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Jenneph Félix - @med_por_opção Medicina UFPE CAA O exame neurológico não segue a ordem convencional: inspeção, palpação, percussão e ausculta. O serviço de Neurologia do HUCFF/UFRJ adota → Inspeção, Marcha, Estática, Força, Tônus, Coordenação, Reflexos, Sensibilidade, Nervos Cranianos, Sinais Meningorradiculares, Movimentos Involuntários e Funções Cognitivas. Segundo o Propedêutica Neurológica Básica (Sanvito - 2 Ed.): Fáceis, atitude, marcha, equilíbrio, motricidade, coordenação, reflexos, tônus, sinais meningorradiculares, sensibilidade, estado mental, nervos cranianos Inspeção ➔ Exame da pele → Atenção às manchas (ex.: lesões eritemato vesiculares → herpes Zoster; mácula anestésicas → hanseníase) ; ➔ Atitude do paciente → Algumas alterações neurológicas podem causar deformidades. Ex.: AVEs. ➔ Análise da fácies: Parkinson → fisionomia inexpressiva, apática. Miastenia gravis → ptose palpebral bilateral, assimétrica. Distrofia miotônica de Steinert → fácies em machadinha. Atenção às paralisias da face e fácies de doenças sistêmicas que acometem o SNC como o LES. Paralisia Facial Esclerose tuberosa Hemiatrofia Facial Anomalia crânio-facial Síndrome de Cushing Fáceis Sturge-Weber Marcha ➔ Primeira etapa do Exame Neurológico (EN) que se inicia quando o paciente entra no consultório. ➔ O ideal é que o paciente esteja com o joelho à mostra e os pés descalços. ➔ Solicitar ao paciente que caminhe de um lado para o outro da sala sucessivamente. Atentar para: sequência do andar, comprimento e simetria das passadas, elevação correta dos joelhos, balanceio correto dos braços, toque do pé no solo (início com calcanhar), posição do tronco e da cabeça (se ocorrem naturalmente). ➔ Solicitar para o paciente andar na ponta dos pés e do calcanhar → detecção de fraqueza na musculatura. Permite a análise da musculatura: Andar na ponta dos pés → raiz nervosa de S1; Andar com o calcanhar → raiz nervosa de L4. ➔ Solicitar ao paciente que caminhe encostando o calcanhar na ponta do pé a cada passada → causa esforço adicional da marcha e equilíbrio. Marchas características Marcha Ceifante (Marcha Helicoidal, Marcha Hemiplégica ou Marcha De Todd) → postura tônica em flexão do membro superior e em extensão do membro inferior. Paciente caminha fazendo um semicírculo (não consegue realizar flexão da coxa, extensão da perna e dorsiflexão do pé). Ocorre na hemiplegia espástica. Marcha hemiplégica Marcha escarvante (Marcha Parética, Marcha do Polineurítico) → Em pacientes com lesões dos nervos periféricos, radiculites, polineurites ou poliomielite. Fraqueza na dorsiflexão do pé, o indivíduo faz uma elevação anormal do joelho para não arrastar o pé no chão. O fenômeno pode ser bilateral. Marcha escarvante Marcha cerebelar (Marcha do Ébrio ou Marcha Atáxica)→ Em pacientes com lesão cerebelar. O paciente caminha com a base alargada e as pernas são projetadas para frente e para os lados. Apresentam perda de equilíbrio e olham para os pés enquanto andam. A marcha atáxica também pode ser de origem sensitiva. Na lesão cerebelar a dificuldade de caminhar é bem maior. Marcha cerebelar Marcha Talonante ou Tabética → O indivíduo anda com base alargada, olhando para o solo. Devido a perda de informações sensoriais nos membros inferiores e da propriocepção, ele lança o pé para diante e bate com força no chão. Ocorre devido a lesões do cordão posterior da medula ou neuropática periférica sensorial. “Os olhos são a muleta do tabético”. Marcha Talonante Marcha dos passos miúdos (Marcha em pequenos passos - Marcha nas afecções extrapiramidais) → Surge nos pacientes com parkinson e nas síndromes parkinsonianas ou na aterosclerose avançada. O paciente caminha em postura de flexão da cabeça, tronco, ombro, cotovelos, punhos, joelhos, tornozelos, com passos curtos, de maneira rígida, lenta e arrastada, sem o balanço natural dos braços (marcha em bloco). Dificuldade na hora de virar. Marcha dos passos miúdos Marcha Anserina (Marcha do Pato, Marcha de Trendelenburg ou Miopática) → Rotação exagerada da pelve, arremessando ou rolando os quadris, o que lembra a marcha de um pato. Ocorre devido a uma fraqueza dos músculos glúteos e médios. Fisiológica nas grávidas. Marcha de Trendelenburg Marcha de sapo → Pacientes caminham de cócoras e com as mãos no chão. Ocorre devido a miopatias avançadas (distrofia muscular progressiva). Marcha em Tesoura → Enrijecimento dos músculos abdutores do quadril, provocando adução das coxas, os joelhos se cruzam. Ocorre em pacientes com espasticidade grave de ambos os membros inferiores. Marcha em Tesoura Marcha Apráxica ou Marcha Magnética→ Andar semelhante ao de uma criança nos primeiros passos. Encontra-se em casos de hidrocefalia de pressão normal e demência vascular. Os pacientes parecem andar presos ao solo. Marcha Apráxica Estática ou Equilíbrio ➔ Sinal de Romberg: Solicitar ao paciente que fique de pé, com os braços estendidos ao longo do corpo. Depois, solicita-se que feche os olhos. O examinador deve ficar próximo caso ocorra uma perda de equilíbrio. Esse teste visa avaliar a integridade da visão, da propriocepção, dos órgãos vestibulares, do cerebelo e dos músculos. ➔ Na perda da propriocepção o paciente cai para um lado aleatório. Nas lesões vestibulares o paciente sempre cai para o lado do vestíbulo lesionado. Nos pacientes histéricos, a queda ocorre para o lado do examinador. ➔ Alguns pacientes podem apresentar um sinal chamado de dança dos tendões (tendão de Aquiles e tibiais anteriores saltam devido à incoordenação da manutenção da postura). Teste de Romberg Teste de Romberg sensibilizado (um pé à frente) Força ➔ Relembrando anatomia → A principal via motora do nosso organismo é o trato corticoespinal, formada por axônios das áreas 6 (principalmente) e 4 de Brodmann. O trato corticoespinhal (TCE) desce pela corona radiata, ramo posterior da cápsula interna, pedúnculo cerebral, base da ponte e pirâmide bulbar. 90% desses axônios decussam nas pirâmides bulbares e continuam como trato corticoespinhal lateral (TCL) e terminam em seus respectivos neurônios motores inferiores. Esses se localizam na ponte anterior da medula e seus axônios saem pelas raízes ventrais, seguem pela raíz nervosa e formam os nervos periféricos. Qualquer dano em uma dessas estruturas pode causar perda de força. ➔ As paresias de origem neurogênica são divididas nas síndromes do 1º e do 2º neurônio motor. ➔ Lesões no 1º neurônio motor: se acomete o TCE pode causar déficit de força na metade contralateral do corpo, se acomete o TCL o déficit é ipsilateral. ➔ Outros sinais de lesão: hipertonia muscular (espasticidade), exacerbação de reflexos miotáticos profundos e surgimento de reflexos patológicos (sinal de Babinski). Fasciculação (espasmo breve) ausente e eletroneuromiografia normal. Atrofia de desuso leve. ➔ Lesões no 2º neurônio motor (medula, raiz nervosa, nervo periférico): Déficit de força em músculos específicos, atrofia muscular marcada, flacidez, hipotonia, reflexos profundos diminuídos ou aumentados. Presença de miofasciculação (importante sinal de degeneração do segundo neurônio motor - pode ser normal em ocasiões de fadiga e frio) e eletroneuromiografia alterada. ➔ Ainda podem causar fraqueza as doenças dos músculos e placas motoras. As miopatias acometem músculos proximais das cinturas escapular e pélvica. ➔ Na suspeita de uma miopatia, pede-se para o paciente sentar no chão e levantar. Devido a fraqueza dos músculos proximais, o paciente se colocará na posição genu palmar e se levantará como se estivesse escalando o chão e depois o seu próprio corpo (Levantar Miopático de Gowers ou sinal de Gowers). Sinal de Gowers ➔ Lesões na placa motora: fraqueza flutuante, disfagia, diplopia e disartria. ➔ Exame físico: Pode ser realizado de duas formas: 1- Contra a resistência e 2- contra a gravidade. Exame Físico - Força Contra a resistência do examinador ➔ Sempre comparar um lado com o outro.Seguir uma ordem: agrupamentos musculares proximais → distais ou distais → proximais ➔ Iniciar pelo pescoço (importante nas doenças que causam ptose cefálica, como ELA, Miastenia Graves, polimiosite). Avaliar flexão e extensão contra a resistência. ➔ Em seguida: abdução e adução dos braços, flexão e extensão dos cotovelos e flexão e extensão do carpo. ➔ Mão: avaliar os nervos ulnar, radial e mediano. A- abdução do polegar. B- Abdução dos dedos. C- Flexão do polegar. D - Preensão palmar Obs.: nos dedos, também pode-se avaliar: ➔ Membros inferiores: flexão e extensão da coxa sobre o quadril, a flexão e extensão da perna sobre a coxa e a flexão e extensão do pé. Contra a gravidade ➔ Membros superiores: pedir ao paciente que realize a manobra de Mingazzini e o teste do desvio pronador. ◆ Manobra de Mingazzini → extensão dos braços com as mãos pronadas e estendidas e os olhos fechados. Manter na posição por 20-30 segundos. Se houver fraqueza em um ou ambos os membros, ocorrerá decaimento. Teste do desvio pronador→ o mesmo, mas as mãos em supinação. Manobra de Mingazzini ou dos Braços estendidos Teste do desvio pronador ➔ Para os membros inferiores: Tônus ➔ Tensão muscular em repouso ou a resistência ao movimento passivo na ausência de contração voluntária. ➔ O exame é dividido em inspeção, palpação e manobras. ➔ Inspeção: observar posição dos membros e o contato das massas musculares com a maca. ➔ Palpação: observar se os músculos estão flácidos (hipotonia), normais ou hipertônicos. ➔ Manobras: ◆ 1º Movimentar passivamente as articulações ◆ 2° Balançar várias partes corpo em movimento de vai-e-vem e avaliar a amplitude do movimento de acordo com o grau de hiper/hipotonia ➔ Observação: as HIPERTONIAS podem ser divididas em extrapiramidal (ou plástica) e piramidal (ou espástica ou elástica). A extrapiramidal decorre de lesões nos gânglios da base e pode ocorrer de duas formas: em cano de chumbo (aumento difuso e constante do tônus muscular na mobilização passiva do membro) ou em roda dentada (o tremor se sobrepõe a rigidez - parkinson). Sinal da roda dentada ➔ Na hipertonia piramidal o movimento se inicia com certa dificuldade e depois ocorre tranquilamente, ou seja, ocorre aumento súbito de tônus muscular no início de um movimento rápido (sinal do canivete). ◆ Sinal do canivete - mãos: realizar flexão ou extensão do punho passivamente (o examinador deve desviar a atenção do paciente para outra coisa) ◆ Sinal do canivete - MI: reflexão passiva da coxa sobre o quadril com o pé estendido, com uma mão no oco poplíteo e a outra no pé do paciente . Coordenação ➔ Envolve principalmente a integridade do cerebelo. ➔ A lesão cerebelar se manifesta do mesmo lado ao local da lesão. ➔ Pacientes paréticos e hipertônicos terão dificuldade nessa parte do exame físico, mas não necessariamente terão lesão cerebelar. ➔ Avaliação do tronco: pedir ao paciente deitado que cruze os braços sobre o tórax e tente levantar sem o auxílio das mãos. Indivíduos com ataxia (sintomas que afetam a coordenação) do tronco ficarão oscilando, como uma gangorra. Assinergia do tronco ➔ Incoordenação dos membros. Testes: dedo-nariz, dedo-nariz-dedo, dedo-dedo, calcanhar-joelho, joelho-canela, hálux-dedo (semelhante ao dedo-nariz-dedo), teste do rechaço.. ◆ Dedo-nariz: pedir que o paciente faça a abdução de um braço com o antebraço em extensão e toque com o dedo indicador na ponta do nariz (realizar com os olhos abertos e fechados). Teste dedo-nariz ◆ Dedo-nariz-dedo: Solicitar ao paciente que toque na ponta do seu nariz e depois no dedo examinador em posições diferentes. Obs: também pode-se realizar o teste dedo-dedo. Teste dedo-nariz-dedo ◆ Dedo-dedo Teste dedo-dedo ◆ Calcanhar-joelho: pedir ao paciente para tocar com o calcanhar de uma perna o joelho da outra perna várias vezes. Teste calcanhar-joelho ◆ Calcanhar-joelho-canela: pedir ao paciente que coloque o calcanhar no joelho e deslize o calcanhar sobre a perna várias vezes. Teste calcanhar- joelho-canela ➔ Análise da diadococinesia (alternância de movimentos rápidos). Se houver alteração chama-se de disdiadococinesia. ◆ Testes: Abrir e fechar as mãos alternadamente Flexionar e extender as mãos alternativamente Pronar e supinar as mãos alternativamente Realizar a dorsi e a flexão plantar alternativamente ➔ Exame da capacidade da parada súbita do movimento: pedir para o paciente realizar flexão do cotovelo contra a resistência. O examinador deve colocar a outra mão na frente do rosto do paciente e soltar inesperadamente o punho. O paciente atáxico não consegue soltar o braço, que se choca na mão do examinador (Manobra do Rebote ou Stewart-Holmes). Manobra do Rechaço, ou Rebote ou Stewart-Holmes Reflexos ➔ Os reflexos são respostas automáticas a estímulos sensoriais. É a parte do exame físico mais difícil de simular. ➔ Existem reflexos profundos, superficiais e patológicos. ➔ Os reflexos podem ser graduados em cruzes. Reflexos Profundos ➔ São pesquisados pela percussão, quase sempre, dos tendões musculares com um martelo e pedindo ao paciente para ficar relaxado. Principais do MMSS: bicipital, tricipital, braquiorradial e flexor dos dedos. MMII: patelar e aquileu. ➔ Cada reflexo envolve neurônios sensitivos e motores que se conectam através de interneurônios, formando arcos reflexos que situados em determinados níveis medulares entram e saem da medula pelas correspondentes raízes nervosas REFLEXOS RAÍZES LOCAL DE PERCUSSÃO RESPOSTA Bicipital C5-C6 Fossa antecubital Flexão do antebraço com interposição do dedo indicador. Tricipital C6-C8 Percussão do tendão do m. tríceps no olécrano, sem a interposição dos dedos Extensão do antebraço Braquiorradi al (ou estilorradial) C5-C6 Percussão da cabeça do rádio na inserção do músculo braquiorradial nesse osso Flexão do antebraço e pronação da mão. Flexor dos dedos C7-C8-T1 Percussão dos tendões flexores do carpo com ou sem interposição dos dedos Flexão dos dedos. Patelar L2-L4 Percussão do tendão patelar Extensão da perna Aquileu L5-S2 Tendão Aquileu Flexão plantar Avaliação do reflexo bicipital com o paciente sentado e deitado. Avaliação do reflexo tricipital com o paciente sentado e deitado Avaliação do reflexo braquiorradial/Avaliação do reflexo flexor dos dedos Avaliação do reflexo patelar com o paciente sentado e deitado Avaliação do reflexo aquileu com o paciente deitado e sentado ➔ Quando dois reflexos se apresentam assimétricos fica a dúvida se um lado é que está aumentado ou se é o outro que está diminuído. Nesse caso, utilizar outros dois reflexos: Reflexo peitoral e o reflexo dos adutores. ◆ O Reflexo peitoral é pesquisado pela percussão do tendão do músculo peitoral maior na linha axilar anterior com a interposição de um dedo e com o braço ligeiramente abduzido. ◆ Avaliação do reflexo dos adutores: é pesquisado pela percussão do tendão dos adutores na parte distal da face medial da coxa, com o membro levemente abduzido e com a interposição de um dedo. ◆ Observação: esses reflexos só estão presentes nos pacientes com hiper-reflexia. ➔ Causas de HIPORREFLEXIA: neuropatias periféricas (lesão do 2º neurônio motor e/ou lesão nos neurônios sensitivos do reflexo), radiculopatias compressivas, miopatias, doenças do neurônio motor ou distúrbios hidroeletrolíticos. ➔ HIPERREFLEXIA: aumento da área reflexógena e também pelo grau de resposta do reflexo. Lesões do primeiro neurônio motor na medula ou no encéfalo. A hiperreflexia pode ser tão intensa que a pesquisa do reflexo desencadeia contrações rítmicas involuntárias, denominadas clônus, que podem ser esgotáveis e inesgotáveis. Pode ser pesquisado em três regiões: pé, mão e patela. Pé: manobra de dorsiflexão súbita e sustentada do pé do paciente pelo examinador. Mão: extensão sustentada e súbita da mão. Patela: o examinador segura a patela entre o indicador e o polegar e faz um movimento rápido e agudopara baixo. Manobras facilitadoras dos reflexos Facilitam a evocação dos reflexos ➔ Manobra de Jendrassik: pedir ao paciente que enganche uma mão na outra e tente separá-las com toda a força, enquanto se pesquisa os reflexos dos MMII. Manobra de Jendrassik Reflexos Superficiais REFLEXOS RAÍZES LOCAL DE PERCUSSÃO RESPOSTA Cremastérico L1-L2 Superfície interna da coxa Elevação do testiculo ipsilateral Cutâneos abdominais (superior, médio e inferior) S: T7-T9 M: T9-T11 I: T11 segmentos lombares inferiores Estímulo da superfície abdominal anterior em 3 níveis, da região lateral ao umbigo Contração da musculatura abdominal Cutâneo plantar S1 Estímulo da região lateral da face plantar, do calcanhar ao segundo metatarso. Flexão dos dedos Reflexos abdominais/ Reflexo cutâneo plantar ➔ Obesos, abdomes distendidos, ou extremamente flácidos é difícil a pesquisa desses reflexos. ➔ Em lesões piramidais (1º neurônio motor), os reflexos abdominais e cremastérico estão totalmente abolidos. ➔ Uma pequena parcela da população normal pode não ter reflexos abdominais. Reflexos patológicos ➔ Os reflexos patológicos são aqueles em que a presença significa lesão orgânica na função do sistema nervoso, particularmente no córtex motor ou vias corticoespinhais. FOR ÇA TÔNUS REFLEX OS PROFU NDOS REFLEX OS PATOLÓ GICOS FASCI CULA ÇÕES Síndrome do 1° neurônio motor (-) Hiperto nia Espásti ca Hiper Sinal de Babinski Ause ntes Síndrome do 2º neurônio motor (+) Hipoto nia Hipo Prese ntes REFLEXOS AÇÃO Sinal de Babinski Dorsiflexão do Hálux Sucedâneos de Babinski Dorsiflexão do Hálux Hoffman Flexão do polegar ou do indicador ou de todos os dedos Tromner Flexão do polegar ou do indicador ou de todos os dedos ➔ Hoffman: é pesquisado segurando-se a mão do paciente completamente relaxada, com a outra mão segurando o dedo médio do paciente entre o indicador e o dedo médio como se fosse um cigarro. Com um movimento rápido e vigoroso, comprime-se a uma do dedo do paciente, seguido por liberação. ➔ Tromner: o examinador segura a mão do paciente pela articulação metacarpofalangiana distal do dedo médio e com a outra mão realiza um golpe rápido de baixo para cima do dedo médio do paciente. ➔ Obs.: Esses sinais podem estar presentes em pessoas saudáveis, principalmente mulheres jovens. Quando presentes, ocorrem simétricos e bilateralmente. Hoffman/ Tromner ➔ Sinal de Babinski: surge após estimulação com uma ponta romba da pele da superfície lateral da planta do pé da região do calcâneo até a articulação metatarsofalangiana do 2º pododáctilo. ➔ Sucedâneos de Babinski: reflexos patológicos em extensão plantar. O sinal de Chaddock é o mais importante, sensível nas lesões da via piramidal (alguns consideram mais sensível que o Babinski) SUCEDÂNEOS DE BABINSKI LOCAL Chaddock Estímulo da face lateral do dorso do pé, do maléolo lateral até o quinto quirodáctilo. Gordon Compressão da musculatura da panturrilha Oppenheim Pressão com o polegar e o indicador sobre a face medial da tíbia, da região infrapatelar até o tornozelo Shaefer Compressão do tendão Aquileu Austregésilo Compressão do músculo quadríceps na região distal da coxa. Sinal de Chaddock Manobras Facilitadoras ➔ Manobra de Szapiro: Pressão contra o dorso do segundo ao quinto pododáctilo, causando flexão plantar passiva firme, enquanto se evoca os sinais de extensão plantar. Sensibilidade ➔ É a parte mais difícil e subjetiva do exame neurológico. ➔ Se o paciente não cooperar com o examinador não é possível valorizar os achados do exame ➔ Divisão da sensibilidade: superficial, profunda e complexa. ➔ Superficial: sensibilidade tátil, dolorosa e térmica. ➔ Profunda: vibratória (palestesia), propriocepção (batiesesia) e pressão (barestesia). ➔ Complexa: formas sensitivas que necessitam de processamento cortical, se constituindo da discriminação entre dois pontos, grafestesia (capacidade de reconhecer um número escrito na face palmar), estereognosia (capacidade de identificar um objeto colocado na mão sem o uso da visão) e outros. ➔ Primeiro deve-se realizar o procedimento numa área normal. O paciente deve ficar com os olhos fechados e as áreas a serem examinadas descobertas. O exame pode ser feito distal-proximal ou vice-versa, mas deve sempre ser comparado um lado com o outro. ➔ Deve-se seguir a sequência dos dermátomos principais e da distribuição dos principais nervos. ◆ Sensibilidade tátil: uso de pincel ou dedo do examinador. Aumento da sensibilidade tátil: hiperestesia, diminuição: hipoestesia. ◆ Térmica: pesquisada com dois tubos de ensaio, um com água gelada e outro com água quente. O estímulo deve, sempre, ser feito em sequência e perguntar ao paciente se o primeiro era frio ou quente. ◆ Dolorosa: com agulha. Diminuição: hipoalgesia. Aumento: hiperalgesia ou hiperparia. ◆ Vibratória: com uso de diapasão 128 Hz aplicado nas proeminências ósseas de articulações (como metatarso e metacarpofalangianas, maléolos, patelas, espinhas ilíacas e outras.) É importante perguntar ao paciente se ele sente a vibração do diapasão ou somente o contato do diapasão com a pele. ◆ Propriocepção: coloca-se segmentos do corpo do paciente em posições diferentes e pedindo para ele dizer se a parte está para cima ou para baixo. Pode ser feita com o hálux, membros inferiores e superiores. ◆ Barestesia: basta exercer pressão sobre a pele e pedir ao paciente se ele sente ou não. ➔ As principais causas de perda sensitiva são as neuropatias periféricas, radiculopatias, mielopatias e acidentes vasculares encefálicos (AVEs). As neuropatias periféricas geralmente causam perda de sensibilidade distal dos membros (devido ao tamanho dos axônios que inervam essas regiões), com os padrões clássicos de acometimento em bota e luva. A neuropatia mais comum é a diabética. ➔ Os pacientes também podem apresentar outras queixas de sensibilidade como a parestesia e alodínia. ◆ Parestesia: sensações anormais espontâneas a ausência de qualquer estímulo (sensações de frio, calor, dormência, formigamento, compressão, peso ou ardência) ◆ Alodínia: é o aumento da resposta à dor ou dor após estímulos não nociceptivos. Nervos Cranianos 12 Pares ➔ I- Nervo Olfatório → Função olfatória. Deve-se examinar cada narina separadamente colocando-se uma substância de odor característico, facilmente reconhecível, como café. A outra narina deve estar fechada e os olhos fechados. ◆ Anosmia: perda de olfato. ◆ Hiposmia: diminuição ◆ Hiperosmia: aumento ◆ Parosmia: perversão do olfato ◆ Cacosmia: percepção habitual de odores desagradáveis ➔ II- Nervo Óptico → Examinado de quatro formas: acuidade visual, campimetria, reflexos e o exame de fundo de olho. ◆ Acuidade visual: pedir ao paciente para identificar números que o examinador faz com as mãos ou detalhes do quarto. ◆ Relembrando: O campo visual pode ser dividido em: Retina nasal superior e inferior, retina temporal superior e inferior. As imagens dos campos nasais incidem nas retinas nasais e vice-versa. As fibras oriundas da retina nasal ficam na parte medial do nervo e as da temporal na parte lateral do nervo. Após a entrada dos nervos ópticos na fossa anterior do crânio elas se cruzam, formando o quiasma óptico. ◆ Campimetria: análise dos campos visuais. É realizada com o paciente sentado na maca. O examinador fecha um de seus olhos, oclui o olho do paciente com uma mão e pede para o paciente olhar fixamente para o olho aberto. Em seguida, o examinador pede ao paciente para identificar os números que faz com a outra mão, posicionada na distância média entre o paciente e o examinador, nos quatro campos visuais de um olho e depois o outro. Possíveis alterações: hemianopsias homônimas (ocorrem por lesão das fibras do trato óptico, trato geniculocalcarino ou córtex occipital unilaterais, causando perda do campo temporal do olho contralateral e nasal do olho ipsilateral a lesão), heterônimas (lesões por compressãono quiasma óptico, perda dos campos visuais laterais) e quadrantopsias (lesões sutis das mesmas regiões das hemianopsias homônimas). ◆ Reflexos: fotomotores diretos e indiretos e o acomodação-convergência. A aferência desses reflexos é constituída pelo nervo óptico e a eferência pelo nervo oculomotor (III). Devido a uma integração entre os dois núcleos responsáveis pela eferência do reflexo (no mesencéfalo), a estimulação luminosa de uma retina causa constrição da pupila do mesmo lado (fotomotor direto) como também da pupila do outro lado (fotomotor indireto). ◆ Esses reflexos são pesquisados com uma lanterna e com uma das mãos do examinador na frente do nariz do paciente, com o intuito de impedir que a luz irradia para o outro olho. Primeiro, se estimula um olho e se observa a constrição dessa pupila (fotomotor direto), depois, se estimula o mesmo olho e se observa a constrição da pupila contralateral (fotomotor indireto). Por fim, repete o exame no outro olho. ◆ O reflexo de acomodação-convergência visa avaliar a contração (miose) e a dilatação (midríase) pupilar. Esse reflexo também é integrado pelos nervos II e III e é examinado pedindo-se ao paciente que olhe fixamente para a parede ou algo distante. Depois, o examinador posiciona seu dedo indicador na frente do paciente e pede para ele olhar para o dedo e acompanhar a aproximação do dedo. A resposta será a convergência dos olhos e a miose. ➔ III-Nervo oculomotor, IV- Troclear e VI- Abducente ◆ Os três são avaliados em conjunto, são responsáveis pela movimentação ocular. ◆ O nervo oculomotor é responsável pela elevação da pálpebra e pelo olhar para cima, para baixo e medial. Lesões nesse nervo causam ptose palpebral, midríase, paralisia do olhar medial, para cima e para baixo , e estrabismo divergente. ◆ O troclear inerva o músculo oblíquo superior , sendo responsável pelo olhar medial para baixo. Lesões nesse nervo causam paralisia do olhar medial e para baixo. ◆ O nervo abducente inerva o músculo reto lateral, sendo responsável somente pela mirada lateral. Lesões nesse nervo causam estrabismo convergente. ◆ O exame da movimentação ocular é realizado pedindo ao paciente para fixar a visão no dedo do examinador que irá aferir a integridade dos seis músculos extraoculares fazendo um H ou um asterisco. ➔ V- Nervo trigêmeo → Possui quatro ramos: 3 sensitivos e 1 motor. Sensitivos: oftálmico, maxilar e mandibular. ◆ Os três ramos sensitivos são analisados por meio da sensibilidade tátil da área. ◆ Se examina o ramo motor do trigêmeo pedindo para o paciente abrir e fechar a boca, lateralizar a mandíbula, e palpando-se os músculos masseter e temporal com o paciente em repouso e realizando uma mordida. ◆ O ramo oftálmico também pode ser examinado através do reflexo corneopalpebral, importante no paciente em coma. O reflexo é avaliado encostando-se um chumaço de algodão ou gaze na córnea do paciente e a resposta esperada é o piscar dos dois olhos. ➔ VII- Nervo Facial → responsável pela musculatura da mímica facial, inervação das glândulas submandibulares, sublinguais e lacrimais, do músculo estapédio e é responsável pela sensibilidade gustativa dos ⅔ anteriores da língua. ◆ O exame da musculatura da mímica facial é realizado pedindo ao paciente para enrugar a testa (olhar para cima), fechar os olhos com força, sendo importante analisar o apagamento dos cílios do paciente, sempre comparando um lado com o outro. Pede-se ao paciente para dar um sorriso e depois um beijo no ar, sempre observando a simetria entre os dois lados (observar simetria dos sulcos nasogenianos e se há desvio da comissura labial). Por fim, a contração da platisma e sensibilidade da orelha. ◆ Fenômeno de Bell → Os pacientes com paralisia facial periférica tem lagoftalmia ipsilateral ao fechar os olhos, e não é possível ver o olho do paciente, só a esclera. ◆ Sinal do platisma de Babinski → paralisia do músculo platisma ➔ VIII- Nervo Vestibulococlear → possui uma porção vestibular e uma coclear. A vestibular já foi analisada no exame da marcha e estática. A coclear é examinada grosseiramente através do sussurrar ou roçar dos dedos próximos a um ouvido, sempre comparando os dois através dos testes de Rinne e Weber. ◆ Teste de Rinne: consiste em colocar um diapasão de 128-1024 Hz vibrando na apófise mastóide do paciente e pedir para ele avisar quando parar de ouvir. Quando ele disser que parou de ouvir, a ponta vibrante do diapasão deve ser colocada próximo ao pavilhão auricular do paciente que deve continuar a ouvir a vibração. Se não ouvir mais nada o teste é negativo ou anormal e o paciente apresenta déficit na condução aérea do som, por comprometimento da orelha média ou externa. ◆ Teste de Weber: consiste em colocar o diapasão no vértex do crânio do paciente e perguntar se ele está ouvindo com a mesma intensidade nos dois ouvidos. Pacientes com lesões na condução aérea do som escutam mais alto no ouvido lesado, enquanto que pacientes com perda neurossensorial escutam menos no ouvido lesado. ◆ Prova de Schwabach: estuda a duração da condução óssea em segundos, comparando-a com a de um ouvido normal. É feita colocando-se um diapasão vibrante sobre o mastoide e verificando-se a duração, em segundos; o resultado é comparado com a duração no indivíduo normal. Teste de Rinne primeira e segunda etapa Teste de Weber ➔ IX- Nervo Glossofaríngeo e X- Vago → são responsáveis pela motricidade do palato mole, úvula e músculos da deglutição. Podem ser examinados pedindo para o paciente abrir a boca e falar ahh. ◆ Se os nervos de um lado estiverem paralisados, somente o palato contralateral sobe, desviando a úvula para esse lado e o palato ipsilateral à lesão fica abaixado e hipotônico → sinal da cortina Sinal da Cortina ◆ Pacientes com lesões nesses nervos podem se queixar de disfagia (dificuldade de engolir), disartria (dificuldade na fala) e disfonia (problemas na fonação). ➔ XI- Nervo acessório → é responsável pela inervação dos músculos esternocleidoccipitomastóideos (ECOMs) e trapézios ipsilaterais. ◆ Se examina pedindo para o paciente virar a cabeça contra a resistência. Já os trapézios pedindo para elevar os ombros contra a resistência. Testes para avaliar nervo acessório ➔ XII- Nervo Hipoglosso → responsável pela inervação dos músculos da língua. ◆ Observa-se a língua em busca de fasciculações ou outras alterações. ◆ Depois, pede-se para o paciente colocar a língua para fora e mobilizá-la para um lado e para o outro. Pode-se também, ser testada a força da língua pedindo ao paciente para fazer força com a língua nas bochechas contra a resistência do examinador. Sinais Meningorradiculares ➔ Sinais de Irritação Meníngea: Rigidez de Nuca, Sinais de Brudzinski, Kernig, Laségue e Bikele. ◆ Rigidez de Nuca → palpa-se o tônus da musculatura cervical posterior, mobilizando o pescoço do paciente para os lados (para excluir causas osteoarticulares) e fletindo-se subitamente o pescoço do paciente em decúbito dorsal com a mão do examinador no peito do paciente. ◆ Sinal de Brudzinski → é positivo quando após a flexão do pescoço ocorre flexão espontânea dos quadris e joelhos bilateralmente. ◆ Sinal de Kernig I → com o paciente em decúbito dorsal realiza-se a flexão do tronco, a resposta é a mesma obtida no Brudzinski. ◆ Sinal de Kernig II → realiza-se a extensão da perna do paciente em decúbito dorsal com a coxa flexionada sobre o quadril e a perna em um ângulo de 90º com a coxa. ◆ Sinal de Bikele → é pesquisado nos membros superiores com o braço do paciente em rotação externa e o antebraço flexionado, o examinador faz uma extensão do antebraço do paciente e a resposta patológica é semelhante a do sinal de Kernig II. ➔ Também deve-se pesquisar os sinais de radiculopatia: Laségue, Neri, Bragard e Laségue cruzado. ◆ Laségue → pode ser positivo nas meningites. Consiste em dor na região da dor ciática desencadeada pelaelevação da perna estendida com o paciente em decúbito dorsal. ◆ Sinal de Neri → é a flexão do joelho da perna acometida quando se pede para o paciente de pé tocar os dedos do solo, sem flexionar a perna, flexionando apenas o tronco. ◆ Sinal de Bragard → é pesquisado realizando-se a manobra do sinal de Laségue com a dorsiflexão do pé como uma forma de sensibilizar o sinal de Laségue. ◆ Laségue cruzado → pode ocorrer em pacientes com hérnias. A elevação da perna saudável causa dor na perna “doente”. Movimentos Involuntários ➔ Se resume em realizar a inspeção: ◆ Convulsões: movimentos musculares abruptos, incoordenados, comprometendo universalmente a musculatura. Podem ser clônicas, tônicas ou tônico-clônicas. ◆ Tetania: contratura exclusivamente tônica, preferencialmente encontrada nas mãos e pés. ◆ Tremores: movimentos involuntários mais ou menos rítmicos, rápidos, cujas oscilações obedecem a um eixo direcional. Ex.: Parkinson. ◆ Movimentos coreicos: movimentos amplos, desordenados, rápidos e arrítmicos. Localizam-se na face e nos membros. Ex: Coréia de Sydenham - secundária à febre reumática, ◆ Movimentos atetósicos: lembra os movimentos de um polvo e são bastantes lentos. ◆ Hemibalismo: movimento brusco de grande amplitude, rápido e geralmente limitado a um dídimo corporal. Surgem nas lesões do corpo de Luys. ◆ Mioclonias: são contrações mais ou menos abruptas e rápidas de carácter clônico, abrangendo vários grupos musculares. ◆ Mioquimias: são contrações fibrilares de carácter ondulatório, surgidas em músculos íntegros e, em especial, no orbicular, deltóides, glúteos, gémeos e quadríceps. Não tem significado patológico. ◆ Tiques: movimentos involuntários, comprometendo sempre um grupamento muscular e com as seguintes características fundamentais: repetição sucessiva, domináveis pela vontade e não interferem na atividade motora voluntária. ◆ Miofasciculações: contrações breves, irregulares, observadas em repouso e não costumam provocar deslocamentos dos segmentos do corpo atingido (à exceção dos discretos movimentos dos dedos). ◆ Distonia de torção: contrações musculares lentas e intensas, que se mantém por algum tempo, conferindo ao indivíduo posturas grotescas e bizarras. Palavra e Linguagem ➔ Avaliar durante a anamnese: notar se o paciente consegue se comunicar de maneira satisfatória, se compreende o que o examinador pergunta, se articula bem a fala, se emprega vocabulário adequado a seu grau de instrução e se coloca bem as palavras em um contexto. Principais alterações: ◆ Disartria: dificuldade de articulação da fala, devido ao comprometimento dos músculos do aparelho fonador (IX, X, XI, XII), do sistema cerebelar ou extrapiramidal. ◆ Dislalia: troca de consoantes das palavras (como cebolinha). Sem importância clínica. ◆ Disfasias: perdas ou limitações adquiridas na capacidade para compreender ou para expressar a linguagem sem nenhuma lesão nas estruturas responsáveis pela fala ou captação de sons. Disfasias importantes: afasia de Broca (ou motora - lesões nas áreas 44 e 45 de Brodmann - o paciente entende bem, mas não consegue se comunicar) e de Wernicke (sensitiva - lesões na área 22 de Brodmann - o paciente não entende e responde coisas aleatórias ). Síndromes Neurológicas ➔ Síndrome Piramidal → Qualquer lesão que comprometa o 1º neurônio motor. Causa mais comum: AVE. Sinais e sintomas: coma, paralisias múltiplas , hipertonia-espasticidade (em lâmina de canivete), marcha escarvante, hiperreflexia profunda, reflexos patológicos, clônus, sincinesias, atrofia por desuso. ➔ Síndromes extrapiramidais → Principal: Parkinson. Sinais e sintomas: face e atitude parkinsoniana, tremor característico (em roda dentada), diminuição da força muscular. Outros: Coreias, Atetose, tumores, etc. ➔ Síndrome cerebelar → Ocorre devido a tumores ou abscesso cerebelares, cerebellitis (sarampo, difteria, etc), AVC cerebelar, atrofia cerebelar primária. Sinais e sintomas: observados do mesmo lado da lesão, ataxia, marcha cerebelar, dismetria, assinergia, hipotonia muscular, tremor cinético, reflexos pendulares. ➔ Síndrome da Hipertensão craniana → Causada por tumores, meningite, hemorragia ou traumas. Sinais e sintomas: cefaleia, vômitos (sem náuseas prévias e podem ser em jato), crises convulsivas, vertigens, transtornos psíquicos, bradicardia, hipotensão ou hipertensão arterial, respiração de Cheyne -Stokes, etc. ➔ Síndrome Meníngea → São causadas por agente infecciosos ou não infecciosos (hemorragia subaracnóidea, fotofobia, convulsões, rigidez de nuca, vômitos, oftalmoplegia, disritmias respiratórias, sinal de Kernig I e II, Sinal de Brudzinski, posição em “galho de fuzil”. Mini Exame do Estado Mental Considera-se como normal o paciente que alcança mais de 25 pontos. Suspeita-se de perda cognitiva leve quando o escore está entre 21 e 24 pontos, moderada, entre 10 e 20 e grave menor ou igual a 9. Após, agrega-se a escolaridade. Para indivíduos altamente alfabetizados desconfia-se de uma possível demência se a pontuação for menor que 24. Referências ROCCO, José Rodolfo. Semiologia Médica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. SANVITO, Wilson Luiz. Propedêutica Neurológica Básica. 2ª ed. São Paulo: Atheneu, 2010.
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