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SEGUIMENTO FARMACOTERAPÊUTICO MÉTODO: PW DOCENTE: PABLO MOURA DISCENTE: LUIZ JONATAN F AMBROZIO SALVADOR – BA 2019 UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA – UFBA FACULDADE DE FARMÁCIA COMPLEXO HOSPITALAR UNIVERSITÁRIO PROF. EDGARD SANTOS FAR A89 – FARMÁCIA CLÍNICA E ATENÇÃO FARMACÊUTICA AVALIAÇÃO INICIAL Fonte: UOL Descrição da Paciente • Nome: L.M.A.M; • Gênero: feminino; • Idade: 67 anos e 11 meses; • Altura: 162 cm; • Peso: • Admissão: 45,7 kg • 15/11: 60 kg • Etnia: negra • Uso de drogas: Não tabagista ou etilista; não usa outras DRs; • Origem: residente em Salvador; • Família: 04 filhos (50, 46, 42 e 41), casada; • Doutrina religiosa: Catolicismo; • Admissão: 11/11/19, 1 A, L15; • Atual: 4C, L1 (19/11/19); • Alergias: nega. AVALIAÇÃO INICIAL (Desnutrição leve) História Médica Pregressa CIRURGIAS • Correção de úlcera gástrica; • Remoção de pólipo em VB; • Histerectomia; • Suspensão de bexiga; • Oftalmológicas; AVALIAÇÃO INICIAL COMORBIDADES • HAS ~ 30 anos; • DM II ~ 30 anos; • AVC (2) ~20 anos; • Glaucoma (deficiência visual avançada); Resumo do caso Paciente L.M.A.M, gênero feminino, 67 anos e 11 meses, admitida no dia 11 de novembro de 2019 para colonoscopia de investigação, apresentando dor abdominal em HCE e HCD, queimação, que por vezes impede alimentação, perda ponderal há cinco meses, recebendo assim diagnóstico inicial de DOENÇA DO INTESTINO SEM OUTRA ESPECIFICAÇÃO. Após colonoscopia e biópsia de material coletado, tem diagnóstico alterado para NEOPLASIA MALIGNA DO CÓLON TRANSVERSSO, sendo submetida a colectomia parcial direita ampliada, linfadenectomia e anastomose ileotransverso látero-lateral (19/11/19). AVALIAÇÃO INICIAL Razões para o encontro AVALIAÇÃO INICIAL Estabelecer uma relação de confiança com a paciente Observar suas necessidades, sobretudo farmacoterapêuticas Auxiliar a prevenção e/ou resolução de PRMs Expectativas em relação ao internamento AVALIAÇÃO INICIAL “saber o que eu tenho” “ficar boa” “quero vê-la fora dessa cama” [filho] Experiência medicamentosa AVALIAÇÃO INICIAL “tomo chá de cidreira de vez em quando” “tomo com água sempre [medicamentos]” “eu tenho uma tabela com os remédios com letras grandes, porque eu não enxergo direito” “eu posso confundir aqui, que é as meninas que me dão [medicamentos]” História medicamentosa MEDICAMENTO POSOLOGIA INDICAÇÃO Omeprazol 20 mg 2x dia (jejum e antes do almoço), VO Profilaxia UD AAS 100mg 1x dia, VO Profilaxia AVC Losartana 50mg 12/12h, VO HAS HCTZ 25mg 12/12h, VO HAS Anlodipino 5mg 12/12h, VO HAS Sinvastatina 20mg 1x dia, VO Profilaxia DAC Metformina XR 500mg 2-0-2 DM Caramelose 1x dia, via oftálmica Hidratação Lacrim 3x dia, via oftálmica Hidratação AVALIAÇÃO INICIAL Revisão de Sistemas AVALIAÇÃO INICIAL • LOTE; • Dor abdominal em HCE/HCD e flanco esquerdo; • Náusea e empachamento pós-pandrial; • 4-5 evacuações semanais; • Perda ponderal de 10kg em um ano; • Úlcera duodenal tratada (H.pylori); • Lesão vegetante, ulcerada, friável em cólon transverso (CID K63.9 → CID C184) Registro Farmacoterapêutico MEDICAMENTO POSOLOGIA INDICAÇÃO INÍCIO TÉRMINO Losartana 50mg 12/12h, VO HAS 11/11/19 cont Sinvastatina 20mg 1x dia, VO Profilaxia DAC 11/11/19 cont Anlodipino 5mg 12/12h, VO HAS 11/11/19 cont AAS 100mg 1x dia, VO Profilaxia AVC 11/11/19 cont Dipirona 500mg 1000mg, VO, 6/6h Analgesia 11/11/19 15/11/19 Dipirona 500mg/mL 1 amp., EV, 6/6h Analgesia 15/11/19 Sist (19/11) Ondrasetona 4mg 1 amp., dil, 6/6h Enjoo / emese Se náusea ou vômito Captopril 25mg 1x dia HAS (Se PA ≥ 160 x 100 mmHg) 11/11/19 11/11/19 Enoxaparina 40mg 1x dia, SC Profilaxia trombose 12/11/19 - Omeprazol 20 mg 2x dia (jejum e AA), VO Profilaxia UD 11/11/19 19/11/19 Manitol 20% 750mL + suco Diurese pre-exame 11/11/19 11/11/19 AVALIAÇÃO INICIAL Registro Farmacoterapêutico MEDICAMENTO POSOLOGIA INDICAÇÃO INÍCIO TÉRMINO Metformina XR 500mg 1g, VO, 12/12h DM 12/11/19 cont Tramadol 100mg 100mg, IV, 6/6h Analgesia 19/11/19 - Metoclopramida 5mg/mL 10mg, EV,63mL/h enjoo 19/11/19 Sist Bromoprida 10mg 10mg, IV, momento enjoo 20/11/19 - AVALIAÇÃO INICIAL Lista de problemas AVALIAÇÃO INICIAL P1. PRM efetividade: via de adm da dipirona P2. PRM potencial segurança: interações medicamentosas P2.1. enoxaparina + losartana→ hipercalemia P2.2 anlodipino + metformina → hipoglicemia P3. Neoplasia maligna de cólon transverso P4. HAS P5. DM II P2.3. anlodipino + sinvastatina →miopatia / rabdomiolise Fonte: i9treinamentos PLANO DE CUIDADO P1. PRM efetividade: via de administração da dipirona PLANO DE CUIDADO Objetivo Meta Conduta L.M.A.M vomita três vezes após administração de 2000mg de dipirona, via oral, no dia 15/11/2019 devido a incômodo na deglutição Continuidade da terapia Alteração da via de administração até a próxima medicação Conversa com médico plantonista para avaliação da possibilidade de modificação de VO para EV O Q U Ê? P2. PRM potencial segurança: interações medicamentosas PLANO DE CUIDADO O Q U Ê? P 2 .1 . e n o xa p ar in a + lo sa rt an a L.M.A.M 12/11/19: K 4,0 mmol/L Referência: 3,5 - 5,5 mmol/L P2. PRM potencial segurança: interações medicamentosas PLANO DE CUIDADO O Q U Ê? P 2 .1 . e n o xa p ar in a + lo sa rt an a L.M.A.M 12/11/19: K 4,0 mmol/L Referência: 3,5 - 5,5 mmol/L P2. PRM potencial segurança: interações medicamentosas PLANO DE CUIDADO Objetivo Meta Conduta P2.1. enoxaparina + losartana→ Risco de hipercalemia Prevenção de hipercalemia devido ao uso concomitante de enoxaparina e losartana Manutenção da [K] dentro da normalidade durante o tratamento Monitoramento dos níveis de K O Q U Ê? P2. PRM segurança: interações medicamentosas PLANO DE CUIDADO O Q U Ê? P 2 .2 a n lo d ip in o + m et fo rm in a Sem interações metabólicas relevantes (NM e NI); Alguns AH contribuem pra hipogl. → outras classes 0 50 100 150 200 250 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 H G T T (h) Monitoramento de HGT 11/nov 20/nov 21/nov Linear (20/nov) Menor valor de HGT: 86 (20/11/19) glicemia de jejum: 70 – 130 mg/dL e pós-prandial: <180 mg/dL (AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2013) P2. PRM potencial segurança: interações medicamentosas PLANO DE CUIDADO Objetivo Meta Conduta P2.2. anlodipino + metformina → Risco de hipoglicemia Prevenção de hipoglicemia devido ao uso concomitante de anlodipino e metformina Manutenção da glicemia dentro da normalidade durante o tratamento Monitoramento de HGT O Q U Ê? P2. PRM segurança: interações medicamentosas PLANO DE CUIDADO O Q U Ê? P 2 .3 a n lo d ip in o + si n va st at in a → PubMed Jan. 1987 to Sept. 2013. → DDI amlodipine-simvastatin. → Inibição de CYP3A4 / CYP3A5 CK não dosado Dor 8 em MMSS e MMII dias alt Ausência de mioglobinúria P2. PRM segurança: interações medicamentosas PLANO DE CUIDADO Objetivo Meta Conduta P2.3. anlodipino + sinvastatina → Risco de miopatia/rabdomiolise Prevenção de miopatia/rabdomiólise devido ao uso concomitante de anlodipino e sinvastatina Prevenção do desenvolvimento de miopatia/rabdomiólise durante o tratamento Monitoramento de CK (solicitar) e coloração da urina (mioglobinúria), alegação mialgia intensa constante O Q U Ê? P3. Neoplasia maligna de cólon transverso PLANO DE CUIDADO O Q U Ê? N e o p la si a m al ig n a d e C T • Número de mortes: 18.867; sendo 9.207 homens e 9.660 mulheres (2017 - SIM) • Estimativa de novos casos: 36.360, sendo 17.380 homens e 18.980 mulheres (2018 - INCA) Portaria n° 601, de 26 de junho de 2012 Aprova as Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas do Câncer de Cólon e Reto. • O câncer de cólon e reto abrange tumores malignos do intestino grosso; • Acredita-se que a maioria dos tumores colorretais origine-se de pólipos adenomatosos; • C18.4 Neoplasia maligna do cólon transverso; P3. Neoplasia maligna de cólon transverso PLANO DE CUIDADOO Q U Ê? N e o p la si a m al ig n a d e C T Portaria n° 601, de 26 de junho de 2012 Aprova as Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas do Câncer de Cólon e Reto colectomia parcial direita ampliada, linfadenectomia e anastomose ileotransverso látero-lateral realizada no dia 19/11/2019 P3. Neoplasia maligna de cólon transverso PLANO DE CUIDADO O Q U Ê? N e o p la si a m al ig n a d e C T P3. Neoplasia maligna de cólon transverso PLANO DE CUIDADO Objetivo Meta Conduta Remoção da Neoplasia maligna Realizar laparoscopia e encaminhar para o leito em 1 dia Monitoramento de FC, PAS, PAD, SatO2 O Q U Ê? N e o p la si a m al ig n a d e C T P3. Neoplasia maligna de cólon transverso PLANO DE CUIDADO O Q U Ê? N e o p la si a m al ig n a d e C T 80 73 58 67 65 61 87 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 09/nov 11/nov 13/nov 15/nov 17/nov 19/nov 21/nov 23/nov b m p Data Registro da FC P4. HAS PLANO DE CUIDADO O Q U Ê? H ip e rt e n sã o a rt e ri al s is tê m ic a Hipertensão é uma doença multifatorial, definida como o aumento prolongado da pressão arterial ≥ 140 x 90. Essa pressão arterial elevada causa alterações patológicas na vasculatura e hipertrofia do VE, sendo assim a principal causa de AVE e afins. BRUNTON, L.L et al. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman & Gilman. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012; SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial . Revista Da Sociedade Brasileira De Cardiologia. V. 107, n. 3, Suplemento 3, Setembro 2016. P4. HAS PLANO DE CUIDADO O Q U Ê? T ra ta m e n to s m ai s co m u n s P4. HAS PLANO DE CUIDADO O Q U Ê? T ra ta m e n to s m ai s co m u n s e m e ca n is m . BRA BCC Ligação a Ca L Ca miócitos cardíacos Contratilidade BRUNTON, L.L et al. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman & Gilman. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012; SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial . Revista Da Sociedade Brasileira De Cardiologia. V. 107, n. 3, Suplemento 3, Setembro 2016. P4. HAS PLANO DE CUIDADO Objetivo Meta Conduta Controle da Pressão Arterial PA < 140 x 90 mmHg Monitoramento de PAS, PAD O Q U Ê? P4. HAS PLANO DE CUIDADO O Q U Ê? 156 120 90 110 94 92 114112 60 62 60 48 47 62 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 09/nov 11/nov 13/nov 15/nov 17/nov 19/nov 21/nov 23/nov P ( m m H g) Data PAS (azul) e PAD pela manhã 110 100 97 85 60 65 48 49 0 20 40 60 80 100 120 09/nov 11/nov 13/nov 15/nov 17/nov 19/nov 21/nov P ( m m H g) Data PAS (azul) e PAD (laranja) pela noite P5. DM II PLANO DE CUIDADO O Q U Ê? D ia b et e s M e lli tu s II O termo “diabetes mellitus” (DM) refere-se a um transtorno metabólico de etiologias heterogêneas, caracterizado por hiperglicemia e distúrbios no metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras, resultantes de defeitos da secreção e/ou da ação da insulina (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1999 In: BRASIL, 2013) BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica: estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus. n. 36, Brasília, 2013. P5. DM II PLANO DE CUIDADO O Q U Ê? D ia b et e s M e lli tu s II BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica: estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus. n. 36, Brasília, 2013. P5. DM II PLANO DE CUIDADO O Q U Ê? D ia b et e s M e lli tu s II BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica: estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus. n. 36, Brasília, 2013. Mecanismo de Ação 1ª escolha P5. DM II PLANO DE CUIDADO O Q U Ê? D ia b et e s M e lli tu s II P5. DM II PLANO DE CUIDADO Objetivo Meta Conduta Manutenção da glicemia casual <200 mg/dL Redução da glicemia casual em 12h a <200 mg/dL Monitoramento de HGT O Q U Ê? P5. DM II PLANO DE CUIDADO O Q U Ê? M o n it o ra m e n to d e H G T 0 50 100 150 200 250 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 H G T T (h) Monitoramento de HGT 11/nov 20/nov 21/nov Linear (20/nov) AVALIAÇÃO DE RESULTADOS Fonte: Blog do Software Avaliação P5. DM II AVALIAÇÃO DE RESULTADOS P1. PRM efetividade: via de adm da dipirona P2. PRM potencial segurança: interações medicamentosas P2.1. enoxaparina + losartana→ hipercalemia P2.2 anlodipino + metformina → hipoglicemia P3. Neoplasia maligna de cólon transverso P4. HAS P5. DM II P2.3. anlodipino + sinvastatina →miopatia / rabdomiolise Resolvido Resolvido Controlado Controlado Controlado
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