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Protocolos do SUS

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1 Letícia M. Dutra - Protocolos de atenção à Saúde 
Sumário 
Constituição da República Federativa Brasileira de 1988 ............................................................................................ 2 
Programa Nacional Diabetes Mellitus .............................................................................................................................. 4 
Programa Nacional – Hipertensão Arterial Sistêmica..................................................................................................... 11 
RASTREAMENTO ......................................................................................................................................................... 11 
CRISES HIPERTENSIVAS ................................................................................................................................................... 22 
OBESIDADE ..................................................................................................................................................................... 28 
PROGRAMA SAÚDE DA CRIANÇA .................................................................................................................................. 47 
CARÊNCIAS DE MICRONUTRIENTES............................................................................................................................... 56 
Deficiência em Vitamina A .......................................................................................................................................... 56 
Anemia por carência de Ferro ................................................................................................................................... 63 
 
 
2 Letícia M. Dutra - Protocolos de atenção à Saúde 
Constituição da República Federativa Brasileira de 1988
Movimento da Reforma sanitária 
- Inicio na década de 70 (assistência apenas para quem trabalhava e 
contribuia) 
Objetivo: reformular o Sistema Único de Saúde Brasileiro, passando assim 
a ser: universal e Descentralização 
1986: 8ª Conferência Nacional de Saúde  Implantação de um sistema 
universal, descentralizado e resoluto 
1988: Constituição da Republica Federativa Brasileira  Garante ao 
cidadão direitos (politica de bem-estar social) – erradicação da miséria e 
redução das desigualdades sociais. 
Art. V e VI: direitos individuais e coletivos (sáude, educação, moradia, 
julgamento justo com ampla defesa) 
Art. 60 e 61: Cláusulas pétreas (ex. Art V: direito a saude é dever do 
estado) 
SUS: politica do ESTADO brasileiro. 
Pincipios doutrinários e finalisticos: UNIVERSALIDADE, EQUIDADE e 
INTEGRALIDADE 
Seção II DA SAÚDE (Seguridade Social) 
Artigo 196 
A saúde é direito de todos e dever do Estado (Federal, estadual e 
municipal), garantido mediante políticas sociais e econômicas 
que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao 
acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua 
promoção, proteção e recuperação. 
Artigo 197 
São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo 
ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua 
regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução 
ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por 
pessoa física ou jurídica de direito privado. 
Artigo 198 
As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede 
regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, 
organizado de acordo com as seguintes diretrizes: 
I - descentralização, com direção única em cada esfera de 
governo; 
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades 
preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; 
III - participação da comunidade. (Lei 8.142: 50% de usuários, 
25% trabalhadores e 25% gestores e pretadores) 
 
Hierarquização: 80% resolvido na Atenção Básica, 15% no nivel 2ªrio e 
5% no 3ªrio/ 4ªrio. (complexidade crescente) 
- EC nº29 
§ 1º. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do 
art. 195, com recursos do orçamento da seguridade social, da 
União, dos (12%) Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
(15%), além de outras fontes. (Parágrafo único renumerado para 
§ 1º pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) substituida pela 
EC nº95/2016 
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde 
recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais 
calculados sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 
I - no caso da União, na forma definida nos termos da lei 
complementar prevista no § 3º; (Incluído pela EC nº 29, de 2000) 
II - no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da 
arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos 
recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e 
inciso II, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos 
respectivos Municípios; (Incluído pela EC nº 29, de 2000) 
III - no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da 
arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos 
recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 
3º.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 
§ 3º Lei complementar (lei 141/2012), que será reavaliada pelo 
menos a cada cinco anos, estabelecerá: (punições) (Incluído pela EC 
nº 29, de 2000) 
I - os percentuais de que trata o § 2º; (Incluído pela EC nº 29, de 
2000) 
II - os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde 
destinados aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, e dos 
Estados destinados a seus respectivos Municípios, objetivando a 
progressiva redução das disparidades regionais; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 
III - as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas 
com saúde nas esferas federal, estadual, distrital e municipal; 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 
IV - as normas de cálculo do montante a ser aplicado pela 
União.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000
Emenda Constitucional nº 29, de 2000 substituida pela 
EC nº95/2016 
 EC nº 29, de 2000: o governo deveria investir o 
PIB nominal (PIB do ano anterior + inflação do 
ano anterior) (ex.: 5% + 6% = 11%) 
 EC nº95/2016: somente a inflação do ano interior 
Ano 2000, a cada R 1,00 gasto em saúde: 0,70 era do 
governo federal, e 0,15 do estado e 0,15 do município 
- Com o passar dos anos, foi criado: 
 PAB (piso da atenção básica) R$ 2,22 
mês/habitante 
 PAB variável, que depende do município fazer 
o convenio com o governo (ex. UPA, SAMU, 
CAPS) 
- Ex. SAMU: Governo Federal: R$ 150 mil e o município 
R$ 300 mil 
Em 2020, cada R 1,00 gasto em saúde: 0,40 é do 
governo federal, 0,15 do estado e 0,45 do município 
§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes comunitários 
de saúde e agentes de combate às endemias por meio de processo seletivo público, de 
acordo com a natureza e complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para 
sua atuação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 51, de 2006) 
- 1991 surge o PACS (programa do Agente comunitário em Saúde) 
- 1994 surge o PSF (programa de Saúde da Família) – serviços temporários (4 anos) 
- EC 51 o contrato do Agente comunitário passa a ser atemporal (Lei 11.350/2006  
Obrigatoriedade de Agentes comunitários no local em que tem Saúde da Família) 
 
§ 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico e a regulamentação das atividades de 
agente comunitário de saúde e agente de combate às endemias. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 51, de 2006) (Vide Medida provisória nº 297. de 2006) Regulamento 
 
§ 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no § 4º do art. 169 da 
Constituição Federal, o servidor que exerça funções equivalentes às de agente 
comunitário de saúde ou de agente de combate às endemias poderá perder o cargo em 
caso de descumprimento dos requisitosespecíficos, fixados em lei, para o seu exercício. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 51, de 2006) 
 
3 Letícia M. Dutra - Protocolos de atenção à Saúde 
 
Artigo 199  Complementariedade 
A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. 
§ 1º - As instituições privadas poderão participar de forma 
complementar do sistema único de saúde, segundo 
diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou 
convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e 
as sem fins lucrativos. (Setor privado não pode fazer 
gestão) 
§ 2º - É vedada a destinação de recursos públicos para 
auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins 
lucrativos. 
§ 3º - É vedada a participação direta ou indireta de 
empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde 
no País, salvo nos casos previstos em lei. (Medida 
protecionista – Lei 8.080: prevê a participação de 
empresas/entidades ligadas a ONU) 
§ 4º - A lei disporá sobre as condições e os requisitos que 
facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias 
humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, 
bem como a coleta, processamento e transfusão de 
sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de 
comercialização. (Lei 8.080 – Decreto 7.508) 
 
TRANSVERSALIDADE: 
- UNIVERSALIDADE é um princípio doutrinário 
transversal, pois o acesso tem que ser a todos os níveis 
do SUS 
- PNH (política Nacional de Humanização): precisa 
ocorrer em todos os níveis do SUS 
 
LONGITUDINALIDADE: diretriz da Atenção Básica que 
acompanha durante toda a vida 
Intersetorialidade: articulação com outros setores 
(educação, politica, saneamento,...) 
Artigo 200 
Ao sistema único de saúde compete, além de outras 
atribuições, nos termos da lei: 
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e 
substâncias de interesse para a saúde e participar da 
produção de medicamentos, equipamentos, 
imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos; 
II - executar as ações de vigilância sanitária e 
epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; 
(Lei 8.080) 
 Vigilância sanitária: conjunto de ações de fiscalização, controle 
da produção, do transporte do armazenamento e da 
distribuição de produtos de interesse da saúde 
 Vigilância epidemiológica: verifica frequência e distribuição dos 
fatores determinantes e condicionantes na saúde e doenças. 
 Vigilância da saúde do trabalhador: ações de vigilância 
sanitária e epidemiológica no ambiente de trabalho 
 Vigilância em Saúde: Portaria 2436/2017 (PNAB) - amplo de 
ações que a equipe de AB executa em seu território para 
identificação de situações de risco que envolve a vigilância 
sanitária, epidemiológica, saúde do trabalhador e ambiental. 
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de 
saúde; 
IV - participar da formulação da política e da execução das 
ações de saneamento básico; 
V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento 
científico e tecnológico; 
 
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o 
controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e 
águas para consumo humano; 
 
VII - participar do controle e fiscalização da produção, 
transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos 
psicoativos, tóxicos e radioativos; 
 
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele 
compreendido o do trabalho 
CAPÍTULO III 
DA APLICAÇÃO DE RECURSOS EM AÇÕES E SERVIÇOS PUBLICOS DE SAÚDE 
Seção I 
Dos Recursos minimos 
Art. 5º A união aplicará, anualmente, em ações e serviços publicos de saúde, o montante correspondente ao valor empenhado no exercício financeiro anterior, apurado 
nos termos desta Lei Complementar, acrescido de, no minimo, o percental correspondente à variação nominal do Produto Interno Bruto (PIB) ocorrida no ano anterior ao da lei 
orçamentária anual. 
§ 1º (VETADO) 
§ 2º Em caso de variação negativa do PIB, o valor de que trata o caput não poderá ser reduzido, em termos nominais, de um exercicio financeiro para o outro 
§ 5º (VETADO) 
Art. 6º Os estados e o Distrito Federal aplicarão, anualmente, em ações e serviços publicos de saúde, no mínimo, 12% da arrecadaçãp dos impostos a que se refere o art. 
155 e dos recursos de que tratam o art. 157 e alínea “a” do inciso I e o inciso II do caput do art. 159, todos da Constituição Federal, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos 
respectivos Municipios 
Parágrafo único (VETADO) 
Art. 7º Os Municipos e o Distrito Federal aplicarão anualmente em ações e serviçps públicos de saúde, no mínimo 15% da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 
156 e dos recursos de que tratam o art. 158 e a alínea “b” do inciso I do caput e § 3º do art. 159 todos da Constituição Federal 
Parágrafo único (VETADO) 
Art. 8º O Distrito Federal aplicará, anualmente, em ações e serviços publicos de saúde, no minimo 12% do produto de arrecadação direta dos impostos que não possam 
ser secregados em base estadual e em base municipal 
Art. 9º Está compreendida na base de calculo dos percentuais dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios qualquer compensação financeira proveniente de 
impostos e transferências constitucionais provistos no § 2º do art. 198 todos da Constituição Federal já instituida ou que vier a ser criada, bem como a divida, a multa e os juros de 
mora decorrentes dos impostos cobrados diretamente ou por meio de processo administrativo ou judicial 
Art. 10 Para efeito do calculo do montante de recursos previstos no § 3º do art. 5º e nos art. 6º e 7º, devem ser considerados os recursos decorrentes da dívida ativa, da 
multa e dos juros de mora provenientes dos impostos e da sua respectiva divida ativa 
Art. 11 Os Estados, o Distrito Federal e os Municipios deverão observar o disposto nas respectivas Contituições ou Leis Organicas sempre que os percentuais nelas estabelecidos forem 
superiores aos fixados nesta Lei Complementar para aplicação em ações e serviços publicos de saúde. 
 
4 Letícia M. Dutra - Protocolos de atenção à Saúde 
Programa Nacional Diabetes Mellitus
RASTREIO: faz exame em pessoas sem sinais e sintomas (somente quando se tem 
um programa) 
DIAGNÓSTICO PRECOCE: faz exame em pessoas com sinais e sintomas 
Ex.: Sinais e sintomas de diabetes (4P): 
 POLIDPSIA 
 POLIÚRIA 
 POLIFAGIA 
 Perda de peso (menos comum, no tipo 2 só em fase avançada) 
Quando o programa recomenda fazer rastreamento de DM? 
Tabela 1 – Critérios para o rastreamento do DM em adultos assintomáticos 
Excesso de peso (IMC >25 kg/m2) e um dos seguintes fatores de risco: 
• História de pai ou mãe com diabetes; 
• Hipertensão arterial (>140/90 mmHg ou uso de anti-hipertensivos em adultos); 
• História de diabetes gestacional ou de recém-nascido com mais de 4 kg (macrossomia fetal); 
• Dislipidemia: hipertrigliceridemia (>250 mg/dL) ou HDL-C baixo (<35 mg/dL); 
• Exame prévio de HbA1c ≥5,7%, tolerância diminuída à glicose (TOTG) ou glicemia de jejum alterada (110 a 125mg/dL); 
• Obesidade severa(IMC >40 kg/m2), acanthosis nigricans (manchas enegrecidas em pescoço, região inguinal e axilas, sinal de ↑ de insulina circulante); 
• Síndrome de ovários policísticos; 
• História de doença cardiovascular; 
• Inatividade física; 
OU Idade ≥ 45 anos; 
OU 
Risco cardiovascular moderado (Ver Cadernos de Atenção Básica, nº 37 – Estratégias para o Cuidado da Pessoa com Doença 
Crônica – Hipertensão Arterial Sistêmica). 
Fonte: AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2013 
 
Quais os estágios de desenvolvimento do Diabetes Mellitus? 
DM tipo 1: auto-imune, AC contra as cél. β  requer INSULINA (em semanas) 
- ↓ a insulina e ↑ a glicemia 
DM tipo 2: metabólico, resistência no R GP4 
- ↓ a glicose que entra na cél e ↑ glicemia 
 O sangue ao passar pelo pâncreas estimula as 
cél β a produzir mais insulina 
 
- A glicemia em Jejum: 8 a 12 horas em fazes 
iniciais pode apresentar normal, pq inicialmente 
o jejum pode compensar. 
 
 
 
 
 
- TOTG (teste oral de Tolerânciaa glicose): colhe 1º a 
glicemia em jejum, faz o exame, e posteriormente adm 
75gr de dextrose e colher após 120 min (2 horas), 
resultado: 
- < 140: normal 
- 140 a 199: intolerância a glicose ou pré DM tipo 2 
- > 200: DM tipo 2 
 
 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção 
Básica. Diabetes Mellitus / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, 
Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2006. 64 p. il. – 
(Cadernos de Atenção Básica, n. 16) (Série A. Normas e Manuais Técnicos) 
 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção 
Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica : diabetes mellitus / 
Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção 
Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2013. 160 p. : il. (Cadernos de Atenção Básica, 
n. 36) 
Medicamentos e mecanismo de ação 
Metformina 
- Atuação R GP4, diminuindo a resistência do 
R a insulina 
 
-No intestino ↓ a absorção de glicose, 
causando diarreia 
 
- Bloqueia o Glucagón (Com o ↑ do Aa, a cel α 
produz Glucagón que vai agir no fígado quebrando 
glicogênio (glicogenolise) e assim ↑ glicemia = 
hiperglicemia endógena). 
Glibencamida: 
- Atuação R GP4, diminuindo a 
resistência do R a insulina 
 
- SECRECAGOGO  Estimula a 
cel β a produzir insulina  Pode 
causar HIPOGLICEMIA 
 
5 Letícia M. Dutra - Protocolos de atenção à Saúde 
 
1-Qual a conduta para a paciente? R- Solicitar glicemia jejum para rastreamento do diabetes 
2-Quais os critérios para rastreamento do diabetes? R- 45 anos ou +; ou IMC > 25 + fatores de risco 
 
Rastreio 
Diagnóstico precoce: 
-Quando já tem os sinais e sintomas 
 Poliúria 
 Polidpsia 
 Polifagia 
 Perda de peso 
 
 
 
 
 
 
3-Quanto tempo deve ser feita a glicemia jejum? R:Jejum de 8h a 12h 
Paciente retorna em consulta médica com resultado da glicemia 
jejum 116 mg/dL (glicemia em jejum alterada) 
 
 
4- Qual a conduta médica? R: Solicitar TOTG e ou Hemoglobina glicada quando disponível 
5-Quais as indicações do Teste Oral de Tolerância a Glicose? R (Fique atento: Página 16 Caderno AB 16) 
Todo valor glicemia no diagnóstico 110 a 125 mg/dL ou glicemia normal com 2 ou mais fatores de risco maior 
 
 
 
Caso clínico: M.S.N, 35 anos, feminino, casada, mãe de 2 filhos, última gestação há 5 anos, refere ter vindo em consulta médica 
para exames de rotina. Relatou histórico de macrossomia fetal, diabetes gestacional, não faz uso de medicamentos, mãe e pai 
diabéticos tipo 2. Negou outros antecedentes patológicos, internação hospitalar. Ao exame físico não foram encontradas 
anormalidades. PA: 130x80mmHg, P: 82 bpm, R: 22 mrpm, ictus cordis normal, AP: murmúrio vesicular biLeral em ápice e base. 
AC: 1 e 2 bulhas normofonéticas. Peso: 82kg e Altura: 162cm.  IMC: 31 
TOTG (1ª na hora e 2 horas após 
a dextrose) – teste ouro 
- Se < 140 = Normal  retorno 
em 1 ano 
- 140 a 199 = Pré-DM ou 
tolerância a glicose diminuída 
- 200 ou + = DM confirmado 
Glicemia em Jejum 
(Sensibilidade, especificidade e custo & benefício) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hemoglobina Glicada/ glicosilada/ 
glicohemoglobina (não é tão sensível 
quanto o TOTG) 
- Visualiza a % de hemoglobina que 
se ligou a hemácia (por 3 meses) 
- < 5,6% = normal 
- 6,5 a 5,7% = intolerância a glicose 
- Se ≥ 6,5% = DM 
70 a 109 
Glicemia Normal 
 
110 a 125 
Glicemia de Jejum 
alterada 
 
>126 
Suspeita de DM 
 
Tem fator de Risco? 
 
Fazer TOTG Solicitar nova glicemia de jejum 
 
NÃO 
↓ 
SIM 
↓ 
 70 a 109 
↓ 
110 a 125 
↓ 
Retorno 
em 1 ano 
 
TOTG Investigar 
(Dieta, se 
sacaneou) fazer 
TOTG 
 
TOTG 
 
 Se 70 a 109 
↓ 
>126 
↓ 
 Retorno em 1 
ano 
Confirma DM 
Solicitar: Exame de glicemia casual 
- Exame de glicosímetro (aparelho/ destro). Não precisa estar em jejum, pode ser feito a qualquer 
momento 
Resultado: 
 < 200 = solicitar glicemia em jejum – investigar os sintomas (pq glicemia > 180 o pct já apresenta 
sintomas, pq o rim libera glicose, poliuria) 
 >200 = confirmado DM (Para confirmar DM precisa ter os 3 sintomas) 
Exceção: se estiver em UPA, PS e o pct tiver uma infecção (pois no processo infeccioso/infecção 
aguda ela descompensa) infecção = ↑ glicemia 
Resumindo... 4 Possibilidades de confirmar DM: 
1- Glicemia em jejum: >126 + 2 teste 
2- Glicemia casual >200 + 3Ps 
3- Hemoglobina Glicada: > 6,5% 
4- TOTG: >200 
 
6 Letícia M. Dutra - Protocolos de atenção à Saúde 
Realizado TOTG resultado 110 e após 2 horas 170 mg/dL 
 
6. Qual a conduta médica? R: Confirmar o diagnóstico de 
Tolerância a glicose diminuida ou “Pré-diabetes” 
- Orientações: MEV- mudança de estilo de vida (dieta + estilo de 
vida) 
Agendar consulta com enfermeiro para acompanhamento 
- Retorno com o enfermeiro: 3 meses 
- Retorno com o médico: 1 ano 
 
7. Como é realizada a interpretação TOTG? 
- No TOTG-75 g, o paciente recebe uma carga de 75 g de glicose, 
em jejum e a glicemia é medida antes e 120 minutos após a 
ingestão. 
- Uma glicemia de 2 horas pós-sobrecarga maior ou igual a 200 
mg/dL é indicativa de diabetes e entre 140 mg/dL e 199 mg/dL, 
indica tolerância à glicose diminuída. 
8. Quando deverá ser marcado o retorno para a paciente? 
- O retorno para consulta médica deverá ser marcado até 1 ano. 
(Fazer Hemoglobina glicada para ver se deu resultado) 
- Com o enfermeiro: 3 meses - Exame com o destro, avalia peso, alimentação e orientações. No caso de uma má adesão, 
encaminha para o médico. (voltar em 7 dias)
9. Quais exames de rotina devem ser solicitados? 
 Glicemia de jejum e HbA1C. 
• Colesterol total (CT), HDL e triglicerídeos (TG). 
 
A fração LDL pode ser calculada utilizando-se a fórmula de 
Friedewald: LDL = CT – HDL – TG/5 (para triglicerídeos 
abaixo de 400 mg/dL). 
• Creatinina sérica. 
• Exame de urina tipo 1 e, se necessário, 
microalbuminúria ou relação albumina/creatinina. 
- Urina 1 
- sem proteínas presentes: deve pedir em seguida 
microalbuminuria 
- com proteina: pedir proteinuria 24 horas (para ver o grau 
da lesão renal)  encaminhar para o nefro 
• Fundoscopia. 
 
A paciente volta 1 ano após a primeira consulta, tendo 
realizado glicemia casual na UBS com resultado 180mg/dL 
Nega sintomas Clássicos de diabetes mellitus 
10. Qual a conduta? R: Deverá ser solicitada glicemia jejum 
+ HB glicada 
11. Qual o parâmetro para confirmar diabetes mellitus na 
glicemia casual? R: Maior ou igual a 200mg/dL com (3Ps) 
sintomas clássicos de diabetes mellitus – polifagia, 
poliúria, polidipsia e perda de peso 
Paciente retorna com resultado da glicemia jejum 
138mg/dL 
12. Qual deverá ser a conduta médica? R: Deverá solicitar 
uma nova glicemia jejum para confirmar 
Paciente fez uma nova glicemia jejum com o resultado 
142mg/dL 
13. Qual a conduta médica? 
- Confirmar o diagnóstico de diabetes mellitus; 
- Caso a paciente seja obesa (IMC >25) iniciar com 
metformina;  intensificar MEV 
- Retorno em 3 meses 
- Novamente solicitar exames de rotina
 
14. Em quais situações confirmamos diabetes mellitus? 
Tabela 3 – Valores preconizados para o diagnóstico de DM tipo 2 e seus estágios pré-clínicos 
Categoria 
Glicemia de 
jejum* 
TTG: 2 horas após 
75 g de glicose 
Glicemia casual + 3Ps 
Hemoglobina 
glicada (HbA1C) 
Glicemia normal <110 <140 <200 
Glicemia alterada >110 e <126 
Tolerância diminuída à 
glicose 
 ≥140 e <200 
Diabetes mellitus <126 ≥ 200 
200 (com sintomas 
clássicos***) 
≥ 6,5% 
1ª escolha: Metformina (inicia com dose mínima 500 ou 800 
mg/dia com o pico de efeito em 7 dias) - 1 comprimido após a 
principal refeição do dia 
- pct tem que retornar em 7 dias, com o enfermeiro – orienta e 
avalia, fazer glicemia casual: 
 Se Glicemia: normal, pedir Glicemia de jejum, se 
também normal  mantém Metformina - Retorno 
em 3 meses (poisestá controlado) 
 Se glicemia: 130 a 180 em jejum, agendar consulta 
com o médico na mesma semana. (avaliar e 
questionar sobre alimentação e excercicio físico)  
↑ Metformina (passa a tomar 2x dia) 
- Retorno em 7 dias com o enfermeiro 
Precisa controlar o diabetes: ↓ de 130 em jejum 
- diagnostico de Diabetes em Glicemia de 300  inicia com 
INSULINA (> 270  INSULINA) E orientar o pct passar com a 
enfermeira no dia para orientar sobre a insulina. 
 
7 Letícia M. Dutra - Protocolos de atenção à Saúde 
(Ver diagramas) 
15. Como deve ser iniciada metformina? R: Iniciar com 
Metformina (biguanidas) na menor dose possível (a menor 
dose 500/850 mg) para uma melhor adaptação 
16. Qual a dose mínima, média e máxima de metformina? 
R: Vem em comprimidos de 500mg ou 850mg 
- iniciar 500mg sempre após a principal refeição (1 
comprimido após o almoço) 
 - máxima 850mg 3x ao dia (dose máx. 2.550 mg) 
500 após almoço + 500 após jantar, se não controlou 
 + 2,5 da Glibencamida antes do almoço, se não controlou 
 5mg da Glibencamida antes do almoço, se não controlou 
 5mg da Glibencamida antes do almoço + 5 antes da janta, se 
não controlou 
 3 cp de Metformina + 3cp de Glibencamida (café, almoço e 
janta), se não controlou 
 + 5mg no almoço de Gliben (5 café, 10 almoço, 5 jantar = 
dose máx.), se não controu 
 Mantém remédio + INSULINA (10 UI as 18:00) – após 3 dias 
voltar com o enfermeiro, se não controlou 
 Ex. 150 de glicemia  Aumentar 2 UI de insulina – voltar 
após 7 dias, se controlou  MANTÉM 
 
17. Qual o mecanismo de ação da metformina? 
São 3 principais: (não ↑ os níveis de insulina, por isso não 
causa hipo e é a 1ª escolha) 
1- diminui resistência do receptor (GP4) celular a insulina 
2- reduz absorção de hidratos carbono no intestino 
3- No fígado: bloqueia (parcialmente) a ação do glucagon  
evita a hiperglicemia endógeno 
18. Quais suas principais contraindicações? 
- Hepatopatas 
- Nefropatas 
- Gestantes 
- Portadores de doenças crônicas intestinais (piora o quadro 
clínico- Diarreia, desconforto abdominal. Ex. Doença de Crohn, 
diverticulite, Colite pseudomenbranosa) 
19. Quais seus eventos adversos? 
- Dores abdominais 
- Náuseas 
- Vômitos 
- diarreia (pode durar até 2 semanas – por isso manter o TTO) 
20. Quanto tempo pode ser aguardado para avaliar eficácia 
do hipoglicemiante? 
R: O hipoglicemiante tem seu efeito máximo em 7 dias 
21. Para quanto tempo é agendada reavaliação do 
paciente? R: 3 meses 
Paciente retorna em 3 meses, apresentando uma glicemia 
jejum de 180mg/dL, já com uso de metformina 850mg 2x. 
22. Qual a conduta? R: Iniciar o tratamento com 
medicamentos de 2º linha - GLIBENCAMIDA 
23. Quais os medicamentos de 2ª linha? 
Foi prescrito glibenclamida 5mg antes do almoço (ANTES 
da principal refeição) 
Dose máx.: 20 mg (4 cp) 
O Quadro 7 apresenta os hipoglicemiantes orais disponíveis na Relação Nacional de Medicamento (Rename) de 2012. 
Quadro 7 – Medicamentos de uso oral disponíveis na Rename 2012 
Classe 
farmacológica 
Denominação 
genérica 
Concentração Apresentação 
Dose mínima 
(dose inicial) 
Dose máxima 
(dia) 
Tomadas 
ao dia 
Biguanidas 
(APÓS a refeição) 
Cloridrato de 
Metformina 
500 mg Comprimido 500 mg 
2.550 mg 
(5cp) 
3 
Cloridrato de 
Metformina 
850 mg Comprimido 500 mg 
2.550 mg 
(3cp) 
3 
Derivados da 
ureia, 
sulfonamidas 
 
(ANTES da 
refeição)* pode 
dar hipo, então: 
tem que comer logo 
após (30min). 
Glibenclamida 5 mg Comprimido 2,5 mg 20 mg 2 – 3 
Gliclazida 30 mg 
Comprimido 
de liberação 
controlada 
30 mg – 1 
Gliclazida 60mg 
Comprimido 
de liberação 
controlada 
30mg – 1 
Gliclazida 80 mg Comprimido 80 mg 320 mg 1 – 2 
Fonte: Relação Nacional de Medicamento (Rename) de 2012. A Figura 2 apresenta uma sugestão de fluxograma de tratamento do DM tipo 2. 
 
24. Qual o mecanismo de ação do glibenclamida? 
É um hipoglicemiante do grupo das sulfoniluréias 
(secrecagogo) com 2 mecanismo de ação: 
1. Diminui resistência do receptor celular (RGP4) a ação da 
insulina = Metformina 
2. Estimula secreção de insulina – cél β(secrecagogo, por 
isso causa hipo e é a 2ª escolha) 
 
 
25. Qual a dose e frequência do glibenclamida? 
- dose mínima: 2,5 mg/dia 
- dose máxima: 20mg/dia 
- Frequência: ANTES das refeições 30 minutos 
26. Quais as contraindicações? 
- Gestantes 
- hepatopatias 
- insuficiência renal 
 
8 Letícia M. Dutra - Protocolos de atenção à Saúde 
Obs: Na Diabetes gestacional  INSULINA 
Ex.: Pct com glicemia de 340 (Diagnóstico de DM) entrar 
com insulina, mas não significa que ele sempre irá precisar 
de insulina, pode ser que esse pct esteja descompensado 
(quadro infeccioso), e posteriormente ele pode controlar 
só com remédio. 
Ex. Idoso diabético, quando a glicemia sobe rapidamente  
investigar quadro infeccioso (pneumonia, ITU) esses 
quadros nos idosos são mascarados. 
Na vigência de um quadro infeccioso: adm INSULINA 
 
27. Qual o principal evento adverso? R: Hipoglicemia 
28. Qual a frequência da hemoglobina glicosilada? 
- Se não está controlado: 3 meses 
- Pacientes controlados: 6 meses 
29. Qual o resultado satisfatório para tratamento? R: 
Sempre Hb <7% ou glicemia em Jejum <130 
Paciente retornou 3 meses com glicemia jejum 112 mg/dL 
e hemoglobina glicada 6,5 
30. Qual a conduta? R: Manutenção do tratamento, e 
voltar depois de 6 meses com o médico 
Paciente acompanhando há 10 anos na UBS com momentos 
de aderência ao tratamento e outros não. 
Comparece em consulta com glicemia de 301 e 
hemoglobina glicada 9. Qual a conduta? R: Iniciar 
tratamento com medicamento de 3ª linha para diabetes 
mellitus (INSULINA) 
31. Quais os tratamentos de 3 linha? R: Insulina 
32. Qual insulina deverá ser prescrita? R:Insulina NPH de 
ação intermediária 
33. Qual dose deve ser iniciada? R:Duas maneiras 
1. 10U/I noite aumentando 2U/I semana se não controlar 
glicemia. (máx 20 UI) (esquema para iniciar com a insulina) 
2. 0,5 a 1 U/I kg dia com 2/3 cedo e 1/3 noite 
INSULINA: 
- Insulina de ação Rápida (REGULAR): não é insulina para começar risco de hipoglicemia. Regular somente na hiper pós-
prandial 
- Insulina ultralenta: 
- INICIAR com a insulina Intermediária: NPH (começa efeito em meia hora com duração de 20 horas e pico de 6 horas) 
 0,50 UI ou 1 UI por Kg do paciente (ideal começar com dose mínima) ex.: 90 Kg = 45 UI (2/3 (30 UI) cedo e 1/3 (15 UI) noite 
18/19 horas) após o café da manhã (não pode ficar de jejum)  variar com a refeição do paciente 
 
Recomendação do Ministério  FORMA ALTERNATIVA: Mantém os remédios e entra as 18:00 hrs com 10 UI NPH 
Prescrever insulina e marcar consulta com o enfermeiro para receber as orientações sobre o uso da insulina (tem direito ao 
aparelho e 3 testes por dia)  Se a glicemia estiver < 70 ou > 180 ele precisa procurar atendimento. 
Pegar o histórico de marcação do pct: 
- Se < 70 (ver o horário que está acontecendo): 
 Se for durante a noite ou a noite  Reduzir a insulina da manhã ( - 4UI) pela manhã 
 Se a hipo for de manhã  Reduzir a insulina da noite ( - 4UI) 
- Resultados entre 70 e 130: MANTER insulina na dose prescrita (retorno em 3 meses) 
- Entre 131 e 180: aumentar 2 unidades (inversos ao horário que está alto) 
- >180: aumentar 4 unidades (inversos ao horário que está alto) 
 
34. Suspende os hipoglicemiantes? R; Não, a resistência ainda existe, portanto mantem metformina 850 1 a 2x ao dia 
35. Como iniciar e manejo insulina? R: (ver figura 2) 
36. Mudou a frequência de hemoglobina glicada? R: Sim, agora de 2 ou 3 meses 
 
37. Quais os tipos de insulina? 
Tabela 4 – Insulinas disponíveis no SUS 
Insulinas Início Pico Duração Posologia Aspecto 
Ação rápida: 
Regular 
30 – 60min 2 – 3h 8 – 10h 
30 minutos antes das 
refeições 
Adm: 1– 3x/dia 
Cristalino 
Ação Intermediária: 
NPH 
2 – 4h 4 – 10h 
12 – 18h 
(até 22 h) 
Recomendar dose noturna 
às 22h 
Turvo/ 
leitosaTodas as insulinas disponíveis no Brasil têm concentração de 100 unidades/ml. 
 
 
9 Letícia M. Dutra - Protocolos de atenção à Saúde 
38. Quais os eventos adversos dos medicamentos de 1 a 3 linha do diabetes mellitus? 
Quadro 8 – Principais efeitos adversos dos hipoglicemiantes orais e insulinas 
Denominação 
genérica 
Efeitos adversos 
Cloridrato de 
Metformina 
Hipotensão postural, hipertensão de rebote na retirada, sedação, distúrbio do sono, cefaleia, vertigens 
e tonturas, depressão, sinais e sintomas psicóticos, diminuição da libido, xerostomia, hepatotoxicidade, 
anemia hemolítica, febre. 
Glibenclamida 
Hipoglicemia, particularmente em idosos, distúrbios gastrintestinais, cefaleia, reações cutâneas, 
distúrbios hepáticos, alterações hematológicas, aumento de peso. Hipersensibilidade pode ocorrer nas 
seis primeiras semanas de tratamento. 
Gliclazida 
Hipoglicemia, particularmente em idosos, distúrbios gastrintestinais, reações cutâneas, distúrbios 
hepáticos. 
Insulinas (NPH e 
regular) 
Hipoglicemia, aumento de peso, edema, hipersensibilidade cutânea, reação no local de aplicação 
 
39. Paciente retorna há 1 dia com complicações. O que deve ser feito? 
Tabela 5 – Avaliação e tratamento da descompensação aguda do DM 
Avaliação diagnóstica: 
• História: causa da descompensação (mudança e não aderência ao esquema de insulina, doenças e medicações intercorrentes, abuso 
alimentar). 
• Exame físico: pressão arterial, frequência cardíaca e respiratória, temperatura axilar, avaliação do estado mental, hálito cetônico, boca, 
garganta e ouvidos, ausculta respiratória, exame abdominal, gânglios linfáticos, pele, exame neurológico. 
• Exames complementares: glicemia capilar, cetonúria e exame comum de urina, se sintomas de infecção urinária. 
Conduta: 
• Hidratação oral e tratamento da doença intercorrente. 
• Pessoas com glicemia >250 mg/dL, cetonúria e hálito cetônico, desidratação ou vômitos: encaminhar para serviço de emergência 
prontamente. 
• Pessoas com glicemia >250 mg/dL e cetonúria, mas sem os agravantes acima: administrar 20% da dose de insulina diária sob a forma de 
insulina regular e revisar em quatro horas. Repetir a dose se glicemia >250 mg/dL. Se não melhorar no próximo teste ou mostrar 
agravantes, encaminhar prontamente ao serviço de emergência. A pessoa deve ser hidratada com soro fisiológico 0,9% endovenoso em 
acesso venoso calibroso. 
• Pacientes com glicemia >250 mg/dL, sem cetonúria, mas com manifestações clínicas, administrar 10% da dose total de insulina e observar 
de 4 em 4 horas até estabilização. 
Havendo piora do quadro, encaminhar para serviço de emergência. A pessoa também deve ser hidratada com soro fisiológico 0,9% 
endovenoso em acesso venoso calibroso. 
Avaliação Diagnóstica 
40. Paciente com Hipoglicemia qual o manejo? 
Atenção 
Quadro 11 – Instruções para o manejo da hipoglicemia pelo paciente, família e serviço de Saúde 
Paciente Ingerir 10 g a 20 g de carboidrato de absorção rápida; repetir em 10 a 15 minutos, se necessário. 
Amigo ou 
Familiar 
Se a pessoa não conseguir engolir, não forçar. Pode-se colocar açúcar ou mel embaixo da língua ou entre a 
gengiva e a bochecha e levá-lo imediatamente a um serviço de Saúde. 
Serviço de 
Saúde 
Se existirem sinais de hipoglicemia grave, administrar 25 mL de glicose a 50% via endovenosa em acesso de 
grande calibre, com velocidade de 3 ml/min e manter veia com glicose a 10% até recuperar plenamente a 
consciência ou glicemia maior de 60 mg/dL; manter então esquema oral, observando o paciente enquanto 
perdurar o pico da insulina; pacientes que recebem sulfonilureias devem ser observados por 48h a 72h para 
detectar possível recorrência. 
A hiperglicemia matinal persistente precisa ser investigada como consequência de hipoglicemia noturna (efeito Somogyi). O 
diagnóstico diferencial com o efeito do alvorecer (hiperglicemia matinal por deficiência de insulina, agravada pela secreção de 
hormônios contrarreguladores de madrugada) é necessário para definir a conduta adequada. O efeito Somogyi requer redução 
da dose ou revisão do horário de aplicação da insulina noturna; o efeito do alvorecer requer aumento da dose de medicação em 
uso e com frequência ajuste de horário da insulina noturna. Para prevenção da hipoglicemia noturna, pode-se orientar um 
lanche antes de dormir que contenha carboidratos, proteínas e gorduras, por exemplo, um copo de leite (300 mL). 
Pessoas muito suscetíveis à ocorrência de hipoglicemias ou que tenham hipoglicemias assintomáticas requerem relaxamento 
das metas terapêuticas (AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2009), já que o tratamento intensivo do diabetes aumenta a 
incidência de hipoglicemias graves em três vezes (THE DIABETES CONTROL AND COMPLICATIONS TRIAL RESEARCH GROUP, 
1997). 
 
10 Letícia M. Dutra - Protocolos de atenção à Saúde 
1-Paciente de 40 anos, compareceu a Unidade Básica de 
Saúde – UBS em demanda espontânea com queixa de 
poliúria, polifagia, polidipsia e perda de peso. Assinale 
abaixo a alternativa mais adequada: 
a. Solicitar glicemia jejum. 
b. Solicitar TOTG. 
c. Solicitar hemoglobina glicada. 
d. Solicitar glicemia casual. 
e. Encaminhar para Unidade de Pronto 
Atendimento – UPA. 
 
2-Paciente de 45 anos, feminino, casada, mãe de dois 
filhos, na última gestação há 10 anos teve diabetes 
gestacional. Para rastreio do diabetes mellitus assinale a 
alternativa mais adequada: 
a. Solicitar glicemia jejum. 
b. Solicitar TOTG. 
c. Solicitar hemoglobina glicada. 
d. Solicitar glicemia casual. 
e. Solicitar curva glicêmica. 
 
3-Em retorno de consulta a paciente de 50 anos, obesa, 
dislipidêmica, traz glicemia jejum com resultado de 
90mg/dL. Assinale abaixo a alternativa mais adequada 
para esse caso: 
 
a. Solicitar nova glicemia de jejum. 
b. Resultado exame normal. Marcar retorno do 
paciente para 3 anos. 
c. Solicitar TOTG. 
d. Solicitar glicemia casual. 
e. Nenhuma das alternativas acima estão corretas. 
 
4-Paciente veio em consulta médica de retorno com 
resultado de glicemia jejum de 118mg/dL. Assinale abaixo 
a conduta mais adequada para esse caso: 
a. Solicitar nova glicemia de jejum. 
b. Resultado exame normal. Marcar retorno do 
paciente para 3 anos. 
c. Solicitar TOTG. 
d. Solicitar glicemia casual. 
e. Nenhuma das alternativas acima estão corretas. 
 
 
5-Em consulta médica na Unidade Básica de Saúde – UBS 
compareceu o paciente M.L.P, 45 anos, casado, 
masculino, com resultado de glicemia jejum de 140mg/dL. 
Assinale a alternativa mais adequada para esse caso: 
a. Solicitar nova glicemia de jejum. 
b. Resultado exame normal. Marcar retorno do 
paciente para 3 anos. 
c. Solicitar TOTG. 
d. Solicitar glicemia casual. 
e. Nenhuma das alternativas acima estão corretas. 
 
 
 
 
6-Em consulta de retorno após a segunda glicemia de 
jejum com resultado de 130mg/dL. Das alternativas abaixo 
responda a mais adequada frente o caso apresentado: 
a. Solicitar nova glicemia jejum para elucidação 
diagnóstica. 
b. Confirmar o diagnóstico de exame alterado de 
glicemia jejum. 
c. Estabelecer o diagnóstico de Pré-diabetes. 
d. Estabelecer o diagnóstico de intolerância a 
glicose. 
e. Estabelecer o diagnóstico de diabetes mellitus. 
 
7-Paciente de 45 anos, masculino, após Teste Oral de 
Tolerância a Glicose - TOTG com resultado de 201mg/dL 
após 120 minutos do exame. Deverá ter a seguinte 
conduta: 
a. Solicitar novo Teste Oral de Tolerância a Glicose. 
b. Solicitar hemoglobina glicada. 
c. Estabelecer o diagnóstico de Pré-diabetes. 
d. Estabelecer o diagnóstico de Diabetes Mellitus. 
e. Nenhuma das alternativas estão corretas. 
 
8- Após Teste Oral de Tolerância a Glicose – TOTG o 
paciente retornou com resultado de 180 mg/dL. Assinale 
abaixo a alternativa mais adequada para esse caso: 
a. Solicitar novo Teste Oral de Tolerância a Glicose. 
b. Solicitar hemoglobina glicada. 
c. Estabelecer o diagnóstico de Pré-diabetes. 
d. Estabelecer o diagnóstico deDiabetes Mellitus. 
e. Nenhuma das alternativas estão corretas. 
 
9- Após teste de hemoglobina glicada com resultado de 
6,6% o paciente retorna para avaliação. Assinale abaixo a 
conduta mais adequada para esse caso: 
a. Solicitar novo Teste Oral de Tolerância a Glicose. 
b. Solicitar hemoglobina glicada. 
c. Estabelecer o diagnóstico de Pré-diabetes. 
d. Estabelecer o diagnóstico de Diabetes Mellitus. 
e. Nenhuma das alternativas estão corretas. 
 
10-Paciente veio em consulta médica com resultado dos 
exames para acompanhamento do diabetes mellitus 
apresentando proteinúria no exame de urina. Assinale a 
conduta mais adequada nesse caso: 
a. Marcar retorno em 3 meses. 
b. Solicitar Proteinúria 24 horas. 
c. Solicitar microalbuminúria. 
d. Encaminhar para Unidade de Pronto 
Atendimento – UPA. 
e. Encaminhar o paciente para hemodiálise.
 
 
 
 
 
 
11 Letícia M. Dutra - Protocolos de atenção à Saúde 
Programa Nacional – Hipertensão Arterial Sistêmica
RASTREAMENTO 
(Caderno 37) 
M.S.N, 18 anos, masculino, solteiro, não faz uso de medicamentos, veio à UBS com queixa de tristeza e insônia após perder o emprego. 
Negou outros antecedentes patológicos, internação hospitalar. Ao exame físico não foram encontradas anormalidades. PA: 130x80mmHg, 
P: 82 bpm, R: 22 mrpm, ictus cordis normal, AP: murmúrio vesicular biliteral em ápice e base. AC: 1 e 2 bulhas normofonéticas. Peso: 82kg e 
Altura: 182cm. 
 
HAS: 80% dos casos assintomáticos (Exceto em Urgências e emergências) 
1-Qual a frequência de rastreio para este paciente? R:Sem registro nos últimos 2 anos. Anualmente 
2. Como deve ser a aferição da pressão arterial neste paciente? R: Deve ser aferida ESTIMANDO em ambos os membros e 
marcando o maior valor. Ex. 160 x 80 – 110x100. Quando a ≠ entre a Sistólica for > 20  investigar obstrução arterial periférica 
(aterosclerose). OU ≠ da Diastólica não pode ser > 10  investigar obstrução arterial periférica. Pensar em dissecção de Aorta 
(pulso diminuído em braço esquerdo) 
Manobra de Osler/ Técnica da estimativa da PA 
- Pct com o braço semi-fletido, colocar o dedo no pulso radial (ESTIMAR), 
colocar o manguito no braço e ir inflando de 10 em 10 mmHg, quando 
parar o pulso, olhar no manômetro (ex. 120), desinsulflar e esperar de 
30’s a 1 min. 
- Palpar o pulso braquial, colocar o esteto no pulso braquial (bolsa a 
altura de 3cm da fossa cubital) 
- Ir insuflando de 10 em 10, quando o som parar (120), insulflar + 20 ou 
30, ao chegar em 150 ir soltando; 
 O 1º Korotkoff: 120mmHg (PAS) 
 O 5ª Korotkoff (ao parar): 80 mmHg (PAD) 
- Se não estimar antes: pct pode apresentar uma pseudo-hipertensão 
 O que é um paciente OSLER (+)? R: Com o envelhecimento as artérias 
vão enrijecendo (ARTERIOESCLEROSE), em alguns pct a artéria está tão 
enrijecida, que ao insuflar (colaba a Artéria), não apresentará pulso 
braquial.  No OSLER (+) por enrijecimento da artéria (a artéria está tão 
dura) que mesmo interrompendo o fluxo sanguíneo, o som é auscultado 
(artefato). 
- Se aferir a PA direto do pct, sem fazer a estimativa, apresentará um 
engano, pois o artefato fica até os 300 mmHg do aparelho. Pseudo-
Hipertenso 
O Quadro 3 descreve a técnica correta de medida da pressão arterial. 
Quadro 3 – Condições padronizadas para a medida da pressão arterial 
• O paciente deve estar sentado, com o braço apoiado e à altura do precórdio. 
• Medir após cinco minutos de repouso. 
• Evitar o uso de cigarro e de bebidas com cafeína nos 30 minutos precedentes. 
• A câmara inflável deve cobrir pelo menos dois terços da circunferência do braço. 
• Palpar o pulso braquial e inflar o manguito até 30mmHg acima do valor em que o pulso deixar 
de ser sentido. 
• Desinflar o manguito lentamente (2 a 4 mmHg/seg). 
• A pressão sistólica corresponde ao valor em que começarem a ser ouvidos os ruídos de 
Korotkoff (fase I). 
• A pressão diastólica corresponde ao desaparecimento dos batimentos (fase V)*. 
• Registrar valores com intervalos de 2 mmHg, evitando-se arredondamentos (Exemplo: 135/85 
mmHg). 
• A média de duas aferições deve ser considerada como a pressão arterial do dia; se os valores 
observados diferirem em mais de 5 mmHg, medir novamente. 
• Na primeira vez, medir a pressão nos dois braços; se discrepantes, considerar o valor mais alto; 
nas vezes subsequentes, medir no mesmo braço (o direito de preferência). 
*No caso em que se ouvirem os batimentos até zero, considerar o abafamento do som (fase IV). 
 
12 Letícia M. Dutra - Protocolos de atenção à Saúde 
3. Quando apresentar diferenças > 20 PAS OU > 10 PAD mmHg entre os braços? 
R: O indivíduo deverá ser investigado para doenças arteriais se apresentar diferenças de pressão entre os membros superiores 
maiores de 20/10 mmHg para as pressões sistólica/diastólica, respectivamente (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO; SOCIEDADE 
BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA; SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA, 2010). Com intervalo de um minuto, no mínimo, uma segunda medida 
dever ser realizada.  Suspeitar de Obstrução arterial periférica (complicação da hipertensão – aterosclerose) 
 A média dos valores pressóricos obtidos foram: 
 PAS < 120 E PAD < 80 mmHg 
4. Qual a conduta médica? R: Retorno a cada 2 anos, se PA 
menor que 120/80 mmHg (BRASIL, 2006); (Rastreamento: > 
18 anos, PAS < 120 e PAD <80) 
 
PAS: 120 – 139 OU PAD: 80 – 89 mmHg 
5. Entre 120 – 139/80 – 89 mmHg nas pessoas sem outros 
fatores de risco para doença cardiovascular (DCV) (CHOBANIAN 
et al., 2003)? R: Retorno a cada ano. Na presença de fator de 
risco investigar HAS 
 
PA ≥ 140/90 mmHg OU PA entre 120 – 139/80 – 89 mmHg na 
presença de outros fatores de risco para doença 
cardiovascular (DCV). 
6. Qual a conduta médica?  investigar HAS R: Fazer o 
controle da PA em mais 2 momentos em um intervalo de 1 – 2 semanas 
INVESTIGAÇÃO DE HAS 
HAS: PA alta mantida 
7. O que fazer na HAS do Avental Branco? 
Estudos demonstraram que, entre os profissionais médico, 
enfermeiro e técnico de Enfermagem que verificam a PA 
em serviços de Saúde, as medidas realizadas pelos técnicos 
de Enfermagem apresentaram efeito do avental branco 
com uma frequência menor (SEGRE et al., 2003). Portanto, 
destaca-se a importância do trabalho desses profissionais 
na verificação da PA em serviços de Saúde. 
8. Aparelho comum da UBS- serve para todos? R: NÃO 
Recomendam-se 6 tamanhos de manguitos para as UBS que 
atendem crianças e adultos (SOCIEDADE BRASILEIRA DE 
HIPERTENSÃO; SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA; SOCIEDADE 
BRASILEIRA DE NEFROLOGIA, 2010) (Tabela 1). Tabelas de correção 
da pressão arterial de acordo com o perímetro do braço 
tiveram sua validação questionada e não são reconhecidas 
por diretrizes atuais. A Tabela 1 mostra os manguitos 
apropriados para diferentes circunferências braquiais. 
 O tamanho precisa ser adequado para não apresentar 
uma falsa hipertensão 
Tabela 1 – Dimensões da bolsa de borracha (manguito) para diferentes 
circunferências de braço em crianças e adultos 
Denominação 
do manguito 
Circunferência 
do braço (cm) 
Bolsa de borracha (cm) 
Largura Comprimento 
Recém-
nascido 
≤ 10 4 8 
Criança 11 – 15 6 12 
Infantil 16 – 22 9 18 
Adulto 
pequeno 
20 – 26 10 17 
Adulto 27 – 34 12 23 
Adulto grande 35 – 45 16 32 
 
A paciente volta com 40 anos, tendo valor da pressão 
arterial sistêmica de 150x90mmHg em ambos os 
membros. 
9. Está estabelecido o diagnóstico de HAS? R: Não (Para 
confirmar, precisa ao menos 2 aferições em momentos 
diferentes) 
10. Qual o critério de diagnóstico da HAS? 2.3 Diagnóstico 
O diagnóstico da HAS consiste na média aritmética da PAS 
≥ 140 OU PAD ≥90mmHg, verificada em pelo menos 3 dias 
diferentes com intervalo mínimo de uma semana entre as 
medidas, ou seja, soma-se a média das medidas do 
primeiro dia mais as duas medidas subsequentes e divide-
se por três. 
A constatação de um valor elevado em apenas um dia, 
mesmo que em mais do que uma medida,não é suficiente 
para estabelecer o diagnóstico de hipertensão. 
Cabe salientar o cuidado de se fazer o diagnóstico correto 
da HAS, uma vez que se trata de uma condição crônica que 
acompanhará o indivíduo por toda a vida. Deve-se evitar 
verificar a PA em situações de estresse físico (dor) e 
emocional (luto, ansiedade), pois um valor elevado, muitas 
vezes, é consequência dessas condições. 
Ex. no prontuário possui marcações de aferição de PA com alterações, se 
tiver já 2 aferições (NOS ULTIMOS 12 MESES) + a atual = confirma 
Diagnóstico de PA. 
Ex.: Pct com PA de 180 x 120 = URGÊNCIA HIPERTENSIVA (TTO: captopril). 
Investigar 4 possíveis diagnósticos: 
* Emergência hipertensiva: (tem sinais e sintomas) ↑ de PA + Lesão de 
órgão alvo Aguda (AVC, dissecção de aorta, Papiledema – hemorragia de 
retina)  SAMU  Hospital 
* Urgência Hipertensiva: (não tem sinais) PAD ≥ 120 
* Pseudo Crise Hipertensiva: ex. 180x 110 sem sintomas. É o hipertenso 
que não foi descoberto antes
RASTREIO: pessoas sem sinais e sintomas 
 
 HAS > 18 anos 
 
 
PAS < 120 E 
PAD < 80 mmHg 
 
PAS: 120 – 139 OU 
PAD: 80 – 89 mmHg 
↓ 
PAD ≥ 140 OU 
PAD ≥ 90 mmHg 
 
 Tem fator de risco? 
 
 
 
 
Retorno em 2 
anos 
 
NÃO 
↓ 
Retorno 1 ano 
 
SIM 
 
Investigar 
HAS 
 
13 Letícia M. Dutra - Protocolos de atenção à Saúde 
11. O que é Ampa? 
A automedida da pressão arterial (Ampa) é realizada por pacientes ou familiares, não profissionais de Saúde, fora do 
consultório, geralmente no domicílio, representando uma importante fonte de informação adicional. A principal vantagem da 
Ampa é possibilidade de obter uma estimativa mais real dessa variável, tendo em vista que os valores são obtidos no 
ambiente em que as pessoas passam a maior parte do dia (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO; SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA; SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA, 2010). 
12-Quais as indicações do Mapa? 
Na suspeita de Hipertensão do Avental Branco (HAB) ou Hipertensão Mascarada (HM), sugerida pelas medidas da Ampa, 
recomenda-se a realização de Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (Mapa) ou Monitorização Residencial de 
Pressão Arterial (MRPA), para confirmar ou excluir o diagnóstico [Grau de Recomendação D](SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO; SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA; 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA, 2010). 
14. Como é o Mapa? 
A Mapa é feita por aparelhos validados que empregam o método oscilométrico. Afere a pressão por dezenas de vezes nas 24 
horas, registrando o comportamento da pressão arterial durante o período do sono. A MRPA é feita, preferencialmente, por 
manômetros digitais pela própria pessoa ou familiares. Recomendam-se três medidas pela manhã, antes do desjejum e da 
tomada de medicamento, e três à noite, antes do jantar, durante cinco dias, ou duas medidas em cada sessão durante sete dias 
(PARATI et al., 2010). 
Ambos os métodos capturam com adequada precisão o risco de elevação da pressão arterial (SEGA et al., 2005; MANCIA et al., 
2006; KIKUYA et al., 2007). Por medirem muitas vezes a pressão, aferem com mais precisão a pressão usual dos indivíduos, 
amortecendo a reação de alerta que ocorre em consultórios médicos. Isso ocorre em especial com a pressão aferida pela Mapa, 
que inclui valores de pressão aferidas durante o sono, usualmente mais baixas do que a vigília. Elevação da PA durante o sono 
demonstrou valor prognóstico independente da pressão de 24 horas. 
Tabela 2 – Valores de pressão arterial no consultório, Mapa, Ampa e MRPA que caracterizam hipertensão, hipertensão do 
avental branco e hipertensão mascarada 
 Consultório Mapa Vigília Ampa MRPA 
Normotensão ou hipertensão 
controlada 
< 140/90 ≤ 130/85 ≤ 130/85 ≤ 130/85 
Hipertensão ≥ 140/90 > 130/85 > 130/85 > 130/85 
Hipertensão do avental branco ≥ 140/90 < 130/85 < 130/85 < 130/85 
Hipertensão mascarada < 140/90 > 130/85 > 130/85 > 130/85 
Nota: Mapa = monitorização ambulatorial da PA de 24h; Ampa = automedida da PA; MRPA = monitorização residencial da PA. 
15. Indivíduos com HAS jaleco branco terão mapa Normal? 
Indivíduos com pressão alterada no consultório, devido à reação de alerta, e normal na Mapa ou na MRPA, têm a síndrome do 
avental branco. Por um tempo, imaginou-se que essa condição fosse benigna, mas de fato já embute aumento discreto de risco. 
Estima-se que quase um terço dos indivíduos hipertensos em consultório tem síndrome de avental branco. 
16. O que é hipertensão mascarada? 
Indivíduos com pressão normal no consultório e anormal na Mapa ou na MRPA têm a denominada hipertensão mascarada. 
Estima-se que aproximadamente 12% de indivíduos com pressão normal em consultório tenham hipertensão mascarada 
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO; SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA; SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA, 2010). 
 
17. Como é o risco da HAS mascarada? Maior? 
O risco para eventos cardiovasculares é menor em indivíduos normotensos no consultório e fora dele, aumentando progressivamente em 
hipertensos do jaleco branco, hipertensos mascarados e hipertensos no consultório e fora do consultório (SEGA et al., 2005). Tratamento é 
indicado para hipertensão no consultório e fora do consultório, hipertensão mascarada e hipertensão de jaleco branco, nesta última categoria 
pelo maior risco mencionado acima e pelo fato de que todos os ensaios clínicos, no qual embasam decisões de tratamento, utilizaram medidas 
de consultório. 
Há tendência em se estabelecer rastreamento de hipertensão arterial com medida de PA no 
consultório e fora do consultório, mas não há diretrizes sobre a periodicidade. O 
rastreamento deve permanecer baseado na pressão de consultório, obtendo-se medidas 
fora dele e em todos os indivíduos hipertensos no consultório sem evidência de repercussão 
em órgão-alvo, e naqueles normotensos sob risco aumentado de hipertensão. Entre esses, 
poderia se incluir pacientes com pressão limítrofe, aqueles na faixa etária dos 40 a 50 anos e 
indivíduos com fatores de risco para hipertensão (história familiar, sobrepeso ou 
obesidade). Com base na pressão aferida no consultório e fora dele, os pacientes podem ser 
classificados segundo a proposta apresentada na Figura 1 – Condições classificatórias da 
pressão arterial considerando a aferição em consultório e fora de consultório 
 
 
14 Letícia M. Dutra - Protocolos de atenção à Saúde 
19. Valores médios do paciente foram 150x92mmHg. Está estabelecido o diagnóstico de HAS? R:Sim 
 20. Qual o estágio de HAS do mesmo? 
Classificação da pressão arterial 
De acordo com os valores pressóricos obtidos no consultório, 
podemos classificar a pressão arterial em normotensão, PA 
limítrofe e hipertensão arterial sistêmica (Tabela 3). A HAS 
também pode ser diagnosticada por meio da MRPA ou da Mapa. 
Tabela 3 – Classificação da pressão arterial para adultos maiores 
de 18 anos 
Nota: Quando as pressões sistólica e diastólica estiverem em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação 
da pressão arterial. 
21. Se o valor fosse abaixo de 120x80? 2 anos até. 
Entre 130x85? As pessoas que apresentarem PA entre 130/85mmHg são consideradas normotensas e deverão realizar a aferição 
anualmente 
23. PA entre 130/85 a 139/89mmHg? 
Pessoas com PA entre 130/85 a 139/89mmHg deverão fazer avaliação para identificar a presença de outros fatores de risco (FR) 
para DCV. Na presença desses fatores, a pessoa deverá ser avaliada pela enfermeira, em consulta individual ou coletiva, com o 
objetivo de estratificar o risco cardiovascular. A PA deverá ser novamente verificada em mais duas ocasiões em um intervalo de 
7 a 14 dias. Na ausência de outros FR para DCV, o indivíduo poderá ser agendado para atendimento com a enfermeira, em 
consulta coletiva, para mudança de estilo de vida (MEV), sendo que a PA deverá ser novamente verificada em um ano. 
Pessoas com PA limítrofe possuem um risco aumentado de HAS e devem ser estimuladas pelaequipe de Saúde a adotarem 
hábitos saudáveis de vida. 
Se a média das três medidas forem iguais ou maiores a 140/90mmHg? R: Iniciar o tratamento médico e acompanhamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Classificação 
Pressão sistólica 
(mmHg) 
Pressão diastólica 
(mmHg) 
Ótima < 120 < 80 
Normal < 130 < 85 
Limítrofe 130 – 139 85 – 89 
Hipertensão estágio 1 140 – 159 90 – 99 
Hipertensão estágio 2 160 – 179 100 – 109 
Hipertensão estágio 3 ≥ 180 ≥ 110 
 
15 Letícia M. Dutra - Protocolos de atenção à Saúde 
Tabela 2 – Valores de pressão arterial no consultório, Mapa, Ampa e MRPA que caracterizam hipertensão, hipertensão do 
avental branco e hipertensão mascarada 
 Consultório Mapa Vigília Ampa MRPA 
Normotensão ou hipertensão 
controlada 
< 140/90 ≤ 130/85 ≤ 130/85 ≤ 130/85 
Hipertensão ≥ 140/90 > 130/85 > 130/85 > 130/85 
Hipertensão do avental branco ≥ 140/90 < 130/85 < 130/85 < 130/85 
Hipertensão mascarada < 140/90 > 130/85 > 130/85 > 130/85 
Nota: Mapa = monitorização ambulatorial da PA de 24h; Ampa = automedida da PA; MRPA = monitorização residencial da PA. 
QUESTÕES PARA MEMORIZAR O ASSUNTO 
Paciente veio a UBS com relato de alteração nos valores de pressão arterial ao passar mal devido uma cólica renal e procurado a 
Unidade de Pronto Atendimento – UPA. Valor tensional na consulta médica em ambos os membros foi de 140x90 mmHg. Das 
assertivas abaixo assinale a mais adequada. 
Alternativas 
(A) Está estabelecido ao diagnóstico de HAS, e estágio é leve. 
(B) Não está estabelecido o diagnóstico de HAS, deve ser solicitado ao paciente MAPA. 
(C) Não está estabelecido o diagnóstico de HAS, deve ser solicitado o controle de pressão arterial por duas semanas. 
(D) Deve iniciar tratamento medicamento com anti-hipertensivos. 
 
Paciente 25 anos, veio UBS com pressão arterial de 120x80 mmHg não tem lesão em órgão alvo ou fatores de risco. Assinale 
abaixo a conduta mais adequada: 
(A) Retorno em consulta a cada ano. 
(B) Retorno em consulta a cada 2 anos. 
(C) Solicitar controle de pressão arterial. 
(D) Solicitar MAPA. 
 
Página 29 do Caderno de Atenção Básica 37 
De acordo com a média dos dois valores pressóricos obtidos, a PA 
deverá ser novamente verificada: 
– a cada dois anos, se PA menor que 120/80 mmHg (BRASIL, 2006); 
– a cada ano, se PA entre 120 – 139/80 – 89 mmHg nas pessoas sem 
outros fatores de risco para doença cardiovascular (DCV) (CHOBANIAN 
et al., 2003); 
30 
Ministério da Saúde | Secretaria de Atenção à Saúde | Departamento 
de Atenção Básica 
– em mais dois momentos em um intervalo de 1 – 2 semanas, se PA 
maior ou igual a 140/90 mmHg ou PA entre 120 – 139/80 – 89 mmHg na 
presença de outros fatores de risco para doença cardiovascular (DCV). 
Leia mais sobre fatores de risco para DCV neste Capítulo, na página 38. 
Página 36 – do mesmo Manual 
 
Fique atento 
• Observamos uma divergência de condutas uma na página 29 
orientando anualmente e outra na página 36 orientando a cada dois anos. 
• Assim, concluímos que ambas as respostas estão corretas. 
 
16 Letícia M. Dutra - Protocolos de atenção à Saúde 
Hipertensão arterial – Estratificação de risco 
Despois de confirmada a Hipertensão, realizar a consulta 
1ª Etapa da consulta: 
Avaliação de HAS: 
 Primária/ essencial 95%: Hipertenso multifatorial 
(o pct não tem doença que está causando HA) 
Avaliar se o pct tem consequências da HÁ = 
Lesão em órgão alvo 
- TTO: tratar a hipertensão 
 Secundária 5%: causado por uma doença 
- TTO: tratar a doença base 
Multifatorial: idade, sexo (M), raça (negro), sedentarismo, 
fator genético 
Secundária 
- Indícios: 
 Se iniciou antes dos 40 anos ou após 60 anos 
 HAS refratária (já tentou 3 medicamentos e não tem 
controle) 
 Apresenta crises 
Principais causas de Hipertensão secundária 
Feocromocitoma Tumor benigno na Supra renal 
causando o ↑de catecolaminas 
- Tríade: Cefaléia, Taquicardia e dor 
precordial 
- Diagnóstico: dosagem basal de 
adrenalina + Exame de imagem da 
Supra Renal 
Hipotireoidismo 
 
- Tireoidite de Hashimoto (AC contra as 
cél da tireoide), níveis de T3 ↓ e T4 ↓ 
- Sintomas: sonolência, fraqueza, queda 
de cabelo, edema de MMII, depressão 
- Disgnostico: Solicitar TSH 
(no Hipo TSH ↑ e T3 ↓ e T4 ↓) 
Coarctação de 
aorta 
 
Situação congênita (no RN), leva a uma 
hipertensão e concomitantemente ↓ o 
fluxo nos MMIIs = ↓ ou ausência de 
pulso femoral, poplíteo e pedioso 
- Confirmação: encaminhar para o 
cardio (ECO) 
Hiperaldesteronismo: 
 
Tumor benigno na Supra renal 
causando o ↑ aldosterona (↑ PA e 
causa vasoconstrição) 
- Sintomas: câimbras intensas, arritmia 
- Diagnostico: Dosagem de K 
(hipocalemia) e Aldosterona 
Doença de Cronh 
 
- Doença inflamatória intestinal crônica 
que eleva a PA 
Uso de AINEs 
 
- Acumula Na, ↑ volume intravascular = 
↑ PA 
- Fazer anamnese 
- Suspender o uso 
Anticoncepcioanais - Fazer anamnese 
- Geralmente aparece quando iniciou o 
uso de AC  Suspender o uso 
Acromegalia 
 
- Tumor na hipófise, que causa excesso 
de GH após o fechamento das epífises 
- Cresce membros, face e órgãos 
internos 
Gigantismo 
 
- Tumor na hipófise, que causa excesso 
de GH (Pessoa não para de crescer) 
- Antes do fechamento das epífises (na 
infância) 
- Retém Na, causa cardiopatia 
Diagnostico: Tomo + dosagem de GH 
Doença de cushing 
 
- causas Endógena ou exógena 
Endógena: Tumor na gl. suprarenal 
Exógeno: uso crônico de corticoides 
 
- Rosto redondo, giba de búfalo, 
catabolismo proteico, estrias violáceas, 
osteoporose, alterações psiquiátricas, 
diabetes, retenção liquida 
Diagnostico: Dosar Cortisol Basal (↑) 
Obstrução de 
artéria renais 
 
- Hipertenso que não responder ao TTO 
- Não apresenta sinais e sintomas 
- Libera muita RAA, ↑reabsorção de Na, 
volume intravascular 
Diagnostico: US 
Insuficiência Renal - Retém liquido, causa anasarca = ↑ PA 
Apneia do sono 
 
- Obstrução da VA pela noite 
- Libera adrenalina (stress), fazendo a 
PA se manter alta por todo o dia 
 
EXAMES (rotina 1 x ano) 
- Colesterol (fator de risco) 
- LDL (fator de risco) 
- HDL < 40 (fator de risco) 
- Triglicerídeos (fator de risco) 
- ác. Úrico 
- Creatinina: (normal: até 1,4 homem e até 1,2 mulher) 
- Sódio (injesta) 
- Potássio: hiperaldesteronismo 
- ECG: FC e investiga hipertrofia de VE 
 ver se ondas QRS estão ↑, se sim sugere 
hipertrofia. 
 Se onda P positiva e T invertida = lesão de órgão 
alvo, encaminha para o cardio. 
 Onda Q muito grande: sinal de infarto anterior 
- RX de tórax (pouco utilizado) 
- Exame de fundo de olho: oftalmo 
- Palpar pulso cefálo-caudal, comparar lados (avaliar: 
frequência, ritmo, perfusão) 
Exame físico: Ausculta de pulmão e ♥, Turgência de Jugular 
(hipertrofia de VD), ascite 
Na presença dessas doenças  REFERÊNCIA 
(encaminhar) 
Se a lesão é multifatorial  Tratar na AB 
 
17 Letícia M. Dutra - Protocolos de atenção à Saúde 
Primária – Estratificação 
Risco – Fatores de risco 
1- Idade > 60 anos 
2- Dislipidemia 
3- Tabagismo 
4- História familiar 
 
Estadiamento final 
 Risco A 
- Não há 
fatores de 
risco 
Risco B 
- Há 
fatores de 
risco 
Risco C 
- Diabetes 
Mellitus OU 
lesão de 
órgão alvo 
Estagio I 
PAS: 140 -159 
OU 
PAD: 90 - 99 
MEV 
(3meses) 
MEV MEV + TM 
(1 drogas) 
Estagio II 
PAS: 160 - 174 
OU 
PAD: 100 -109 
MEV + TM 
(2 drogas) 
MEV + TM 
(2 drogas) 
MEV + TM 
(2 drogas) 
Estágio III 
PAS > 180 OU 
PAD > 110 
MEV + TM 
(2 drogas) 
MEV + TM 
(2 drogas) 
MEV + TM 
(2 drogas) 
 
 
 
 
 
 
Lesão órgão alvo 
 Cérebro 
 ♥ 
 Artéria periférica 
 Rins 
Fluxo de consulta (medica e enfermagem) 
Estagio I: trimestral 
Estagio II e III: mensal 
Fluxo de consulta pacientes controlados (medica e 
enfermagem) 
Risco A: Semestral 
Risco B: trimestral 
Risco C: mensalAnt-ihipertensivo: necessita de 30 dias para fazer efeito 
 
MEV: MUDANÇA DE ESTILO DE VIDA 
1- Perda de peso: 10% principal fator que ↓ PA 
2- Atividade física aeróbica 
3- Dieta rica em Potássio = ↓PA 
4- Dieta Pobre em Sal 
5- Restrição do consumo de álcool (homem: 1 cerveja 
ou 60 ml destilado – mulher metade) 
Pct de rastreamento 
PAS < 120 E PAD < 80: retorno em 2 anos 
PAS 120 a 139 OU PAD 80 a 89 – Tem fator de risco? SIM: 
investigar HAS 
PAS > 140 OU PAD > 90 – SIM: investigar HAS 
 
Investigar com 4 fatores: 
1- MRPA: medida residencial da PA 
2- MAPA: Aparelho 24hrs oscilométrico que faz a 
média com várias oscilações (pct tem que marcar 
as atividades) – Medida ambulatorial da PA 
3- AMPA: Auto medida da PA 
4- CONTROLE: vai até a UBS e o técnico/auxiliar 
realiza 
Aferições: 1x por semana em 3 semanas: somar as 3 
aferições e fazer a média 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro 5 – Achados do exame clínico e anamnese 
indicativos de risco para DCV. 
Baixo risco/Intermediário 
– Risco B 
Alto risco – Risco C 
• Tabagismo 
• Hipertensão 
• Obesidade 
• Sedentarismo 
• Sexo masculino 
• História familiar de 
evento cardiovascular 
prematuro (homens <55 
anos e mulheres <65 anos) 
• Idade >65 anos 
• Acidente vascular cerebral 
(AVC) prévio 
• Infarto agudo do miocárdio 
(IAM) prévio 
• Lesão periférica – Lesão de 
órgão-alvo (LOA) 
• Ataque isquêmico transitório 
(AIT) (onda T invertida) 
• Hipertrofia de ventrículo 
esquerdo (HVE) 
• Nefropatia 
• Retinopatia 
• Aneurisma de aorta 
abdominal 
• Estenose de carótida 
sintomática 
• Diabetes mellitus 
 
18 Letícia M. Dutra - Protocolos de atenção à Saúde 
Tratamento e Acompanhamento das Pessoas com Hipertensão Arterial Sistêmica na Atenção Básica 
3.1 Introdução 
O cuidado da pessoa com hipertensão arterial sistêmica (HAS) deve ser multiprofissional. 
O objetivo do tratamento é a manutenção de níveis pressóricos controlados conforme as características do paciente e tem por 
finalidade reduzir o risco de doenças cardiovasculares, diminuir a morbimortalidade e melhorar a qualidade de vida dos 
indivíduos (BRASIL, 2010). 
Um dos desafios para as equipes da Atenção Básica é iniciar o tratamento dos casos diagnosticados e manter o 
acompanhamento regular dessas pessoas motivando-as à adesão ao tratamento medicamentoso e não medicamentoso. 
 
3.2 Tratamento não medicamentoso 
O tratamento não medicamentoso é parte fundamental no controle da HAS e de outros fatores de risco para doenças 
cardiovasculares (DCV), como obesidade e dislipidemia. Esse tratamento envolve mudanças no estilo de vida (MEV) que 
acompanham o tratamento do paciente por toda a sua vida. 
Entre as MEV está a redução no uso de bebidas alcoólicas. O álcool é fator de risco reconhecido para hipertensão arterial e pode 
dificultar o controle da doença instalada. A redução do consumo de álcool reduz discretamente a pressão arterial, promovendo 
redução de 3,3mmHg (IC95%1: 2,5 – 4,1mmHg) em pressão sistólica e 2,0mmHg (IC95%: 1,5 – 2,6mmHg) em diastólica [GRADE B] 
(NATIONAL INSTITUTE FOR HEALTH AND CLINICAL ExCELLENCE, 2011; MOREIRA et al, 1999). Outro ponto a ser observado é o uso de 
anticoncepcionais hormonais orais. A substituição de anticoncepcionais hormonais orais por outros métodos contraceptivos 
promove a redução da pressão arterial em pacientes hipertensas [GRADE D] (LUBIANCA et al., 2005; ATTHOBARI et al., 2007). 
Embora fumar seja um fator de risco para o desenvolvimento de DCV, o papel do tabagismo como fator de risco para HAS não 
está, ainda, bem definido (GUPTA; SINGH; GUPTA, 2004). Estudo realizado na Índia mostrou uma relação significativa do 
tabagismo com a prevalência da HAS (GUPTA; GUPTA, 1999). Fumar um cigarro eleva momentaneamente a pressão arterial, 
podendo, o seu efeito se manter por até duas horas (GUPTA; SINGH; GUPTA, 2004). Estudos estimam um aumento de até 
20mmHg na pressão sistólica após o primeiro cigarro do dia. Além disso, o cigarro aumenta a resistência às drogas anti-
hipertensivas, fazendo com que elas funcionem menos que o esperado (FERREIRA et al, 2009; CHOBANIAN et al., 2003). 1 
Intervalo de confiança de 95%. Indica que 95% da amostra do estudo apresentou uma redução da PA entre 2,5 e 4,1mmHg. 
Quando menor o IC, maior a confiabilidade no estudo. 
O tabagismo também aumenta o risco de complicações cardiovasculares secundárias em hipertensos e aumenta a progressão da 
insuficiência renal. Além disso, a cessação do tabagismo pode diminuir rapidamente o risco de doença coronariana entre 35% e 
40% (KAPLAN, 2010). 
A adoção de hábitos saudáveis, como alimentação, diminuição do consumo de álcool, prática de atividade física, controle do 
peso e abandono do tabagismo serão abordados no Cadernos de Atenção Básica, nº 35 – Estratégias para o Cuidado da Pessoa 
com Doença Crônica, desta Coleção. As especificidades da alimentação saudável e a prática de atividade física na HAS serão 
abordadas neste Caderno nos próximos capítulos. 
 
Tratamento medicamentoso 
A decisão de quando iniciar medicação anti-hipertensiva deve ser considerada avaliando a preferência da pessoa, o seu grau de 
motivação para mudança de estilo de vida, os níveis pressóricos e o risco cardiovascular. 
Pessoas com alto risco cardiovascular ou níveis pressóricos no estágio 2 (PA ≥ 160/100mmHg) beneficiam-se de tratamento 
medicamentoso desde o diagnóstico para atingir a meta pressórica, além da mudança de estilo de vida (BRITISH HYPERTENSION 
SOCIETY, 2008). 
Pessoas que não se enquadram nos critérios acima e que decidem, em conjunto com o médico, não iniciar medicação neste 
momento, podem adotar hábitos saudáveis para atingir a meta por um período de três a seis meses. Durante esse intervalo de 
tempo devem ter a pressão arterial avaliada pela equipe, pelo menos, mensalmente. Quando a pessoa não consegue atingir a 
meta pressórica pactuada ou não se mostra motivada no processo de mudança de hábitos, o uso de anti-hipertensivos deve 
ser oferecido, de acordo com o método clínico centrado na pessoa. 
O tratamento medicamentoso utiliza diversas classes de fármacos 
selecionados de acordo com a necessidade de cada pessoa, com a avaliação 
da presença de comorbidades, lesão em órgãos-alvo, história familiar, idade 
e gravidez. Frequentemente, pela característica multifatorial da doença, o 
tratamento da HAS requer associação de dois ou mais anti-hipertensivos (BRASIL, 
2010) 
Ex: IC, diabetes  IECA 
- Cefaleia, revascularizado: β-Bloq 
- 55 anos  indica começar com Tiazídico 
- Gravidez: CI captopril (mal formação fetal) 
 
19 Letícia M. Dutra - Protocolos de atenção à Saúde 
Tabela 4 – Medicamentos disponíveis na Rename 2012 
Classe farmacológica Denominação genérica Concentração Apresentação 
Dose 
mínima 
Dose 
máxima 
Tomadas 
ao dia* 
Diuréticos tiazídicos Hidroclorotiazida 
12,5 mg ou 
25 mg 
Comprimido 
12,5 – 25 
mg 
50 mg 1 
Diuréticos (de Alça) – 
Sulfonamidas simples 
Furosemida 40 mg Comprimido 20 mg Variável 1 – 2 
Agentes poupadores 
de potássio 
Espironolactona 
25 mg ou 
100mg 
Comprimido 25 mg 100 mg 1 – 2 
Betabloqueadores 
seletivos 
Atenolol 
50 mg ou 
100mg 
Comprimido 25 mg 100 mg 1 – 2 
Succinato de 
Metoprolol 
25 mg, 50mg 
ou 100 mg 
Comprimido 
de liberação 
controlada 
25 – 100 
mg 
200 mg 1 – 2 
Tartarato de 
Metropolol 
100 mg Comprimido 
25 – 100 
mg 
200 mg 1 – 2 
Agentes alfa e 
betabloqueadores 
Carvedilol 
3,125 mg, 
6,25 mg, 12,5 
mg ou 25mg 
Comprimido 12,5 mg 50 mg 1 – 2 
Betabloqueadores não 
seletivos 
Propranolol 
10 mg ou 40 
mg 
Comprimido 40 mg 240 mg 2 – 3 
Antiadrenérgicos de 
ação central 
Metildopa 250 mg Comprimido 500 mg 1.500 mg 2 – 3 
Bloqueadores seletivos 
dos canais de cálcio – 
Derivados da 
diidropiridina 
Besilato de Anlodipino 
5 mg ou 10 
mg 
Comprimido 5 mg 10 mg 1 
Nifedipino 10 mg 
Cápsula ou 
comprimido 
20 – 40 mg 60 mg 3 
Bloqueadores seletivosdos canais de cálcio – 
Derivados da 
fenilalquilamina 
(não é utilizado na rede) 
Cloridrato de 
Verapamil 
80 mg ou 120 
mg 
Comprimido 
80** -– 120 
mg 
480 mg 2 – 3 
Agentes que atuam no 
músculo liso arteriolar 
Cloridrato de 
Hidralazina 
25 mg ou 50 
mg 
Comprimido 25 mg 200 mg 2 
Inibidores da enzima 
conversora de 
angiotensina, simples 
Captopril 25 mg Comprimido 25 mg 150 mg 2 – 3 
Maleato de Enalapril 
5 mg, 10mg 
ou 20 mg 
Comprimido 5 mg 40 mg 1 – 2 
Antagonistas da 
angiotensina II, simples 
Losartana potássica 50 mg Comprimido 25 mg 100 mg 1 
Fonte: (BRASIL, 2010; KATZUNG, 2003; GUSSO; LOPES, 2012). 
* O termo "Tomadas ao dia" refere-se à quantidade de vezes em que o paciente irá utilizar a medicação. Mais de um 
comprimido poderá ser ingerido durante uma tomada, atentando-se paras as doses mínima e máxima da medicação. 
** A dose inicial para idosos é de 40 mg. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 Letícia M. Dutra - Protocolos de atenção à Saúde 
Diuréticos Tiazídicos: Hidroclorotiazida 
1ª Escolha 
Mecanismo de ação: No túbulo renal ↑ 
excreção de Na, K água na urina = ↓ o 
volume vascular = ↓ PA 
- Após 15 dias, relaxa a parede arterial, 
ajudando a ↓ a PA 
- Ação: 24hrs (lenta) 
- ↓ A PA de forma gradual, 
- 1ª escolha em idosos e pessoas de cor 
negra 
- Efeito colateral: como perde K, pode 
causar caibras, ↑ glicemia (atenção 
diabetes), ↑ ác. úrico (contra-indicado em 
pct com hiperuricemia), ↑ colesterol e 
triglicéridos, ↑ Ca (bom na osteoporose) 
- 1 dose pela manhã: dose mínima 12,5, 
dose máx 50 mg (não utilizado) – dose 
usual: 25 mg 
β-Bloqueador seletivo (age em β-1) 2ªEscolha 
Efeitos: 
- Atua no R β bloqueando a ação da adrenalina: 
1- ↓ FC 
2- Evita a vasoconstrição 
3- ↑ Fluxo coronariano (Ao ↓ a FC em 1 min, se tem mais diástole do que sístole, e 
como as coronárias são irrigadas em diástole, esse eleito melhora a perfusão do 
MEC) 
1ºEscolha em pct revascularizados e com crise de enxaqueca 
- dias antes das cirurgias: acalma o pct (bloqueia adrenalina), melhora a perfusão do 
miocárdio, e consequentemente melhora as chances de sobrevida 
- Utilizado em pct com taquicardias, arritimias: ↓ FC 
- Evidencias demonstram que melhora a sobre-vida, o ideal é associa-lo com outra droga 
(Hidrclorotiazida), pois não é uma boa droga para TTO de monoterapia 
- Cuidado: Mascara o feocromocitoma 
 
- Atenolol: 1 a 2 x dia - 25 a 50 mg dia (nunca antes de dormir, pelo menos 4 horas antes) 
- Eventos adversos: ↑ colesterol total, ↑ triglicerídeos, ↓ FC, bloqueio de ramo cardíaco 
(bradicardia), efeito rebote (cuidado na retirada abrupta – pode apresentar picos 
hipertensivos), crise de asma, cuidado com pct insulino-dependente (se tem hipo pode ter 
descarga adrenérgica e tomando o β-bloq esses sintomas serão mascarados), fenômeno de 
Reynold (pois ↓ a vascularização periférica), disfunção sexual, cansaço nas atividades 
diárias, insônia e pesadelos (↓ perfusão cerebral) 
 
CI: pct com obstrução da vascularização periférica, homens por causar disfunção sexual 
 
β-Bloqueador não seletivo (β-1 e β-2) 
- Efeitos colaterais: estimula crise de asma (β-2) 
CI: na asma brônquica, enfisema 
- Propanolol a cada12 horas: máx 240 mg/dia 
Furosemida 
- Ação rápida: Alça de Henle 
- Indicação: pct com lesão de órgão alvo 
(IC congestiva:♥ fraco, retém sangue, causando 
sobrecarga, o que pode até mesmo causar o 
retorno para o pulmão = edema agudo de 
pulmão), ou seja, reduz edema, melhora 
qualidade de vida. 
- Efeito colateral: como perde K, pode causar 
caibras, ↑ ác. Úrico, causa hipotensão 
- Dose: 20 mg 1 a 2 vezes ao dia 
Espironolactona 
- Diurético 
- dose mínima: 25mg 
- dose máx: 100 mg 
- 1 a 2 x dias 
- Não dá câimbras, não aumenta glicemia 
- 4ª Escolha: Poupadores de K 
 
Inibidores do Canal de Ca - Bons Anti-hipertensivos 
Besilato de Anlodipino (1x dia) 
Nifedipino Dose: 20 mg 3xdia 
-Mecanismo de ação: Na parede do endotélio tem os canais de Ca, inibir os canais de Ca = 
dilatar as artérias = ↓ PA (dilatador indireto). Muito eficaz 
- Efeito colateral: ao dilatar a artéria - edema maleolar, edema de MMII, cefaleia 
1ª escolha em negros (associado ao Hidroclorotiazida) 
3ª escolha (Se deu Hidroclorotiazida + Captopril e não controlou, adicionar Nifedipino) 
Metildopa 
- Inibidores adrenérgicos (ação no SN simpático) ↓ PA 
- Não é um bom anti-hipertensivo 
- 1ª Escolha na gestação (não causa má-formação fetal, não atravessa barreira 
transplacentaria, estimula produção de leite, estimula a contração do parto) 
Dose: 250 mg de 2 a 3 x dia (dose máx. 1500 mg) Nunca só 1 x ao dia 
4ª escolha 
- Mas controla alguns casos refratários 
- Efeitos adversos: sedação, boca seca, tontura, risco de queda, depressão 
Agentes que atuam no ML arteriolar 
Hidralazina: 
- Não é um bom anti-hipetensivo para TTO 
continuo/ Rotina (melhor para crise-
hipertensiva) 
- Potente VASODILATADOR 
- Efeito colateral: efeito rebote (abaixa e 
depois sobe) 
IECA - Captopril, Enalapril e Ramipril 
Controle da PA: SRAA. Quando o sangue passa na A.aferente a cél justaglomerular vai perceber o 
volume sanguíneo, se estiver ↓, ela vai liberar renina, a Renina na corrente sanguínea e inicia a cascata 
da SRAA (retém Na, H2O e vasoconstricção) 
Captopril: inibe a ECA no pulmão, que converte Angio I  Angio II 
- Faz com que o Na seja eliminado, com que o volume sanguíneo não aumente, e como 
efeito indireto poupa K 
- Libera Bradicinina: mediador inflamatório, que causa dilatação de arteríolas periféricas, 
assim no rim dilato os vasos glomerulares e tem efeito nefroprotetor 
1ª Escolha em pct com Diabetes, pct com Hipertrofia de VE (remodela o ♥), bom na IC 
congestiva (acumula mais sangue na periferia assim ↓ sobrecarga cardíaca) 
- Não é tão indicado para negros 
- Captopril + furosemida: melhora a sobrevida e sintomas no pct com IC congestiva 
Captopril: Dose: 25 mg de 2 a 3 x dia (máx. 150 mg) 
Enalapril: Dose min.5 mg, média 20 de 1 a 2 x dia (máx. 40 mg) 
Efeito colateral: angiodema, tosse (bradicinina) 
CI: gestante (má formação fetal) 
Antagonista da Angio II- Losartana 
- atua diretamente na Angio II 
- Não libera bradicinina 
- Evita retenção de Na, evita o ↑ da PA, 
evita a vasoconstricção, poupa K 
- Não causa disfunção erétil 
Não pode adm Captopril + losartana pois 
causa lesão renal 
 
1ª Escolha por ter poucos efeitos colaterais, 
bem tolerado, 1 dose dia 
 
Efeito colateral: tontura 
 
CI: gestante 
 
 
21 Letícia M. Dutra - Protocolos de atenção à Saúde 
Antes de substituir o anti-hipertensivo que se mostra ineficaz, deve-se garantir o uso de doses adequadas. Ocorrência de efeitos 
adversos significativos ou continuada ineficácia indicam a necessidade de substituição, em vez do uso de doses mais altas. 
 
Pacientes sob tratamento com três anti-hipertensivos em doses adequadas, incluindo um diurético, com adesão conferida e sem 
pressão controlada, têm hipertensão resistente. Esses pacientes devem ser referidos a serviços especializados. 
 
O Quadro 11 traz as indicações das principais situações clínicas por classes medicamentosas. 
Indicações Classe medicamentosa 
Insuficiência cardíaca 
Diuréticos, betabloqueadores, inibidores da enzima conversora de angiotensina ou 
antagonistas da angiotensina II, antagonistas de aldosterona. 
Pós-infarto do miocárdio Inibidores da enzima conversora da angiotensina, antagonistas da aldosterona. 
Alto risco para doença 
coronariana 
Betabloqueadores, inibidores da enzima conversora da angiotensina, bloqueadores dos 
canais de cálcio. 
Diabetes 
Inibidores da enzima conversora da angiotensina, antagonistas da angiotensina II, 
bloqueadores dos canais de cálcio. 
Doença renal crônica Inibidores da enzima conversora da angiotensina, antagonistas da angiotensina II. 
Prevenção da recorrência de 
acidente vascular encefálico 
(AVE) 
Diurético, inibidores da enzima conversora

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