Fios Russos® na 
correção da assimetria em paralisia facial 
tardia. Nossa experiência clínica no res-
gate estético, funcional e psicológico de 
pacientes portadores dessa disfunção já 
atravessou fronteiras, tornando-se refe-
rência metodológica e recurso terapêuti-
co eletivo. 
Como toda técnica cirúrgica, também os 
fios têm indicações e limitações. Mas quer 
como opção preferencial de tratamento 
ou como coadjuvante em ritidoplastias, a 
metodologia e os fios com garras que de-
senvolvemos constituem utilíssima ferra-
menta para a clínica de Cirurgia Plástica 
Estética e Reconstrutora. O interesse que 
a técnica suscita na comunidade médica 
mundial indica que não há caminho de 
volta. Os fios abrem perspectivas e dinâ-
micas de grande abrangência ao rejuve-
nescimento facial e corporal. 
Dr. José A. E. Beramendi 
Membro titular da SBCP 
ISAPS – Active Member
Prefácio
Quando se faz necessária a pesquisa de 
assuntos não convencionalmente trata-
dos pela área da estética médica, é difícil 
reunir dados ou simplesmente achar um 
banco que abrigue as nossas pretensas 
soluções.
Inúmeras vezes senti a necessidade de bus-
car, inclusive na rede mundial computa-
dorizada, informações sobre sustentação 
de tecidos e deparei com a baixa qualida-
de informativa a respeito do assunto.
No início desta década, quando o assun-
to Fio russo® passou a ocupar espaços em 
periódicos semanais não especializados, 
canais televisivos e outras mídias leigas, 
era imprescindível que o profissional da 
estética estivesse a par desse tipo de arsenal 
terapêutico que revolucionou e reduziu a 
gama de indicações cirúrgicas faciais.
Não foramfáceis a compreensão do tema 
e a literatura. Mais uma vez, foram insu-
ficientes. 
No Brasil, desde 2001, passaram-se longos 
seis anos até que eu pudesse ver, em pri-
meira mão, uma publicação tão pertinen-
te a respeito de sustentação de tecidos. 
A obra de Arthur dos Santos Pimentel, in-
serida no contexto de atual, representa o 
que de mais completo já foi escrito sobre 
o assunto neste país. Remete-nos a um 
breve histórico e introdução, nos quais se 
apresenta a evolução do polipropileno de 
sustentação. A partir daí, vamos conhe-
cendo o que o mercado nos oferece co-
mercialmente, as técnicas existentes, suas 
indicações e mecanismos de ação. 
Não obstante, durante a primeira parte, 
ainda podemos relembrar aspectos ana-
tômicos para melhor compreensão do as-
sunto, até que, chegada a segunda metade 
da obra, o autor seja capaz de esmiuçar 
a sua técnica de inclusão dos fios, mos-
trar um passo-a-passo bastante didático 
e tecer comentários oportunos sobre sua 
experiência pessoal.
Essa compilação demonstra o apego, a 
vontade e a dedicação ao estudo e pesqui-
sa. Sacrificar horas longe da família e de 
outras pessoas queridas de nossa relação 
em prol do crescimento da ciência é ati-
tude de nobreza e profissionalismo. E em 
se pensando que este livro aprimora o co-
nhecimento e o arsenal técnico de muitos 
colegas, o ato se torna mais grandioso.
Prefaciar este livro e reencontrar Dr. Ar-
thur em páginas escritas me deixa muito 
honrado.
Dr. Roberto Arena 
Membro titular da SBCP 
Chanceler Brasileiro da IAAM/ASIME – 
Associação Internacional de Medicina Estética.
 “Não importa saber se a 
gente acredita em Deus: 
o importante é saber se 
Deus acredita na gente...”
Mario Quintana
Índice
I Introdução e Histórico ................................................ 19
II Marcas no Mercado Brasileiro .................................... 23
III Marcação de Cada Técnica ......................................... 25
IV Indicação e Mecanismos de Ação ............................... 39
V Anatomia da Face ........................................................ 41
VI Técnicas de Implante ................................................... 49
VII Marcação ...................................................................... 51
VIII Mesa Cirúrgica e Anestesia ......................................... 63
IX Introdução da Cânula e do Fio ................................... 69
X Convergência Temporal – A Técnica ......................... 89
XI Fios de Aço ................................................................... 97
XII Correção do Umbigo Triste ........................................ 103
XIII Curativo – Complicações, Durabilidade 
 e Conclusão .................................................................. 105
XIV Pré e Pós-Lifting com Fio Russo® .............................. 109
 Referências Bibliográficas ............................................ 113
I
Introdução e 
Histórico
Fio de sustentação
 Introdução
O processo de envelhecimento facial é 
diferente de pessoa para pessoa na sua ve-
locidade, e também de região para região.
Na face, os primeiros sinais do en-
velhecimento começam nas pálpebras 
e em seguida no terço médio e no terço 
inferior. Nós envelhecemos de cima para 
baixo, e para dentro. Isso quer dizer que, 
na face, o envelhecimento faz as estrutu-
ras moles caírem em projeção tanto para 
baixo quanto internamente.
Passamos de uma forma oval no rosto 
jovem para uma aparência quadrada no 
rosto velho. Se compararmos nosso rosto 
a um triângulo, temos no jovem sua base 
na região superior e seu vértice na região 
inferior (Foto 1), e no rosto envelhecido 
o triângulo se inverte, ficando sua base 
embaixo (Foto 2).
20 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
Histórico
Essa técnica foi desenvolvida pelo investigador 
Dr. Marlen Sulamanidze e pelo seu filho, Dr. Geor-
ge Sulamanidze, de Geórgia, entre 1996 a 1999, os 
quais adaptaram o fio de prolene® (polipropileno) 
colocando neste dentes, e denominando-o Fio Aptos 
(antiptose). 
Os primeiros fios eram de confecção artesanal: cons-
tituíam-se apenas do fio de prolene® fatiado com uma 
lâmina de bisturi, criando-se vários dentes (Foto 3).
Mas, com o passar do tempo, esses fios perdiam seu 
poder de tração, pois suas garras eram muito delicadas 
e não resistiam, ou então dobravam na própria passa-
gem do fio (Foto 4).
21Introdução e Histórico
O Fio de Polipropileno ficava endentado meses de-
pois de implantado. Isso levava alguns meses, e a ptose 
retornava.
Entre 2001 e 2002, o Dr. Beramendi lançou no Bra-
sil o Fio Russo®. Embora similar ao Fio Aptos na distri-
buição dos segmentos de garras simples convergentes, 
já se tratava de um fio injetado monofilamentar. Ou 
seja, um fio com garras sólidas e com forças de tração 
e de sustentação que permitiram os primeiros resulta-
dos animadores para o facelift. No entanto, como o re-
sultado do facelift era transitório (de poucos meses), o 
Dr. Beramendi e sua equipe de bioengenharia continu-
aram a pesquisar o princípio de auto-sustentação, de-
senvolvendo o fio monofilamentar injetado dotado de 
garras convergentes dispostas em arranjo duplo num 
segmento e em arranjo duplo-falhado no segmento 
(Foto 5).
Com o design pioneiro do Fio de Dupla Conver-
gência, e com o estabelecimento da Metodologia de 
Implantação dos fios segundo os Vetores de Rejuve-
nescimento Facial (Fig. 1), ele fundamentou o princí-
pio de tração e de sustentação dos tecidos moles faciais, 
abrindo caminho para a criação de outras modalidades 
de fios que resultam na técnica original de lifting volu-
métrico facial, que oferece resultados altamente satis-
fatórios e tão ou mais duradouros que os obtidos pelas 
técnicas de ritidoplastia clássicas.
22 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
Fig. 1
II
Marcas no 
Mercado Brasileiro
Marcas dos fios de sustentação no 
mercado brasileiro
Para a parte didática vamos falar de todas as mar-
cas que foram lançadas no mercado, mesmo as que já 
não existem mais, e falaremos depois de cada uma em 
separado, explicando as técnicas recomendadas pelos 
seus autores. Elas são as originais, não cabendo neste 
trabalho definir se estavam certas ou erradas, pois no 
capítulo Marcações mostrarei a técnica que utilizo.
Marcas:
 Fio Russo®
 Fio Matrix Lift
 Fio Filit
 Fio Búlgaro
 Fio Beauty Line
 Fio Francês
 Convergência temporal (técnica)
 Fio PTFE – Politetrafluoretoleno (goretex®)
III
Marcação de 
Cada Técnica
Fio Aptos
Marcação preconizada pelo 
Dr. Sulamanidze
Na marcação do Dr. Marlen Sulamanidze (Foto 6) 
observamos que ele também já pensava nas linhas de 
força do rosto.
Foi através de suas pesquisas que vários fabricantes de 
fios fizeram seus estudos e apresentaram novidades ou 
simplesmente utilizaram as várias técnicas em seus fios.
Foto 6
26 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
Fio Russo® 
Lançado em 2002 e criado pelo Dr. José A. E. Bera-
mendi. Registrado oficialmente pela Anvisa em 12 de 
setembro de 2005.
De acordo com seu fabricante, o pioneiro Fio de 
Dupla Convergência com garras duplas (DD) e duplas-
falhadas (DF) é:
 monofilamento de polipropileno, com garras; 
 inabsorvível;
 não biodegradável;
 atóxico;
 biocompatível;
 muito resistente (Foto 7).
Atualmente, a linha de Fios Russos Beramendi apre-
senta vários tipos de garras. Cada novo modelo de fio 
apresenta diferentes forças de tração e de sustentação 
do tecido mole facial. Ao associar dois ou mais mo-
delos de fios num único procedimento, ele oferece ao 
médico a possibilidade de “personalizar” o lifting se-
gundo as características faciais. Assim, a família de fios 
russos compreende os fios de auto-sustentação:
 Fio de dupla convergência com garras dupla-dupla 
e dupla-falhada.
 Fio cônico com garra cônica e dupla-dupla.
 Fio tripla convergência com garra dupla-dupla e 
garra ortogonal.
27Marcaçãode Cada Técnica
Além dos anteriores, lançou os fios com placa de su-
tura para ancoragem na aponeurose e/ou gálea:
 Fio mestre 4P com garras dupla-dupla e 4 placas de 
sutura.
 Fio T nos tamanhos de 7, 9 e 20 cm e com garras 
dupla-dupla mais placa de sutura, com eixo de sus-
tentação.
Marcação preconizada pelo 
Dr. Beramendi
Para tratar e corrigir a ptose dos tecidos moles fa-
ciais, ele preconiza a implantação na camada mais pro-
funda do tecido adiposo superficial (sempre acima do 
SMA) de 9 a 11 fios em cada hemiface (Fig. 2), segundo 
os Vetores de Rejuvenescimento Facial.
No terço médio e inferior ele recomenda a implan-
tação em cada hemiface de dois fios, os quais demonina 
fio mestre de 20 cm (F1 e F2), e um chamado mestri-
nho de 12 cm (F7), para elevar a estrutura da face e 
28 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
eliminar a bolsa de gravidade (bochecha de buldogue), 
além de recuperar a linha do contorno da mandíbula. 
Para erguer o coxim infra-orbitário (F6) e diminuir a 
pressão do tecido adiposo ptosado sobre o sulco naso-
geniano e o bigode-chinês (F3, F4 e F5), ele recomenda 
a colocação de quatro fios.
Para a sobrancelha o Dr. Beramendi apresenta duas 
técnicas:
 um fio implantado na extremidade distal da cauda 
da sobrancelha com a metade para cima e metade 
lateral (seguindo a implantação da sobrancelha), 
com na Figura 9, ou
 dois fios com a metade para cima e metade lateral, 
sendo que em uma forma os fios estão paralelos en-
tre si e, na outra, estão fazendo um formato em U 
(Fig. 3).
 No pescoço ele recomenda de um a dois fios, depen-
dendo da flacidez (Fig. 4).
29Marcação de Cada Técnica
Fio Matrix Lift
Lançado em 2004. Saiu do mercado em maio de 
2006, segundo o Diário Oficial. De acordo com seu 
fabricante, ele é:
 fio de polipropileno, com garras DD-simples;
 inabsorvível;
 não biodegradável;
 atóxico;
 biocompatível (Fig. 5).
Marcação preconizada pelo Dr. Marcussi
Ele recomenda principalmente a confecção do “pei-
xinho” (Foto 8). 
30 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
Fio Filit 
Lançado em novembro de 2004. De acordo com seu 
fabricante, ele é:
 fio de polipropileno, com garras triplas no mesmo 
plano;
 tridimensional;
 inabsorvível;
 não biodegradável;
 atóxico;
 biocompatível;
 muito resistente (Foto 9).
Marcação preconizada pela Dra. Elizabete
Ela recomenda que seus fios entrem e saiam pelo 
mesmo orifício para fazer uma ancoragem (Foto 10).
31Marcação de Cada Técnica
Ela também utiliza o Filit nos braços e nas ptoses de 
mama, do glúteo e do umbigo triste.
Fio Búlgaro ou Elástico 
Foi criado pelo Dr. Nikolay Serdev entre 1998 e 
1999. Vem em um pote esterilizado com 10 metros de 
comprimento. Ao puxar o fio que vamos utilizar, o res-
tante permanece estéril dentro do envelope (Foto 11).
Essa técnica foi apresentada no Brasil pelo Dr. Ro-
berto Tuilli e pelo Dr. Hélio Avelar a partir de 2004.
De acordo com seu fabricante, ele é:
 100% polycaproamide;
 sintético;
 hipoalergênico;
 possui certa elasticidade;
 altamente flexível e resistente;
 bem tolerado pelo organismo;
 é reabsorvido em média após três anos.
Esse fio é ligeiramente elástico, vem em várias espes-
suras, variando de 00 a 00-06 (Foto 12).
32 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
Marcação preconizada pelo 
Dr. Serdev
Como seu fio é liso, ele sempre tem de ter uma ou 
duas ancoragens (Foto 13).
 O fio é trançado, provocando no local onde é co-
locado uma reação do organismo a ele (fibrose), o 
que mantém o resultado, mesmo após a absorção 
do fio.
 O fio é ancorado no periósteo e fixado através de 
nós. 
 Pela tração conferida, obtemos os níveis de dermos-
sustentação desejados.
 Elevar e atenuar flacidez e envelhecimento com 
ptose tecidual em supercílios, face, ângulo cérvico 
mandibular, pescoço.
 Projeção mentoniana.
 Afinamento e suspensão da cartilagem nasal.
 Aumento da projeção glútea e correção da flacidez.
FOTO 13
33Marcação de Cada Técnica
Fio Beauty Line
Lançado em 2005. De acordo com seu fabricante, 
ele é:
 fio de polipropileno, com garras DD-DD;
 inabsorvível;
 não biodegradável;
 atóxico;
 biocompatível;
 forte resistência (Foto 14).
Fio Francês (Fil Français) 
Lançado em final de 2005. De acordo com seu fabri-
cante, ele é:
 fio de polipropileno, com garras em formato de 
mãos francesas;
 inabsorvível;
 não biodegradável;
 atóxico;
 biocompatível;
 muito resistente.
Os Fios Franceses®, de acordo com seus fabricantes, 
nunca sofrem deformidades, pois suas garras são maci-
ças. Por apresentar maior número de garras em relação 
aos outros fios, é maior o seu poder de tração.
34 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
Marcação preconizada pelo 
Dr. Bischoff
Ele se modifica no terço inferior, fazendo um for-
mato de “V” que vai da região superior da orelha até 
o mento e volta para a região inferior da orelha, isto 
é, para realçar o arco da mandíbula ao elevar a bolsa 
de gravidade. No esquema a seguir, os fios F3 e F4 
(Foto 16).
Ele tem o dobro de garras por superfície, por isso a 
tração é maior e carrega muito mais tecido (Foto 15).
35Marcação de Cada Técnica
No pescoço, ele coloca sempre três fios de cada lado 
(Foto 17).
Convergência temporal
Criada pelo Dr. Arena, com a utilização de apenas 
uma porta de entrada, sem sair na extremidade distal. 
O fio pode ser ancorado e em alguns casos, otimizar o 
trabalho.
Marcação preconizada pelo 
Dr. Arena
É marcado um ponto acima da implantação da ore-
lha, onde uma incisão vai de 0,5 a 1 cm. Introduzem-
se os fios no sentido do sulco nasogeniano, comissura 
nasolabial e bolsa de gravidade da face. Ele pode ser em 
36 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
número de três a quatro de cada lado. Eles não saem na 
extremidade inferior e podem ser ancorados na apo-
neurose temporal (Foto 18).
Acredito que este seja o próximo passo que adotarei 
em meu trabalho.
Cânula Porto Alegre
A cânula de Poá, desenvolvida pelo Dr. Roberto 
Arena e pelo Dr. Waldyr Ceciliano (Foto 19), é usada 
para fios semelhantes ao do Dr. Beramendi. Ela tem 
02 mm na luz, o mandril tem 1,5 mm de calibre e 
não necessita de guia. Já a cânula usada na técnica da 
convergência temporal tem 03 mm na luz, o mandril 
tem 1,9 mm e, neste caso, há a necessidade de guia 
de introdução. Ela pode ser usada em vários tipos de 
fios de sustentação, os quais são fixados a ela para sua 
introdução (Foto 20).
37Marcação de Cada Técnica
Foto 19
Foto 20
Apresentação
De acordo com seus fabricantes, eles são estereliza-
dos em óxido de etileno.
 Fio Russo®: atualmente apresenta sete tipos de fios, 
com garras dupla-dupla, dupla-falhada, cônicas, 
triplas, T e placa de sutura nos tamanhos de 7 cm, 8 
cm, 12 cm, 20 cm (mestre).
 Fio Matrix Lift: 15 cm.
 Fio Filit: 18 cm.
 Fio Búlgaro: 10 m.
 Fio Beauty Line®: 15 cm.
 Fio Fil Français®: 15 cm.
IV
Indicação e 
Mecanismos de Ação
Indicações
No seu lançamento era indicado:
 em ptose facial de leve a moderada;
 para melhorar um lifting cirúrgico tradicional;
 a quem não pode ser submetido a uma cirurgia con-
vencional;
 para pacientes na faixa etária entre 35 e 55 anos;
 para pacientes diabéticos.
Hoje em dia, com a evolução das novas técnicas, 
passou a ser a primeira escolha antes de se pensar numa 
cirurgia convencional. A cirurgia passou a ser a última 
alternativa, pois os implantes dos fios se tornaram um 
procedimento simples, sem afastar o paciente de suas 
atividades e sem internação. 
A idade também foi alterada, pois, pensando em ci-
rurgia, o “recomendado” é acima de 40 anos. 
Hoje em dia, com o fotoenvelhecimento, podemos, 
num paciente que já apresente uma ruga secundária 
no sulco nasogeniano, proceder à elevação com dois 
fios em cada hemiface, e não aguardar a evolução dessa 
flacidez facial. 
E a técnica não ficou restritaao lifting, tendo evolu-
ído para levantamento do nariz, correção do nariz não 
40 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
caucasiano, elevação de glúteos, do “umbigo triste” 
– que, no meu ver, ainda não tem um bom resultado –, 
na elevação da mama e flacidez dos braços.
Mecanismo de ação
Temos uma reação granulomatosa composta de 
histiócitos mononucleares e fibroblasto em atividade. 
Por ser seu material de polipropileno, com exceção 
do Búlgaro, que é de policaproamida, é o que causa 
menos reações tissulares, que se traduzem pela forma-
ção de um ligamento tubular de colágeno e elastina, de 
duração eterna, tração e alta resistência. 
O fio é totalmente envolto por um tecido de neo-
formação colagênica, em torno do seu eixo principal e 
de suas garras, por isso que mais garras, mais depósito 
desse material, dando maior resistência ligamentar.
Todos os fios de polipropileno são inabsorvidos, 
sendo que aproximadamente 12 meses depois eles 
se tornam um verdadeiro ligamento. Já o fio elástico 
(Búlgaro) é reabsorvido aproximadamente com três 
anos, restando só uma fibrose no seu lugar.
V
Anatomia da Face
Como sabemos, não são os músculos que iremos 
elevar com a metodologia dos fios de sustentação, e 
sim os tecidos adiposos (coxins) que ptosam. A distri-
buição das coleções de tecido adiposo facial é o foco 
da técnica de rejuvenescimento. No rosto envelhecido, 
os tecidos adiposos, ou seja, as bolsas e os coxins gor-
durosos flácidos, escorregam para dentro e para baixo 
acompanhando a ptose das outras estruturas faciais. 
Com a implantação supra-SMAS, transforma-se um 
rosto envelhecido em um rosto jovem. Como vamos 
trabalhar no subcutâneo profundo, é importante saber 
as estruturas que o circundam.
Músculos da face 
São em números de 12 os músculos mímicos:
1. Músculo levantador do lábio superior e da asa do 
nariz
2. Músculo levantador do lábio superior
3. Músculo zigomático menor 
4. Músculo zigomático maior 
5. Músculo risório
6. Músculo orbicular da boca
7. Músculo depressor do lábio inferior
42 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
8. Músculo depressor do ângulo da boca
9. Músculo levantador do ângulo da boca
10. Músculo bucinador
11. Músculo mento
12. Músculo transverso do mento
Temos ainda:
1. Músculo epicrânio, músculo occipitofrontal, ventre 
frontal
2. Músculo epicrânio, músculo temporoparietal
3. Músculo auricular anterior
4. Músculo auricular superior
5. Músculo auricular posterior
6. Músculo platisma
7. Músculo esternocleidomastóideo 
Fig. 6
•1
•2•3
•4
•5 •6
•7
•8
•9
•10
•11
•12
43Anatomia da Face
 Músculo levantador do lábio superior e da asa do 
nariz. Tem sua origem na massa muscular do mús-
culo orbicular do olho (maxila, processo frontal). 
Sua inserção é na asa do nariz e lábio superior. É um 
músculo mímico. É inervado pelo nervo facial.
 Músculo levantador do lábio superior. Tem sua ori-
gem na massa muscular do músculo orbicular do 
olho (margem infra-orbital). Sua inserção é na asa 
do nariz e lábio superior. É um músculo mímico. É 
inervado pelo nervo facial.
 Músculo zigomático menor. Tem sua origem adian-
te do músculo orbicular. Sua inserção é no ângulo da 
boca. É um músculo mímico. É inervado pelo nervo fa-
cial .
 Músculo zigomático maior. Tem sua origem no osso 
zigomático, face lateral. Sua inserção é no ângulo da 
boca. É um músculo mímico. É inervado pelo nervo 
facial.
Fig. 7
•1
•2
•3
•4
•5
•6
•7
•
44 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
 Músculo risório. Tem sua origem na fáscia masseté-
rica. Sua inserção é no ângulo da boca. É um mús-
culo mímico. É inervado pelo nervo facial.
 Músculo orbicular da boca. Tem sua origem em 
duas partes: parte marginal e parte labial. Sua in-
serção é na rima da boca. É um músculo mímico. É 
inervado pelo nervo facial.
 Músculo depressor do lábio inferior. Tem sua ori-
gem na base da mandíbula. Sua inserção é no lábio 
inferior. É um músculo mímico. É inervado pelo 
nervo facial.
 Músculo depressor do ângulo da boca. Tem sua ori-
gem na base da mandíbula. Sua inserção é no lábio 
inferior. É um músculo mímico. É inervado pelo 
nervo facial.
 Músculo levantador do ângulo da boca. Tem sua 
origem na maxila e fossa canina. Sua inserção é no 
angula da boca e lábio superior. É um músculo mí-
mico. É inervado pelo nervo facial.
 Músculo bucinador. Tem sua origem na mandíbu-
la, maxila e fáscia bucofaríngea. Sua inserção é no 
angula da boca. É um músculo mímico. É inervado 
pelo nervo facial.
 Músculo masseter. Tem sua origem no arco zigo-
mático. Sua inserção é na face lateral do ramo da 
mandíbula. É um músculo de mastigação. É inerva-
do pelo nervo mandibular.
 Músculo mental. Tem sua origem nas eminências 
alveolares dos dentes incisivos laterais inferiores. 
Sua inserção é no angula da boca. É um músculo 
mímico. É inervado pelo nervo facial.
 Músculo transverso do mento. Tem sua origem na 
parte anterior e lateral da mandíbula. Sua inserção é 
no angula da boca. É um músculo mímico. É iner-
vado pelo nervo facial.
 Músculo platisma. Embora situado no pescoço, tam-
bém faz parte do grupo de músculos da expressão fa-
45Anatomia da Face
cial. É uma lâmina muscular ampla e delgada, situa-se 
na tela subcutânea superficialmente aos ramos cutâ-
neos do plexo cervical e veia jugular externa.
 O músculo platisma estende-se da parte inferior da 
face à parte superior do tórax. As fibras anteriores se 
inserem na margem inferior do mento e se interdi-
gitam com as contralaterais logo abaixo do mento. 
As fibras posteriores curvam-se para cima sobre a 
mandíbula, prendem-se à pele da parte inferior da 
face e misturam-se com os músculos dos lábios, aju-
dando a formar o risório.
 Músculo esternocleidomastóideo. Inervado pelo 
nervo acessório, plexo cervical. Tem a função de tor-
nar a cabeça estável e de endireitá-la e auxiliá-la du-
rante a respiração.
Outras estruturas importantes:
1. Nervo trigêmeo
2. Glândula parótida
3. Glândula parótida acessória – ducto parotídeo
 Fig. 8 Fig. 9
•1
•2•3
46 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
Artérias e veias
Principais artérias e veias da região facial:
Artéria carótida externa e seus ramos:
1. Artéria facial
2. Artéria labial superior
3. Artéria angular
4. Artéria temporal superior
Fig. 10
Veia jugular interna e suas afluentes:
1. Veia facial
2. Veia submental
3. Veia labial inferior
4. Veia labial superior
1•
2•
3•
4•
47Anatomia da Face
5. Veia angular
6. Veia nasofrontal
7. Veia supratroclear
8. Veia maxilar
9. Veia retromandibular
Fig. 11
1•
2•
3•
4•
5•
6•
7•
8•
9•
VI
Técnicas de 
Implante
Técnicas de implante
 Fotografia
 Consentimento e contrato
 Assepsia e anti-sepsia
 Marcação
 Anestesia
 Introdução da cânula
 Introdução do fio
 Retirada da cânula
 Micropore
Fotografia 
A fotografia é de grande importância, pois, ao mes-
mo tempo que veremos a diferença entre o pré e o pós-
lifting, é um comprovante, uma vez que com o passar do 
tempo o paciente, como sempre olha para o novo rosto, 
tem a tendência de esquecer como era antes, e, ao ob-
servar a foto que temos no nosso arquivo, normalmente 
muda de pensamento, elogiando o trabalho feito.
Consentimento e contrato
Hoje em dia, em medicina estética, não fazemos 
nada sem esses termos. É a nossa garantia.
50 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
Assepsia e anti-sepsia 
Mesmo sendo um ato simples de ambulatório, de-
vemos ter todo o cuidado de um ato cirúrgico. Após a 
marcação, fazemos a assepsia da região a ser tratada, 
que pode ser com anti-séptico como o hamamélis, pol-
vidine tópico ou álcool a 70%.
VII
Marcação
A marcação é, no meu pensar, o ato 
mais importante, que nos mostrará se 
realmente teremos ou não o sucesso do 
erguimento da face. Minhas marcações 
seguem a técnica do Dr. Beramendi em 
mais de 90%; sónão utilizo tantos fios 
(Foto 21).
É importante sempre seguirmos a li-
nha de força da musculatura da região 
(Foto 22).
52 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
Terço superior
No terço superior, antigamente, não tínhamos gran-
des alterações da colocação dos fios, havendo a queda da 
sobrancelha. A marcação segue um padrão, sendo um fio 
colocado há mais ou menos 0,5 cm da cauda do supercí-
lio, formando um L com o ângulo de 90%, e um segundo 
fio para o levantamento do arco superciliar (Foto 23). 
Hoje em dia já fazemos outras variações na colo-
cação dos fios da sobrancelha. Podemos substituir o 
segundo fio (em azul) pelo primeiro ou segundo em 
vermelho (Foto 24).
53Marcação
Terço médio
É nesta região que devemos ter mais atenção, pois o 
sucesso do implante do fio de sustentação fica ou não 
mais visível. Temos que avaliar a queda do coxim in-
fra-orbitário, a queda do coxim malar, o sulco nasoge-
niano e a comissura labial. 
Normalmente colocamos de três a quatro fios nessa 
região.
 O primeiro fio é para erguer e sustentar o coxim in-
fra-orbitário, retificando o sulco nasogeniano. Ele 
vai da fossa triangular à asa do nariz (Foto 25).
 O segundo fio é para sustentar o terço médio e dar 
o formato à região zigomática, elevando o coxim 
infra-orbitário. Ele vai do lóbulo auricular ao terço 
médio nasal. Normalmente, com estes dois fios, já 
resolvemos no mínimo 50% do envelhecimento fa-
cial (Foto 26).
54 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
Foto 26
 O terceiro fio é usado no caso de uma queda mais 
acentuada do coxim malar, projetando mais o sul-
co nasogeniano. Sua função é erguer e sustentar o 
coxim malar. Vai do tragus à metade da linha labial 
superior (Foto 27).
 O quarto fio é para erguer a comissura bucal e la-
teralizar o sulco nasolabial. Esse quarto fio já é no 
55Marcação
limite do terço médio para o terço inferior. Ele vai 
da comissura labial ao lóbulo auricular. Serve para 
acabar com o conhecido “bigode chinês” (Foto 28).
Terço inferior
Nessa região, vamos trabalhar para erguer a bolsa 
de gravidade, conhecida como “buldogue”, e ao mes-
mo tempo, ao cruzar com os fios do terço médio, dar 
maior sustentação ao coxim infra-orbitário. Normal-
mente colocamos três fios nessa região.
 O primeiro fio vai do arco da man-
díbula até a região temporoparietal 
(Foto 29).
56 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
 O terceiro fio é o mesmo do quarto da região ter-
ço médio, que vai da comissura labial ao lóbulo 
auricular. É o que vai atenuar o “bigode chinês” 
(Foto 31).
 O segundo fio é para dar o formato do arco da man-
díbula. Serve para erguer e sustentar, e vai da meta-
de (mais ou menos do ângulo) da mandibular até o 
implante capilar, na região temporal (Foto 30).
57Marcação
Pescoço
Nesta região, temos de lembrar que o músculo pla-
tisma, que é bastante delgado, tem origem na porção 
látero-superior do tórax e na cobertura cutânea in-
ferior do pescoço, inserindo-se no bordo inferior da 
mandíbula e cobertura cutânea da face inferior e ân-
gulo da boca.
Como ele se insere na mandíbula, sempre que trata-
mos o pescoço, além dos dois fios, temos de associar os 
três fios da região do terço inferior.
 O primeiro fio, além dos três da região do terço infe-
rior, vai do ângulo cervicomandibular até a aponeu-
rose mastóidea. Este fio serve para realçar o ângulo 
(Foto 32).
 O segundo fio tem a finalidade de erguer e latera-
lizar os tecidos moles cervicais. Ele vai da altura do 
osso hióide à aponeurose mastóidea (Foto 33).
58 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
Foto 33
Quantidade de fios para colocar
Não existe uma quantidade certa de fios que deve-
mos colocar. Fazemos o estudo do rosto do paciente e, 
com nossos dedos, seguindo a linha de força, decidi-
mos a quantidade que vamos colocar (Foto 34).
Todas as marcações a seguir (Fotos 35 a 37) são as 
que eu pessoalmente utilizo, também preconizadas 
pelo Dr. Beramendi, com pequenas variações. 
59Marcação
Foto 35 Foto 36
Foto 37
60 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
Foto 38 Foto 39
Foto 40
61Marcação
Foto 41 Foto 42
Foto 43
VIII
Mesa Cirúrgica 
e Anestesia
Mesa cirúrgica – material necessário
Seringa 10 cc e 3 cc; agulha 13/03, 27/7 e 40/12, mi-
crocânula, cânula e guia, pinça mosquito e tesoura; 
anestesia; fios e gazes (Foto 44).
Anestesia
Inúmeros ossos da face têm importância especial 
para a anestesia:
 Osso zigomático
 Osso maxilar
 Osso nasal
 Osso mandíbula
 Osso frontal
64 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
A inervação é sensitiva:
 V par craniano
 Plexo cervical
De acordo com a Foto 45, região de efeito do nervo 
oftálmico, do nervo malar e do nervo mandibular.
São de grande importância os forames localizados 
nos ossos:
 2 frontais
 2 maxilares
 2 mandibulares
Foto 45
Fig. 12
65Mesa Cirúrgica e Anestesia
Na região da face, temos como recurso os bloqueios 
nervosos, que são: o nervo supra-orbital, que sai do fora-
me frontal; o infra-orbital, que sai do forame maxilar; e 
o mentual, que sai do forame mandibular, e que, depen-
dendo da região em que vamos implantar o fio, nos dará 
grande ajuda, pois o seu bloqueio fará com que a pacien-
te não sinta o desconforto da penetração da cânula.
Locais onde podemos fazer os bloqueios
 Nervo supra-orbital (Fotos 46 e 47).
66 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
 Nervo infra-orbital. Neste caso, podemos fazer o blo-
queio tanto externo como interno (Fotos 48 e 49).
67Mesa Cirúrgica e Anestesia
 Nervo mentual. Também neste caso podemos fazer o 
bloqueio tanto externo como interno (Fotos 50 e 51).
68 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
Não querendo fazer o bloqueio, podemos utilizar o 
preparo a seguir e fazer a anestesia nas áreas pelas quais 
vamos passar a cânula. 
Preparo
Soro fisiológico ................ 160 ml
Lidocaína a 2% S/V ........... 20 ml
Bic. sódio a 8,4% ................. 2 ml
Adrenalina ........................... 1 ml
Normalmente, para colocarmos todos os fios des-
critos anteriormente, utilizamos uma média de 30 ml 
por cada hemiface, ou seja, utilizamos o máximo de 
60 ml para a colocação total dos fios. Dependendo da 
quantidade de fios, não há necessidade de preparar 
essa quantidade citada antes; basta dividir os valores 
por 2 ou 3.
Fazemos um botão anestésico no local onde será a 
entrada e a saída da cânula. Com uma agulha 40/12 
fazemos a abertura e com uma microcânula de infiltra-
ção injetamos o anestésico no percurso em que passa-
remos a cânula. 
IX
Introdução da 
Cânula e do Fio
Introdução da cânula
É de grande importância a introdução da cânula. 
Sigo a orientação do Dr. Beramendi.
 Primeiro ela não pode ser muito grossa porque o fio 
ficará sem apoio, ou seja, sem se fixar no subcutâneo.
 Depois, deverá ser introduzida no subcutâneo pro-
fundo (no tecido adiposo profundo supra-SMAS) 
para não superficializar o fio.
 Sua ponta é discretamente cortante.
 Sempre a introduzimos de cima para baixo.
Introdução do fio
Sempre no sentido de baixo para cima. Isso é muito 
importante para que, ao tirarmos a cânula, ela possa se 
manter presa à extremidade do fio.
Retirada da cânula
Retiramos a cânula torcendo-a para que o fio seja 
incluído na posição helicoidal, aumentando a tração e 
sustentação da região tratada.
70 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
Seqüência do fio de sustentação
Vamos fazer uma seqüência da marcação, aneste-
sia, introdução da cânula, do fio, da retirada do fio, do 
curativo e dos pré e pós-operatórios.
Marcação e anestesia
 Nesta paciente o necessário para fazer lifting com o 
fio (em todos os pacientes a seguir foram utilizados 
o Fio Russo® ou Fio Beramendi) é erguer o terço 
médio para melhora do sulco nasogeniano e sulco 
nasolabial(“bigode chinês”). Passaremos então três 
fios de cada lado (Fotos 52, 53 e 54).
71Introdução da Cânula e do Fio
 Após a marcação, fazemos o botão anestésico
 (Foto 55). 
 Após o botão anestésico com a agulha 40x12, faze-
mos a porta de entrada para passar a cânula e o fio
 (Foto 56).
72 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
 Com uma cânula de infiltração, fazemos a anestesia 
da área onde vamos passar o fio, só no seu trajeto, 
uma média de 3 a 5 ml da solução em cada marca-
ção (Foto 57).
Introdução da cânula
 Após a anestesia dos dois lados, vamos passar a câ-
nula. Eu utilizo sempre a cânula de 20 cm de tama-
nho por 2 mm de espessura e com uma guia, pois ao 
passar a cânula ela se enche de gordura, dificultando 
a passagem do fio (Foto 58).
73Introdução da Cânula e do Fio
 Passamos a cânula no subcutâneo profundo pelo 
trajeto marcado e saímos no final da marcação, nes-
te caso, no sulco nasogeniano (Foto 59).
Passagem do fio
 Retiramos a guia e passamos o Fio Russo® de baixo 
para cima (Foto 60).
74 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
Retirada da cânula
 Após passar o Fio Russo®, retiramos a cânula man-
tendo a ponta dele presa pelo nosso dedo indicador, 
e com o polegar fazemos uma tração para encolher a 
área onde estamos passando o fio. Ao tirar a cânula, 
o fio já estará fixado (Foto 61).
 Ao retirar a cânula, colocamos uma pinça mosquito 
fixando a extremidade superior e, na extremidade 
inferior do Fio Russo®, fazemos uma tração para 
avançar de 2 a 3 garras; cortamos o fio (Foto 62).
75Introdução da Cânula e do Fio
 Passamos todos os Fios Russos® de uma hemiface 
e no final é que tracionamos todos os fios da extre-
midade superior e cortamos. Após, passamos para 
outro lado (Foto 63).
Curativo
 Não há necessidade de colocar o micropore na re-
gião. No entanto, continuo seguindo a escola do 
Dr. Beramendi, pois o curativo, além de lembrar 
ao paciente que não deve apertar ou comprimir a 
região onde colocamos os fios, ao mesmo tempo 
disfarça o edema pós-lifting. Mantenho por 2 dias 
(Foto 64).
76 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
Pré-lifting e com 33 dias 
pós-implante dos fios
 Observar que nas fotos pré-lifting a paciente apre-
sentava queda do coxim infra-orbitário (Foto 65), 
acentuado “bigode chinês” (Foto 66) e sem defini-
ção do limite entre o terço inferior e pescoço, isto é, 
sem definição da mandíbula (Foto 67).
Foto 65
Foto 66
Foto 67
77Introdução da Cânula e do Fio
 Trinta e três dias após, o coxim infra-orbitário está 
no local (Foto 68), o sulco nasolabial, “bigode chi-
nês”, bem reduzido (Foto 69) e com uma definição 
da mandíbula (Foto 70), isto só com três fios de 
cada lado.
Foto 68
Foto 69
Foto 70
78 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
Sobrancelha
Na sobrancelha, após vários pacientes em que passei 
o fio com garras, gostei mais do fio comum de prolene® 
(polipropileno) ou goretex® (PTFE). Passei a utilizar 
minha técnica, que lancei no III Congresso Mundial de 
Medicina Estética no Rio em março de 2006, a qual de-
nominei lifting manequim reduzido ASP. No futuro, 
com a legalização do Fio Elástico, poderemos trocar o 
goretex® por ele.
Ele consiste em três marcações, sendo o ponto (A) 
no início do implante do couro cabeludo em direção 
do ponto S, mais ou menos 2 cm da cauda da sobran-
celha, e o terceiro ponto (P) no terço externo da so-
brancelha (Foto 71).
Fazemos uma pequena incisão nos pontos ASP de 
aproximadamente 0,5 cm de comprimento. Passamos 
a agulha de Reverdan (modificada) pelo ponto (A) 
num ângulo de 90° até atingir o periósteo (essa será 
nossa primeira ancoragem) e subimos a agulha, atin-
gindo o plano subcutâneo profundo até o ponto (P), 
onde externamos o Fio Elástico. 
79Introdução da Cânula e do Fio
Neste local, com uma agulha curva pequena, pe-
gamos o músculo orbicular para fazer a segunda an-
coragem e voltamos pelo subcutâneo em outro plano 
diferente do primeiro, saindo no ponto (A), onde da-
mos de 3 a 4 nós (Foto 72).
Com esse mesmo fio preso no ponto (A), passamos 
com a agulha de Reverdan para o ponto (S); no subcu-
tâneo profundo, fazemos o ponto de ancoragem igual 
ao ponto (P) e voltamos para o ponto (A) por outro 
plano, e damos de 3 a 4 nós (Foto 73).
80 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
Este plano entre o ponto A e S é para eliminar as 
rugas periorbiculares (pé-de-galinha).
O Dr. Arena gosta do Fio de Goretex® (CV). O Dr. 
Helio adaptou essa técnica utilizando o Fio Búlgaro 
com grandes resultados.
Atualmente na sobrancelha estou fazendo o fio de 
goretex e para o terço médio e inferior da face passei a 
utilizar a técnica Convergência Temporal (Foto 74).
Começamos com a paciente em pé para fazer a 
marcação.
Após, com a paciente semideitada, fazemos a anes-
tesia. Eu particularmente gosto de fazer para esta re-
gião a anestesia troncular no nervo supra-orbital, pois 
só com um ponto de cada lado anestesio toda a região 
frontal (Fotos 75 e 76).
81Introdução da Cânula e do Fio
Com a agulha de Revardan modificada (Foto 77) 
passamos pelo ponto (A) num ângulo de 90° até atin-
gir o periósteo para fazer a nossa primeira ancoragem e 
subimos a agulha ao plano subcutâneo profundo até o 
ponto (S), onde externamos a agulha (Foto 78).
Foto 75
Foto 76
Fixamos o fio de goretex na ponta da agulha de Re-
verdan (Fotos 79 e 80).
Foto 77
82 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
Puxamos o fio de goretex com agulha de Reverdan 
(Foto 81).
Neste local, com uma agulha curva pequena, pega-
mos o músculo orbicular para fazer a segunda ancora-
gem e saímos a mais ou menos meio centímetro acima 
do ponto S (Foto 82).
Voltamos pelo mesmo orifício para o ponto (S). De-
pois, com a agulha de Reverdan de cima para baixo, pe-
gamos a extremidade do fio e pelo subcutâneo em outro 
plano diferente do primeiro puxamos e saímos no ponto 
(A) onde damos de três a quatro nós (Foto 83).
83Introdução da Cânula e do Fio
Pronto, já elevamos a sobrancelha internamente. 
Agora com o mesmo fio, sem cortar, fazemos o pro-
cedimento do ponto (A) para o ponto (P) e voltamos 
para o ponto (A), onde damos mais três a quatro pon-
tos e cortamos o Fio. O mesmo procedimento fazemos 
do outro lado. Simples, fácil e rápido (Foto 84).
Podemos observar, apenas dois dias após do implan-
te do Fio de Goretex, a evolução da subida das sobran-
celhas, mesmo com o edema (Fotos 85 e 86).
84 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
Outro local onde uso o Fio de Goretex® (CV-03) 
com excelente resultado é na correção do nariz não 
caucasiano, conhecido como “nariz negróide”. Tam-
bém pode ser usado o Fio Elástico.
Começamos com anestesia troncular infra-orbital, 
para pegar o ramo nasal, superior da bochecha e ramo 
labial, e no nariz o nervo infratroclear. Após aneste-
sia, com o Fio Goretex, passamos pela asa do nariz em 
profundidade, pegando o músculo depressor do septo 
com orbicular da boca, e saímos na raiz da outra asa 
nasal (Foto 87).
Voltamos com a agulha pelo mesmo orifício de sa-
ída e por outro plano profundo retornamos também 
pelo mesmo orifício de entrada (Foto 88).
Com as duas extremidades damos de 3 a 4 nós, 
comprimindo a asa nasal no tamanho que desejamos 
(Foto 89).
No final, cortamos rentes as duas pontas do Fio de 
Goretex (Foto 90).
85Introdução da Cânula e do Fio
Foto 88
Foto 89 Foto 90
86 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
Além da correção do nariz negróide, ou do nariz 
globoso, outra aplicação com excelente resultado do 
Fio de Goretex ou do Fio Elástico é na correção da que-
da da ponta nasal e seu encurtamento.
Começamos com a marcação do local onde o fio 
elástico irá entrar e sair. O primeiro ponto é na ponta 
nasal, o segundo e o terceiro pontos são na raiz do na-
riz, nas duas laterais (Foto 91).
Entramos com a agulhade Reverdan, na ponta nasal, 
e seguimos justoperiósteo pela cartilagem nasal até a 
raiz nasal, onde saímos com a agulha. Em seguida, com 
uma agulha curva cortante, transfixamos o periósteo, 
às vezes até o osso nasal, e saímos na outra extremidade 
87Introdução da Cânula e do Fio
da raiz nasal. Voltamos com a agulha de Reverdan da 
ponta até a raiz nasal deste lado e pescamos o Fio Elás-
tico, trazendo-o para a ponta, onde, com 3 a 4 nós, fa-
zemos uma hipercorreção nasal, encurtando o nariz e 
elevando a ponta nasal. Essa hipercorreção cederá após 
7 a 10 dias.
Cuidado com a hipercorreção para evitarmos “nariz 
em tomada” ou “de porco” (Foto 92).
X
Convergência 
Temporal – A Técnica
Esta técnica foi lançada no início do ano pelo Dr. 
Roberto Arena. A princípio quando ele demonstrou a 
técnica, cheguei a pensar: será que vai dar certo? 
Após alguns meses, comecei a gostar da técnica, e 
hoje ela já faz parte do meu arsenal de técnica. Adorei. 
Como descrito em seu livro Cirurgia Cosmética, edi-
ção 2006, juntamente com o Dr. Carlos Garcez e co-
laboradores, os fios de sustentação necessitam de dois 
orifícios, de entrada e saída da cânula.
Na sua técnica só temos o orifício de entrada e ao 
mesmo tempo, ao fazermos a ancoragem, damos uma 
maior sustentação. 
Como já descrevemos no início, o autor propõe uma 
forma alternativa de inclusão de fios, ou seja, só uma 
pequena lesão. É uma técnica diferente de aplicação de 
fios, os quais podem ser qualquer um dos que eu descre-
vi anteriormente, com exceção do Búlgaro e Goretex.
Esta técnica utiliza a cânula de Porto Alegre modi-
ficada, desenvolvida pelo Dr. Arena e Dr. Waldyr. A 
marcação é feita mais ou menos três centímetros acima 
da implantação superior da orelha, por onde entraram 
todos os fios que podem ser de três a cinco. Daí eles 
vão ao sentido do sulco nasogeniano, comissura labial 
ou ruga labiogeniana (bigode chinês) e para a bolsa de 
gravidade (buldogue).
90 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
Para entendermos melhor, passaremos ao “Passo a 
Passo” da técnica.
Começamos com a marcação (Foto 93):
1. Marcação do ponto de incisão três centímetros aci-
ma da implantação superior da orelha (1).
2. Daí sai uma linha até o sulco nasogeniano (2). 
Como gosto de ressaltar a região zigomática (maçã 
do rosto), dou uma pequena virada para cima ao 
aproximar do sulco nasogeniano.
3. A segunda linha (3) vai direto para a comissura labial.
4. A terceira linha (4) para a bolsa de gravidade.
Fazemos o botão anestésico no local da entrada dos 
fios (Foto 94).
Foto 93
91Convergência Temporal – A Técnica
O próximo passo é fazer a infiltração no trajeto onde 
vamos implantar os fios (Foto 95).
Este é o mandril modificado com uma haste para 
dar o apoio e a ponta não biselada para não traumati-
zar (Foto 96).
O mandril vai dentro da cânula, e também prefiro 
que a ponta não seja biselada e sim romba (Foto 97).
92 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
Colocamos a ponta do fio dentro da guia (Foto 98).
E depois colocamos dentro cânula (Foto 99). Isto é 
só demonstração, pois ainda não passamos a cânula no 
paciente. Neste paciente utilizei o Fio Beramendi.
Com a agulha 40x12, fazemos a porta de entrada 
(Foto 100).
Foto 99
93Convergência Temporal – A Técnica
Passamos a cânula com o mandril por dentro
(Foto 101).
Tiramos o mandril e deixamos a cânula (Foto 102).
Introduzimos dentro da cânula o fio com sua ponta 
presa na guia e fazemos um discreto avançamento da 
guia para fixar a ponta (Foto 103).
94 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
Após tirar a cânula, restam-nos a guia e o fio que im-
plantamos. Pinçamos o fio e retiramos a guia (Foto 104).
Aqui já estão os três fios passados sem a necessidade 
dos orifícios de saída (Foto 105).
Nesta hora fazemos uma tração dos fios e suturamos 
com nylon 5-0 na aponeurose temporal. Observe como 
o sulco nasogeniano já está retificado (Foto 106).
95Convergência Temporal – A Técnica
As pontas dos fios de sustentação são introduzidas 
na aponeurose (Foto 107).
Terminamos com a sutura do couro cabeludo.
Depois desta nova técnica, o implante, além de ficar 
mais fácil, nos dará um resultado melhor, já que não 
temos mais as perfurações no centro do rosto.
Foto 108
XI
Fios de Aço
Para tratar o rosto vincado pelo sulco nasogeniano, 
fazemos a ressecção subcutânea com o fio de aço, cons-
tituído de 14 fios monofilamentados, traçados entre si, 
fazendo o descolamento da camada profunda da der-
me à área superficial do bigode chinês. Assim, a pele 
em torno do sulco fica livre para ser erguida no lifting 
com o fio de sustentação. O descolamento é num plano 
único, subcutâneo, para não provocar hematoma nem 
hemosiderose. Ele libera (apaga/minimiza) a cicatriz 
natural (Fig. 13).
98 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
Para facilitar, a seguir demonstraremos os passos 
para o deslocamento do sulco nasogeniano com o fio 
de aço. Acredito que, depois do Fio Russo®, essa foi, a 
grande invenção do Dr. Beramendi, que vem nos aju-
dar muito na liberação do SNG.
 Começamos com a infiltração da região. Utilizamos 
a solução anestésica que preparamos para a infiltra-
ção e colocação dos fios (Foto 109).
 Após a infiltração, começamos a introdução da agu-
lha reta que vem junto com o fio de aço, indo no 
subcutâneo e margeando o lado interno do sulco 
nasogeniano (Foto 110). 
99Fios de Aço
 Saindo na extremidade superior do sulco nasoge-
niano ao lado da asa do nariz (Foto 111).
 Pelo mesmo orifício de saída do fio de aço, introdu-
zimos a agulha no subcutâneo, margeando agora a 
parte externa do sulco nasogeniano (Foto 112).
 Saindo na extremidade inferior do sulco nasogenia-
no, no mesmo orifício de entrada. Neste momento, 
ajeitamos o fio de aço para podermos tracioná-lo 
(Foto 113).
100 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
Foto 113
 Fazemos a tração do fio e observamos o descola-
mento do sulco nasogeniano (Foto 114).
 Em seguida passamos para o outro lado e começa-
mos o processo. Introdução da agulha reta indo no 
subcutâneo e margeando o lado interno do sulco 
nasogeniano (Foto 115).
101Fios de Aço
 Saindo na extremidade superior do sulco nasoge-
niano ao lado da asa do nariz (Foto 116).
 Pelo mesmo orifício de saída do fio de aço introdu-
zimos a agulha no subcutâneo, margeando agora a 
parte externa do sulco nasogeniano (Foto 117).
 Saindo na extremidade inferior do sulco nasogenia-
no, no mesmo orifício de entrada. Fazemos a tração 
do fio e observamos o descolamento do sulco naso-
geniano (Foto 118).
102 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
 Terminamos com uma lavagem com soro fisioló-
gico ou a própria solução anestésica dos dois lados 
descolados e verificamos a região (Foto 119).
XII
Correção do 
Umbigo Triste
Fio no umbigo
O Dr. Beramendi criou essa técnica para combater 
a flacidez do abdome, principalmente pós-parto, pós-
lipoplastia ou pós-regime, que leva ao fechamento do 
umbigo, o que é conhecido como “umbigo triste”. Ele 
não serve para elevar ou esconder gordura, e sim para 
“abrir” o umbigo (Fig. 14). 
104 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
A técnica consiste em colocar de 3 a 5 fios (sem-
pre em número ímpar) para erguer a queda provocada 
pela flacidez do abdome, que provoca o “umbigo tris-
te”. Foto pré com marcação (Foto 120) e foto pós-co-
locação do fio (Foto 121). 
Foto 121
XIII
Curativo - 
Complicações, 
Durabilidade 
e Conclusão
Curativo
Sempre coloco bandagem com micropore cor-da-
pele por 48 horas. Isso é para evitar que o paciente fi-
que tocando a região e desloque o fio. 
Complicações
 Técnica
 Colocação do fio com cânula muito grossa. 
 Implante
 Muito superficial, podendo ser visualizado quando 
a paciente sorrir ou se o local for apalpado.
 Tracionamento
 Fazer tração demaisno fio, formando um sulco ou 
depressão na área de entrada do fio.
 Quebra
 O fio pode ser rompido ou quebrado devido a uma 
força maior ao tracioná-lo.
 Extrusão
 Se a ponta do fio ficar na derme, mesmo profunda, 
ele ficará incomodando a paciente até que ele saia 
(Foto 122).
106 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
 Isso deve ser evitado, mas caso ocorra, o procedi-
mento é pinçar a extremidade do Fio e, fazer uma 
tração e cortar (Foto 123).
Foto 122
Durabilidade
 Ultra-som
 Já foi demonstrado por ultra-som que após 12 me-
ses os fios mantinham-se no local e tinham dobrado 
de tamanho.
 Cirurgia de ritidoplastia
 Em vários pacientes, após anos de implante, ao 
serem submetidos à cirurgia de ritidoplastia, visu-
alizamos os fios, que formavam um verdadeiro liga-
mento.
107Curativo
 Fatores biológicos
 Continuamos a envelhecer, e o tempo não perdoa, 
só o que ganhamos permanece. Se após a colocação 
do fio tivemos um rejuvenescimento de oito anos, 
sempre teremos essa vantagem. Exemplo, uma pes-
soa com 40 anos ficou com idade biológica de 32 
anos, e, se não fizer mais nada, ao chegar aos 48 
anos, terá idade biológica de 40 anos.
 Fatores externos
 Fumo, poluição e sol são os fatores externos que 
também influem no envelhecimento.
Conclusão
 Ato cirúrgico simples, levando de 10 a 30 minutos.
 Pós-operatórios reduzidos; em dois dias o paciente 
volta a suas atividades normais.
 Em termos financeiros, para o paciente é melhor, 
pois evita o centro cirúrgico, internação e afasta-
mento de suas atividades diárias.
 Você pode sempre colocar outros fios para manter o 
rejuvenescimento do seu paciente.
XIV
Pré e Pós-lifting 
com Fio Russo®
Follow de três anos e quatro meses da colocação do 
Fio Beramendi. Podemos observar rejuvenescimento 
grande no quinto dia após a colocação dos fios (Fotos 
124 e 125). Três anos e quatro meses após o pós-im-
plante a paciente apresentou sinais de envelhecimen-
to, porém, aparenta estar mais jovem do que antes do 
implante.
Foto 124 Foto 125
110 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
Foto 129
Foto 126 Foto 127
Dois anos e dois meses Três anos e quatro meses
Foto 128
Antes
Após dois anos e um mês
111Pré e Pós-lifting com Fio Russo®
Foto 133Foto 132
Foto 131
Após dois anos e quatro meses
Foto 130
Antes
Antes Depois
Referências 
Bibliográficas
Devido ao tema ser relativamente novo, há poucos 
livros publicados. Portanto, retiramos alguns tópicos 
ou referências de livros em parte ou só frases. Seguem 
referências consultadas.
1. ARENA, R. S. e GARCEZ, C. E. Temas de medicina 
estética (roteiros). 4. ed. Médica Missau, 2004.
2. BERAMENDI, J. A. Treinamento de 1 dia em sua 
clínica, em 18/10/2002.
3. CONVERSE, J. M. Reconstrutive Plastic Surgery. 
2th ed. vol. 3. W. B. Saunders Company, 1997.
4. FARKAS, L. e KOLAR, J. Antrhopometrics and in 
the Aesthetics of women’s faces. Clinics in Plastic 
Surgery, 1987, 14:599.
5. TOLLETH, H. Concepts for the Plastic Surgeon 
from Art and Sculpture, 1987, 14:585.
6. BROWN, J. B. e McDowell, F. Plastic surgery of the 
nose. St. Louis: Mosby, 1951.
7. ARENA, R. S.; GARCEZ, C. E. e col. Inovações e re-
ferências básicas nos procedimentos estéticos. Grá-
fica comunicação impressa, 2006.

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