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@resumosdamed_ 1 MOTRICIDADE O exame do sistema motor compreende a avaliação do trofismo (volume e contorno dos músculos), do tônus muscular (estado de contração basal), movimentos voluntários e a determinação da força. Os exames da marcha, reflexos, coordenação e movimentos anormais estão estritamente ligados ao exame do sistema motor e devem ser interpretados em conjunto. Tanto o sistema nervoso central (SNC) quanto o sistema nervoso periférico (SNP) participam da execução dos movimentos voluntários. Estes são mediados pela contração de músculos estriados que levam à movimentação de uma determinada articulação MOVIMENTOS VOLUNTÁRIOS o Movimentos e ações voluntários dependem de uma constelação de áreas corticais mobilizadas em concerto. o Cada área cortical dá a sua contribuição particular para a estrutura de um movimento complexo. o A base para a contração do movimento voluntário é o lobo frontal com suas interações com outras áreas corticais, gânglios da base e cerebelo. PLANAJEMANTO MOTOR: . COMANDO MOTOR Responsável pela execução das ações @resumosdamed_ 2 HOMÚNCULO DE PENFIELD – MOTOR o homúnculo é uma representação humana das áreas somatotrópicas do córtex sensoriomotor. Logo, pode-se observar na figura a representação de Penfield demonstrando o córtex sensorial ou córtex somestético primário (S1) e o córtex motor primário (M1) nas regiões pós e pré central, respectivamente ORGANIZAÇÃO DAS VIAS MOTORAS A via motora direta é a principal responsável pela execução de movimentos voluntários. É constituída pelo trato corticospinhal (axônios do 1° neurônio motor) e pelos motoneurônios alfa, cujos corpos celulares se localizam no corno anterior da medula (2° neurônio motor). O termo trato piramidal é frequentemente empregado como sinônimo do trato corticospinhal lateral (TCEL), o que configura uma imprecisão, uma vez que outras vias, como, por exemplo, o trato rubroespinhal, também compõem o trato piramidal. Aproximadamente metade dos axônios que compõe o trato corticospinhal (TCE) se origina do córtex motor primário (giro pré- central), enquanto a outra metade se origina de regiões corticais diversas dos lobos frontal e parietal. Os axônios do TCE deixam essas regiões corticais, constituindo em parte a substância branca profunda ou coroa radiada. Ao nível dos núcleos da base, este trato se compacta, passando pela perna posterior da cápsula interna. O TCE continua pelos pedúnculos cerebrais, no mesencéfalo, até a base da ponte e, a seguir, no bulbo, onde ocorre a decussação de cerca de 85% de suas fibras. As fibras cruzadas constituem o TCEL, enquanto as demais, não cruzadas, constituem o trato corticospinhal anterior (TCEA). O TCEL continua pelo funículo lateral da medula até fazer sinapse com o 2° neurônio motor, que se organizam em subnúcleos com somatotopia definida, os mais laterais inervam as porções mais distais dos membros. @resumosdamed_ 3 Esta via é a principal responsável pela execução de movimentos apendiculares, sendo essencial na execução de movimentos que demandam velocidade e destreza. O TCEA termina majoritariamente em interneurônios que se projetam bilateralmente na medula espinhal, controlando movimentos axiais e multisegmentares. Lesões unilaterais do TCEA, em geral, não produzem déficit perceptível, enquanto lesões unilaterais do TCEL geram incapacidade significativa. O segundo neurônio motor (corno anterior da medula) emerge da raiz ventral da medula espinhal e percorre um nervo espinhal misto ou um nervo motor puro, até fazer sinapse com um número variável de fibras motoras. EXAME DA MOTRICIDADE EXAME DA FORÇA MUSCULAR O examinador transformará uma queixa do paciente (subjetivo) em algo objetivo, além de determinar padrões de distribuição. FRAQUEZA: Conceitos importantes Miótomo à o conjunto de músculos inervados por uma raiz ventral e o de uma unidade motora, que é constituída pelo neurônio motor alfa na medula espinhal (ou nos núcleos motores dos nervos cranianos) e as fibras musculares por ele inervadas. @resumosdamed_ 4 o Paresia: movimento limitado e/ou fraco o Plegia: ausência do movimento FORÇA MUSCULAR: VELOCIDADE DE MOVIMENTO TESTE FINGER TAPPING: Tentar encontrar a ponta digital do polegar com a ponta do indicador. o Movimento normal: amplo e rápido o Finger tapping alterado: perde a amplitude e a velocidade o É um teste de identificação dos sintomas motores por meio da avaliação cinemática do movimento sequencial rítmico. FOOT TAPPING: avalia a função motora dos membros inferiores. à O paciente pode ter uma redução da velocidade e amplitude do movimento devido a fraqueza ou parkinsonismo. MANOBRAS DEFICITÁRIAS SINAL DE BARRÉ 1. Paciente de olhos fechados estende os braços para frente e assim os mantêm por cerca de 30 segundos, com as palmas voltadas para cima, observe o sinal da pronação no segmento parético (sinal de Barré). 2. Avalia a perda de força 3. Antes do indivíduo ter a queda do braço por fraqueza, ele vai ter uma leve flexão dos dedos e pronação do braço. MANOBRA DE RAIMISTE Esta manobra é executada em decúbito dorsal ou sentado, com os braços ao longo do corpo e cotovelo fletido a 90°, posição neutra do punho (semipronada) e dedos maximamente abduzidos, como se as palmas das mãos estivessem em espelho. A prova é mais sensível quando realizada com o paciente em decúbito dorsal horizontal. Em caso de paresia, ocorre adução dos dedos, seguida de flexão do punho e posterior queda do braço. Durante esta manobra o polegar primeiro aduz e flete, resultando na “mão escavada parética”. É útil, portanto, durante a execução da manobra de Raimiste, dedicar especial atenção ao polegar. MANOBRA DE MINGAZZINI Paciente permanece em decúbito dorsal, flexão do quadril sobre o tronco e flexão do joelho e tornozelo, todos a 90°. Nas plegias, há incapacidade de adotar a posição de prova; nas paresias, ocorrem oscilações e queda gradual do membro @resumosdamed_ 5 afetado, em geral do distal para o proximal. MANOBRAS DE OPOSIÇÃO “Fazer força contra o movimento do paciente. “à Para a avaliação da força muscular, solicita-se ao paciente que mostre a dificuldade que apresenta tentando realizar movimentos com os segmentos afetados. Em seguida, os movimentos devem ser realizados contra a resistência oposta pelo examinador (manobras de oposição). A força grau 0 é denominada plegia. As demais alterações recebem o nome de paresia. Denomina-se monoparesia (ou plegia) o déficit restrito a um dos membros, adicionando o adjetivo braquial ou crural, a depender do segmento acometido, membro superior ou membro inferior, respectivamente. Os déficits dimidiados são denominados hemiparesia (ou plegia). O termo paraparesia é empregado para déficit nos membros inferiores bilateralmente, e o termo tetraparesia, para déficits nos quatro membros. Observe se o paciente eleva seus segmentos corporais nos planos verticais (força grau 3). Se só o faz em planos horizontais (grau 2). Se testado no plano horizontal não houver movimento efetivo, mas somente a contração muscular (grau 1), ou se nem isso ocorre (grau zero) PADRÕES DE FRAQUEZA o Monoparesia: fraqueza de um membro o Hemiparesia: fraqueza da metade do corpo o Tetra-paraparesia: fraqueza dos quatro membros ou dos membros inferiores o Proximal-distal: fraqueza próximo a cintura escapular/pélvica ou distal dos membros o Simétrico-assimétrico EXAME DE REFLEXOS REFLEXOS PROFUNDOS: O estímulo para avaliar os reflexos profundos deve ser um estiramento rápido do músculo causado pela percussão do tendão, realizada com o auxílio do martelo neurológico. O paciente deve manter os músculos relaxados e o examinador deve comparar as respostas entre os dois hemicorpos @resumosdamed_ 6 LESÕES Lesões de neurônios motores superiores(piramidal) provocam perda de força, hiperreflexia tendinosa, hipertonia espástica, sinal de Babinski. Lesões de neurônios motores inferiores (nervo craniano ou espinhal) provocam perda de força, hiporreflexia ou arreflexia tendinosa, hipotonia ou atonia, atrofia muscular, fasciculações (contrações musculares involuntárias) no território desinervado. Lesão central à hiper-reflexia Lesão periférica à hiporreflexia REFLEXO BICIPITAL o Nervo musculocutâneo; o CR = C5, C6 o Musculo bíceps braquial. Técnica: percussão do dedo do examinador colocado sobre o tendão do bíceps na prega do cotovelo; paciente com cotovelo em semiflexão e supinação do antebraço, sustentado pelo examinador Reflexo normal= contração do bíceps, flexão do antebraço sobre o braço. REFLEXO TRICIPITAL o Nervo radial; o CR = C6, C7, C8, o Músculo tríceps braquial. Técnica: percussão do tendão tricipital, acima do olécrano; paciente com cotovelo em 90°, e o examinador sustentando a posição através da mão em apoio do braço. @resumosdamed_ 7 RN = extensão do antebraço REFLEXO BRAQUIORRADIAL o Nervo radial; o CR = C5, C6 o Músculo supinador longo. Técnica: percussão da apófise estiloide do rádio; paciente com o braço em flexão de 90º e posição neutra do punho; examinador sustentando essa posição através de sua mão embaixo do punho do paciente RN = flexão do antebraço. REFLEXO FLEXOR DOS DEDOS o Nervos mediano e ulnar; o CR = C8, T1 o Músculo flexor profundo dos dedos. Manobra de Wartenberg: o examinador interpõe os dedos médio e indicador sobre as falanges proximais do segundo ao quinto dedos do paciente e percute sobre os dedos interpostos Manobra de Trömner: o examinador percute bruscamente a polpa do dedo médio o indicador do paciente com seu dedo médio. A mão do paciente preferencialmente em pronação ou com o punho neutro, posições estas sustentadas pela outra mão do examinador sob o punho do paciente Manobra de Hoffmann: o examinador prende a falange média da mão do paciente entre seus dedos médio e indicador. Com seu polegar faz uma brusca e intensa fricção da unha do dedo médio do paciente. Posição da mão do paciente em pronação ou neutra @resumosdamed_ 8 Manobra de Bechterew: o examinador percute os tendões dos flexores dos dedos sobre o canal carpiano, mão em supinação RN = leve flexão das falanges distais dos quatro últimos dedos ou ausência de resposta. Quando a resposta reflexa inclui flexão intensa das falanges distais de todos os dedos, incluindo flexão/adução do polegar, interpreta-se como hiper-reflexia. A valorização é maior ainda quando a resposta assim exagerada é unilateral, sugerindo lesão piramidal contralateral (encéfalo) ou ipsolateral (lesão medular cervical). REFLEXO PATELAR o Nervo femoral; o CR = L2 a L4, o M. quadríceps femoral. Técnica: paciente sentado, com as pernas pendentes é a posição de pesquisa mais comum, para essa e outras posições possíveis. Percussão sobre o tendão patelar, abaixo da rótula (área infrapatelar provocadora do R) ou, acima dela (área suprapatelar provocadora do R), estando o examinador com uma das mãos espalmada sobre o m. quadríceps ipsolateral, pois em caso de resposta diminuída, o examinador percebe a contração muscular. RN = extensão da perna Na hiperatividade reflexa, além da dimunuição da latência e aumento da amplitude, observam-se aumento da área provocadora (percussão ao longo da crista tibial) e, por vezes, resposta policlônica. A arreflexia patelar é chamada de Sinal de Westphal. @resumosdamed_ 9 REFLEXO ADUTOR DA COXA o N. obturador e ciático; o CR = L2 a L4, o M. adutores. Técnica: paciente sentado, coxas em ligeira abdução; examinador coloca os dedos indicador e médio sobre o tendão do adutor maior e percute sobre os dedos RN = adução da coxa ipsolateral ou reposta pouco evidente. A hiper-reflexia é traduzida por contração associada dos músculos adutores contralaterais e quadríceps (“reflexo cruzado”). REFLEXO DO TRÍCEPS SURAL: (R AQUÍLEO) o N. tibial; o CR = S1, S2, o M. gastrocnêmicos e sóleo. Técnica: Em todas as posições de pesquisa do reflexo, uma ligeira flexão dorsal deve ser realizada pelo examinador que percute o tendão de Aquiles. RN = flexão plantar do pé́. Este é o único reflexo profundo que pode ser pesquisado, utilizando o cabo do martelo de reflexos. Em caso de hiper-reflexia, pode ser observada resposta policlônica, e vários pontos de percussão na planta do pé́ desencadeiam a resposta (aumento de área reflexógena), por exemplo, R médio plantar. O Sinal de Woltman é um achado clássico do hipotireoidismo, caracterizado por fase de relaxamento prolongada do reflexo do calcâneo, gerando hiporreflexia. OBS: MANOBRA DE JENDASSIK Para avaliar MMII, pode-se pedir para o paciente realizar essa manobra, fazendo força com as mãos, assim o paciente presta atenção na forca em que ele está fazendo com as mãos e ‘’libera’’ os MMII para o reflexo @resumosdamed_ 10 REFLEXOS SUPERFICIAIS Os reflexos superficiais são aqueles elicitados em resposta a um estímulo cutâneo ou mucoso o A abolição de um desses reflexos, traduz lesão de um dos pontos do arco reflexo (raízes ou nervos periféricos) o Abolição de mais de um desses reflexos -> lesão piramidal REFLEXO CUTÂNEO-PLANTAR o N. tibial, o L4-S2 Técnica: estímulo na porção medial e/ou lateral da planta do pé́ (na direção posteroanterior até a base do segundo dedo) com paciente em decúbito dorsal RN = flexão dos artelhos. A inversão da resposta, ou seja, a extensão dos artelhos e, principalmente, do hálux, o sinal de Babinski, é possivelmente o mais conhecido na clínica neurológica pela sua importância, como expressão da síndrome piramidal. REFLEXOS CUTÂNEO-ABDOMINAIS: o superior – T6 a T9; médio – T9 a T11; inferior; T11 a T12; o Nn. Intercostais – superior e médio; Nn. ilio-hipogástrio e ilioinguinal – inferior) Técnica: paciente em supino, roçar rapidamente o mesmo instrumento usado para o R plantar, de fora para dentro, em três níveis, superior, médio e inferior, sendo o nível médio na altura do umbigo. RN = contração da parede abdominal e deslocamento da cicatriz umbilical na direção do estímulo. Certas condições podem favorecer um falso- negativo deste R, como cicatrizes na parede abdominal, obesidade, edema etc. Considerando que o sistema piramidal é facilitador desse R, na síndrome piramidal, há abolição dele, contralateral à lesão cerebral. REFLEXOS PATOLÓGICOS SINAL BABINSKI POSITIVO: Nas afecções piramidais, ao se realizar estímulo plantar e ocorrer flexão dorsal do dedo gordo, denomina-se o sinal de Babinski. Se ocorrer o afastamento concomitante dos demais dedos; sinal da abertura em leque. O estímulo da base do hálux (metatarsianos) @resumosdamed_ 11 provoca breve movimento de flexão dorsal, que não deve ser confundido com a resposta patológica. O trato piramidal é a única via central, cuja lesão provoca o desaparecimento do reflexo cutâneo plantar normal e o aparecimento de sua resposta extensora. Do ponto de vista fisiológico acredita-se na existência de um arco reflexo flexor na medula que sofre influência facilitadora constante de vias centrais procedentes do SINAL DE HOFFMANN O examinador sustenta a falange média do paciente entre o seu segundo e terceiro dedos e, estimula bruscamente a unha deste dedo com a unha do seu polegar. O movimento deve ser exercido deslizando o polegar sobre a unha do terceiro dedo do paciente de forma rápida, de modo que, ao final deste, haja uma súbita liberação da falange distal do paciente que escapa para sua posição inicial. A resposta positiva consiste na flexão da falange distal dos demais dedos. O sinal em questão deve ser considerado muito mais como indicativo de hiper-reflexia do que propriamente disfunçãoda via piramidal. SINAL DE TROMNER No paciente com a mão pronada, relaxada e com os dedos semifletidos, o examinador golpeia com a polpa digital do seu dedo médio a dos dedos médio ou indicador do examinando. A resposta positiva consiste literalmente naquela obtida pelos outros métodos. O sinal de Trömner é semelhante ao sinal de Hoffman, mas o dedo é puxado para cima. REFLEXO PALMOMENTONIANO Passar um objeto de ponta romba na palma da mão provoca a contração do músculo orbicular da boca e mentual (nervo facial), levando a uma elevação do mento. Sua ocorrência sugere lesão frontal ipsilateral, embora possa estar presente em pessoas normais. Quando presente no indivíduo normal são bilaterais e simétricos. CLONUS Observado quando um musculo é alongado passivamente de modo brusco e este alongamento é mantido pelo examinador Contrações clônicas, repetidas, rítmicas e involuntárias, após distensão brusca de um tendão. O teste para o clônus (alternâncias rápidas e rítmicas de relaxamento e contração muscular causadas pelo estiramento passivo e súbito do tendão) é realizado pela dorsiflexão rápida do pé no tornozelo. O clônus sustentado sugere lesão de neurônio motor superior. REFLEXO PENDULAR É observado durante o reflexo patelar à Nos casos de hipotonia, como na síndrome cerebelar, pode-se observar resposta pendular, quando a pesquisa é realizada com o paciente sentado EXAME DA TÔNUS É a tensão muscular que o paciente apresenta no repouso Todo músculo em conexão com o sistema nervoso apresenta tono constante. É a resistência reflexa que se opõe invariavelmente à distensão dos músculos, maior nos músculos extensores. Só se consegue obter a abolição completa do tono muscular a partir da secção completa das raízes sensitivas (posteriores) ou das raízes motoras (anteriores), ou, em outras palavras, pela desnervação muscular. @resumosdamed_ 12 HIPOTONIA A hipotonia sobrevém tanto em lesões da unidade motora, quanto em distúrbios sensitivos, cerebelares ou até em alguns casos de disfunção dos núcleos da base, como na coreia aguda. Nela, ocorre aumento da amplitude do movimento e diminuição da resistência à movimentação, podendo ser generalizada, em um hemicorpo ou segmentar. No caso de lesões focais do SNP, a hipotonia respeita o sítio de lesão. Nas radiculopatias, por exemplo, a hipotonia estará restrita ao miótomo correspondente. HIPERTONIA A hipertonia pode ser do tipo plástico ou elástico. A hipertonia plástica decorre de disfunção dos núcleos da base, sendo o aumento do tônus verificado ao longo de toda extensão do movimento, não variando a depender de sua velocidade ou direção. O predomínio tonígeno dá-se principalmente em músculos flexores, induzido à postura clássica parkinsoniana ou hemiparkinsoniana. Em casos de tremor sobreposto à rigidez plástica, o membro mobilizado pode ceder em uma série de pequenas etapas, imitando o movimento de uma roda denteada (de Negro), possivelmente uma evidência indireta de tremor. Este sinal é mais facilmente identificado quando o movimento passivo é feito de maneira lenta. A hipertonia elástica, também chamada de espasticidade, ocorre em pacientes com lesão do primeiro neurônio motor no TCEL e, quase sempre, é acompanhada de um aumento patológico da intensidade dos reflexos profundos. Neste caso, a hipertonia é mais evidente no início do movimento, tornando-se ainda mais intensa quando este é executado de maneira rápida. O sinal do canivete se refere à grande dificuldade de mobilizar um membro espástico no início do movimento, seguido por relativa facilidade, conforme o segmento corporal avaliado se aproxima de sua máxima amplitude. A espasticidade envolve de maneira diferente os grupos musculares, sendo, portanto, eletiva: nos membros superiores resulta em hipertonia dos flexores dos dedos e oponente do polegar (segundo ao quinto dedos fletidos sobre os polegares fletido e aduzido – figa), flexores e pronadores do punho, flexores do cotovelo; e, nos membros inferiores os adutores do quadril, extensor do joelho, flexores e inversor do tornozelo. TROFISMO O trofismo muscular é garantido pela inervação normal e pelas características do músculo esquelético. A palpação visa determinar o volume e consistência dos músculos. Um músculo normal tem consistência semielástica. Em casos de substituição fibroadiposa, o músculo adquire consistência mais firme, enquanto músculos apenas atrofiados têm consistência amolecida. Pode haver hipertrofia, hipotrofia, atrofia @resumosdamed_ 13 HIPOTROFIA DE DELTOIDE Também conhecido como sinal de Popeye, é um sinal clínico encontrado na rotura da cabeça longa do bíceps. Ela representa a deformidade criada por esta lesão. O bíceps fica encurtado e com aspecto mais saliente. HIPOTROFIA DISTAL DE MEMBROS SUPERIORES HIPOTROFIA DISTAL DE MEMBROS INFERIORES INSPEÇÃO PÉ CAVO Pode ser causado por distúrbios neurológicos como paralisia cerebral, distrofia muscular ou acidente vascular cerebral (AVC); @resumosdamed_ 14 PSEUDOHIPERTROFIA DE PANTURRILHAS A Distrofia Muscular de Duchenne é uma doença neuromuscular hereditária progressiva. Afeta predominantemente meninos e cursa com hipotonia muscular e fraqueza muscular precoces FASCICULAÇÃO Fasciculações nem sempre são patológicos, podem ser causadas por utilizar certas medicações (ex. anticonvulsivantes), excesso de café, intensa atividade física, etc São contrações visíveis, finas e rápidas, algumas vezes vermiculares, espontâneas e intermitentes das fibras musculares. MIOQUIMIAS O tremor no olho causado pela mioquimia do músculo da pálpebra é uma contração muscular em forma de movimento fino e em onda REFERÊNCIAS: Semiologia Neurológica - UNICAMP
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